PDE 2008
CADERNO PEDAGÓGICO
TENISCOL
O TÊNIS DE CAMPO ADAPTADO À ESCOLA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
“A IMPLANTAÇÃO DA PRÁTICA DO TENIS DE CAMPO
ADAPTADO NA ESCOLA : LIMITES E POSSIBILIDADES”
CADERNO PEDAGÓGICO
Caderno Pedagógico integrante do
Projeto de Conclusão do Programa de
Desenvolvimento Educacional-PDE – 2008
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR
CURITIBA – 2008
•
APRESENTAÇÃO
2
Este caderno pedagógico foi elaborado durante o processo de criação do projeto do
PDE “A IMPLANTAÇÃO DA PRÁTICA DO TENIS DE CAMPO ADAPTADO NA
ESCOLA: LIMITES E POSSIBILIDADES” e serve como documento de orientação para
sua implementação. Seu objetivo é propiciar aos alunos e professores, um conjunto
de atividades metodológicas que, ao longo do período previsto orientarão as
aulas de Tênis de Campo adaptado.
A organização deste caderno em unidades consonantes com os objetivos que
pretendemos alcançar, serão para professor e alunos, o documento básico para em aula,
auxiliar na implantação de uma modalidade esportiva até então inusitada na comunidade
do Colégio Estadual Professor Brandão, afeita às modalidades esportivas mais
comumente praticadas: Vôlei, basquete, handebol e futsal.
Esperamos que seja de proveito, não somente para o Colégio Estadual Professor
Brandão como também para tantos outros colégios e escolas do nosso estado.
Professor Frederico Mangrich
Professor Fábio Stinghen
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“Para Andréa, Fredinho e
Ítalo,
a família linda que DEUS me
deu !”
•
IDENTIFICAÇÃO
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Professor PDE: Frederico José Venancio Mangrich ([email protected])
Área PDE: Educação Física
NRE: Curitiba – Centro
Professor orientador IES: Fábio Múcio Stinghen ([email protected])
IES Vinculada: Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
Escola de Implementação: Colégio Estadual Professor Brandão
Público Para o Qual se Destina Este Caderno: Alunos das turmas de oitava
série do colégio Estadual Professor Brandão
• Introdução
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Ser o documento/plano de ensino que norteará as aulas de Educação Física para as
turmas de oitava série, implantando no currículo da disciplina e na cultura escolar a
prática do tênis de campo adaptado.
Assim definimos o objetivo deste caderno, com textos e atividades, produto de
pesquisa voltada à adaptação da prática do Tênis de Campo ao espaço escolar.
Sabemos ser a proposta ousada e incomum nas escolas públicas do Paraná. E é esse
o encanto maior do projeto: A introdução de um esporte novo na cultura escolar,
discutindo e adaptando suas regras originais.
Além disso, este caderno vai ajudar os alunos a pesquisar e produzir material
alternativo para a prática da modalidade, organizar torneios para os alunos das oitavas
séries e posteriormente para todos, propondo práticas nas aulas de Educação Física
regulares que proporcionem a todos o aprendizado dos fundamentos do Tênis e, por fim,
avaliar todo o processo e seus envolvidos.
Esperamos que você aluno e você colega professor, que hora tem esse caderno em
mãos, possa utilizá-lo como orientação para desenvolver em sua turma, na sua escola, o
Tênis de Campo adaptado. Esperamos também que você possa colaborar conosco,
dando idéias e sugestões para aprimorar cada vez mais este caderno.
• Sumário
1 – Unidade 1 – A História do Tênis
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1.1 – Justificativa
1.2 – Objetivo Desta Unidade
1.3 – Metodologia / Estratégias
1.4 - Sugestões de Atividades
1.5 - Avaliação
2 - Unidade 2 – Regras Básicas do Tênis
2.1 – Justificativa
2.2 – Objetivo Desta Unidade
2.3 – Metodologia / Estratégias
2.4 - As Regras do Jogo
2.5 - Sugestões de Atividades
2.6 - Avaliação
3 - Unidade 3 – A Área do Jogo: A Quadra de Tênis
3.1 – Justificativa
3.2 – Objetivo Desta Unidade
3.3 – Metodologia / Estratégias
3.4 - A Quadra de Tênis
3.5 - Sugestões de Atividades
3.6- Avaliação
4 - Unidade 4 – A Linguagem do Tênis
4.1 – Justificativa
4.2 – Objetivo Desta Unidade
4.3 – Metodologia / Estratégias
4.4 – Conhecendo a linguagem do esporte
4.5 - Sugestões de Atividades
4.6 – Avaliação
5 - Unidade 5 – O Material de Jogo
5.1 – Justificativa
5.2 – Objetivo Desta Unidade
5.3 – Metodologia / Estratégias
5.4 - A Raquete de Tênis
5.5 - A Bola de Tênis
5.6 - A Rede de Tênis
5.7 - Sugestões de Atividades
5.8 - Avaliação
6 - Unidade 6 – Os Movimentos do Jogo
6.1 – Justificativa
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6.2 – Objetivo Desta Unidade
6.3 – Metodologia / Estratégias
6.4 – Principais golpes do Tênis
6.5 - Sugestões de Atividades
6.6 - Avaliação
7 - Unidade 7 – O Jogo de Teniscol no nosso Colégio
7.1 – Justificativa
7.2 – Objetivo Desta Unidade
7.3 – Metodologia / Estratégias
7.4 - Sugestões de Atividades
7.5 - Avaliação
8 – Conclusão
9 - Bibliografia
Unidade 1 – A História do Tênis
1.1 – Justificativa – Conhecer um novo esporte, além de aprender seus movimentos e
regras, implica em saber um pouco mais sobre sua criação, a sua origem.
Sua prática e desenvolvimento dos materiais necessários para a sua prática nos dias
atuais são conseqüência direta do saber acumulado através da história. Assim, vamos
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nesta unidade, conhecer a história do tênis de campo, um esporte de origem nobre, mas
que como vemos, se torna cada dia mais popular e praticado em todo o mundo.
1.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer a história do tênis de campo. Com isso,
determinar os fundamentos históricos do tênis, compreendendo as transformações
sofridas pelo esporte através dos tempos, para assim estabelecer a conexão com a
prática diária proposta para a disciplina de Educação Física do Colégio Estadual
Professor Brandão.
1.3 – Metodologia / Estratégias – Em primeiro lugar Vamos estudar o histórico do tênis
de campo. Em seguida, vamos propor duas atividades, que ajudarão no processo
pedagógico, encerrando a unidade com a avaliação do mesmo.
As origens do Tênis de Campo - O provável precursor do tênis de campo foi um jogo
denominado “jeau de paume”, praticado a mais de 1000 anos e que se estendeu por toda
a Europa no século XV.
É o antecessor direto de jogos de força braçal, como a pelota basca e o tênis. O jogo
consistia em golpear uma bola artesanal feita de pele de cabra com a palma da mão
(paume em francês) untada com azeite e farinha, para que a bola não escorregasse por
sobre uma rede, já bem semelhante às utilizadas atualmente na prática do tênis. Este
jogo é considerado também precursor do badmington e da pelota basca, atualmente o
esporte que mais se assemelha ao jeau de paume, que ainda é praticado em regiões da
Europa e Estados Unidos.
O jogo consiste em devolver a bola por cima de uma rede, como no tênis da
atualidade, sendo disputado individualmente, em duplas, trios e até mesmo em equipes
de quatro jogadores. A forma de contagem de pontos também é semelhante a do tênis
(15, 30, 40).
Embora de origem não muito clara, alguns estudiosos acreditam que o tênis foi
inventado no ano de 1873, pelo Major Walter Clopton Wingfield, um oficial britânico. A
variação criada pelo Major Wingfield era praticada em piso de grama e foi introduzido nas
Bermudas em 1873, de onde foi levado pela senhora Mary Ewing Outerbridge para Nova
Iorque, onde o primeiro jogo em piso de grama ocorreu em 1874, no Staten Island Cricket
nad Baseball Club.
O primeiro campeonato amador mundial foi realizado no All-England Lawn Tennis and
Croquet Club, em Wimbledon, no ano de 1877 somente para homens. As mulheres
tiveram seu próprio torneio em 1884. Ao fim do século XIX, o tênis foi introduzido em
todas as colônias britânicas e em outras nações através do mundo.
Os torneios mais famosos são o de Wimbledon, na Inglaterra e o US Open, nos
Estados Unidos, que consagraram jogadores como Willian Tilden (americano vencedor
em Wimbledon por três vezes seguidas e do US Open sete vezes seguidas), a senhora
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Dorothea Lambert Chambers, vencedora de Wimbledon por sete vezes (1903, 1904,
1906, 1910, 1911, 1913, 1914) e outros jogadores. Nos tempos atuais, outros jogadores
se consagram não só em Wimbledon e no US Open, mas também em Roland Garros, na
França, como é o caso do brasileiro Gustavo Kuerten e do americano Pete Sampras,
campeão do “Grand Slam”, conjunto dos mais importantes torneios do mundo, disputados
em diferentes tipos de piso.
1.4 - Sugestões de Atividades Atividade I: Após ler o texto acima, reúna-se com mais três colegas e troque impressões
sobre a história do tênis.
Compartilhe com seus colegas o que achou mais interessante e elabore uma lista
com os cinco tópicos que vocês consideram ser os mais interessantes. Ao final,
discutiremos em turma as impressões de todos.
Atividade II: Na sala de informática, em duplas, vamos visitar sítios de Tênis de Campo e
pesquisar o que dizem sobre a história do esporte. Cada dupla relatará por escrito as
coincidências e discrepâncias com o texto do nosso Caderno encontradas.
1.5 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
Unidade 2 – Regras Básicas do Tênis
2.1 – Justificativa – Assim como para aprender um esporte novo, temos que saber um
pouco mais sobre a sua história, também temos que conhecer as suas regras.
No caso do Tênis de Campo, suas regras ao longo do tempo sofreram poucas
alterações. Mesmo assim, a forma de contagem de pontos em especial e outras tantas
que veremos na seqüência são fundamentais para podermos praticar o esporte.
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2.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer as regras do Tênis de Campo, para com isso
iniciar sua prática no colégio. Este conhecimento possibilitará em seguida a adaptação do
esporte aos espaços disponíveis e na elaboração das regras, para a sua prática.
2.3 – Metodologia / Estratégias – Vamos conhecer as regras em uma aula expositiva.
Todos os conteúdos registrados neste Caderno Pedagógico serão apresentados na TV
pendrive. Além das outras atividades propostas, começaremos a elaborar as regras para
a prática do Tênis de Escola (Teniscol) nas aulas subseqüentes reservadas ao projeto,
avaliando ao final o processo pedagógico, a participação dos alunos, seu interesse pela
unidade e o trabalho do professor.
2.4 - As Regras do Jogo Prezados alunos e professores.
Aqui descreveremos, em linguagem bem simples, as regras básicas do tênis, um
esporte que vem atraindo adeptos de todas as idades Brasil afora.
1 – A Quadra de Tênis - O espaço onde é jogado tênis é uma quadra retangular, dividida
ao meio por uma linha central. Esta linha subdivide a quadra em duas, originando duas
meias – quadras. Vamos conhecer a quadra com mais detalhes na próxima unidade. Aqui,
uma ilustração da quadra oficial, utilizada tanto para jogos de simples (individual) como de
duplas.
Ilustração da Quadra de Tênis
E
E
D
D
C
A - Linha lateral – 23,77 m
B - Linha final para jogos individuais (simples) – 8,32m
C - Área de serviço (saque) – 6,40m
D - Área para jogo de duplas – 1,37m
E - Linha Central – 8,32m (simples) ; 10,97m (duplas)
C
B
Legenda :
B
C
C
11
D
D
A
Como vemos, a quadra de tênis tem uma complexa configuração. Ela é dividida em
várias áreas e linhas. Isso porque em um jogo de simples a área “D” não é utilizada. Por
outro lado, as áreas de serviço “C” e a área final de jogo de simples “B” são comuns aos
jogos de simples e de duplas.
2 - Jogadores – o tênis pode ser jogado entre duas pessoas – jogo de simples – ou entre
quatro pessoas – jogo de duplas. Em caso de duplas, os corredores laterais são
anexados como área de quadra.
3 - Set – é o nome dado à divisão de uma partida de tênis, composta por vários games.
Um set é finalizado com 6 games vencidos por um dos lados, com diferença mínima de 2
games (6-4). Havendo empate em 5-5, o set continuará até um desempate em 7-5.
Empates com 6-6 serão decididos por tie breacker. Uma partida é geralmente decidida em
melhor de 3 sets. Os grandes torneios (Grand Slam) são decididos em melhor de 5 sets.
4 - Game – etapa do set definido a favor de quem completar 4 pontos primeiro, mantendose o mesmo sacador até seu final. Seis games de um mesmo jogador definem o set.
Importante!
Você perde pontos quando:
•
Sacar na rede ou fora da zona de saque do adversário, nas duas tentativas;
•
Deixar a bola quicar por duas vezes seguidas na sua metade da quadra;
•
Devolver a bola na rede;
•
Devolver a bola fora dos limites determinados pelas linhas da quadra adversária.
Você ganha pontos quando:
•
Sua bola de saque ou golpe não for devolvida pelo adversário;
•
O adversário cometer qualquer das falhas listadas no item anterior.
5 - Tie braker – game de desempate ao final do set (6-6), onde cada saque bom vale 1
ponto. O primeiro jogador sacará no 1º, 4º e 5º pontos. O segundo sacará no 2º, 3º, 6º e
7º pontos, e assim sucessivamente. Vence o game quem acumular 7 pontos primeiro.
Empates de 6-6 no 12ié breaker são decididos no “vai a dois”.
Vale lembrar:
•
A bola válida só poderá quicar uma vez a cada metade da quadra;
•
O toque da bola na raquete só é válido se, nesse instante, o jogador estiver
segurando a raquete.
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6 - Contagem de pontos – O tênis possui um intricado sistema de pontuação, que
subdivide o jogo em games/jogos e sets/partidas. Grosso modo, um game é um conjunto
de pontos (15-30-40-game) e um set é um conjunto de games (1-2-3-4-5-6-set).
Cada game tem um jogador responsável por recolocar a bola em jogo: fazer o
serviço ou sacar.
Um game é decidido em quatro pontos, na seguinte ordem: 1º ponto = 15, 2º ponto =
30, 3º ponto = 40, 4º ponto = game. Empates em 40/40, chamados de Deuce, serão
decididos na base do “vai a dois”, ou seja, quando um dos jogadores fizer dois pontos
seguidos.
7 - Saque ou serviço – o sacador tem sempre duas chances para acertar seu serviço. O
game se inicia com um saque da metade direita da quadra em direção à metade oposta,
no sentido diagonal.
Ele será considerado válido se o primeiro contato da bola for com a zona de saque
do adversário ou, se houver um contato da bola com a fita da rede antes de chegar à
zona de saque, o jogador terá direito a uma segunda tentativa.
Na sequência do game, os saques se alternarão nos lados esquerdo e direito, na
mesma metade da quadra. Pisar na linha no momento do saque é considerado falta – foot
fault.
8 – Invasão –
O jogador não pode em hipótese alguma ultrapassar os limites
estabelecidos pela rede de jogo. Acontecendo isso, perde o ponto que está sendo
disputado.
2.5 - Sugestões de Atividades –
Atividade: Vamos pensar nas regras que utilizaremos no Teniscol. Reúna-se com o grupo
próximo ao seu. Converse, discuta e elaborem uma lista as regras que você acha
importante para a prática do Teniscol. Lembre-se que temos que pensar em um jogo para
o espaço que você escolheu na atividade I dessa unidade.
2.6 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
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envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
Unidade 3 – A Área do Jogo: A Quadra de Tênis –
3.1 – Justificativa – Nesta unidade vamos conhecer detalhadamente a quadra de tênis.
Com isso, vamos começar a planejar a adaptação da quadra aos espaços disponíveis em
nosso colégio, onde praticaremos o Teniscol.
3.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer a quadra oficial de tênis de Campo. Planejar a
adaptação da quadra de Tênis para os espaços disponíveis do colégio.
Utilizar a quadra de Voleibol, os postes de sustentação e a rede de vôlei, como espaço
alternativo para a prática do Teniscol.
3.3 – Metodologia / Estratégias – Vamos conhecer a quadra em uma aula expositiva.
Todos os conteúdos registrados neste Caderno Pedagógico serão apresentados utilizando
os recursos de mídia disponíveis (DVD, pendrive, laboratório de informática,etc.). Além
das outras atividades propostas, começaremos a elaborar os espaços para a prática do
Tênis de Escola (Teniscol) nas aulas subseqüentes reservadas ao projeto, avaliando ao
final o processo pedagógico, a participação dos alunos, seu interesse pela unidade e o
trabalho do professor.
3.4 - A Quadra de Tênis – Você já conheceu o desenho da quadra de Tênis na unidade
anterior. Por isso, já proponho a você uma atividade!
3.5 - Sugestões de Atividades –
Atividade I: Porque a quadra de tênis tem uma medida para jogos de simples e outra
para jogos de duplas?
Analise a pergunta acima e debata com seus colegas.
Em seguida Vamos tentar desenhar uma quadra, pensando em um dos espaços do
nosso colégio.
Você vai precisar de:
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- Trena (calma! O professor Fred vai trazer...)
- Folhas de Sulfite
- Régua de 30cm
- Lápis
Vamos precisar das trenas para medir os referidos espaços. Com o papel, o lápis e a
régua, vamos desenhar uma quadra que seja adequada ao espaço escolhido.
Você pode trabalhar novamente com o mesmo grupo da atividade anterior. Bom
trabalho!
Atividade II: Vamos usar a quadra de Voleibol? Com os materiais esportivos do Voleibol
(postes de sustentação e rede), vamos tentar adaptar o Tênis de Campo ao espaço do
Voleibol. Você vai precisar de:
- Raquetes de Frescobol, Tênis oficial, de plástico, etc.
- Bolinhas de Tênis
- Os postes de sustentação do Voleibol
- A rede de Voleibol
Importante! Vamos utilizar as regras que discutimos e elaboramos em sala de aula.
3.6 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor, as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos. Os desenhos serão avaliados
por sua criatividade e por estar voltados ao objetivo da unidade e não pela técnica.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
Unidade 4 – A Linguagem do Tênis –
4.1 – Justificativa – Nesta unidade descreveremos os termos utilizados no Tênis de
Campo, que estão intimamente ligados a sua origem nobre e ao idioma Inglês. A
importância da unidade está na possibilidade de interdisciplinaridade entre a Educação
Física e o Inglês, além de estabelecer a identificação pelos alunos com a nova
modalidade escolar.
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4.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer os termos utilizados no esporte e traduzi-los
para o português. Assim tornar o esporte mais adaptado a cultura escolar e possibilitar a
participação dos alunos, abrindo a possibilidade para novos termos criados pela própria
prática e adotados pela cultura escolar. Além disso, estabelecer projetos de
interdisciplinaridade com a disciplina de Inglês.
4.3 – Metodologia / Estratégias – Aula expositiva sobre os termos mais utilizados no
Tênis de Campo; utilização dos referidos termos durante as aulas práticas (jogo em si);
diagnosticar os novos termos que possivelmente serão criados pelos alunos; tradução dos
termos em inglês para o português, com auxílio do professor de inglês, que trabalhará
com os mesmos termos nas suas aulas; exposição de cartazes com os termos traduzidos;
avaliação do processo.
4.4 – Conhecendo a linguagem do esporte – Você já deve ter notado que, por sua
origem, o tênis de campo está cheio de termos em inglês. Vamos conhecer agora os mais
utilizados:
4.4.1 - Ace / Ás - Saque que, bem colocado ou batido com muita eficácia, não dá chance
ao adversário de pegar a bola na tentativa de resposta.
4.4.2 - Approach - O approach é o golpe que propicia ao tenista que o executou chegar à
rede para tentar um voleio.
4.4.3 - Backhand - Pancada de esquerda, batida com as costas da mão viradas para a
frente.
4.4.4 - Break / Quebra de serviço / Quebra de saque - Ganhar o game em que foi o
adversário quem sacou.
4.4.5 - Break point - Ponto que favorece o recebedor e assim pode conduzir à quebra de
saque.
4.4.6 - Deuce / Iguais ou Vantagem nula - Palavra de origem francesa, que significa
igualdade no placard de um game depois de ele atingir 40/40.
4.4.7 - Drive - Qualquer golpe dado no fundo da quadra.
4.4.8 - Drop shot / Amortie / Deixadinha - É um golpe dado com efeito cortado
(underspin) ou lateral (sidespin) para que a bola aterrisse perto da rede do lado
adversário.
4.4.9 - Falta - Um erro no saque (por sacar a bola para rede, para fora da área permitida,
ou por pisar a linha de fundo de quadra). Dois erros consecutivos, ou dupla falta, fazem o
servidor dar um ponto ao oponente.
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4.4.10 - Follow Through - ato de manter contato da raquete com a bola (depois do
contato inicial das mesmas) por um certo tempo para melhor direcionamento da bola.
Como se estivesse "empurrando" a bola. Geralmente esse contato é mantido por volta de
dois a três centímetros.
4.4.11 - Forehand: Pancada de direita, batida com a palma da mão virada para fora.
4.4.12 - Grip / Punho / Empunhadura - Parte da raquete onde o tenista segura para a
usar. Cabo. Também denomina a forma de segurar a raquete. Usado também para para
designar o material que envolve o cabo, algumas vezes emborrachado e que evita que a
mão escorregue.
4.4.13 - Let - Lance no qual durante a execução do saque, a bola toca a fita da rede (net)
e cai dentro da área de saque, resultando em um novo primeiro ou segundo serviço.
4.4.14 - Lob / Chapéu ou Balão - Golpe dado sobre o adversário quando ele está
próximo da rede. Tecnicamente, o lob é uma passada (passing shot).
4.4.15 - Match point - Ponto que permite encerrar a partida.
4.4.16 - Overhead - Golpe dado por sobre a cabeça depois da bola tocar a quadra.
4.4.17 - Passing Shot / Passada - Golpe dado sobre o adversário quando este está
próximo da rede, em que a bola lhe passa pela esquerda ou direita.
4.4.18 - Set / Partida - Parte da contagem do tênis. A série termina quando um dos
tenistas atingir 6 games vencidos, desde que haja dois games de diferença. Há jogos em
melhor de três ou cinco sets.
4.4.19 - Set point - Ponto que permite encerrar um set.
4.4.20 - Slice / Fatiar ou Cortar - Golpe dado com a raquete quase na horizontal, como
que "fatiando" a bola. É usado como recurso de defesa para quando não se está bem
posicionado para executar um drive. Também é usado por muitos tenistas para fazer uma
aproximação à rede ou simplesmente para quebrar o ritmo do adversário, que muitas
vezes já espera uma bola veloz. Se for feito com força e de cima para baixo, produz uma
bola de pouco ressalto muito difícil de responder.
4.4.21 - Smash - Golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário.
4.4.22 - Topspin - Golpe com efeito que faz a bola passar alta sobre a rede para, em
seguida, sofrer uma brusca descaída e tocar o campo de jogo adversário dentro da
quadra. Como o próprio nome diz, esse efeito faz com que a bola suba (top) e ganhe
velocidade ao tocar na quadra. Com esse efeito a bola viaja mais lentamente do que
quando batida chapada ou, em inglês, flat. Este tipo de jogo é frequentemente usado em
quadras de piso lento (saibro).
4.4.23 - Vantagem - Ponto que desempata o placar de igualdade (40 a 40 ou deuce).
Vantagem significa que o ponto seguinte pode concluir o game. Pode ser "vantagem do
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sacador" ou "vantagem do recebedor" . Em campeonatos internacionais, diz-se o nome de
quem tem a vantagem.
4.4.24 - Volley / Voleio - Ato de golpear a bola antes que a mesma toque a quadra.
Geralmente é feito perto da rede.
4.4.25 - Winner - Ponto vencedor. Bola lançada em local indefensável para o adversário.
O winner pode ser dado num saque, voleio, deixadinha, passada ou golpe de fundo de
quadra.
4.5 - Sugestões de Atividades –
Atividade I: Set, Tie Brake, smash, topspin... Nossa, quantos termos em inglês!!!
Vamos traduzir os termos do Tênis de Campo para o português, “ao pé da letra”. Se
quiser, utilize o dicionário inglês – português e veja o resultado... Você vai precisar de:
- Seu caderno de Educação Física
- Dicionário inglês/português
Atividade II: Vamos fazer cartazes com os termos do esporte e sua tradução.
Reúna-se em grupos de quatro alunos. Elabore cartazes com a tradução dos termos
realizada na atividade I. Você pode colocar no cartaz um termo ou mais. Faça com letras
e cores chamativas, para expor nos murais do colégio. Você vai precisar de:
- Papel cartaz disponível na escola
- Canetões, canetas coloridas, lápis de cor, etc.
- Dicionário inglês/português
- Fita adesiva
- Grampeador de parede (o professor Fred pega emprestado na secretaria!)
4.6 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor, as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos. Os desenhos serão avaliados
por sua criatividade e por estar voltados ao objetivo da unidade e não pela técnica.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
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Unidade 5 – O Material de Jogo –
5.1 – Justificativa – O material de jogo é fundamental para a prática do Tênis de Campo.
Esse material é desenvolvido para proporcionar um esporte emocionante e veloz,
onde raquete e bolinha formam a famosa dupla para a sua prática, que junto com a rede,
que divide a quadra de jogo, compõem assim o conjunto básico.
Conhecer esse material é de suma importância para o aprendizado do Tênis, além de
proporcionar a oportunidade de criar e diversificar os materiais para a prática do Teniscol.
5.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer os materiais específicos para a prática do
Tênis. Criar novos materiais alternativos, de baixo custo e que proporcionem a prática do
Teniscol pelos alunos das séries iniciais do ensino fundamental.
5.3 – Metodologia / Estratégias – Aula expositiva para apresentação do material de jogo.
Aulas práticas para manuseio do material e atividades com os mesmos.
Desenvolvimento de atividades para a criação de materiais alternativos, de baixo custo,
para a prática do Teniscol. Apresentação de vídeos de jogadores utilizando o material
esportivo do Tênis.
● Nesta unidade você vai conhecer o material de jogo do Tênis. Além disso, você vai
produzir materiais alternativos para praticar o Teniscol.
5.4 - A Raquete de Tênis - A raquete de tênis é um dos implementos esportivos mais
antigos.
Antes dela, os jogadores utilizavam a palma da mão para golpear a bola (jeu de
paume), como vimos na unidade I.
Em 1583, surge a primeira raquete com encordoamento vertical, como as de hoje, em
substituição ao transversal.
A raquete desenvolvida pelo holandes Mitelli, em 1675, tem o cabo mais longo em
relação à área de impacto. O aparecimento da raquete com cabo liso, em 1891, ajuda a
evitar as recorrentes torções no pulso.
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No fim do século XIX, acontece uma grande revolução no formato: o lançamento dos
primeiros modelos ovais. A área de batida das bolas também se renova. Os minúsculos
quadrados do encordoamento se multiplicam. Inspirada em instrumentos musicais
italianos, a raquete de 1930 é apresentada com um novo desenho.
Esse desenho ficou conhecido por ter uma aparência de "panelões", raquetes com
cabo metálico e área de impacto maior para facilitar o jogo.
Hoje em dia, a raquete mais moderna tem a abertura na armação que reduz a
resistência do ar, a área de batida é menor e a corda mais fina.
Os materiais para fabricação de raquetes são os mais modernos como a fibra de
carbono, utilizada em foguetes, sendo produzidos vários modelos e medidas diferentes,
de acordo com o gosto do jogador.
5.5 - A Bola de Tênis – Como vimos no histórico do Tênis, a bola original era fabricada de
forma artesanal, feita de pele de cabra. Em média, uma bola de tênis moderna pode
atingir 200 quilômetros por hora, num saque!
O ingrediente básico das bolas de tênis é a borracha. Ela é dividida em duas partes,
que são coladas em alta temperatura e cheia com gás nitrogênio. Deve ter um diâmetro
maior do que 6,35 cm e menor que 6,67 cm, e um peso maior que 56,7 g e menor que
58,5 g.
A cor amarela ou verde limão usadas nas bolinhas, serve para ajudar os árbitros na
visualização de jogadas próximas às linhas da quadra.
5.6 - A Rede de Tênis – A rede de Tênis sempre esteve presente no jogo.
No entanto, tal qual os outros materiais de jogo, também evoluiu com o passar dos
anos. Hoje, em torneios de grande porte, a rede é equipada com sensores que acusam as
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batidas da bolinha no momento do saque, ou de invasão do jogador com a raquete por
cima dela.
Deve ser dividida ao meio e ser suspensa através de uma corda ou cabo metálico,
fixada por dois postes numa altura de 1,07m.
A rede deve estar completamente estendida de modo que não haja espaço entre os
dois postes da rede e ter uma malha suficientemente pequena para que a bola não passe
através dela.
A altura da rede no centro da mesma deve ser de 0,914m, a qual deve estar presa no
centro por uma faixa. Uma banda deve tapar a corda metálica ou o cabo do topo da rede.
A faixa e a banda da rede devem ser completamente da cor branca.
• O diâmetro máximo da corda ou cabo de metal é de 0,8cm.
• A largura máxima da faixa central deve ser de 5 cm.
• A faixa da rede deve ter entre 5 cm e 6,35 cm para cada lado.
Para os jogos de duplas, os centros dos postes da rede devem estar a 0,914 m fora da
quadra de dupla de cada lado.
Para os jogos de simples, se a rede de simples é usada, os centros dos postes da rede
devem estar a 0,914 m fora da quadra de simples de cada lado. Se uma rede de duplas é
usada, então a rede deve ser erguida por dois postes de simples, cada um com uma
altura de 1,07 m , o qual os centros devem estar a 0,914 m da quadra de simples de cada
lado.
• Os postes da rede não podem ter mais que 15cm de diâmetro.
• Os postes de simples não podem ter mais que 7,5 cm de diâmetro.
• Os postes da rede e os postes de simples não podem ter mais que 2,5 cm acima do
topo da rede.
5.7 - Sugestões de Atividades – Nesta unidade realizaremos várias atividades. Vamos à
elas!
Atividade I: Vamos fazer uma raquete! Vamos precisar de :
- Um pedaço grande de papelão grosso
- Caneta ou lápis
- Tesoura
- Fita crepe ou de embalagem
- Uma régua de 30 centímetros
- Um raquete de frescobol
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Como fazer: Em duplas, coloque a raquete de frescobol sobre o papelão. Com o lápis ou
a caneta, contorne a parte oval da raquete, desenhando no papelão. Depois com a régua,
trace duas linhas paralelas, continuando a parte oval do desenho.
Atenção! Não deixe a parte reta muito comprida. Isso dará mais firmeza à sua “raquete
oficial”.
Por fim, corte o papelão, seguindo o desenho e enrole a fita crepe ou de embalagem
no cabo da raquete para reforçar a empunhadura. Bom jogo!
Vamos brincar um pouco com a bola de Tênis. Vamos para a cancha com várias bolinhas,
trazidas de casa, além das que o professor disponibilizou.
1- Vamos quicar as bolinhas o mais alto possível, em todas as direções da quadra;
2- Cada um com uma bolinha na mão. Vamos jogar as bolinhas para o alto. O professor
tira uma das bolinhas. Aquele aluno que ficar sem bolinha, sairá do jogo e assim por
diante;
3- Posicionados em duplas, um de frente para o outro, Jogando a bolinha para o colega e
recebendo de volta;
Atividade II: Futebol com bola de Tênis!
No espaço da quadra de vôlei, formaremos equipes de três alunos (mistas). O
professor colocará os mini-gols nas linhas finais da quadra de vôlei. A equipe que
marcar um gol continuará no jogo;
Atividade III: A “rede-rabiola” – Em duplas, com fio de nylon ou linha de pedreiro (linha de
prumo), sacolas plásticas grandes ou sacos de lixo de 15 litros e tesouras.
Vamos cortar as sacolas ou os sacos de lixo em tiras de espessura média (3cm
aproximadamente).
Amarraremos as fitas no fio de nylon ou de pedreiro, que estará cortado na medida da
largura da quadra de vôlei. Ao final, amarraremos a rede produzida nos postes de
sustentação do vôlei, na altura oficial da rede de Tênis.
Atividade IV: Vamos jogar “Pelota”?
Quatro alunos de cada lado da quadra. Um dos alunos deverá golpear a bolinha com
a mão para a quadra adversária. Pontua a equipe que fizer a bolinha cair na quadra
adversária sem retornar. Partidas com pontuação do tênis, com dois sets. Teremos
juízes principais, de linha e apanhadores de bolinha.
Atividade V: Usando a rede de vôlei e as raquetes produzidas em sala –
Com a rede de vôlei presa na altura da rede de tênis, vamos fazer o mesmo jogo
anterior. Desta vez os alunos usarão as raquetes produzidas em sala. Depois faremos
partidas de simples e de duplas.
A pontuação e o grupo de arbitragem serão os mesmos da atividade anterior.
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5.8 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor, as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos. Os materiais produzidos
serão avaliados por sua criatividade e por estarem voltados ao objetivo da unidade e não
pelo rigor ergonômico.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
Unidade 6 – Os Movimentos do Jogo – Assim como todas as modalidades esportivas
que nós estudamos até hoje, o Tênis também possui movimentos técnicos característicos.
No Teniscol, vamos conhecer os movimentos básicos para a sua prática e a técnica
para a execução de cada um deles.
6.1 – Justificativa – Sem as técnicas de movimentos, não seria possível a prática do
Tênis de Campo, ou de qualquer outra modalidade. A cultura do esporte, seja ele de alto
nível, escolar ou voltado ao lazer, tem características específicas que o identificam e o
posicionam na cultura social em que se inserem.
O Teniscol se identificará entre os alunos, como um jogo de movimentos próprios da
modalidade, sendo conhecidos e desenvolvidos através de práticas pedagógicas e
durante o jogo em si.
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6.2 – Objetivo Desta Unidade – Conhecer os movimentos técnicos característicos do
Tênis de Campo, para possibilitar a prática do Teniscol.
Realizar atividades que propiciem aos alunos o domínio da técnica de execução de
movimentos e diferentes golpes de raquete do Tênis.
6.3 – Metodologia / Estratégias – Aplicar educativos e atividades recreativas que
tenham como fim a apreensão da técnica dos movimentos do Tênis de Campo.
Aula expositiva, com vídeos de jogadores executando os diversos movimentos e golpes
de raquete característicos do Tênis.
As demais aulas serão práticas, com diversas atividades recreativas e de educativos.
Realização de jogos, para a prática dos movimentos e reconhecimento dos mesmos,
durante as partidas, para apreensão dos movimentos.
6.4 – Principais golpes do Tênis –
6.4.1 – Saque – É o movimento que inicia o jogo, ou a disputa de um ponto.
O jogador se coloca após alinha final, com um dos pés a frente solta a bolinha no ar,
desferindo um golpe com a raquete, em geral de cima para baixo (movimento de cortada
ou “smash”), fazendo com que a bolinha vá em direção à área de serviço que está na
diagonal da posição da qual o jogador executou o saque.
Caso o jogador que recebe o saque não conseguir interceptá-lo, diz-se que o jogador
sacador executou um “ace”, ou ponto direto de saque.
6.4.2 – Backhand - Pancada de esquerda para jogadores destros, batida com as costas
da mão viradas para a frente.
O jogador se coloca de lado para a quadra e golpeia a bolinha, extendendo o braço na
finalização do movimento, girando o tronco ao mesmo tempo.
6.4.3 - Drive - Qualquer golpe dado no fundo da quadra.
6.4.4 - Drop shot ou Deixadinha - É um golpe dado com efeito cortado (underspin) ou
lateral (sidespin) para que a bola aterrisse perto da rede do lado adversário.
6.4.5 - Forehand - Pancada de direita, batida com a palma da mão virada para fora. É
justamente o contrário do Backhand.
6.4.6 - Lob ou Balão - Golpe dado sobre o adversário quando ele está próximo da rede.
Diz-se também que o lob é uma passada (passing shot).
6.4.7 - Slice / Fatiar ou Cortar - Golpe dado com a raquete quase na horizontal, como
que "fatiando" a bola. É usado como recurso de defesa para quando não se está bem
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posicionado para executar um drive. Também é usado por muitos tenistas para fazer uma
aproximação à rede ou simplesmente para quebrar o ritmo do adversário, que muitas
vezes já espera uma bola veloz. Se for feito com força e de cima para baixo, produz uma
bola de pouco ressalto muito difícil de responder.
6.4.8 - Smash - Golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário.
6.4.9 - Topspin - Golpe com efeito que faz a bola passar alta sobre a rede para, em
seguida, sofrer uma brusca descaída e tocar o campo de jogo adversário dentro da
quadra. Como o próprio nome diz, esse efeito faz com que a bola suba (top) e ganhe
velocidade ao tocar na quadra. Com esse efeito a bola viaja mais lentamente do que
quando batida chapada ou, em inglês, flat. Este tipo de jogo é frequentemente usado em
quadras de piso lento (saibro).
6.4.10 - Voleio - Ato de golpear a bola antes que a mesma toque a quadra. Geralmente é
feito perto da rede.
● Agora você vai começar a praticar o Tênis prá valer. Vamos ver como você se sai!
6.5 - Sugestões de Atividades –
Atividade I: Pique!
Vamos brincar de pique – pega.
Cada aluno com uma raquete na mão, equilibrando uma bola de tênis. Um dos alunos
tenta pegar os outros. Se pegar alguém, troca de pegador. Também pode trocar de
pegador, se algum aluno deixar cair a bolinha.
Variação – Pique – ajuda – Cada aluno pego passa a ajudar o pegador a pegar os
demais.
Atividade II: Sacando!
Alunos dispostos atrás da linha final da quadra de vôlei. Com as raquetes produzidas
em sala, frescobol, plástico e as oficiais.
Executar o movimento de saque, repetindo, para fixação do mesmo.
Depois, com as bolinhas,executar o movimento novamente, tentando atingir a quadra
adversária.
Variação – Jogo!
Colocar duas colunas de alunos dispostas uma de frente para a outra, sendo que elas
vão trocar bolas longas, onde o alvo será um círculo desenhado na quadra oposta, sendo
a equipe vencedora a que mais vezes acertar com a bola o interior do círculo.
Você pode criar mais colunas de alunos, para que todos participem.
Atividade III: Trocando bolas –
Na largura da quadra de vôlei, os alunos dispostos em duplas, um de frente para o
outro, tocam a bolinha, procurando colocar a mesma fácil para o seu parceiro.
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Variação – Frescobol –
As mesmas duplas jogarão frescobol. Procurando passar a bolinha de forma que o
parceiro não a deixe cair.
Atividade IV: Backhand, Forehand –
Na mesma posição da atividade anterior, com
o mesmo parceiro, trocar passes,
utilizando os movimentos de backhand e de forehand alternadamente. Trocar os passes
de forma lenta, para executar o movimento completo.
Variação – Agora mais rápido!
Aumentar a velocidade dos passes, evitando deixar que a bolinha saia de controle.
Repetir a mesma atividade, agora a partir da linha final da quadra.
Atividade V: Lob, Smash –
Na mesma posição anterior, agora usando os movimentos de lob e smash
alternadamente. Enquanto um aluno executa o lob, o outro executa o smash, trocando em
seguida o golpe.
Variação – Agora mais rápido!
Aumentar a velocidade dos passes, evitando deixar que a bolinha saia de controle.
Repetir a mesma atividade, agora a partir da linha final da quadra.
Atividade VI: Topspin, voleio –
Alunos posicionados na linha de fundo da quadra de vôlei, tentar executar o movimento
de topspin. Em seguida, os alunos de um dos lados da quadra executam o voleio, ou
outro golpe já conhecido, de acordo com a posição em que a bolinha bater na quadra.
Atividade VII: Finalmente o Jogo! –
Agora vamos fazer várias partidas de uma única parcial, na quadra de vôlei, para que
todos possam executar os movimentos aprendidos. Quatro alunos serão os juízes
principal e de linhas. Bom jogo!
Variação – Jogo de Duplas –
Depois faremos partidas de duplas de meninos, meninas ou mistas. Bom jogo!
6.6 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos no conteúdo proposto. A partir
daí, verificar também o cumprimento por parte de todos das atividades propostas, seu
envolvimento e se propõem outras formas de abordagem do Tênis, avaliando também o
trabalho pedagógico do professor.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor, as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos. Os educativos realizados
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serão avaliados pelo desenvolvimento alcançado pelos alunos e não por suas limitações e
por estarem voltados ao objetivo da unidade e não pelo rigor técnico.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
Unidade 7 – O Jogo de Teniscol no nosso Colégio –
7.1 – Justificativa – O Teniscol (jogo de Tênis no colégio) é uma nova modalidade a ser
introduzida na comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Brandão.
O projeto é voltado aos alunos das oitavas séries, mas tem como objetivo envolver os
alunos das séries anteriores, em especial os alunos do Ciclo Básico de Alfabetização
(CBA).
Esta unidade se destina a proporcionar subsídios para tal intento, que se apoiará no
trabalho de construção coletiva com os alunos de oitava série, que colaborarão na
transmissão dos conhecimentos adquiridos aos demais alunos e pessoas da comunidade
escolar: Professores, pais, alunos e funcionários.
7.2 – Objetivo Desta Unidade – Desenvolver atividades como torneios e aulas para toda
a comunidade, a fim de que todos possam conhecer a nova modalidade.
Desenvolver a prática do Teniscol, tornando-o um esporte do colégio que contribuirá
para a disseminação da prática esportiva e promoção da qualidade de vida através da
atividade física.
7.3 – Metodologia / Estratégias – Aplicar educativos e atividades recreativas que
tenham como fim a prática do jogo Teniscol nas séries anteriores e na comunidade
escolar.
Elaboração com os alunos das oitavas séries de torneios, campeonatos e festivais de
Teniscol para os alunos das séries anteriores e do CBA.
Realização de torneios, campeonatos e festivais de Teniscol aos Sábados no colégio,
com a participação de pais, responsáveis e demais pessoas da comunidade.
Elaboração a aplicação de aulas especiais para os alunos do CBA com o Teniscol como
conteúdo. Os alunos das oitavas séries atuarão junto com os professores de Educação
Física dessas turmas, como monitores para o ensino da nova modalidade.
● Nessa unidade, vamos disseminar a prática do Teniscol em nossa comunidade escolar,
ok? Bom trabalho!
27
7.4 - Sugestões de Atividades –
Atividade I: Aulas de Teniscol – Os alunos das turmas de oitava série virão ao colégio no
horário da aula de Educação Física do CBA.
Junto com os professores de Educação Física do CBA, aplicarão aulas de Teniscol, que
consistirão de:
A – Apresentação da nova modalidade, demonstrando o jogo com os materiais
desenvolvidos nas aulas do Projeto;
B – Desenvolvimento das atividades elaboradas do Projeto Teniscol para crianças, com a
supervisão dos professores de Educação Física do CBA;
C – Instalação de mini – quadras de Teniscol no pátio inferior do colégio, para os alunos
das séries iniciais do CBA praticarem a modalidade;
D – realização de mini – torneios para os alunos do CBA.
Atividade II: Torneios e Festivais de Teniscol – Torneios e festivais serão realizados no
colégio, durante o ano letivo, aberto a participação de todos.
Os torneios e festivais serão organizados pelos professores de Educação Física e os
alunos das oitavas séries participantes do projeto, e consistirão em partidas de simples,
de duplas e de trios, masculino, feminino ou mistas.
O objetivo dos torneios e festivais é disseminar a prática do Teniscol na comunidade
escolar.
7.5 - Avaliação –
Objetivo – Verificar a participação e o interesse dos alunos e da comunidade nos torneios
e festivais de Teniscol. Verificar também o cumprimento e organização dos alunos e
professores nas atividades propostas, seu envolvimento e se propõem outras formas de
organização dos eventos, avaliando também o trabalho pedagógico dos professores.
Como avaliar? Observar o desempenho de todos ao longo do processo pedagógico,
anotando em ficha de relatório elaborada pelo professor, as impressões sobre as
atividades propostas, a participação e interesse dos alunos.
Os trabalhos de organização serão avaliados por sua criatividade e execução, e por
estarem voltados ao objetivo da unidade e não pelo rigor técnico.
Observação: Durante o processo pedagógico, trabalhos de recuperação serão propostos
para os alunos que possivelmente faltem a alguma aula do projeto e para aqueles que
não tenham conseguido assimilar o que esta unidade propõe.
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8 - Conclusão –
Inserir um novo esporte em uma cultura escolar dominada por uma modalidade
esportiva popular, como o Futsal, é em primeiro momento difícil.
No entanto, sua prática através dos anos de forma puramente competitiva e elitizante,
conseqüência direta da adoção da corrente tecnicista de ensino de Educação Física,
desgastou não a prática desportiva em si, mas em primeiro lugar e de forma dramática a
própria Educação Física lecionada no colégio.
A introdução do Tênis de Campo, desde já conhecido como “Teniscol” (Tênis de Escola)
é o princípio para a adoção de uma abordagem renovada da disciplina, com novas
propostas e planejamentos, que contemplem a construção coletiva do conhecimento e da
formação do aluno, física e psicologicamente preparado para sua vida social.
Por outro lado a face social do Teniscol também se faz importante, uma vez que se
adota um esporte dito de elite como modalidade a ser praticada na escola pública,
tentando assim torná-lo um esporte praticado nas comunidades escolares, via
reconhecida para o conhecimento do saber acumulado historicamente da sociedade na
qual se insere.
Nosso objetivo primeiro é o conhecimento do Tênis de Campo, pouquíssimo abordado
nos programas de Educação Física oficiais, delegado que é este esporte às academias e
clubes privados, sendo assim portanto accessível a poucos.
Esperamos assim dar o passo inicial para a popularização do Tênis de Campo através
da sua abordagem pedagógica nas escolas.
Frederico Mangrich
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9 - Bibliografia ALMEIDA, P.N. Educação Lúdica: técnica e jogos pedagógicos. : Loiola. e. 6, 1990.
BUDINGER, U. et al. Tênis Para Crianças. Rio de Janeiro: Tecnoprint Ltda. e. 1, 1982.
COSTA, A.S. et al. Programa Para o Ensino Fundamental 5ª a 8ª série- Educação
Física. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. v. 8, 1995.
DAIUTO, M. Metodologia do Ensino, Basquetebol. São Paulo: Brasipal Ltda. e. 5, 1983.
DAOLIO, Jocimar. Por uma Educação Física plural. Motriz, Rio Claro, 1(2): 134-136,
Dez.1996. DHELLEMMES, R. & BECHADE, P. Un Exemple: Le Tênnis au college.
Revista EPS. n. 211, 1988.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. SEED, 2006.
JAQUET, G. Le Mini Tennis à L’école. Revista EPS. n. 185, 1984.
MESQUITA, P. Tênis (regras, tática, técnica). São Paulo: Companhia do Brasil. e. 1,
1972.
MESQUITA, R.P. O jogo da aprendizagem na aprendizagem do jogo. Revista Técnica
de Educação Física. (3), mai/jun. 1986. (Sprint, ano V).
STUCCHI, S. O Jogo de “Tênis de Campo” Como Uma Prática a Favor da Qualidade
de Vida no Campo do Esporte de Lazer. Campinas: UNICAMP, 2004.
Observações Importantes:
1 - A figura ilustrativa da quadra de Tênis, constante na página 12 deste Caderno
Pedagógico, é de autoria do professor Frederico Mangrich;
2 – As demais imagens foram extraídas do clipart do software Office do programa
Windows Vista Home Edition – 2007.
30
As referidas imagens estão localizadas na folha de rosto deste caderno, páginas 20 e
21 respectivamente. Elas podem ser utilizadas livremente para trabalhos educativos,
como consta no email anexo (anexoI), enviado pela administração da Microsoft do Brasil,
em resposta à consulta feita pelo professor Frederico, sob o nº 081209009009030, de
nove de Dezembro de 2008.
Este processo de consulta foi realizado sob a orientação do professor Otto Henrique
Martins da Silva, da equipe pedagógica do PDE, na mesma data.
•
AnexoI : Email de resposta à consulta feita junto a Microsoft do Brasil, para
utilização de imagens do Clipart do software Office, do programa Windows Vista
Home Edition, versão 2007:
Microsoft <[email protected]> para mim
mostrar detalhes 12:49 (1 hora atrás)
Boa Tarde Sr. Frederico,
Obrigada por contatar a Microsoft Brasil.
Conforme solicitado por telefone segue as informações passadas no atendimento 081209009009-030.
O uso de imagens do Office Basic 2007 é irrestrito, pode ser utilizado em apresentações,
trabalho, entre outros.
Para maiores informações sobre o uso da imagem acesse:
http://office.microsoft.com/pt-br/publisher/HA012189401046.aspx
Na Microsoft trabalhamos para a satisfação dos nossos clientes e parceiros de negócios,
este canal está sempre à sua disposição para esclarecimento de informações, sugestões
ou reclamações.
Cordialmente,
Dayane Carla Berton
Atendimento Microsoft
E-mail: http://support.microsoft.com/common/survey.aspx?scid=sw;ptbr;1270&showpage=1&ws=latampt
31
Confidencialidade: A informação contida nesta mensagem de e-mail, incluindo quaisquer anexos, é confidencial e está
reservada apenas à pessoa ou entidade para a qual foi endereçada. Se você não é o destinatário ou a pessoa responsável por
encaminhar esta mensagem ao destinatário, você está, por meio desta, notificado que não deverá rever, retransmitir, imprimir,
copiar, usar ou distribuir esta mensagem de e-mail ou quaisquer anexos. Caso você tenha recebido esta mensagem por
engano, por favor, contate o remetente imediatamente e apague esta mensagem de seu computador ou de qualquer outro
banco de dados. Muito obrigada. “
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