BIOLOGIA II NÚMERO 9 —VÍRUS— →INTRODUÇÃO a palavra vírus significa veneno, e veneno é aquilo que mata interrompendo um processo biológico; no passado os cientistas não conseguiam ver os vírus, pois as células procariontes são bem menores que as células eucariontes; há um consenso sobre os vírus não serem seres vivos, uma vez que tudo que tem vida tem metabolismo próprio, e os vírus não possuem metabolismo próprio (são parasitas obrigatórios – possuem vida apenas dentro das células). →ESTRUTURA CORPORAL os vírus são morfologicamente muito simples; são acelulares 1. CAPSÍDEO: é uma cápsula proteica que serve como proteção e gera a diversidade morfológica dos vírus; é indispensável; é a sintetização do material genético (baseia-se na informação genética do vírus). 2. MATERIAL GENÉTICO: DNA ou RNA 3. ENVELOPE MEMBRANOSO: (é opcional); envolve o capsídeo; é responsável para ajudar na hora de reconhecer as células e dá ao vírus uma forma diferenciada de invasão. →ESPECIFICIDADE DOS VÍRUS consiste no fato de cada vírus ser específico (cada um entra em uma célula específica); determinante antigênico é um tipo de sinalizador molecular presente no capsídeo ou no envelope do vírus, que vai combinar com um receptor presente na membrana da célula (o vírus se camufla emitindo sinais de algo que é importante para as céluas, enganando a célula); o que determina a especificidade são os sinalizadores e os receptores; os bacteriófagos são vírus exclusivos das bactérias e estão amplamente dispersos no ambiente. →REPRODUÇÃO quando o vírus entra na célula o capsídeo é sempre eliminado; a reprodução do vírus é um ciclo: 1. CICLO LÍTICO (LISE): ao entrar na célula o vírus libera o seu material genético e o antigo material do hospedeiro é destruído; o DNA do vírus é replicado pelas próprias enzimas da célula do hospedeiro; o DNA também é usado para a transcrição do RNA que, posteriormente, vai produzir as proteínas do vírus; através da cópia do DNA e das novas proteínas, novos vírus são formados e estes saem das células através da lise, ou seja, da explosão desta; nesse ciclo as células hospedeiras sempre morrem. Nesse ciclo, o vírus “escraviza” a célula. 2. CICLO LISOGÊNICO: o DNA do hospedeiro não será destruído; o DNA do vírus se une ao DNA da célula hospedeira, formando um prófago, que fica desativado. Durante a reprodução da célula do hospedeiro, o DNA é duplicado junto com o prófago, e este vai se separar do DNA e iniciar o ciclo lítico. Assim, toda vez que o vírus quiser sair da célula ele deve fazer o ciclo lítico. OBS: um vírus vai sempre ou matar a célula ou mudar a função desta; um vírus pode inibir o outro; vários vírus podem se combinar. →RNA apenas os vírus conseguem produzir RNA diretamente, e apenas os vírus possuem RNA como material genético; retrovírus é aquele vírus que possui uma enzima chamada transcriptase reversa que comanda a transcrição reversa, ou seja, do RNA é produzido o DNA (não é transformado). →COMO COMBATER UM VÍRUS o problema da vacina contra os vírus, é que estes têm alta capacidade de mutação; os vírus só podem ser combatidos através de anticorpos (os antibióticos não sevem porque matam quem tem metabolismo); os remédios antivirais servem para tentar eliminar (quando o vírus está dentro da célula o remédio impede a reprodução) ou atrasar (quando o vírus está fora da célula, o remédio não deixa que ele entre) a reprodução do vírus; os antivirais servem para “ganhar tempo” até que a produção dos anticorpos ocorra 1. ANTÍGENOS (Ag): são proteínas estranhas para um determinado corpo que acabam por estimular os linfócitos a produzir os anticorpos (Ac) específicos que neutralizarão esse antígeno; é a única forma de matar um vírus; qualquer doença viral depende do sistema imunológico. →VACINA uma amostra do antígeno enfraquecida é isolada e posteriormente injetada no nosso corpo, o que incentiva a produção de anticorpos específicos; esses anticorpos ficam guardados na nossa memória imunológica, de forma que se entrarmos em contato novamente com o antígeno, a produção de anticorpos será mais eficaz; a vacina é considerada o método de proteção mais sustentável pois, após a vacinação de algumas gerações, o vírus tende a desaparecer; a vacina é um método preventivo. →SORO é produzido quando tiramos do plasma sanguíneo uma determinada proteína (anticorpo específico daquele ser), e injetamos tal proteína em outro ser; essa proteína vai ser considerada um antígeno e o corpo vai produzir anticorpos contra ela; o soro é uma medida emergencial e curativa