BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCIAÇÃO
DOS FILHOS E AMIGOS DA GOUVEIA - N° 03 - MAIO JUNHO DE 2009
Editorial
A AFAGO se comunica com o mundo
O empenho e competência de nosso diretor, professor
doutor Raimundo Nonato Miranda Chaves, brinda os
gouveianos com recursos de internet para acompanhar
as atividades que se realizam em Gouveia e os estudos e
propostas dos gouveianos que vivem associados à
AFAGO. Nosso doutor, graduado em agronomia pela
Universidade Federal de Viçosa e um dos seus mais
destacados professores, criou o portal AFAGOUVEIA
que poderá ser acessado pelos internautas no endereço
www.afagouveia.org.br.
A iniciativa se soma ao trabalho dos criadores dos sítios
www.gouveia.com.br e www.caminhosdaserra.org.br.
Esses endereços estão também acessíveis para quem
consultar o sítio da AFAGO.
Nesta página, exibe-se a apresentação
elaborada pelo doutor Raimundo.
O foco na AFAGO objetiva divulgar a Associação, no
ambiente da internet, mostrando
i.
ii.
iii.
iv.
a organização – Estatuto;
a forma de trabalhar – Projetos;
a divulgação – Boletim Informativo;
o congraçamento – Reuniões Festivas.
Visando ampliar o quadro de associados e tornar-se mais
eficaz no seu trabalho de promover a interação entre os
Gouveianos.
O foco na Zona Rural de Gouveia objetiva evidenciar a
atividade rural no município, quase sempre, pouco lembrada
ou considerada de relevância secundaria.
A administração do Prefeito Geraldo Bitencourt, na década
de 1980, elaborou um plano de ações para apoio das
atividades rurais. Para tal, usou um modelo, que segmentava
a comunidade rural segundo os núcleos habitacionais,
chamados, na época, Núcleos Irradiadores. Para detalhes
sugerimos consulta à publicação: Gouveia Sempre Viva,
editada naquela ocasião.
Neste site usa-se o mesmo modelo, inclusive os mesmos Núcleos
Irradiadores e, para cada um deles, apresentam-se as
informações disponíveis, Isto é, um pouco de história, um
pouco de economia e também, os problemas e as dificuldades;
sempre com o intuito de mostrar que existe um núcleo
habitacional com suas características e com seus problemas
peculiares e sobre tais núcleos, dispõe-se de algumas
informações; muitas outras são necessárias para que se possa
formular uma política para o desenvolvimento da zona rural.
Considera-se que a divulgação das informações disponíveis não
é mais do que o primeiro passo de uma caminhada, que pode
levar à obtenção de informações úteis para formular ações
efetivas visando o melhor atendimento à comunidade rural.
Cada Núcleo Irradiador tem uma página neste site, acessadas
através da página denominada Gouveia Rural.
As informações sobre alguns núcleos são muito escassas. Tem-se
feito estudos acadêmicos, envolvendo pesquisas das quais
resultaram Teses a nível de Mestrado na Universidade Federal
de Minas Gerais e mesmo de Doutorado na Universidade de
Brasília; principalmente, com dados coletados em Cuiabá e
Espinho. São estudos de grande valor na área de Sociologia;
contudo, são estudos localizados e que não supre a necessidade
de informações, principalmente, na área de Economia.
Alem dos focos, considerados principais, cuidou-se, também, de
criar uma forma de interação entre os internautas interessados
nas questões de Gouveia e dos Gouveianos. Assim, instalou-se
uma espécie de Blog ou Livro de Visitas, aberto aos internautas
para críticas, sugestões e mensagens em geral. Trata-se também
de um primeiro passo e, o caminhamento pode evoluir,
dependendo da aceitação e da colaboração de cada um dos
internautas. Para acessar o Blog, clique em Mensagens.
Para facilitar a navegação, informamos que O site da FAGO está
subdividido em sete páginas:
•
•
•
•
•
•
•
Apresentação do site;
Apresentação da AFAGO;
Estatuto;
Projetos;
Boletim Informativo;
Gouveia Rural;
Mensagens.
Cada uma delas com links para as outras seis páginas.
Algumas destas páginas são, relativamente, extensas e por isso
são apresentadas subdividias em outras tantas páginas para
agilizar o processamento eletrônico. Assim, Estatuto está
subdividido em três páginas; Projetos; está distribuído: uma
página para cada projeto; Boletim Informativo é na verdade
uma coleção dos Boletins já impressos pela AFAGO; Gouveia
Rural, a mais extensa, se apresenta com uma página para cada
Núcleo Irradiador, conforme relação:
•
Água Parada; Camilinho; Cuiabá ; Engenho da Bilia;
Pedro Pereira; Ribeirão de Areia; Ribibiu; Vila
Alexandre Mascarenhas; Distrito Sede.
Acesse www.afagouveia.org.br
Agenda, Notas, Correspondência
LAR DOS IDOSOS SÃO VICENTE DE PAULO DE
GOUVEIA
Inaugurou-se no dia 31 de maio o Centro de Eventos anexo ao Lar
dos Idosos São Vicente de Paulo. A Conferência São Vicente de
Paulo existe em Gouveia dede o início do século XX e comemorou
seu centenário no ano de 2006. A vila São Vicente de Paulo foi
construída nos anos 40 do século passado por iniciativa de José
Augusto Gomes – Zé de Odília, ou Zé de Augusto Paulino. A primeira
casa à direita de que chega à vila ainda mantém uma parte dos traços
originais. Quando de sua construção o primeiro morador foi o confrade
Raimundo Moreira de Souza, ao qual se atribuiu cuidar das casas em
construção. De fato, ele foi um confrade-assistido. Após a morte
precoce de sua esposa, Sebastiana dos Santos, ocorrida no dia 20
de dezembro de 1942, Raimundo se mudou para a residência de sua
mãe, onde já residiam seus filhos. Uma das primeiras moradoras
ilustres foi a senhora Tereza Patrícia. Tereza foi uma das primeiras
tecelãs da fábrica de São Roberto e retribuía ao abrigo da conferência
com parte de sua aposentadoria. Os pobres assistidos residiam em
casas com quintal e constituíam famílias sui generis. Com freqüência,
aconteciam desentendimentos que exigiam a presença de confrades.
Finda a gestão de Zé de Odília, em razão de sua mudança para Belo
Horizonte, o comando da conferência passou para Manuel Cassemiro
de Oliveira, posteriormente para Zenon de Carvalho e finalmente
para João Antônio de Azevedo, filho de Raimundo de Carlota e
Dona Eugênia, mais conhecido como Marambaia.
Ao Zelo e empenho desse último presidente, se devem as inovações
introduzidas no espaço do Asilo. Essas inovações podem ser
conferidas pela consulta ao sítio www.gouveia.com.br.
Confira as anotações abaixo e colabore.
Presidente: João Antônio de Azevedo
Endereço: Rua São Vicente, 43 Centro - Gouveia / MG CEP: 39.120000 Telefone: (38) 3543-1944
Doações
CNPJ: 01.983.362.0001-02
BANCO: ITAÚ AGÊNCIA: 5134 CONTA CORRENTE: 00998-3
Inscrição Entidade Filantrópica Municipal: CIMAS sob n° 001 Lei
n° 903/97 de 20 de agosto de 1997.
BOLETIM DA AFAGO Página 02
Eurico Bitencourt lança seu terceiro livro em
grande estilo
Devido procedimento eqüitativo e vinculação de
serviços públicos no Brasil é o terceiro livro de nosso
conterrâneo Eurico Bitencourt Neto. Esta obra contou com
lançamento solene nos salões do Ouro Minas Palace Hotel,
no dia 19 de maio. Eurico é filho de Ivete Miranda
Bitencourt e Geraldo Manuel Brandão Bitencourt. Mestre
em Direito pela UFMg, atualmente, Eurico conclui o
doutorado na Universidade de Lisboa em Portugal. Eurico
foi também professor da Escola de Governo da Fundação
João Pinheiro e Assessor Jurídico da Prefeitura Municipal
de Contagem na administração de Marília Campos.
Essa é mais uma prenda de nossa Gouveia.
Culinária Gouveiana faz a festa do Cobu
O Primeiro Festival do Cobu da Gouveia estará sendo
realizado ao longo da Trezena de Santo Antônio. Trata-se
de promoção do Departamento de Cultura em parceria
com as associações de moradores e da paróquia de Santo
Antônio. Como resultado, serão escolhidas as três melhores
quitandeiras.
Veja nesta edição o artigo sobre a culinária gouveiana.
AFAGO no Conselho Municipal de Cultura
A senhora Kelli de Almeida Pedrosa, secretária de Cultura
de Gouveia, encaminho à AFAGO o ofício 69/2009 com
o seguinte teor;
Venho através deste, convidar dois membros da
AFAGO, para compor o COMTUR (Conselho
Municipal de Turismo - de Gouveia). As reuniões
serão realizadas de 2 em 2 meses, de acordo com
o Estatuto interno.As duas pessoas, participarão
na primeira reunião de posse em maio próximo e
em seguida de votação democrática pelos atuais
membros para assim constituírem a nova
presidência.
Em atenção ao ofício a diretoria se reuniu no dia 7 de
maio e votou os nomes do doutor Raimundo Nonato de
Miranda Chaves e de José Moreira de Souza para
comporem o referido Conselho.
Deliberou ainda que esses membros submeterão a pauta
das reuniões do conselho para levarem à Gouveia
pareceres e propostas que retratem o pensamento dessa
Associação.
Seminário Diversidade Cultural - Entendendo
a Convenção
Realiza-se em Belo Horizonte, nos dias 3 e 4 de junho
o Seminário sobre diversidade cultural, promovido pelo
Ministério da Cultura com participação da Secretaria
de Estado da Cultura o Seminário Diversidade
Cultural: Convenção sobre a Proteção e a Promoção
da Diversidade das Expressões Culturais. Em atenção
ao convite da Assessoria de Comunicação do evento,
nosso diretor de comunicação se inscreveu como
participante. Melhores esclarecimentos podem ser
obtidos pelo acesso ao portal: www.cultura.gov.br.
Festejos de Santo Antônio
Os festejos de Santo Antônio alcançarão o ápice no
dia 13 de junho com a presença do Eminentíssimo
cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo e do
excelentíssimo arcebispo emérito de Diamantina, dom
Paulo Lopes de Faria.
O coral Crescere que já abrilhantou as festas em 2008
estará novamente presente. Nessa mesma
oportunidade dom Serafim e dom Paulo serão
agraciados com a Medalha Alexandre Mascarenhas.
Peripécias do padre Serafim segundo Neuza de
Guengué (Neuza Pereira).
Puxa vida José, cada vez que vejo este Boletim da Afago,
gosto e sinto tanto orgulho de Gouveia ter muitas histórias
para a gente conhecer, mas graças a você e outros é claro
que estão a frente, falo você que mais conheço. Gostei
sobre o que disse do D.Serafim, vocês sabiam que ele ao
chegar em Gouveia naquela época que disse, foi quando
minha mãe tinha acabado de casar? Ele não tinha onde
ficar, meu saudoso Pai , de quem tanto orgulho dele, que
ainda irei contar a história dele na “AFAGO”, ajudou tanto
Gouveia, batalhou não deu certo e mudou para Curvelo,
viemos para Belo.Horizonte, e conseguiu formar os 2 filhos
dele e foi embora com muito orgulho Graças a Deus. Um
com uma clinica montada e outra com um trabalho que
tanto ama..Foi o meu Pai quem levou D.Serafim para tomar
as refeições lá na casa da minha avó “Tia Lú” ele tomava o
café da manhã,almoçava e jantava.Eram ótimos amigos. Meu
pai ia a cavalo com ele aos domingos nos povoados,como
Cuiabá,Guinda e outros lugares.Até tem uma história
engraçada que ele conta para todo mundo, que o Papai,
sempre foi muito brincalhão. O pessoal dos lugares
perguntava:que o padre gosta mais de comer em Danilo?
Ele dizia: “Quiabo” e era o contrário; ele detestava, e onde
chegava tinha quiabo. Aí quando de lá saia ele falava: Danilo
ainda vou aprontar com você rssssss. Quando meu Pai
estava na cama uma semana antes de morrer ele foi lá em
casa para fazer uma visita e agradeceu tudo que ele tinha
BOLETIM DA AFAGO Página 03
feito por ele quando passou por Gouveia. Sendo meu pai pobre, e
abriu as porta da casa para ele.(até fazer a casa Paroquial eu acho ).
Mas mesmo assim não deixava de comer a comida da “TIA LÚ”.
Enquanto tinha gente que podia e não dava nada. Gostamos muito
dele, pois ele é reconhecido com tudo isso.Outra história: Quando
Neuber nasceu, ele saiu de Curvelo e foi visitar a mamãe e conhecer.
E quando chegou a minha vez ele fez a mesma coisa, e disse: Eu que
vou dar à Neuza o primeiro café. Sabe por quê, Guengué? Vocês não
gostam de dar criança café e Danilo já me fez passar muito aperto
comendo o que não gostava. E ele cumpriu, foi em Gouveia para me
dar o primeiro café e eu cuspi tudo no rosto dele. Ele conta morrendo
de rir. E muitos casos também que a mamãe conta dele lá na casa dela
quando em Gouveia ele morava. Até o padre da igreja daqui de perto
da minha casa ele um dia veio aqui e contou a história. Já contou no
rádio que uma vizinha nossa veio perguntar. E disse: puxa D.Serafim
comia na casa de uma dona com o nome de “Tia Lú” quem é? Aí
mamãe disse: era minha mãe. Ele é reconhecido com isso acho muito
bacana da parte dele, por não esquecer. Quando ele foi para Roma,
ficar um tempo ainda Padre, ele falou com o papai . Já pensou? Ele é
agradecido por tudo isso e não esquece. Um grande abraço da amiga.
Neuza.
Pegando xepa nessa história.
Em Gouveia, até o ano de 1950, havia duas pensões, a pensão Brasil,
localizada onde se estabeleceu posteriormente a loja Ribas & Brasil e
a pensão São Geraldo, de Geraldo Pereira, que se transformou no
Hotel Mitra Varuna - Unilumar, comandado competentemente pelo
nosso Roni.
Pouco depois da morte da “Vó” – mãe de Afonsinho e da “Tia Lu”, a
pensão Brasil se fechou para dar lugar à casa comercial. Acredito que
um dos últimos hóspedes dessa pensão foi o monsenhor – então
cônego – Sebastião Fernandes, também natural de Itamarandiba. Em
Gouveia, esse sacerdote foi apelidado de “Pente Fino”. O apelido
maldoso se liga ao seu empenho de obter ajuda para as “obras das
vocações”. Ia de casa em casa pedindo auxílio para o seminário e não
aceitava desculpas.
O cônego era a alegria da criançada, Fazia mágicas, corria atrás dos
meninos com uma cobra armada com pita, enfim, era uma grande
animador.
Danilo, antes de se casar tinha uma venda localizada na estrada velha,
algo próximo do Arraial Velho. Quando o padre Serafim passou a
tomar pensão na casa de Danilo, eu era coroinha e mais de uma vez
peguei carona no horário da janta que antecedia as práticas
devocionais, reza do terço e bênção do Santíssimo –àquela época a
Igreja ainda não autorizava a missa vespertina.
Deve ter pegado a bóia do Danilo, pelo menos, umas três vezes, até
que, um dia, a dona Eutália me advertiu dizendo que eu estava
onerando a pensão. Numa das primeiras vezes em que acompanhei o
padre Serafim até a pensão – eu era um verdadeiro carrapato -, Danilo
me pediu que fosse até ao bar do Geraldo Pereira – contíguo à Pensão
Geraldo – e comprasse “uma Brahma, branca e gelada”. Eu não sabia
o que era isso. Desci a rua repetindo para não me esquecer:
“Brahma, branca e gelada”.; “Brahma, branca e gelada”,
“Brahma, branca e gelada”. Felizmente, não me esqueci.
De volta, a Brahma foi servida – eu incluído; Ah! Se tivesse
em vigor o Estatuto da Criança e do Adolescente! Eram outros
os tempos!
São Paulo já sabe do site da AFAGO.
Ganhei os parabéns que eram para o doutor Raimundo
Meu Venerável São José dos Gatafunhos,
Ora pro nobis!
Gostei.
Gostei do site.
Estou demorando muito para enviar-lhe qualquer
resposta ou referência, meu Venerável São José dos
Gatafunhos. Estou demorando, pois gostaria de lê-lo
inteirinho, mas não o consegui. Ele é muito grande e
grande.
Alguém um dia me disse que não é possível de fazer
tudo o que a gente quer fazer nesta vida. O
esotérico me explicava que é porque “não vai dar
tempo”. E não deu tempo para que eu visse tudo o
que gostaria em seu site, mas o pouco que eu vi, já
achei formidável. Formidável e excepcional e muito
bom mesmo.
Eu acho que você deve setir-se muito orgulhoso de
poder fazer isso tudo. Começa pela própria idéia. E
as análises que vocês fazem da cidade, de sua
história, de seu movimento... eu mesmo gostaria de
pertencer a essa categoria, de participar disso....
deve dar muito prazer.
Lendo a história de Gouveia, dá orgulho de ser de
Gouveia. A maneira de apresentá-la é muito boa, as
dificuldades do município. O modo como tudo ali é
narrado provoca uma sensação muito interessante,
de memória de enraizamento e de identidade, um
estímulo muito grande... o Dr. Ragosino, o PE.
Manoel, os pintinhos....
A história do comerciante que enviou seus nove
filhos para a escola.... Quem lê isso tudo subentende
que há uma SUPER visão do funcionamento não só
do próprio município, minúsculo, como de todo o
continente, uma westanchauung superior. E esta
constatação do leitor – sobretudo se ele for de
Gouveia – faz brotar um sentimento de estar em
boas mãos, confiáveis, zelosas e verdadeiramente
preocupadas e atentas às reais necessidades do
município.
Você escreve bem prá caramba; seu povo está em
boas mãos, teje certo disso!
Como diz a moçada hoje, meu Venerável São José
dos Gatafunhos, você é “fodão”. Não deixa pingo
sem nó.
Mas.... porque Jeovah ??? Estranho o nome.
E tem mais, como o Echus do Ibaté em seu início,
seu jornal se chama Informativo..... Mais dia menos
dia, ele se chamará Echus de Gouveia.. rarararará!
Tome cuidado!
E você, editor, redator-chefe, ganhando medalha em
8.12.08... É fodão mesmo.
BOLETIM DA AFAGO Página 04
Tai, está escrito no livro de sua vida que você seria editor
desse jornal. E sempre o será.
Não duvido de ser grande o número de pessoas beneficiadas
com o seu trabalho.
Com esta sua experiência, você será convidado a ser o editor
do Echus do Ibaté, logo logo.
Meu São José, inda vou ler o resto dos informativos que me
faltam e depois lhe falo mais deles. É uma delícia.
O site é bem feito, fácil de navegar, bem elaborado. Links para
Serro do queijo, Diamantina... Legal.
Tem alguma coisa na linguagem que não permite os tils, as
cedilhas.... mas não importa, ele é bão. Pugnabimus usque ad
victoriam. É isso aí meu bom mineiro.
Não vi ainda, mas senti falta do Hino e da Bandeira.... hehehe!
Está cheio de compositores; pode encomendar. A minerada é
craque nisso aí. Mas Jeovah, achei meio esquisito; parece
nome de site de crente, de “crente da bunda quente” como
dizia minha avó. Do conteúdo, ainda não descobri o porquê.
Nenhuma associação partidária? A coisa se tornará política
inevitavelmente.... Você vota em Gouveia ou Beagá? Se você
mudar sua zona eleitoral para lá, Gouveia, vai dar na vista.
Mas eu acho que poderia mudar, sim. Faça como o Sarney,
que comprou uma casa em Macapá.... Você será prefeito em
Gouveia: está escrito no livro de sua vida. E a Adélia será a
primeira-dama. Pode ir arranjando um costureiro famoso para
ela. Não por você ser ambicioso, mas por necessidade. Para
tocar os projetos.... é você mesmo. O Dr. Waldir... não, você
mesmo. Alugue um quitinete lá em Gouveia, mude deu título
para lá.... Ta eleito na hora! Você é vital! E vai trabalhar lá até
seus 97 anos: está escrito no livro de sua vida, ó Venerável São
José dos Gatafunhos.
Moreira, Parabéns por seu trabalho. Parabéns pela idéia tão
gloriosa, tão solidária, tão cidadã.
A sua bênção e o meu abraço.
Ora pro nobis!
Antônio Correa
Imediatamente remeti ao doutor Raimundo a resposta dada ao
meu amigo de São Paulo, Antônio Carlos Correa.
Doutor Raimundo,
A cópia que mandei para o Antônio Carlos é esta:
Beato Antônio Carlos,
Está próxima a sua canonização. Todas as honras dos altares.
Eu lhe mandei, você foi o primeiríssimo, o teste do sítio que,
agora pode ser acessado no endereço www.afagouveia.org.br .
jeovah erá apenas cedido para teste. Os méritos da concepção
e do trabalho é do professor doutor Raimundo Nonato Miranda
Chaves, sobre o qual eu escrevo no Boletim 09. O cara foi
pioneiro da informática no Brasil iniciando suas atividades na
Universidade Federal de Viçosa - MG nos anos 60 do século
passado. O que há de bom em nossa brincadeira é que todos
nos admiramos mutuamente.
Um abraço,
José Moreira de Souza
Poesias
O TEMPO!
Quiséramos a Deus pedir,
Pra relógio do Tempo
Atrasar!
Pra que pudéssemos
Reviver
Felizes lembranças
Que teimamos
Reencontrar!
Neutralizaríamos, assim,
Com passados instantes,
Todo tédio do PRESENTE
E seriam de alegrias
Constantes,
Nossos dias, enfim!
Mas Deus não poderia
Ouvir
Pedido insolente e vão!
Já que a ELE cabe
Definir,
Do Tempo, a missão!
Missão do Tempo
É, inexoravelmente,
Passar... Passar...
E, através de fatos
Definidos, imparciais,
Emotivos, culturais,
Profundas marcas
Amargas, doces,
Tristes, alegres,
Sempre paradoxais,
Na gente, deixar!
Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro
Prisão de tua carência,
Do medo, da ansiedade,
Prisão de teu próprio Ego
Imposta pela Sociedade!
Prisão de teus pensamentos,
Onde não se ouve
Teus lamentos!
Prisão do desemprego,
Prisão da melancolia,
E de grande agonia!
Prisão de teu sofrimento
E, do humano Ser-o calor,
Prisão de teu isolamento,
Prisão da tua dor!
Prisioneiro da liberdade,
Talvez, não andes
E a uma cadeira de rodas
Preso estejas!
Talvez, não fales,
Talvez, não ouças
Ou, talvez, não vejas!
“Levanta-te! Vem para o Meio!” (Mc-3-3)
Não te sintas rejeitado,
Não faças de tua vida uma prisão!
Prisão sem guardas,
Sem grades,
Sem cães,
Por ser prisão
De tuas próprias emoções!
Aqui estamos nós,
Unidos pela Fraternidade!
Jamais estarás a sós,
Vem, sem receio!
Levanta-te!
Vem para o nosso meio!
Curvelo, 01 de maio de 2009
Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro
BOLETIM DA AFAGO Página 05
Artigos
Padre Serafim em Gouveia: memórias de um
coroinha
José Moreira de Souza
Eu não estava em Gouveia no dia em que o padre Serafim
se despediu de nossa cidade para ocupar o lugar de
pároco em Curvelo e aguardar sua nomeação como bispo
coadjutor da arquidiocese de Belo Horizonte. A despedida
me foi comunicada em carta pela minha correspondente,
tia Flora.
A população em longa fila se reuniu para beijar as mãos
sagradas do vigário que se despedia e que deixara em
cada coração a lembrança de sua ação pastoral. Sou
tentado a reproduzir esse momento com uma frase de
memorialista do século XVIII: “Não houve olhos que não
fizessem fontes”. Imagine o leitor, baseado nesta hipérbole,
as lágrimas dos gouveianos escorriam face abaixo, e
vazavam pelas ruas em enxurradas inundando o Chiqueiro
e o Cachoeira.
Eu não estava em Gouveia, mas pude imaginar esse misto
de saudade profunda e de indignação – os “olhos em
fontes” denunciavam uma e outra coisa.
Embora não tenha testemunhado a partida, fui presença
privilegiada na chegada. Em 1951, era um menino de dez
anos e cursava o terceiro ano no Grupo Escolar Aurélio
Pires. Dom João Souza Lima, bispo coadjutor de dom
Serafim Gomes Jardim, visita Gouveia pela segunda vez.
Eu o acompanhei e estive presente à cerimônia das
exéquias de João Monteiro, celebrada na igreja do
Rosário. Dom João permaneceu em Gouveia por uma
semana – ou mais - e se fez acompanhar por um sacerdote
jovem. Era o padre Serafim Fernandes de Araújo.
Algumas cenas se fixaram como contraste. Dom João
chegou à Gouveia sem aparato episcopal. Recordei-me
da última visita pastoral de dom Serafim Gomes Jardim
na qualidade de arcebispo. Foi em 1949, salvo engano.
Sua chegada à matriz foi acompanhada pela banda de
música e o arcebispo coberto pelo pálio branco com borlas
douradas, com os principais do clero arquidiocesano,
monsenhor Levi, monsenhor Pinheiro, monsenhor Gabriel
Amador e cônego Valter Almeida. A casa do padre José
Machado se encheu da elite dirigente da arquidiocese. A
vinda de dom João se deu sem esses aparatos, mas me
deixou lembranças profundas. Uma delas foi uma homilia
em que comentava a parte do evangelho sobre Marta e
BOLETIM DA AFAGO Página 06
Maria. “Marta, tu tens te preocupado muito com as
coisas desse mundo. Maria escolheu a melhor parte”.
Outra foi quando ele se dirigiu a mim com a pergunta
e sotaque de pernambucano: “você já sabe ajudar à
missa direitinho?” A pronúncia do t – linguodental - se
me figurou diferente da nossa em que o t soa como
tch.
Nessa oportunidade, dom João ouviu freqüentes
lamentações de que Gouveia estava mal assistida,
devido à idade avançada do padre José Machado –
vejam, com pouco mais de setenta anos, padre José
era tido como velho e decadente -, como os tempos
mudam. Era verdade, presente em Gouveia,
esporadicamente, desde 1909 e definitivamente,
desde 1912, padre José não exibia mais o vigor da
juventude. Celebrava a missa na matriz aos domingos,
oficiava todas as festas religiosas com dedicação, mas
nos dias de semana, suas missas eram celebradas na
igreja de São Francisco, ou no seu oratório doméstico.
As cerimônias de batizados e casamentos também
aconteciam nesses espaços.
O venerando pároco às vezes se mostrava imprevisível
no cumprimento de seus deveres, segundo
interpretavam os fiéis. Boa parte de suas funções eram
preenchidas pelo seu sacristão – José Vicente de
Paula, conhecido como Juca de Celina. Seu Juca, da
mesma idade do vigário, abria todas as noites a matriz,
rezava o terço e a via sacra e zelava pela vida religiosa.
O padre Serafim celebrou com pompa, em 1952 os
cinqüenta anos desse magnífico sacristão de Gouveia.
Apesar de ouvir as queixas, eu me recordo do padre
José como uma das pessoas mais maravilhosas que
passaram por nossa cidade. A atenção para com as
crianças, o carinho paternal, o empenho em vê-las
aprender, a animação em aplaudir e acompanhar suas
descobertas, ficaram para mim, como mensagem
permanente, de que esse velho vigário tinha grande
certeza de que o futuro seria muito melhor, confiado
no porvir da infância.
A escolha do padre Serafim como coadjutor e depois
como pároco de Gouveia não foi casual. Dom Serafim
Gomes Jardim designou o sacerdote mais qualificado
da arquidiocese para suprir os últimos dias do padre
José. O arcebispo dedicava especial apreço a seu
velho colega de seminário ainda nos primeiros anos
do século XX. O padre Serafim, formado na Pontifícia
Universidade Gregoriana, ordenado em 12 de março
de 1949, teria lugar de relevo na arquidiocese. Ser
cura da Sé Catedral seria uma posição ainda modesta
para um sacerdote com formação tão refinada. Avalio
que a designação do jovem sacerdote irmanava o
apreço de dom Serafim pelo padre José e pelo padre
Serafim. O apreço ao padre José estava contido na
mensagem: “eu não posso suprir suas deficiências, eu mesmo percorro as ruas de Diamantina já
alquebrado pela idade -, mas envio-lhe um novo
Serafim” O recado dado ao padre Serafim poderia
ser expresso nessa frase: “Padre Serafim, você renova
meus sonhos de jovem. Vá à Gouveia, ofereça a
todos o de melhor, ajude o meu irmão de alma, padre
José Machado”.
Isto ele o fez generosamente. Tão logo chegou,
percorreu capelas e povoados inacessíveis ao
percurso por automóvel. A preparação para os
sermões se fazia com cuidado. O padre Serafim lia e
relia a epístola e o evangelho do dia e destacava os
pontos principais de sua pregação. Lembro-me de
uma de suas pregações sobre o trabalho aos
domingos, quando chegaram à cidade as máquinas
da Companhia Ájax. Insistentemente, o padre
lembrou o preceito do descanso no Dia do Senhor,
o domingo. O sermão começava assim: “Eles não
estão aqui”.
Os fiéis freqüentes à igreja viram que o zelo pastoral
do jovem sacerdote se revestia de virtudes de um
santo. Certo dia, a única bomba de combustível da
cidade, localizada ao lado da casa de João Monteiro,
já habitada pelo nosso Popô – José Raimundo
Monteiro -, se incendiou. As pessoas em pavor,
correram ao padre. Ele da porta da matriz, juntamente
com a oração confiante delineou um amplo sinal da
cruz em direção ao incêndio distante. O fogo foi
abrandando e o pânico dos moradores se
transformou em admiração. Padre Serafim também
operava milagres.
Entre inúmeras cenas que me comoveram, calou
profundo a recordação da primeira Semana Santa
celebrada com a presença do novo padre. O padre
José jamais se furtou aos exercícios de seus deveres,
contudo, a Semana Santa, pelos longos rituais se
tornavam
cansativos e extenuantes para o velho
.
vigário. Por outro lado, a própria cidade foi deixando
de lado liturgia pomposa herdada do período
barroco. Com exceção da procissão das Dores, de
Ramos, do Encontro, do Enterro e do Santíssimo, a
Semana Santa não contava com uma liturgia
convocando os fiéis à meditação dos mistérios
sagrados.
Minha atenção se centra na vigília pascal. O padre
Serafim celebrou, pela manhã, na matriz a missa do
Fogo Novo, dando sentido ao sábado das Aleluias.
BOLETIM DA AFAGO Página 07
Esse é um ritual com mensagem fortíssima. Até hoje eu me
emociono com o poder simbólico aí contido. Minha
interpretação é a seguinte; Jesus morreu. O mundo está em
trevas. Ele há de ressuscitar. Sua ressurreição há de lembrar ao
ser humano o momento da Luz, da Criação. Faça-se a Luz.
Jesus é simbolizado no Círio Pascal. O círio está apagado. Como
Jesus ressuscitou? Nosso sacristão – seu Juca de Celina –
procura um daqueles fumantes que usavam a binga. Aparece
Sebastião Bernardo com sua mecha de algodão, uma lasca de
cristal e uma barrinha de ferro em forma retangular – tudo
retirado da natureza informe, nada trabalhado por mãos
humanas. Busca-se pelo atrito entre o ferro e o cristal lançar
faíscas sobre a mecha de algodão, soprando-se sobre ele
concomitantemente. Uma fumaça aparece, o algodão se
incendeia, a luz foi feita. Acende-se com essa chama o círio
pascal e canta-se “Lúmen Christi”.
O entendimento desse ritual devia ser objeto de meditação dos
cristãos por todo ano. Cristo ressuscitou porque Ele tinha luz
própria. O homem pode ter acesso a essa Luz, se prestar
atenção na Natureza Divina.
Com o círio pascal aceso, benzeu-se a água da pia batismal,
misturando-se nela os óleos consagrados pelo arcebispo na
missa solene da quinta feira santa. Essa missa é sempre
celebrada na manhã da quinta feira santa e apenas nas cidades
que são sede de diocese. Essa pia batismal havia sido colocada
em Gouveia no ano de 1765 – atualmente, quebrada, ela
aguarda restauração. A cerimônia seguinte é a do batismo das
crianças.
Não me lembro de qual foi a criança, os pais e os padrinhos de
quem teve a graça de receber o batismo nessa celebração.
Mais uma vez, eu entendo que todos os sacerdotes têm a
obrigação de preparar pais e padrinhos para a cerimônia do
batismo sublinhando e grifando esse vínculo estreito entre
batismo, ressurreição e benção do fogo novo. Que Fogo é
esse que arde sem se consumir?
Porém, um dos hábitos pastorais que ficou como lição constante
era o de atender aos doentes e necessitados. Após celebrar a
santa missa, o padre Serafim se dirigia às casas para levar aos
doentes e moribundos o conforto do sacramento. Àquela época,
uns poucos trabalhadores, jovens pais de família, ainda
sobrevivam padecendo de um mal fatal – pedra no pulmão,
nome popular da silicose, uma doença do trabalho. Esse mal
levou ao cemitério dezenas de trabalhadores que atuaram na
modernização da usina do Paraúna, então propriedade da Hulha
Branca. Padre Serafim, ao administrar a extrema unção – era
assim que se chamava a unção dos enfermos –, consolava as
candidatas a viúva com suas preces e renovação das
esperanças.
Havia também uma família à qual mensalmente o virtuoso padre
se dirigia às primeiras sextas-feiras. Morava num tugúrio
improvisado sobre a lapa da capelinha das Dores. A casa
era baixa, o padre tinha que se curvar ao entrar. A visita
mensal respondia ao convite de um jovem piedoso,
recentemente migrado para Gouveia. Esse rapaz, então
com vinte e oito anos, freqüentava a missa, trajando terno
branco e uma fita azul de congregado mariano. Cuidava
da mãe, dona Maria, idosa debilitada, e de uma irmã
tetraplégica – Dejanira -, que jazia num cômodo que era,
ao mesmo tempo, sala, quarto e cozinha. Seu nome:
Feliziano. Recordo essas cenas, dando ao Feliziano o lugar
que merece na memória de Gouveia. Foi uma pessoa
especial – um santo no sentido literal - e o padre Serafim
antevia isso. Morto, em outubro de 2001, Feliziano
permanecerá para sempre na memória dos Gouveianos.
Na casa da cultura, um quadro retratando Feliziano; na
sala nobre do Asilo São Vicente, outra pintura de Feliziano;
no bar do Neném de Popô, ao lado da matriz, um grande
pôster de Feliziano; no cemitério, um mausoléu com esta
inscrição: “Feliziano, Cidadão da Gouveia”. Para mim, ele
foi exemplo de dignidade. Seu protesto pelas ruas: “Aqui
preto e pobre não têm valor” ardem como as chamas do
círio pascal. Venero e admiro o orgulho sublime de
Feliziano.
Estas são algumas recordações que tenho do padre
Serafim em seu primeiro ano em Gouveia. Ele contou para
acompanhá-lo como primeiros coroinhas com José
Nicodemos de Deus - Zé de Pedrelina – e José Moreira
de Souza – Zé de Flora. Nós nos alternávamos nas viagens
a cavalo para povoados e capelas, e nos rivalizávamos
em peripécias de comer hóstias e beber furtivamente vinho
da sobra das galhetas na sacristia. Proezas que não
passavam despercebidas ao atento padre. Nos anos
seguintes vieram Gil Martins de Oliveira, Helvécio Ribas,
Geraldo Augusto Silva. José Hamilton e Carlos (de
Raimundão) em São Roberto.
(onde coloca àgua e vinho prá missa), e ainda
turíbulo e incenso. Gil Martins queria só o turíbulo,aí
dava quase uma briga. O coroinha principal era seu
Juca de Celina; homem bom.Nesta época não
perdia o catecismo de Dona Flora e Chica.
Pe.Serafim chegava às sextas-feiras ia para a casa
de “dona Doninha”, até se preparar para ele
aposentos independentes na casa de Maria de Xisto.
Luiza Brasil, mãe de Guengué, se responsabilizou
por fornecer-lhe alimentação. Aí então nós mais
novos já ajudávamos à missa; e o entusiasmo era
grande pois usávamos batina vermelha e veste
branca. Em 1955 fui indicado para ir para o
Seminário de Diamantina, o que foi uma grande
benção. Levava uma canastra com enxoval, bacia
de rosto e um vaso noturno. Nas férias, íamos prá
Pedro Pereira, Camilinho, Barão,Espinho e
dormíamos em colchão de palha.Voltando ao
Seminário, íamos no caminhão de duas boleias que
ia bem devagar ao subir o pé do morro; era de
propriedade de Chiquinho de Nelo. Pe.Serafim
deixou plantadas incontáveis sementes. Todos
sentem por ele um amor incondicional. Me levou
para Curvelo onde continuei como seu coroinha e
tive a alegria de escutar pelo “Repórter Esso” na
voz de Eron Domingues sua designação episcopal:
“Acaba de ser designado Bispo Auxiliar de Belo
Horizonte, Dom Serafim Fernandes de Araújo” Sei
então que foram tempos de grande
aprendizado,alegria e felicidade.Se fosse possível
voltaria para reviver tudo.
Sei que este tempo não foi eterno,mas garanto que
será inesquecível..
Geraldo Augusto Silva
Memórias de um coroinha
Ainda menino de9 anos, era levado à Matriz de Sto
Antonio pela minha vó Madalena de Ozório e minhas tias
Tote e Maria.Não perdia trezena nem novena.Vestia calça
de brim caqui curta e suspensório. Avenida era de terra e
não chamava JK. Passavam comigo quando subia a rua
na casa do Seu Afonsinho(retratista) e tomava benção de
dona Elgita. Estava sempre na casa de Pe José Machado
e esquentava as mãos e pés junto ao seu fogão de lenha.
Ele sentava num banquinho e contava belas histórias. Nas
missas e procissões carrega seu barrete. Não esqueço
nunca da Igreja de S.Francisco em frente a sua casa, com
belas imagens barrocas. Chega então Pe.Serafim em 1951
e já fazia parte de coroinhas ajundantes, carregava galhetas
BOLETIM DA AFAGO Página 08
Aguardem na póxima edição, o
depoimento de Gil Martins de
Oliveira
UTILIDADES E INUTILIDADES
Não acredite nas indicações
Pense duas vezes nas afirmações do tipo “sem colesterol”
e “90% sem gordura”. O colesterol é uma gordura
existente apenas em produtos animais – carnes, peixes,
ovos e leite -. Assim, por que tantos produtos à base de
vegetais trazem no rótulo a ressalva “sem colesterol”?
Porque as empresas de alimentos sabem que as pessoas
estão preocupadas com seus níveis de colesterol e que
poucas se dão conta de que os vegetais não contêm essa
substância.
Um alimento “90% sem gordura” ainda contém 10% de
gordura. Alguns produtos usam esse recurso para fazer
você acreditar que são melhores para a saúde, mas, em
alguns casos, não contêm menos gorduras do que produtos
similares.
Não se deixe confundir por embalagens que afirmam
coisas do tipo “sem corantes artificiais”. O alimento em
questão pode conter outros tipos de aditivos. Verifique a
lista de ingredientes, pois todos os aditivos, por lei, têm
que estar ali.
Prefira listas de ingredientes curtas
Uma longa lista muitas vezes significa que o produto é
altamente industrializado e abarrotado de aditivos. Alguns
desses aditivos terão pontos positivos. Conservantes, por
exemplo, ajudam a manter o alimento seguro, prevenindo
a proliferação de bactérias que podem causar intoxicação
alimentar. Sem os emulsificantes e os estabilizantes, não
seria possível fabricar produtos como creme de baixo
teor de gordura. Mas alguns aditivos alimentares, em
especial os corantes artificiais, já foram associados a
problemas de saúde, como hiperatividade, alergia e asma.
Aprenda o significado de “orgânico”
Existe uma confusão considerável em torno do termo
“orgânico”. De uma maneira muito ampla, cultivar
alimentos de forma orgânica significa não usar
fertilizantes e pesticidas químicos, radiação e sementes
geneticamente modificadas. Os animais devem ser
criados unicamente com alimentos orgânicos e sem
nenhum subproduto de origem animal, além de não
receberem hormônios ou antibióticos.
É permitido aos fabricantes de produtos orgânicos incluir
até 5% de ingredientes não-orgânicos em seus alimentos.
Se ingredientes orgânicos compõem apenas de 70 % a
95% do produto, esse produto não pode receber o rótulo
de “orgânico”
Os pesticidas são amplamente usados em frutas e
hortaliças, mas pode-se evitar traços deles na comida,
BOLETIM DA AFAGO Página 09
comprando orgânicos. Se você tiver um orçamento apertado,
vale a pena saber que a quantidade de produtos químicos
usada nos diferentes cultivos varia muito; assim, concentre
os seus recursos na compra de maçãs orgânicas, peras,
batatas, cenouras, espinafre, alface, e frutas macias, mas
não se preocupe tanto com bananas, brócolis, couve-flor,
cebolas, ervilhas ou laranjas que não foram cultivados
organicamente.
Cuidado com a injeção de água
Talvez você não saiba, mas algumas empresas malintencionadas injetam água nas carnes para acrescentar peso
e, assim, aumentar o lucro da venda de seus produtos. A
legislação brasileira proíbe essa prática de adição de água a
carnes in natura, mas prevê algumas exceções. Nos
produtos temperados, como frangos, perus e corte de carne,
permite-se, respectivamente, a injeção de 20%, 25% e 10%
de uma mistura líquida chamada de salmoura temperada,
que acrescenta sabor ao alimento. Além disso, no caso de
frangos inteiros, admite-se o acréscimo de 6% de água,
adicionados durante a etapa de resfriamento de sua carcaça.
É importante ficar atento, pois o acréscimo de percentuais
maiores do que os descritos nas embalagens é ilegal e
constitui crime contra o consumidor.
Fonte: “Dicas Secretas da Revista Seleções do Reader’s
Digest”
(Contribuição de Adilson Nascimento)
HUMOR
Um rapaz vai passar por uma delicada cirurgia e o
médico tenta tranqüilizá-lo:
- Não tenha medo, companheiro. Sou muito experiente nessa
área. Olhe bem para minha longa barba e tenha confiança.
Quando você voltar da anestesia, conversaremos.
Após a cirurgia, o rapaz abre os olhos e depara com uma
enorme barba. Não se contendo de alegria, ele exclama:
- Obrigado doutor! Eu sabia que podia confiar no senhor!
- Que doutor nada, homem! Eu sou São Pedro!
Placa em frente a um consultório dentário:
“ESTACIONAMENTO EXCLUSIVO PARA O
DENTISTA. INFRATORES RECEBERÃO UMA
CONSULTA”.
A esposa vinha tentando convencer o marido a se
juntar a ela numa caminhada diária de 20 minutos. Um dia,
depois de ler um artigo intitulado “Melhore sua vida sexual”
ela achou que teria mais um argumento a apresentar.
Explicou-lhe que, de acordo com o que leu, se ele
caminhasse apenas 20 minutos melhoraria sua vida sexual.
- E quem você conhece que vive a 20 minutos daqui? –
perguntou ele.
Fonte: “Rir é o Melhor Remédio, da Revista Seleções
do Reader’s Digest”
(Contribuição de Adilson do Nascimento)
O dia em que o padre José quase fez um milagre
Vou contar um caso em duas interpretações.
Primeira interpretação:
Padre José estava dando a comunhão aos fiéis. (Naquele
tempo para receber a comunhão, os devotos deviam se
ajoelhar junto a uma grade que existia logo abaixo do último
degrau do altar – chamado presbitério – entendia-se que,
para receber o corpo, sangue, alma e divindade de Nosso
Senhor Jesus Cristo, o fiel deveria estar em posição de
absoluto respeito.)
Uma senhora idosa aproximou-se da mesa da comunhão
e não se ajoelhou. Padre José se aproximou. O acólito assim se chamava o coroinha – colocou a patena sob o
queixo da devota senhora (Patena era colocada para que
não caísse nem mesmo uma fração mínima da hóstia
consagrada.). O padre ordenou:
- Ajoelha!
A senhora respondeu com voz humilde:
- Eu não posso!
E o padre:
- Ajoelha!
Ela:
- Mas eu não posso!
Convicto de não ter mais nada a fazer, o padre passou
para o fiel seguinte e deu-lhe a comunhão, saltando a
senhora que repetia a cada ordem: “Eu não posso”.
Esse episódio gerou incômodos de muitos fiéis. Alguns
julgaram ter sido um ato de crueldade do padre.
Segunda interpretação.
Repito tudo que é narrado na primeira interpretação e
acrescento:
Chegado em casa, algumas senhoras dedicadas que
freqüentavam a casa do padre comentaram:
- Padre José, por que o senhor fez aquilo com aquela
senhora? Ela não tinha condição de se ajoelhar.
E o padre:
- Eu fiz a minha parte. Ela não fez a dela. Se ela tivesse fé
firme de que iria receber a hóstia consagrada como corpo,
sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo,
não teria pensado em sua dificuldade!
Moral da minha história.
Um santo sozinho não faz milagre.
José Moreira de Souza
A origem de tudo
• Deus após criar o mundo, em sua imensa
sabedoria, resolveu dar-lhe diversidade, povoandoo de animais.
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E Deus disse:
Faça-se o Burro, e o Burro se fez.
Deus acrescentou:
Serás Burro por toda a vida. Terás o dom do trabalho
incansável; terás sobre as costas uma cangalha, levarás
mercadorias, obedecerás ao teu dono, comerás capim,
não farás escolhas e viverás 30 anos.
O Burro respondeu:
Senhor Deus, se essa é minha condição, viver 30 anos é
demais. Dez anos são suficientes para eu cumprir o que
ordenas.
Deus concordou: seja como queres.
E Deus disse:
Faça-se o Cachorro. E o Cachorro se fez.
E Deus disse:
Serás Cachorro. Serás um fiel companheiro do Homem,
quando eu o tiver criado, comerás qualquer comida que
lhe for servida, exercitarás o teu faro, serás sempre
agradecido e viverás 20 anos.
E o Cachorro respondeu:
Senhor meu Deus, eu Te agradeço por me criares, e
cumprirei o que me destinas, mas, fazer tudo isso por longos
vinte anos é demais. Dê-me dez anos de vida e serei feliz.
E Deus concordou: será como queres.
E Deus disse:
Faça-se o Macaco. E o Macaco se fez.
E Deus disse:
Serás Macaco. Saltarás de galho em galho, farás
macaquices para todos rirem, e, para isso, viverás 20 anos.
E o Macaco respondeu:
Senhor meu Deus, serei o que ordenas, mas viver 20 anos
é demais para mim. Dê-me a graça de viver dez anos.
E Deus concordou: Será como queres.
E Deus disse:
É o momento de criar o ser que dominará todas as
criaturas. Faça-se o Homem. E o Homem se fez.
E Deus disse:
Serás Homem, ser racional, capaz de submeter tudo à
tua vontade, viverás 30 anos.
E o homem respondeu:
Senhor meu Deus. Vós, criador do mundo e de todas as
coisas, sois a Suprema Sabedoria, porém, viver só 30 anos,
Senhor? Dai-me os 20 anos que o Burro recusou, os dez
do Cachorro, os dez do macaco e tudo mais que os
irracionais recusarem
E Deus ordenou:
Serás um pré-homem durante 12 anos para te tornares
inteligente – tempo de maturação que retirarei de outros
animais -, viverás 30 anos, a partir daí, como Homem
racional, inteligente e dominador da Natureza; ao te
casares, viverás os 20 anos do Burro, trabalhando para
sustentar teus filhos e esposas. Quando te aposentares,
viverás ainda 20 anos da vida do Cachorro e do Macaco,
cuidando da casa e comendo o que lhe derem; saltando
da casa de um filho para a de outro e fazendo gracinhas
para divertir teus netos imaturos. Para tudo que ultrapassar
isso, viverás a vida do carrapato, dormindo e sugando o
sangue dos outros.
(Domínio popular – versão de José Moreira de
Souza)
ARTIGO
INFORMAÇÕES AOS PRODUTORES
RURAIS DO MUNICIPIO DE GOUVEIA
1- Prorrogação do prazo para averbação das
reservas florestais
Pelo Decreto 6.686 de 15.12.2008 foi prorrogado
até 11.12.2009, o prazo final para que os produtores
rurais averbem no cartório de registro de imóveis e
no IEF as áreas de reservas legais de suas
propriedades, que antes pelo Decreto 6.514 vencia
em 21.12.08 Reserva esta que deverá corresponder
a 20% da propriedade.
Pelo Decreto 6.686 foi também suspensas
temporariamente as multas das propriedades que
estão utilizando irregularmente áreas de reservas
legais que não foram ainda averbadas, e cuja
vegetação nativa tenha sido suprimida até
21.12.2007.
Esclarecemos que por noticias dos jornais o sr.
Ministro da Agricultura e Câmara dos deputados
estão discutindo com os órgão ambientais a
possibilidade da inclusão como reserva legal a área
de preservação permanente, e a possibilidade de
aquisição por aqueles que não tem condições de
regenerarem as área desmatadas, a aquisição de
reservas em outra área externa, porém na mesma
micro bacia hidrográfica para fazer a compensação.
2- dicas para manejo nutricional de vacas
leiteiras na época anti-safra
Como a nutrição dos animais representa de 60% a
70% do custo de produção do leite,deve merecer
atenção especial do produtor, principalmente nesta
época do ano em que as pastagens não nutri
suficientemente os planteis, exigindo
complementação alimentar do volumoso com
silagem de milho, sorgo, capim ou o fornecimento de
cana de açúcar e capim napier.
Exigindo assim maior gerenciamento afim de evitar
a queda de produção.
A seguir enumeramos erros clássicos que causa a
queda de produção e soluções para evitá-los..
A)- o produtor deve pesar constantemente a ração
ou usar medidas diferentes ao fornecer
concentrados as vacas de acordo com suas
capacidades produtivas, a fim de evitar fornecer
maior quantidade a vacas de menor produção e
menos as de maior produção que tem capacidade
de retribuir o investimento.
BOLETIM DA AFAGO Página 11
O fornecimento inadequado da ração pode gerar queda na
produção,e sua recuperação torna-se mais difícil, e as vezes
somente é recuperada em outra lactação.
Já o fornecimento de concentrato acima da capacidade
produtiva da vaca, representa aumento do custo da produção.
B)- O rebanho após ordenha deverá encontrar imediatamente
o volumoso a sua disposição, e em quantidade e qualidade
suficiente ao numero de vacas ordenhadas.quando aumentar
as vacas ordenhadas deverá aumentar proporcionalmente o
volumoso, e quando diminuir o numero reduzir o volumoso e
assim evitar faltas ou sobras, que automaticamente afetará
o resultado da produção.
C)- O concentrato ao ser fornecido junto com o volumoso,
deverá ser bem misturado neste, a fim de evitar o consumo
irregularmente pelo plantel, principalmente pelas vacas que
primeiro chegarem ao cocho.
D)- Tratar separadamente as novilhas de 1ª cria ou separar as
vacas que batem mais,e que impedem as novilhas de chegar
ao cocho
E)- Acompanhar de perto o fornecimento de volumoso aos
animais a fim de evitar sobra nos cochos ou falta e evitar
futuros problemas.
3- Considerações atuais sobre a produção de leite e
perspectivas.
Após a crise financeira mundial que estamos passando,podemos
fazer a seguinte consideração para cadeia de lácteos;
O mundo vai crescer, mais não como antes,pois não vai haver
tanta disponibilidade financeira como antes.
Assim como 2009 será um ano de desaceleração financeira,
2010 será o ano da recuperação. A cadeia de lácteos passou
por igual situação. Depois de um pico violento, que dobrou o
preço da tonelada do leite em pó no mercado internacional em
2007, que foi o período melhor para os produtores rurais, houve
uma queda brusca nos preços em 2008, que foi sentida no
mundo inteiro.
Todos os paises começaram a reduzir suas ofertas de lácteos ,
ajustando a demanda.
A curto prazo, acreditamos que os paises deverão reconstituir
seus estoques acompanhando a demanda.entretanto
acreditamos que não mais como no passado. Estes estoques
serão doravante proporcional ao consumo.
Portanto para o futuro o preço do leite deverá ter aumentos
mais reais e comedidos dentro da demanda, apesar de termos
mercado para exportação, pois nosso leite hoje é competitivo
em custo e qualidade, e o Brasil detém hoje menos de 2% do
mercado internacional deleite em pó exportado.
Manoel L.F.Miranda-Advogado e Contador em B.Hte/MG
Membro do Conselho Fiscal da AFAGO
Ex.Presidente da coop. Reg. Agro.Pecuária Jequitibá (12
anos)
Ex Conselheiro da Ítambé (12 anos)
(Esclarecimentos ao leitor. Esta edição já se encontrava
diagramada quando nos foi enviada a preciosa
contribuição de nosso associado. Pela importância está
sendo publicada, embora fora da Seção Artigos)
Na mão de Deus, na sua mão Direita
Dona Nia – Maria Idalina Dornas – 30 de abril:
muitas recordações
Eu era muito criança quando faleceu, gloriosamente idosa,
Dona Indinha de quem Maria Idalina Dornas herdou o
nome. A ampla casa de dona Indinha dominava do alto o
arraial, ou quarteirão, do Cruzeiro.
Tenho vagas lembranças de Dona Indinha: idosa, sentada
numa cadeira de balanço, ela batia uma mão na outra,
determinando um ritmo inconsciente, como se estivesse
batendo palmas. Habituado a ser cumprimentado por tia
Flora, sempre que ela retornava do trabalho no Grupo
Escolar, eu me pus a dançar na frente da venerável
senhora. Florinda estranhou esse gesto e tia Flora
interpretou imediatamente ser uma censura e tomou-me
pela mão para evitar o constrangimento.
No dia da morte de Dona Indinha, Gouveia estava em
festa. Mocinhas bem trajadas foram instruídas para
visitarem todas as casas com o objetivo de informar o
falecimento e a hora do enterro. Certamente, meu leitor
não entenderá porque emprego a palavra “festa” ao me
referir aos rituais da morte, especialmente hoje em que a
morte se banalizou. Nos anos quarenta do século passado
a morte ainda era uma festa como analisa João José Reis,
tratando da cidade de Salvador na Bahia, ou o poeta
Afonso Ávila, estudando os rituais das solenes exéquias.
A morte de Dona Indinha foi um dos instantes que me
despertaram para decifrar algumas das relações sociais
de Gouveia. Todas as igrejas tocaram os sinos em dobres
fúnebres. – Só presenciei fato semelhante quando das
exéquias da “Vó”, mãe de Afonso Ferreira Brasil, no final
dessa mesma década. Perguntei a Tia Flora: por quê essa
diferença? Ela respondeu: “É porque Dona Indinha tinha
influência em todas as irmandades”. Do Santíssimo, do
Rosário, de São Francisco e de Nossa Senhora das
Dores.
Espero ter sintetizado em rápidas linhas, a importância
das famílias Alves e Dornas na formação de Gouveia. A
ampla casa de Dona Indinha era também um espaço
público, lugar de convergência das pessoas sem
discriminação.
Foi nesta casa que se criou a minha saudosa dona Nia,
pessoa a quem pude conhecer com maior atenção como
professora do Grupo Escolar Aurélio Pires ao longo dos
anos de 1949, 1950 e 1951. Primeiro, a casa. Ali
dominava um matriarcado sui generis. Uma harmonia em
clima de festa. O Cruzeiro em frente e o campo de vôlei,
BOLETIM DA AFAGO Página 12
ao lado demarcavam esse clima. Blocos
carnavalescos, disputas esportivas – Jaques era um
exímio jogador de vôlei – indústria caseira – a
primeira padaria de Gouveia tem origem nessa casa,
comandada por Leonel e Florinda -, passos da
Paixão, Benção do Santíssimo Sacramento na Festa
de Corpo de Deus, tudo isso acontecia no largo do
Cruzeiro, praça de Dona Indinha. Disse matriarcado.
Ali as mulheres dominavam soberanas. Dona Adélia,
Florinda e Marieta repassaram a dona Dona Doca
– Maria das Dores Alves – e a Dona Nia – esse
saber.
Segundo, a professora. Dona Nia levou para a
atividade docente os ensinamentos da casa. Tinha
uma especial atenção para com as crianças,
especialmente, aqueles que não conheceram a mãe.
Chamo a isso de transcendência. Alguns estudiosos
dão o nome de resiliência. Resiliência quer dizer que
uma pessoa encontra caminhos novos em situações
em que as outras pessoas só descobrem
lamentações, dores e tristezas. Transcendência
aponta para o encontro de soluções que ultrapassam
a fixação no sofrimento. Com isso quero dizer que
Dona Nia era uma órfã feliz e encontrou nessa
condição a possibilidade de passar alegria onde as
pessoas vivem apenas a dor.
Ela foi professora de meu irmão, Sebastião Moreira
dos Santos. Sebastião repetia o primeiro ano sem
alcançar promoção, até que chegou à sala de Dona
Nia. Nunca mais parou. Diplomou-se em 1952 e
recebeu um carinhoso presente de sua professora.
Não posso agradecer por Sebastião, mas agradeço
por mim. Uma pessoa desse porte não morre nunca.
E o dia de seu funeral tem que ser de festa. Deus a
acolheu com muitas palmas e, espero que a Gouveia
e, especialmente, seus familiares, tenham feito
reviver aqueles momentos de alegria que
transcendem a dor da perda.
José Moreira de Souza
Maria Íris Teixeira Ribas – 14 de maio
Foi sepultada no dia 14 de maio, no cemitério do
Bonfim, a senhora Maria Íris Teixeira. Filha do
doutor Manuel Policarpo Teixeira, Maria Íris residiu
quando criança em Gouveia, migrando para Belo
Horizonte no início dos anos 40.
No roseiral da esperança
•
Geraldo Almeida Ribas. A família de Antônio
Almeida se reuniu em festas para comemorar o
aniversário de Geraldo Almeida Ribas na cidade
de Curvelo. No dia 26 de abril, o Baixinho, como
era conhecido em Gouveia, completou 80 anos
de vida. A contribuição de Geraldo para o
desenvolvimento de Gouveia está estreitamente
relacionada à empresa de transportes Santo
Antônio. Por muitos anos, ele foi motorista do
ônibus que fazia a linha Diamantina a Curvelo,
colaborando intensamente com o projeto pioneiro
de seu pai.
•
No próximo dia 12 de julho o nosso colega Adilson
do Nascimento, Diretor de Expansão e Projetos,
da AFAGO, estará comemorando seus 62 anos
de vida e, coincidentemente, na mesma data fará
Aniversariantes mês de junho
Juliana Zahen
Andréia Loiola Ribas
Rita Ordália Drumond Monteiro
Luiz Carlos Gomes
Haroldo Antônio Ribas
Feliciano Cordeiro
Sílvio Lourenço de Oliveira
Aniversariantes mês de julho
1/jun
2/jun
2/jun
3/jun
6/jun
9/jun
10/jun
10/jun
Cláudio Augusto Pinto de Carvalho
Maria de Jesus Souza Lima
Fabrício de Lima Ávila
Albanor de Oliveira
João Martins de Oliveira
Albany Alves de Oliveira
14/jum
15/jun
17/jun
25/jun
28/jun
Clever Garcia Regis
30/jun
BOLETIM DA AFAGO Página 13
Bodas de Esmeraldas, ou seja, 40 anos de uma feliz
união com a Senhora Ilda Vieira Nascimento, também
gouveiana, filha de Chico Vieira e D. Mundinha.
Chico Vieira, como era conhecido o Senhor Francisco
de Paula Vieira, faleceu precocemente em agosto de
1957 quando era o Encarregado Geral da Fábrica
São Roberto, braço direito do Gerente Doutor Rômulo
Cruz Franchini. Era um dos componentes da Banda
de Música Santa Cecília, onde tocava tuba e havia
sido eleito vereador à primeira Câmara Municipal
constituída em Gouveia, junto com os seus colegas
Augusto Alexandrino Viveiros, Cupertino Pinto Ribas,
Francisco Xavier de Oliveira, Geraldo Alves Pereira,
João Antônio dos Santos, José Raimundo Paixão, João
de Miranda Chaves, Luiz Antônio de Miranda.
Theódulo Alves Prado, e Vicente Alves Dória
Adriana Ribas Regis
Geraldo de Deus (Ladinho)
Ludimilla Oliveira
Adilson Nascimento
Elizabeth Alves Gomes
Antonio Ozilton de Araújo
Vanda Ribas
Geraldo da Consolação
Miranda
Sílvio Augusto Moreira
(Padre)
Toledo Ribas de Oliveira
Alberis de Oliveira
Kleber Ferreira
Marineu Eustáquio de
Matos
Yeda Oliveira Lucena
5/jul
8/jul
10/jul
12/jul
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13/jul
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14/jul
17/jul
24/jul
26/jul
28/jul
30/jul
30/jul
Reportagem Fotográfica
Homenagem do Jornal Estado de Minas aos 60 anos de Sacerdote - 11 de abril de 2009
Padre Serafim e as crianças da Primeira Comunhão, onde se situa a atual casa paroquial
BOLETIM DA AFAGO Página 14
Cardeal dom Serafim no Ginásio Poliesportivo que leva seu nome - 13 de junho de 2008
Lar dos Idosos São Vicente de Paulo
Capa do livro de Eurico Bitencourt
BOLETIM DA AFAGO Página 15
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que encaminhados em meio digital.
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espaço 1,5. Identificação do autor.
As fotos devem ser encaminhadas já escaneadas em formato
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Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos
autores.
Boletim da AFAGO
Órgão Informativo da Associação do Filhos e Amigos da
Gouveia
Ano II– N 03 - maio - junho 2009.
Diretor Responsável – Waldir de Almeida Ribas
Editoração Gráfica: José Moreira de Souza
Fotos: Arquivo Afonso Ferreira Brasil; José Moreira de Souza;
site www.gouveia.com.br.
Expedição; Guido de Oliveira Araújo e Raimundo Nonato
Chaves
Diretoria da AFAGO
Presidente: Waldir de Almeida Ribas
Vice-presidente: José Mário Gomes Pereira
Endereço para Correspondência
Avenida Amazonas 115 - sala 1709
CEP: 30.180-000 - Belo Horizonte - MG
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