MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL
E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA
Natal/RN
2012
CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL
E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
Tese apresentada ao Programa de
Pós-Graduação
em
Ciências
da
Saúde da Universidade Federal do
Rio
Grande
do
Norte,
como
requesito para a obtenção do título
de Doutor em Ciências da Saúde.
Orientadora: Profa. Dra. Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild
Natal/RN
2012
ii
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde:
Prof.ª Dr.ª Ivonete Batista de Araújo
iii
CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA
ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL
E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
Aprovada em 02 de Julho de 2012
Banca examinadora:
Presidente da Banca:
Profa. Dra. Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild
Membros da Banca:
Prof.ª Dr.ª Maria Ângela Fernandes Ferreira
Prof.ª Dr.ª Maria Helena Constantino Spyrides
Prof. Dr. Pedro Israel Cabral de Lira
Prof.ª Dr.ª Sylvia do Carmo Castro Franceschini
iv
DEDICATÓRIA
Um trabalho desta natureza é feito com muitas mãos e renúncias... Mãos que
acolhem, renúncias pelas ausências e momentos de introspecção, de
inspiração... Por isso dedico este trabalho a...
Deus, que sabe todas as coisas, e determina o momento certo para cada
aprendizado... por me ensinar a ter paciência e a saber esperar as conquistas
em minha vida;
minha Mãe Cleide Miriam (in memorian) por ter sempre acreditado em mim e
ter me ensinado a mais valorosa lição: a evolução do ser humano só se dá por
intermédio da educação;
meu marido Alberto Sérgio pelo seu apoio incondicional aos meus afazeres
acadêmicos, me incentivando sempre e ao seu amor e carinho nos momentos
em que mais necessitei;
meus filhos Débora Hellen e Matheus, pelos momentos de compreensão em
aceitar as minhas ausências e, também pelo apoio, carinho e ânimo permitindo
que eu tivesse mais essa conquista;
meu irmão Tarcísio, minha cunhada Patrícia e minhas sobrinhas Camila e
Renata pelo refúgio nas conversas e constante torcida para que eu concluísse
essa tese.
meu sogro Sérgio pelos primeiros passos ainda na graduação e minha sogra
Paizinha pelo exemplo de mulher, mãe e professora incentivando sempre o
aprender a ser.
v
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Lucia Pedrosa por todo o seu apoio para o
amadurecimento dos meus conhecimentos, por me incentivar sempre e ser
exemplo de dedicação ao trabalho, à pesquisa, à ciência, com amor
incondicional e de forma idônea e transparente. Muito Obrigada.
Aos Professores Maria Ângela Fernandes Ferreira, Ângelo Giuseppe Roncalli
da Costa Oliveira e em especial, Kenio Costa Lima, pela contribuição nos
rumos deste trabalho, pelo estímulo acadêmico e pela valorização que
atribuem ao processo pedagógico. Pela amizade que se construiu para além
dos espaços da universidade.
Ao Professor Paulo Roberto pela contribuição nas discussões teóricas no
âmbito da estatística que subsidiou novas reflexões e os primeiros passos para
a elaboração desta tese.
As minhas amigas Severina Carla e Karine Sena pelo incentivo, força,
amizade, carinho que partilhamos durante nosso caminhar... na coleta de
dados, nas discussões teóricas, nas conversas de corredor, nas viagens, nos
pôsteres, nas "reuniões", nas caminhadas, nos happy hours, ao telefone...
À equipe do projeto “Fatores de risco para as doenças cardiovasculares”,
Ricardo Arrais, Severina Carla, Liana e Carlos Pinheiro, Célia Márcia, Jean
Behling, e a todas orientandas e alunas que participaram deste projeto pelo
compromisso, ética e dedicação em sua execução: Aline Tuane, Ana Lúcia,
Fernanda Cristina, Gleyce Kelly, Ingrid Freitas, Isa Maryana, Isa Maryanna,
Jayana Nayara, Joyce Mirella, Kamila Protásio, Kezianne Roseno, Lidiane
Fernandes, Luana Persilia, Marcela Marques, Natalia Louise, Sabrina Loisy,
Suzylane Annuska, Tatiana Aires.
Às minhas amigas e companheiras da Nutrição Social, Ana Emília, Karla
Danielly, Larissa Praça e Nila Patrícia pela compreensão, pelas ausências,
vi
carinho, torcida, apoio sempre incondicionais... Muito obrigada pela amizade
sincera.
Às demais Colegas do Departamento de Nutrição – UFRN, em especial Nely e
Ângela Cardonha, por permitirem o meu afastamento para execução do
projeto, compreendendo a árdua tarefa desta caminhada.
A Secretaria Municipal de Educação pela permissão e colaboração para que a
pesquisa fosse realizada.
Aos pais, alunos, professores, coordenadores, supervisores e diretores das
escolas que possibilitaram a realização desse estudo.
E considerando que esta tese foi o resultado de uma caminhada que se iniciou
em 2006, agradecer não é uma tarefa tão simples, nem justa. Por isso, para
não correr o risco de ser injusta, agradeço a todos que de alguma forma
colaboraram para a elaboração deste trabalho, passaram pela minha vida e
contribuíram para a construção de quem sou hoje.
vii
“Todo degrau é uma montanha,
cada montanha é um degrau.
Enfrente com todas as forças cada degrau
como se fosse uma montanha,
mas tenha a humildade de saber a cada topo,
que é só mais um degrau.
Assim chegarás longe.
Esta é a beleza da vida sobre os homens,
a capacidade de mesmo caindo poder ser melhor a cada instante”.
ZENILDO CÉSAR COSTA FERREIRA
Poeta Potiguar
viii
RESUMO
Os objetivos deste trabalho foram: (1) estimar as prevalências de excesso de
peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada (PAE)
em adolescentes beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) da rede municipal de ensino de Natal-RN; (2) verificar a associação
entre variáveis antropométricas e de composição corporal com a pressão
arterial, a maturação sexual e a história familiar positiva de fatores de risco
para doença cardiovascular (FRDCV); (3) comparar dois padrões de referência
para classificação do excesso de peso em adolescentes; e (4) propor equações
preditivas de massa gorda (MG) e massa livre de gordura (MLG) baseadas nos
perímetros
corporais.
Trata-se
de
um
estudo
transversal,
com
526
adolescentes beneficiários do PNAE, em Natal, Brasil. O tamanho da
população de estudo foi definido por amostragem aleatória, em dois estágios, e
ponderada segundo número de alunos de cada escola. No primeiro estudo, o
excesso de peso foi determinado por Índice de Massa Corporal (IMC), a
gordura corporal estimada por dobras cutâneas e a obesidade central por
perímetro abdominal. A pressão arterial elevada foi classificada conforme a
American Academy of Pediatrics. As prevalências foram apresentadas em
valores relativos e efeito do desenho. Realizou-se uma análise fatorial para
sintetizar o conjunto de variáveis antropométricas visando identificar fatores
comuns. Extraíram-se dois fatores: (1) padrão excesso de adiposidade e (2)
padrão adiposidade central elevada. Para avaliar a associação entre os
padrões de adiposidade corporal com pressão arterial elevada, faixa etária,
maturação sexual e história familiar de FRDCV utilizou-se a Razão de Chances
e respectivo intervalo de confiança de 95% e regressão logística. No segundo
estudo, calculou-se a sensibilidade e a especificidade do excesso de peso
classificado segundo o IOTF e a World Health Organization – WHO em relação
ao excesso de adiposidade corporal; e a estatística Kappa para medir a
concordância entre os dois padrões de referência. No terceiro estudo, foram
elaborados modelos preditivos de MG e MLG com base em nove perímetros
corporais, utilizando a bioimpedância Byodinamics 450 como padrão de
referência. Para tanto foram selecionados 218 adolescentes eutróficos,
segundo o IMC a partir do estudo transversal. As equações foram estimadas
ix
por regressão linear múltipla, considerando a idade e os perímetros corporais.
Os resultados apontaram que 14,1% dos meninos e 15,7% das meninas tinham
excesso de peso; 15,3% dos meninos e 11,6% das meninas tinham excesso de
gordura corporal e dentre os meninos 14,3% tinham pressão arterial elevada e
as meninas, 21,4%. Todos os efeitos do desenho foram inferiores a 2,5%. Nos
meninos, o padrão excesso de adiposidade foi associado à história familiar
positiva de FRDCV (ORajust=2,60; 1,09-6,22), maturação sexual (ORajust=2,92;
1,04-8,22) e PAE (ORajust=3,66; 1,34-9,94). Os meninos com 12 anos e mais
apresentaram 6,1 vezes mais chance de apresentar padrão adiposidade central
elevada do que os adolescentes com 10 a 11 anos (IC95% 2,32-16,04), assim
como os púberes apresentaram 3,2 vezes este mesmo padrão em relação aos
pré-púberes (IC95%1,14-8,85). A partir da comparação entre os dois padrões
de referencia de classificação do excesso de peso por meio do IMC, observouse que a sensibilidade foi de 79,3% para o critério IOTF e de 88,9% para WHO
e a especificidade foi de 94,7% e 89,9%, respectivamente. O nível de
concordância foi maior para o critério IOTF (Kappa=0,70 x Kappa=0,64). Em
relação à construção das equações preditivas de gordura corporal, do total de
106 meninos e 112 meninas, foram desenvolvidas duas equações para estimar
MG e duas para MLG, considerando o sexo. No sexo masculino, a equação
para estimar a MG incluiu as variáveis idade, punho, quadril e perímetro
abdominal (R2=0,552; AIC=416,04) e MLG, idade, punho e antebraço
(R2=0,869; AIC=578,24). Enquanto que no feminino, MG foi estimada pelas
variáveis punho, perímetro do abdômen, do quadril, da coxa proximal e da
panturrilha (R2=0,838; AIC=415,36); e a MLG por idade, punho, perímetro do
abdômen, do quadril e da panturrilha (R2=0,878; AIC=512,48). Conclui-se que
os adolescentes tinham elevada prevalência de excesso de adiposidade
corporal e de pressão arterial elevada. Tanto o padrão excesso de adiposidade
quanto adiposidade central elevada constituem-se em padrões de risco. O
padrão excesso de adiposidade foi associado à pressão arterial, história
familiar positiva de FRDCV e maturação sexual em meninos. O critério IOTF
mostrou-se menos sensível, mais específico, com maior nível de concordância
e maior probabilidade de identificar corretamente o excesso de gordura
corporal nos adolescentes avaliados. Quatro equações foram desenvolvidas
para a estimativa da MG e MLG em adolescentes. As equações desenvolvidas
x
para estimar a MG no sexo feminino e MLG para ambos os sexos
apresentaram valores elevados de coeficiente de determinação ajustados e,
portanto, são as preferenciais. Este estudo foi realizado com a participação de
equipe multidisciplinar composta por professores da área de Nutrição,
Endocrinologia Pediátrica, Estatística, Educação Física, discentes do Curso de
Graduação em Nutrição e residentes em Pediatria.
Palavras chaves: antropometria, composição corporal, gordura corporal,
pressão arterial, adolescência.
xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
%GC
Percentual de gordura corporal
DCV
Doença Cardiovascular
FFB
Fat-free body mass
FFBBIA
Fat-free body mass measured by bioimpedance analysis
FFBPred
Fat-free body mass estimated by body circumferences
FM
Fat mass
FMBIA
Fat mass measured by bioimpedance analysis
FMPred
Fat mass estimated by body circumferences
FRDCV
Fator(es) de risco para doenças cardiovasculares
IMG
Índice de Massa Gorda
IMM
Índice de Massa Magra
IOTF
International Obesity Task Force
MG
Massa gorda
MGBIA
Massa gorda estimada por bioimpedância
MGPred
Massa gorda estimada pelas novas equações de predição
MLG
Massa livre de gordura
MLGBIA
Massa livre de gordura estimada por bioimpedância
MLGPred
Massa livre de gordura estimada pelas novas equações de predição
MM
Massa magra
NCHS
National Center for Health Statistics
PA
Perímetro abdominal
PAE
Pressão Arterial Elevada
PC
Perímetro da cintura
PNAE
Programa Nacional de Alimentação Escolar
RCA
Razão cintura/altura
RTC/TPGS
Razão Topografia Central/ Topografia Periférica da Gordura Subcutânea
TCGS
Topografia Central da Gordura Subcutânea
TPGS
Topografia Periférica da Gordura Subcutânea
xii
LISTA DE FIGURAS
Quadro 1 - Escolas e número de matrículas no Ensino Fundamental – 6º ao 9º
Ciclos, segundo a localização em zonas distritais. Natal/RN, 2006 ..................... 61
Figura 1 – Operacionalização da coleta de dados. Adaptado do projeto Fatores
de Risco para Doenças Cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do
PNAE. Natal/RN, 2006 ......................................................................................... 64
Quadro 2 – Reprodutibilidade das medidas antropométricas aferidas em
adolescentes de escolas municipais de ensino fundamental. Natal/RN, 20072008 ..................................................................................................................... 65
xiii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Características biológicas (%)* de adolescentes beneficiários de um
Programa Alimentar, conforme o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 .......................... 52
Tabela 2 – Prevalência (%)* de excesso de adiposidade corporal e pressão
arterial elevada em adolescentes beneficiários de um Programa Alimentar de
acordo com o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 ........................................................ 53
Tabela 3 – Valores das cargas fatoriais dos padrões de distribuição da gordura
e de composição corporal incluídos no modelo, conforme cada componente
produzido na análise fatorial†. Natal-Brasil, 2007/2008 ....................................... 55
Tabela 4 – Associação entre variáveis biodemográficas e de pressão arterial de
acordo com o padrão excesso de adiposidade dos adolescentes, segundo o
sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 .............................................................................. 56
Tabela 5 – Associação entre variáveis biodemográficas e de pressão arterial de
acordo com o padrão adiposidade central elevada (sim/não) dos adolescentes,
segundo o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 ............................................................. 57
Tabela 6 – Prevalência de excesso de gordura corporal e excesso de peso
adolescentes da rede municipal de ensino, segundo dois critérios de
classificação e sexo. Natal-RN, 2007-2008 .......................................................... 59
Tabela 7 - Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo das
propostas de classificação de excesso de peso em adolescentes segundo o
sexo. Natal, RN, 2007-2008 ................................................................................. 60
xiv
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................. ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................................ xii
LISTA DE FIGURAS............................................................................................. xiii
LISTA DE TABELAS ............................................................................................ xiv
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 19
3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 21
4 MÉTODOS ........................................................................................................ 22
5 ARTIGO PRODUZIDO ...................................................................................... 31
6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES .................................................. 38
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43
APÊNDICES ......................................................................................................... 50
APÊNDICE 1 – Resultados a serem publicados do artigo Padrão de
adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes beneficiários de
um Programa Alimentar ..................................................................................... 51
APÊNDICE 2 – Resultados a serem publicados do artigo Critérios de
classificação do excesso de peso em adolescentes: qual a melhor escolha? ... 58
APÊNDICE 3 – Listagem das escolas................................................................ 61
APÊNDICE 4 – Operacionalização da coleta de dados ..................................... 64
APÊNDICE 5 – Reprodutibilidade das medidas antropométricas ...................... 65
APÊNDICE 6 – Participação em cursos e eventos ............................................ 66
APÊNDICE 7 – Participação em projetos de pesquisa ...................................... 71
ANEXOS .............................................................................................................. 73
ANEXO 1 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa ...................................... 74
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados ............................ 76
ANEXO 3 – Publicação como autora do artigo: Risco coronariano em
adolescentes estimado pelo índice de Conicidade............................................. 81
ANEXO 4 – Submissão como autora de artigo: Concordância entre métodos
de composição corporal em adolescentes com excesso de peso ...................... 82
ANEXO 5 – Publicação como autora do artigo: Association between
dyslipidemia and anthropometric indicators in adolescents ................................ 83
xv
16
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento dos indicadores de estado nutricional, como o
Índice de Massa Corporal (IMC), a obesidade central e a proporção de gordura
corporal são importantes tanto na prevenção das doenças cardiovasculares
(DCV), quanto no monitoramento de doenças e/ou agravos associados, como
por exemplo, a elevação da pressão arterial.
No Brasil, estudos indicam crescente prevalência de sobrepeso e
obesidade1-3, obesidade central 4-5, além de outros fatores de risco para
doenças
cardiovasculares,
como
a
pressão
arterial
elevada
já
na
6-7
adolescência .
A pressão arterial elevada (PAE) durante a infância e adolescência
pode ser preditora da hipertensão arterial sistêmica do adulto8, e está
relacionada a efeitos deletérios na hemodinâmica e estrutura cardiovascular,
mesmo com pequenas alterações na pressão sanguínea 9. A prevalência de
PAE é estimada em 5% a 17,3% da população pediátrica brasileira
7, 10-12
.
As doenças cardiovasculares representam a primeira causa de
morte no Brasil13. As principais razões para este fato estão relacionadas ao
estilo de vida inadequado e a presença de fatores de risco. Os cinco principais
fatores de risco para a mortalidade no Brasil e no mundo são hipertensão
arterial, tabagismo, hiperglicemia, sedentarismo e sobrepeso, obesidade. Estes
riscos são responsáveis também por aumentar a prevalência de doenças
crônicas, tais como doenças cardíacas e câncer, em todos os níveis de renda:
alta, média e baixa14. Vale salientar que o sobrepeso e a obesidade estão
associados a 44% dos óbitos por diabetes, 23% por doença isquêmica do
coração e até 41% de certos tipos de câncer14.
A prevenção das doenças cardiovasculares e de seus fatores de
risco durante a infância e adolescência é importante como forma de evitar os
desfechos desfavoráveis na idade adulta15-16, os quais dependem da idade de
início e do grau de sobrepeso na adolescência17.
O diagnóstico do estado nutricional antropométrico em adolescentes
é comumente realizado pelo IMC e o critério de classificação do estado
nutricional pode influenciar nas estimativas de prevalência de excesso de peso.
Para definição do excesso de peso um dos critérios utilizados é o da
17
International Obesity Task Force (IOTF)18, oriundo de um estudo multicêntrico
envolvendo seis países, inclusive o Brasil. Em 2006, a World Health
Organization (WHO)19 realizou uma revisão estatística dos dados do National
Center for Health Statistics (NCHS), cuja população de referência e pontos de
corte foram preconizados recentemente pelo Ministério da Saúde do Brasil. No
entanto, ressalta-se que ainda não há consenso na literatura quanto a
determinação do excesso de peso referente a estes dois critérios em
adolescentes.
Os perímetros corporais são apropriados para identificar a
distribuição da gordura corporal e, portanto complementam a informação
fornecida pelo IMC. Os perímetros abdominais são indicadores de obesidade
central quando se apresentam aumentados e são associados ao risco
cardiovascular. A obesidade central tem relação com a etiopatogenia da
hipertensão arterial devido às características metabólicas dos adipócitos
localizados nesta região20 e à hiperinsulinemia decorrente da resistência à
insulina6,
dislipidemias,
aterosclerose
fibrinólise
e
aceleração
da
progressão
da
9, 21-22
.
Apesar da ampla utilização do IMC como estimativa da gordura
corporal entre adolescentes, este indicador não faz distinção entre os principais
componentes corpóreos, a massa livre de gordura (MLG) e a massa gorda
(MG)23. Durante a adolescência existem alterações destes componentes em
decorrência do estadiamento puberal, o que torna importante esta avaliação
para caracterizar se essas modificações ocorrem de forma fisiológica ou não24.
Neste sentido, conhecer a composição corporal e a maturação sexual entre
adolescentes torna-se essencial para compreensão do estado nutricional nesta
população.
A
composição
corporal
é
a
proporção
entre
os diferentes
componentes corporais e a massa corporal total, normalmente expressa pelas
porcentagens de MG e de MLG, sendo estimadas a partir de equações
específicas de predição25. Existem diversas equações de predição da
composição corporal com base em medidas de dobras cutâneas
26-27
,
bioimpedância elétrica (BIA)28 e outros equipamentos de maior sofisticação29.
Tanto as medidas de dobras cutâneas quanto de BIA têm sido utilizadas na
determinação da gordura corporal por ser de baixo custo operacional e de
18
relativa simplicidade em relação a outros métodos de avaliação 30. A BIA pode
ser considerada uma opção para análise da composição corporal em indivíduos
saudáveis, em balanço hidroeletrolítico e IMC adequado para a idade23. No
entanto, percebe-se a escassez de equações que tomam como referência
técnicas simplificadas de avaliação da composição corporal, como as medidas
de perímetros corporais em adolescentes31.
Para a seleção das equações de estimativa da composição corporal
é necessário levar em consideração alguns aspectos, como a semelhança da
população, principalmente em relação à faixa etária e sexo, além da etnia e
padrão corporal 26,
32
; e o tipo de equipamento utilizado (adipômetro, BIA,
plestimógrafo, dentre outros)27-29.
Estudos com adolescentes referentes às condições de saúde e
nutrição, em sua maioria, são realizados no âmbito escolar 3, 33-34. No entanto,
são poucos os que analisam a magnitude dos distúrbios nutricionais
antropométricos e de pressão arterial elevada em amostra representativa de
escolares da rede pública de uma capital do nordeste do Brasil reunidos em
apenas uma análise6,11. Principalmente quando se refere a beneficiários do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um dos mais antigos
programas de complementação alimentar do Brasil.
Com base nestes aspectos, este estudo foi elaborado na perspectiva
de analisar as seguintes questões: (1) quais as prevalências de excesso de
peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada em
adolescentes escolares beneficiários do PNAE? (2) qual a associação entre
estado nutricional antropométrico e composição corporal, considerando a
pressão arterial elevada, a maturação sexual e a história familiar positiva de
FRDCV dos adolescentes? (3) existe comparabilidade entre os dois padrões de
referência mais comumente utilizados para definição do excesso de peso em
adolescentes? (4) quais as equações de predição da MG e da MLG baseadas
em perímetros corporais são possíveis serem desenvolvidas para subsidiar a
avaliação da composição corporal em adolescentes?
19
2 JUSTIFICATIVA
A identificação precoce de excesso de peso e de gordura corporal,
obesidade central e pressão arterial elevada nos adolescentes é relevante para
subsidiar as intervenções de prevenção, promoção e atenção à saúde nesta
fase da vida, por se tratar de um conjunto de fatores de risco que predispõe a
ocorrência de doenças cardiovasculares na vida adulta.
Existem diversos estudos populacionais que avaliam o estado
nutricional antropométrico1-4,
35
, mas são escassos aqueles que avaliam a
composição corporal no Brasil36, restringindo-se a estudos para verificar a
associação da composição corporal com fatores de risco para DCV ou outros
componentes corporais e hormônios37-40. Isto contrasta com a crescente
importância que esta avaliação possui, tanto no campo da prevenção de
doenças cardiovasculares, quanto no monitoramento de outras doenças de
base nutricional. Em Natal-RN, a prevalência de excesso de peso em
adolescentes tem sido verificada em inquéritos antropométricos representativos
da rede de ensino3,35. No entanto, estes estudos avaliaram apenas o IMC como
variável de adiposidade, com diferentes parâmetros de classificação para o
estado nutricional antropométrico. Nosso estudo aborda, além do IMC, a
avaliação da composição corporal e do perímetro abdominal, o que representa
uma ampla análise das condições de nutrição de escolares no início de sua
adolescência. Ressalta-se que o IMC não faz distinção entre MG e MLG.
Portanto, conhecer a composição corporal dos adolescentes escolares torna-se
essencial para compreensão do estado nutricional desta população.
Esse interesse em conhecer a composição corporal, bem como a
distribuição da gordura é devido à associação do excesso de gordura com o
aumento do risco de desenvolvimento de doenças coronarianas, hipertensão
arterial, diabetes mellitus tipo 2, entre outras14. Salienta-se que essa avaliação
durante a puberdade é um marcador de alterações metabólicas 41. Neste
sentido, essa avaliação é importante não só para a análise do estado
nutricional atual, mas também por se constituir em fatores biológicos
relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta.
A avaliação da composição corporal pode ser pouco utilizada em
decorrência dos métodos, que em sua maioria utilizam equipamentos
20
sofisticados, ou com muitos critérios restritivos no protocolo de procedimentos
para o exame, ou erros associados à aferição de medidas de dobras cutâneas.
Neste contexto, o desenvolvimento de equações que tomam como referência
técnicas simplificadas, como as medidas de perímetros corporais pode se
constituir em importante ferramenta para esse monitoramento.
Na saúde de adolescentes, outro ponto que se destaca é a pressão
arterial elevada, que está associada a alterações metabólicas, hormonais e a
fenômenos tróficos, como a hipertrofia cardíaca e vascular 8-9 e se constitui em
um dos principais fatores de risco para as DCV. São poucos os estudos que
analisam a magnitude dos distúrbios nutricionais antropométricos e de pressão
arterial elevada em amostra representativa de escolares da rede pública no
Brasil11-12.
Ressalta-se que a população alvo escolhida foi composta por
adolescentes matriculados nas escolas de ensino públicas municipais,
atendidas pelo PNAE, um dos programas institucionais de alimentação mais
antigos e consolidados no Brasil. Seu objetivo precípuo é assegurar que sejam
supridas parcialmente as necessidades nutricionais de crianças e adolescentes
das creches e escolas públicas, buscando assegurar melhores condições de
crescimento, e contribuir para a redução dos índices de evasão escolar e para
a formação de bons hábitos alimentares42. Assim, o PNAE está em
consonância com a Política Nacional de Alimentar e Nutricional (PNAN) que,
entre outros propósitos, visa à promoção de práticas alimentares adequadas e
saudáveis, à prevenção e ao cuidado integral dos agravos relacionados à
alimentação e nutrição.
Neste contexto, estudo desta natureza pode fornecer importantes
subsídios
para
conhecer
a
prevalência
dos
distúrbios
nutricionais
antropométricos, de excesso de gordura corporal e da pressão arterial elevada
de escolares da rede pública de ensino. Pode também levar a importantes
esclarecimentos sobre o estado de saúde e nutrição dos alunos atendidos por
este programa. Além disso, o desenvolvimento de métodos simplificados e
viáveis para avaliação da composição corporal em adolescentes que participem
de ações e programas institucionais torna-se importante no monitoramento do
estado nutricional bem como para ações preventivas em relação ao controle
dos fatores de risco para DCV.
21
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar o estado nutricional antropométrico, a composição corporal e
a pressão arterial de adolescentes beneficiários do Programa Nacional de
Alimentação Escolar da rede municipal de ensino de Natal-RN.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Estimar as prevalências de excesso de peso e de gordura corporal,
obesidade central e pressão arterial elevada em adolescentes (Artigo
1, resultados a serem publicados Apêndice 1);

Verificar
a associação entre
variáveis antropométricas e
de
composição corporal com a pressão arterial elevada, a maturação
sexual e a história familiar positiva de FRDCV (Artigo 1, resultados a
serem publicados Apêndice 1);

Comparar dois padrões de referência de IMC para a definição do
excesso de peso em adolescentes (Artigo 2, resultados a serem
publicados Apêndice 2);

Desenvolver equações preditivas de MG e MLG, a partir de
perímetros corporais, baseada na BIA em adolescentes (Artigo 3,
resultados publicados).
22
4 MÉTODOS
4.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo transversal, que compreendeu três eixos de
análise: (1) inquérito de prevalência, considerando o estado nutricional
antropométrico, a composição corporal e a pressão arterial dos adolescentes
escolares beneficiários do PNAE, do município de Natal-RN; (2) estudo de
concordância entre dois padrões de referência de IMC; (3) desenvolvimento
de equações de predição de MG e MLG de adolescentes.
4.2 ASPECTOS ÉTICOS
O estudo é vinculado ao projeto de pesquisa Fatores de risco para
DCV entre Adolescentes Beneficiários do Programa Nacional de Alimentação
Escolar-Natal/RN da UFRN (CNPq 428287/2006-2), em parceria com a
Secretaria Municipal de Educação do município de Natal-RN. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN, parecer nº 112/06
(anexo 1). O Termo de Consentimento de todos os participantes foi assinado
pelo pais ou responsáveis.
4.3 POPULAÇÃO ALVO
A população alvo constituiu-se de 39.920 alunos do ensino
fundamental de 66 escolas municipais, considerando os quatro distritos
sanitários da cidade (NNorte = 19.270, NSul = 4.128, NLeste = 3.728 e NOeste =
12.794). Das 66 escolas, 30 estavam localizadas no distrito norte, nove no sul,
nove no leste e 19 no oeste (apêndice 3)
Os critérios de inclusão corresponderam a frequência regular do
adolescente na escola e faixa etária de interesse (10 a 19 anos) definida no
momento da primeira coleta de dados. Incluiu-se no estudo apenas os
adolescentes eutróficos em relação ao Índice de Massa Corporal 18,43 para o
desenvolvimento de equações de predição, e que possuíssem todas as
medidas de perímetros corporais e quantidade de massa gorda e massa livre
de gordura estimadas pela bioimpedância (MG BIA e MLGBIA, respectivamente).
23
Os critérios de exclusão corresponderam a presença de síndromes
genéticas associadas à obesidade ou a outras doenças; gravidez na
adolescência,
e
adolescentes
com
necessidades
especiais.
Para
o
desenvolvimento das equações de predição, além desses critérios de exclusão,
acrescentaram-se a atividade física intensa nas últimas 48h; o consumo de
bebidas alcoólicas nas últimas 48h e o uso de medicamentos que alterassem o
equilíbrio hidroeletrolítico.
4.4 PLANO AMOSTRAL E POPULAÇÃO DE ESTUDO
O plano amostral foi determinado por amostragem em dois estágios
compreendendo: (1) estratificada com alocação de Neyman para definição da
amostra por distritos sanitários; e (2) estratificada de acordo com a alocação
proporcional para determinação do número de escolas por distrito sanitário.
As prevalências estimadas para pressão arterial elevada, conforme
estudo piloto com oito escolas foram: p̂ norte = 14,6% , p̂ Sul = 8,8%, p̂ Leste =
17,9% e p̂ Oeste = 27,5%. O limite de erro de estimação foi de 4% e a previsão
das perdas amostrais foi de 20%, resultando no tamanho de amostra n = 426
alunos, distribuídos em: nNorte = 192 , nSul = 33 , nLeste = 40 e nOeste = 161.
Realizou-se até duas visitas nas escolas quando o número de ausentes foi
superior a 20% para o controle de perdas amostrais.
Considerou-se o número médio de alunos por escola, supondo-se
aproximadamente igual a variância desse número nos quatro distritos para
determinação do número de escolas. O tamanho da amostra de escolas obtido
foi n = 21 e, de acordo com a alocação proporcional, obtiveram-se para cada
estrato os seguintes números de escolas: n Norte=9, nSul=3, nLeste=3 e nOeste=6. A
seleção das escolas foi feita por sorteio, sendo a amostra de alunos distribuída
randomicamente por distrito e de forma proporcional aos totais de alunos das
escolas sorteadas. Realizou-se a seleção das unidades amostrais a partir da
listagem dos alunos, a qual se efetuou a unificação de todas as séries com
numeração sequencial e sorteio sistemático, sem reposição em caso de recusa
dos participantes.
Para o desenvolvimento de equações de predição obteve-se
subamostra da população de estudo pesquisada. O tamanho amostral final foi
24
de 218 alunos, sendo 106 do sexo masculino e 112, do feminino. O tamanho
mínimo da amostra foi atingido, conforme tamanho do efeito do desenho médio
e poder da amostra de 80%44.
4.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Optou-se
pelo
turno
matutino
para
viabilizar
procedimentos
metodológicos. A tomada de todas as medidas antropométricas foi realizada
em duplicata. A aferição do peso, estatura e circunferências corporais foi feita
por equipe treinada de acordo com as técnicas de padronização Habicht45. As
medidas de dobras cutâneas e de bioimpedância elétrica foram realizadas por
único pesquisador com experiência. Uma equipe médica de endocrinologistas
pediátricos e residentes procedeu a avaliação da pressão arterial e do
estadiamento puberal. A operacionalização das etapas de coleta de dados está
representada na figura 1, conforme apêndice 4.
Para coleta dos dados utilizou-se um questionário padronizado para
obtenção
das
informações
de
identificação,
aspectos
de
saúde
e
socioeconômicos e registro dos dados antropométricos, de composição
corporal, de pressão arterial e estadiamento sexual (anexo 2).
4.6 VARIÁVEIS ESTUDADAS
4.6.1 Maturação Sexual
O estadiamento puberal foi utilizado como variável controle, segundo
método de Tanner, considerando o desenvolvimento das mamas 46 e genitais47
em estágios do 1 ao 5, respectivamente, para meninas e meninos. Para a
análise estatística considerou-se três fases: pré-púbere (estágio 1), púbere
inicial (estágios 2 e 3) e final (estágios 4 e 5).
4.6.2 História Familiar de Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
A história familiar de FRDCV foi definida como positiva quando pelo
menos um dos pais possuíam história clínica de diabetes, hipertensão arterial,
dislipidemia e obesidade.
25
4.6.3 Estado Nutricional Antropométrico
A reprodutibilidade das medidas antropométricas resultou em
variação tolerável verificada pela diferença média da aferição entre cada uma
das duas medidas, conforme apresentado no quadro 1 (apêndice 5).
4.6.3.1 Índice de Massa Corporal
O IMC foi calculado a partir da relação do peso (em kg) e da altura
(em metros) ao quadrado, com o uso de balança eletrônica da marca Tanita
Solar ®, modelo HS301 com capacidade de 150 kg e precisão de 100g. A
estatura foi mensurada com um estadiômetro portátil da marca Altura Exata ®
(precisão de 1 mm). As categorias de IMC para a idade foram definidas em
baixo peso43, sobrepeso e obesidade (excesso de peso)18, segundo
International Obesity Task Force (IOTF). Para o estudo referente à
comparação dos padrões de referência de IMC para idade, o excesso de peso
foi classificado por WHO19.
4.6.3.2 Distribuição da Gordura Corporal
A distribuição da gordura corporal foi verificada pelos perímetros
abdominais e seus índices, bem como pela topografia corporal. A obesidade
central foi definida como variável dicotômica (sim/não) a partir do perímetro do
abdome (cm) ≥ percentil 75 da população de referência do Third National
Health and Nutrition Examination Survey48. A razão cintura/altura (RCA) foi
determinada a partir da divisão entre a medida do perímetro do abdome (cm) e
a altura (cm)49.
A topografia corporal refere-se à distribuição da gordura subcutânea,
que á avaliada pelas dobras cutâneas. As dobras cutâneas do tríceps, bíceps,
subescapular e supra-ilíaca foram aferidas com adipômetro da marca Lange
(precisão de 1 mm), conforme técnica descrita pela WHO50.
A Topografia Central da Gordura Subcutânea (TCGS) foi calculada
pela somatória das dobras subescapular e supra-ilíaca (mm); a Topografia
Periférica da Gordura Subcutânea (TPGS), pela somatória das dobras triciptal
e biciptal (mm). A Razão Topografia Central/ Topografia Periférica da Gordura
26
Subcutânea (RTC/TPGS) é o resultado da divisão entre a somatória das
dobras subescapular e supra-ilíaca (mm) e a somatória da triciptal e biciptal
(mm).
4.6.3.3 Perímetros Corporais
Os perímetros corporais foram aferidos com fita antropométrica
inelástica e quando houve diferença superior a 0,5 cm entre as duas primeiras
aferições, realizou-se uma terceira medida e considerou-se a média das duas
mais próximas. Foram mensurados os seguintes perímetros50-51.
 Braço - ponto médio entre os ossos acrômio e o olecrano, com o braço
direito relaxado;
 Antebraço - maior perímetro;
 Punho - perímetro do pulso, distal ao processo estilóide do rádio e da
ulna, com os braços em posição pronada;
 Cintura - região mais estreita entre a última costela e a crista ilíaca;
 Abdome - ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca;
 Quadril - maior protuberância glútea;
 Coxa proximal - a medida foi aferida no primeiro terço da coxa, a partir
da linha inguinal até a borda proximal da patela, com o joelho flexionado a
90°; e medial, no ponto médio da coxa;
 Panturrilha - perímetro máximo do músculo, com o joelho flexionado a
90°
4.6.4 Composição Corporal
4.6.4.1 Gordura Corporal estimada por dobras cutâneas
A proporção de gordura corporal (%GC) foi estimada pela equação
de Slaughter et al26, que considera a quantidade de gordura subcutânea a partir
das dobras triciptal e subescapular segundo o sexo, idade e maturação sexual.
Excesso de gordura corporal foi categorizado como variável dicotômica (com
excesso/sem excesso) utilizando com ponto de corte %GC > 25% para
meninos e > 30% para meninas52.
27
4.6.4.2 Índices de Composição Corporal estimados por dobras cutâneas
A massa gorda (MG) e a massa magra (MM) em kg foram utilizadas
para compor os índices de composição corporal. A MG foi calculada a partir da
proporção de gordura corporal correspondente ao cálculo da estimativa do
%GC derivado das dobras cutâneas, retirando-se do peso corporal total (kg)
[Peso (kg) * %GC]. Enquanto que a MM foi o resultado da subtração do peso
corporal total da MG [Peso (kg) – Massa Gorda (kg)]. O Índice de Massa Gorda
(IMG) em kg/m2 trata-se da razão entre a MG e a altura (em metros) ao
quadrado. O Índice de Massa Magra (IMM) em kg/m2 é a razão entre a MM (kg)
e a altura (m) ao quadrado.
IMG 
Massa Gorda (kg)
Altura 2
IMM 
Massa Magra (kg)
Altura 2
4.6.4.3 Bioimpedância Elétrica
A mensuração da composição corporal a partir da bioimpedância
elétrica foi executada utilizando-se o sistema Byodinamics 450, com corrente
elétrica de 800 µA a 50 kHz. A medida foi executada no hemi-corpo direito do
avaliado, deitado em decúbito dorsal em superfície não condutora, em uma
sala com temperatura ambiente de 25ºC a 32ºC. O avaliado estava
descansado e em jejum de quatro horas. Após limpeza da pele com álcool em
gel a 70º, os eletrodos-sensores (proximais) foram colocados na superfície
dorsal da articulação do punho e do tornozelo. Os eletrodos-fonte (distais)
foram posicionados na base da segunda ou terceira articulação metacarpo e
metatarso-falângica.
As
pernas
e
os
braços
estavam
em
abdução,
aproximadamente 45º um do outro, evitando contato entre as coxas, braços e
tronco49. Estimou-se a MLG por equação de predição validada53 e a MG por
diferença, conforme resultados do equipamento54.
4.6.5 Pressão Arterial
A pressão arterial foi aferida utilizando um esfigmomanômetro de
mesa, de coluna de mercúrio, modelo CE 0483 e um estetoscópio profissional
tipo Sprague Rappaport, modelo MF9. Empregou-se dois tamanhos de
28
manguito,
dependendo
do
diâmetro
do
braço,
seguindo
a
técnica
padronizada55. Os instrumentos tinham certificação do Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO.
A pressão arterial foi classificada segundo a American Academy of
56
Pediatrics , que leva em consideração o gênero e a idade ajustados ao
percentil da estatura/idade do avaliado. A medida foi realizada em dois
momentos distintos e em duplicata tanto para a sistólica, quanto diastólica,
utilizando-se a média como PA final. Por esta razão a nomenclatura foi
modificada para pressão arterial elevada (PAE) ao invés de hipertensão,
conforme padronização na literatura 57. Os valores obtidos abaixo do percentil
90 foram classificados como normais e os iguais ou acima deste percentil, em
pressão arterial elevada (limítrofe, estágios 1 e 2).
5. Análise dos dados
O banco de dados foi construído no software EPI-INFO, Word
Processing, Database and Statistical Program for Public Health, versão 6.04
(CDC, WHO, Atlanta, Georgia, USA), com pré-codificação das variáveis e as
análises estatísticas realizadas no software Statistical Package for the Social
Sciences, versão 9.0.0 (SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA).
A análise dos dados foi descrita conforme as três publicações
elaboradas, considerando a ordenação dos objetivos da tese (Artigos 1, 2 e 3).
No artigo 1, apresentou-se as estimativas das prevalências por frequências
relativas com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), segundo o
sexo. O percentual foi ponderado para ajustar a distribuição dos alunos
matriculados nas escolas selecionadas à distribuição dos alunos nas escolas
por distrito sanitário, levando-se em conta o peso do aluno de cada escola no
conjunto de escolas estudadas nos distritos sanitários. Demonstrou-se o efeito
do desenho para cada estimativa.
Realizou-se uma análise fatorial prévia para sintetizar o conjunto de
variáveis antropométricas visando identificar fatores comuns. As variáveis
testadas foram IMC (kg/m2); perímetros do braço (cm), do antebraço (cm), do
punho (cm), da cintura (cm), do abdome (cm), do quadril (cm), das coxas
proximal e medial (cm), da panturrilha (cm); Razão Cintura/Altura; dobras
29
cutâneas do tríceps (mm), bíceps (mm), subescapular(mm), suprailíaca (mm);
TCGS (mm), TPGS (mm) e Razão TCGS/TPGS; MG (kg) e MM (kg); IMG e
IMM (kg/m2) derivados das dobras cutâneas.
Para tanto foi gerada uma matriz de correlações, utilizando-se o
Coeficiente de Correlação de Pearson acima de 0,30 para selecionar aquelas
que seriam incluídas no modelo. Após avaliação quanto a multicolinearidade,
as variáveis selecionadas foram: IMC, TCGS, TPGS, RTC/TPGS, IMM,
perímetro da cintura (cm), razão cintura/altura. Utilizou-se a estatística KaiserMeyer-Olkin (KMO) para adequação da amostra resultante da análise fatorial,
cujos valores acima 0,6 indicam adequação na utilização da técnica; e o teste
de esfericidade de Bartlett que deve apresentar p-valor na faixa de significância
estatística, indicando haver correlações significativas entre as variáveis.
Extraíram-se dois fatores, (1) padrão excesso de adiposidade e (2) padrão
adiposidade central elevada, por meio do método de componentes principais,
utilizando como critério o eigenvalue maior que 1 e rotação Varimax.
Cada fator foi considerado como variável dependente e para verificar
a associação entre esses fatores com faixa etária, maturação sexual, história
familiar de FRDCV e pressão arterial utilizou-se a Razão de Chances e
respectivo IC 95%. Posteriormente empregou-se a regressão logística
incondicional para estimar a magnitude da associação em relação ao desfecho
considerando todas as variáveis incluídas no modelo.
No Artigo 2, verificou-se o excesso de peso por meio do IMC para
idade, classificado segundo dois padrões de referência18-19 e o excesso de
adiposidade corporal por Slaughter et al. 26 A estimativa da prevalência de
excesso de peso pelos dois padrões estudados e do excesso de adiposidade
corporal foi calculada por frequência relativa ponderada. Construíram-se
tabelas de contingência comparando a presença/ausência de excesso de peso,
com a presença/ausência de excesso de adiposidade corporal como padrão de
referência e avaliadas a Sensibilidade e a Especificidade. Posteriormente,
calculou-se as probabilidades pós-teste: o Valor Preditivo Positivo (VPP) e o
Valor Preditivo Negativo (VPN), considerando as prevalências de excesso de
peso para cada padrão de referência58. Utilizou-se a estatística Kappa para
medir a concordância entre os dois padrões de classificação do excesso de
peso pelo IMC. Considerou-se boa concordância valores entre 0,61-0,8059.
30
No artigo 3, referente ao desenvolvimento das equações de predição
de MG e MLG, a estatística descritiva foi apresentada por média, desviopadrão e valores mínimos e máximos e verificou-se a diferença entre médias
segundo o sexo pelo teste t-Student. Verificou-se a reprodutibilidade das
medidas antropométricas pelo teste t-pareado e pelo coeficiente de correlação
intraclasse. A distribuição normal foi verificada a partir da média e desviopadrão, curtose e assimetria. Calculou-se o coeficiente de correlação de
Pearson entre a massa livre de gordura (MLG BIA) e a massa gorda (MGBIA)
aferidas pela bioimpedância (em kg), idade (em anos) e cada perímetro
corporal (em cm). Selecionaram-se as variáveis para compor a equação
quando r > 0,3. Posteriormente foi estimado um modelo de regressão linear
múltiplo stepwise, para massa gorda em kg (MGPred) e massa livre de gordura
em kg (MLGPred), separadamente para o sexo masculino e feminino. As
possíveis variáveis preditoras utilizadas nestes modelos foram todas as
medidas de perímetro corporal e a idade. Calcularam-se os fatores de inflação
da variância (FIV) para avaliar multicolinearidade (FIV > 10). A análise de
resíduos foi usada para verificar os pressupostos da análise de regressão
linear. As equações preditivas foram avaliadas pela significância do coeficiente
de determinação (R2ajustado) e o erro padrão da estimativa (EPE). Determinou-se
a magnitude best fit para cada equação, de acordo com o Akaike Information
 RSS 
Criterion (AIC)60, usando a fórmula: AIC  n  Ln 
  2  k ; onde k é o
 n 
número de parâmetros estimados na equação, n é o número de participantes e
RSS é a soma dos quadrados do resíduo para cada equação. A equação
apresenta o best fit quanto menor for o valor de AIC. Todas as análises foram
consideradas significativas quando o p-valor for menor que 5%.
31
5 ARTIGO PRODUZIDO
Prediction equations for fat and fat-free body mass in adolescents, based on
body circumferences, publicado no Annals of Human Biology, fator de
impacto 1,713 (2010), Qualis B1 da CAPES para a área Medicina II.
doi:10.3109/03014460.2012.685106.
32
33
34
35
36
37
38
6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES.
Esta tese foi subsidiada pelo projeto “Fatores de risco para doenças
cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do Programa Nacional de
Alimentação Escolar-Natal/RN” (FRDCV), financiado pelo CNPq (428287/20062), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Natal/RN. A
presente tese foi realizada em alternativa ao anteprojeto apresentado para a
seleção do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSa). O
anteprojeto inicial era intitulado: Antropometria: Instrumento de Assistência
Nutricional em Adolescentes Obesos, e tinha como objetivo geral avaliar a
proporção das alterações de medidas antropométricas associadas ao perfil
lipídico
entre
adolescentes
portadores
de
obesidade,
buscando
o
desenvolvimento de equações de predição da gordura corporal baseadas em
medidas antropométricas, para melhor subsidiar a assistência nutricional.
O tipo de estudo primeiramente escolhido era do tipo caso-controle,
sendo os casos os adolescentes entre 10 e 15 anos, com diagnóstico de
sobrepeso e obesidade atendidos no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica
do Hospital de Pediatria da UFRN, Natal/ RN, que possuía 190 pacientes
cadastrados em faixa pediátrica e adolescente (0-20 anos de idade). Os
controles seriam escolares que frequentassem a mesma escola dos casos e
satisfizessem os mesmos critérios e padrão socioeconômico (renda familiar,
local de moradia e escolaridade da mãe), com exceção da presença da doença
em questão (obesidade). O recrutamento seria com dois controles para cada
caso, pareados por faixa etária e maturação sexual. No entanto, nas primeiras
aproximações para ajustar o tamanho da amostra, verificou-se que o número
de pacientes que frequentavam o ambulatório seria insuficiente para o período
que tínhamos disponível para a coleta de dados, o que tornou o projeto
inviável. Desta forma, as dificuldades apontadas demandavam um novo
delineamento que envolvesse a mesma proposta de trabalho e ao mesmo
tempo houvesse o aproveitamento das experiências acumuladas durante o
mestrado e a vida acadêmica.
O novo projeto partiu da experiência da dissertação de mestrado,
intitulada Estado Nutricional em Escolares Adolescentes de Natal-RN,
defendida no ano de 200035. Este projeto foi articulado a Extensão Universitária
39
Melhoria do funcionamento do Programa da Alimentação Escolar da Rede
Municipal de Ensino de Natal-RN: Diagnóstico situacional e redimensionamento
das ações, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Município
de Natal-RN e o Departamento de Nutrição (DNUT). Portanto, por meio da
minha inserção no referido projeto e por ser a docente responsável pela
disciplina e o Laboratório de Avaliação Nutricional do DNUT, oportunizaram-se
novas perspectivas, considerando que era necessário mapear o estado
nutricional destes escolares.
O papel de minha orientadora foi decisivo na definição da expansão
e submissão do projeto ao Edital Universal nº 02/2006, do CNPq, uma vez que
seriam necessários recursos financeiros para sua execução, principalmente no
tocante às despesas com logística e equipamentos. Na proposta submetida,
articularam-se quatro projetos de Doutorado, e foram considerados os
seguintes aspectos da saúde do adolescente: pressão arterial elevada,
composição corporal – antropometria e bioimpedância elétrica, aspectos
socioeconômicos e de saúde, consumo alimentar e dietético; perfil lipídico;
atividade física; maturação sexual; e retinopatia hipertensiva. Participamos das
negociações com a Secretaria Municipal de Educação de Natal e foram
realizados todos os procedimentos para a submissão do projeto (ampliado) ao
Comitê de Ética em Pesquisa – UFRN, parecer nº 112/06. As parcerias
estabelecidas com as outras colegas proporcionaram o meu enriquecimento do
ponto de vista crítico e científico, correspondendo às expectativas do programa.
Vários desafios foram superados na elaboração da tese: a definição
do tamanho amostral; a capacitação das discentes na realização das medidas
antropométricas; o estudo da logística de campo; o estudo piloto; o
(re)planejamento das ações após cada etapa avaliada. Tudo se constituiu em
muito
aprendizado,
compromisso
da
equipe,
dedicação,
carinho
e
comemorações a cada etapa conquistada.
Este trabalho ressalta a importância da equipe multiprofissional,
constituída por nutricionistas; alunos de iniciação científica do curso de
graduação Nutrição da UFRN; educador físico e endocrinologista pediátrico e
médicos residentes do Hospital de Pediatria de UFRN. Portanto, esse estudo
está
em
consonância
multidisciplinaridade.
com
o
objetivo
principal
do
PPGCSa:
a
40
Durante a execução do projeto nos deparamos com algumas
dificuldades: (1) importação da bioimpedância elétrica; (2) as relacionadas à
coleta de dados, como os contatos com a direção da escola e reuniões com os
pais; (3) adequação quanto ao início e ao término do período letivo das
escolas; e (4) adequação dos cronogramas dos discentes do Curso de Nutrição
aos dias de coleta de dados. Para tanto, toda a logística de campo foi
constantemente adaptada às ocorrências institucionais.
Para atingir os dois primeiros objetivos propostos foi elaborado o
artigo Padrão de adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes
escolares beneficiários de um Programa Alimentar a ser submetido ao
periódico Cadernos de Saúde Pública, Qualis B2 da CAPES para a área
Medicina II (apêndice 1).
Este artigo tem como principal contribuição o conhecimento da
prevalência do sobrepeso/obesidade, excesso de gordura corporal, obesidade
central e pressão arterial elevada, traçando um perfil de saúde do adolescente
beneficiário do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Este programa,
apesar de constituir em um dos mais antigos programas alimentares no Brasil,
ainda não há uma avaliação tão detalhada da saúde desta população. Além
disso, trata-se de estudo pioneiro, uma vez que sintetizou vários critérios de
avaliação antropométrica e de composição corporal à pressão arterial com
padrão internacional de classificação da pressão arterial elevada, história
familiar e maturação sexual realizada de forma clínica.
Durante a revisão de literatura e após a qualificação da tese,
sentimos a necessidade de confirmar qual o indicador de IMC seria mais
adequado para classificar o excesso de peso na população estudada, uma vez
que na época da coleta de dados foi publicado um artigo com a definição das
novas curvas da WHO para adolescentes. Assim, foi gerado o segundo artigo,
intitulado Critérios de classificação do excesso de peso em adolescentes: qual
a melhor escolha?, a ser submetido a Revista de Nutrição, Qualis B3 da
CAPES para a área Medicina II (apêndice 2).
Este artigo trata da concordância entre dois padrões de referência
para definição do excesso de peso, o preconizado pelo IOTF18 e pela WHO19.
Isto é importante porque as prevalências de excesso de peso podem ser
diferentes, conforme o critério adotado. Ressaltamos que nesta fase, os pontos
41
de corte adotados para a determinação do excesso de peso pelo critério da
WHO eram diferentes em relação ao adotado nos últimos dois anos, reflexo de
ajustes nesta classificação. Além disso, ainda são escassos os estudos que
utilizam o critério da WHO e, portanto, limitam-se as comparações quanto a
prevalência de excesso de peso. Este artigo responde ao terceiro objetivo da
tese que é o de comparar dois padrões de referência de IMC para a definição
do excesso de peso em adolescentes.
O terceiro artigo intitulado Prediction equations for fat and fat-free
body mass in adolescents, based on body circumferences foi publicado no
Annals of Human Biology (FI 2010 1.713). Trata-se do manuscrito que
responde ao último objetivo da tese, que foi estimar equações que utilizassem
medidas simples e facilmente padronizáveis (perímetros corporais), para
determinar as quantidades de MG e MLG em adolescentes de população
multiétnica, uma vez que a maioria dos estudos é com populações específicas,
que pode resultar em diferenças quanto às estimativas destes componentes
corporais.
Considerando os aspectos abordados e em consonância com as
atuais proposições quanto à avaliação da composição corporal em populações
específicas, ao diagnóstico/monitoramento precoce da pressão arterial elevada,
e ao desenvolvimento de metodologias simplificadas para apurar o diagnóstico
nutricional, este estudo pretende reduzir as lacunas quanto ao conhecimento
do estado nutricional de adolescentes para a prevenção de doenças
cardiovasculares e pode constituir importante ferramenta para os profissionais
e gestores de saúde, com vistas a (re)definição de intervenções de saúde
pública
e
governamentais,
e
consequentemente,
a
tratamentos
mais
adequados.
Acredito que um dos principais aprendizados durante o doutorado no
PPGCSa trata-se da exigência do aceite para a defesa: seleção do periódico,
escolha dos revisores, adequação do artigo às normas da revista, a tradução
da língua portuguesa para a inglesa, o interesse das revistas na temática do
manuscrito, a relação temporal entre a elaboração do artigo e a publicação de
estudos semelhantes.
Além do artigo publicado e os que serão encaminhados para
submissão, outras conquistas foram alcançadas:
42
 Sete orientações de alunos de iniciação científica DNUT/UFRN, com
premiação de uma aluna, na área de ciências da vida pelo CNPq durante
o Congresso de Iniciação Científica 2009;
 Oito Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação em Nutrição
DNUT/UFRN, com o aceite de um artigo cientifico (anexo 3) e outro para
submissão (anexo 4);
 Autoria em outra publicação (anexo 5);
 Publicação
de
trabalhos
para
congressos
locais,
nacionais
e
internacionais (apêndice 6);
 Dois subprojetos vinculados a base de pesquisa como coordenadora, e
colaboração em outros projetos sobre saúde do adolescente e do idoso,
com financiamento (apêndice 7);
 Colaboração em aulas ministradas para o curso de residência médica
em Endocrinologia Pediátrica da UFRN;
 Convite para participar de co-orientação de mestrado no Curso de Pósgraduação em Saúde Coletiva da UFRN;
 Colaboração em duas dissertações de mestrado, uma no Programa de
Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, na Universidade Federal da
Paraíba, e a outra no Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Nutrição, na Universidade Federal de Pernambuco.
A doutoranda é professora assistente IV do Departamento de
Nutrição da UFRN e participa do grupo de pesquisa com atividades registradas
no Grupo de Pesquisa Alimentos, Nutrição e Saúde – GPANS (BCD109-01) –,
cadastrado no CNPq. Estou empenhada em contribuir com a implantação do
Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFRN, com perspectivas de
envio do Projeto a CAPES em 2013.
A linha de pesquisa terá continuidade, buscando esclarecimentos
por meio de projetos futuros sobre o tema “Estado Nutricional e Composição
Corporal” em adolescentes e idosos e as suas possíveis associações com os
fatores de exposição, como o estilo de vida e a condição socioeconômica, entre
outros.
43
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de
Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2010: vigilância de fatores de
risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília:
Ministério da Saúde. Série G. Estatística e Informação em Saúde. 2011. 152 p.
2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão. Ministério da Saúde. Pesquisa de
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50
APÊNDICES
51
Apêndice 1 – Resultados a serem publicados
Artigo a ser submetido aos Cadernos de Saúde Pública, fator de impacto 0,987,
Qualis B2 da CAPES para a área Medicina II.
Padrão de adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes
escolares beneficiários de um Programa Alimentar
Padrão adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes
Clélia de O. Lyra 1*; Severina Carla V. C. Lima 2; Liana G. B. Pinheiro 3; Paulo
Roberto de M. Azevedo 4; Ricardo F. Arrais 5; Lúcia de Fátima C. Pedrosa
1
6
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Departamento de
Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected]
2
Doutora em Ciências da Saúde da UFRN. Departamento de Nutrição, UFRN,
Natal, Brasil. Email: [email protected]
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da
UFRN. Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected]
4
Doutor em Ciências da Saúde pela UFRN. Departamento de Estatística,
UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected]
5
Doutor em Ciências, Endocrinologia Clínica pela Universidade Federal de São
Paulo.
Departamento
de
Pediatria,
UFRN,
Natal,
Brasil.
Email:
[email protected]
6
Doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo.
Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected]
Autor responsável pelos contatos pré-publicação e correspondência:
*Clélia de Oliveira Lyra
58
Apêndice 2 – Resultados a serem publicados
Artigo a ser submetido a Revista de Nutrição, fator de impacto 0,395, Qualis B3
da CAPES para a área Medicina II.
Critérios de classificação do excesso de peso em adolescentes: qual a
melhor escolha?
Overweight in adolescents: which is the best criterion for classification?
Clélia de Oliveira Lyra1; Severina Carla Vieira Cunha Lima2; Liana Galvão
Bacurau Pinheiro3; Natalia Louise de Araujo Cabral4; Hermilla Torres Pereira5;
Lúcia de Fátima Campos Pedrosa6
1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email:
[email protected], [email protected];
2
Doutora em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected];
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email:
[email protected]
4
Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected]
5
Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected]
6
Doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo,
Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal, Brasil. Email: [email protected]
Autor responsável pela troca de correspondência:
*Clélia de Oliveira Lyra
61
APÊNDICE 3 – Listagem das escolas
Quadro 1 - Escolas e número de matrículas no Ensino Fundamental – 6º ao 9º
Ciclos, segundo a localização em zonas distritais. Natal/RN, 2006.
n escolas
N alunos
ZONA SUL = 09 ESCOLAS
matriculados
1
E. M. Carlos Bello Moreno
245
2
E. M. Otto de Britto Guerra
776
3
E. M. Prof. Antonio Severiano
686
4
E. M. Prof. Arnaldo Monteiro Bezerra
242
5
E. M. Prof. Ascendino Henrique de Almeida Júnior
574
6
E. M. Prof. Ulisses de Gois
528
7
E. M. Prof.ª Ivonete Maciel
249
8
E. M. Prof.ª Josefa Botelho
627
9
E. M. São José
201
Subtotal
4.128
ZONA LESTE = 09 ESCOLAS
10
E. M. Monsenhor Joaquim Honório
469
11
E. M. Quarto Centenário
705
12
E. M. Henrique Castriciano
350
13
E. M. João XXIII
360
14
E. M. Juvenal Lamartine
522
15
E. M. Prof. Antonio Campos e Silva
359
16
E. M. Prof.ª Laura Maia
132
17
E. M. Prof.ª Mareci Gomes dos Santos
324
18
E. M. Santos Reis
507
Subtotal
3.728
ZONA OESTE = 19 ESCOLAS
19
E. M. Celestino Pimentel
654
20
E. M. Chico Santeiro
353
21
E. M. Djalma Maranhão
521
22
E. M. Estudante Emanuel Bezerra
1.152
62
23
E. M. Ferreira Itajubá
828
24
E. M. Nossa Senhora das Dores
189
25
E. M. Prefeito Mario Lira
585
26
E. M. Prof. Berilo Wanderley
512
27
E. M. Prof. Bernardo do Nascimento
810
28
E. M. Prof. Francisco de Assis Varela
560
29
E. M. Prof. Luis Maranhão Filho
30
E. M. Prof. Veríssimo de Melo
478
31
E. M. Prof. Zuza
626
32
E. M. Prof.ª Almerinda Bezerra Furtado
816
33
E. M. Prof.ªAngélica de Bezerra Moura
269
34
E. M. Prof.ª Emilia Ramos
666
35
E. M. Prof.ª Francisca Ferreira da Silva
36
E. M. Prof.ª Maria Cristina Osório Tavares
733
37
E. M. São Francisco de Assis
712
1.149
1.181
Subtotal
12.794
ZONA NORTE = 30 ESCOLAS
38
E. M. Irmã Arcangela
1.192
39
E. M. João Paulo II
771
40
E. M. Jornalista Erivan França
637
41
E. M. Monsenhor José Alves Landim
689
42
E. M. Nossa Srª da Apresentação
581
43
E. M. Nossa Srª dos Navegantes
598
44
E. M. Prof. Amadeu Araujo
1.087
45
E. M. Prof. Eudo José Alves
265
46
E. M. Prof. Herly Parente
332
47
E. M. José de Andrade Frazão
727
48
E. M. Prof. José do Patrocínio Pereira Pinto
845
49
E. M. Laércio Prof. Fernandes Monteiro
658
50
E. M. Prof. Reginaldo Ferreira Neto
711
51
E. M. Prof. Waldson José Bastos Pinheiro
969
52
E. M. Prof.ª Adelina Fernandes
1.037
53
E. M. Prof.ª Dalva de Oliveira
1.126
63
54
E. M. Prof.ª Francisca de Oliveira
142
55
E. M. Prof.ª Iapissara Aguiar de Souza
598
56
E. M. Prof.ª Lourdes Godeiro
196
57
E. M. Prof.ª Maria Dalva Gomes Bezerra
436
58
E. M. Prof.ª Maria Madalena Xavier de Andrade
713
59
E. M. Malvina Cosme
511
60
E. M. Prof.ª Maria Alexandrina Sampaio
61
E. M. Prof.ª Palmira de Souza
503
62
E. M. Prof.ª Tereza Paulino
810
63
E. M. Prof.ª Zuleide Fernandes de Macedo Silva
711
64
E. M. Santa Catarina
351
65
E. M. Prof.ª Vera Lúcia Soares Barros
320
66
E. M. Vereador José Sotero
677
1.077
Subtotal
19.270
Total
39.920
64
APÊNDICE 4 – Operacionalização da coleta de dados
Figura 1 – Operacionalização da coleta de dados. Adaptado do projeto Fatores
de Risco para Doenças Cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do
PNAE. Natal/RN, 2006.
66
Apêndice 6 – Participações em cursos e eventos
2007
Participação em Curso de Atualização Análise de Regressão Múltipla – 40h /
Extensão Universitária/USP/Faculdade de Saúde Pública, ministrado pela
profa. Titular Rosário Latorre
Coordenação de Curso de Extensão Universitária para capacitação de alunas
do curso de graduação em Nutrição, intitulado: Antropometria: um curso
prático.
Ministrante de Curso EPI-INFO 6.04 para a equipe do projeto Fatores de risco
para doenças cardiovasculares entre adolescentes escolares beneficiários do
PNAE/RN (8h)
2008
Apresentações em Congressos Científicos:
1- Tema Livre Oral. Dislipidemias em escolares adolescentes da cidade do
Natal. Estudo Piloto. 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia –
Curitiba/PR. Período: 06 a 10/09/2008.
2- Pôster. Prevalência de Obesidade Centralizada e Gordura Corporal
elevada em adolescentes de escolas municipais de Natal-RN. VIII
Congresso Norte Nordeste de Nutrição Clínica – Fortaleza/CE. Período
16 a 18/10/2008.
3- Pôster. Prevalência de Hipertensão arterial e sobrepeso/obesidade de
adolescentes escolares – Natal/RN. V Congresso de Hipertensão
SBC/DHA – Natal/RN. Período: 30/10 a 01/11/2008.
4- Pôster. Perfil lipídico de adolescentes beneficiários do PNAE-Natal/RN.
Um estudo piloto. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN.
Período: 20 a 25/10/2008.
5- Pôster. Avaliação da atividade física habitual de adolescentes da rede
municipal de ensino do distrito sul de Natal/RN. XIX Congresso de
Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008.
6- Pôster.Consumo de sódio em adolescentes da rede municipal de ensino
do distrito sul de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica –
Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008.
67
7- Pôster. Obesidade centralizada entre adolescentes beneficiários do
PNAE do município de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica
– Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. Orientadora.
8- Pôster. Índice de Conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE da
rede municipal de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica –
Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. Orientadora.
9- Pôster. Hipertensão arterial e estado nutricional de adolescentes
escolares beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20
a 25/10/2008.Orientadora.
2009
Apresentações em Congressos Científicos:
1- Pôster. Pressão arterial elevada e distribuição da gordura corporal:
comparação entre adolescentes com sobrepeso/obesidade e peso
adequado. 10º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de
Alimentação e Nutrição. Período: 01 a 04/09/2009.
2- Pôster. Obesidade Centralizada e predição da pressão arterial elevada
em adolescentes: comparação entre dois critérios de classificação. 10º
Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
Período: 01 a 04/09/2009.
3- Pôster. Pressão arterial elevada e distribuição da gordura corporal:
comparação entre adolescentes com sobrepeso/obesidade e peso
adequado. 10º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de
Alimentação e Nutrição. Período: 01 a 04/09/2009.
4- Pôster. Avaliação da atividade física habitual de adolescentes das
escolas municipais de Natal. XX Congresso de Iniciação Científica –
Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009
5- Pôster. Avaliação do consumo alimentar de adolescentes beneficiários
do PNAE-Natal/RN: um estudo piloto. XX Congresso de Iniciação
Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009
6- Pôster. Consumo de sódio em escolares da cidade de Natal. XX
Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009
68
7- Pôster. Dislipidemias em adolescentes beneficiários do PNAE -Natal/RN
- Um Estudo Piloto. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN.
Período: 19 a 21/10/2009
8- Pôster. Hipertensão arterial e estado nutricional de adolescentes de
escolas públicas de Natal/RN – 2007/2008. XX Congresso de Iniciação
Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009. Orientadora.
9- Pôster. Índice de conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE de
dois distritos sanitários da Cidade do Natal-RN. XX Congresso de
Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009. Orientadora.
10- Pôster. Obesidade centralizada entre adolescentes beneficiários do
PNAE de dois distritos sanitários da Cidade do Natal-RN. XX Congresso
de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009.
Orientadora
2010
Apresentações em Congressos Científicos:
1- Pôster. Excesso de Peso avaliado pelo IMC/Idade em adolescentes:
comparação entre dois critérios de classificação. 62ª Reunião Anual da
SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010.
2- Poster. Índice de Conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE de
dois distritos sanitários da cidade de Natal-RN. 62ª Reunião Anual da
SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010.
3- Pôster.
Ingestão
de
sódio
através
do
consumo
de
alimentos
industrializados pelos adolescentes de escolas municipais de Natal-RN,
no XVI Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC.
Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010.
4- Pôster. Consumo alimentar e atividade física de adolescentes de
escolas municipais do Distrito Norte da cidade de Natal-RN, no XVI
Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal –
RN. Período: 25 a 30/07/2010.
5- Pôster. Consumo alimentar e hipercolesterolemia em adolescentes, no
XVI Congresso de Iniciação Científica. 62ª Reunião Anual da SBPC.
Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010.
70
2012
Apresentações em Congressos Científicos:
1. Comunicação Oral Curta. Composição corporal de adolescentes
beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Natal-RN.
World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012.
2. Comunicação Oral Curta. Riscos cardiovasculares associados em
adolescentes jovens. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27
a 30/04/2012.
3. Comunicação Oral Curta. Consumo alimentar de fibra dietética por
adolescentes da rede municipal de ensino de Natal-RN. World Nutrition
Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012.
4. Comunicação Oral Curta. Padrões dietéticos de estilo de vida e de risco
cardiovascular em adolescentes. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO.
Período: 27 a 30/04/2012.
Experiência em Conselho editorial e/ou como Revisor de periódicos científicos:
1. Revisora Ad hoc – Projetos de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PROPESQ) – 20102011.
2. Revisora Ad hoc – Revista NUTRIRE – 2011.
71
Apêndice 7 – Participação em Projetos de Pesquisa
Projetos registrados na Pró-reitoria de Pesquisa da UFRN
Coordenadora – Subprojetos Fatores de risco para doenças cardiovasculares
PVD3320-2012 Composição corporal entre adolescentes escolares de
Natal/RN: um estudo abrangente *
PVD866-2008 Prevalência de Hipertensão Arterial e Avaliação da Composição
Corporal de Adolescentes Beneficiários do Programa de Alimentação Escolar
da Rede Municipal de Ensino de Natal-RN *
Colaboradora
Projetos com financiamento externo
PVD745-2009 Fatores de risco para doenças cardiovasculares . Coordenadora:
Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild. CNPq, edital 002-2006,
processo nº 478287-06-2.
PVD8443-2012 Envelhecimento humano e saúde – a realidade dos idosos
institucionalizados da cidade do Natal/RN Coordenador: Kenio Costa de Lima.
Edital FAPERN/CNPq 003/2011 - Programa de Apoio a Núcleos Emergentes PRONEM.
Subprojetos Fatores de risco para doenças cardiovasculares
PVD1392-2010
Perfil
lipídico
e
consumo
alimentar
de
adolescentes
beneficiários do PNAE – Natal/RN - um estudo piloto. Coordenadora: Severina
Carla Vieira Cunha Lima *
PVD6902-2011 Prevalência de inadequação da ingestão de nutrientes e fatores
associados em adolescentes da cidade de Natal-RN. Coordenadora: Severina
Carla Vieira Cunha Lima. *
VD3574-2010 Estimativa da ingestão de sódio através do consumo de
alimentos industrializados pelos adolescentes de escolas municipais de NatalRN. Coordenadora: Liana Galvão Bacurau Pinheiro *
69
6- Apresentação
oral.
Fatores
de
risco
para
Aterosclerose
em
adolescentes: Um estudo de prevalência. 65º Congresso Brasileiro de
Cardiologia, 2010 realizado em Belo Horizonte-MG. Data: 27/09/2010,
auditório 17, nº 19376.
7- Pôster. Composição Corporal de adolescentes escolares de dois
distritos de Natal/RN: evidenciando o método das dobras cutâneas. XVI
Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal –
RN. Período: 25 a 30/07/2010. Orientadora
2011
Apresentações em Congressos Científicos:
1. Pôster. Composição Corporal e Maturação Sexual em Adolescentes:
qual sua relação? 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade
Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011.
2. Pôster. Padrões Dietéticos e de Estilo de Vida em uma amostra de
Adolescentes Brasileiros. 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade
Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011.
3. Pôster. Práticas Alimentares de Escolares da Rede Pública de Ensino de
Natal: Indicadores Positivos de Alimentação Saudável? 11º Congresso
Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
Período: 20 a 23/06/2011.
4. Pôster.
Alimentos
Industrializados
e
Consumo
de
Sódio
por
Adolescentes. 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira
de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011.
5. Pôster. Composição Corporal de Adolescentes da Rede Pública
Municipal de Ensino em dois distritos sanitários de Natal-RN. XXII
Congresso de Iniciação Científica – UFRN. Período: 17 a 20/10/2011.
Orientadora.
73
ANEXOS
72
PVD3611-2010 Qualidade da dieta de adolescentes estudantes da rede pública
de ensino de Natal: indicadores positivos de alimentação saudável.
Coordenadora: Célia Márcia Medeiros de Morais *
Projetos com financiamento interno
PVD7034-2011 Avaliação do programa do leite em uma unidade de saúde do
município de Natal: qualidade nutricional do leite oferecido. Coordenadora:
Karla Danielly da Silva Ribeiro
PVD7064-2012 Prevalência e fatores associados à desnutrição em idosos
institucionalizados. Coordenador: Kenio Costa de Lima
PVD8297-2012 Síndrome metabólica e consumo alimentar e dietético em
crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Coordenadora: Severina
Carla Vieira Cunha Lima
PID7775-2011 Prevalência de desnutrição em idosos institucionalizados
Coordenador: Kenio Costa de Lima
74
ANEXO 1 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa
75
76
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados
Formulário 1 – Reunião com os pais
77
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação.
Formulário 2 – primeira coleta de dados
78
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação.
Formulário 3 – Pressão arterial – primeira coleta de dados
79
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação.
Formulário 4 –Pressão arterial e maturação sexual – segunda coleta de dados
80
ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação.
Formulário 5 – Antropometria – segunda coleta de dados
81
ANEXO 3 – Publicação como autora de artigo
82
ANEXO 4 – Submissão como autora de artigo
Artigo a ser submetido a Nutrición Hospitalaria, fator de impacto 0,926 e Qualis
B2 da CAPES para a área Medicina II.
Concordância entre métodos de composição corporal em adolescentes com
excesso de peso
Agreement between body composition methods impedance in overweight
adolescents
Natália Louise de Araújo Cabral 1; Severina Carla Vieira Cunha Lima2, Lucia de
Fátima Campos Pedrosa2, Clélia de Oliveira Lyra2
1
Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte
2
Professoras do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
Autor para correspondência
Clélia de Oliveira Lyra
83
ANEXO 5 – Publicação como autora de artigo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE