ESTÚDIO DE CRIAÇÃO - 2013
Formadores
MÓDULO I
MOVIMENTO.CORPO.PERFORMATIVO
29 de Abril a 3 de Maio
MARGARIDA BETTENCOURT
Margarida Bettencourt nasceu em Johannesburg, África do Sul em 1962. Foi bailarina do exBallet Gulbenkian e começou o seu trabalho como coreógrafa e bailarina independente no final
dos anos 80 integrando o que se chamou a "Nova Dança Portuguesa".
Tem desenvolvido um trabalho a solo que se distingue por uma ênfase no corpo como potencial
de expressão e comunicação. O projecto de adaptação de "At Once" da coreógrafa americana
Deborah Hay vem na sequência desta sua pesquisa.
O ensino e investigação têm sido sempre um objectivo importante do seu trabalho integrando
uma pesquisa que propõe uma prática consistente do performer. Mantém uma relação regular
com várias instituições de ensino, nomeadamente a Escola Superior de Dança e o Forum Dança.
PETER MICHAEL DIETZ
Dinamarquês, residente em Lisboa desde 1993 e no Recife entre 2000 e 2005. É bailarino,
coreógrafo e professor. Estudou na European Dance Development Center (EDDC), na Holanda,
onde finalizou o curso de bacharel em Dança. Integrou, como performer, as companhias Re.al
(João Fiadeiro), Circular Ar Companhia de Dança (Amélia Bentes), Jangada de Pedra (Aldara
Bizarro) e a Companhia Clara Andermatt. Vo-Arte de Ana Rita Barata. Actualmente trabalha com
a Companhia Paulo Ribeiro e colaborou no projecto República Dança com direcção de Giacomo
Scalisi e co-criação de Nuno Nunes. Fez consultoria de coreografia com Madalena Vitorino
para Vale, em 2009. Alibantes de Romulus Neagu com co-criador em 2011. Faz parte de Intruso
Associação cultural de Viseu.
Foi director artístico e professor do CEM – Centro em Movimento, onde continua a leccionar. Deu
cursos e workshops nas mais diversas instituições: Lugar Presente, Viseu, Arte Total, Braga,
Grupo de Dança de Almada, Pro-Dança, Estúdio Marta Atayde, Fórum Dança, C.E.M, Chapitô,
EDDC (Holanda), Escola Superior de Teatro e Cinema, Companhia Instável, Balleteatro,
Companhia Clara Andermatt, entre outros. Tem apresentado os seus trabalhos na Europa e no
Brasil. Entre as suas criações contam-se: Leão de Lisboa, Dedication to Nonsense, Versão
Live, Valquírias, Made in Brasil, Debaixo dos Lençóis, Valquíria Voltando, Solo Sem Som, Quase
Sem Pegadas, Viva o momento, Seven Solos for eleven scenes falling through, Mistoraba, Os reis,
Algumas pedaços de dança, Nos Somos e no.12 com alunos/alunas/professoras de ArteTotal,
Braga 2011, I don´t belong here...Believe me...2012. Está a trabalhar num projecto
intitulado Godogo.
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MÓDULO II
MÚSICA: COMPOSIÇÃO E IMPROVISAÇÃO
6 a 10 de Maio
VÍTOR RUA
Iniciou-se na música no fim da década de 70 com algumas invenções melódicas que marcaram
profundamente o “art rock” português. Em 1980, funda o grupo Rock G.N.R. com Alexandre
Soares. Em 1982, funda o duo Telectu com Jorge Lima Barreto onde se revela como um solista
exponencial de guitarra. Colabora com grandes figuras internacionais da improvisação
afirmando-se como experimentalista e poliartista.
É convidado a compor regularmente para dança, teatro, artes plásticas e cinema e a dirigir
diversos workshops na área da música.
JONAS RUNA
Compositor, improvisador, musicólogo e multi-instrumentista com formação em Física e
Matemática (IST), licenciado em Sonologia - Composição, Performance e Investigação em
Música Electrónica - pelo conservatório real de Haia (Holanda), e doutorando em Ciência e
Tecnologia das Artes, especialização em Informática Musical, com Tese: "Estéticas da Música
Electrónica". Criou, com Jorge Lima Barreto, o duo musical Zul Zelub, atuando em algumas das
principais salas nacionais (e.g. Culturgest, Casa da Música), na companhia de prestigiados
músicos internacionais (e.g. Eddie Prevost, Jacques Berrocal), tendo editado o CD "Zul Zelub Ultimaton", pela Plancton Music. Com Jorge Lima Barreto, inventou uma teoria da filosofia da
música : a "Energia Musical Irrealizada", que foi a base conceptual do grupo Zul Zelub. Jonas
Runa realizou diversos concertos com o músico, filósofo e xamã, Spiridon Shishigin, um dos
maiores virtuosos mundiais do Khomus (Berimbau de boca), sendo nomeado representante da
cultura siberiana e da música de khomus em Portugal. Compôs música para instrumentos
orquestrais tradicionais, com ou sem electrónica. Utiliza o instrumento Kyma X:
simultaneamente hardware/software e uma das mais avançadas linguagens de programação de
som existentes atualmente (e.g. composição: Sagres, música para 8 apitos de mestre e Kyma,
uma peça apresentada a bordo do navio Sagres, no dia dos seus 75 anos). Colabora com a
artista plástica Joana Vasconcelos, e fez música original, em quadrifonia, para a criação "Dez
Mil Seres", de Clara Andermatt.
MÓDULO III
ARTES PLÁSTICAS E VÍDEO
20 a 24 de Maio
INÊS BOTELHO
Materializado principalmente em Escultura e Desenho, o trabalho de Inês Botelho incorpora e
subverte conceitos elementares e universais de espaço (concretamente da Física e Geometria gravidade, perspectiva, orientação, tempo) criando situações que sintetizam a sua simbiose
com “o social”. Tendo como Princípio que espaço e habitante são ambos tão dinâmicos como
fixos e tão físicos como sociais; as Esculturas/Instalações são espaços personificados, os
espectadores/transeuntes são “espacializados” e suas interacções são proporcionadas com base
numa crença e motivação pela possibilidade de alteração de “factos” e dogmas.
Inês Botelho (1977) estudou em Lisboa (Faculdade de Belas Artes e Ar.Co) e Nova Iorque
(Hunter College). Expõe desde 2000. Destacam-se os projectos individuais: “Presença
Inflectida” e “Resistência e Desistência” (Galeria Filomena Soares), “Lugar Falhado” (Pavilhão
Branco do Museu da Cidade de Lisboa), “El Original Espacio Social” (Matadero Madrid e ruas e
centros culturais de Getafe e Fuenlabrada, Madrid), “Trade-off / Gravidade e Graça” (Fachada
da Casa d’Os Dias da Água), “Inês Botelho” (ZDB); E suas participações nas colectivas:
“Laboratório de Curadoria” (Guimarães Capital da Cultura), “Fronteiras” (Junho das Artes em
Óbidos), “Linhas Invisíveis” (intervenções na cidade de Torres Vedras), “Sítio das Artes”
(Centro de Arte Moderna, Gulbenkian), “Metaphysics of Youth – Fuoriuso” (Pescara, Itália),
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“Europart” (rolling-boards em Viena e Salzburgo), “Conflux Festival” (McCarren Park,
Brooklyn), “EDP Novos Artistas” (Museu de Serralves), “Veneer /Folheado” (Catalyst Arts,
Belfast), “Inês Botelho/Mário Cordeiro” (Sala do Veado), “46 Salon de Montrouge” (Salon de
Montrouge, Paris), “Gotofrisco”, (ZDB e Southernexposure, Lisboa e São Francisco), “T9” e
“Inmemory” (ZDB); Está representada nas colecções: EDP; Portugal Telecom; Governo Regional
dos Açores; Fundação PLMJ; MAK – Museu de Artes Aplicadas, Viena, Áustria; Associação
Nacional de Jovens Empresários; ANACOM; António Cachola – Museu de Elvas; Galeria Zé dos
Bois; Pedro Cabrita Reis.
CARLOS GOMES
Nascido em 1969 no Barreiro. Arquiteto pela Universidade Técnica de Lisboa. Cofundador, em
1996 do Atelier M.G.C. ARQUITECTOS. Em 2002/2003 realizou um Master of Arts em Cenografia
no Central Saint Martin’s College of Art and Design, Londres, com uma bolsa do Ministério da
Cultura Português. Estudou Teatro e Dança e foi ator e bailarino. Assinou diversas cenografias
nomeadamente para Clara Andermatt: “Uma História da Dúvida”, estreada no Festival
“Mergulho no Futuro” – EXPO’98, “NeatNet”,em 2002, no Ballet Gulbenkian e “Silêncio” em
2006, no Centro Cultural de Belém (CCB) em Lisboa. Em Setembro de 2001 participou num
workshop multimédia com o colectivo artístico britânico “Igloo” na Fundacão Gulbenkian, onde
começou a interessar-se pelo vídeo. Como projeto final do mestrado em Londres apresentou
“Third Nature”- uma instalação vídeo para três ecrãs. Entre 2007 e 2009 dirigiu o projeto
artístico “Gente da Casa – Monitorização de Uma Obra de Arquitetura”, apoiado pela DGArtes.
Este projeto teve como resultados, uma exposição, um livro e um filme. O filme estreou-se no
Doclisboa 2009. Já em 2010 filmou com Ana Direito “Sem Título” - uma visita ao espaço
emocional do pintor Fernando Direito, estreado no Festival de filmes sobre arte do Temps
d'Images. Ainda no âmbito da programação deste festival, na sua edição de 2011, apresentou o
seu mais recente projeto de vídeo-instalação: UMA - Ultra Maratona Atlântica, em co-autoria
com Fran Lopez Reyes, realizador espanhol e também apoiado pela DGArtes. O projeto UMA
será ainda, em 2013, também um documentário (em fase de montagem. Mais recentemente,
colaborou como realizador e fotógrafo com as artistas Irit Batsry e Hélène Veiga Gomes. Com
Irit Batsry, concebeu o projeto, a partir do trabalho da artista, para o Faena Prize 2012, em
Buenos Aires. Com Hélène Veiga Gomes, colaborou na realização e montagem da instalação
“Variações da Fé”, integrada no programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian e
coproduzida pelo Carpediem – Arte e Pesquisa. Filmou e realizou ainda, “SIRIA”, uma curtametragem híbrida, entre o cinema documental e a vídeo arte, que integrou a seleção de obras
portuguesas na edição 2012 do Festival Fuso.
MÓDULO IV
PERFORMANCE
27 a 31 de Maio
PATRÍCIA PORTELA
Cresceu em Lisboa, Macau, Utrecht, Helsínquia. Trabalha em teatro, dança e cinema. Quase
sempre nos bastidores. Vive entre Paço de Arcos e Antuérpia.
Tem 34 anos. Publicou "Operação Cardume Rosa"; "Se Não Bigo Não Digo" (ambos na Fenda);
"Odília ou a história das musas confusas do cérebro de Patrícia Portela" (Caminho) e "Escudos
Humanos" (Culturgest). Fez o curso de realização Plástica do Espectáculo e esteve no Teatro da
Garagem, O Olho e Projecto Teatral. Escreveu diversas peças, como one spoke, one smoked,
one died; Operação Cardume Rosa; T5; Banquete ou a Trilogia Flatland. Recebeu os prémios
ACARTE/Madalena Azeredo Perdigão; Revelação de teatro pela Associação de Críticos de Teatro
Portugueses e Navegadores Portugueses 94 de BD, pelo CNC.
ANDRÉ TEODÓSIO
André de Mendonça Escoto Teodósio nasceu em Lisboa em 1977. Frequentou o Conservatório
Nacional de Música, a Escola Superior de Música e a Escola Superior de Teatro e Cinema. Fez
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várias formações na Gulbenkian, tendo assinado a encenação da ópera «Riders to The Sea»
como prova final. É membro fundador do Teatro Praga, tendo também integrado a companhia
de teatro Casa Conveniente, e colabora assiduamente com a companhia de teatro Cão Solteiro.
Para além dos trabalhos desenvolvidos com o Teatro Praga encenou a solo os espectáculos "Três
mulheres", de Sylvia Plath, "Diário de um louco", de Nikolai Gogol, "Super-Gorila" e "Supernova",
co-criados com José Maria Vieira Mendes e André Godinho. Encenou as óperas "Metanoite", de
João Madureira, "Outro Fim", de António Pinho Vargas, "Blue Monday", de George Gershwin e
"Gianni Schicchi", de Giacomo Puccini . Escreve regularmente para diversas publicações sendo
autor do texto "Cenofobia" editado pela Fundação Culturgest e autor do ciclo Top Models que
inclui "Susana Pomba (um mito urbano)" e "Paula Sá Nogueira (um bestiário)". É ainda co-autor
do bailado «Perda Preciosa» na Companhia Nacional de Bailado. Tem apresentado os seus
trabalhos em inúmeros teatros portugueses e estrangeiros.
As suas encenações abordam de forma recorrente a fusão de realidade e ilusão e o problema do
poder.
Foi nomeado pelo jornal Expresso como um dos 100 portugueses mais influentes de 2012.
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