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Alternativo - [email protected]
“As pessoas me
reconhecem até de
barba e de óculos
escuros É um presente
bacana, eu gosto
desse carinho, é
especial. As pessoas
que vêm falar comigo
trazem muita emoção”
Vinícius de Oliveira, ator, sobre ser
reconhecido pelo personagem
Josué, no filme Central do Brasil
Hoje é dia de...
O Estado do Maranhão - São Luís, 10 de agosto de 2014 - domingo
Previsão
Antecipado
A Universal Pictures confirmou quinta-feira
(7) que o filme Velozes e Furiosos 7 chegará
aos cinemas do Brasil em 2 de abril de 2015,
véspera do lançamento nos Estados Unidos e
no Reino Unido.O filme é o último do ator
Paul Walker, que morreu em um acidente de
carro em Los Angeles em novembro de 2013.
Devido à morte do ator, as filmagens tiveram
de ser interrompidas. Em abril deste ano, no
entanto, a produção foi retomada graças aos
irmãos do astro, Caleb e Coby Walker, que
gravaram as últimas cenas do personagem
Brian O'Conner.
Uma boa notícia para os
fãs do Batman, Superman,
Mulher-Maravilha e dos
outros super-heróis
deBatman v. Superman:
Dawn of Justice: o filme
teve a data de lançamento
adiantada em mais de um
mês. O longa, que chegaria
aos cinemas em 6 de maio
de 2016, agora estreará nas telonas no dia 25 de março do
mesmo ano. A informação, divulgada pelo The Wrap, também
dá conta de que a mudança ocorreu por uma vontade da
Warner Bros. de evitar uma “competição” nas bilheterias com a
Marvel, uma vez que o terceiro filme do Capitão América
estrearia na mesma semana que Batman v. Superman.
Um pio de coruja dentro da noite
Ivan Sarney
A
inda há pouco, piou dentro da noite uma
coruja. Não pude vê-la, imersa na noite
escura, na densa e suave noite que desce
sobre a Rua dos Sabiás, e vai envolvendo o Renascença inteiro, para só depois apascentar a cidade, deitando-se pela Ponte do São Francisco, rumo aos sobrados e as ladeiras da Praia Grande.
Não pude vê-la, iluminado pela luz fria do espaço em que me encontro, na paz de minha família e meu lar. Eu, do lado de dentro do apartamento, fora da noite escura, que o vidro denuncia pela luz dos postes, dispersos sobre os telhados e as ladeiras. Não pude vê-la. Apenas a ouvi.
Ela, a coruja, do lado de fora, dentro da noite escura, na penumbra que a luz projeta sobre as calçadas, pelos olhos acesos dos postes, sobre os corpos das pessoas que teimam em caminhar a essa hora da noite.
Mas ouvi seu piado, às 23h35min horas, de
quinta-feira, deste janeiro que chega, trazendo as
primeiras chuvas da estação, e as lembranças intermináveis das travessuras da infância, com tudo o que isso significou, como experiências essenciais e definitivas de vida.
Em minha infância, quando a coruja piava- urdindo seu lamento, seu voo de pássaro noturno,
de ave de mau presságio, sobre os telhados de todos nós - os mais velhos interpretavam como sinal de agouro. E corriam a se benzer, a rezar, pedindo a Deus que afastasse aquele infortúnio. Era
um sinal sinistro, na crença cultural que tinham,
e nisso envolviam nossos sentimentos também.
Meu avô materno, meu pai, minha mãe, minha tia, que tanto nos ajudaram a ser temente a Deus, nos ensinavam que era sinal de
agouro e que alguém morreria ou teria morrido, nas redondezas.
Era um piado terrível, cortante como um fio
de navalha. Para nós, com o ensinamento deles,
era a "rasga-mortalha" que piava, anunciando a
má sorte de alguém. Em verdade, nunca soube
de morte alguma ligada a esse presságio sombrio.
Onde estão meus ascendentes, agora? Estão
todos encantados definitivamente, na noite profunda da eternidade. Estão no limiar das lembranças, onde podem ser imprecados; onde podem ser ouvidos; donde podem guiar e proteger
nossos passos, conduzindo-nos no caminho do
está trabalhando pela reconstrução social do homem. É a corrente da qual fazem parte poetas, filósofos,romancistas; aqueles que são os formuladores do mundo contemporâneo e do futuro.
Somos milhões e seremos mais, cada vez mais,
trabalhando em prol da humanidade.
Há uma febre de mudança social, em todos os
segmentos de nossa sociedade. De repente, o coro dos que pediam mudanças foi ouvido e os homens de boa fé deram-se as mãos, para a formação dessa grande ciranda que está produzindo
Meu avô materno, meu pai, minha
mãe, minha tia, que tanto nos ajudaram a ser
temente a Deus, nos ensinavam que
era sinal de agouro e que alguém morreria ou
teria morrido, nas redondezas
bem. Estão em torno de nós, sob a face imutável das lembranças.
O que pode uma coruja, dentro da noite? O que
pode uma noite, dentro da alma de um homem,
cujo sentimento maior é o de amar?
Estou em paz comigo, com meus amigos, com
minha família, com todos os meus semelhantes.
Estou, simplesmente, coberto de paz, e tenho que
repartir com as pessoas que me circundam um
pouco dessa paz e dessa alegria.
Estou a serviço da paz, do futuro, dos jovens,
da família, dos idosos, dos recém-nascidos. Integro uma corrente do pensamento, mundial, que
mudanças, em nosso país.
Teremos eleições este ano. Nada foi tão inovador, quanto o voto eletrônico. Nada foi tão democrático, porque permitiu que a expressão da vontade popular fosse de fato espelhada.
Como é bom ver a ordem, a tranquilidade, a
paz, reinando entre mesários e fiscais, no dia da
eleição; a face de mudança que os jovens mesários estampam, do alto de sua autoridade e juventude, cumprindo uma elevadíssima responsabilidade, no processo eleitoral.
O país emerge de suas contradições, para exibi-las uma vez mais. Mas ostenta a força inigua-
lável da democracia participativa, com os cidadãos nas ruas, nas urnas, no dia da eleição, decidindo o futuro de seu país, de seu estado, de
seu município.
Deste lado da noite, como é bom saber que
tantas pessoas acreditaram em mim, confiando-me o seu voto, um dia.O que deve ser o voto
senão a síntese de um conjunto de esperanças e
sonhos, que alimentam a construção de nosso
amanhã, a melhoria de nossa qualidade de vida.
Deste lado da noite, sou um homem feliz com
sua própria face e com seus passos de cidadãos.
Sou um homem a sonhar com o futuro, alongando seus olhos por sobre os horizontes, na esperança de ver drapejar no tempo, a bandeira desfraldada da esperança.
Sou um homem que não teme o pio da rasga-mortalha, ainda que as lições de meu avô, de
minha mãe estejam vivas dentro de mim. É que
o tempo, ele próprio desvendou os mistérios da
infância; apontou os rumos a seguir, pondo-nos
a serviço do interesse comum, coletivo por sua
mais íntima natureza.
Com a responsabilidade aumentada sobre
meus ombros, o que me envolve agora não é o
pio da coruja, dentro da noite. Mas sim, o clamor popular; os anseios dos que confiaram em
mim; dos que avaliaram o meu trabalho e me
deram aprovação. O pio da rasga-mortalha então, dentro da noite escura, é um canto de esperança dentro da noite clara, nítida e construtiva
que canta em mim, neste instante, como se fosse uma primavera de perfumes e cores, dentro
das águas frias do inverno caprichoso. Amar a
cidade é crer na democracia e exercitá-la através
do voto. É preciso amar a cidade.
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