Cinqüentenário
8 •
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
A base está formada.
Levou cinqüenta anos para ser
construída. Mas resultou sólida,
competente e de reconhecida
qualidade. O momento, agora,
é o de unir esforços para
aproveitar esta base e
dar o novo salto.
uando, em 16 de agosto
de 1956, o então presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira formalizou a criação do Geia, Grupo Executivo da Indústria Automobilística, com o objetivo de estimular a
fabricação local e não somente a
montagem de veículos no Brasil,
certamente não teria como imaginar o vulto que aquela sua iniciativa acabaria adquirindo.
Hoje, passados 50 anos, o setor automotivo instado no País festeja suas bodas de ouro apresentando números de fato impressionantes: são 24 diferentes montadoras abastecidas por mais de quinhentas empresas de autopeças.
Trata-se de um complexo industrial com capacidade instalada
para produzir 3,5 milhões de veículos e 98 mil máquinas agrícolas/
ano - produtos que são comerIndústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
• 9
Cinqüentenário
A implantação e
desenvolvimento
do setor automotivo
impulsionaram o Brasil
a mudar de patamar
econômico.
cializados por uma rede de 3,6
mil concessionários, espalhados
por todo o território nacional.
Em seu conjunto, é, agora, um
setor que responde direta ou
indiretamente pelo emprego
de 1,3 milhão de pessoas.
É um setor que faturou em
2005 US$ 42,3 bilhões - incluindo autopeças -, US$ 18,1 bilhões
dos quais vieram de exportações, gerando um saldo de comércio exterior da ordem de
US$ 9,2 bilhões.
Presença nacional
Só as montadoras contam
hoje com 45 diferentes plantas
industriais, distribuídas por sete
estados e 26 municípios. São fábricas que produzem todo tipo
de veículos, de automóveis e
comerciais leves a caminhões,
ônibus, tratadores e colheitadeiras.
Veículos cuja produção e
comercialização, vale ressaltar,
recolheram R$ 21 bilhões aos
cofres públicos, só no ano passado, com a cobrança de IPI,
ICMS, PIS e Cofins. E são números que devem crescer ainda
mais neste ano, decorrência
Produção de autoveículos
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Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
natural do já projetado crescimento nas vendas domésticas e
na produção.
Desde 1957 - quando a primeira fábrica desta nova fase
entrou em operação - até dezembro de 2005, foram produzidos no Brasil 36,1 milhões de
automóveis, 6,8 milhões de comerciais leves, 2,8 milhões de
caminhões e 613 mil ônibus,
totalizando 46,4 milhões veículos. E quando este ano do
cinqüentenário se encerrar,
caso se concretize a expectativa de que mais 2,6 milhões de
unidades sejam produzidas, o
acumulado da indústria automobilística ultrapassará 49 milhões de unidades.
No período 1960-1995, da
área de maquinas agrícolas,
deixaram as linhas de montagem das diversas fábricas 1,3
milhão de tratores de rodas,
74,8 mil tratores de esteiras,
145,4 mil colheitadeiras, 59,5
mil retroescavadeiras e 126,1
mil cultivadores motorizados,
num total de 1,8 milhão de máquinas.
Bem apoiada em tais números, a indústria automotiva
instalada no Brasil entra agora
numa nova fase ainda mais ambiciosa. Além de exportar veículos e componentes para todos os continentes, passa a incluir também serviços de engenharia em sua pauta de exportações. Vale dizer que não chega a dez, em todo o mundo, o
número dos países com tal
capacitação tecnológica.
Trata-se do resultado prático de um processo que se iniciou em 1956 e continua avançando. Nestes 50 anos o Brasil
recebeu, com as montadoras e
seus fornecedores diretos, não
apenas capacitação para a produção de veículos e máquinas
agrícolas, mas também novos
sistemas de produção e administração, onde se destacam rígidos sistemas de controle de
50 ANOS DA ANFAVEA.
UMA HISTÓRIA QUE A GENTE TEM ORGULHO
DE AJUDAR A CONTAR.
Homenagem da Abradif aos 50 anos da Anfavea e da indústria automobilística brasileira.
ABRADIF
Cinqüentenário
Não foram poucas
as dificuldades para
convencer os revendedores
a trabalhar com
automóveis pequenos.
qualidade, boa parte dos quais
calcados em duras exigências
de certificação e de respeito ao
meio ambiente.
A implantação e desenvolvimento do setor automotivo
impulsionaram o Brasil a mudar
de patamar econômico. O País
deixou de ter sua economia exclusivamente apoiada na agricultura e na produção do
commodities primárias. Passou,
de fato, a ocupar lugar no chamado mundo industrializado.
Um retorno ao Brasil dos
anos cinqüenta e sessenta, ainda que breve e ligeiro, permite
compreender melhor o real impacto da chegada da indústria
automotiva ao Brasil. Adalbert
de Queiroz, que foi um dos responsáveis pela seleção dos primeiros fornecedores para a então Mercedes-Benz do Brasil,
hoje DaimlerChrysler, ainda se
diverte quando recorda que o
terreno em São Bernardo do
Campo, no ABC paulista, onde
foi construída a fábrica da empresa, era o local para onde as
famílias paulistanas viajavam
Trabalhadores: trunfo e diferencial
Um dos principais trunfos do setor automotivo instalado no País
na hoje tão dura disputa global pela atração de novos investimentos está na qualidade de seus trabalhadores. Ao longo dos cinqüenta anos completados neste 2006, o Brasil conseguiu formar,
em todos os níveis, contingente de trabalhadores com impar capacidade de gerar qualidade, trabalhar em equipe e, sobretudo, de
se adequar aos novos sistemas de administração e de produção.
Participativos por natureza, os trabalhadores brasileiros deste setor estão sempre prontos a apresentar sugestões e a buscar
maneiras mais eficientes de tocar a produção -- não raro servem
de parâmetro e exemplo para as demais unidades de suas companhias no restante do mundo.
São, ainda, trabalhadores reunidos e representados por entidades de classe que conhecem muito bem as características deste
setor no Brasil e no mundo. Entidades cuja atuação amadureceu
junto com o setor ao longo do tempo e que, hoje, negociam contratos trabalhistas de longo prazo, indispensáveis para que as
empresas possam melhor se planejar em relação ao futuro.
Neste mundo automotivo cada vez mais globalizado e competitivo, trata-se, em dúvida, de um diferencial e tanto.
12 •
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
para fazer piqueniques nos fins
de semana.
Queiroz, por sinal, foi recrutado pela então MercedesBenz das fileiras do Exército
Brasileiro, do qual era oficial.
Pela simples e boa razão de
que, naquela época, o Exército
era um dos raros locais nos
quais pessoas com boa formação em engenharia mecânica
podiam ser encontradas: eram
os oficiais encarregados da
compra e manutenção dos veículos militares, função para a
qual tinham sido capacitados
em cursos de engenharia realizados nos EUA.
E como era feita a seleção
dos fornecedores? Queiroz conta que rodava sem rumo certo
pelas ruas do ABC. Quando via
uma oficina equipada com pelo
menos um torno entrava e perguntava se os proprietários teriam algum interesse em receber treinamento para produzir
peças para a Mercedes. "Não
raro, o que ouvíamos como resposta era outra pergunta: e o
que é que faz esta tal de dona
Mercedes?".
Harald Üller Gessner chegou ao Brasil mais ou menos
nesta mesma época. Veio da
Alemanha com a missão de
montar a rede de distribuidores autorizados da Volkswagen.
Em entrevista concedida à revista AutoData ele contou que,
certa vez, chegou ao Rio de Janeiro a bordo de um Fusca
bicolor com o qual pretendia
convencer os executivos da
Mesbla, então grande importadora de carros dos EUA, a aceitar a representação da marca
no mercado carioca.
Eis a resposta que ouviu:
"No Brasil só existem ricos e
pobres. Os ricos compram os
carros que importamos dos
EUA. E os pobres, quando muito, trabalham como lavadores
dos carros dos ricos. Os ricos não
vão querer comprar este carri-
Tem tecnologia
em peças
e componentes
automotivos,
tem que ter
Inox Acesita.
Tem combustível
para ir
mais longe,
tem Inox Acesita
até na exploração
de petróleo.
Tem liberdade,
tem Inox Acesita.
Não dá mais para imaginar a vida sem veículos. Todos os dias, carros, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas
movimentam pessoas e a economia do país inteiro. Por isso, é um grande orgulho para a Acesita estar presente no
aniversário da Anfavea. Uma associação que não só mostra essa importância, mas também contribui diretamente para
o crescimento do setor. Parabéns pelos 50 anos. Acesita. Presente no setor automotivo, presente na sua vida.
www.acesita.com.br
Cinqüentenário
Em meados da década
de 70, quando foram
iniciadas as obras de
terraplenagem do terreno
no qual seria instalada a
fábrica da Fiat de Betim,
em Minas Gerais, não
havia, em Belo Horizonte,
a capital do Estado,
um único restaurante
no qual fosse possível jantar
após as oito da noite.
nho que a Volkswagen pretende fabricar em São Bernardo do
Campo. E os pobres, poderão
até querer, mas não terão como
pagar. É melhor vocês desistirem
desta empreitada. Não têm a
menor chance de sucesso".
Vale ressaltar que duas décadas depois a Mesbla acabaria se
transformando no maior concessionário Volkswagen do País, com
lojas distribuídas por vários Estados. Gessner, por sinal, acabaria
transferindo-se para a Karmann
Ghia do Brasil, cuja produção no
País iniciou-se por volta de 1960,
já no terreno, também em São
Bernardo do Campo, no qual até
hoje está instalada.
Quem passa pela rodovia
Anchieta, a caminho do litoral
Sul de São Paulo, não tem como
A indústria de veículos e
máquinas agrícolas no Brasil
Ano
Empr
esa
Empresa
Cidade - UF
1930
1953
General Motors
Ford
Volkswagen
Caterpillar
DaimlerChrysler (Mercedes-Benz)
Scania
Volkswagen
General Motors
Karmann-Ghia
Toyota
Valtra
Ford - tratores
Massey Ferguson
Scania
Toyota
Agrale - tratores
SLC
Ford
Volkswagen
Ford
Komatsu
CNH - Case, New Holland
CNH - Case, New Holland
(a New Holland sucedeu em 2005 a Fiatallis, 1950)
Caterpillar (vinda de São Paulo)
Fiat
Volkswagen
São Caetano do Sul - SP
São Paulo - SP
São Paulo - SP
São Paulo - SP
São Bernardo do Campo - SP
São Paulo - SP
São Bernardo do Campo - SP
São José dos Campos - SP
São Bernardo do Campo - SP
São Paulo - SP
Mogi das Cruzes - SP
São Bernardo do Campo - SP
São Paulo - SP
São Bernardo do Campo - SP
São Bernardo do Campo - SP
Caxias do Sul - RS
Horizontina - RS
São Bernardo do Campo - SP
Taubaté - SP
Taubaté - SP
Suzano- SP
Curitiba - PR
1954
1956
1957
1959
1960
1961
1962
1964
1965
1967
1970
1975
1976
14 •
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
deixar de ver a fábrica da empresa, localizada no alto de
uma colina. "Como aquela região inteira alagava quando
chovia, imaginamos que se a
fabrica fosse instalada num lugar elevado conseguiria operar
sem interrupções", contou
Gessner na entrevista à revista
AutoData. Mas na prática não
funcionou: "Ainda que a fábrica, de fato, permanecesse devidamente seca, os ônibus que
traziam os operários não conseguiam chegar até ela. Ou
atolavam ou não conseguiam
vencer a subida até o alto da colina, ainda sem pavimentação".
Exagero? Certamente não.
Gunnar Lindquist, o sueco responsável pela implantação da
fabrica da Scania do Brasil, não
Contagem - MG
Piracicaba - SP
Betim - MG
Taubaté - SP
muito distante de onde está a
fábrica da Karmann-Ghia, revelou à revista Carga - que na edição n.º 12, de setembro de 1985,
recuperou a história da indústria
de caminhões no Brasil - que, naquele tempo, quando chovia,
muita gente acabava dormindo
na fábrica por não ter como voltar para casa, especialmente executivos que moravam no Alto da
Boa Vista, zona sul paulistana.
Outros fatos contados por
Lindquist também servem para
mostrar o quando o Brasil mudou desde a chegada do setor
automotivo. Por exemplo, concluída a construção da fábrica da
Scania, veio o momento de selecionar os funcionários. Anúncio
veiculado pela empresa nos jornais de São Paulo estipulava:
"Precisa-se de operários. Exige-se
colegial completo. Treinamos".
Ninguém apareceu. Nem
quando as exigências foram sendo gradativamente diminuídas
até o limite mínimo - de que os
pretendentes ao emprego deveriam pelo menos saber ler e escrever. O anuncio só funcionou
quando a Scania foi ao extremo:
"Procuram-se operários. Alfabetizamos e treinamos".
Esse era o Brasil antes da
chegada da indústria automobilística. Um Brasil que foi mudando, na medida em que o próprio
setor automotivo foi alargando
suas fronteiras produtivas para
bem além do ABC paulista original, até chegar a 4 regiões, 7 estados e 26 municípios nos quais
mantém hoje fábricas instaladas.
"Precisaremos,
nos conscientizar de que,
no mundo cada vez mais
globalizado, não basta
termos custos competitivos
e boa qualidade.
Teremos de buscar, sempre,
os menores custos e
a melhor qualidade".
Cronologia das empresas
associadas à Anfavea
Ano
Empr
esa
Empresa
Cidade - UF
1977
1978
CNH - Case
DaimlerChrysler (Mercedes-Benz).
Hoje, central de peças e pós-vendas
Volvo
SLC + John Deere. A partir de 1999, John Deere
Massey Ferguson (vinda de São Paulo)
Agrale - veículos
Massey Ferguson
Volkswagen Caminhões
Volvo
Volkswagen Caminhões e Ônibus
Honda
International
Mitsubishi
Toyota
DaimlerChrysler
Land Rover
Renault
Volkswagen-Audi
John Deere
CNH Case
Iveco-Fiat
General Motors
Ford
Peugeot Citroën
Nissan
John Deere - conclusão das obras - 2º semestre
Sorocaba - SP
1979
1981
1982
1990
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2006
Campinas - SP
Curitiba - PR
Horizontina - RS
Canoas - RS
Caxias do Sul - RS
Santa Rosa - RS
São Paulo - SP
Pederneiras - SP
Resende - RJ
Sumaré - SP
Caxias do Sul - RS
Catalão - GO
Indaiatuba - SP
Juiz de Fora - MG
São Bernardo do Campo - SP
São José dos Pinhais - PR
São José dos Pinhais - PR
Catalão - GO
Piracicaba - SP
Sete Lagoas - MG
Gravataí - RS
Camaçari - BA
Porto Real - RJ
São José dos Pinhais - PR
Montenegro - RS
Notas
1. Ford São Paulo desativada.
2. Volkswagen São Paulo desativada
3. Toyota São Bernardo do Campo produz hoje
autopeças
4. Ford tratores hoje é CNH New Holland e a
fábrica de São Bernardo do Campo foi
transferida para Curitiba.
5. A unidade industrial da Massey Ferguson em
São Paulo foi desativada e hoje está em Canoas
(AGCO).
6. A SLC foi adquirida pela John Deere.
7. A CNH Case de Sorocaba foi desativada.
8. A International atua hoje exclusivamente para
mercados externos.
9. A produção da Land Rover foi desativada em
dezembro de 2005.
10. A John Deere instalará em Montenegro sua
linha de tratores.
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
• 15
Cinqüentenário
Vale a lembrança de que,
em meados da década de 70,
quando foram iniciadas as obras
de terraplenagem do terreno no
qual seria instalada a fábrica da
Fiat de Betim, em Minas Gerais,
não havia, em Belo Horizonte,
a capital do Estado, um único
restaurante no qual fosse possível jantar após as oito da noite.
O mesmo Estado que, hoje, trinta anos depois da chegada da
montadora, rivaliza com o Rio
de Janeiro em contribuição para
o PIB nacional.
Daquele "alfabetizamos e
treinamos" da Scania, até a
capacitação atual para exportação de serviços de engenharia
automotiva, um grande salto
evolutivo, de fato, aconteceu.
E em todas as áreas. Foi, afinal,
em volta das montadoras que
se deu a reorganização dos trabalhadores em torno de seus
sindicatos. E foi a partir desta
reorganização que surgiu o PT,
Partido dos Trabalhadores, ao
qual é filiado o atual presiden-
Indústria automobilística brasileira em grandes números
16 •
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
te Luiz Inácio Lula da Silva, ele
próprio, por sinal, ex-metalúrgico e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São
Bernardo do Campo.
Foi salto evolutivo de tal envergadura que, na definição de
Rogelio Golfarb, presidente da
Anfavea - entidade que neste
2006 também comemora 50 anos
de atividades -, o setor automotivo brasileiro, que agora festeja
bodas de ouro, apresenta boas
condições de custos, preços e qualidade para levar seus produtos e
serviços de maneira competitiva
em qualquer lugar do mundo,
incluindo os países da Europa
Ocidental e EUA.
A questão que hoje se coloca é que, a exemplo do Brasil, vários outros países emergentes também registraram saltos evolutivos de porte. Agora
eles se colocam como concorrentes das empresas instaladas
no País, seja como fornecedores de produtos prontos, seja na
atração de novos investimentos
Cinqüentenário
por partes dos grupos automotivos, cuja atuação é cada vez
mais globalizada.
O Brasil, salienta Golfarb, conta com a vantagem de bom mercado doméstico efetivo e potencial, competente parque produtor
- tanto de veículos quanto de sistemas e componentes automotivos isolados - sólida base de engenharia automotiva, suficiente disponibilidade de trabalhadores
qualificados, estruturada rede de
concessionários com abrangência
nacional e sofisticado sistema financeiro de apoio às vendas.
Tudo isto é, ainda, coroado
exatamente pelos 50 anos de
vivencia setorial, agora comemorados, o que, por si só já representa diferencial de considerável
peso relativo em relação a todos
os demais emergentes, sejam da
Europa Oriental ou da Ásia.
De outro lado, falta ao Brasil um bom leque de acordos bilaterais que possam facilitar o
crescimento sustentado das vendas externas. E, sobretudo, política automotiva capaz de garantir permanente redução dos custos de produção, além de, principalmente, prover crescimento
sustentado também do mercado
doméstico, a principal base de
sustentação de qualquer setor
industrial - a mais adequada forma de permitir a eliminação da
capacidade ociosa, próxima a
30% , com que as fábricas, em
média, ainda operam no País.
Trata-se do momento exato em que o Brasil terá de definir o que quer de sua indústria
automotiva nos próximos 50
anos. É um setor que reúne,
hoje, boas condições para reivindicar um lugar entre os maiores e mais importantes do
mundo. "Para isto, porém, precisaremos, antes, nos conscientizar de que, neste mundo cada
vez mais globalizado, não basta termos custos competitivos e
boa qualidade. Teremos de buscar, sempre, os menores custos
e a melhor qualidade", argumenta o presidente da Anfavea.
A base, em síntese, está formada. Levou cinqüenta anos
para ser construída. Mas resultou sólida, competente e de reconhecida qualidade. O momento, agora, é o de unir esforços para aproveitar esta base
e dar o novo salto.
Exportações por continente de destino - unidades
Veículos
Máquinas agrícolas
2004
18 •
Indústria Automobilística Brasiliera - 50 anos
2005
Alcantara Machado, Anfavea e
Indústria Automobilística Brasileira:
uma história de 50 anos .
Alcantara Machado Feiras de Negócios e Anfavea têm suas origens em 1956, época
do governo do Presidente Juscelino Kubitschek, da instalação da primeira indústria
automotiva no Estado de São Paulo e da criação do GEIA (Grupo Executivo
da Indústria Automobilística). Ao longo desses 50 anos a evolução da indústria
automobilística foi retratada nos Salões do Automóvel e na Fenatran - Feira Internacional
do Transporte, trajetórias marcadas por sucesso e investimentos no país.
Salão Internacional do Automóvel
Feira Internacional do Transporte
www.salaodoautomovel.com.br
www.fenatran.com.br
6
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2
5
Tel.: (11) 3291-9111
0
9
0
1
6
Acesse www.alcantara.com.br e conheça todos os eventos
promovidos e organizados pela Alcantara Machado Feiras de Negócios.
[email protected]
UMA GRANDE HISTÓRIA COM
MUITAS MARCAS DE SUCESSO.
Parabéns Anfavea
pelos 50 anos de sucesso.
Estamos orgulhosos de fazer
parte dessa história.
TECNOLOGIA DE VANGUARDA
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8 - Anfavea