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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CURSINHO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR
Biologia
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
EVOLUÇÃO
Profº. Felipe Moreira de Oliveira
Coordenação: Letícia Couto Bicalho
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Evolução
Evolução significa mudança: as espécies modificam-se ao longo do tempo. Na história da ciência a ideia
evolucionista é relativamente recente; o que prevaleceu até o final do século XVIII foi a ideia de que os
seres vivos eram em número fixo e imutáveis — o fixismo.
Capítulo 1
TEORIAS E EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
O primeiro a tentar explicar o processo da evolução foi Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). Lamarck
combatia as ideias criacionistas e fixistas da época, e foi o primeiro a tentar explicar cientificamente o
mecanismo pelo qual a evolução acontece.
Para Lamarck, os seres vivos vão desenvolvendo determinados órgãos de acordo com suas necessidades
de sobrevivência. Um dos exemplos mais conhecidos é o do pescoço da girafa. Segundo Lamarck, as
girafas atuais, com pescoço comprido, eram descendentes de girafas ancestrais que provavelmente tinham
pescoço curto, mas, com a necessidade de alcançar alimentos (folhagens das árvores), tinham de esticar o
pescoço, e, com isso, o pescoço alongou-se. E essa característica adquirida foi transmitida aos seus
descendentes, originando as atuais girafas de pescoço longo. Portanto, pelo uso ou desuso da
característica, e sua transmissão aos descendentes, ocorreu a evolução das espécies. E quando o
organismo não necessita do órgão o mesmo se atrofia.
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A lei do uso ou desuso ficou conhecida como a 1ª Lei de Lamarck.
Lamarck utilizou-se de outros exemplos, como o das aves que vivem em regiões alagadas e possuem as
pernas altas, de tanto esforço que faziam para não molhar as penas quando se locomoviam. Os tamanduás
apresentam a língua comprida de tanto esticá-la na captura de formigas.
A 2ª Lei supõe que as características adquiridas pelo uso (ou atrofiadas pelo desuso) são transmitidas de
geração a geração; é a lei da herança dos caracteres adquiridos.
Sabemos hoje que as variações entre indivíduos dependem da informação genética e que somente essas
informações e as mutações dos genes podem ser transmitidas a uma geração seguinte.
O biólogo alemão Weissman (1868 a 1876) conseguiu refutar as Leis de Lamarck: cortou a cauda de ratos
durante várias gerações, e os seus filhotes continuavam a nascer com cauda.
Por esse experimento, Weissman provou que essa característica adquirida pelos ratos — ausência de
cauda — não foi transmitida a outras gerações.
TEORIA DE DARWIN
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, expôs em seu livro A origem das espécies suas ideias a
respeito da evolução e do mecanismo de transformações das espécies. Aos 22 anos, embarcou a bordo do
barco inglês Beagle, e durante cinco anos viajou ao redor do mundo — América do Sul (inclusive o Brasil),
as ilhas Galápagos; depois a Nova Zelândia e a Austrália. Nas terras visitadas coletou dados e inúmeros
exemplares de organismos, que levou para a Inglaterra. Quando iniciou os estudos e a organização do
material coletado como resultado de suas observações, Darwin admitiu que as transformações que
ocorriam com as espécies eram alterações das espécies já existentes. Mas Darwin desconhecia as causas
que levariam as espécies a se modificar. Uma pista surgiu quando, lendo um trabalho publicado por
Thomas Malthus sobre populações, no qual afirmava que as populações tendem a crescer em progressão
geométrica, e os alimentos cresciam em progressão aritmética. O crescimento acelerado da população
levaria à escassez de alimentos e de espaço necessário à sobrevivência.
A obra de Malthus contribuiu para que Darwin elaborasse a teoria de seleção natural, na qual concluiu que
todos os organismos que nascem nem sempre apresentam condições de sobrevivência. Apenas
sobrevivem os que têm maiores condições de adaptarem-se às condições ambientais, e eles reproduzemse deixando descendentes férteis.
COMPARAÇÃO ENTRE AS TEORIAS DE DARWIN E LAMARCK
Vimos que Lamarck, ao explicar o comprimento do pescoço da girafa, dizia que ele se alongara devido à
necessidade de alcançar alimentos nas partes mais altas das árvores. Já Darwin entendia que, no passado,
os ancestrais das girafas atuais possuíam pescoços de tamanho variável, e a competição pelo alimento
disponível favoreceu as girafas de pescoço longo.
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Para Lamarck, o ambiente induz os seres a modificarem-se para se adaptarem a ele. Para Darwin, o meio
age selecionando as mudanças já existentes.
EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
As evidências da evolução normalmente encontram-se relacionadas com documentos fósseis do passado
ou em comparações entre os seres vivos e sua distribuição geográfica.
Evidências fósseis
São vestígios deixados por seres vivos, soterrados nas profundezas de mares, oceanos, lagos ou vales.
Normalmente são esqueletos mineralizados, chegando a manter a forma original ou, em muitos casos,
deixando apenas moldes nas rochas.
Analisando as semelhanças e diferenças existentes entre as espécies, pode-se concluir que ocorreu
surgimento de algumas espécies e desaparecimento de outras ao longo do tempo.
Órgãos homólogos
São aqueles que apresentam a mesma origem embrionária e semelhanças anatômicas, mas realizam
funções diferentes, como por exemplo os membros anteriores do homem, do cão, as asas das aves e dos
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morcegos, as nadadeiras dos golfinhos e das baleias. Provavelmente as diferenças nas funções devem-se
a adaptação à ambientes diversos, de espécies que se originam de um ancestral comum.
Órgãos análogos
São aqueles que apresentam origem embrionária e estruturas anatômicas diferentes, mas exercem a
mesma função. Como exemplos temos as asas das aves e dos insetos. Mesmo sendo órgãos adaptados ao
voo, as asas das aves apresentam uma estrutura interna dotada de ossos, músculos e nervos. Já as asas
dos insetos são estruturas constituídas de quitina, crescem como expansões do revestimento do corpo.
Órgãos vestigiais: a presença de vestígios de patas nas baleias e em certas cobras indica que esses
animais vieram de ancestrais com patas. O apêndice do homem e vestígio de um compartimento do
intestino que abrigava micróbios para a digestão da celulose em nossos ancestrais herbívoros.
Embriologia comparada dos vertebrados atuais
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ADAPTAÇÃO E SELEÇÃO NATURAL
De acordo com a teoria de Darwin, o ambiente seleciona os indivíduos mais adaptados. Ele não sabia
explicar, na sua época, como aparecem as variações nos indivíduos. Hoje se sabe que mutações genéticas
e recombinações gênicas podem gerar características fenotípicas novas favoráveis ou não ao ambiente.
Um exemplo clássico de seleção natural foi observado na Inglaterra em meados do século XIX. Antes do
início da industrialização da cidade de Manchester, era visível o predomínio de mariposas claras da espécie
Biston betularia em relação à escura da espécie Biston carbonaria. Na época, devido à ausência de fuligem
e outros agentes poluentes, os troncos das árvores eram mais claros e recobertos de liquens, o que
facilitava a camuflagem das mariposas claras, tornando difícil sua visualização pelos predadores naturais.
Com o início da industrialização, os liquens foram exterminados pela poluição, e os troncos das árvores
tornaram-se escuros. Com essa nova situação, as mariposas escuras foram favorecidas, e se tornaram o
grupo dominante.
NEODARWINISMO
Conhecida também como teoria sintética da evolução, que resulta da combinação da genética com a teoria
evolutiva de Darwin.
Apesar de todos seus estudos, Darwin não conseguiu definir as causas das variações hereditárias das
espécies. Somente no século XX, com o redescobrimento dos trabalhos de Mendel e com os
conhecimentos do material genético, foi possível identificar os principais responsáveis pela variabilidade de
caracteres nos seres vivos. Atualmente, sabe-se que são determinadas pelas mutações e recombinações
genéticas.
As mutações são responsáveis pela variabilidade genética, fornecendo matéria-prima para evolução.
Quando novos genes são produzidos, novas características genotípicas aparecem, podendo ser úteis ou
não à espécie.
O crossing-over, ou troca de pedaços de cromáticas que ocorrem na prófase I da meiose, permite novos
arranjos de genes, os quais chegarão aos gametas. Após a fecundação e a formação do zigoto, novas
características poderão surgir. Um número maior de permuta proporcionará maior variabilidade dos
gametas, e em consequência maior será o número de genótipos formados.
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Capítulo 2
GENÉTICA DE POPULAÇÕES
O estudo da genética de populações tem por finalidade determinar a frequência dos genes que ocorrem em
populações naturais. Foram os métodos matemáticos elaborados em 1908 pelo matemático inglês G. H.
Hardy e pelo físico alemão W. Weinberg que permitiram determinar a frequência de um gene, em uma
população em equilíbrio.
Essa lei ou teorema é conhecido como equilíbrio de Hardy-Weinberg é aplicado apenas nas populações em
equilíbrio, quando estas:
- não sofrem mudanças (nem genéticas com mutações, nem pressões seletivas)
- contam com um grande número de indivíduos e possíveis erros de amostragem de levantamento das
frequências genotípicas não alteram a estatística
- cruzamentos ocorrem ao acaso, isto é, seus integrantes se cruzam livremente, a população é pan-mítica
(pan = todos, mítica = misturar).
Aplicação da Lei de Hardy – Weinberg:
Chamamos de “p” a frequência do alelo dominante (“A”).
Chamamos de “q” a frequência do alelo recessivo (“a”).
Conhecendo a frequência de um gene é possível determinar a frequência do outro por subtração.
p=1–q
q=1–p
Sabendo a frequência de “p” e “q” é possível calcular a frequência de indivíduos homozigotos dominantes e
homozigotos recessivos e heterozigotos.
Sabemos que nos indivíduos homozigotos dominantes ou recessivos a presença do gene por duas vezes é
um caso de acontecimentos simultâneos. Assim, a frequência de homozigotos dominantes seria calculada
por p x p ou p2, enquanto a frequência de homozigotos recessivos é dada pela operação q x q ou q2. Nos
casos de heterozigotos, eles podem ter sidos produzidos tanto pelo óvulo quanto pelo espermatozoide.
Essa dupla possibilidade exige que a expressão p x q seja multiplicada por dois, assumindo a forma
2 p.q (2 x p x q).
O total de indivíduos é de 100%; considerada certa característica, usa-se a fórmula:
P2 + 2 pq + q2 = 1
A partir dos dados apresentados, podemos determinar as frequências gênicas e genotípicas para qualquer
população pan-mítica (casamentos ocorrem ao acaso) e em equilíbrio.
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Capítulo 3
ESPECIAÇÃO (FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES)
Espécie é definida como um conjunto de indivíduos que se reproduzem, originando prole fértil. Novas
espécies podem se formar a partir de populações por meio dos seguintes mecanismos:
ISOLAMENTO GEOGRÁFICO (ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA)
Indivíduos pertencentes à mesma espécie podem ser separados por uma barreira física, como: rios, mares,
cordilheiras, lagos, vales etc. Com o isolamento ou separação dos grupos, pode ocorrer que sejam
submetidos a diferentes pressões seletivas. Desta forma, a seleção natural irá atuar de maneira diferente
nas duas populações, o que acentuará as diferenças genéticas entre elas. Se as barreiras perdurarem,
essas diferenças podem chegar ao ponto de impedir o cruzamento entre as populações, formando novas
espécies; então ocorre o isolamento reprodutivo entre indivíduos que inicialmente pertenciam à mesma
espécie. O isolamento reprodutivo pode se manifestar de duas formas:
Mecanismo pré-zigótico: antecede a formação do zigoto; os mais comuns são:
• Diferenças comportamentais: quando ocorre diferença de comportamento entre espécies no ritual de
acasalamento. Ex: canários machos são capazes de atrair com seu canto apenas a fêmea de sua espécie.
• Barreiras mecânicas: caracterizam-se pelo tamanho diferenciado do aparelho reprodutor entre as
espécies; ocorrem principalmente com flores, impedindo que determinados agentes polinizadores realizem
a polinização.
• Órgãos sexuais que amadurecem em épocas diferentes. É muito comum em plantas que florescem em
épocas diferentes do ano. A sincronização da abertura floral em épocas diferentes evita o cruzamento entre
essas espécies.
Mecanismos pós-zigóticos: ocorrem após a formação do zigoto; os principais são:
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• Inviabilidade do híbrido: a morte é prematura, ainda nos estágios iniciais de desenvolvimento, portanto o
embrião não se desenvolve. Algumas espécies de anfíbios, vivendo na mesma lagoa, podem
eventualmente cruzarem-se e formar híbridos que não se desenvolvem.
• Esterilidade do híbrido: embora apresentem características normais, os híbridos são estéreis, o que revela
a incompatibilidade do material genético herdado dos pais de espécies diferentes. O exemplo mais comum
é o caso do burro e da mula, consequência do cruzamento de égua com jumento. Nesse caso o burro e a
mula são estéreis.
ESPECIAÇÃO SEM ISOLAMENTO GEOGRÁFICO
É um tipo de especiação que ocorre com populações que vivem na mesma área e é chamada simpátrica.
Um exemplo de especificação simpátrica ocorre em plantas, com a formação de indivíduos poliploides, isto
é, indivíduos que apresentam três ou mais conjuntos de cromossomos em suas células. Os que apresentam
três são os indivíduos tetraploides (3N). Neste caso, não ocorre empareamento dos cromossomos na
meiose, já que ocorre um número ímpar de cromossomos. Com isso a meiose deixa de ocorrer, e não
formarão gametas; o resultado é um indivíduo híbrido estéril. A laranja-da-baía é triploide, portanto não
produz gametas e nem sementes.
Exercícios
1. Qual das estruturas abaixo é a melhor explicação para a expansão e domínio dos répteis durante a era
mesozoica, incluindo o aparecimento dos dinossauros e sua ampla distribuição em diversos nichos do
ambiente terrestre?
a) prolongado cuidado com a prole, garantindo proteção contra os predadores naturais;
b) aparecimento de ovo com casca, capaz de evitar o dessecamento;
c) vantagens sobre os anfíbios na competição pelo alimento;
d) extinção dos predadores naturais e consequente explosão populacional;
e) abundância de alimento nos ambientes aquáticos abandonados pelos anfíbios.
2. Os vertebrados conquistaram o ambiente terrestre através da formação de um tipo de ovo capaz de se
desenvolver fora da água. Esta conquista aparece na primeira vez em:
a) mamíferos
b) aves
c) répteis
d) anfíbios
e) peixes
3. São órgãos homólogos:
a) nadadeiras de peixes e parápodes de poliquetas;
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b) nadadeiras anteriores de uma baleia e asa de morcego;
c) brânquias de camarão e brânquias de peixes;
d) nadadeiras peitorais de peixes e braços de polvo;
e) asas de aves e asas de insetos.
4. “Um pesquisador cortou as cauda de camundongos e cruzou estes animais entre si. Quando os filhotes
nasceram, o pesquisador cortou lhes as caudas e novamente cruzou-os entre si. Continuou a experiência
por 20 gerações e na 21ª geração os camundongos apresentavam caudas tão longas quanto as da
primeira.” Este experimento demonstrou que:
a) A hipótese de Lamarck sobre a herança dos caracteres adquiridos está correta.
b) Os caracteres adquiridos não são transmitidos à descendência.
c) A teoria mendeliana está errada.
d) Não existe evolução, pois os ratos não se modificam.
e) Este experimento não pode ter dado esse resultado, pois já a partir da 2ª geração os ratos nasceriam
sem cauda.
5. Sobre a teoria de Darwin, pode-se considerar que, para que ela fosse completa:
a) teria de explicar como as características adquiridas são transmitidas;
b) não poderia considerar que todos os animais da Ordem Primata, incluindo a espécie humana, tivessem
uma origem comum;
c) deveria mencionar o fato de que a evolução tem como causa exclusiva a mutação;
d) teria de explicar a origem das variações nas espécies;
e) deveria dizer que as variações são impostas pelo meio ambiente.
6. Há alterações estruturais decorrentes da adaptação de uma espécie, em resposta a novas necessidades
impostas por mudanças ambientais, e essas alterações são transmitidas à prole.
Esta ideia faz parte da teoria de:
a) Lamarck.
b) Darwin.
c) Wallace.
d) Lyell.
e) Malthus.
7. A característica - musculatura desenvolvida - adquirida por um halterofilista deverá ser transmitida a seus
descendentes.
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Esta afirmação se baseia na teoria evolucionista enunciada por:
a) Lineu.
b) Darwin
c) Malthus.
d) Lamarck.
e) Mendel.
8. Os princípios a seguir relacionados referem-se à teoria da evolução das espécies.
I. Adaptação ao meio.
II. Seleção natural.
III. Mutação.
IV. Lei do uso e desuso.
V. Herança dos caracteres adquiridos.
Lamarck, em sua teoria, considerou:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, IV e V.
d) II, IV e V.
e) II, III e V.
9. Entre os princípios básicos abaixo, o único que não faz parte da teoria da evolução de Darwin é:
a) O número de indivíduos de uma espécie mantêm-se mais ou menos constante no decorrer das gerações.
b) A seleção dos indivíduos de uma espécie se faz ao acaso.
c) Os indivíduos de uma espécie apresentam variações em suas características.
d) No decorrer das gerações, aumenta a adaptação dos indivíduos ao meio ambiente.
e) O meio ambiente é o responsável pelo processo de seleção.
10. Em relação à evolução biológica, observe as afirmativas abaixo:
I. A girafa evoluiu de ancestrais de pescoço curto, o qual se desenvolveu gradativamente pelo esforço do
animal para alcançar as folhas das árvores mais altas.
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II. Os ancestrais da girafa apresentavam pescoço de comprimentos variáveis. Após várias gerações, o
grupo mostrou um aumento no número de indivíduos com pescoço mais comprido, devido à seleção natural.
III. Os indivíduos mais adaptados deixam um número maior de descendentes em relação aos nãoadaptados.
IV. As características que se desenvolvem pelo uso são transmitidas de geração a geração.
Assinale:
a) se I, II e III estiverem de acordo com Lamarck e IV com Darwin;
b) se I e III estiverem de acordo com Lamarck e II e IV com Darwin.
c) se I e IV estiverem de acordo com Lamarck e II e III com Darwin;
d) se I, II, III e IV estiverem de acordo com Lamarck;
e) se I , II , I II e IV estiverem de acordo com Darwin.
11. Em um ambiente qualquer, os indivíduos com características que tendem a aumentar sua capacidade
de sobrevivência têm maior probabilidade de atingir a época de reprodução. Assim, em cada geração,
podemos esperar um pequeno aumento na proporção de indivíduos de maior viabilidade, isto é, que possui
maior número de características favoráveis à sobrevivência dos mais aptos. Esse texto se relaciona
a) lei do uso e desuso.
b) herança dos caracteres adquiridos.
c) hipótese do aumento da população em progressão geométrica.
d) hipótese do aumento de alimento em progressão aritmética.
e) seleção natural.
12. "De tanto comer vegetais, o intestino dos herbívoros aos poucos foi ficando longo." Essa frase está de
acordo com qual destas teorias?
a) Darwinismo
b) Mutacionismo
c) Lamarckismo
d) Mendelismo
e) Neodarwinismo
13. (UFC/2004) “O ambiente afeta a forma e a organização dos animais, isto é, quando o ambiente se torna
muito diferente, produz ao longo do tempo modificações correspondentes na forma e organização dos
animais... As cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama; de tal maneira que
seus corpos, como resultados de esforços repetidos de se alongar, adquiriram comprimento considerável...”.
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O trecho citado foi transcrito da obra Filosofia Zoológica de um famoso cientista evolucionista.
Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a ideia transmitida pelo texto e o nome do seu autor.
a) Seleção natural – Charles Darwin.
b) Herança dos caracteres adquiridos – Jean Lamarck.
c) Lei do transformismo – Jean Lamarck.
d) Seleção artificial – Charles Darwin.
e) Herança das características dominantes – Alfred Wallace.
14. Quais as características presentes nos indivíduos de uma espécie afim de que possamos afirmar que os
mesmos são mais adaptados em comparação a outros indivíduos da mesma espécie:
a) são maiores e solitários.
b) comem mais e apresentam cores vibrantes.
c) vivem mais e reproduzem mais.
d) apresentam mais membros como pernas ou patas.
e) são mais fortes.
15 (UFES/2004) Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de
como a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as girafas
que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O pescoço
comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa por fêmeas. As
fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses pesquisadores argumentam que
o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos com pescoços mais compridos
deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais curtos.
(Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol. 148: pp. 771-786. Adaptado).
Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar que:
a) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso.
As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e,
cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
b) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras e deixam, portanto, mais descendentes.
c) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso.
Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam,
portanto, mais descendentes.
d) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às
outras, e deixam, portanto, mais descendentes.
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e) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência
diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço
mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho.
16. (UNIFESP/2004) Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre a cor de pele humana.
“A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção de
vitamina D.”
“À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há cerca de 100 mil
anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões. A cor da pele das
populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os primeiros seres humanos
surgiram ali.”
(Scientific American Brasil, vol.6, novembro de 2002).
Nesses dois trechos, encontram-se subjacentes ideias:
a) da Teoria Sintética da Evolução.
b) darwinistas.
c) neodarwinistas.
d) lamarckistas.
e) sobre especiação.
17 “O hábito de colocar argolas no pescoço, por parte das mulheres de algumas tribos asiáticas, promove o
crescimento desta estrutura, representando nestas comunidades um sinal de beleza. Desta forma temos
que as crianças, filhos destas mulheres já nasceriam com pescoço maior, visto que esta é uma tradição
secular.”
A afirmação acima pode ser considerada como defensora de qual teoria evolucionista:
a) Teoria de Lamarck
b) Teoria de Malthus
c) Teoria de Wallace
d) Teoria de Darwin
e) Teoria de Mendel
18. Considerando diferentes hipóteses evolucionistas, analise as afirmações abaixo e as respectivas
justificativas.
A – O Urso Polar é BRANCO porque vive na NEVE!
B – O Urso Polar vive na NEVE porque é BRANCO!
As afirmações A e B podem ser atribuídas, respectivamente, a:
a) Lamarck e Darwin.
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b) Pasteur e Lamarck.
c) Pasteur e Darwin.
d) Darwin e Wallace.
e) Wallace e Darwin.
19. ENEM 2012
Gabarito
1.B 2.C 3.B 4.B 5.D 6.A 7.D 8.C 9.B 10.C 11.E 12.C
Comentadas:

Resposta Questão 13
A – Errada – Darwin não publicou esta obra, “Filosofia Zoológica”, e não concordava com o transformismo
proposto por Lamarck.
B – Errada – A obra é de Lamarck, mas não se trata da Herança dos Caracteres Adquiridos e sim do
Transformismo.
C – Correta – A obra é de Lamarck e relata suas considerações sobre o Transformismo.
185
D – Errada – Darwin não publicou esta obra “Filosofia Zoológica” e não concordava com o transformismo
proposto por Lamarck.
E – Errada – Wallace não publicou essa obra e, assim como Darwin, discordava do transformismo.

Resposta Questão 14
A – Errada – Nem sempre os seres maiores são mais adaptados.
B – Errada – Comer muito não é um indício de adaptação e sim de necessidade.
C – Correta – Seres que vivem mais e se reproduzem mais têm maior capacidade de deixar descendentes.
D – Errada – Não existe esta relação entre quantidade de membros e benefícios adaptativos.
E – Errada – Nem sempre o mais forte é o mais apto.

Resposta Questão 15
A – Errada – A lei do uso e desuso não foi proposta ou defendida por Darwin, e sim por Lamarck.
B – Errada – A teoria lamarckista afirmava que haveria um processo de adaptação gradual e não uma
competição entre os seres vivos.
C – Errada – Essa afirmativa realmente é de Lamarck, porém se comprovou que não era viável, uma vez
que as características desenvolvidas em vida não são passadas aos descendentes.
D – Correta – Darwin propôs a teoria de que houve uma seleção natural (competição) entre os indivíduos de
pescoço grande e pequeno, sendo que os primeiros sobreviveram por serem mais adaptados às
circunstâncias do ambiente.
E – Errada – Darwin não considerava a possibilidade da girafa se adaptar, desenvolvendo o pescoço.

Resposta Questão 16
A – Errada – A teoria sintética da evolução associa as ideias darwinistas aos fundamentos da genética.
B – Errada – A teoria darwinista é baseada na seleção natural e não afirmaria que os seres se adaptam ao
meio.
C – Errada – Os neodarwinistas são cientistas que adotam a teoria sintética da evolução, e essa associa as
ideias darwinistas aos fundamentos da genética.
D – Correta – Lamarck apresentou um estudo afirmando que os caracteres adquiridos em vida seriam
passíveis de serem transmitidos às futuras gerações... errou!
E – Errada – Especiação se refere aos processos que desencadeiam a formação de novas espécies.

Resposta Questão 17
A – Correta – A afirmativa é defensora da corrente de pensamento lamarquista.
B – Errada – Malthus não realizou estudos destinados diretamente à teoria evolutiva.
C – Errada – A teoria de Wallace é semelhante à teoria da seleção natural, proposta por Darwin.
D – Errada – Darwin propôs a teoria da seleção natural, assim a modificação nos fenótipos não alteram os
genótipos.
186
E – Errada – Mendel estabeleceu as bases para a compreensão dos fatores de herança, que contradizem o
texto apresentado na questão.

Resposta Questão 18
A – Correta – Lamarck – os seres vivos se adaptavam de acordo com a condição do ambiente. Darwin –
somente o mais adaptado iria sobreviver... Na neve, entre o urso marrom e o branco... ganha o branco!
B – Errada – Pasteur não propôs tal tipo de teoria evolucionista.
C – Errada – Pasteur não propôs tal tipo de teoria evolucionista.
D – Errada – Darwin e Wallace propunham uma mesma teoria de competição natural, não haveria
divergência sobre o papel do ambiente no processo evolutivo.
E – Errada – Darwin e Wallace propunham uma mesma teoria de competição natural, não haveria
divergência sobre o papel do ambiente no processo evolutivo.
Bibliografia
Júnior, César da Silva. Sezar, Sasson. Sanches, Paulo Sérgio Bedaque. Ciências – entendendo a natureza.
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Biologia – Parte 03