Influência do treinamento militar sobre a postura escoliótica em
soldados do 41º Batalhão de Infantaria Motorizada
Ítalo Dany Cavalcante Galo¹, Claudio Andre Barbosa de Lira²,
Allison Gustavo Braz³, Tais Malysz²
¹Acadêmico do Curso de Fisioterapia
²Docente do Curso de Ciências Biológicas
³Docente do Curso de Fisioterapia
Universidade Federal de Goiás, Campus Jataí (UFG), Rod. BR 364 KM 192 - Setor Parque
Industrial nº 3800 Jataí – Goiás
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[email protected];
Palavras-chave: avaliação postural, treinamento militar, posturograma, escoliose
Tema: Avaliação postural em praticantes regulares de exercícios físicos.
Trabalho: INTRODUÇÃO: Postura ideal consiste em bom alinhamento e equilíbrio
musculoesquelético, mas, seus padrões podem ser influenciados por exercícios físicos regulares.
O treinamento físico militar objetiva desenvolver a condição física nos soldados e pode trazer
mudanças corporais (Matiello Júnior e Gonçalves, 1997). O objetivo deste estudo foi verificar se o
treino militar influenciou na postura corporal dos soldados do exército brasileiro. MATERIAL E
MÉTODOS: A amostra foi composta por 50 soldados ingressantes no serviço militar obrigatório do
41º. Batalhão de Infantaria Motorizada de Jataí-GO, que participaram regularmente por 10 meses
do treinamento físico militar por pelo menos 3 vezes na semana. Foram realizadas duas
avaliações posturais, uma no ingresso do soldado ao batalhão e outra, a reavaliação, ao final de
dez meses de serviço militar. A média da idade dos avaliados no momento da avaliação foi de
19,14±0,85 anos e a do IMC foi 23,04±4,42 kg/m². As avaliações posturais consistiram na
marcação de pontos anatômicos em cada indivíduo (acrômios e espinhas ilíacas anterosuperiores-EIAS) e na aquisição de duas fotos (vistas anterior e posterior) para análise através do
software Posturograma 3.0. As variáveis analisadas foram diferença nas alturas dos acrômios e
das EIAS e diferenças nas larguras dos triângulos do Talhe. A comparação entre as avaliações foi
feita estatisticamente com o software SPSS através do teste T pareado (p<0,05), os valores
expressos em média e desvio de erro padrão e os números negativos indicando desvios para o
lado esquerdo. RESULTADOS: Os soldados apresentaram, respectivamente, na avaliação e
reavaliação, -0,19±0,15 cm e -0,45±0,18 cm na diferença das alturas dos acrômios (p=0,081);
0,22±0,10 cm e -0,13±0,14 cm na diferença das alturas as EIAS (p=0,538); -0,56±0,16 cm e 0,82±0,16 cm na diferença das larguras dos triângulos do Talhe (p=0,145). DISCUSSÃO: De
acordo com Figueiredo et al (2012), a postura de cadetes e pilotos da Academia da Força Aérea
Brasileira, é também caracterizada por postura escoliótica e a mesma foi menos evidenciada nos
pilotos, os quais realizavam por mais tempo o treinamento físico. Contudo, Bar-Dayan et al (2012)
encontraram baixa prevalência de alterações posturais em soldados israelenses, o que não deixa
claro uma possível influência do treinamento sobre a postura desses militares. CONCLUSÃO: O
treino físico militar por 10 meses não influenciou a postura escoliótica apresentada pelos soldados
avaliados ao ingressarem no serviço militar obrigatório. (REFERÊNCIAS: BAR-DAYAN, Y.;
MORAD, Y.; ELISHKEVITZ, K. P.; BAR-DAYAN, Ya.; FINESTONE, A. S. Back disorders among
Israeli youth: a prevalence study in young military recruits. The SpineJournal. 12, 9, 749-755,
2012. FIGUEIREDO, R. V.; AMARAL, A. C.; SHIMANO, A. C. Fotogrametria na identificação de
assimetrias posturais em cadetes e pilotos da academia da força aérea brasileira. Revista
Brasileira de Fisioterapia. 16, 1, 54-60, 2012. MATIELLO JÚNIOR, E.; GONÇALVES, A.
Avaliando relações entre saúde coletiva e atividade física: aspectos normativos e aplicados do
treinamento físico militar brasileito. Motriz. 3, 2, 80-88, 1997.)
Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco
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