Comunicado: 147/2015
Assunto: Resultado do ENEM 2014
Turmas: da Ed. Infantil ao 3º ano do E.M.
Guarulhos, 06 de agosto de 2015.
Srs. Pais,
Mais uma vez o Colégio Novo Rumo parabeniza sua equipe e alunos pelo excelente resultado obtido no ENEM.
Novamente figuramos entre as cinco maiores médias da cidade de Guarulhos e, novamente, esse não é o principal
motivo de nosso orgulho.
Destacamos, como mostram as figuras, que nossos resultados se sustentam, nas provas objetivas e na redação,
estando sistematicamente acima das escolas particulares, de nível sócio-econômico muito alto, tanto no escopo
municipal, estadual ou nacional desde 2009.
Mas motivo de orgulho mesmo, é conseguir tudo isso, mantendo-nos fieis a princípios de inclusão,
empreendedorismo, responsabilidade social e formação integral. Para melhor compreensão de nosso posicionamento
pedagógico, sugerimos a leitura atenta do artigo "Boa nota no ENEM não garante qualidade da escola", a seguir.
Quarta-feira, 05/08/2015, às 11:39, por Andrea Ramal
Boa Nota no Enem não Garante Qualidade da Escola
Se uma escola não vai bem no Enem, isso é motivo de preocupação. Mas a recíproca não é verdadeira: estar
nos primeiros lugares desse ranking não necessariamente garante que um colégio seja melhor do que os outros.
VEJA A LISTA COMPLETA
A prova do Enem mede competências essenciais: leitura e interpretação de textos, raciocínio matemático,
capacidade de relacionar conhecimentos de diversas áreas, habilidade para resolver problemas práticos. Na redação,
única prova de questão “aberta” (as demais são de múltipla escolha) o candidato deve discorrer sobre um tema e
apresentar uma proposta de intervenção social. Ora, o mínimo que se pode esperar de uma escola é que, ao longo dos
12 anos de formação básica, prepare o aluno para fazer tudo isso com desenvoltura. O mau desempenho no Enem é
sinal de que algo não vai bem.
Acontece que, de olho na importância dessa prova, algumas escolas se tornaram quase “profissionais do Enem”.
Fazem treinamentos específicos, captam os melhores alunos de outras instituições e afastam estudantes reprovados. Há
até quem crie um novo CNPJ para concorrer a esse processo com turmas especiais constituídas por alunos da “elite
intelectual”, como foi noticiado pela mídia no último exame: a mesma escola aparecia em 1º e em 569º lugar no ranking.
Além disso, a classificação acaba, muitas vezes, seguindo um círculo vicioso: as escolas mais bem colocadas
são procuradas por quem pode pagar, e quem pode pagar por altas mensalidades já traz uma bagagem cultural que
constitui, na prova, um diferencial competitivo. Será que as escolas que ocupam os primeiros lugares conseguiriam esse
mesmo resultado se trabalhassem com filhos de famílias sem recursos e com baixa formação acadêmica?
Ao mesmo tempo, há que lembrar que o Enem consegue medir apenas uma parte do ensino. A prova não dá
conta de avaliar dimensões consideradas decisivas na educação de hoje, como por exemplo as competências
emocionais, a atitude empreendedora, a postura cidadã, a habilidade de relacionamento interpessoal, os hábitos e
valores - dimensões que também se desenvolvem ao longo da infância e adolescência, numa parceria entre escola e
família.
Por tudo isso, há que ler os resultados do ranking do Enem com parcimônia. Estar nas primeiras posições não
pode ser o único critério para escolher uma escola. Outros aspectos se somam para compor a formação integral. Entre
eles, destacam-se: um currículo abrangente, com atividades como esportes, idiomas, artes, leitura, educação para os
meios; uma filosofia inclusiva, que acolha alunos com deficiências ou com problemas de aprendizagem; e uma
inclinação para a formação ligada a ética e responsabilidade social, o que inclui no ensino as discussões sobre
realidades, interesses e conflitos individuais e sociais, inerentes ao cidadão de nosso tempo.
Andrea Ramal é autora de
“Como fazer de seu filho uma história de
sucesso” (LTC/Grupo Gen), entre outros
livros. Como professora lecionou desde a
alfabetização ao ensino médio e na
educação de jovens e adultos. Doutora
em
Educação
pela
PUC-RJ,
implementou programas de formação de
professores e gestores escolares em
diversos países. Comenta temas de
educação no programa "Encontro com
Fátima Bernardes". Atua na produção de
recursos digitais para o ensino superior.
Nas horas vagas gosta de curtir seus
cães, praticar esportes e tocar violão,
compondo sambas e MPB.
http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/boa-nota-no-enem-nao-garante-qualidade-da-escola.html
Atenciosamente,
A Equipe do CNR.
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