Ricardo Augusto B. Tiné
Pós-Graduado em Língua Brasileira pela Universidade
Salgado de Oliveira- Universo;
 Graduado em Letras pela Fundação Universidade do
Tocantins –Unitins.

Brasil! Mostra a tua língua:
Estudo comparado.
Nimi-curso: Faculdade Guaraí-FAG
Etimologia do Título:
Brasil – do Tupi YMYRAPITÃ;
 Mostra – do Latim MONSTRÃRE;
 Tua – do Inglês médio THI;
 Língua – do Sumério DN’GHṸ - no Latim
antigo – DINGUA.

“Hoje, já não falamos mais tupi, nem
tampouco português - falamos sim, língua
brasileira, pois o Brasil não é Europeu,
Africano, Asiático ou Indígena. Somos a
exata mistura de tudo isso.
O que somos afinal?
Livres e soberanos?
Sabemos o significado de liberdade e
Soberania?

LIBERDADE é a faculdade que cada povo
tem de decidir ou agir segundo a própria
determinação.
 SOBERANIA é o poder supremo que
qualifica uma NAÇÃO em uma ordem que
não deve sua validade a nenhuma outra.
Será
“A língua falada no Brasil não é assunto
nacional. O nome dela é matéria privativa do
governo português que nos dá regras de
ortografia, enfeitadas de comendas.”
“A Academia Brasileira de Letras manda portadores de
confiança a Lisboa para referendarem em nome do
nosso Governo, normas de escrita que devem dirigir à
distância a nossa pronúncia.”
(Texto Extraído do relatório oficial enviado à Assembléia Constituinte de 1946)
Língua brasileira.
Incompetência, submissão política ou um
caso crônico de corrupção?
1º - Mandarim – 1,7 bilhões
2º - Inglês – 730 milhões
3º - Hindi – 725 milhões
4º - Castelhano – 500 milhões
5º - Árabe – 480 milhões
6º - Francês – 365 milhões
7º - Russo – 280 milhões
8º - Brasileiro – 200 milhões
24º - Português 50 milhões ???
“Dentro da genialidade “brasileira” não há lugar
para a genialidade lusitana. Se queremos ver as
coisas como são, a língua portuguesa é um
desastre sobre a nossa língua.”
(Fortes, 1957, pag. 15) .
Assembléia Constituinte de 1946 e o problema
da nossa autonomia linguística.
O Governo cria comissão técnica?
1879 - ABL
1930 - CNLD
denominação justa da língua que falamos?
o Governo Federal nomea uma comissão mista de
gramáticos, professores, jornalistas e escritores.
(E os Lingüistas, glutólogos, filólogos etc?)
O Ministro da Educação, Raul Leitão da Cunha,
perturbando a marcha normal das coisas e sem
se importar com a extensão do problema,
convidou alguns senhores de seu convívio.
Essa comissão estarreceu a Nação inteira. Em
sete dias resolveu que a língua falada no Brasil
é a língua portuguesa.
Ohohohohoh!
Descobriu-se posteriormente que todos os
integrantes desta comissão eram pessoas
declaradamente contrárias à sobrevivência da
língua brasileira como fato Nacional e valor
cultural, digno de estudo e disciplina.
Ilustres portugueses, como Hipólito Raposo,
lastimavam que nem nas colônias portuguesas
haja mais possibilidade de se salvar a língua
portuguesa como se fala por lá.
A comissão ministerial não discutiu, não
documentou, não ofereceu margem a
comentário. A sua ausência de qualquer dúvida
sobre o problema deram a essa tal comissão
um tom especial de soberania, de eternidade...
...que tornaram o seu parecer algo divino, acima
das prerrogativas da Assembléia Constituinte,
modesta demais para falar sobre matéria de
tamanha envergadura.
A comissão atômica deliberou:
não cabe a NINGUÉM NO BRASIL RESOLVER
SOBRE ASSUNTO PRIVATIVO DA NAÇÃO
PORTUGUESA, pois a tanto importa perguntar o
nome da língua falada em nossa terra.

OBS. Na Constituinte de 1988 a questão da nossa língua foi tratada com o
mesmo descaso que nas anteriores.
A Assembléia Constituinte não pode legislar
sobre matéria da alçada de outra Nação. A
língua é uma só – para o Brasil e Portugal.
...Povo e cultura são indissociáveis. A língua
portuguesa está cheia de alma lusitana. AGORA, NEM O
CÉU NEM A TERRA JUNTOS FARÃO QUE ELA DEIXE DE
SER A LÍNGUA DO BRASIL LITERÁRIO. E SÓ ESTE
CONTA – proclama o filólogo português Vasco Botelho
do Amaral.
(“A Questão da Língua Brasileira” de Herbert Parente Fortes, 1957 pag.
45, 46 e 47)
Akiriri nde erenheng upi anhanga supé. “Eu calo enquanto falas
em alma”.
No decreto-lei n°1.006/38, os membros da CNLD não
poderiam requerer autorização
para uso de obras de sua própria autoria.
Este artigo foi modificado logo em seguida, em julho de
1939, com o decreto-lei n° 1.417, que revogou tal item e
permitiu a autorização de livros didáticos cuja autoria
fosse de algum membro da CNLD:
Valores em reais movimentados pelo CNLD,
MEC e PNLD :
2006 - R$ 563.700.000,00 no Ensino Fund.;
 2006 - R$ 121.900.000,00 no Ensino Médio

(Total em R$ 685.600.000,00)
2007 - R$ 620.000.000,00 no Ensino Fund.;
 2007 - R$ 220.000.000,00 no Ensino Médio;


(Total R$ 840.000.000,00)


2008 - R$ 559.700.000,00 no Ensino Fund.;
2008 - R$ 186.700.000,00 no Ensino Médio;

(Total R$ 746.400.000,00)
O MEC é o maior comprador de livros do mundo.
OBS.: Esses dados foram recolhidos da Associação Brasileira
de Autores de Livros Educativos (ABRALE).
Eles nos levam...
No Grito!!!
“A língua brasileira é refúgio nefasto e
nojento de ignorância do idioma pátrio,
recurso vergonhoso de homens de cultura
falsa e de falso patriotismo.”

Napoleão Mendes de Almeida, no prefácio do seu livro “Gramática
Metódica da Língua Portuguesa”, 42ª ed. 1998. p.7.
O mundo reconhece, menos nós.
Antonella Annovazzi Vallardi.

Ásio-Americano.
“ JÂR URGANA, AGAD TE SUMERMURU....”
( O bom rei Urgana construiu a Suméria )
JÂR = senhor, rei. No tupi Taba-jaras – senhores das tabas
Goia-jaras – senhores de Goiás. Na Pérsia temos Jâr-Dario. O Tsar da Rússia tinha o
mesmo título.
AGAD – em tupi é igual a agatu ou acatu e significa bom
A conjunção “TE” é igual nas antigas línguas:
ET no grego
TE no latim
ITÉ no tupi, como em ita-ité (pedras) , batur-ité (montes altos),
SUMER – é o título do rei Urgana
MU – significa nas leis de Urgana “construiu”. No tupi temos Cara-muru que é o
mestre de obras da escola dos cários. Da mesma origem são:
Muru e murare no latim
Mauer e maueru no germano e;
Mur e muren no alemão do baixo.
Tribos portuguesas – séc.VII a.c.

Celtas, celtiberos, lusitanos, vetões, gallaicos, brácaros,
coelenos, equesos, gróvios, leunos, límicos, pésures,
tamagani, zoelas, torudos, gregos, fenícios, cartagineses
e árabes.

OBS. Só os árabes descobriram Portugal por 600 anos.
Contra a verdade não há argumento.

Para classificar o germânico, foi usado o critério
de uma tradução da bíblia, no século IV.
 “CATECISMO NA LINGOA BRASILICA, NO QVAL
SE CONTEM A SVMMA DA DOCTRINA CRISTÔ.
(Lisboa, 1618 – Pedro Crasbeeck ).
Escrita Cuneiforme da Suméria.
Evolução da Escrita
Inscrições Fenícias em Pouso Alto PB (1871)
Inscrições hititas em Ingá PB
Entre o rio Xingu e o rio Araguaia
“Existem coisas estranhas" – Assim escreveu Fawcett que também
localizou estranhos monumentos em meio às florestas inexploradas.
Encontrado na Floresta Amazônica
Encontrado no sertão da Bahia (Doc. 512)
No caso da língua portuguesa.
O Latim Vulgar e o galego contribuíram com cerca de
90% das palavras ditas portuguesas.
Embora as línguas nativas da Ibéria tenham se constituído
muito antes da colonização romana, poucos traços
dessas línguas persistiram no português.
No caso da língua brasileira.
O Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de
Origem Tupi (Antônio Geraldo da Cunha, 1978) é, sobre
tais aspectos, de um valor tal, que passará a ser
necessariamente ponto de referência para os
pesquisadores da modalidade falada e escrita do
“português do Brasil”, quando se falar em “empréstimos”
vindos de fontes brasílicas ou afins:
Tais empréstimos são abusivamente invocados, pois
quando a teoria da língua portuguesa no Brasil não
recorreu à noção de empréstimo, ela não respeitou os
fenômenos fonológicos, sintáticos, semânticos e
morfológicos relacionados aos vocábulos que não são do
seu acervo primitivo.
No corpus lexical geral da “língua portuguesa no Brasil”
isso chega a ser trágico, já que, sem exagero, no mínimo
90% desse corpus são empréstimos.
( Antônio Houaiss).
URUBICI-SC (4000 anos)
Reinado: 887 a 850 a.c.
QUESTÕES ORTOGRÁFICAS:






kwetwores - Sumério
Chatur – Sânscrito
Quattuor - Latim
Quatro – Português
Cuatro - Castelhano
 O jogo de xadrez tem seu nome originário do sânscrito
pela associação dos termos chatur e anga (quatro
partes, em referência aos quatro elementos dos
exércitos na época: elefantes, cavalaria, carruagens (ou
barcos) e infantaria, os quais eram as peças que
compunham o jogo antecessor do xadrez, o chaturanga).
O vocábulo chegou à nossa língua através da seguinte
evolução: (sânscrito) chatur anga → chaturanga →
(persa) schatrayan → schatrayn → shadrayn / shadran
→ (árabe) al xedrech → alxedrez → ajedrez
(castelhano) e xadrez (português). No oriente se tornou
Xiangqi (China) e (xiangi → xongi) Shogi (Japão).
ORIGEM DAS PALAVRAS
BRASILEIRAS.
ARAGUARI (MG)
ara’guá’ry
ará: arara, papagaio + guá: vale, enseada
+ r’y: rio, água. Rio do vale das araras.
 ARAPIRACA (AL)
ará’pir’aca
ará = mirá>YMYRA ou IBIRA- madeira +
pira: casca + áca: solta, frouxa: árvore de
casca solta

ARAGUAINA TO
Ará = arara + gua = enceada +ina = na,
da, para a, através, diante (sumério)
 ARAXÁ (MG)
Em português (Arachá).
ara’exá
ara: o dia, o sol + exá: a visão, de onde
se avista o dia, a paisagem. O planalto.

AVARÉ (SP)
abá’ré
aba: homem + ré: diferente, outro : nome
que os índios deram ao padre, o
missionário e daí surgiu ABADE.
 BAURU (SP)
ymyrã’rema
ybá:fruta+urú: cesto - cesto de frutas.

BURITAMA (SP)
ybytu’catu
burity: palmeira + tama, rama: terra.
Terra dos buritis, buritizeiros.
 GRAVATÁ (PE)
Kaa’rakua’tã
kaá: folha, planta, rákua: ponta, tã (antã)
duro = folha de ponta dura.

GUAÍRA (SP)
kuá’y’rá
guá: enseada, o vale + y: rio, água + rá: o que
impede. Onde não se pode passar. As águas da
queda da cachoeira.
 GUARÁ (SP)
uyrá
uirá: ave, pássaro. Nome da garça vermelha.
(a’u’ara = o que devora. Nome do lobo ou
cachorro do mato).

GUARAÍ TO.
A’u’ara = lobo, cachorro do mato + Y = rio
> rio dos guarás.
 GURUPI (TO)
kuru’p'y
curu: cascalho, pedregulho + pe: local +
y: rio. Rio do cascalho.

IPIRANGA (PR)
y: água, rio + piranga: vermelho. Água
vermelha ou rio vermelho, barrento.
 ITABIRA (MG)
itá’pira
itá: pedra + pira (bira) erguida, empinada.
 ITAPIRATINS TO. Pedra de bico empinado.

ITAJAÍ (SC)
itá’ya’y
itá: pedra + ya: muitas + y: rio. Rio
pedregoso.
 ITAMARATI (MG)
itá’mberá’ty
itá’mbará: pedra clara, cristal + t‘y: rio =
rio dos cristais ou diamantes.

ITU (SP)
y’tu
y: água + tu: queda = queda d’água,
salto, cachoeira.
 IBIRAPUERA SP.
YMYRA ou YBYRA = madeira + PUERA ou
PUEVA = podre > Madeira podre.

PARANAPANEMA (SP)
pará’nã’panema
pará: o mar + nã: semelhante, parecido +
panema: ruim, imprestável. Rio grande de
pouca utilidade.
 Pirassununga, SP
pirá’sununga
pirá: peixe + sununga: o barulho de
peixes.

O"tupi"se tornou legalizado com a Carta Régia
de 30 de novembro de 1689: A língua geral era
daqui em diante a língua oficial do Brasil, era
ensinada pelos padres até aos próprios filhos
dos colonos portugueses.
A gramática só deve existir enquanto instrumento fiel de
registro da língua que a serviu como base,
...Tendo como justificativa legítima para a sua elaboração,
regras precisas e claras em favor dos seus usuários. Jamais,
ser ela, estorvo para quem a busca.
Tem que obedecer três características
fundamentais:
1º - Ser natural, fornecendo aos usuários os elementos
necessários a sua aplicação,
2º - Ser adaptada ao usuário em questão,
3º - Descrever fatos reais utilizados pelo falante da
língua e não fantasias e opiniões pessoais.
(Mário A. Perini)
Para gramático “lusófono” responder.

Em uma situação em que alguém pergunta:
-Por que você fez isso?
E a resposta é:
-Você quer mesmo saber o______?...
OBS: Eu estou respondendo (porque),
estou também perguntando (por que),
está antes do artigo"o" (porquê) e
também está em final de frase e antes de
um ponto de interrogação, (por quê)
O porquê na frase acima, equivale a
"motivo“ e "razão".


Portugal não conseguiu nem sequer uma palavra
genuinamente portuguesa para denominar o seu
país e o seu povo, pois “Portugal” é um nome
híbrido derivado de “Portus” de origem
latina(itálica) e “Kálos” de origem grega que
significa “belo”. Já o nosso velho idioma
conseguiu nomear o nosso pais e o nosso povo
com uma palavra composta por aglutinação,
puramente de verbetes tupi: YMYRAPITÔ onde
YMYRA significa madeira, e PITÃ significa cor de
“BRASA”, vermelha.

Nenhuma nação que almeje ser moderna,
com responsabilidade e justiça para o seu
povo, deve construir os alicerces de um
futuro promissor sem assumir com
coragem e honestidade intelectual o
verdadeiro passado histórico que sustenta
a identidade coletiva de suas próprias
origens como povo soberano.
(Ricardo Tiné).
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