SÃO PAULO – O fantasma da inflação está de volta e obriga os brasileiros a adequarem o salário aos gastos com as compras nos supermercados.
Com a diminuição do poder aquisitivo, o consumidor tem três opções para contornar os aumentos: comprar menos, substituir produtos ou ainda
procurar por ofertas e preços menores.
Nesse cenário, os artigos de marca própria têm se tornado uma ótima alternativa, já que podem custar até 20% menos que as marcas líderes e
apresentam a mesma qualidade. “Eles oferecem uma oportunidade de economia, por não trazerem embutido no preço altos gastos com mídia ou
marketing, e têm por trás o aval de qualidade de uma bandeira de supermercado", afirma Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira
de Marcas Próprias e Terceirização - Abmapro.
Ao trocar uma cesta básica de produtos de marcas tradicionais por uma composta apenas por itens de marca própria, o consumidor levará para
casa a mesma qualidade, sem deixar nenhuma mercadoria fora do carrinho. É a chamada “lei do preço comparado", ou seja, o aumento dos
preços dos insumos atinge toda a cadeia, mas a relação de diferença no valor entre os de marca própria e os de marcas líderes se mantém,
apresentando-se como uma excelente opção de compra. “Em decorrência do aumento do volume das vendas de marca própria nos últimos anos,
os fornecedores conseguiram adquirir uma capacidade de negociação que permite repassar os custos de uma forma menos agressiva", explica a
presidente da Abmapro.
De fato, pesquisas recentes comprovam que a marca própria ocupa cada vez mais espaço no mercado do País e, muito tempo antes da alta dos
índices de inflação, eles já eram uma alternativa aprovada pelo brasileiro. Apenas em 2007, de acordo estudo da Abras, realizado em parceria
com a Nielsen, as marcas próprias aumentaram a participação nas vendas dos supermercados em 27,3%.
Para este ano, a Abmapro estima que o setor deva crescer 20%, no mínimo (leia mais no portal da Abmapro). “Marca própria já é uma realidade
há muito tempo no exterior e, no Brasil, vem conquistando cada vez mais participação nas vendas de todo o varejo", diz Neide. De acordo com
pesquisa divulgada há pouco pela entidade norte-americana Private Label Manufacturers Association (PLMA), os países europeus que registram
maior participação no faturamento, em volume, são Suíça (54%), Reino Unido (43%), Bélgica (42%) e Alemanha (40%).
Marca Própria no Brasil e no mundo
De acordo com o 13º Estudo Nielsen de Marca Própria, divulgado em setembro de 2007, o Wal-Mart era a rede com maior número de itens
(12.726), o Grupo Pão de Açúcar vinha em seguida (7.704) e o Carrefour ocupava a terceira posição, com 5.779 artigos.
De acordo com estudo da Abras, em parceria com a Nielsen, divulgado em abril de 2008, as marcas próprias ampliaram em 27,3% a participação
nas vendas do setor supermercadista, alcançando 7% do total do faturamento registrado em 2007.
Pesquisa da Private Label Manufacturers Association (PLMA) mostra a participação nas vendas, em volume, das marcas próprias no varejo
europeu em 2007. Abaixo, a relação dos principais:
Suíça: 54%
Reino Unido: 43%
Bélgica: 42%
Alemanha: 40%
Espanha: 34%
Eslováquia: 33%
França: 32%
Portugal: 31%
http://www.panoramabrasil.com.br/Noticia.aspx?idNot=242676
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Marca própria é alternativa à alta dos alimentos