FACULDADE ESTÁCIO - CEUT
TRABALHO DE HISTÓRIA
PROFESSOR: EDUARDO DINIZ
ALUNA: MARIA CAROLINA VIEIRA MELO COSTA LIMA
A QUESTÃO INDÍGENA DESDE A COLONIZAÇÃO ATE BELO MONTE E RAPOSA
SERRA DO SOL.
Teresina-PI
A usina Belo Monte utiliza sistemas de formas e escoamentos de ultima
geração. É uma hidrelétrica localizada no Pará, é uma das maiores hidrelétricas do
mundo. Distribui energia para grande parte da população.
Parte da barragem, o rio banha o parque nacional do Xingu. Belo monte,
poderá alagar inundar, destruir, aproximadamente 600 km de floresta Amazônica.
COLONIZAÇÃO INDIGENA:
Primeiramente, os portugueses pensaram em aproveitar do contato já
estabelecido com os índios na atividade de extração do pau-brasil. Nesse momento,
os índios realizavam essa extração por meio de um trabalho esporádico
recompensado pelos produtos trazidos pelos lusitanos na prática do escambo. Em
compensação, o trabalho nas grandes propriedades exigia uma rotina de trabalho
longa e disciplinada que ia contra os hábitos cotidianos de boa parte dos indígenas. As
mortes causadas pelo trabalho forçado, as mortais epidemias contraídas no contato
com o homem branco e ruptura com a economia de subsistência dos indígenas
impedia a viabilidade desse tipo de escravidão.
Como se não bastassem esses fatores de ordem cultural, biológica e
social, a escravidão indígena também foi extensamente combatida pela Igreja no
ambiente colonial. Representados pela Ordem Jesuíta, os clérigos que aportavam em
terras brasileiras se envolveram em uma série de disputas em que repudiavam o
interesse dos colonos em converter os índios em escravos. Tal postura se justificava
no interesse que os clérigos católicos tinham em facilitar o processo de conversão
religiosa dos índios.
Apesar de sua influência e autoridade, muitos padres foram explicitamente
afrontados pela ganância de colonos que saiam pelo território em busca de índios. Na
maioria das vezes, a escravidão indígena servia como alternativa à falta e o alto custo
de uma peça trazida da África. Preferencialmente, os colonos atacavam as populações
indígenas ligadas às missões jesuíticas, pois estes já se mostravam habituados à
rotina e aos valores da cultura ocidental.
A escravidão indígena foi oficialmente extinta no século XVIII, momento em
que o marquês de Pombal estabeleceu um conjunto de transformações na
administração colonial. Primeiramente, ordenou a expulsão dos jesuítas do Brasil
mediante a ampla influência política e econômica que tinha dentro da colônia. Logo
depois, em 1757, proibiu a escravidão indígena e transformou algumas aldeias em
vilas submetidas ao poderio da Coroa.
BELO MONTE X ÍNDIOS:
Os primeiros nem vivem na bacia do Xingu, e sim na do Tapajós, mas
paralisou a obra de Belo Monte mais de uma vez para tentar arrancar do governo
federal a reversão do plano de construir cinco hidrelétricas naquele outro afluente do
Amazonas.
Belo
Monte,
para
os
índios,
tornou-se
um
fato
consumado
e
desagregador. Mesmo entre os caiapós a atuação da Norte Energia causou divisões.
O PROJETO BELO MONTE:
O projeto lamenta a construção de uma barragem principal no Rio Xingu,
localizada a 40 km acima da cidade de Altamira, no Sítio Pimentel, formando o
Reservatório do Xingu. A partir deste reservatório, parte da água será desviada por um
canal de derivação de 20 km de comprimento e 200 m de largura para um
Reservatório Intermediário, localizado a aproximadamente 50 km de Altamira na
região cercada pela Volta Grande do Xingu. (O projeto originalmente previa dois
canais de derivação, mas foi alterado para um canal apenas em 2009. ) Este
reservatório será criado fechando os escoadouros da região por 27 diques menores.5
A área total dos reservatórios será de 516 km², dividida entre os municípios de Vitória
do Xingu (248 km²), Brasil Novo (0,5 km²) e Altamira (267 km²). A área a ser alagada é
apenas parte desse total, pois este inclui a calha atual do Rio Xingu.
Em 1989, durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado
em fevereiro em Altamira (PA), a índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da
plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José
Antônio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte). A
cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O encontro teve a presença do
cantor Sting. O nome Kararaô foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos
índios.
RAPOSA SERRA DO SOL:
É uma área de terra indígena situada no nordeste do estado brasileiro de
Roraima, nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, entre os rios Tacutu,
Maú, Surumu, Miang e a fronteira com a Venezuela
É uma das maiores terras indígenas do país, com 1.743.089 hectares e
1000 quilômetros de perímetro. O Brasil tem atualmente cerca de 600 terras
indígenas, que abrigam 227 povos, com um total de aproximadamente 480 mil
pessoas. Essas terras representam 13% do território nacional, ou 109,6 milhões de
hectares.
A Raposa foi identificada em 1993 pela FUNAI. Demarcada durante a
presidência de Fernando Henrique Cardoso, foi homologada em 2005 pelo seu
sucessor, Luís Inácio Lula da Silva. É formada por imensas planícies, semelhantes às
das regiões de cerrado, e por cadeias de montanhas, na fronteira entre Brasil,
Venezuela e Guiana.
A homologação da Raposa Serra do Sol passou a ser alvo de contestação
judicial entre o estado de Roraima e a União. O Ministério Público Federal pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que se declarasse competente para julgar as ações
de fazendeiros locais contra a portaria 820/98, que declarava a posse definitiva da
reserva aos índios. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que
homologa de forma contínua a terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O
reconhecimento desta terra foi uma reivindicação histórica dos índios da região – das
etnias macuxi, wapixana, ingarikó, taurepang e patamona. No mês de abril, o STF
extinguiu todas as ações que contestavam a demarcação das terras da reserva
indígena Raposa Serra do Sol. Um arrozeiro chegou a ser condenado a 12 meses de
prisão por agredir um oficial de Justiça encarregado de citá-lo em processo de
desocupação de área indígena.
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