TREINAMENTO DE LÍDERES
Condução do Grupo
PARTICIPAÇÃO NO GRUPO
Sugere-se que um grupo tenha entre quatro a doze membros. Se o grupo crescer
muito e ainda não estiver pronto para a multiplicação, o grupo pode começar a reunião com todos juntos, e depois formar subgrupos para a partilha e estudo da Bíblia,
proporcionando a participação efetiva de todos.
Um pequeno grupo não deve ter “paredes” que dificultem ou impeçam a entrada de
novas pessoas em qualquer tempo ou em qualquer reunião. O ingresso só deve ser
vetado a crentes de outras comunidades evangélicas, com exceção daqueles que
estejam em processo de transferência para a IBC.
Não crentes
Buscar e resgatar o que está perdido é fruto de uma vida cristã autêntica e produtiva.
“Eu sou a videira: vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele,
esse dará muito fruto.” (João 15:5)
O Pequeno Grupo deve estar sempre aberto para receber visitantes e pessoas não
crentes. O objetivo é integrá-las no grupo, ajudando-as a sentirem-se à vontade. Não
é preciso preparar uma reunião especial ou diferente, embora em alguns momentos
o grupo possa proporcionar reuniões especiais, promovendo oportunidades para que
os amigos não cristãos conheçam Jesus.
Novos convertidos
Para aqueles que ainda não estão em Pequeno Grupo acontecem dominicalmente 8
encontros CONHECER, das 16 as 17 horas, no Pedras.
De outra igreja
Na IBC cremos que quando uma pessoa é alcançada para Cristo, ela deve imediatamente ser mergulhada numa comunidade local. Partindo desse pressuposto, tentamos ao máximo possível, evitar a transferência de crentes de outras igrejas. Cada
pedido de transferência é estudado e a liderança da igreja de origem é consultada.
Explicado o motivo e a pessoa sendo aceita no rol de membros, orienta-se que ela
trilhe o caminho dos novos convertidos. Sugere-se que o líder ou alguém designado
por ele vivencie o CONHECER com ela.
(Pedidos de transferência devem ser encaminhados aos cuidados do Pastor Alcimou.)
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TREINAMENTO DE LÍDERES
Os novos convertidos devem ser discipulados dentro do Pequeno Grupo através do
CONHECER. No CONHECER o novo convertido será conduzido a experimentar os
fundamentos da caminhada com Jesus dentro de uma Igreja local. O líder ou alguém
designado por ele poderá vivenciar o CONHECER com esta pessoa. É muito importante que o líder prepare outras pessoas para esta tarefa e ela não seja exclusivamente sua. No material do CONHECER há várias dicas de como utilizar este material
tanto no Pequeno Grupo como em Mentoreamento.
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De outro grupo
Devemos receber as pessoas que chegam de outros Pequenos Grupos, com o mesmo cuidado com que recebemos os que veem de outras igrejas. A identificação do
motivo da saída do grupo de origem é fundamental para que se evite, a todo custo,
questões não, ou mal, resolvidas. O líder do Pequeno Grupo deve entrar em contato
com o líder do grupo de origem da pessoa para que seja preservada a comunhão e a
perfeita harmonia
entre os irmãos. Se houver qualquer problema de relacionamento não resolvido, é
necessário que seja tratado antes da transferência de grupo.
VALORES DO PEQUENO GRUPO
Há determinadas premissas, que alguns chamam de “Pacto do Pequeno Grupo”, que
devem ser estabelecidas, em comum acordo, para a boa saúde dos relacionamentos em Pequenos Grupos. Cada líder, juntamente com seus liderados, pode criar sua
própria lista de valores que considere essenciais. O mais importante é que os membros
de cada grupo assumam o compromisso de crescer nos relacionamentos interpessoais
e na maturidade em Cristo.
Cadeira vazia
Este valor representa nosso desejo de atrair, acolher e integrar novas pessoas ao Corpo
de Cristo. Portanto, os Pequenos Grupos devem propiciar condições ideais de acolhimento, inclusão e acompanhamento a todo aquele que chega.
Aceitação – É fundamental criar um ambiente propício a quem chegar, independentemente de suas circunstâncias, onde se possa praticar os mandamentos recíprocos, que
viabilizam o progressivo crescimento espiritual.
Oração – Este é um valor a ser priorizado na vida de qualquer grupo, que se reúne
diante de Deus para agradecer, dedicar, apresentar e, principalmente, adorar por tudo
quanto Ele tem feito e pelo que ele é.
TREINAMENTO DE LÍDERES
Honestidade – Para que possa haver o clima de confiança e a autenticidade relacional
dentro de qualquer grupo é preciso que haja transparência e sinceridade na comunicação de sentimentos, lutas, alegrias e tristezas, se falando sempre a verdade em amor.
Segurança – Relacionamentos abertos e honestos devem ser protegidos com um
acordo de segurança: o que se diz no grupo permanece confidencial, não devendo ser
repetido em lugar nenhum; as opiniões serão respeitadas e as diferenças permitidas.
Prestação de contas – Em relacionamentos autênticos, prestar contas é uma submissão voluntária, uns aos outros, na busca de apoio, encorajamento e ajuda em áreas
específicas, permitindo responsabilidade partilhada.
Multiplicação – Facilitar o crescimento e a multiplicação gerando um novo grupo, viabilizará a possibilidade de ver mais pessoas alcançadas por Cristo e crescendo na graça
e no conhecimento de Cristo.
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CONDUÇÃO DA REUNIÃO DO GRUPO
Preparação
Uma reunião produtiva começa em sua preparação:
• Planeje o que você fará e prepare com antecedência estudo, dinâmicas e materiais que serão usados;
• Prepare a agenda:
– o que vai acontecer em cada momento?
– quanto tempo será gasto por cada atividade?
– se algo foi delegado houve confirmação?
• Prepare a edificação bíblica:
– ore sobre o texto a ser estudado
– estude o texto bíblico (uma boa ferramenta é a Bíblia de Estudo para Grupos Pequenos);
– estabeleça pontos de conexão (participação) com o grupo;
– use ferramentas e lições disponibilizadas no site ou no estande da sua
Rede;
• Certifique-se de que todos saibam onde e quando a reunião acontecerá;
• Defina quem será o anfitrião da reunião, se tiver adotado o rodízio;
• Garanta um ambiente limpo, organizado e confortável;
• Crie uma atmosfera receptiva e aconchegante com música ambiente para a
chegada;
• Certifique-se de que tudo foi devidamente providenciado de acordo com o
número de pessoas;
Dicas para melhorar sua preparação:
• convide seu aprendiz para ajudar no planejamento da reunião e na preparação do estudo;
• separe e priorize um tempo específico para sua preparação;
• desafie seu aprendiz e outros membros do grupo a conduzir alguns momentos da reunião.
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TREINAMENTO DE LÍDERES
• Ore pelas pessoas e pela reunião.
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Dinâmica da reunião
Os elementos apresentados aqui são necessários para os encontros de grupos que
tem Cristo no centro. Estes não se configuram obrigatórios em todas as reuniões,
mas devem ser introduzidos na rotina ao longo dos encontros do Pequeno Grupo.
Cada reunião pode ter um foco diferenciado e cabe ao líder planejar os melhores
elementos para mantê-lo. O objetivo é que a implementação desses elementos, com
o passar do tempo, torne-se habitual.
Em alguns momentos, o líder deverá ser sistemático, conduzindo o grupo à medida
em que otimiza o tempo juntos, mas também precisa ser sensível ao movimento e à
necessidade de momento. Tal sensibilidade elimina a
possibilidade do líder estar mais comprometido com o “programa” que planejou para
a reunião do que com as circunstâncias dos membros.
Tarefas do grupo
Em cada grupo existem pessoas com habilidades, disponibilidades e recursos diferentes, o que contribui para a satisfação das necessidades internas e externas. Sendo assim, o líder deve desafiar seus liderados a assumirem diferentes papéis, para a
realização da reunião e manutenção do grupo, os quais podem ser fixos ou rotativos.
Exemplo: conduzir o louvor, preparar o lanche, fazer ligações, preparar lista de contatos, organizar eventos especiais, ministrar determinados temas, articular carona,
organizar pedidos de oração, registrar decisões e desafios, criar e manter grupos de
emails, realizar dinâmicas, etc. Com a delegação de responsabilidades,
o líder não fica sobrecarregado e todos os membros participam ativamente da vida
do grupo.
Momentos de uma reunião
Os momentos, bem como a sequência a seguir, são sugestões. Cada grupo deve seguir uma rotina que lhe seja peculiar e característica. Cuidado para não proporcionar
uma reunião com ênfase nos momentos devidamente
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cronometrados, quando a prioridade devem ser as pessoas! No entanto, a realização/vivência dos momentos sugeridos pode proporcionar uma rica experiência ao
grupo.
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1º Momento: Acolhida
Como recebemos as pessoas é sempre definitivo para sua primeira impressão. Preparar o ambiente de forma que possa acomodar todos e receber de forma calorosa
e acolhedora cria um clima de mais intimidade e faz com que sesintam à vontade.
2º Momento: Lanche e comunhão
Tempo de descontração e oportunidade para que as pessoas possam conversar e
se conhecer um pouco mais, porém não obrigatório. Como geralmente se espera
que o anfitrião ofereça o lanche, fique atento à realidade do mesmo, para não causar
constrangimento e pressão financeira. O momento do lanche pode ser feito coletivamente com cada pessoa contribuindo como puder. Outra opção é fazer o lanche
apenas uma vez por mês junto com a Santa Ceia. Esse momento poderá acontecer
tanto no início como no final da reunião.
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3º Momento: Louvor
O louvor é uma das expressões mais completas do discípulo. Sua essência está em
reconhecer a presença de Deus e expressar gratidão e adoração. Priorizar o momento de louvor é levar para a reunião experiências que
podem ser expressas através da música. Não se preocupe se no grupo não houver
uma pessoa com habilidades musicais ou que toque algum instrumento, utilize CDs,
videoclips e playbacks.
4º Momento: Oração
A oração é uma arma poderosa em nossa mão, por isso não esqueça de reservar
um tempo específico no seu PG. Não use a oração somente como ponto obrigatório
para começar ou encerrar o encontro, use-a de formas diferentes (em momentos
diferentes) em cada reunião.
5º Momento: Estudo da Palavra
O foco deste momento se move para as necessidades das pessoas, pois o estudo
é uma ferramenta e não o ponto central. O líder é um facilitador e não um professor/
pregador.
Características de um momento de estudo:
• relaciona-se com o que está acontecendo no PG e/ou na vida dos seus
membros;
• transmite ânimo, estímulo e desafio;
• oferece apoio espiritual;
• focalizado na vida prática e não no conhecimento;
• proporciona experiências;
• produz mudança de direção;
• conta com a participação e a contribuição de todos e não somente do líder.
Este momento deve acontecer uma vez por mês e pode ocupar qualquer período
da reunião. A Ceia é uma ordenança dada por Jesus que, como discípulos, devemos
promover e realizar. Usando os elementos pão e vinho (suco de uva), devemos lembrar da morte de Jesus e também celebrar sua ressurreição. Cabe ao líder tornar
este memorial um momento especial, recheado de significado. Apesar de ser algo
simples, o grupo deve ser conduzido
a entender a profundidade do que significa. Portanto, não minimize a importância ou
não encare apenas como obrigação.
7º Momento: Partilha e celebração
Este momento abre oportunidade para os membros testemunharem as bênçãos
recebidas durante a semana anterior ou compartilhar problemas que estejam enfrentando. Pode ocorrer também no início da reunião, após a
acolhida ou o louvor. É um tempo precioso de conhecimento mútuo, já que partilhar
é revelar-se, mostrar a todos quem você é e o que tem feito. É um convite para que
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6º Momento: Santa Ceia
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participem de sua vida, como ela é. É um grito de socorro, uma denúncia. Cada partilha deve ser ouvida com zelo e respeito e sem interrupções. O grupo deve permitir
que a pessoa fale sem o medo de ser recriminada. O que for dito não deve passar
despercebido, mas o grupo precisa tomar cuidado para não definir a pessoa logo
nas primeiras palavras ou mesmo através de tudo que for dito. Cabe ao líder direcionar e conduzir o momento, a fim de que o tempo não seja ocupado em vão ou
mesmo tendo a sensibilidade para que o que está sendo dito não venha a ofender
ou magoar outras pessoas.
O líder deve ajudar quem está partilhando:
• a se concentrar em si mesmo e em seus sentimentos;
• a não monopolizar a reunião;
• a ouvir conselhos e opiniões como manifestação do interesse do grupo em
ajudar e ser parte do momento.
Não deixem de celebrar conquistas particulares ou coletivas: melhoria de áreas na
vida de alguém, o atraso que não existe mais, a saúde de alguém que foi restaurada,
o pecado que foi vencido, a dívida que foi paga, o perdão que foi liberado, o trauma
que foi superado, a leitura da Bíblia que foi priorizada. Busque algo para ser celebrado! Ministre através das celebrações que as derrotas e fracassos não vão roubar
a alegria de cada passo dado na direção correta.
8º Momento: Confissões e prestação de contas
TREINAMENTO DE LÍDERES
Este é um momento importante para o crescimento mútuo do grupo. Quando alguém
confessa um pecado está se humilhando ao mostrar o que foi capaz de fazer. Também está declarando que rejeita aquilo. O grupo deve ouvir de forma acolhedora,
sem interromper e evitando gestos de reprovação ou escândalo. Ao término, o líder
pode abrir para quem quiser fazer perguntas específicas sobre o assunto, fazendo
o fechamento com oração e encorajamento. Isso exige maturidade do grupo para
não definir quem confessa a partir do seu pecado; não se escandalizar; e não tornar
público o assunto ali tratado.
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A confissão é a manifestação da ação do Espírito Santo que incomoda o crente a
colocar o “lixo” para fora. O líder deve lembrar que a melhor forma de encorajar os
membros do grupo a confessar pecados é confessando os seus próprios erros. Após
cada confissão, o grupo se torna responsável pela restauração da pessoa e não
pode deixar o que foi dito cair no esquecimento. É preciso haver prestação de contas. Não há como alguém caminhar de forma saudável sozinho sem prestar contas
de suas ações e decisões.
Os membros de um grupo devem deixar de lado o “não se meta na minha vida” e
conceder, ainda que com receio, a liberdade dos demais questionarem e conhecerem suas ações e decisões.
A prática da prestação de contas pode e deve permear as mais diversas áreas: relacional, familiar, conjugal, profissional, financeira, espiritual, escolar, sexual, etc. O
que o grupo conhece uns dos outros nãopode passar despercebido como se o que
se vive “fora do grupo” não tivesse importância para a vida “dentro do grupo”.
9º Momento: Avisos
Neste momento, o líder deve informar a todos sobre as ações / eventos / realizações
/ metas da Igreja como um todo. É muito importante que o grupo seja informado (motivado) sobre os movimentos comunitários, a fim de se
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envolver numa participação mais abrangente. Desta forma, viverá igreja no Pequeno
e no Grande Ajuntamentos.
O líder de Pequeno Grupo é o catalisador e agregador principal em uma igreja de
Pequenos Grupos, por isso precisa estar sempre atualizado e informado. O orientador e as secretarias de cada Rede são as fontes de atualização e apoio para que o
líder mantenha seu grupo ativo e participativo. A participação do líder no Sábado da
Liderança é fundamental para que ele ande alinhado com os demais grupos da sua
Rede e a Igreja como um todo.
Momento Dinâmicas
Dinâmicas podem ser realizadas em qualquer momento da reunião. Sua utilização
tem objetivos diversos: sociabilizar, divertir, facilitar o aprendizado, levar à reflexão,
relaxar, fixar ideias, fortalecer amizades,
aumentar intimidade, diminuir timidez ou levar o grupo a viver um conceito ou umanverdade que esteja sendo ensinada.
É necessário que a pessoa que vai conduzir a dinâmica tenha em mente o que realmente pretende alcançar.
É preciso avaliar se a dinâmica escolhida vai atingir o esperado. Nunca é bom escolher uma dinâmica só porque achou legal ou divertida. Antes, é preciso saber o que
se quer atingir com ela, qual seu objetivo.
Existem pessoas que não se sentem muito à vontade em momentos de dinâmica. É
preciso cuidado ao escolher e aplicar uma atividade para não constranger ou expor
alguém. O sucesso de uma dinâmica está diretamente
ligado ao nível de relacionamento do grupo, ao objetivo que se pretende, ao espaço
e a materiais que serão usados. A fim de não deixar a dinâmica solta é preciso uma
aplicação, uma tomada de consciência, onde os membros do grupo falem e exponham seus pontos de vista sobre aquela experiência.
Outras considerações
A reunião do Pequeno Grupo deve:
• Acontecer num ambiente de confiança, proporcionando o envolvimento e a participação de todos;
• Não pode ser cancelada constantemente ou mesmo mudar de hora (local) sem um
combinado prévio;
• Manter um ritmo constante (periodicidade, horário, duração), que gera confiabilidade;
• Respeitar os horários de início e término, não excedendo o tempo de reunião (combinado previamente). Isso dá liberdade para quem precisa sair e previsibilidade para
quem tenha outros compromissos.
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TREINAMENTO DE LÍDERES
• Ser construída e desenvolvida através dos momentos que foram apresentados;
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INCLUSÃO
Rede de Pastoreio
Para os Pequenos Grupos a inclusão de novos membros não é uma opção, é uma
ordem do Senhor Jesus: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações... (Mt
28:19).
Neste sentido, a inclusão pode ser relacional ou institucional.
Relacional
A inclusão deve ser interpessoal e proativa, no sentido dos membros de PG, que devem estar sempre buscando preencher a Cadeira Vazia, estabelecendo relacionamentos íntegros, verbalização a fé e convidando às reuniões.
Isto se estende a encontros especiais – facilitadores – realizados pelo grupo em datas
comemorativas e eventos inclusivos.
Institucional
A inclusão resulta, igualmente, do encaminhamento de pessoas interessadas a partir
de iniciativas institucionais, conversões nos cultos e solicitações pessoais de quem
queira participar de um PG. Neste caso, existem diferentes formas de inclusão:
• Estande: muitas pessoas passam diretamente nos estandes das Redes, noPalhoção,
e preenchem uma ficha de solicitação de ingresso em PG. Durante a semana seguinte,
a secretaria faz contato com o líder do PG escolhido pela pessoa, repassando seu
nome e telefone para que este inicie o processo de acolhimento.
• Secretaria de Rede: algumas pessoas ligam diretamente para a igreja ou são direcionadas, após um aconselhamento ou participação em alguma programação (Retiro
Espiritual, Celebrando Restauração) participar de Pequeno Grupo. O encaminhamento
se dá conforme a opção acima.
• Site: as pessoas interessadas em participar de um PG podem solicitar inclusão
através do nosso site, onde são automaticamente cadastradas.
TREINAMENTO DE LÍDERES
• Conexão Central: as pessoas que aceitam Jesus nos cultos dominicais e se dirigem
ao Conexão são cadastradas no SIB, que gera, automaticamente, uma solicitação de
inclusão em PG.
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O processo de inclusão também precisa ser formalizado, no SIB, através do cadastro de novos participantes, quando tiverem freqüentado o grupo, em pelo menos três
reuniões. O registro pode ser feito mediante solicitação à Secretaria da Rede ou pelo
próprio líder no SIB (Sistema de Pequenos Grupos).
Convidando o “interessado no Evangelho’’
A seguir, listamos alguns cuidados essenciais que precisamos tomar, enquanto grupo,
com um “interessado no Evangelho’’:
• Mantenha o foco nas necessidades do convidado e não em sua agenda pessoal;
• Ao discutir uma passagem bíblica, use uma versão da Bíblia fácil de ser compreendida pelo visitante;
• Evite clichês religiosos, tipo ‘‘aleluia’’, “amém”, “irmãos” ou termos como ‘‘Cor©Reprodução proibida. Todos os direitos reservados à Igreja Batista Central de Fortaleza.
deiro de Deus’’ ou ‘‘Confio só no Sangue’’. Tais terminologias são desconhecidas
dos não-crentes e podem mais afastar do que aproximar, já que suscitam exclusão;
• Mantenha as discussões o mais aplicáveis possível, sem se estender a debates teológicos e priorizando às verdades bíblicas;
• Dê liberdade ao visitante de expressar suas próprias opiniões e, mesmo que discorde,
não discuta com ele. Instrua o grupo no sentido de escutar mais e falar menos, a fim de
proporcionar a quem está chegando a sensação de acolhimento e aceitação;
• Faça com que as orações sejam simples e objetivas, como uma conversa informal.
Ajude o convidado a entender que orar é simplesmente falar com Deus e não um cerimonial religioso.
Uma palavra sobre ACOLHIMENTO
Incluir é mais do que integrar pessoas no PG e registrá-las num banco de dados. É
preciso incluir no coração. Isto é ACOLHER. Segundo o dicionário, acolher é receber,
hospedar, abrigar, recolher e o PG deve ser o lugar que proporciona tornar concretas
estas ações. Precisamos acolher e cuidar das pessoas que o Senhor faz chegar aos
nossos PGs, a fim de que cresçam e venham a dar frutos. Mas, para isso, o ambiente
do grupo deve ser propício ao acolhimento e ao desenvolvimento de relações interpessoais.
Atitudes para tornar o PG acolhedor:
2. Acolher com Graça.
Para apresentar Deus às pessoas, devemos demonstrar muito mais do que tolerância,
devemos dispensar Graça. Mais do que qualquer outra coisa, o que o mundo mais
precisa é de Graça. Uma cultura do tipo “venha como está” traduz essa graça à vida e
espelha a singularidade do cristianismo. Deus aceita cada pessoa e a ama incondicionalmente como ela é. A tolerância não valoriza as pessoas, mas simplesmente suporta
seu comportamento ou crenças sem queixas. A tolerância pode olhar com condescendia, aceitar diferenças, mas não acolhe incondicionalmente, sem cobrança e sem culpa. Acolher é aceitar, é atrair alguém para um relacionamento sem condenação. Muitas
pessoas não acreditarão que Deus as aceitará e amará até que aqueles que alegam
conhecê-lo comecem a demonstrar isto, na prática.
O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja. Há apenas uma
coisa que o mundo não pode fazer; ele não pode oferecer graça. (GordonMacDonald)
3. Ser uma comunidade contagiante.
Um PG de mentalidade fechada acaba por inviabilizar a vida em comunidade, condenando-a à morte, pois fecha as portas aos que estão de fora. Este tipo de grupo se
torna radicalmente seletivo e exclusivista, adotando um dialeto próprio (“evangeliquês”)
e se isolando, razão porque, inevitavelmente, adoece e morre.
A comunidade contagiante, ao contrário, é caracterizada pela paixão por Jesus e pelo
amor pelos de fora. A alegria da proclamação das “boas notícias” e dos milagres vividos
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TREINAMENTO DE LÍDERES
1. Desenvolver relacionamentos edificantes.
Amizade e companheirismo são componentes fundamentais ao crescimento espiritual,
pois Deus providencia a graça que precisamos através da outra pessoa. Por isso devemos construir redes de amizades espirituais que tragam graça e verdade às nossas
vidas.
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em suas próprias vidas, somada à necessidade
de dividir e compartilhar para crescer é tamanha que não há como não extravasar para
outras vidas. Uma comunidade como essa é radicalmente inclusiva e fala a linguagem
universal do amor de Deus (At 2:43,46,47).
Em tal ambiente, o Pequeno Grupo torna-se um espaço seguro onde as pessoas, não
só podem estar sem medo, mas, o mais importante, podem partilhar suas lutas e feridas sem recriminação e sem o risco de serem criticadas, ridicularizadas e/ou rejeitadas.
“O lado obscuro de apaixonar-se pela comunidade é nossa tendência de formar um
“grupo santo”... Gostamos tanto da comunhão do corpo, que nos apegamos demais
a ele, fechando as portas para os de fora. (...) No local onde a mentalidade fechada
semeou as sementes da morte na comunidade, os grupos contagiantes plantam agora
sementes de vida eterna.” (Russ Robinson)
MULTIPLICAÇÃO
Desde o começo do mundo, foi a vontade de Deus criar um povo que tivesse comunhão com Ele por toda a eternidade. Embora houvesse comunhão perfeita como Trindade (Deus, Filho e Espírito Santo) Deus decidiu expandir esta comunhão a todos que
tivessem fé n’Ele. De Gênesis a Apocalipse, vemos o coração de Deus em busca de
pessoas, incluindo-as nesta nova comunidade, convidando-as à Sua “Cadeira Vazia”,
no correr dos séculos. A multiplicação deve ser o valor fundamental para o sadio crescimento de uma igreja de Pequenos Grupos e as ferramentas estratégicas para que isto
aconteça são a Cadeira Vazia e o Aprendiz de Líder.
A Dinâmica da Multiplicação
Consideramos “parto” um termo adequado ao processo de multiplicação, já que este
procedimento inclui dor, separação e um pouco de tristeza por aquilo que se foi, mas
também celebração, alegria e um senso de agradecimento pelo novo grupo e o objetivo
alcançado.
Critérios para a Multiplicação
TREINAMENTO DE LÍDERES
O tempo para ser promovida uma multiplicação varia de acordo com as características
de cada grupo, mas alguns pontos precisam ser observados para garantir que seja
saudável e produtiva:
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• Um aprendiz de líder atuante e “preparado” para assumir a liderança do novo PG,
com boa identificação e aceitação por parte dos integrantes. O aprendiz deve estar
exercendo seu papel, inclusive já conduzindo algumas reuniões, há pelo menos três
meses, inclusive estar participando nas instâncias institucionais, do Treinamento de
Líderes e do Sábado da Liderança.
Não multiplique se não tiver aprendiz ou se este não estiver disposto assumiro novo
grupo. A essência do papel do aprendiz é se tornar líder e não ser figura decorativa ou
simples substituto para eventuais ausências do líder.
• Uma membresia de pelo menos 10 integrantes, contando com o líder e o aprendiz para que os dois novos grupos tenham, no mínimo, cinco integrantes. PGs diminutos são frágeis e sofrem com as faltas que sempre acontecem, o que torna a reunião
desinteressante, dificultando sua dinâmica e enfraquecendo os relacionamentos e a
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prática dos mandamentos mútuos. A multiplicação tambémdeve ser equilibrada, gerando, dentro do possível, dois grupos de, aproximadamente, mesma membresia para
não criar um clima de exclusão em algumas pessoas.
• Um tempo de vida de pelo menos um ano, pois a multiplicação deve ocorrer em torno
deste período, satisfeitos os dois critérios acima. Um ano é tempo suficiente para preparar aprendizes, incluir novos membros e consolidar relacionamentos.
Preparativos para o dia da multiplicação
• Trabalhe o princípio e lance a visão da multiplicação desde o início do grupo;
• Prepare o aprendiz para a sequência natural de liderar um grupo;
• Ajude as pessoas a entenderem que o propósito de cada grupo é o privilégio e a benção dar vida a novos grupos;
• Encoraje as pessoas a cultivarem a visão de alcançar quem ainda não faz parte do
Corpo de Cristo;
• Comece esse processo meses antes da data definida para a multiplicação. Isto pode
ser feito com o líder e seu aprendiz passando a se reunir com os membros subdivididos
em dois grupos que se reúnam separadamente. Esta dinâmica geralmente acontece
em dois espaços de um mesmo ambiente e permite ao grupo começarem a vivenciar,
na prática, processo da separação;
• À medida que o processo avance, aplique esta dinâmica a todas as reuniões, com
exceção daquela que exigir a presença do grupo como um todo em um mesmo espaço;
• Por ocasião do “parto”, comemore e celebre o início de um novo Pequeno Grupo.
O dia do ‘‘parto’’
Este é um momento de celebração. À medida que o novo grupo começa a se separar
do já existente, é hora de ações de júbilo pelo êxito alcançado:
• Dedique um tempo para comemorar o nascimento;
• Reconheça e encoraje a nova liderança;
• Permita que os membros expressem seus sentimentos;
• Marque um dia em que os dois grupos se reunirão para conferir o andamento de cada
um (de 4 a 6 semanas do “parto”);
• Promova um momento de comunhão no qual compartilhe vitórias e bênçãos do grupo
anterior;
• Ore pelo futuro dos dois grupos e pelo que Deus pode fazer para ajudar cada um a
crescer em todos os sentidos;
• Peça que cada membro escreva uma carta ao grupo expressando seus sentimentos;
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TREINAMENTO DE LÍDERES
• Dedique e abençoe o novo grupo em um tempo de oração;
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• Tire fotos ou filme os grupos enquanto se preparam para o “parto”;
• Apresente uma agenda com alguns eventos sociais que reúnam os dois grupos, no
futuro, visando seu reencontro de modo regular.
Dicas para reduzir o trauma da Multiplicação
• Converse sobre o objetivo da multiplicação, desde o início do grupo, com otimismo
e freqüência. Se a multiplicação for uma surpresa, provavelmente haverá resistência;
• Crie condições para o aprendiz ser bem sucedido dando-lhe oportunidades de liderar.
Faça uma festa quando acontecer a multiplicação;
• Deixe que haja “amamentação”, reunindo os dois grupos periodicamente após o “parto”, em eventos como a Ceia, por exemplo;
• Permita que as pessoas expressem tristeza, se for o caso, pois faz parte da filosofia
de um PG saudável a liberdade de expressão;
• Prepare-se para acrescentar novos membros ao grupo estrategicamente.
Cuidados após o ‘‘parto’’
• Passe uma ou duas reuniões analisando o que aconteceu após a multiplicação;
• Comece a orar em relação a chegada de novos membros;
• Use algumas reuniões para se reorientar como grupo, iniciando o processo da ‘‘cadeira vazia’’ e convidando pessoas;
• Os líderes devem dar uma atenção particular a cada membro durante este período de
adaptação.
TREINAMENTO DE LÍDERES
Critérios para a multiplicação
• Tempo de participação: pessoas com mais e menos tempo de membresia;
• Geográfico: formar grupos levando em consideração à localização da maioria da
membresia;
• Dinâmica de escolha: a membresia de cada grupo pode ser decidida por sorteio;
• Perfis: a membresia de cada grupo é decidida pela liderança, levando em conta os
históricos pessoais, critério este que deve passar pela decisão do grupo como um todo;
• Afinidade: a membresia de cada grupo é decidida levando em conta este critério, só
precisando tomar cuidado com os “vícios relacionais”, ou seja, com as chamadas “panelinhas”;
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ORDENANÇAS: CEIA E BATISMO
As ordenanças são apenas ritos externos deixados pelo Senhor Jesus para representar verdades profundas, como sua morte na cruz, que inaugurou uma Nova Aliança e
nos fez parte de um só Corpo – a Igreja. Ao longo da História, as ordenanças – Batismo e Ceia, as únicas prescritas por Jesus – foram estabelecidas segundo três critérios básicos:
1. Pelo fato de Cristo ter praticado;
2. Por ter Jesus ordenado a seus discípulos para que também as praticassem;
3. Pelo exemplo da prática da Igreja primitiva registrada em Atos dos Apóstolos e nas
Cartas de Paulo.
Uma ordenança não é um “sacramento”, pois este é um ritual que supostamente
transfere graça e salvação aos que dele participam e atribui ao elemento uma conotação de santificação ou poder sobrenatural. Na verdade, é o Senhor quem comunica,
sem intermediários, Sua Graça aos que participam das ordenanças. Deus nos deixou dois ritos simbólicos para que, através destes atos visíveis do mundo material, o
homem pudesse chegar com maior facilidade ao entendimento das realidades invisíveis do Reino espiritual e eterno.
Quanto as ordenanças, a IBC sugere que todos os Pequenos Grupos celebrem a Ceia do Senhor regularmente (uma vez por mês). Em alguns cultos
festivos a ceia é celebrada no Grande Ajuntamento. Quanto ao Batismo, ele
é realizado no Grande Ajuntamento, sob a benção dos pastores da Igreja. É
de responsabilidade do Grupo Pequeno preparar para o batismo os membros do seu grupo, estudando com eles o CONHECER (especialmente o
Encontro 8).
A Ceia aparece na Bíblia num contexto familiar: mesa posta, refeição tomada, família reunida, elementos destacados representando a Páscoa e símbolos de verdades
espirituais como libertação, salvação, etc. (Ex 12:8; Lc 22:7-13). O banquete tinha um
cordeiro sacrificado pelo sacerdote e assado pela família, pães ázimos (sem fermento)
e ervas amargas, simbolizando as bênçãos espirituais de libertação do povo de Deus.
Todo judeu, pai de família dava graças pelo pão e pelo vinho antes de qualquer refeição, porém,no período da Páscoa, as bênçãos eram invocadas de modo especial.
Vale ressaltar que o Reino de Deus é sempre comparado a um grande banquete e não
a uma solenidade fúnebre (Lc 22:30).
Jesus não instituiu outra refeição, mas, por ocasião da Páscoa, Ele mesmo desejou
cear com seus discípulos num lugar amplo e propício para a celebração (Lc 22:7- 13).
Cristo ordenou aos discípulos que observassem tais ritos “até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês”, referindo-se ao Seu retorno (Mt 26:26-30; Mc 14:22-26;
Lc 22:19-20; 1 Co 11:23-31).
A simbologia da Ceia: “Façam isto em memória de mim” (Lc 22:19). A Ceia do Senhor
é para que o discípulo relembre tudo que Cristo fez na cruz, inclusive a constituição
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TREINAMENTO DE LÍDERES
A Ceia
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de um novo Corpo – organismo vivo –, pão repartido e pão compartilhado. A Ceia é
comemorativa, memorial, simbólica e anunciadora do retorno de Cristo.
O pão é o símbolo do Corpo de Jesus moído pelas nossas transgressões e partido para
que fôssemos um só Corpo.
O pão na Ceia não é o corpo literal de Cristo, nem Cristo está presente no pão, de modo
invisível, mas apenas
simbolicamente.“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o,e o deu
aos seus discípulos, dizendo:
‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’.(Mt 26:26)
O fruto da vide simboliza o sangue de Cristo derramado na cruz, consequentemente
não é o sangue literal de Cristo, nem Cristo está presente no fruto da vide, de modo invisível. Cristo tomou sobre si mesmo todos os pecados da humanidade e pagou o preço
(Ap 1:5).“Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo:
‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue’.” (Mt 26:27-28a)
A palavra testamento significa pacto, contrato ou aliança. Jesus Cristo fez o contrato
com seu Pai que garante a salvação dos discípulos (“em favor de muitos”) através do
Seu precioso sangue. A Ceia Memorial mostra, em forma de simbologia, que a salvação do crente é completa. Jesus Cristo tomou sobre si mesmo nossos pecados e nos
garantiu a justiça pela sua vida perfeita (2 Co 5:21).“Isto é o meu sangue da aliança
que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” (Mt 26:28)
TREINAMENTO DE LÍDERES
A Ceia Memorial deve ser observada “até aquele dia”, pois é a lembrança de que o Salvador terminou sua obra de salvação e “assentou-se à direita de Deus” (Mc 16:19b). A
Ceia é a lembrança da ausência física do Salvador entre Seu povo. Um dia Ele estará
conosco novamente e a comemoração da Ceia dará lugar a um evento literal, em Sua
presença.“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.” (1 Co 11:26
Comer e beber indignamente: A Ceia celebrada pela família de Deus reunida na Sua
presença simboliza o que Cristo fez na cruz por nós, juntando amigos e inimigos num
mesmo Corpo para que todos fôssemos um nEle (Ef 2:12-16). Comer ou beber indignamente significa dividir o que Cristo uniu, não discernindo o Corpo e fingindo unidade,
quando estamos provocando inimizades e separações antes e depois da Ceia. A Igreja
de Corinto vivia esta triste realidade (1 Co 1:10-13; 3:1-9), que se manifestava ainda
mais nos dias de festa, comunhão ágape e celebração da Ceia do Senhor. O contexto
de 1 Coríntios 11, a partir do versículo 17, demonstra como e onde estavam aqueles
irmãos cometendo abuso discriminador (1 Co 11:17-32). Num contexto de celebração e memorial, todos são convidados a participar do banquete, porém apenas aos
discípulos de Jesus que não alimentam mágoas ou espírito de divisão é reservada a
bênção de participar dignamente e com total discernimento do Corpo partido por nós,
para constituir o Corpo Indivisível de todos nós.
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O Batismo
O batismo é uma ‘parábola viva’ da verdade espiritual envolvida na conversão, ele é
uma demonstração externa da decisão que a pessoa já tomou. O batismo não salva,
somente a fé em Jesus faz isto. O batismo identifica o crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo.
O ato do Batismo nas suas
fases:
Identifica o crente com Cristo
na sua:
E representa para a vida do
crente:
ENTRAR
Imersão
ESTAR
Submersão
SAIR
Emersão
Morte
Sepultamento
Ressurreição
A morte
do “velho
homem”
Sepultamento do
corpo e do pecado
Novidade de
vida e promessa
de ressurreição
futura
A Igreja Batista Central recomenda que uma pessoa se batize novamente se ainda não
foi batizada por imersão desde que se tornou crente em Jesus Cristo. Isto não desvaloriza a sua experiência anterior, mas reflete seu compromisso com o modelo bíblico de
batismo por imersão, da mesma forma que Jesus foi batizado, e a coerência com o
ensino e a prática desta comunidade.
TREINAMENTO DE LÍDERES
O batismo é uma ordenança dada à Igreja local, deve ser real¬izado através de uma
Igreja local. A Igreja Batista Central reconhece como membros as pessoas que se batizam aqui ou vêm transferidas de outra igreja local cuja prática seja o batismo pósconversão e por imersão. Este reconhecimento implica que, a partir do batismo, a Igreja
Batista Central e a pessoa batizada assumem os direitos, as responsabilidades e os
privilégios de ser Corpo de Cristo.
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ORIENTAÇÕES PARA O BATISMO NA IBC
Inscrição para o batismo
• As inscrições para o batismo serão feitas nos stands das Redes de Pequenos Grupos
• No stand será verificado se a pessoa já preencheu a ficha geral de cadastro. Se não,
preencherá na mesma hora a ficha.
• Será perguntado se a pessoa: Está em Pequeno Grupo e qual é o seu lider.
• Se vivenciou o CONHECER (Pequeno Grupo, Mentoreamento ou Classe)
1. Acompanhamento do candidato a batismo Se a pessoa está em um Pequeno Grupo
– O coordena¬dor de Rede conversará com a liderança do PG do candi¬dato a batismo, sobre a sua caminhada cristã. O líder do PG (ou alguém designado por ele) será
responsável por vivenciar o CONHECER com o candidado a batismo, especialmente a
lição 8, sobre Batismo. O líder também poderá encaminhar a pessoa para fazer o CONHECER na Classe aos domingos das 16 as 17 horas no Pedras.
2. Se a pessoa não está em um Pequeno Grupo – O coordenador de Rede entrará em
contato com a pessoa, incentivando a participação num Pequeno Grupo, e encaminhando-a para participar do CONHECER.
3. Para pessoas que vem de outras igrejas cristãs – processo de transferência. Marcar
uma entrevista com o Pr Alcimou (Telefone 3444-3600) Se a pessoa foi batizada após
sua conversão e por imer¬são será solicitada uma carta de transferência. Se a pessoa
não foi batizada após sua conversão ou seu batismo não foi por imersão, sugerimos
que ela seja batizada novamente.
TREINAMENTO DE LÍDERES
Se no dia do batismo acontecer da pessoa (sem ter se ins¬crito antecipamente, não ter
participado do CONHECER e nem estar num Pequeno Grupo) decidir de última hora se
batizar, o que fazer? Ela poderá ser batizada se tiver compreensão da sua conversão,
Jesus ser seu Senhor e Salvador. Ela preencherá uma ficha de cadastro geral e será
pro¬curada após seu batismo para ser acompanhada pela Rede de Pequenos Grupos
a qual ela pertence.
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AVALIAÇÃO DA SAÚDE DO GRUPO
Marque como você está em relação a cada uma das seguintes afirmações:
RESPONDA
1
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3
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6
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8
9
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Priorizo participar das reuniões com meu orientador para
viver pequeno grupo e conversar sobre minha liderança?



Nosso grupo tem facilidade em dividir as tarefas do grupo
entre os membros.
Costumamos receber descrentes no nosso PG?
Nosso grupo pequeno já multiplicou uma vez e já tem novos aprendizes de líderes.
Quando há uma campanha, nosso grupo costuma se mobilizar financeiramente para contribuir.
Ajudar, se importar, buscar uns aos outros é característica
forte no nosso PG.
Eventualmente, praticamos Atos de Compaixão.
Em nosso PG, escolhemos alguém do grupo para discipular os novos convertidos mais de perto, enquanto ele se
firma no grupo.
Adotamos os guias de estudo para PG, quando a liderança
direciona um assunto .
Os membros do nosso grupo entendem o valor do serviço e
o praticam num ministério da igreja ou em outras iniciativas.
Os membros do nosso grupo demonstram alegria, no Senhor, independente das circunstâncias da vida.
Já discutimos ações evangelísticas para fazermos como
grupo pequeno.
Discutimos abertamente sobre dízimo e finanças pessoais
no nosso PG.
Quando recebemos um visitante no grupo, todos já sabemos como agir.
Podemos perceber o amadurecimento espiritual de cada
membro do grupo, a medida em que o grupo caminha.
Os membros do nosso PG costumam se relacionar além
das reuniões do grupo
Nosso grupo está incomodado por não receber descrentes
no grupo há muito tempo.
Costumamos servir juntos nas ações de serviço da igreja.
Eu acesso o site da Igreja, faço bom uso dos recursos
disponibilizados.
• Se você respondeu entre 15 a 19 carinhas  - Seu grupo está no caminho certo. Busque crescer
ainda mais nestas áreas e ajude outros líderes que estão chegando a crescer e se desenvolver.
• Se você respondeu entre 10 e 15 carinhas - Você precisa buscar avaliar alguns pontos. Procure
andar mais perto do seu orientador e fique atento nas áreas em que seu grupo precisa se desenvolver.
• Se você respondeu menos de 9 carinhas  - Você precisa considerar fazer alguns ajustes na sua
liderança ou mudar a estratégia com o grupo. Não tenha receios de procurar ajuda e busque apoio no
seu orientador.
Obs.: Esta é uma ferramenta ilustrativa, pra ser usada como parte de uma avaliação que você deve fazer
continuamente diante de Deus, e com a ajuda da liderança da rede a qual você pertence. O alvo é servir
com excelência, pra glória de Deus.
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TREINAMENTO DE LÍDERES
Esta é só uma maneira para você refletir um pouco sobre sua liderança e seu grupo pequeno!
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PARTICIPAÇÃO NO GRUPO TREINAMENTO DE LÍDERES