CENÁRIO MUNDIAL
Novo conceito: populações negligenciadas e não doenças negligenciadas
NOVA NOMENCLATURA
 Doenças tropicais negligenciadas (DTN) são sinal de pobreza e de exclusão,
DOENÇAS PROMOTORAS DA POBREZA
sendo que a pobreza facilita a sua presença e propagação
 Afetam as populações menos visíveis e com pouco peso político
 Não se propagam em todo o mundo
 São a causa da estigmatização e da discriminação, principalmente para
mulheres e jovens do sexo feminino
 Apresentam grande impacto na morbidade e mortalidade
 Não suscitam grande interesse para a pesquisa
 Existem soluções eficazes e realistas para o combate, a prevenção e,
eventualmente, a erradicação das DTN
Fonte: 6ª. Conferência dos Ministros da Saúde da União Africana, 2013 – www.africa-union.org
Fonte: Hotez, Pecoul, PLoS Neglected Tropical Diseases, 2010
 Úlcera de Buruli (Mycobacterium ulcerans)
 Doença de Chagas (tripanossomíase
americana)
 Cisticercose
 Dengue (Chikunguia)
 Dracunculíase
 Equinococose
500 MILHÕES
 Malária
SOB RISCO
 Treponematoses endêmicas
 Infecções por trematódeos (alimentos)
 Tripanossomíase africana humana (doença
do sono)
 Leishmanioses
Leishmaniose  Hanseníase
visceral
 Filariose linfática (elefantíase)
 Oncocercíase
 Raivas
 Esquistossomíase
 Tracoma
TUBERCULOSE
 Helmintíases transmitidas pelo solo
NÃO É TROPICAL
Fonte: Neglected diseases – www.Who.Int, acessado 26/01/2014; VALVERDE, R. Agência Fiocruz de notícias – doenças negligenciadas, 2013.
Cinco doenças tropicais negligenciadas
Seis doenças tropicais negligenciadas
Sete doenças tropicais negligenciadas
Fonte: Hotez et al., Lancet, v.373, 1570-1575, 2009.
Fonte: WHO (2007).
Apoio na SIXTY-SIXTH
WORLD HEALTH
ASSEMBLY
 Manter, expandir e estender programas que garantam o suprimento necessário de fármacos e
outras intervenções para auxiliar na erradicação da dracunculíase e na eliminação, em 2020, da
filaríase linfática, hanseníase, doença do sono (tripanossomíase africana humana)
 Manter, expandir e estender programas que garantam o suprimento necessário de fármacos e
outras intervenções para auxiliar no controle, em 2020, da esquistossomíase, de helmintíases
transmitidas pelo solo, da doença de Chagas, da leishmaniose visceral e da oncocercíase
 Avançar na P&D por meio de parcerias e provimento de fundos para encontrar a próxima geração
de tratamentos e intervenções para as doenças negligenciadas
 Aumentar a colaboração e a coordenação em DTN em níveis nacional e internacional, por meio de
organizações multilaterais públicas e privadas para trabalhar mais eficientemente e efetivamente
em conjunto
 Possibilitar fundos adequados nos países endêmicos para implementar programas de DTN,
necessários para alcançar esses objetivos, com o suporte de sistemas de saúde fortes e
comprometidos em nível nacional
 Fornecer suporte técnico, ferramentas e recursos para apoiar os países endêmicos a fim de avaliar
e monitorar os programas em DTN
 Fornecer atualizações regulares sobre o progresso na consecução dos objetivos de 2020 e
identificar as lacunas remanescentes
PROGRESSO EM RELAÇÃO AOS ALVOS DA OMS PARA 2020
10 DTN INCLUÍDAS NA DECLARAÇÃO DE LONDRES
DTN DECLARAÇÃO DE
LONDRES 2012
COBERTURA E
IMPACTO DOS
MARCOS
IMPORTANTES
(2012)
PREENCHIMENTO
DA REQUISIÇÃO
DE FÁRMACOS
(2013)
PROGRAMA DE
SUPORTE DOS
MARCOS
IMPORTANTES
(2012)
FILARIOSE LINFÁTICA
TRACOMA
HELMINTÍASES
TRANSMITIDA PELO
SOLO
ONCOCERCÍASE
ESQUISTOSSOMÍASE
90-100%
ALCANÇADO OU
ATRASO MÍNIMO
80-89%
ATRASADO, COM
PERSPECTIVA DE ALCANCE
Uniting to Combat NTDs, 2014
ESTÁGIO ATUAL
472 milhões de casos tratados em 28 dos
60 países com necessidade de QP
187 milhões a menos que os tratados em
2011
48,8 milhões de casos tratados em 28 dos
51 países com necessidade de QP
Maior aumento no financiamento para
mapeamento e implementação
321 milhões de casos tratados em 65 dos
112 países com necessidade de QP
Novas parcerias e investimentos
planejados para 2014
99 milhões de casos tratados em 27 dos
29 países com necessidade de QP
Mudança do controle para a eliminação
exige o escalonamento
42 milhões tratados em 31 dos 52 países
com necessidade de QP
Necessidade de grande escalonamento,
entraves no suprimento de fármacos
0-79%
ATRASADO, NECESSIDADE DE
AÇÕES
ESTÁGIO
ANTERIOR
PROGRESSO EM RELAÇÃO AOS ALVOS DA OMS PARA 2020
10 DTN INCLUÍDAS NA DECLARAÇÃO DE LONDRES
Uniting to Combat NTDs, 2014
DTN DECLARAÇÃO DE
LONDRES 2012
COBERTURA E
IMPACTO DOS
MARCOS
IMPORTANTES
(2012)
PREENCHIMENTO
DA REQUISIÇÃO
DE FÁRMACOS
(2013)
PROGRAMA
DE SUPORTE
DOS MARCOS
IMPORTANTES
(2012)
HANSENÍASE
LEISHMANIOSE
VISCERAL
DOENÇA DE CHAGAS
TRIPANOSSOMÍASE
AFRICANA HUMANA
ALCANÇADO OU
ATRASO MÍNIMO
ESTÁGIO
ANTERIOR
232.857 novos casos detectados, mais
países envolvidos; 100% tratados
Novas estratégias, novos fármacos, mais
financiamento
Redução de 65% nos casos desde 2011
Agitações políticas bloqueiam o acesso a
muitas comunidades endêmicas
37.209 casos tratados; 62% diminuição
desde 2011
Financiamento e fármacos tendo
impacto em Bangladesh
10.000 casos tratados
18% aumento dos casos em relação a
2011 devido ao aumento dos relatos em
2012
7.216 casos tratados (100%)
Previsões sugerem mais que 6.000 casos
em 2013
DRACUNCULÍASE
90-100%
ESTÁGIO ATUAL
80-89%
ATRASADO, COM
PERSPECTIVA DE ALCANCE
MARCOS GLOBAIS
EM DESENVOLVIMENTO
NÃO SE
APLICA
ESTÁGIO ATUAL DOS RECURSOS GLOBAIS DISPONÍVEIS E
NECESSÁRIOS PARA ATINGIR AS METAS DE 2020
Uniting to Combat NTDs, 2014
Recursos Necessários
Novos Recursos desde
a Declaração de Londres
Recursos Necessários –
Fontes externas
Recursos Necessários –
Fontes domésticas
Grupo estratégico que controla os esforços dessa organização,
que complementa a colaboração direta da OMS aos países endêmicos
2014
Índice de Desenvolvimento
Humano
9 DTN
Número de DTN por região
8 DTN
7 DTN
5 DTN
4 DTN
MS
Fonte: Lindoso, J.A.L, Lindoso, A.A.B.P. Rev .Inst. Med. Trop., v.51, p.247-253, 2009.
IBGE

















Doença de Chagas
Leishmanioses
Malária
Filarioses
Micobacterioses (Hanseníase e
Tuberculose)
Clamidioses e Riquetsioses
Dengue
144 MILHÕES DE BRASILEIROS
Esquistossomíase
(dados Notas técnicas IOC, 2011)
Febre Amarela e Outras Arboviroses
Raiva
Hantavírus
Hepatites virais
Gastroenterites virais
Rotavírus
Norovírus, sapovírus e astrovírus humanos
Paracocidiodimicose e outras micoses
profundas
Toxinas - Envenenamentos por Animais
Peçonhentos
Fonte: Souza, W.(Org.) Doenças negligenciadas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 2010.
PORTAL DA INOVAÇÃO
40.356 especialistas
nessas doenças
CNPq
2.633 especialistas
75 grupos acadêmicos – univ.
públicas
– 31% planejamento de
fármacos
8% produtos naturais e ensaios
clínicos
(Giarolla, Ferreira – MRMC –
aceito)
C = Doença de Chagas
D = Dengue
L = Leishmaniose
H = Hanseníase
M = Malária
T = Tuberculose
Fonte: Magalhães, Boechat, Antunes, Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v.45, p.415-417, 2012.
PAÍSES/No.
publicações O
500
1000
1500
2000
2500
3000
BRASIL
EUA
ARGENTINA
FRANÇA
INGLATERRA
VENEZUELA
ESPANHA
CHILE
MÉXICO
BÉLGICA
BOLÍVIA
ALEMANHA
COLÔMBIA
SUÉCIA
JAPÃO
REP FED AL.
ITÁLIA
URUGUAI
CANADÁ
SUÍÇA
ESCÓCIA
Fonte:
W.(Org.)
Doenças
negligenciadas.
Rio de
Janeiro:de
Academia
Rede
deSouza,
interação
de grupos
brasileiros
que estudam
a doença
Chagas Brasileira de Ciências, 2010.
3500
Sete prioridades de
atuação que compõem o programa em
doenças negligenciadas
dengue, doença de Chagas, leishmaniose,
hanseníase, malária, esquistossomose e
tuberculose.
2003
Rede Tuberculose
- R$ 1,9Nºmilhões
 Chamada
CNPq/MS/SCTIE/DECIT
2004
Dengue
- R$ 945 sobre
mil Leishmanioses
32/2014
- Pesquisas
2005 Hanseníase - R$ 2,5 milhões
 Chamada
CNPq/MS/SCTIE/DECIT
Nºmilhões
2006
Doenças
negligenciadasa - R$ 17
37/2014
- Pesquisas
sobre Helmintíases
2008
Doenças
negligenciadas
- R$ 22 milhões
2009
Rede Malária
- R$ 15,4 milhões
 Chamada
CNPq/MS/SCTIE/DECIT
Nº
2009
Rede Dengue
- R$sobre
22,7 Doença
milhõesde
31/2014
- Pesquisas
a nãoChagas
incluiu esquistossomose
Fonte: Decit – Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Rev. Saúde Pública, v.44, p.200-202, 2010.
2000-2011
, 756 NOVOS FÁRMACOS
APROVADOS
29 (3,8%) PARA DOENÇAS
NEGLIGENCIADAS
4 novas entidades químicas
3 – malária; 1 - tuberculose
Other
1500 ensaios clínicos – 1,4% DTN
DNDi e MSF, 2012
Fonte: DNDi, www.dndi.org
1
• MOTIVAR OS QUÍMICOS MEDICINAIS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS NA ÁREA
2
• ENCONTRAR E VALIDAR NOVOS E ESPECÍFICOS
ALVOS
3
• ENCONTRAR NOVAS ESTRUTURAS DE LÍDERES
E OTIMIZÁ-LOS
4
• MOTIVAR AS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS E
OS GOVERNOS
ABORDAGENS UTILIZADAS EM
PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS PARA
DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
PELOS GRUPOS BRASILEIROS
QUÍICA FARMACÊUTICA MEDICINAL
NO BRASIL - TENDÊNCIAS
MODIFICAÇÃO
MOLECULAR
MODELAGEM
MOLECULAR
SBDD
LBDD
INTEGRAÇÃO MÉTODOS
COMPUTACIONAIS E
METABOLISMO
INTEGRAÇÃO DE MÉTODOS
COMPUTACIONAIS E
EXPERIMENTAIS
PRODUTOS
NATURAIS
FÁRMACOS
FRAGMENTOS
MOLECULARES
BUSCA DE NOVOS ALVOS
MOLECULARES
A ciência tem papel a desempenhar
no processo brasileiro de enfrentamento
da pobreza e das doenças promotoras da
pobreza.
Tania C. Araújo Jorge
FioCruz, RJ
No. UNIVERSIDADES
25
TOTAL = 53
25
20
~94% PÚBLICAS
15
10
10
10
5
3
3
2
0
SUDESTE
SUL
NORTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
OESTE
REGIÕES
PROGRAMAS DA ÁREA DE FARMÁCIA – CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS –
FÁRMACO E MEDICAMENTOS- USP
PROGRAMA DE FARMACOLOGIA
E QUÍMICA MEDICINAL - UFRJ
ESCOLA DE VERÃO EM QUÍMICA MEDICINAL - UFRJ
TRIAGEM
1A2
ANOS
IDENTIFICAÇÃO
DO LÍDER
OTIMIZAÇÃO DO
LÍDER
ENSAIOS
PRÉCLÍNICOS
1A2
ANOS
1A2
ANOS
1A5
ANOS
REGISTRO
FASE I
FASE II
FASE III
1,5 ANOS
2 ANOS
3 ANOS
FONTE: FAKUNLE, E.S.; LORING, J.F. Trends in Molecular Medicine, v.18, p.709-716, 2012.
6 MESES
A
2 ANOS
Fonte: Adaptado de Nwaka, Hudson. Nat. Rev. Drug Discov., v.5, p.941-955, 2006
63; 17%
CAPITAL ESTRANGEIRO
306; 83%
FONTE: Portal Educação, 2011
CAPITAL NACIONAL
Universidades com
grupos em
planejamento e
desenvolvimento de
fármacos
TOTAL = 53
94% públicas
NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO
PARA DN
R$ 423,3 milhões em P&D
FONTE: Valor Econômico, 24/03/2014
FONTE: Valor Econômico, 10/04/2011
R$ 516,5 milhões em P&D
(6% faturamento)
22%
FONTE: FIOCRUZ
-Alvos Consultoria, Desenvolvimento e Comercialização
de Produtos Biotecnológicos S.A.
- Bioaptus Consultoria & Serviços de Biotecnologia Ltda
- Boeringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda
- Br3 S.A
- Bristol Meyers Squibb Farmacêutica S/A
- Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda
- Cyg Biotech Química & Farmacêutica Ltda
- Glaxosmithkline Do Brasil (GSK)
- Ilusis Sistemas Interativos Ltda
- Instituto de Tecnologia Do Paraná
- Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco
(Lafepe)
- Libbs Farmacêutica Ltda
- Lifemed Produtos Médicos Comércio Ltda
- Meizler Biophamra S.A.
- Ouro Fino Química Ltda
– Petroleo Brasileiro S/A
ASMQ, a nova-- Petrobras
combinação
em dose fixa
PSS Química
do artesunato- (AS)
e mefloquina
Relthy Laboratórios
Ltda (MQ) –
Ybios
S.A
parceria DNDi- e
FIOCRUZ
(2008)
FONTE: Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil
Sistema
Fonte: Adaptado de MAGALHÃES, BOECHAT,
de
ANTUNES.Quím. Nova, v.35, p.654-660, 2012
Inovação
LEGISLAÇÃO,
ASPECTOS
REGULATÓRIOS,
SUPORTE
FINANCEIRO
EXEMPLO
LABORATÓRIOS
PÚBLICOS E/OU
PRIVADOS
NEGÓCIOS
NAS COMPANHIAS
SISTEMA DE
INOVAÇÃO
GOVERNOS LOCAL E
FEDERAL
COLLEGE OF LIFE SCIENCES
http://www.drugdiscovery.dundee.ac.uk/
UNIVERSIDADES
INSTITUTOS DE
PESQUISA
P, D & I
PORTFÓLIO EM DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
Malária
Doença de Chagas
Leishmaniose
Tripanossomíase africana humana
Tuberculose
Doença de Nagana (veterinária)
Como motivar os químicos medicinais a pesquisar novos
fármacos para DN?
Como as Universidades podem auxiliar?
Como aumentar as parcerias universidades-indústrias
farmacêuticas?
Devem-se criar setores acadêmicos de descoberta de
fármacos para DN?
Qual o papel dos laboratórios públicos oficiais na área de
inovação em DN?
Qual o papel do Governo no estímulo às parcerias?
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