44ª JORNADA MARANHENSE DE ENFERMAGEM E 74ª SEMANA
BRASILEIRA DE ENFERMAGEM-SEÇÃO MARANHÃO
15 a 16 de Maio, 2013 – auditório do Hospital Universitário
Presidente Dutra e dia 17 auditório do Instituto Florence de
Ensino Superior
FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE RESUMO
ESCOLHA SUA OPÇÃO DE APRESENTAÇÃO:
Relator:
O NÍVEL DE ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UMA INSTITUIÇÃO DE
SAÚDE PARTICULAR EM SÃO LUÍS-MA.
STELMA REGINA SODRÉ PONTES
Autores:
TEREZA MARYLEIDE DE JESUS MACHADO, STELMA REGINA SODRÉ PONTES
Instituição:
INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR
Título:
Resumo:
INTRODUÇÃO: O estresse pode ser definido como desgaste geral do organismo, causado pelas alterações
psicológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a enfrentar situações que emitem ou excitem. O estresse
pode ser definido como desgaste geral do organismo, causando pelas alterações psicológicas que ocorrem
quando o individuo é forçado a enfrentar situações que emitem ou excitem, amedronte ou mesmo que o façam
imensamente feliz. A palavra estresse, derivada do latim e foi utilizada pela primeira vez no sentido psicológico
no século XVIII.Conforme pesquisa da International Stress Management Association (ISMA) Brasil, 70% dos
brasileiros economicamente ativos sofrem de estresse. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos
indivíduos mais estressados do mundo, perdendo apenas para os japoneses. Dentre esses 70% sofrem estresse,
30% padecem da Síndrome Burnout. Não há dados epidemiológicos sobre o transtorno do estresse póstraumático (TEPT) e conforme a ISMA-BR, estudos científicos indicam que o nível de estresse e o estilo de
vida da pessoa determinam 60% das doenças. De acordo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
estima-se que o nível de estresse na população brasileira esteja 50% mais elevado que há quarenta anos, sendo
muito difícil encontrar uma pessoa que nunca sentiu sintomas típicos da tensão. Para a Organização Mundial de
Saúde (OMS), o estresse é uma epidemia global, pois se vive em um tempo de enormes exigências de
atualização e a constante necessidade de lidar com novas informações. O estresse é uma série de reações
orgânicas consciente ou inconscientemente que são desencadeados ao mesmo tempo, em um curto grau é
necessário ao organismo, pois colaboram com o bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas, como
crescimento, cicatrizes e criatividade. Assim, existem dois tipos de estresse, o primeiro é o eustress que é tensão
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com equilíbrio entre esforço, tempo, realização e resultado. O outro tipo é o distress que é a tensão com
rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com o tempo, resultados
e realização. Na fisiologia, é sinônimo de tensão, estreitamento de músculos ou de qualquer outro tecido
orgânico e por uma contração, ou seja, uma sensação que acompanha esforço muscular, e na psicologia
caracteriza-se por um estado emocional que resulta da insatisfação, necessidades ou bloqueio de uma atividade
dirigida no sentido da realização de um propósito inadiável. O estresse quando excessivo produz conseqüências
psicológicas e emocionais que resultam em cansaço mental, dificuldade de concentração e perda de memória
imediata, bem como crises de ansiedade e de humor. Essas respostas psicofisiológicas do organismo ocorrem
uma vez que, existe uma ligação dos sistemas neurológico, imunológico e endócrino para a realização das
funções regulatórias do organismo e controle perante estímulos internos e externos. Os principais sintomas de
estresse são: suor, calores, dor de cabeça, tensão muscular, alteração no batimento cardíaco, dores de estômago,
colite e irritação. O estresse pode também se refletir em de atrasos, insatisfação, sabotagem e baixos níveis de
desempenho no trabalho. Com isso, haverá uma diminuição da qualidade do serviço prestado, afetando não
apenas a população atendida, mas também a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. O enfermeiro e os
demais integrantes da equipe de enfermagem diariamente estão em contato com situações geradoras de estresse
ocupacional os quais interferem diretamente em suas vidas, alterando os níveis tanto psicológicos como
fisiológico. Sobre a equipe de enfermagem recai a maior responsabilidade quanto ao cuidar do paciente no
âmbito hospitalar. A primeira relação do estresse ligado ao trabalho é a sensação de exaustão, esgotamento,
sobrecarga física e mental e dificuldade de relacionamento, fazendo com que a relação entre trabalhador e os
colegas torna-se mais distantes e frias, gerando assim a ineficiência. Na maioria dos hospitais o trabalho da
enfermagem tem sido apontado como altamente estressante. Para os enfermeiros isso se justifica pela alta
responsabilidade e pela baixa autonomia, as quais refletem situações com vários pontos de tensão determinantes
do estresse. Os profissionais de enfermagem são os que possuem contato direto e mais frequentemente com
pacientes e seus familiares. Em situação de maior gravidade dos pacientes esses profissionais compartilham
com os familiares a angustia, a dor e o medo da morte. É importante ressaltar que o estresse nem sempre é
negativo, como é entediado no senso comum poderá ser positivo, o sujeito reage bem ao estímulo estressor, ao
realizar uma tarefa que traga desenvolvimento e crescimento emocional e intelectual. O estresse vem sendo
estudado em diversas áreas do conhecimento, pois a sua presença e a incapacidade para enfrentá-lo podem
resultar tanto em enfermidades físicas e mentais, como em manifestações menores, tais como insatisfação e
desmotivação no trabalho. O excesso de tensão passou a ser algo tão comum na sociedade atual, que se torna
uma ameaça, á qualidade de vida. OBJETIVOS: identificar o nível de estresse da equipe de enfermagem em um
hospital de médio porte da rede privada de São Luís/Ma. METODOLOGIA: O estudo foi do tipo descritivo,
com abordagem quantitativa, realizado em um hospital da rede privada do município de São Luís/Ma, nos
meses de julho a agosto de 2012. A amostra foi constituída por 05 enfermeiros, 36 técnicos de enfermagem e 02
auxiliares de enfermagem atuantes no referido hospital, tendo como critério de exclusão os que estavam de
férias, licença maternidade e/ou médica e àqueles que não se dispuseram a participar do estudo. Foi aplicado um
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questionário com questões objetivas onde foram abordadas as variáveis: sexo, idade, estado civil, salário
mensal, categoria profissional, sintomas de estresse, sinais de estresse e o nível de estresse. Os dados foram
coletados nos dias úteis da semana nos turnos matutino, vespertino e noturno de acordo com a escala de serviço
desses profissionais e disponibilidade da pesquisadora. Após coletados os dados, os mesmos foram tabulados
em forma de tabelas e figuras através do programa excell 2007, com posterior análise e discussão.
RESULTADOS: Os resultados mostraram que a 88% sexo feminino; 74% com idade entre 21 a 30 anos; 42%
eram casados; 88% recebem de 1 a 2 salários mínimos; em relação a categoria profissional, 84% eram técnicos
de enfermagem; o sintoma clínico de estresse mais encontrado foi dor e cansaço nos membros inferiores (28%);
comer em excesso foi o sinal de estresse mais frequente (23%); 74% dos profissionais encontram-se com
estresse moderado. CONCLUSÃO: As relações do indivíduo com o trabalho influenciam sua saúde e,
dependendo de seu nível de envolvimento com o trabalho, impõem adaptações ao estilo de vida e mecanismos
de enfrentamento que podem interferir em sua saúde. Observou-se no estudo que a equipe de enfermagem
encontra-se com estresse moderado principalmente em uma população jovem, o que retrata a atual situação
desses profissionais que são impostos a cargas horárias de trabalho intensas, além, de serem influenciados por
fatores externos como convívio familiar e baixa remuneração. Fazem-se necessários que haja uma preocupação
no modo de conduzir os processos de mudanças que ocorrem principalmente na área trabalhista, pois diversos
setores têm exigências mais rígidas em relação às inovações o que acaba exercendo um profundo impacto sobre
os profissionais gerando a ansiedade e o estresse das pessoas.
Palavras-chave:
Nível de estresse. Profissionais da Saúde. Qualidade de vida
Identificação profissional:
Mestre em ciências da Saúde; Especialista em UTI; Enfermeira da UTI cardio do
HUUFMA; Enfermeira Coord. Do Centro Cirurgico do HMDM, Docente do
Instituto Florence de Ensino Superior
E-mail do relator:
[email protected]
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