Trajetórias
das esquerdas:
dissidências, luta armada e ditadura
Aline Maciel1
No início dos anos 1960, no contexto do golpe de Estado que instaurou uma ditadura militar no Brasil (1964-1985),
apoiada por setores da sociedade civil e contra as chamadas reformas sociais de base, surgiu um número expressivo
de novas organizações e partidos da esquerda que tiveram
participação na luta contra o regime civil-militar. A formação
desses grupos deu-se de forma variada, em momentos distintos e, em alguns casos, até mesmo antes do golpe, com
diferentes formulações teóricas e como reflexo da perda de
hegemonia do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Neste artigo apresento levantamento bibliográfico de
obras publicadas em livro que tratam das esquerdas armadas
entre os anos de 1964 e 1974. A chamada “Nova Esquerda”2
surgiu como alternativa e oposição à linha política do Partido Comunista Brasileiro e formou-se, principalmente, a
partir de cisões produzidas no interior do PCB, das quais
grande parte aderiu à luta armada contra a ditadura 3.
Longe de esgotar a totalidade das referências, buscou-se reunir o conjunto das obras que abordam o assunto, especificamente livros, no intuito de
disponibilizar e contribuir para os estudos sobre o período e ampliar o conhecimento sobre o regime civil-militar brasileiro no contexto da criação recente
da Comissão Nacional da Verdade, pela Lei 12.528, de 12 de novembro de
2011, cujo objetivo é “examinar e esclarecer os casos de violações dos direitos
humanos cometidos durante o regime militar”. Deu-se um passo importante,
junto com outros trabalhos de investigação já publicados sobre essas violações, para “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a
reconciliação nacional”.
Grande parte das obras contém análises sobre a trajetória e as formulações teóricas das esquerdas revolucionárias que aderiram à luta armada contra
a ditadura. Nesse período a possibilidade de atuação política por meio da via
institucional foi banida e a ação armada, defendida por algumas organizações
antes mesmo do golpe, passa a ser difundida mais fortemente, por uma parte
dos opositores à ditadura, como um caminho legítimo, dadas as práticas autoritárias instituídas pelo regime, entre outros fatores. As ações de expropriação
realizadas na cidade seriam fundamentais para a concretização da guerrilha no
campo e para propagar a revolução entre setores da sociedade civil. Entretanto,
há divergências no que se refere aos projetos revolucionários, principalmente
sobre questões que envolvem a estratégia, a organização e o conteúdo programático4. Porém, as condições para a revolução estariam amadurecidas já que o
desenvolvimento das forças produtivas estaria bloqueado, vista a aliança entre
a burguesia nacional, os latifundiários e o capitalismo internacional.
Os partidos e as organizações da esquerda revolucionária, no geral, foram inspirados em novos modelos revolucionários, advindos de outras partes
da América Latina e do mundo que incorporavam, como estratégia na luta
contra o imperialismo, a ação armada, a guerra popular prolongada, a guerrilha no campo. Assim, a Nova Esquerda, para legitimar suas formulações
teóricas, buscava inspiração em experiências como a guerrilha cubana, os
movimentos de libertação nacional, como o argelino, a resistência vietnamita
e a revolução chinesa.
As novas organizações e os partidos da chamada “Nova Esquerda” eram
compostos de dissidências do PCB e de outros grupos de esquerda com origens diversas, contrários à orientação etapista da revolução, entre elas, ALN,
MR-8, PCBR etc. No interior dessas organizações e partidos que surgiram
como alternativa à linha política do PCB (Polop, AP, PCdoB, VPR etc.), irrompem também novas cisões, como VAR-Palmares, Colina, Ala Vermelha, entre
outros. As principais dissidências do PCB foram ALN e PCBR; do PcdoB,
foram PCR e Ala Vermelha, sendo que, desta última, surgiram o MovimenNº 9, Ano 7, 2013
292
to Revolucionário Tiradentes (MRT) e o Movimento Revolucionário Marxista
(MRM). Nesse contexto, havia ainda movimentos nacionalistas de esquerda,
como o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR)5. Neste artigo, não tenho como objetivo reconstituir a história e a trajetória da esquerda armada, mas
apenas sumarizar a complexidade das organizações formadas no período.
Embora o levantamento esteja centrado, principalmente, nas organizações e nos grupos da chamada esquerda armada, isso não exclui a atuação
de inúmeros militantes da esquerda que não aderiram à luta armada e que
foram presos, torturados e mortos pelo regime militar. Os casos de tortura,
repressão, supressão dos direitos civis, exílios, entre outros, praticados durante a ditadura e como consequência dela, refletem o papel autoritário e
violento do regime, e atingiram muitos militantes da esquerda, trabalhadores,
camponeses, militares dissidentes, estudantes etc. O objetivo deste trabalho é
trazer referências sobre uma parte da luta de resistência à ditadura: as ações
das esquerdas revolucionárias. Trata-se apenas de um recorte dentro do movimento geral de resistência do qual participaram milhares de militantes de
movimentos sociais, como o estudantil, de mulheres, sindical, das comunidades eclesiais de base, trabalhadores rurais, intelectuais etc.
O recorte cronológico adotado aqui compreende os anos entre 1964 e
1974, sendo importante ressaltar que 1971 foi o ano de inflexão e quase desmantelamento total das esquerdas revolucionárias, dado pela forte repressão
empreendida pelo regime militar. Porém, optou-se em estendê-lo até 1974, para
incluir o período final da guerrilha do Araguaia, iniciada em 1972, expressão
quase única e isolada das ações das esquerdas armadas que se deu no campo.
Foram encontradas 109 referências que tratam da trajetória da Nova
Esquerda − organizadas pelo ano de publicação e, em seguida, pelo nome do
autor, ou título, na ausência do primeiro. Desse total, uma foi publicada nos
anos 1960; 15, nos anos de 1970; 28 foram publicadas na década de 1980; 18,
nos anos 1990; e 47, entre 2000 e 2012. O trabalho foi desenvolvido a partir
de pesquisas realizadas em bases de dados de universidades, em bibliografias
encontradas em livros sobre o tema e em levantamento anteriormente realizado6. Convém ressaltar os critérios adotados para este trabalho de levantamento da bibliografia: a) além da inclusão de obras que tratam diretamente
do tema, estão presentes algumas obras de referência, cujo tema principal
não está centrado nas esquerdas armadas, mas que o perpassam de forma
significativa, como é o caso de obras sobre os movimentos sociais (sindical,
estudantil etc.); b) não inclusão de biografias e memórias, já apresentadas no
levantamento bibliográfico publicado no numero anterior de PERSEU7, e de
depoimentos e entrevistas, porém alguns livros de depoimentos foram aqui
incluídos por apresentarem textos de análise sobre o tema. No final do levan293
tamento, há um índice com as siglas e os nomes das organizações e partidos
de esquerda citados no artigo.
Os estudos sobre o período são fundamentais para entender as ações
autoritárias e violentas que marcam os regimes ditatoriais, mas também para
refletir a continuidade dessas formas, presentes nos dias atuais. Acredito que
tais estudos possam contribuir para a compreensão do passado e também
para a construção crítica das práticas democráticas8.
Livros
1969
MARINI, Ruy Mauro. Subdesarrollo y revolución. México: Siglo Veintiuno, 1969. 162 p. (Coleção El mundo del hombre, sociologia y política).
Obra publicada durante o exílio do autor no México e traduzida para
o alemão e italiano. Estuda a sociedade brasileira e seu desenvolvimento econômico por meio da análise marxista e da teoria da dependência inserida no
contexto da América Latina e do capitalismo mundial. Algumas edições posteriores contêm textos anexos sobre a luta armada. No total, são 13 edições, e
a quinta, de 1974, é a primeira em que o autor aborda mais especificamente o
tema da guerrilha no Brasil. Há uma edição em português: Subdesenvolvimento
e revolução. Tradução de Fernando Correa Prado e Marina Machado Gouvêa
feita com base na 7ª edição (1976). Florianópolis: Insular, 2012. 270 p. (Coleção Pátria Grande, 1).
1970
CANNABRAVA Filho, Paulo. Militarismo e imperialismo en el Brasil.
Tradução de Elias Condal. Buenos Aires: Editorial Tiempo Contemporáneo,
1970. 219 p. (Colección Mundo Actual).
Obra em que o autor discute o desenvolvimento do capitalismo e de como
a direita brasileira, em seus diversos extratos – os latifundiários, os industriais,
a imprensa, em associação com setores das forças militares – toma o poder no
Brasil. Diante desse quadro, traça perspectivas políticas de como as massas
populares, os estudantes, a esquerda tradicional reunida em torno do PCB e a
Nova Esquerda da luta armada podem fazer frente à ditadura.
MARIGHELLA, Carlos. Pour la libération du Brésil. 2. ed. Tradução de
Conrad Detrez. Paris: Aubier-Montaigne; Cristian Bourgois; Buchet-Chastel;
Le Centurion; Le Cerf; Armand Colin; Denoël; Esprit; Flammarion: GalliNº 9, Ano 7, 2013
294
mard: Grasset-Fasquelle; Pierre Horay; Robert Laffont; Magnard; Maspero;
Mercure de France; Minuit; Robert Morel; J. J. Pauvert; Seghers; Le Seuil; La
Table Ronde; Claude Tchou, 1970. 140 p.
Coletânea de textos escritos pelo líder comunista e fundador da ALN,
Carlos Marighella, na qual aborda a guerrilha urbana e questões sobre a luta
armada. Essa edição tem a peculiaridade de ter, como responsáveis, diversas
casas editoriais francesas, entre elas algumas das mais importantes, em resposta a um ato do governo francês que proibiu, com base em um decreto de
1939, a circulação da primeira edição do livro em meados de março de 1970.
1971
MARIGHELLA, Carlos. For the liberation of Brazil. Tradução de John
Butt e Rosemary Sheed. Londres: Penguin Books, 1971. 191 p. (The Pelican
Latin American Library).
Coletânea de textos escritos pelo líder comunista e fundador da ALN,
Carlos Marighella, na qual aborda a guerrilha urbana e questões sobre a
luta armada.
MORAES, João Quartim de. Dictatorship and armed struggle in Brazil.
Tradução de David Fernbach. Londres: NLB, 1971. 221 p.
Escrito por um ex-militante da VPR no exílio, descreve o processo de
cisão do PCB, a transição das novas organizações (enfocando as principais −
ALN, MR-26, MNR, MR-8, PCBR, PCdoB, PCR, POC, Polop, VAR-Palmares,
VPR) para a luta armada e explica por que ela tomou a forma de luta urbana e
não a de guerrilha rural. Insiste na necessidade de combinar tarefas militares
com o trabalho político e conclui com a discussão sobre os usos do combate
político e da propaganda armada.
1974
ALVES, Márcio Moreira. O despertar da revolução brasileira. Lisboa: Seara Nova, 1974. 283 p. (Coleção de Leste a Oeste, 12).
Escrito durante o período em que o autor esteve exilado na França, o
livro, concluído em 1971, examina o regime implantado pela ditadura em
1964 e analisa a atuação das organizações da Nova Esquerda, em especial da
AP e da ALN.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (M-L). A linha política revolucionária
do Partido Comunista do Brasil (M-L). Lisboa: Edições Maria da Fonte, 1974. 195 p.
295
Coletânea de documentos do PCdoB produzidos entre 1962 e 1967.
Neles, o partido traça suas diretrizes formativas, assinalando suas divergências com o PCB e com a política internacional da URSS, apresentando sua
interpretação sobre o golpe de Estado de 1964, sua proposta para a saída da
ditadura militar brasileira e seu apoio à Revolução Cultural Chinesa.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (M-L). Guerra popular – Caminho
da luta armada no Brasil. Lisboa: Edições Maria da Fonte, 1974. 167 p.
Coletânea de documentos do PCdoB, produzidos entre 1967 e 1969,
focados na questão da guerra popular, em que o partido estabelece sua ênfase
nesta questão, marcando suas divergências com a tese do foco guerrilheiro.
1975
MARIGHELLA, Carlos. Manual do guerrilheiro urbano e outros textos.
Lisboa: Assírio & Alvim, 1975. 115 p.
Coletânea de textos escritos pelo líder comunista e fundador da ALN, Carlos Marighella, na qual aborda a guerrilha urbana e questões sobre a luta armada.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Cinquenta anos de luta. Lisboa:
Edições Maria da Fonte, 1975. 201 p.
Coletânea de documentos do PCdoB produzidos entre 1964 e 1975, nos
quais faz um balanço de sua trajetória, desde a fundação do partido em 1922, ao
mesmo tempo em que realiza uma disputa pelo legado histórico com o PCB.
1977
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Política e revolucionarização do
Partido. Lisboa: Edições Maria da Fonte, 1977. 135 p.
Coletânea de documentos do PCdoB produzidos entre 1968 e 1971, nos
quais dedica atenção a questões variadas, como a intensificação da violência
da repressão da ditadura, a necessidade de o partido dar respostas à altura a
essa conjuntura, a aproximação com a Ação Popular, sua política estudantil, a
postura de seus militantes. Ao final, anexa seus estatutos de 1966.
1978
DÓRIA, Palmério et al. A guerrilha do Araguaia. São Paulo: Alfa-Omega,
1978. 78 p.
Nº 9, Ano 7, 2013
296
Coletânea de documentos da Guerrilha do Araguaia, empreendida por
militantes do PCdoB, no sul do Pará, contra o regime civil-militar nos anos
1966-1975. Inclui entrevistas com guerrilheiros, militares, padres, depoimentos dos índios suruí, textos sobre a guerrilha e, anexo, documento denominado “Regulamento das Forças Guerrilheiras do Araguaia”.
1979
CABRAL, Reinaldo; LAPA, Ronaldo (Org.). Desaparecidos políticos: prisões, sequestros, assassinatos. Rio de Janeiro: Opção; Comitê Brasileiro pela
Anistia, 1979. 287 p. (Brasil de Nossos Dias, 2).
Coletânea de textos sobre os desaparecidos políticos durante o regime
civil-militar. Aborda as histórias de militantes da esquerda, presos, torturados e assassinados na ditadura. Inclui texto escrito por José Genoino sobre a
Guerrilha do Araguaia, ocorrida no sul do Pará entre os anos de 1966 e 1975
e empreendida por guerrilheiros do PCdoB na luta contra o regime civilmilitar, lista de mortos e desaparecidos na Guerrilha e de assassinatos cometidos pelos organismos de repressão, segundo o Comitê Brasileiro pela Anistia. Entre os partidos e organismos da esquerda citados nos textos, podemos
destacar: PCB, AP, PCdoB, MR-8, APML, VAR-Palmares, Molipo, ORM-Polop,
Colina, VAR-Palmares, POC, PRT, ALN e VPR.
FORÇAS GUERRILHEIRAS DO ARAGUAIA. Diário da Guerrilha do
Araguaia. Apresentação de Clovis Moura. São Paulo: Alfa-Omega, 1979. 80 p.
(Biblioteca Alfa-Omega de Cultura Universal, série 1, v. 10e)
Reúne documento da Guerrilha do Araguaia, empreendida por militantes do PCdoB no sul do Pará contra o regime civil-militar nos anos
1966-1975. Documento, produzido pela direção das forças guerrilheiras,
que faz um balanço do movimento. Inclui apresentação do sociólogo Clóvis
de Moura.
MARIGHELLA, C. Escritos de Carlos Marighella. São Paulo: Livramento,
1979. 144 p.
Coletânea de textos escritos pelo líder comunista e fundador da ALN,
Carlos Marighella. Analisa a sociedade brasileira e sua estrutura de classes, o
processo de luta interna no PCB que produziu cisões, o debate político e ideológico que refletia as divergências, a guerrilha armada popular como resistência ao regime civil-militar e como luta de libertação nacional. Contém textos
do livro Por que resisti à prisão, do documento que anuncia o rompimento com
o PCB e a formação do Agrupamento Comunista de São Paulo, que mais tarde
297
adotaria o nome de ALN, de crítica às teses do Comitê Central no contexto do
VI Congresso, entre outros.
PORTELA, Fernando. Guerra de guerrilhas no Brasil. São Paulo: Global,
1979. 263 p. (Coleção Passado & Presente, 2).
Trata da história da guerrilha do Araguaia ocorrida no sul do Pará entre os anos de 1966 e 1975, empreendida por guerrilheiros do PCdoB na
luta contra o regime civil-militar. Aborda a vida dos guerrilheiros na selva, a
conjuntura político-econômica do período, as torturas praticadas por agentes
do regime civil-militar contra os combatentes e pessoas das comunidades
mais próximas onde ocorria a guerrilha e as estratégias do governo para desmantelar o movimento. Escrito ainda no período da ditadura em forma de
reportagens publicadas no Jornal da Tarde, reúne depoimentos de um oficial
das forças armadas e de José Genoino, um texto escrito na prisão por Haroldo
Lima, do Comitê Central do PCdoB, e documentos produzidos pelos combatentes no contexto da guerrilha. Há edição ampliada de 2002, com entrevista
inédita de José Genoíno, publicada pela Editora Terceiro Nome.
1980
KONDER, Leandro. A democracia e os comunistas no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1980. 156 p.
Analisa a trajetória dos comunistas no Brasil e sua relação com a democracia. Aborda a trajetória do PCB desde suas origens e a conjuntura política
de cada período. Trata de determinados períodos do movimento comunista
internacional, relacionando-os com o contexto dos comunistas no Brasil. Inclui
breve análise das cisões internas e da formação de novos grupos e partidos da
esquerda brasileira, tais como: PCdoB, ALN, VPR e MR-8. Aborda ainda as experiências de militantes do PCB no exílio durante o regime civil-militar.
POMAR, Wladimir. Araguaia: o partido e a guerrilha. São Paulo: Brasil
Debates, 1980. 312 p. (Coleção Brasil Estudos, v. 2).
Aborda a trajetória do PCdoB até 1976. Apresenta textos oficiais do partido e sobre a conjuntura política durante o regime civil-militar, a questão da luta
armada e de avaliação da guerrilha do Araguaia, ocorrida no sul do Pará entre os
anos de 1966 e 1975, escritos por Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e José Genoino
Neto. Inclui artigos publicados no órgão oficial do partido, A Classe Operária.
REBELLO, Gilson. A Guerrilha de Caparaó. São Paulo: Alfa-Omega,
1980, 187 p.
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298
Aborda a trajetória do primeiro grupo armado que tentou estabelecer
uma guerrilha contra o regime civil-militar na Serra do Caparaó e que era formado por soldados de baixa patente do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Analisa a atuação dos guerrilheiros, inspirados na Revolução Cubana,
desde os primeiros momentos, os preparativos para a guerrilha até a fase de
repressão por parte dos oficiais do exército e da polícia. Inclui entrevista com
combatente do movimento.
1981
BERARDO, João Batista. Guerrilhas e guerrilheiros no drama da América
Latina. São Paulo: Edições Populares, 1981. 483 p.
Examina o fenômeno da guerrilha em toda a América Latina, dedicando um capítulo ao Brasil, no qual expõe a situação econômica e política existente no país no período que antecedeu o golpe de Estado de 1964 e o modelo
socioeconômico e político implantado pela ditadura. Nesse contexto, relata
as tentativas de guerrilhas ocorridas, tratando em primeiro lugar daquelas
realizadas pelos movimentos nacionalistas, encabeçadas pelo coronel Jefferson Cardin e pelo MNR em Caparaó, para, em seguida, abordar as guerrilhas
urbanas desencadeadas pela Nova Esquerda, em especial as ações desenvolvidas pela VPR e pela ALN, e conclui com a tentativa da Guerrilha do Araguaia,
protagonizada pelo PCdoB.
1982
AMAZONAS, João et al. Guerrilha do Araguaia, 1972-1982. 2. ed. São
Paulo: Anita Garibaldi, 1982. 112 p.
Publicação sobre a Guerrilha do Araguaia, relembrando a passagem dos
dez anos do primeiro combate entre as forças guerrilheiras do PCdoB e as Forças Armadas. Traz entrevistas com dirigentes do PCdoB, guerrilheiros que sobreviveram e familiares dos mortos e desaparecidos, documentos produzidos
por Ângelo Arroyo e outros, biografias dos guerrilheiros e outros materiais. A
primeira edição foi apreendida pela Polícia Federal em 1982.
KOVAL, Boris. História do proletariado brasileiro: 1857 a 1967. Tradução
de Clarice Lima Avierina. São Paulo: Alfa-Omega, 1982. 568 p. (Biblioteca
Alfa-Omega de Cultura Universal – série 1ª – v. 15).
Escrito por historiador russo, aborda a trajetória do proletariado brasileiro entre os anos de 1857 e 1967. Analisa a conjuntura política e a história do
movimento operário em diversos períodos, desde seu surgimento em meados
299
do século XIX. Estuda a estrutura de classes da sociedade brasileira, a trajetória
do PCB, suas formulações teóricas e sua relação com os trabalhadores. Identificado com o regime soviético, o autor cita apenas as atuações do PCB no período
da ditadura e narra o momento de ruptura que deu origem às organizações da
Nova Esquerda, do ponto de vista do Partido Comunista Brasileiro.
1984
ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984).
Tradução de Clóvis Marques. Petrópolis: Vozes. 1984. 362 p.
Realiza um estudo crítico sobre o regime civil-militar brasileiro entre
1964 e 1984, a conjuntura política do período, a relação do Estado com a
oposição e a ideologia de segurança nacional estabelecida pela Escola Superior de Guerra. Analisa a formação do Estado de Segurança Nacional, as
políticas sociais e econômicas do regime, as formas de luta empreendidas por
diversos setores da sociedade civil em oposição à ditadura e o processo de
institucionalização da tortura. Inclui um capítulo sobre a esquerda e o Estado
de Segurança Nacional, no qual analisa a atuação de organizações e partidos
que aderiram à luta armada, como: ALN, VPR e MR-8.
CARONE, Edgard. Movimento operário no Brasil (1964-1984). São Paulo:
Difel, 1984. 314 p. (Série Corpo e Alma do Brasil).
Coletânea de documentos de grupos e partidos da esquerda brasileira,
produzidos durante o regime civil-militar. Contém documentos de organizações originadas do PCB (ALN, PCdoB, MR-8 e PCBR), de grupos de origem
diversa (VPR, ORM-Polop e AP), de organizações trotskistas (POR (Trotskista), Convergência Socialista e Organização Socialista Internacionalista) e de
partidos e movimentos populares do final dos anos 1970 e primeira metade
dos anos 1980 (Partido dos Trabalhadores, PCR, movimento operário e camponês). Publicação que compõe o terceiro e último volume sobre a classe
trabalhadora brasileira desde 1877 até 1984.
LIMA, Haroldo; ARANTES, Aldo. História da Ação Popular: da JUC ao
PCdoB. São Paulo: Alfa-Omega, 1984. 172 p.
Analisa a trajetória política da organização surgida entre os setores progressistas ligados à Igreja Católica, Ação Popular, escrita por dois dos seus
fundadores, desde sua origem até a incorporação ao PCdoB. Aborda o projeto
político da AP e os debates enfrentados pela esquerda brasileira durante a
ditadura, a relação da organização com o movimento estudantil, operário e
camponês nos anos 1960 e 1970 e a conjuntura política durante o regime
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300
civil-militar e o processo de incorporação da organização ao PCdoB. Inclui,
anexo, o documento aprovado pelo Comitê Central do PCdoB sobre a incorporação da AP.
SOUZA, Luiz Alberto Gomes de. A JUC: os estudantes católicos e a política. Petrópolis: Vozes, 1984. 259 p. (Publicações CID, História, 11).
Estudo sobre a trajetória da Juventude Universitária Católica (JUC) no
Brasil, a história dos movimentos cristãos no país e sua relação com a Igreja,
o Estado e setores da sociedade civil. Aborda a história do movimento estudantil brasileiro e a formação, desenvolvimento e organização do movimento
universitário católico. Analisa as propostas e os referenciais teóricos da JUC,
suas origens e as etapas do movimento. Analisa ainda a formação da AP, sua
linha política e a relação com a JUC (Juventude Universitária Católica), um
dos principais grupos que deu origem à organização.
1985
CARVALHO, Péricles de; ALMEIDA, Francisco. PCdoB (1962–1984): a
sobrevivência de um erro. 2. ed. São Paulo: Novos Rumos, 1985. 79 p. (Cadernos do Militante Comunista, 1).
Caderno de formação política do PCB, dedicado especificamente a
abordar a trajetória do PCdoB. Analisa as divergências políticas que resultaram no racha de 1962, as formulações teóricas do PCdoB e aponta os supostos
erros e descaminhos cometidos referentes à análise da realidade brasileira e
às estratégias desenvolvidas pelo partido. Aborda a influência da história albanesa no período da ruptura com a União Soviética sob a liderança de Enver
Hodja, a Guerrilha do Araguaia, a história da AP e o processo de aproximação
e incorporação desses militantes ao PCdoB.
FERREIRA DE SÁ, Jair; REIS Filho, Daniel Aarão (Org.). Imagens da
revolução. São Paulo: Marco Zero, 1985. 368 p.
Trata da trajetória dos grupos da esquerda brasileira, nos anos 1960, que
surgiram em oposição e como alternativa às propostas do Partido Comunista
Brasileiro (PCB). Contém breve análise da formação, trajetória e pensamento
político da chamada “Nova Esquerda” nos textos introdutórios aos documentos básicos dos grupos e partidos políticos, compostos por: PCdoB, AP, PCR,
ORM-Polop, Ala Vermelha, Colina, PCBR, POC, PRT, ALN, VPR, VAR-Palmares, OCML-PO, AP-ML, Organização Comunista 1º de Maio, MR-8. Além dos
documentos produzidos por organizações e partidos políticos da esquerda,
inclui fichas históricas de organizações das quais não foi possível encontrar
301
documentos (Movimento Nacional Revolucionário (MNR), Dissidência do estado do Rio de Janeiro (DI-RJ) e Movimento de Ação Revolucionária (MAR)) e
lista de desaparecidos. Há edição revista e ampliada de 2006, publicada pela
Expressão Popular.
LIMA, Haroldo. Itinerário de lutas do Partido Comunista do Brasil de 1922
a 1984. 2. ed. rev. e atual. Salvador: Maria Quitéria, 1985. 52 p.
Obra que sumariza a trajetória do PCdoB, e na qual há referência ao
episódio da Guerrilha do Araguaia, promovida pelo partido. A primeira edição é de 1981. Nesta segunda, recebeu atualização na cronologia partidária
do PCdoB até 1984 e dois anexos: “Por que os comunistas apoiam Tancredo”
e “A posição dos comunistas face à nova situação política”.
PROJETO BRASIL: NUNCA MAIS. Brasil: Nunca mais. Um relato para a
história. Prefácio de Dom Paulo Evaristo Arns. Petrópolis: Vozes, 1985. 312 p.
Analisa a repressão política durante a ditadura militar brasileira, os modos e instrumentos de tortura, o funcionamento do aparelho repressivo do
Estado, a trajetória política das organizações de esquerda (PCB, ALN, PCBR,
MR-8 e outras dissidências armadas, PCdoB, AP, Polop e os grupos que dela
nasceram e os grupos trotskistas), bem como os processos judiciais políticos.
Resulta do projeto “Brasil Nunca Mais”, realizado durante os últimos anos da
ditadura (1979-1985), que buscou sistematizar as informações contidas nos
processos políticos transitados na Justiça Militar, principalmente os que chegaram ao Superior Tribunal Militar.
REIS, Dinarco. A luta de classe no Brasil e o PCB. São Paulo: Edições Novos Rumos, 1985; 1987. 2 vs. 176 p. (v. 1); 134 p. (v. 2).
Obra escrita pelo dirigente comunista e membro do Comitê Central do
PCB Dinarco Reis, aborda a trajetória do PCB e a estrutura de classes no Brasil
do início dos anos 1980, a conjuntura política do período, a linha política do
PCB discutida no VI Congresso em 1967, a política organizativa e as disputas
internas do partido. Inclui ainda uma reflexão sobre o exílio político.
1986
GARCIA, Marco Aurélio (Org.). As esquerdas e a democracia. Rio de Janeiro: Paz e Terra; Cedec, 1986. 101 p.
Transcrição do seminário sobre as esquerdas e a democracia, realizado em 19 de abril de 1986, pelo Grupo de Pesquisa sobre Direitos Políticos
do Cedec (Centro de Estudos e Cultura Contemporânea), com apoio do GT
Nº 9, Ano 7, 2013
302
“Partidos e Movimentos de Esquerda” da Associação Nacional de Pesquisa e
Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs). Aborda a trajetória do pensamento da esquerda no Brasil e sua relação com a democracia, cujo objetivo foi
promover um debate no contexto da chamada “transição democrática” e de
construção da Assembleia Constituinte. Analisa a trajetória de organizações
da esquerda brasileira como PCB, PCdoB, ORM-Polop, VAR-Palmares, VPR e
POC, a conjuntura política dos anos 1950 e 1960 e questões teóricas sobre
democracia e socialismo, o caráter da revolução no Brasil, linhas políticas da
esquerda, entre outros temas.
SILVA, Antonio Ozaí da. Histórias das tendências no Brasil: origens, cisões e propostas. São Paulo: edição do autor, 1986. 240 p.
Aborda a história da esquerda brasileira desde suas origens no movimento anarquista, no final do século XIX, e de grupos que antecedem a criação do PCB até a atuação de grupos e partidos que deram origem ao Partido
dos Trabalhadores. Reflete a trajetória de organizações que participaram da
luta armada durante o regime civil-militar nos anos 1960 e aquelas que aderiram ao PT, como: OSI, Convergência Socialista, Causa Operária, Polop, AP,
POR(T), ALN, PCBR, MR-8, Colina, VPR, VAR-Palmares, MEP, APML, Ala
Vermelha, entre outras.
1987
FREDERICO, Celso (Org.). A esquerda e o movimento operário, 1964-1984. A
resistência à ditadura, 1964-1971. São Paulo: Novos Rumos, 1987. 348 p. v. 1.
Coletânea de textos produzidos por militantes de organizações e partidos da esquerda brasileira durante o regime civil-militar (1964-1985) sobre
o movimento operário de São Paulo. Inclui documentos compostos basicamente de boletins partidários, jornais, artigos e depoimentos de militantes.
Aborda a trajetória do movimento operário durante a ditadura, a conjuntura
política do período, as relações do movimento operário com o Estado e com
as organizações e partidos da esquerda brasileira, entre elas: AP, PCB, PCdoB,
Ala Vermelha, PCBR, Polop e VAR-Palmares.
GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. A esquerda brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. São Paulo: Ática, 1987. 255 p. (Coleção Temas,
v. 3, Brasil Contemporâneo).
Analisa a trajetória das organizações da esquerda brasileira, como: PCB,
ALN, PCBR, VPR, PCdoB, Ala Vermelha, AP, ORM-Polop, MR-8, entre outras,
sobretudo no período que vai de 1964 até 1974, ano que marca o aprofun303
damento da crise nesses grupos, ocasionada pela forte repressão da ditadura
militar. Examina a conjuntura política pré-1964, as reformas de base, os acontecimentos que anteciparam o golpe, as linhas políticas e as ações das organizações de esquerda relacionadas com o contexto das lutas na América Latina
e com a repressão durante a ditadura. Jacob Gorender foi dirigente do PCB até
1967, rompeu com o partido para formar o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), foi preso e torturado. O livro inclui caderno de imagens
de manifestações, militantes assassinados, ações, lideranças de organizações e
partidos da esquerda brasileira e agentes da ditadura. Há edições posteriores,
revistas e ampliadas (1990 e 1998).
MARTINS Filho, João Roberto. Movimento estudantil e ditadura militar:
1964-1968. Campinas: Papirus, 1987. 215 p.
Analisa a trajetória do movimento estudantil desde o período que antecede o golpe civil-militar até o ano de 1968. Aborda a atuação do movimento
estudantil e as forças políticas nele presentes durante a ditadura, a conjuntura
política do pré-golpe até 1968, as manifestações e a repressão. Reflete ainda
a história da esquerda cristã, cuja participação no movimento estudantil foi
fortemente expressiva, focando na Juventude Universitária Católica (JUC) e
na organização dela originada, a AP. Contém breve análise sobre a esquerda
brasileira durante o regime militar, tabelas com dados sobre as manifestações
estudantis e recortes de jornais com notícias sobre a repressão aos estudantes.
Entre as organizações e partidos da esquerda mais citados no texto, destacamse: AP, ORM-Polop e suas dissidências, ALN, VPR e Colina.
POMAR, Pedro Estevam da Rocha. Massacre na Lapa: como o exército
liquidou o Comitê Central do PCdoB. São Paulo, 1976. São Paulo: Busca Vida,
1987. 224 p.
Reflete sobre a história do evento ocorrido no bairro da Lapa, em São
Paulo, conhecido como Massacre da Lapa, em que membros do Comitê Central
do PCdoB foram assassinados numa operação empreendida por militares do
Exército Brasileiro, no ano de 1976, durante o regime civil-militar. Inclui breve
trajetória dos dirigentes assassinados, aborda o detalhamento da ação militar,
os métodos de tortura utilizados pelos militares na repressão contra militantes
da esquerda, os processos na Justiça Militar dos presos na ação e um balanço
político da tragédia. Há edições revistas e ampliadas de 1996 e 2006.
1988
HELLER, Milton Ivan. Resistência democrática: a repressão no Paraná.
Nº 9, Ano 7, 2013
304
Rio de Janeiro; Curitiba: Paz e Terra; Secretaria da Cultura do Estado do Paraná, 1988. 693 p.
Aborda a história da repressão no Paraná durante o regime civil-militar,
a ligação de militares e civis com as denúncias de tortura e assassinato e a
trajetória política de governadores indiretos do estado e suas relações com os
representantes da ditadura. Reflete sobre a conjuntura política do Brasil desde
os tempos de Getúlio Vargas até o fim da ditadura. Analisa o cenário político do
período, os atos institucionais decretados, a Lei de Segurança Nacional e seus
desdobramentos no que se refere à radicalização do regime, à violação dos direitos, à repressão e aos casos denunciados de tortura e assassinatos de pessoas
comuns, estudantes, sindicalistas, militares dissidentes e de militantes ligados a
organizações de esquerda, como: PCB, ALN, VPR, AP, PCBR, PCdoB.
LAFORGIA, Reynaldo. Dezembro sangrento: a chacina da Lapa. Campinas: Pontes, 1988. 112 p.
Depoimento escrito por Reynaldo Laforgia, amigo muito próximo de
Pedro Pomar, sobre o evento ocorrido no bairro da Lapa em São Paulo, conhecido como Massacre da Lapa, em que membros do Comitê Central do PCdoB
foram assassinados numa operação empreendida por militares do Exército
brasileiro, no ano de 1976, durante o regime civil-militar. Aborda a conjuntura
política, o processo de fundação do PCdoB, caracterizado por seus militantes
como período de reorganização, a chacina cometida pelos militares e sua repercussão e a Guerrilha do Araguaia, empreendida por militantes comunistas
no sul do Pará contra o regime civil-militar, entre os anos 1966-1975. Inclui
caderno de imagens com fotos da cerimônia em homenagem a Pedro Pomar,
ocorrida em 1980, na chegada de seus restos mortais a Belém do Pará.
MORAES, Pedro de; REIS Filho, Daniel Aarão. 1968: a paixão de uma
utopia. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1988. 220 p. (Pensando o Brasil, v. 9).
Analisa os eventos de maio de 68 na França e sua repercussão no Brasil.
Aborda a conjuntura política do período e a trajetória do movimento estudantil brasileiro na luta contra o regime civil-militar. Contém depoimentos
de líderes estudantis, cuja maior parte foi ligada a organizações e partidos da
esquerda, como AP, MR-8, PCdoB; um caderno de imagens que representam
a luta estudantil; e cronologia com os principais episódios nacionais e internacionais que marcaram o período. Outros grupos e partidos da esquerda são
citados: PCB, ALN, PCBR, ORM-Polop.
PROJETO BRASIL: NUNCA MAIS. Perfil dos atingidos. Prefácio de Dom
Paulo Evaristo Arns. Petrópolis: Vozes, 1988. 311 p.
305
Examina informações relacionadas ao perfil dos atingidos nos processos
militares durante o regime civil-militar. Apresenta dados estatísticos referentes
aos militantes de esquerda que sofreram processos militares. Analisa a trajetória das organizações da esquerda brasileira (PCB, PCdoB, AP, Polop, POR(T),
ALN, PCBR, MR-8, VPR, Colina, VAR, Ala Vermelha, MRT, MRM, POC, FBT,
LO, PRT, Corrente, Molipo, PCR, Rede, FALN, DVP, UC, MNR, RAN, MR-21,
MAR, MR-26, FLN, M3G, MCR, FLNe) durante o período da ditadura e aborda os demais setores da sociedade investigados pelos inquéritos encaminhados à Justiça Militar. Resulta do projeto “Brasil Nunca Mais”, realizado durante
os últimos anos da ditadura (1979-1985), que buscou investigar e sistematizar
as informações contidas nos processos políticos transitados na Justiça Militar,
principalmente os que chegaram ao Superior Tribunal Militar.
SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Castelo a Tancredo, 1964-1985. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1988. 608 p.
O livro escrito pelo historiador norte-americano Thomas E. Skidmore
analisa o período do regime civil-militar brasileiro (1964-1985). Seguindo
uma cronologia dos governos militares existentes durante a ditadura, o autor
examina o contexto político e econômico e as especificidades de cada um
deles, as ações empreendidas pelos militares, as alianças políticas, a repressão dirigida aos setores em oposição e o processo de transição democrática.
Analisa ainda a atuação da esquerda brasileira nesse período, cujos grupos e
partidos que mais se destacam são: PCB, AP, ORM-Polop, ALN e VPR.
1989
MANFREDINI, Luiz. As moças de Minas: uma história dos anos 60. São
Paulo: Alfa-Omega: 1989. 132 p. (Coleção Biblioteca Alfa-Omega de Cultura
Universal, série 1, Esta América).
Narra a história de cinco militantes mulheres da Ação Popular que foram presas em Belo Horizonte, em 1969. Aborda a conjuntura política dos
anos 1960, a trajetória de vida dessas jovens estudantes e suas experiências
no âmbito da militância, no movimento operário, camponês e como presas
políticas durante o regime civil-militar.
MORAES, Denis de. A esquerda e o golpe de 64: vinte e cinco anos depois
as forças populares repensam seus mitos, sonhos e ilusões. São Paulo: Espaço
e Tempo, 1989. 379 p.
Analisa o golpe militar e a atuação dos grupos que se colocaram em
oposição à ditadura, com o objetivo de realizar um balanço das causas da
Nº 9, Ano 7, 2013
306
derrota da esquerda e revelar a conjuntura político-ideológica que compunha o cenário do período. Aborda a trajetória de partidos e organizações da
esquerda brasileira, tais como: PCB, PCdoB, AP, ORM-Polop, POR(T), Ligas
Camponesas e MRT. Contém entrevistas com lideranças da esquerda, entre
elas, Nelson Werneck Sodré, Gregório Bezerra, Theotônio dos Santos, Luiz
Carlos Prestes, Herbert José de Souza etc. Há uma edição de 2011 da Editora
Expressão Popular.
1990
FREDERICO, Celso (Org.). A esquerda e o movimento operário, 19641984. A crise do “milagre brasileiro”. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1990.
243 p., v. 2 (Coleção Nossa Terra).
Coletânea de textos produzidos por militantes de organizações e partidos da esquerda brasileira, durante o regime civil-militar, sobre o movimento
operário de São Paulo no período do chamado “milagre brasileiro”. Inclui
documentos compostos basicamente de boletins partidários, jornais, artigos
e depoimentos de militantes. Aborda a atuação do movimento operário nesse
período, a conjuntura política, as relações do movimento operário com o Estado e com as organizações e partidos da esquerda brasileira, entre elas: PCB,
Ala Vermelha, POC, MR-8, AP-ML e Polop.
POSADAS, J. Brasil: do golpe de 64 à formação do PT. São Paulo: Editora Ciência, Cultura e Política, 1990. 402 p.
Coletânea de artigos escritos pelo dirigente trotskista argentino J. Posadas, sob o pseudônimo político de Homero Rómulo Cristali Frasnelli (19121981), sobre a conjuntura política brasileira dos anos 1960 até 1980. Analisa
o período que antecede o golpe militar de 1964, a conjuntura política durante
o regime civil-militar, a trajetória de resistência e de luta da esquerda e dos
movimentos sociais, as greves do ABC paulista e a formação do PT. Aborda
ainda temas que envolvem questões como o nacionalismo, o populismo e a
construção do socialismo. Das organizações da esquerda citadas durante o
período do governo militar, podemos destacar: AP, PCB, POR(T) e PT.
REIS Filho, Daniel Aarão. A revolução faltou ao encontro: os comunistas
no Brasil. São Paulo; Brasília: Brasiliense; CNPq, 1990. 201 p.
Analisa a trajetória das organizações comunistas brasileiras nos anos
1960 e apresenta um balanço da atuação da esquerda nesse período. Aborda a
conjuntura política da época, as formulações teóricas e a ação de organizações
como PCB, ORM-Polop e PCdoB, as divergências que deram origem à frag307
mentação desses grupos, a atitude dos comunistas diante do AI-5. Apresenta
uma reflexão sobre as causas da derrota da esquerda em relação ao regime
civil-militar.
1991
FREDERICO, Celso (Org.). A esquerda e o movimento operário, 19641984. A reconstrução. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1991. 356 p. v. 3.
(Coleção Nossa Terra).
Coletânea de textos produzidos por militantes de organizações e partidos da esquerda brasileira, durante o regime civil-militar, sobre o movimento operário de São Paulo. Inclui documentos compostos basicamente de
boletins partidários, jornais, artigos e depoimentos de militantes. Aborda a
atuação do movimento operário do período das greves de 1978/1980 até a
formação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central Geral dos
Trabalhadores (CGT), a conjuntura política, as relações do movimento operário com o Estado e com as organizações e partidos da esquerda brasileira,
entre elas: PCB, Ala Vermelha, POC, MR-8, AP-ML e Polop.
KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e revolucionários nos tempos da imprensa alternativa. São Paulo: Scritta Editorial, 1991. 399 p.
Realiza um panorama dos meios alternativos à grande imprensa de
1964 a 1980, no qual aborda as categorias e as origens dos jornais do
período, bem como a atuação de intelectuais, militantes e jornalistas na
construção da imprensa alternativa. Apresenta as histórias dos periódicos
alternativos de pequena e média circulação e os grandes jornais de frente
de esquerda, tais como: Opinião, Em Tempo e Movimento, durante o regime
civil-militar. No que se refere à produção de circulação mais restrita e
ligada a partidos e movimentos da esquerda, destacam-se: A Classe Operária (PCdoB), Piquete (Colina), Amanhã (apoiado numa frente de esquerda
formada por Polop, dissidência de São Paulo, Ala Vermelha e jornalistas
trotskistas e independentes), entre outros. Há edição revista e ampliada de
2003, da Edusp.
1993
RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: Editora da Unesp; Fapesp, 1993. 284 p.
Aborda a trajetória das organizações políticas da esquerda brasileira
entre 1964-1974 na luta contra a ditadura militar e avalia a atuação dessas
Nº 9, Ano 7, 2013
308
organizações no sentido de desvendar e esclarecer os caminhos e descaminhos que impediram a revolução brasileira. Examina a produção cultu­
ral-re­­vo­­lucionária do período nos campos da música popular, cinema, teatro
e literatura. Analisa os projetos revolucionários e a ação política das organizações da luta armada, bem como sua composição social e a relação com as
bases da sociedade. Contém trechos de entrevistas com militantes da época
e tabelas anexadas que sistematizam o perfil dos militantes processados pelo
regime civil-militar, agrupados por categorias, como profissão, idade, gênero
etc. As organizações e partidos de esquerda mencionadas no texto são: ALN,
PCBR, ORM-Polop, AP, POR(T), PCdoB, MNR, FLN, PRT, RAN, DVP, PCdoB,
PCdoB-Ala Vermelha, MRM, MRT, MR-21, MR-26, DI-BA, DI-GB, DI-RJ, DISP, DI-RS, Corrente, POC, VAR-Palmares, Colina, Rede, PCB, Molipo, MR-8,
MAR. Há edição revista e ampliada de 2010.
1994
MIR, Luis. A revolução impossível: a esquerda e a luta armada no Brasil.
São Paulo: Best Seller; Círculo do Livro, 1994. 755 p.
Escrito pelo jornalista espanhol radicado no Brasil, o livro trata da
atuação da esquerda brasileira dos anos 1930 até fins de 1970. Analisa
a trajetória dos comunistas brasileiros a partir da formação da Aliança
Nacional Libertadora (ANL). Aborda a trajetória de lideranças comunistas, como Carlos Marighella e Joaquim Câmara Ferreira, a conjuntura
política do período, os debates e as divergências políticas entre a esquerda brasileira e sua atuação durante o regime civil-militar. Inclui ainda
um capítulo sobre os exilados políticos no Chile durante o governo do
socialista Salvador Allende e a relação com os militantes do Movimiento
de La Izquierda Revolucionaria (MIR). No levantamento bibliográfico de
Ridenti9, alerta-se para “várias imprecisões históricas a que o leitor deve
estar atento”.
OLIVEIRA, José Alberto Saldanha de. A mitologia estudantil: uma
abordagem sobre o movimento estudantil alagoano. Maceió: Sergasa, 1994.
218 p.
Resultado de dissertação de mestrado do autor, defendida na Universidade Federal de Pernambuco, em 1994, examina a atuação do movimento
estudantil no estado de Alagoas no período compreendido entre 1968 e
1980, dedicando também atenção à atuação das organizações políticas da
Nova Esquerda, em especial o PCR e a AP, no período abrangido por esta
bibliografia.
309
1995
COMISSÃO DE FAMILIARES DE MORTOS E DESAPARECIDOS POLÍTICOS; INSTITUTO DE ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DO ESTADO; GRUPO
TORTURA NUNCA MAIS – RJ e PE (Org.). Dossiê dos mortos e desaparecidos políticos a partir de 1964. Recife: Companhia Editora de Pernambuco, 1995. 448 p.
Dossiê que contém breve trajetória pessoal e política dos mortos e desaparecidos durante o regime civil-militar brasileiro, incluindo ainda os casos
de desaparecidos no Chile, Argentina e Bolívia, organizados em cinco capítulos, dois anexos e índice onomástico. Partidos e organizações de esquerda
citados no livro: PCdoB, ORM-Polop, ALN, AP, APML, Colina, M3G, MAR,
MNR, Molipo, MR-8, MR-26, MRT, PCBR, POC, PRT.
SAUTCHUK, Jaime. Luta armada: no Brasil dos anos 1960 e 1970. São
Paulo: Anita Garibaldi, 1995. 96 p.
Relata o período da luta armada no Brasil durante o regime civil-militar. Aborda brevemente a história dos movimentos armados na luta contra
a opressão, a conjuntura política que antecede o golpe militar, a atuação dos
partidos e organizações da esquerda durante a ditadura brasileira, suas principais lideranças e ações de maior destaque, entre elas, PCdoB, PCBR, ALN,
AP e VPR. Inclui ainda reflexões sobre as torturas e assassinatos cometidos
pelas forças repressivas do regime.
1997
BERQUÓ, Alberto. O sequestro dia a dia. São Paulo: Nova Fronteira,
1997. 137 p.
Aborda a história do sequestro do embaixador americano Charles
Burke Elbrick, realizado por militantes das organizações da esquerda armada
brasileira ALN e MR-8, no período do regime civil-militar no final dos anos
1960. Relata a conjuntura política do período e o processo de planejamento e
execução do sequestro. Inclui notícias transcritas de jornais da época sobre os
principais acontecimentos do período e imagens dos militantes que participaram do sequestro atuando em manifestações e atividades políticas.
CAMPOS FILHO, Romualdo P. Guerrilha do Araguaia: a esquerda em
armas. Goiânia: Editora da UFG, 1997. 241 p.
Sobre a história da Guerrilha do Araguaia, empreendida por militantes
comunistas no sul do Pará contra o regime civil-militar nos anos 1966-1975,
essa obra reflete a conjuntura política durante os primeiros anos da ditaduNº 9, Ano 7, 2013
310
ra, os debates produzidos na esquerda sobre a linha política a ser seguida
naquele contexto, a atuação dos grupos que aderiram à luta armada, como
ALN, VPR, AP, PCBR, Polop, Colina e VAR-Palmares, a trajetória do Partido
Comunista e as disputas que suscitaram os rachas, a preparação da guerrilha
e atuação dos guerrilheiros, a repressão às comunidades próximas à região
do Araguaia, a atuação das Forças Armadas e o desfecho. Inclui anexos, com
mapas da região do Araguaia, listas com nomes dos guerrilheiros mortos e
desaparecidos e dos entrevistados. Há edição revista e ampliada publicada
pela Anita Garibaldi, em 2012.
COLLING, Ana Maria. A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil.
Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. 157 p. Aborda a atuação das mulheres na resistência contra o regime militar.
Analisa a conjuntura política dos anos 1960 e 1970 no Brasil e em outros
lugares do mundo, a relação do movimento feminista com as lutas gerais, a
experiência das mulheres militantes como presas políticas e a construção da
imagem da mulher política e de esquerda na visão dos órgãos repressores e
da sociedade como um todo. Contém anexos uma lista de documentos consultados pela pesquisadora no Departamento Estadual de Ordem Política e
Social (Dops) do estado de São Paulo, uma cronologia de 1968 e breve trajetória das organizações de esquerda entre 1964 e 1979. Enfoca principalmente
as seguintes organizações e partidos da esquerda: VPR, ALN, VAR-Palmares,
PCdoB, MR-8, AP, POR(T), ORM-Polop, MNR, PCR, PCdoB, Ala Vermelha.
REIS FILHO, Daniel Aarão et al. Versões e ficções: o sequestro da História. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1997. 191 p.
Coletânea de textos que aborda a trajetória das organizações e partidos
de resistência ao regime civil-militar entre os anos de 1960 e início de 1970.
Apresenta artigos críticos ao filme O que é isso, companheiro, baseado no livro
de mesmo título, escrito pelo ex-guerrilheiro Fernando Gabeira. Analisa a conjuntura política do período e a atuação das esquerdas na luta contra a ditadura.
Inclui entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo, do historiador Daniel
Aarão Reis Filho, que participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick. Houve uma segunda edição ampliada ainda em 1997 (230 p.).
1998
CARVALHO, Luiz Maklouf de. Mulheres que foram à luta armada. São
Paulo: Globo, 1998. 484 p.
Baseado nas entrevistas e pesquisas realizadas pelo autor, ex-militante
311
e dirigente regional da dissidência do PCdoB e jornalista, este livro fala sobre
a trajetória de mulheres militantes de organizações da esquerda armada nos
anos 1960 e 1970, tais como: VPR, ALN, VAR-Palmares, PCBR. Narra a experiência dessas mulheres em diversos âmbitos da vida pública e privada como
na prisão, no exílio, nas ações armadas, na tortura, nas relações pessoais, nos
conflitos e divergências políticas.
CUNHA, Maria de Fátima da. Eles ousaram lutar... A esquerda e a guerrilha nos anos 60/70. Londrina: Ed. da UEL, 1998. 160 p. (Coleção Histórias da
República: Leituras a Contrapelo, 5)
Aborda a trajetória da esquerda brasileira nos anos 1960 e 1970. Analisa as discussões e divergências ocorridas nesse período, nos partidos e grupos
da esquerda, no que se refere ao caminho para a revolução brasileira no contexto do regime civil-militar. Relata o processo de formação de dissidências
no interior da esquerda que deram origem a novos partidos e organizações
e as ações guerrilheiras empreendidas na luta contra a ditadura. Entre os
grupos estudados, estão: PCdoB, VPR, VAR-Palmares, ORM-Polop, AP, ALN,
PCR, Ala Vermelha e Colina.
1999
MIRANDA, Nilmário; TIBÚRCIO, Carlos. Dos filhos deste solo. Mortos e
desaparecidos políticos durante a ditadura militar: a responsabilidade do Estado. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo; Boitempo, 1999. 650 p.
Apresenta os casos de mortos e desaparecidos políticos durante o regime civil-militar brasileiro. Aborda a trajetória das organizações e partidos da
esquerda na luta contra a ditadura, apresentada em ordem cronológica das
mortes e desaparecimentos de seus militantes. Inclui lista em ordem alfabética dos mortos e desaparecidos e o contexto de cada prisão e assassinato, e os
casos de repressão generalizada, cujos vínculos com grupos da esquerda não
foram comprovados. Entre os partidos e organismos da esquerda citados nos
textos, estão: PCB, AP, PCdoB, MR-8, APML, VAR-Palmares, Molipo, ORM--Polop, Colina, VAR-Palmares, POC, PRT, PCR, MRT, MNR, M3G, POR(T),
ALN e VPR. Houve segunda edição revista e ampliada em 2008.
ROLLEMBERG, Denise. Exílio: entre raízes e radares. Rio de Janeiro: Record, 1999. 375 p.
Aborda a trajetória de militantes exilados entre os anos de 1964 e 1979,
relatando as experiências de militantes da esquerda brasileira compartilhadas
no exílio, suas relações com as embaixadas, com outros militantes e organiNº 9, Ano 7, 2013
312
zações da esquerda, a vida cotidiana, o processo de adaptação, os trabalhos
de denúncia das brutalidades cometidas pelo regime civil-militar brasileiro,
o retorno do exílio possibilitado pela aprovação da lei de anistia de 1979 e a
conjuntura política. Entre as organizações e partidos da esquerda mais citadas
no livro, podemos destacar: ALN, MR-8, VPR, MNR, PCdoB. Inclui caderno
de imagens com fotos de militantes da esquerda no exílio e uma relação com
o número de exilados.
2000
ABREU, João Batista de. As manobras da informação: análise da cobertura jornalística da luta armada no Brasil (1965-1979). Niterói; Rio de Janeiro:
Editora da UFF; Mauad, 2000. 269 p.
Analisa a cobertura jornalística da luta armada no Brasil entre os anos
de 1960 e 1970. Aborda a conjuntura político-cultural do período, as dificuldades do trabalho jornalístico durante a ditadura, a trajetória dos grupos e
partidos da esquerda brasileira, as questões políticas que envolveram a forma
como foram noticiadas, na imprensa, as ações da esquerda armada, o uso
de determinados termos e expressões, como “terroristas”, pelos jornais para
caracterizar esses grupos da luta armada. Abrange ainda as coberturas jornalísticas sobre os sequestros de diplomatas estrangeiros e o processo de edição
das matérias sobre a luta armada. Entre as organizações e partidos que mais
são citados no texto, podemos destacar: ALN, MNR, VPR, ORM-Polop, MR-8,
Colina, VAR-Palmares.
ARAÚJO, Maria Paula Nascimento. A utopia fragmentada: as novas esquerdas no Brasil e no mundo na década de 70. Rio de Janeiro: FGV, 2000. 190 p.
Aborda os debates e as novas concepções políticas surgidas entre os grupos, partidos e movimentos de esquerda dos anos 1960 e 1970, tanto no Brasil
como no mundo. Analisa a imprensa alternativa dos anos 1970, as esquerdas
dissidentes e os debates produzidos em países como Brasil, Estados Unidos,
França, Itália e Alemanha e reproduzidos na imprensa alternativa, por jornais
como Versus, Em Tempo, além de periódicos publicados pelos movimentos feminista, negro e gay. Organizações e partidos citados no livro: AP, ALN, PCB,
PCdoB, MR-8, PCBR, VPR.
GASPARI, Elio; VENTURA, Zuenir; HOLLANDA, Heloísa Buarque de.
Cultura em trânsito: da repressão à abertura. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. 332 p.
Coletânea de textos escritos entre os anos 1968-1985, publicados em
jornais e revistas, com exceção do texto de Elio Gaspari que introduz o livro.
313
Aborda a conjuntura político-cultural durante o período do regime civil-militar brasileiro desde o golpe à abertura. Inclui trechos de entrevistas realizadas
no período e veiculadas no Jornal do Brasil. As organizações e partidos da
esquerda citadas no texto são: ALN, MR-8 e PCBR.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Em defesa dos trabalhadores e do
povo brasileiro: documentos do PC do Brasil de 1960 a 2000. São Paulo: Anita
Garibaldi, 2000. 532 p.
Coletânea de 25 textos escritos por militantes e dirigentes do PCdoB desde os anos 1960 até 2000. Contém documentos do partido com análise crítica
à linha política do PCB, manifestos, resoluções de conferências e congressos,
programas, textos de análise da conjuntura política e econômica do Brasil e da
América Latina, da incorporação de militantes da AP ao partido, além do balanço da bancada do partido na Assembleia Nacional Constituinte, entre outros.
RIDENTI, Marcelo. Em busca do povo brasileiro. Artistas da revolução: do
CPC à era da TV. Rio de Janeiro: Record, 2000. 458 p.
Examina a inserção de artistas e intelectuais da esquerda no movimento político-cultural do Brasil nos anos 1960 e início dos anos 1970. Aborda a
participação do PCB no meio artístico, o pensamento e a obra de alguns intelectuais e artistas que atuaram em oposição ao regime civil-militar, bem como
suas trajetórias em dissidências comunistas e em outras esquerdas no período, e, por fim, inclui um capítulo com balanço sobre os desdobramentos da
atuação político-cultural desses setores na sociedade brasileira. Contém uma
cronologia brasileira de 1958 a 1984. Organizações e partidos da esquerda
citados no livro: ALN, DI-SP, PCdoB, AP, PCdoB-Ala Vermelha, PCBR, VPR,
VAR-Palmares, MR-8, MRT.
2001
ROLLEMBERG, Denise. O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2001. 94 p.
Abrange a influência que a revolução cubana exerceu em grupos e partidos da esquerda brasileira que aderiram à luta armada durante o regime civil-militar. Relata as experiências de militantes da esquerda nos treinamentos
guerrilheiros em Cuba e nas ações revolucionárias empreendidas no Brasil. Destacam-se militantes das Ligas Camponeses, do MNR, da ALN, VPR e MR-8.
STEPHANOU, Alexandre Ayub. Censura no regime militar e militarização
das artes. Porto Alegre: Editora da PUC-RS, 2001. 328 p.
Nº 9, Ano 7, 2013
314
Analisa a censura implantada pelo regime civil-militar entre os anos
de 1964 e 1968. Aborda a história da censura no Brasil, a conjuntura política, econômica e social do período, as características do Estado autoritário, a
produção cultural e o funcionamento do serviço censório. Examina ainda a
atuação dos grupos armados da esquerda brasileira na luta contra a ditadura,
como: MNR, ALN, PCBR, Polop, VPR, POR(T).
2002
AQUINO, Maria Aparecida de; MATTOS, Marco Aurélio Vannucchi
Leme; SWENSSON JUNIOR, CRUZ; Walter; LEISTER FILHO, Adalberto
(Org.). A alimentação do Leviatã nos planos regional e nacional: mudanças no
DEOPS/SP no pós-64. Família 50. São Paulo: Arquivo do Estado; Imprensa
Oficial do Estado, 2002. 199 p.
Obra resultante do projeto realizado pelo Arquivo do Estado de São Paulo
em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, denominado “Mapeamento e Sistematização do Acervo DEOPS/SP: série Dossiês (1940-1983)”.
Contém um catálogo sobre parte dos documentos que compõe o acervo, alguns
documentos e textos de apresentação do volume. Nos textos, os autores abordam, principalmente, a trajetória republicana brasileira e suas formas autoritárias, os partidos políticos legais e sua relação com o regime civil-militar, os
principais partidos e organizações da esquerda, alvos da investigação do regime, entre eles: PCB, MR-8, AP, ALN, VPR, VAR-Palmares e MNR.
ANTERO, Luiz Carlos; AMAZONAS, João; SILVA, Eumano. Uma epopeia pela liberdade: Guerrilha do Araguaia 30 anos (1972-2002). São Paulo:
Anita Garibaldi, 2002. 72 p.
Livro comemorativo dos 30 anos da Guerrilha do Araguaia, empreendida por militantes comunistas, no sul do Pará, contra o regime civil-militar
entre os anos 1966-1975. Reúne textos sobre a história da guerrilha, as perseguições políticas, torturas e assassinatos cometidos pelas forças de repressão
do regime civil-militar contra os guerrilheiros do PCdoB e de moradores das
cidades vizinhas que apoiaram o movimento. Inclui ainda documento intitulado “Proclamação da união pela liberdade e pelos direitos do povo”, produzido em 1972 pelas forças guerrilheiras.
BAGATIM, Alessandra. Forças Armadas de Libertação Nacional: o grupo
de esquerda armado ribeirão-pretano (1967-1969). Campinas: Setor de Publicações do IFCH da Unicamp, 2002. 96 p.
Monografia premiada no XI Concurso de Monografia de alunos do Ins315
tituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, realizado em 2002, examina a trajetória da FALN, organização da Nova
Esquerda resultante de cisão ocorrida no Comitê Zonal do PCB de Ribeirão
Preto (SP), que se transformou em um grupo armado com atuação nos arredores da cidade até ser descoberto e desestruturado, pela repressão, em 1969.
GASPARI, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. 507 p.
Aborda a conjuntura político-econômica do regime civil-militar brasileiro nos anos de 1969-1974. Analisa o período mais violento da ditadura,
denominado “anos de chumbo”, que se iniciou logo depois do AI-5 até o fim
da Guerrilha do Araguaia, em 1974. As organizações e partidos da esquerda
citadas no texto são: ALN, AP, APML, Colina, FLN, MAR, Molipo, MR-8,
PCdoB, PCBR, PCR, ORM-Polop, Rede, VAR-Palmares e VPR.
RIDENTI, Marcelo; REIS FILHO, Daniel Aarão (Org.). História do marxismo no Brasil: partidos e organizações dos anos 20 aos 60. Campinas: Editora da Unicamp, 2002. 281 p. v. 5.
Livro sobre a história das organizações e partidos da esquerda marxista
brasileira dos anos 1920 até os anos 1960, analisa a trajetória do PCB desde
sua fundação e das organizações e partidos de orientação marxista críticos a
ele, como: os trotskistas, o PSB, a Polop e a AP, no que se refere às interpretações sobre o caráter da revolução brasileira, o caminho para a transformação
e impasses advindos de divergências políticas dentro das esquerdas anteriormente citadas.
2003
DIAS, Reginaldo Benedito. Sob o signo da revolução brasileira: a experiência
da Ação Popular no Paraná (1962-1973). Maringá: Editora da UEM, 2003. 199 p.
Resultado da dissertação de mestrado do autor, defendida no programa
de Pós-Graduação em História, da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, campus de Assis. Trata da experiência da AP e enfoca sua
relação com o movimento dos trabalhadores no contexto mais amplo da trajetória da Nova Esquerda nos anos 1960. Aborda as diferentes fases da AP e
de sua prática política e analisa privilegiadamente sua implantação na região
de Maringá, no norte do Paraná.
IKEDO, Fernanda. Ditadura e repressão em Sorocaba: história de quem
resistiu e sobreviveu. Sorocaba: Linc, 2003. 111 p.
Nº 9, Ano 7, 2013
316
Por meio da trajetória de militantes da AP, da ALN e do PCB, traça um
panorama da ação da ditadura e da resistência a ela no período de 1964 a
1985, na cidade paulista de Sorocaba, através dos depoimentos coletados pela
autora. Além dos depoentes, também enfoca o caso do estudante Alexandre
Vannucchi Leme, militante da ALN, que foi assassinado sob tortura e que era
natural daquele município.
MAZZEO, Antonio Carlos; LAGOA, Maria Izabel. Corações vermelhos:
os comunistas brasileiros no século XX. São Paulo: Cortez, 2003. 312 p.
Coletânea de textos resultante do seminário “80 anos de Movimento
Comunista no Brasil”, organizado pelo Núcleo de Estudos da Ontologia Marxiana (Neom), vinculado ao Departamento de Ciências Políticas e Econômicas
junto aos programas de graduação e pós-graduação em Ciências Sociais da
Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
realizado em maio de 2002. Aborda a trajetória do movimento comunista no
Brasil, desde sua origem. Analisa a atuação do Partido Comunista no Brasil,
as teorias da esquerda de interpretação da realidade brasileira, o pensamento
de intelectuais comunistas, como Caio Prado Júnior, as dissidências armadas
do PCB e da Polop, o cinema revolucionário e o trotskismo no Brasil.
2004
FICO, Carlos; ARAÚJO, Maria Paula (Org.). 1964-2004: 40 anos do golpe: ditadura militar e resistência no Brasil. Anais. Rio de Janeiro: Faperj; 7Letras, 2004. 399 p.
Coletânea de textos apresentados nos encontros realizados no ano de
2004, por ocasião dos 40 anos do início do regime civil-militar brasileiro. Aborda temas relacionados à historia e à memória do regime, discutidos no presente,
a trajetória das esquerdas armadas e do partido do regime civil-militar, a conjuntura político-econômica e os movimentos políticos-culturais na luta contra
a ditadura. As organizações e partidos da esquerda citados no texto são: ALN,
Rede, PCB, MR-8, AP, VPR e MRT.
LEAL, Murilo. À esquerda da esquerda: trotskistas, comunistas e populistas no Brasil contemporâneo (1952-1966). São Paulo: Paz e Terra,
2004. 280 p.
A trajetória dos trotskistas no Brasil nos anos 1950 e 1960, organizados
no POR(T) é o tema deste livro. Analisa a conjuntura política do período, a
formação do POR(T), os debates teóricos em torno das estratégias e as lutas
políticas empreendidas nos estados brasileiros por suas lideranças e militan317
tes, bem como a relação com o movimento sindical, estudantil, com o pensamento de J. Posadas, com o Partido Comunista Brasileiro e com os militares.
2005
FORTES, Alexandre (Org.). História e perspectivas da esquerda. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2005. 255 p.
Coletânea de textos, escritos por autores brasileiros e estrangeiros, que
reúne temas relacionados à atuação da esquerda no século XX em diversas
partes do mundo. Analisa o papel da esquerda na construção da democracia,
a sua relação com os movimentos sociais, o projeto político de diversas organizações político-partidárias, “a evolução histórica da ideia de socialismo
e do significado a ela atribuído por diversos grupos sociais” e a atuação de
governos da esquerda no exercício do poder, bem como a trajetória de grupos
e partidos da esquerda brasileira, como PCB, ALN e PT. Publicação resultante
do Seminário Internacional “História e Perspectivas da Esquerda”, ocorrido
em 2003, promovido pela Fundação Perseu Abramo e Fundação Jean Jaurès e
apoiado pelo Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania.
MARCELLINO, Walmor. Contribuição à história da Ação Popular. Curitiba: Quem de Direito, 2005. 78 p.
Obra do dramaturgo e escritor Walmor Marcellino, que foi candidato a
senador pelo PSB em 1986, sobre o texto publicado na Revista de História Regional do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, escrito por Reginaldo Dias, que aborda a história da AP, na qual o autor
reflete aspectos ali apontados. Examina a trajetória da AP e suas formulações
teóricas e faz críticas sobre o caminho empreendido pela organização na luta
pelo socialismo, caracterizando-a como “pequeno-burguesa”.
MORAIS, Tais; SILVA, Eumano. Operação Araguaia: os arquivos secretos
da guerrilha. São Paulo: Geração Editorial, 2005. 656 p.
Livro sobre a história da Guerrilha do Araguaia, empreendida por militantes comunistas no sul do Pará contra o regime civil-militar, nos anos
1966-1975, baseado nos arquivos e testemunhos de moradores da região durante a guerrilha e de combatentes. Relata a conjuntura política no período
que antecede a guerrilha, os preparativos e o contexto dos combates nas selvas, a repressão praticada pelas Forças Armadas aos moradores da região e
aos guerrilheiros, o fim da guerrilha e o massacre, na Lapa, de militantes do
PCdoB, realizado pelos militares após a guerrilha. Inclui caderno de imagens, lista com breve histórico dos guerrilheiros e documentos, como carta
Nº 9, Ano 7, 2013
318
de guerrilheiro aos pais, depoimento de José Genoino, auto de qualificação
e interrogatório na Justiça Militar de José Genoino, lista de militares mortos
e feridos, balanço do Serviço Nacional de Informações no Governo Sarney e
lista com nomes e codinomes da Operação Sucuri.
2006
BOTOSSO, Marcelo. FALN: a guerrilha em Ribeirão Preto. Ribeirão Preto:
Holos, 2006. 131 p.
Resultado da dissertação de mestrado apresentada, em 2001, no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, campus de Franca, esse livro examina a trajetória da FALN,
organização da Nova Esquerda resultante de cisão ocorrida no Comitê Zonal
do PCB de Ribeirão Preto (SP), que se transformou em um grupo armado com
atuação nos arredores da cidade até ser descoberto e desestruturado pela repressão, em 1969, e seu caráter pioneiro em relação às inúmeras organizações
dissidentes que posteriormente surgiram.
MACIEL, Wilma Antunes. O capitão Lamarca e a VPR. São Paulo: Alameda, 2006. 207 p.
Reflete a atuação da Justiça Militar diante do julgamento de militantes da organização armada VPR durante a ditadura, em especial de Carlos
Lamarca, a partir da análise dos processos judiciais. Analisa a trajetória de
organizações como VPR, MNR, Colina, VAR-Palmares, a institucionalização
da tortura no período da ditadura, o perfil dos militantes da VPR, a trajetória
política de Lamarca, as denúncias de torturas realizadas em juízo, os casos
dos mortos e “desaparecidos”, os pressupostos que fundamentaram a acusação dos “réus” e a atuação dos advogados de defesa.
MAUÉS, Flamarion; ABRAMO, Zilah Wendel (Org.). Pela democracia,
contra o arbítrio: a oposição democrática, do golpe de 1964 à campanha das
Diretas Já. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006. 479 p.
Livro de depoimentos de militantes da esquerda brasileira sobre o regime civil-militar brasileiro que inclui material sobre o assassinato de Vladimir
Herzog, as greves do ABC, o movimento pela Anistia, a Fundação do PT, o
movimento estudantil em 1977 e as mobilizações para as Diretas Já. Os militantes analisam aspectos do período, como censura, repressão, tortura, exílio,
oposição ao regime, luta armada, AI-5, divergências políticas, clandestinidade, entre outros. Inclui textos de Jacob Gorender sobre a conjuntura política
do período e de Marcelo Ridenti sobre a esquerda armada na luta empreendi319
da contra o regime civil-militar, com destaque para as ações de organizações
e partidos, como AP, ALN, MR-8, VPR, PCdoB, Ala Vermelha, PCBR, Polop,
PRT e POC.
SILVA, Marcos (Org.). Brasil, 1964/1968: a ditadura já era ditadura. São
Paulo: LCTE Editora, 2006. 272 p.
Coletânea de textos produzidos 40 anos após o golpe militar, analisa
o período inicial do regime civil-militar, entre os anos de 1964 e 1968, com
base em seus mais variados aspectos: a conjuntura político-cultural, a revolta
dos marinheiros, a repressão no Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, a trajetória do PCR, a extinção do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb),
entre outros temas. Inclui entrevista com o cineasta brasileiro Nelson Pereira
dos Santos.
2007
ARAÚJO, Maria Paula. Memórias estudantis: da fundação da UNE aos
nossos dias. Rio de Janeiro: Relume Dumará; Fundação Roberto Marinho,
2007. 304 p.
Analisa o movimento estudantil desde a fundação da União Nacional
dos Estudantes (UNE) até 2007. Aborda a história da organização e do movimento estudantil, junto com a conjuntura política, em diversos períodos da
História do Brasil: durante o Estado Novo, o período da democracia entre os
anos 1945 e 1964, no regime civil-militar e no pós-ditadura. Entre os partidos
e organizações da esquerda citados no texto, destacam-se: VPR, ALN, PCBR,
AP, VAR-Palmares, MR-8, Colina, PCB. Contém breve cronologia da história
da UNE e imagens históricas do movimento estudantil.
BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Direito à memória e
à verdade. Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Brasília:
CEMDP, 2007. 500 p.
Publicação que resulta do trabalho desenvolvido durante onze anos pela
Comissão Especial sobre os Mortos e Desaparecidos Políticos, criada pela Lei
9.140/95, em dezembro de 1995, para analisar, investigar e julgar os processos relativos aos casos de violações dos direitos humanos na ditadura. Aborda
a conjuntura política durante o regime civil-militar instaurado no Brasil, os
casos de repressão e dos mortos e desaparecidos políticos, tanto de militantes
brasileiros como de estrangeiros, antes e depois de 1964, organizados pelo
critério de ordem cronológica, e a história da Comissão Especial. Contém
anexo com breve histórico dos partidos e organizações da esquerda: PCB,
Nº 9, Ano 7, 2013
320
PCdoB, ALN, PCBR, MR-8, VPR, Colina, VAR-Palmares, Ala Vermelha, MRT,
POC, PRT, Corrente, Molipo, PCR, Rede, MNR, RAN, MAR, MR-26, M3G.
COSTA, José Caldas da. Caparaó: a primeira guerrilha contra a ditadura. São Paulo: Boitempo, 2007. 335 p.
Abrange a trajetória do primeiro movimento armado contra o regime
civil-militar, formado por um grupo de dissidentes das Forças Armadas que
tentaram estabelecer uma guerrilha de inspiração cubana entre os anos de
1966 e 1977 na Serra do Caparaó. Reflete a trajetória do movimento armado,
que se identificava com as formulações políticas de Leonel Brizola (deputado
federal na época) e era formado, principalmente, por soldados de baixa patente da Marinha, Exército e Aeronáutica. Analisa a conjuntura política que
antecede o golpe até os primeiros anos do regime civil-militar, a trajetória do
movimento, a preparação da guerrilha, a repressão e os desafios enfrentados
pelos combatentes.
DA-RIN, Silvio. Hércules 56: o sequestro do embaixador americano em
1969. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007. 351 p.
Aborda a conjuntura política e a história do sequestro do embaixador
norte-americano Charles Burke Elbrick por membros das organizações revolucionárias MR-8 e ALN, durante o regime civil-militar, cuja ação tinha
como objetivo exigir a libertação de 15 presos políticos de diversos grupos da
esquerda e publicar nos principais jornais um manifesto revolucionário. Contém trechos inéditos das entrevistas realizadas para o documentário “Hércules 56”, com os responsáveis por planejar o sequestro e com os militantes que
estavam na lista dos que deveriam ser libertados.
FARIAS, Airton de. Além das armas: guerrilheiros de esquerda no Ceará
durante a ditadura militar (1968-72). Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2007.
245 p.
Produto de sua dissertação de mestrado em História, defendida na Universidade Federal do Ceará, essa obra é sobre os militantes da Nova Esquerda
que atuaram no estado do Ceará, no período entre 1968 e 1972, em sua maioria egressos do PCB e do PCdoB. Eles atuaram principalmente na ALN e no
PCBR, inserindo-se no contexto geral da luta travada em todo o Brasil.
FERREIRA, Jorge; REIS Filho, Daniel Aarão (Org.). As esquerdas no Brasil: revolução e Democracia (1964...). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2007. 712 p., v. 3.
Coletânea de textos que abordam a trajetória e as formulações políticas
321
da esquerda no Brasil desde o início da ditadura militar até o começo do século
XXI. Contém artigos sobre a trajetória política de militantes, como Marighella,
Lamarca, Carlos Prestes, e de organizações políticas, como: MR-8, ORM-Polop
e AP. Inclui ainda textos sobre a luta armada, o movimento negro brasileiro, a
teologia da libertação, o movimento de mulheres, dos trabalhadores sem-terra,
das diretas-já, trabalhista, movimento operário, entre outros. Obra resultante
do projeto “Esquerdas no Brasil”, que constitui o último volume de um total de
três. Inclui filmografia sobre a história das esquerdas brasileiras.
RIDENTI, Marcelo; REIS Filho, Daniel Aarão (Org.). História do marxismo no Brasil: partidos e movimentos após os anos 1960. Campinas: Editora da
Unicamp, 2007. 461 p., v. 6.
Aborda a trajetória política de organizações e movimentos sociais da
esquerda brasileira desde os anos 1960 até o início do século XXI. Obra estruturada em duas partes, cuja primeira analisa a atuação de partidos e organizações políticas da esquerda brasileira, tais como: PCB, PCdoB, ALN, trotskistas
e Partido dos Trabalhadores. A segunda parte trata dos movimentos sociais.
Contém texto produzido no exílio sobre a teoria marxista, reflexões sobre a
teoria marxista e a conexão com o feminismo, o sindicalismo e a teologia da
libertação. Inclui ainda um balanço final sobre os referenciais marxistas atualmente presentes nos partidos políticos da esquerda.
SALES, Jean Rodrigues. A luta armada contra a ditadura militar. A esquerda brasileira e a influência da revolução cubana. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007. 127 p.
Sobre a trajetória de grupos da esquerda armada brasileira na luta contra o regime civil-militar e a influência da Revolução Cubana e o foquismo
na estratégia de guerrilha. Aborda questões sobre as divergências políticas
internas que deram origem aos rachas no PCB e a criação de organizações
político-partidárias, como PCdoB, AP, ALN. Analisa a trajetória e a atuação
das ligas camponesas na guerrilha, a influência cubana nesse processo e dos
grupos que aderiram à luta armada, como ALN, PCBR, MR-8, Polop, Colina,
VPR, VAR-Palmares, PCdoB.
2008
FICO, Carlos; FERREIRA, Marieta de Moraes; ARAÚJO, Maria Paula;
QUADRAT, Samantha Viz (Org.) Ditadura e democracia na América Latina: balanço histórico e perpectivas. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2008. 395 p.
Coletânea de artigos sobre os regimes ditatoriais da segunda metade do
Nº 9, Ano 7, 2013
322
século XX e os processos de redemocratização na América Latina. Analisa aspectos que marcaram o período, como a repressão, a experiência dos regimes
ditatoriais, as lutas de resistência, os processos de transição democrática e os
assuntos que permeiam a questão da memória com relação à luta pelos direitos
dos perseguidos nos governos ditatoriais. Inclui artigo sobre a luta armada na
América Latina e a atuação de organizações da esquerda brasileira, como ALN,
PCB e PCBR. Publicação resultante do Seminário Internacional “Ditadura e Democracia na América Latina”, organizado pelo programa de Pós-Graduação em
História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
ZAPPA, Regina; SOTO, Ernesto. 1968: eles só queriam mudar o mundo.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008. 311 p.
Analisa o ano de 1968 e os diversos movimentos político-culturais
ocorridos em múltiplas partes do mundo: o maio de 68 na França, a guerra
do Vietnã, o movimento pelos direitos civis nos EUA, a contracultura, as lutas
sociais empreendidas contra a ditadura brasileira, o massacre dos estudantes
no México, a revolução cultural chinesa, entre outros assuntos. Contém imagens que retratam os principais eventos político-culturais ocorridos no ano.
Organizações e partidos citados nos textos: PCB, PCdoB, PCBR, AP, APML,
ALN, POC, ORM-Polop, DI-RS, Colina, VPR, MR-8, VAR-Palmares, Molipo,
MNR, PRC.
2009
ANGELO, Vitor Amorim de. Luta armada no Brasil. São Paulo: Claridade, 2009. 112 p. (Coleção Saber de Tudo).
Obra que sumariza a luta armada no Brasil durante a ditadura instaurada em 1964, abrangendo a formação e a atuação das organizações da Nova
Esquerda e de seu enfrentamento armado ao regime ditatorial. No entanto,
ao tratar do período posterior ao desmantelamento das organizações da Nova
Esquerda, o faz de modo superficial e suas críticas a elas descortinam condescendência com a ditadura.
CENTRO DE ESTUDOS VICTOR MEYER. Polop: uma trajetória de luta
pela organização independente da classe operária no Brasil. Salvador: Centro
de Estudos Victor Meyer, 2009. 307 p.
Livro comemorativo dos 50 anos de fundação da ORM-Polop, que esteve presente no cenário das lutas políticas no Brasil entre os anos 1960 e
1980, aborda a trajetória da Polop desde sua fundação. Reúne os principais
documentos produzidos por seus militantes e lideranças que tratam de temas
323
relacionados à linha política da organização, à estratégia, à prática revolucionária, à conjuntura política durante o regime civil-militar e à atuação de
alguns partidos e grupos da esquerda brasileira na luta contra a ditadura.
FIGUEIREDO, Lucas. Olho por olho: os livros secretos da ditadura. Rio
de Janeiro: Record, 2009. 207 p.
Livro sobre a história dos dois projetos secretos e opostos empreendidos
durante o regime civil-militar, representado, de um lado, pelos opositores da
ditadura, cujo esforço em reunir provas e denunciar os crimes de tortura e assassinatos cometidos pelos militares resultou no livro Brasil: Nunca Mais, e, de
outro, pelos defensores do regime civil-militar, que produziram um manuscrito denominado pelo serviço secreto do Exército de Orvil, uma resposta dos
militares sobre as ações da esquerda armada. Aborda as ações da esquerda
brasileira, a repressão militar, as execuções de militantes opostos ao regime e
os esforços do exército em esconder tais assassinatos.
PADRÓS, Enrique S.; BARBOSA, Vânia M.; LOPEZ, Vanessa A.; FERNANDES, Ananda S. (Org.). A ditadura de segurança nacional no Rio Grande do
Sul (1964-1985, história e memória): repressão e resistência nos “anos de chumbo”. Porto Alegre: Corag, 2009. 300 p. v. 2.
Coletânea de textos sobre o regime civil-militar no Brasil que aborda
temas referentes à repressão, à resistência, à tortura, ao papel dos militantes cristãos na luta contra a ditadura, à produção cultural-revolucionária do
período, à conjuntura política da época, à participação das mulheres na luta
armada, às ações na Justiça de familiares de “desaparecidos” políticos. Contém textos de militantes da esquerda e de intelectuais sobre a atuação dos grupos e organizações da esquerda brasileira como: POC, Polop, PCB, AP, VPR,
VAR-Palmares, Colina. O livro resulta do projeto realizado pela Assembleia
Legislativa do estado do Rio Grande do Sul em parceria com a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Inclui anexos com textos sobre os métodos de
tortura utilizados pela repressão, as candidaturas cassadas (1968-1969), cronologia dos principais eventos da época e lista com breve biografia de mortos
e desaparecidos do estado do Rio Grande do Sul.
SANTOS, Cecília M.; TELES, Edson; TELES, Janaina de Almeida
(Org.). Desarquivando a ditadura: memória e justiça no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2009. 335 p., v. 1.
Reúne artigos sobre a memória política e as violações de direitos humanos cometidos durante o regime civil-militar brasileiro. Aborda as interpretações e ideologias de grupos da esquerda e dos militares sobre o período, bem
Nº 9, Ano 7, 2013
324
como as ações empreendidas através da censura, repressão e tortura por parte
das Forças Armadas, além dos debates sobre o direito à verdade, à reparação e
punição dos torturadores. Em relação às organizações e partidos de esquerda
referenciados na obra, destacamos: ALN, AP, Ala Vermelha, POR(T), PCdoB.
Inclui artigo sobre a participação das mulheres na luta contra a ditadura.
ZACHARIADHES, Grimaldo Carneiro (Org.). Ditadura militar na Bahia:
novos olhares, novos objetos, novos horizontes. Salvador: Editora da UFBA,
2009. 286 p.
Coletânea de artigos sobre a atuação de segmentos sociais e políticos,
durante o período ditatorial, na Bahia. Entre eles, encontram-se textos dedicados a examinar as atividades da VAR-Palmares, do PCBR, do MR-8 e da AP
na Bahia, especialmente em sua capital, Salvador. Além desses artigos, outros
tratam da campanha de desestabilização contra o governo de João Goulart,
das relações entre protestantes e o governo militar, do sindicalismo petroleiro,
da repressão na cidade de Vitória da Conquista, do movimento estudantil,
das relações das alta cúpula da Igreja Católica com o regime militar, das Jornadas de Cinema da Bahia, entre 1972 e 1978, da Ala Jovem do MDB e do II
Congresso da Anistia.
2010
FREDERICO, Celso. A imprensa de esquerda e o movimento operário
(1964-1984). São Paulo: Expressão Popular, 2010. 331 p.
Coletânea de textos sobre a trajetória do movimento operário em São
Paulo durante a ditadura militar e sua relação com organizações políticas da
esquerda no período, como: PCB, PCdoB, Convergência Socialista, AP, Polop,
ALN, VPR, PCBR, Ala Vermelha, MR-8, entre outros. Essa obra é uma versão
resumida de um trabalho mais amplo, publicado em três volumes, e contém
coletânea de documentos, como boletins de organizações políticas da esquerda, artigos e depoimentos de militantes. Os documentos apresentados foram
principalmente produzidos pelo Partido Comunista Brasileiro.
MERLINO, Tatiana; OJEDA, Igor (Org.). Direito à memória e à verdade:
luta, substantivo feminino. São Paulo: Caros Amigos, 2010. 199 p.
Refletindo a trajetória de luta de mulheres na resistência contra a ditadura no Brasil, essa obra aborda o contexto histórico do período, a Guerrilha
do Araguaia, a participação das mulheres nos movimentos de luta contra o
regime civil-militar, os casos de torturas, mortes e desaparecimentos de mulheres militantes de organizações e partidos da esquerda, apresentados em
325
ordem cronológica. Contém breve histórico das organizações da esquerda,
entre elas: ALN, VPR, MR-8, DI-GB, ORM-Polop, PCBR, VAR-Palmares, Molipo, PCdoB, FALN, POC, PCB, Colina, AP.
RUY, José Carlos; BUONICORE, Augusto (Org.). Contribuição à história
do Partido Comunista do Brasil. São Paulo: Fundação Maurício Grabois; Anita
Garibaldi, 2010. 336 p.
Coletânea de textos escritos por militantes comunistas sobre a trajetória
do Partido Comunista do Brasil desde sua fundação até 2002. Aborda a conjuntura política no período do surgimento do partido e os fatores que contribuíram para sua fundação, as primeiras ações, a criação da Aliança Nacional
Libertadora (ANL) e o período de sua ilegalidade, a reorganização partidária
seguida do fechamento e da cassação dos mandatos, a Guerrilha do Araguaia,
as formulações teóricas, as ações empreendidas contra a ditadura e no pe­
ríodo da chamada “redemocratização”. Abrange ainda sua trajetória nos anos
1990 até a morte do líder comunista João Amazonas. Inclui dois anexos: texto
de Amazonas sobre a história do partido até a reorganização da Mantiqueira
e uma cronologia que compreende os principais fatos da conjuntura política
e as ações do partido.
2011
CARDOSO, Tom. O cofre do Dr. Rui: como a VAR-Palmares de Dilma
Rousseff realizou o maior assalto da luta armada brasileira. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011. 171 p.
Narra a história do assalto ao cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, realizado por onze guerrilheiros da VAR-Palmares no ano de
1969. Escrito pelo jornalista Tom Cardoso, contém uma breve cronologia
dos eventos ocorridos entre 1961 e 1985. Entre as organizações citadas no
texto, destacam-se: VPR, Colina, VAR-Palmares, PCB, ORM-Polop, POC,
M3G, ALN.
SOLNIK, Alex. O cofre do Adhemar: a iniciação política de Dilma e outros segredos da luta armada. São Paulo: Jaboticaba, 2011. 269 p.
Obra escrita pelo jornalista Alex Solnik, preso no DOI-Codi no ano de
1973, narra a história do assalto ao cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros, realizado por onze guerrilheiros da VAR-Palmares em 1969.
Aborda o processo de fusão das organizações VPR e Colina que deu origem
a VAR-Palmares, o planejamento e o desencadeamento do assalto, as ações
empreendidas pelos militantes da organização durante a ditadura. Contém
Nº 9, Ano 7, 2013
326
depoimento de Antonio Roberto Espinosa e outros militantes, além de documentos como “Inquérito sobre o assalto ao Banco Aliança” e “Interrogatório
sobre o assalto ao cofre”.
STOTZ, Eduardo; WARTH, Samuel (Org.). Conquistas e impasses do socialismo. Seleção de textos inscritos na tradição da Organização Revolucionária Marxista – Política Operária. Rio de Janeiro: Centro de Estudos Victor
Meyer, 2011. 351 p.
Coletânea de textos que serviram de base às discussões da Polop ao
longo de sua trajetória, de 1961 a 1985, referenciadas, sobretudo, na discussão sobre o socialismo. No período abrangido por esta bibliografia destacam-se os textos de Erico Sachs no órgão oficial, Política Operária.
2012
MONTEIRO, Adalberto (Org.). PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da
democracia e do socialismo. São Paulo: Anita Garibaldi, 2012. 159 p.
Livro publicado pelo PCdoB em comemoração aos 90 anos do Partido
Comunista do Brasil, fundado em 1922. Aborda a trajetória dos comunistas
no país, a conjuntura política em diversos momentos da sua história, a participação de lideranças como Astrogildo Pereira, Luiz Carlos Prestes, João Amazonas na construção do partido, as divergências políticas internas ao PCB que
deram origem ao racha de 1962 e as novas formulações do PCdoB sobre o
socialismo na atual sociedade brasileira.
Siglas de Organizações e Partidos de Esquerda
ALN – Ação Libertadora Nacional
AP – Ação Popular
APML – Ação Popular Marxista-Leninista
Colina – Comando de Libertação Nacional
Corrente – Corrente Revolucionária de Minas Gerais
DI-BA – Dissidência da Bahia
DI-GB – Dissidência da Guanabara
DI-PR – Dissidência do Paraná
DI-RJ – Dissidência do Rio de Janeiro
DI-RS – Dissidência do Rio Grande do Sul
DI-SP – Dissidência de São Paulo
DVP – Dissidência da VAR-Palmares
FALN – Forças Armadas de Libertação Nacional
327
FBT– Fração Bolchevique Trotskista
FLN – Frente de Libertação Nacional
FLNe – Frente de Libertação do Nordeste
LO – Liga Operária
M3G – Marx, Mao, Marighella e Guevara
MAR – Movimento de Ação Revolucionária
MCR – Movimento Comunista Revolucionário
MNR – Movimento Nacionalista Revolucionário
Molipo – Movimento de Libertação Popular
MR-21 – Movimento Revolucionário 21 de Abril
MR-26 – Movimento Revolucionário 26 de Março
MR-8 – Movimento Revolucionário 8 de Outubro
MRT – Movimento Revolucionário Tiradentes
MRM – Movimento Revolucionário Marxista
Organização Comunista 1º de Maio
OCML-PO – Organização de Combate Marxista-Leninista
ORM-Polop – Organização Revolucionária Marxista-Política Operária
PCB – Partido Comunista Brasileiro
PCBR – Partido Comunista Brasileiro Revolucionário
PCdoB – Partido Comunista do Brasil
PCdoB-AV – Partido Comunista do Brasil-Ala Vermelha
PCR– Partido Comunista Revolucionário
POC – Partido Operário Comunista
POR(T) – Partido Operário Revolucionário (Trotskista)
PRT – Partido Revolucionário dos Trabalhadores
RAN – Resistência Armada Nacionalista
Rede – Resistência Democrática
UC – União dos Comunistas (Grupo Debate)
VAR-Palmares – Vanguarda Revolucionária Palmares
VPR – Vanguarda Popular Revolucionária
NOTAS
Aline Fernanda Maciel é mestranda em História Social pela Universidade de São
Paulo e integra a equipe do Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu
Abramo. Contato da autora: [email protected]
1
Tomei a expressão de SÁ, Jair Ferreira de; REIS FILHO, Daniel Aarão (Org.). Imagens da Revolução. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2006.
2
3
SÁ, Jair Ferreira de; REIS FILHO, Daniel Aarão (Org.). Op. cit., p. 15.
Nº 9, Ano 7, 2013
328
RIDENTI, Marcelo. O fantasma da revolução. 2. ed. rev. e ampliada. São Paulo: Editora da Unesp, 2010, p. 32.
4
5
RIDENTI, Marcelo. Op. cit., p. 31.
RIDENTI, Marcelo. As esquerdas em armas contra a ditadura (1964-1974): Uma
bibliografia. Cadernos AEL, v. 8, n. 14/15, 2001.
6
KAREPOVS, Dainis. Biografias de esquerda: memórias sobre a ditadura. Perseu:
História, Memória e Política, ano 6, n. 8, jun. 2012.
7
Agradeço a indispensável colaboração de Dainis Karepovs e a Carlos H. M. Menegozzo pela disponibilização de livros importantes para o levantamento.
8
9
RIDENTI, Marcelo. Op. cit., p. 280.
329
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Dissidências, luta armada e ditadura