FACULDADES PITÁGORAS – CAMPUS DIVINÓPOLIS
HOMEM, CULTURA E
SOCIEDADE
PROFA. ANA CLEONICE
CURSO: ENGENHARIA CONTROLE
AUTOMAÇÃO
1
PLANO DE ENSINO

A formação do pensamento
ocidental. O homem e a sociedade. O
homem como produto e produtor da cultura.
As relações étnico-raciais e a luta antirracista
do movimento negro do Brasil.
EMENTA:
2
PLANO DE ENSINO –
OBJETIVOS
GERAL: Promover o exercício do pensar filosófico,
através de questionamentos e da formulação de um
pensamento argumentativo, proporcionando a análise
do momento histórico atual, seus problemas e
desafios humanos e sociais, relacionando-os com as
questões da conduta humana, da dimensão ética do
homem, da crise na modernidade e da
responsabilidade social nos negócios.
3
PLANO DE ENSINO – OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:




Conhecer a formação do pensamento ocidental, da antiguidade à
modernidade, dentro do seu contexto histórico e cultural.
Conhecer o início da reflexão racional sistemática sobre o homem e
a sociedade e compreender as mudanças ocorridas na sociedade
capitalista e sua relação com o advento das modernas teorias
sociais.
Propiciar ao aluno condições para a compreensão da complexidade
e das multideterminações do ser humano enquanto ser biológico e
ser sócio-cultural e para o entendimento e o respeito das diferentes
lógicas culturais. Possibilitar o conhecimento da trajetória histórica
do pensamento antropológico e a especificidade metodológica
desta disciplina.
Conhecer e analisar as relações étnico-raciais no Brasil, bem como
o tratamento de questões e temáticas referentes aos
afrodescendentes.
4
PLANO DE ENSINO –
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1 - A formação do pensamento ocidental – 30
horas.
Unidade 2 - O homem e a sociedade - 6 horas.
Unidade 3 - O homem enquanto produtor e produto da
cultura – 20 horas.
Unidade 4 - As relações étnico-raciais e a luta antirracista
do movimento negro do Brasil. (4 horas)
5
PLANO DE ENSINO – SISTEMA
DE AVALIAÇÃO



A verificação do rendimento escolar será
feita através de:
→ avaliações individuais, compreendendo 02
provas produzidas ao longo da disciplina,
que valerão ao todo 70 (setenta) pontos.
→ avaliações de tarefas ou trabalhos
produzidos por equipes de aprendizagem
durante a disciplina valendo, ao todo, 30
(trinta) pontos.
6
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS
Distribuição de pontos entre as avaliações individuais e as
avaliações das equipes, da seguinte forma:
 Valor: 10 pontos - PESO: 1,5 - Trabalho em grupo
 Valor: 10 pontos - PESO: 3,5 - Prova individual
ATÉ 28-09-2012
Valor: 10 pontos - PESO: 1,5 - Trabalho em grupo
 Valor: 10 pontos - PESO: 3,0 - Prova individual
ATÉ 07-12-12


Multidisciplinar : 5 pontos + 5 pontos extra – dia 22/11/2012
.Esta avaliação é preparatória para o Enade e será aplicada
em todas as turmas, independente de período letivo.
7
Critérios para aprovação
TIPO DE AVALIAÇÃO
ETAPA
PONTOS
QUANDO OCORRE
Individual
Equipe
1ª
50
35
15
Até 28/09/2012
2ª
50
35
15
Até 07/12/2012
Segunda
chamada
35
35
-
11/12 a 14/12
Avaliação Final - Suplementar
De 17 a 18 de Dezembro
Mínimo para aprovação:
60 pontos – 75% de frequência
O que é a Segunda Chamada?
A quem atende: Aos alunos que, por motivo de força maior, não puderem comparecer à
atividade avaliativa oficial na data determinada pelo professor.
Como funciona: Ao não ter nota de Avaliação Individual lançada (ausente), o aluno já se torna
apto a fazer a segunda chamada, na semana constante no Calendário Acadêmico (de 11 a 14
de Dezembro). É cobrada uma taxa de R$ 10 e o aluno só pode fazer uma prova perdida por
disciplina (uma etapa). Lançamento da nota tem que ser feito no campo 2ª chamada.
IMPORTANTE:
•
•
•
•
Não é permitida SEGUNDA CHAMADA para melhorar nota (só o aluno ausente);
Conteúdo da prova é o acumulado do semestre inteiro;
O próprio professor aplica a prova, na semana designada (semana é letiva);
Não haverá exceções. A prova será aplicada no dia estipulado pela instituição.
PLANO DE ENSINO –
BIBLIOGRAFIA BÁSICA



ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS,
Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução a filosofia. São Paulo: Moderna,
2009.
TURNER, Jonathan H. Sociologia:
conceitos e aplicações. São Paulo: MaKron
Books, 1999.
NOVA, Sebastião Vila. Introdução à
sociologia. São Paulo: Atlas, 2000.

10
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR




LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um
conceito antropológico. 24ª Ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 2009.
LINHARES, Maria Yedda. História Geral do
Brasil. 9ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier/Campus, 2011.
MARTINS, Carlos. O que é Sociologia? 38ª
ed. São Paulo: Brasiliense. 1994.
MONDIN, Battista. O homem: quem é ele?
12ª ed. São Paulo: Paulus, 1997.
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AVISOS IMPORTANTES






Todo material da disciplina será disponibilizado somente
no portal da faculdade.
O cronograma da disciplina está disponível no portal da
faculdade. Mas, pode ocorrer algumas alterações de data,
dependendo da evolução do processo de ensino
aprendizagem.
Não haverá mudança nas datas de avaliações individuais.
Faça sempre anotações durante as aulas e não deixe
acumular leitura e nem exercícios!
Acompanhe as aulas estruturadas no portal.
Haverá exercícios em sala de aula e também apresentação
de seminários. Para todas as atividades serão atribuídos
pontos.
12
AVISOS IMPORTANTES





Não se retira falta lançada. Portanto, administre suas faltas,
acompanhe os lançamentos no portal, semanalmente! Você pode
ter até 25% de faltas!
Todos os dias, haverá chamada. Não há horário estabelecido para
chamada.
As questões abertas nas avaliações deverão ser objetivas e
completas. Dê sempre a resposta mais completa possível. Escreva
como se quem fosse ler seu texto não tenha ideia do que se trata
mas, ainda assim, essa pessoa seja capaz de entender o que você
escreveu. Releia o que escreveu, corrija!
As questões fechadas são retiradas de provas do ENADE e
concursos.
Deixar o celular no silencioso e atender somente fora da sala.
13
Calendário Acadêmico 2012_2
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UNIDADE I – A FORMAÇÃO DO
PENSAMENTO OCIDENTAL
1.1 O pensamento mitológico
1.2 O pensamento pré-socrático
1.3 O pensamento clássico
1.4 O pensamento cristão medieval
1.5 O pensamento moderno
15
LEITURA OBRIGATÓRIA
(REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA)



1.1 O pensamento mitológico - Capítulo 2 – “A
consciência mítica”
1.2 O pensamento pré-socrático – Capítulo 3
“Nascimento da filosofia” e Capítulo 13 “A busca da
verdade”
1.3 O pensamento clássico - Cap.14 “A metafísica da
modernidade”
Livro: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando:
Introdução à Filosofia. 4ed. Editora Moderna, 2009
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Pensamento
Mítico e
Pensamento
Lógico
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O pensamento mítico
pertence ao campo do pensamento simbólico e da
linguagem simbólica, que coexistem com o campo
do pensamento e da linguagem conceituais. Duas
linhas de estudos mostraram essa coexistência,
embora essas duas modalidades de pensamento e
de linguagem sejam não só diferentes, mas
também, freqüentemente, contrárias e opostas.
OS DOIS HEMISFÉRIOS DO CÉREBRO
ESQUERDO
Imagens
Símbolos
Emoções
DIREITO
Tempo
Conceitos
Razão
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O pensamento mítico
O mito e o rito, escreve Lévi-Strauss, não são lendas
nem fabulações, mas uma organização da realidade a
partir da experiência sensível enquanto tal. Para
explicar a composição de um mito, Lévi-Strauss se
refere a uma DESIGNADA DE bricolage? Produz um
objeto novo a partir de pedaços e fragmentos de
outros objetos.
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Deus Ajax, deus do trovão
O pensamento mítico
O mito possui, assim, três características principais:
1. função explicativa: o presente é explicado por
alguma ação passada cujos efeitos permaneceram no
tempo. Por exemplo, uma constelação existe porque,
no passado, crianças fugitivas e famintas morreram na
floresta e foram levadas ao céu por uma deusa que as
transformou em estrelas; as chuvas existem porque,
nos tempos passados, uma deusa apaixonou-se por
um humano e, não podendo unir-se a ele diretamente,
uniu-se pela tristeza, fazendo suas lágrimas caírem
sobre o mundo, etc.;
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O pensamento mítico
O mito possui, assim, três características principais:
2. função organizativa: o mito organiza as relações sociais (de
parentesco, de alianças, de trocas, de sexo, de idade, de poder,
etc.) de modo a legitimar e garantir a permanência de um
sistema complexo de proibições e permissões. Por exemplo,
um mito como o de Édipo...
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O pensamento mítico
O mito possui, assim, três características principais:
3. função compensatória: o mito narra uma situação passada, que
é a negação do presente e que serve tanto para compensar os
humanos de alguma perda como para garantir-lhes que um erro
passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão
estabilizada e regularizada da Natureza e da vida comunitária
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O pensamento mítico
Como opera o pensamento mítico?
Antes de tudo, pela reunião de heterogêneos. O mito
reúne, junta, relaciona e faz elementos diferentes e
heterogêneos agirem uns sobre os outros. Por
exemplo, corpos de crianças são estrelas, lágrimas de
uma deusa são chuva, o dia é o carro do deus Apolo, a
noite é o manto de uma deusa, o tempo é um deus (na
mitologia grega, Cronos), etc
Ajax – Deus do Trovão................
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O pensamento mítico
Como opera o pensamento mítico?
Em segundo lugar, o mito organiza a realidade, dando às
coisas, aos fatos, às instituições um sentido analógico e
metafórico, isto é, uma coisa vale por outra, substitui outra,
representa outra.
Sonhar com cobra é sinal
de perigo...
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O pensamento mítico
Como opera o pensamento mítico?
Em terceiro lugar, o mito estabelece relações entre os seres
naturais e humanos, seja fazendo humanos nascerem, por
exemplo, de animais, seja fazendo os astros decidirem a sorte e
o destino dos humanos (como na astrologia)
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O pensamento mítico
A peculiaridade do símbolo mítico está no fato de ele encarnar aquilo
que ele simboliza. Ou seja, o fogo não representa alguma coisa, mas
é a própria coisa simbolizada: é deus, é amor, é guerra, é
conhecimento, é pureza, é fabricação e purificação, é o humano.
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O Pensamento Conceitual
enquanto o pensamento mítico opera por bricolage
(associação dos fragmentos heterogêneos), o
pensamento conceitual opera por método
F = k. q1. q2
d2
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O Pensamento Conceitual
um conceito ou uma idéia não é uma imagem nem um
símbolo, mas uma descrição e uma explicação da
essência ou natureza própria de um ser, referindo-se a
esse ser e somente a ele;
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O Pensamento Conceitual
um juízo e um raciocínio não permanecem no nível da
experiência, nem organizam a experiência nela mesma,
mas, partindo dela, a sistematizam em relações
racionais que a tornam compreensível do ponto de vista
lógico;
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O Pensamento Conceitual
o pensamento lógico submete seus procedimentos a
métodos, isto é, a regras de verificação e de
generalização dos conhecimentos adquiridos
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O Pensamento Conceitual
O pensamento cosmogônico narrava a origem da
Natureza através de genealogias divinas: as forças e os
seres naturais estavam personalizados e simbolizados
pelos deuses, titãs e heróis, cujas relações sexuais
davam origem às coisas, aos homens, às estações do
ano, ao dia e à noite, às colheitas, à sociedade.
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O Pensamento Conceitual
O pensamento cosmológico explicava a origem da
Natureza pela existência de um ou alguns elementos
naturais (terra-seco, água-úmido, ar-frio, fogo-quente),
que, por sua força interna natural, se transformavam,
dando origem a todas as coisas e aos homens.
Exercício 1
Em grupo (máximo 5 pessoas), pesquisem
sobre os mitos subjacentes nas produções
culturais (telenovelas, propagandas, filmes,
histórias
em
quadrinhos,
programas
humorísticos, etc). Elaborem um relatório
para ser apresentado à classe. Em seguida,
haverá um debate sobre os temas expostos.
34
As origens da filosofia
Os filósofos pré-socráticos
•
•
•
O homem, diante do mistério da realidade, busca por
uma razão de ser que justifique a sua existência e a
do mundo. Foi nessa busca que surgiu a Filosofia.
A Filosofia teve sua origem na cultura grega e será
uma das mais importantes contribuições dos gregos
para o mundo ocidental.
Os primeiro filósofos foram, o que hoje chamamos de
pré-socráticos e Aristóteles, em sua metafísica,
chamou-os de físicos, pelo fato de se dedicarem ao
conhecimento da physis, ou natureza. Porém esta
natureza não deve ser tomada em termos técnicos,
como é comum hoje em dia.
A Physis
•
•
Será a partir da Physis que os pré-socráticos irão
ampliar a compreensão da totalidade do real: do
cosmos, dos deuses, do homem, da verdade, do
movimento, da justiça.
A physis deve ser, portanto, entendida como aquilo
que por si surge e desenvolve-se; designa o que é
primário, fundamental e persistente. Opõe-se ao
secundário, derivado e transitório. Compreende a
totalidade de tudo o que é. Ela é a aurora, o
crescimento das plantas, o nascimento de animais e
homens.
•
•
Até bem pouco tempo, os pré-socráticos era
considerados
filósofos
“menores”.
Ficavam
escondidos atrás do pensamento de Platão e
Aristóteles, que eram tomados como a única medida
do pensamento grego.
Porém, de Nietzsche a Heidegger, muitas foram as
interpretações sobre os pré-socráticos, e que
ampliaram as perspectivas sobre os problemas
filosóficos.
•
Algumas dificuldades são encontradas no estudo dos
pré-socráticos: a linguagem utilizada por eles, parece
muitas vezes fugir ao rigor pretendido pela filosofia,
aparentando ser enigmática e mitológica. Além disso a
maior dificuldade se dá pelo fato de não conhecermos
a obra completa de nenhum deles. Só o que nos
restam, são fragmentos.
•
Porém, pensamento pré-socrático chega a ser até
mesmo profético, e por isso supera todas as
dificuldade
apresentadas
em
seu
estudo.
Encontramos nos fragmentos desses filósofos, muitos
fundamentos
que
determinaram
o
curso
do
pensamento ocidental. Sendo assim, estão mais
próximos de nós do que muitas vezes imaginamos.
Tales de Mileto
•
•
•
Mileto era a mais importante cidade da Jônia. Berço
dos epos homéricos. Tornava-se famosa pela
atividade comercial de seus navegadores.
Sobre a vida de Tales pouco se sabe. Mas atribui a
ele a previsão do eclipse total do sol de 28 de maio de
585 a.C., o que permititiu aproximações sobre sua
data de nascimento – 624 a.C. – e de morte – 547
a.C..
Participou ativamente da vida política e militar de sua
cidade.
•
•
Não há registro de que tenha escrito sua filosofia, mas
era reconhecido por Aristóteles como o pai da
filosofia.
Diz que a água é a origem de todas as coisas e que
deus é a inteligência que faz tudo a partir da água.
Anaxímenes de Mileto
•
Nasceu provavelmente em 585 a.C e morreu durante
a 63ª Olimpíada, ou seja, 528 e 525 a.C.. É tudo o
que se sabe sobre sua vida.
O ar seria o elemento que constituiria todas as coisas a
partir de sua condensação e rarefação: o fogo é ar
rarefeito; pela condensação forma-se o vento, as
nuvens, a água, a terra e finalmente a pedra.
•
•
Foi o primeiro a afirmar que a Lua recebe a sua luz do
Sol.
Único Fragmento: Como nossa alma, que é ar, nos
governa e sustém, assim também o sopro e o ar
abraçam todo o cosmo.
Xenófanes de Cólofon
•
•
•
•
Acredita-se que tenha vivido 120 anos (580-577 a.C.
até 460 a.C.)
Rapsodo. Escreveu exclusivamente em versos.
Os elementos originários de todas as coisas são a
terra e a água.
Combate a visão antropomórfica dos deuses e
defende a existência de um deus único, distinto do
homem, não gerado, eterno, imóvel, puro pensamento
e que age pelo pensamento.
Fragmentos
•
•
•
15- Tivessem os bois, os cavalos e os leões mãos, e
pudessem, com elas, pintar e produzir obras como os
homens, os cavalos pintariam figuras de deuses
semelhantes a cavalos, e os bois semelhantes a bois,
cada (espécie animal) reproduzindo a sua própria
forma.
16 – Os etíopes dizem que os deuses são negros e de
nariz chato, os trácios dizem que tem olhos azuis e
cabelos vermelhos.
29 – Tudo o que nasce e cresce é terra e água.
Pitágoras de Samos
•
•
O que se conhece de seu pensamento é
fundamentado em fontes posteriores, no tempo de
Platão, não sendo possível avançar além das
conjeturas. Atingiu o ápice de sua existência em 530
a.C.
Defendia uma doutrina muito mais religiosa do que
filosófica. Afirmava a imortalidade da alma que
transmigra de uma a outra espécie animal. Diz-se que
Pitágoras passava diante de um pequeno cão que era
castigado, sentiu piedade e mandou que parasse de
bater, pois havia reconhecido a alma de um amigo ao
ouvir os gemidos.
•
1.
2.
3.
Há contudo três pontos que são inquestionáveis à sua
autoria:
O número é o princípio de tudo e o seu estudo reflete no
comportamento humano;
A teoria dos opostos;
A descoberta de verdades matemáticas. Vale lembrar o
famoso teorema cujo nome lhe é atribuido.
Heráclito de Éfeso
•
Nasceu na cidade de Éfeso. Sobre sua data de
nascimento, o que se sabe ao certo é que está uma
geração após Xenófanes e uma antes de Parmênides.
•
Os filósofos de Mileto já haviam dito sobre o
dinamismo universal: as coisas nascem, crescem e
perecem, porém foi Heráclito que levou a fundo essas
idéias.
•
Tudo se move, tudo escorre, nada permanece imóvel
e fixo, tudo muda e se transmuta, sem exceção.
•
Fragmento: 91 - Não se pode entrar duas vezes no
mesmo rio. Dispersa-se e reúne-se; avança e se
retira.
•
O rio é aparentemente o mesmo, mas na verdade é
constituído por águas sempre novas e diferentes, que
sobrevem e se dispersam.
•
•
1.
2.
O eterno devir dar-se-á pela eterna passagem de um
contrário a outro: as coisas frias, esquentam, as
quentes esfriam, o jovem envelhece, o vivo morre, e
do que está morto surgirá outra vida e assim seguese.
Na harmonia, os opostos se coincidem:
A ladeira que sobe é também a mesma ladeira que
desce;
No círculo, o início e o fim se coincidem;
•
Há uma unidade fundamental de todas as coisas.
•
Fragmento: 10 – Correlações: completo e incompleto,
concorde e discorde, harmonia e desarmonia, e de
todas as coisas, um, e de um, todas as coisas. Esta
passagem de um contrário a outro é o devir.
•
Heráclito já traz alguns elementos sobre a
verdade e o conhecimento: é preciso
atentar aos sentidos, visto que eles se
detém as aparências das coisas. A
verdade consiste em alcançar a
inteligência governante de todas as
coisas, que está para além dos sentidos.
Parmênides de Eléia
•
•
•
Natural de Eléia, acredita-se que o ápice de
sua vida tenha sido entre 500 a.C. e 475 a.C.
Seus primeiros contatos com a filosofia deu-se
na escola pitagórica.
O pensamento de Parmênides nos foi deixado
em um poema, que se divide em três partes:
O poema de Parmênides
1.
2.
3.
Prólogo: ele é conduzido até a deusa, que lhe
promete revelar “a verdade”. Aqui distingue-se “o
coração inabalável da verdade bem redonda” das
“opiniões dos mortais”. A Distinguirá dois caminhos
de investigação do ser: o da verdade e o da opinião.
O caminho da verdade: – considerado o caminho
da certeza, pois conduz a verdade. É o caminho do
ser.
O caminho da opinião: é o caminho das inverdades
criadas pelos mortais, pois foge ao ser. É o caminho
do não-ser. Para ele só existe um único caminho: o
ser é e o não ser não é.
•
O grande princípio da verdade de Parmênides é: o ser
é e não pode não ser; o não ser não é e não pode ser
de modo algum.
•
O ser é o positivo puro e o não ser é o negativo puro,
um é completamente contraditório ao outro.
•
Tudo o que alguém pensa e diz, é. Não se pode
pensar, nem dizer o que não é.
•
O ser é incriado, visto que se tivesse sido gerado,
teria sido a partir de um não-ser.
•
De igual forma, o ser também não pode se corromper,
visto que caminharia para o não-ser.
•
O ser não tem passado nem futuro: é um eterno
presente.
•
O ser é imutável e imóvel, pois a mutabilidade e a
mudança presumem um não ser para o qual devem
se transformar ou mudar.
•
O ser é limitado e finito, ou seja, completo e perfeito.
•
A única verdade é o ser incriado, incorruptível,
imutável, imóvel, igual e uno.
•
Ao contrário de Heráclito não admite a contradição.
•
O caminho da verdade é o caminho da razão e o
caminho do erro é o caminho dos sentidos. Os
sentidos afirmam o não-ser.
•
O poema de Parmênides, junto com os fragmentos de
Heráclito, nos oferece a doutrina mais profunda de
todo o pensamento pré-socrático.
Exercício 2

Identifique as características comuns à
reflexão dos filósofos pré-socráticos.
60
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FACULDADES PITÁGORAS – CAMPUS DIVINÓPOLIS O