A GRANDE AVENTURA DE
JOÃO PEDRO
Língua Portuguesa
6º Ano do Ensino Fundamental II
Nome: Gustavo Venâncio Sales de Souza
Professora: Maristela Mendes de Sousa Lara
2015
Olá, meu nome é João Pedro, eu moro em uma cidadezinha chamada Serra da Boa Vida. Como estou de férias, vou para a casa do
meu avô, porque sempre gosto de passar minhas férias lá. Esses são os dias mais legais do ano. Eu e meu avô pescamos em um rio cheio
de peixes, um maior do que o outro e mais bonito também.
Na semana passada, meu avô não conseguiu pescar nada, mas eu peguei uns cinco peixes. Sinceramente ele não ficou nada feliz.
Hoje vovô pescou um peixe e eu também, mas o meu foi ainda maior. Nós íamos pescar mais, só que as iscas acabaram e por isso fomos
buscar mais um pouco. Ele sempre tinha uma faca e foi fácil cavar um buraco e pegar as minhocas. Vovô explicou que as minhocas eram
muito importantes para fertilizar o solo, pois elas abriam buracos para que o ar chegasse até a planta.
Depois que pegamos as iscas, nós voltamos para a pesca. Meu avô pediu para eu pegar a caixa com as iscas, porque ele tinha
esquecido lá. Mas quando fui pegá-la, entrou uma farpa no meu dedo. Fui correndo e pedi para ele tirar. Vovô pediu para que eu me
acalmasse, porque daquele jeito não ia dar para tirar.
Ele pegou uma pinça e tirou a farpa do meu dedo. Depois nós fomos a uma lojinha para comprar uns docinhos para comermos. Só
que no caminho o meu avô pediu que eu esperasse, porque ele havia esquecido a carteira onde havíamos pescado. Ele foi correndo e me
deixou em uma pracinha que tinha lá perto. Quando ele voltou, eu estava tremendo, com muito medo de que alguma coisa acontecesse
comigo e ele não estivesse por perto para me salvar.
Corri para perto dele e ele perguntou:
- O que houve, João? Por que está assim?
- Nada não, vovô, nada não!
Depois nós voltamos para pescar e eu disse:
- Vovô ,eu acho que peguei um peixe grandão! Ebááááá!
- Puxe, garoto! Puxe!
Mas quando puxei, não tinha nada. Vovô começou a gargalhar. Um tempo depois ele me disse que estava na hora de ir embora.
Quando chegamos em casa, o sol já estava se pondo e meu avô foi me colocar para dormir. Então pedi que ele contasse uma
história para mim.
Ele começou a contar a história de um garotinho que adorava pescar e ir para a casa do seu avô. No meio da história, vovô olhou
para mim e eu já estava roncando de tanto cansaço.
Quando estava amanhecendo, o meu avô me acordou de manhã e disse:
-
Garoto, venha ver uma coisa. - disse cochichando para ninguém acordar.
- Então eu o segui.
Ele me levou para ver o nascer do sol, a coisa mais bonita que já vi na minha vida.
Mais tarde ele me deixou brincar. Eu peguei umas coisinhas e fui tentar pegar um passarinho. Peguei uma pirâmide de madeira
pequenininha e coloquei um galho para segurar. Coloquei uma cordinha para puxar e pegar o passarinho, que se fosse bobo o suficiente,
cairia na armadilha. Percebi que não pegaria sem isca e peguei alpiste para o passarinho comer. Quando ele comeu, eu puxei a corda e
consegui prendê-lo.
Depois de pegar o passarinho, fui mostrar para meu avô:
- Vô ,eu peguei um passarinho. O senhor sabe de que espécie ele é?
- Esse é um João de Barro, mas por que você o pegou?
- Como assim?
- Você não pode caçar passarinhos que estão na natureza, porque senão a mamãe dele vai ficar muito triste.
- Está bom, então já vou soltá-lo.
Logo depois que eu soltei o passarinho, meu avô me chamou para tomar café:
- Pedrinho, vem tomar café!
- Já estou indo, vovô!
Comemos e eu, meu vô, minha tia e minha prima, fomos lá fora tomar um arzinho:
-
Vô, posso brincar com a Marta?
- Pode sim, filho.
- Eba! Obrigado!
- Vem, Marta. Vamos.
- Estou indo.
Brincamos muito. Depois eu e meu avô fomos treinar para uma competição de estilingue que ia acontecer no bairro:
- TSHIU! Puxa! Errei o kiwi.
- Tenta de novo. - insistiu vovô.
TSHIU!
- Quase acertou. Se você continuar treinando bastante vai conseguir.
Eu estava muito determinado e então TSHIU. Eu havia acertado alguma coisa, mas não era um kiwi.
Na verdade era um passarinho que estava passando por ali naquele momento. Eu acertei bem na asa e ela começou a sangrar. A
sorte foi que meu avô estava lá e fez um curativo com folhas e uns gravetos.
Enquanto ele fazia o curativo, eu perguntei:
- Vovô, como o senhor sabe tantas coisas desse jeito?
- Eu sei porque eu já estou bem velho e adquiri bastante conhecimento.
Meu avô terminou o curativo e nós dois levamos o passarinho para a casa dele.
- Quando eu crescer, quero ser igualzinho ao meu pai e ao senhor
No caminho para casa, eu falei para meu avô o que eu estava aprendendo na escola:
- Vô , sabe que eu estou aprendendo multiplicação?
- É verdade? E que contas você sabe fazer?
- Eu sei fazer a tabuada do 2, 2x1, 2x2,2x3, 2x4, 2x5, 2x6, 2x7, 2x8, 2x9 e 2x10.
- Parabéns, você é um menino muito inteligente.
- Obrigado, vovô!
Quando chegamos em casa, meu avô me mostrou um livro de aventuras que ele adorava ler quando era da minha idade. Ele disse:
- Pedro, você já viu este livro?
- Não, vovô. Qual é o nome?
- Dom Quixote.
- E do que ele fala?
- Das aventuras que Dom Quixote teve com seu amigo.
Então ele me contou toda a história do Dom Quixote e nós ficamos lá, até minha prima chegar.
Ela disse:
- Ei, Pedrinho, quer brincar comigo?
- De quê?
- De esconde-esconde.
- Claro, mas você conta.
E nós ficamos brincando de esconde-esconde a noite inteira.
No dia seguinte meu avô perguntou:
- Hoje à tarde você quer ir tomar café comigo e com uns amigos meus?
- Quero sim, vô.
Então chegou a hora de ir para o café e nós fomos depressa.
Chegando lá meu avô ficou falando com os seus amigos e eu fiquei sentado comendo e ouvindo a conversa. Vovô ficava falando
de trabalho e contando piadas, fazendo todo mundo rir.
Quando acabou o café, meu avô, eu e um amigo dele voltamos para casa. O amigo do vovô levava uma caixa de som bem antiga
para que meu avô o ajudasse a concertá-la.
À noite, já em casa, meu avô pegou a caixa de som e começou a analisá-la com um olhar pensativo. Ele disse para o seu
amigo que ia consertá-la e no dia seguinte entregava para ele.
Vovô levou o seu amigo até a porta. Depois voltou e disse:
- Agora que você já se divertiu bastante, está na hora de dormir.
Na manhã do outro dia, meu avô foi conversar novamente com os seus amigos e me levou junto. Chegando lá ele me pediu para
ir buscar o rádio que ele tinha consertado, para poder devolver ao seu amigo:
- Pedrinho, vai lá em casa pegar o rádio do Teodoro, por favor.
- Está bem, vovô.
Assim que eu saí para buscar o rádio, meu avô ficou me elogiando para os amigos dele:
- Viu como ele é prestativo?! É um ótimo garoto.
Quando eu estava voltando para a praça, ouvi um pouco dos elogios que o meu avô fazia e fiquei muito feliz.
Aquelas férias acabaram. O tempo passou e eu ganhei uma netinha. Quando ela entrou de férias, foi para a minha casa.
Assim que ela chegou, eu me lembrei das férias que eu passei na casa do meu avô, que foram muito legais.
Eu fiz tudo que o meu avô fez comigo, pois eu queria que ela tivesse a mesma diversão que eu tive quando passei as minhas férias
na casa do vovô.
Então eu e ela começamos a passar juntos todas as férias, o que acabou se tornando uma tradição familiar. Tradição que aproximava
os avôs de seus netos.
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Gustavo Venâncio Sales de Souza