O ENSINO DA LITERATURA EM ELE: UM PROJETO DE INCENTIVO A
LEITURA DIÁRIA.
FERREIRA, da Silva Elza. (UEPB)
MARCELINO, da Silva Jeane. (UEPB)
Resumo
O objetivo deste trabalho é motivar o ensino da Literatura Hispânica em aulas de ELE (Espanhol
Língua Estrangeira), visando uma prática que amplie o universo do aluno. Isto se faz necessário porque
a literatura nos permite desenvolver um raciocínio crítico e lógico diante das realidades enfrentadas no
cotidiano, além de nos ajudar a entender a realidade de outros povos e culturas. Nos baseamos nas
considerações teóricas de Bernal Martín (2011) e Albuquerque & Silva (2013) para traçar as discussões
do nosso trabalho. O uso de uma metodologia que interaja com o aluno para participar ativamente
dentro e fora da sala de aula, utilizando a literatura (contos e poemas), com o objetivo de contribuir e
desenvolver atividades que façam com que ele perceba a literatura como algo motivador no Ensino de
Idiomas.
Palavras chave: Literatura nas aulas de língua espanhola. Desenvolvimento do pensamento crítico.
Interação nas aulas de LE.
INTRODUÇÃO
Nesse artigo pretendemos expor em linhas gerais alguns pontos sobre o ensino
da literatura em ELE (Ensino de Língua Estrangeira). Visto que o ensino de idiomas
através da literatura constitui um processo interativo de comunicação e pode contribuir
para o desenvolvimento da interlíngua e ajudar a desenvolver uma "consciência
cultural" mais ampla que possa apresentar ao aluno uma diversidade de textos, tudo
isso contribuindo para estimular a imaginação do aprendiz e inclusive incentivar
produção de textos próprios.
Os textos literários são ricos, difundem a cultura de um povo e favorecem o
desenvolvimento do raciocínio crítico nos alunos, devido a elementos característicos
da literatura que estimulam discussões e permitem diversas interpretações para os
mesmos textos, e também são importantes veículos que despertam o interesse dos
alunos na cultura hispânica.
Utilizar os textos literários é um estímulo linguístico e cultural para os
estudantes e, ainda, apresenta uma finalidade comunicativa que desenvolve
naturalmente a compreensão leitora, a produção oral e escrita, mas para isso o
professor deve usar estratégias de incentivo à leitura e fazer uso de ferramentas que
possam ajudar o aluno em seu aprendizado, considerando, inclusive a realidade dos
mesmos.
O reconhecimento e a importância da literatura têm levado muitos professores
a valorizar mais o papel que ela tem no ensino de línguas. Na realidade, se os textos
literários forem bem selecionados pelo docente podem despertar nos alunos a
motivação para ler e inclusive melhorar a destreza de compreensão leitora, o que
definitivamente contribui para o aprendizado da LE estudada.
A leitura de textos literários cria um mundo de conteúdos próprios, uma
realidade distinta dos textos informativos ou expositivos. No trabalho com fábulas,
contos, poemas, peças dramáticas, por exemplo, podemos obter resultados positivos no
aprendizado.
Dessa forma, propomos aqui uma análise sobre o ensino da literatura nas aulas
de LE (Língua Estrangeira) para ajudar nossos alunos a desenvolver a capacidade de
apreciar o texto literário e compreender a variedade do idioma a partir da experiência
diferenciada com a literatura.
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO ENSINO DE ELE
A importância da literatura no ensino de uma língua estrangeira é um ponto que
deve ser analisado pelo docente ao fazer o planejamento das suas aulas. O ensino da
literatura deve ser direcionado para o incentivo do hábito da leitura nos alunos, e ao
mesmo tempo possibilitar o conhecimento de outras culturas, desenvolvendo a
destreza leitora e escritura, e consequentemente auditiva e oral.
A prática de leitura através dos textos literários permite que aluno desenvolva
suas próprias habilidades e crie estratégias de leituras que contribui para o
desenvolvimento da consciência crítica. De acordo com Renata Cavalcanti Eichenberg
(2009, pg. 3):
O Projeto de Incentivo à Leitura da Literatura vem, assim, qualificar a ação
pedagógica e ampliar os horizontes do mundo escolar no que tange ao
trabalho emancipatório com o livro literário, de maneira a formar alunosleitores e, consequentemente, auxiliá-los no desenvolvimento das
habilidades de fala e escrita, a formação de opiniões, na formação de sua
identidade, na compreensão do mundo que os cerca e na expansão de seus
horizontes de expectativas.
O docente é responsável em motivar o aluno para a leitura e pode também utilizar
o conhecimento prévio dos estudantes, ou seja, ele deve ser promotor de entusiasmo,
fantasia e criatividade que desperte no aluno benefícios significativo como:
 O estímulo da criatividade;
• O desenvolvimento do senso crítico;
• A melhoria na comunicação e no vocabulário;
• O crescimento pessoal ou profissional;
Trabalhar o texto literário em sala de aula não é tão simples como muitos
pensam, o professor deve criar condições para que o aluno interaja com o texto,
constituindo significados e interpretações. Conforme Vieira (2014, p.14):
El profesor debe tener en cuenta que utilizar los textos literarios en clase es
de gran importancia, pero, no es una tarea fácil, visto que para la mayoría
de los alumnos no les gusta la literatura, creen que es aburrido y de difícil
lectura e interpretación. Sin hablar de otros factores como el tiempo de la
clase, número de clases por semana, cantidad de alumnos. Todos estos
factores son importantes en la hora de preparar los materiales. Así es
necesario el profesor observar los objetivos que quiere alcanzar a través de
los textos literarios en clase de lengua española, además de fijar en las
competencias generales y las competencias comunicativas de la lengua.
O professor deve escolher textos autênticos e atrativos que esteja de acordo
com o nível da turma e também procurando saber as preferências e necessidades dos
alunos para que possa levar as discursões para sala de aula. Consideramos, assim, o
professor como educador e mediador, pois ele parte da necessidade do aluno,
respeitando sua cultura, criando condições para que o aluno lide com as obras
literárias, a partir do ponto de vista dele ir identificando, fazendo interpretações e
relações com suas experiências tanto de vida quanto literárias.
A literatura amplia os conhecimentos do discente e segundo Vieira (2014,
p.16):
... los textos literarios sirven como instrumento de comunicación, desarrollo
del hábito de lectura, de la comprensión lectora e interpretativa. A través de
ellos podemos desarrollar en aula nuevas formas de aprendizaje,
proponiendo la interacción entre los alumnos por medio de discusiones de
temas universales. De esa forma el alumno es visto a partir de tres
dimensiones: agente social, hablante intercultural y un aprendiz autónomo.
El profesor va a ser el guía dentro del aula, desarrollando las destrezas
sociales y promoviendo la colaboración de todos los estudiantes.
A literatura é muito importante no ensino de E/LE, não só pelo fato de despertar
o educando para o mundo da leitura, como também porque desperta em todos os
aspectos, enriquecendo o raciocínio crítico. Ou seja, pensar na literatura na sala de
aula de Espanhol como Língua Estrangeira é pensar não só na formação crítica do
aluno, mas na sua inserção no universo cultural.
O ENSINO DE LITERATURA EM AULAS DE ELE COMO ESTÍMULO
REAL E NATURAL PARA OS ALUNOS
O ensino da Literatura não é um trabalho fácil para a docência, visto que parte
dos alunos não são estimulados para essa aprendizagem. Alguns métodos utilizados
como leituras de livros para fazer provas, o uso de textos extensos para tradução, não
têm sido favoráveis para o ensino de LE (Língua Estrangeira) e muito menos para que
os alunos vejam o livro como algo prazeroso.
Não é novidade que aulas como a de literatura sejam vistas como cansativas,
chatas, desestimulantes, isso ocorre pelo processo histórico que se tem nessa área.
Desde sua introdução no ensino de línguas com utilização de textos extensos, até os
dias atuais com a inovação tecnológica a nosso favor, muitas delas ainda continuam da
mesma forma.
Para que a literatura seja motivadora, dê gosto e prazer aos alunos, o professor
não deve elaborar suas aulas de maneira isolada, e sim trabalhar sempre dando
estímulos, por isso, afirma: Izarra (2002, p. 1): "não devemos nos preocupar apenas
com o ensino da língua estrangeira, mas dar aos estudantes ferramentas para que com
ela eles construam novas formas de conhecimento". É importante também ressaltar que a
literatura colabora com o aluno ampliando sua compreensão no contexto, tanto da fala como
da escrita, não ficando limitado em compreensões isolados e equivocados, visto que a
compreensão de língua estrangeira se dá dentro do contexto em que está inserido o individuo
bem como onde está ocorrendo à situação que se quer entender.
Sendo assim, a língua estrangeira se torna um caminho, nos enriquecimento de
novos conhecimentos e novas formas de interagir em diversos espaços de inserção
pessoal, seja na língua materna ou de maneira especial com falantes do “espanhol”.
Além do mais, a leitura é uma fonte de enriquecimento para o aprendizado de línguas
estrangeiras, e permite um desenvolvimento no domínio da fala e da escrita,
ampliando o vocabulário e a competência comunicativa, enriquecendo o raciocínio
crítico devido a elementos característicos da literatura.
A leitura deve partir de uma interação entre o autor, o mundo e o aluno
podendo ser valorizada e estimulada pelo professor, que tem um papel de grande
responsabilidade na formação intelectual do alunado. Sendo assim, inserir a literatura
de modo atrativo e criativo seria o ponto de partida para a aderência a leitura.
Os textos literários são inúmeros, nem todos os professores conseguem adequálos ao nível de seu interesse, são necessários alguns requisitos para a seleção de textos
como, por exemplo: textos em que o professor possa explorar todas as destrezas não só
a leitura e escritura, como também a oralidade e a audição, ser de fácil compreensão, e
que possua uma linguagem simples. O professor tem condições de fazer uso das
diversas habilidades, como também despertar no aluno não só o gosto pela leitura e
sim fazer despertar a criatividade. Como relata a professora María Amparo Valere
Ruzafa (2003, p. 256):
[...] el trabajo en clase de Lengua y Literatura puede proporcionar muchas
posibilidades, si se acierta a la hora de poner en manos de los alumnos y
alumnas textos y propuestas para su análisis, que vayan alumbrando, de
manera paulatina, la capacidad de disfrutar del valor estético de la palabra
bien escrita. Quienes transmitan por esta “escondida senda” del deleito y la
admiración terminan por descubrir que, quizá, son también capaces de
ejercitarse en el misterioso arte de la creación, cambiando de manera
personal las incontables piezas del universo verbal.
O texto deve ser acessível, ou seja, deve ser escolhido de acordo com o nível
do aluno para promover a aprendizagem, e não uma frustração. De forma que o
professor deve pensar sobre as necessidades dos alunos e quais os objetivos que se
quer alcançar durante a aula, para depois definir "o quê?" e "como?" ensinar. Pode-se
utilizar estratégias que integrem o aluno à aula e que faça com que o próprio aluno
tenha curiosidade para buscar sempre respostas e conclusões para o aprendizado, que
não são dadas simplesmente pelo professor.
Muitos são os recursos e gêneros textuais para os quais devemos direcionar
nossa atenção e motivar a criatividade de maneira natural e atrativa para nossos
alunos. O uso de poemas, de contos, de canções, de peças teatrais, vídeos, dentre
outros, desperta o interesse e a atenção do estudante, sendo uma forma de demostrar a
compreensão dos conteúdos abordados em sala.
Não estamos aqui trazendo fórmulas prontas, pelo contrário, queremos chamar
a atenção do professor para uma maior ênfase e atenção nos planos de aula, para que
não seja apenas transmissão de conteúdos, e sim orientação para novos leitores
mostrando o que é possível encontrar nos textos literários e o quanto eles são
favoráveis ao ensino de língua estrangeira. Pois é na leitura que descobrimos um
mundo novo, cheio de coisas desconhecidas que amplia e diversificar nossa visão e
interpretação, fazendo de nós cidadãos mais informados e críticos.
PRATICANDO E FOMENTANDO O HÁBITO DE LEITURA COM OS
ALUNOS
Falamos anteriormente a respeito da importância e do papel que a escola tem
ao introduzir os alunos no mundo da leitura, o que deve ser feito logo nos primeiros
anos de ensino, por esse motivo é que o professor deve ter clareza do objetivo do
ensino de ELE, assim nos alerta Albuquerque & Silva (2013, p.132):
O objetivo principal do ensino-aprendizagem de LE é desenvolver no aluno
a competência comunicativa na língua estrangeira foco do estudo, a
literatura, pois, se configura como um caminho válido e uma experiência
diferenciada para alcançar tal objetivo.
Levando em consideração esta afirmação, o professor deve utilizar os diversos
recursos e métodos para fazer com que o aluno se sinta familiarizado com a literatura.
Por essa razão propomos algumas possibilidades que acreditamos valer a pena
praticar.
O trabalho com contos proporciona um novo olhar, fazendo com que os alunos
aprendam a ter uma leitura prazerosa, um mundo de fantasias por meio de
dramatizações, de reescrita dos contos fazendo uma inversão de personagens e de
contos e com uma apta sutileza, acredita-se que esta levará à descoberta de valores, à
integração de padrões sociais. A proposta é incentivar o educador, fazer dos contos de
fadas o ponto de referência de sua didática, utilizando sempre suas aulas; de forma que
envolvam os alunos sem que eles tenham que fazer algumas atividades por imposição
do educador, deixar que as crianças por si só levantem seus próprios pontos de vistas.
Quando falamos de poesia, imaginamos todo um cenário e contexto próprio do
gênero poético, não se pode deixar passar despercebidas toda a história e trajetória que
se tem de poesia, desde a poesia lírica, aos grandes saraus, como expressão de
sentimentos vivos e presentes na vida do povo. Motivar os alunos para um sarau ou
para um dia de recitações poéticas, expondo seus sentimentos e desejos, de maneira
expressiva como a própria poesia nos convida, é algo motivador e lúdico.
Outra proposta seria utilizando a internet como ferramenta, já que é algo que
está muito presente na vida dos alunos nos dias de hoje. Criar um blog em que o
professor proponha atividade diária para o aluno, de forma que os próprios estudantes
interajam entre si nas discussões e comentários de leituras literárias feitas em casa.
Isso provavelmente fará com o aluno se mantenha atento às novas atividades e aos
comentários dos colegas. E quando as interações acontecerem, eles podem formular
textos para publicar no blog, passando pela orientação e supervisão do professor.
Seria interessante também, por exemplo, que os professores de espanhol
elaborassem uma proposta de projeto de cultura hispânica para apresentar na escola.
No qual, partindo dos trabalhos já feitos em sala de aula, se faria exposições para
divulgar alguns autores e obras literárias do universo hispânico.
Essas são algumas ideias de trabalho com o texto literário em aulas de ELE em
que podemos ver como a literatura se configura como uma ferramenta valiosa, mas
devemos considerar o conhecimento que os alunos têm da LE, como afirma Bernal
Martín (2011, p. 34): “…es fundamental que consideremos en todo momento el
“nivel” lingüístico de los destinatários del texto…”, dessa maneira a seleção de textos
precisa estar adequada a cada grupo de trabalho. Sendo assim, é preciso fazer usos de
textos adaptados que estejam de acordo com o conhecimento linguístico dos mesmos.
Bernal Martín (2011) elabora em seu trabalho algumas práticas didáticas a serem
realizadas em sala de aula com seus alunos, assim também como Albuquerque e Silva
(2013) , traçam propostas e passos a serem seguidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos ao longo deste trabalho, a literatura é de grande importância para
o ensino de ELE, pois é por meio dela que o aluno satisfaz suas necessidades, sendolhe permitido assumir uma atitude crítica em relação ao mundo.
A literatura tornar-se uma grande aliada do professor e pode influenciar de
maneira positiva no processo de aprendizagem do aluno. Ela é capaz de transformar o
indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua aprendizagem, que sabe
compreender o contexto em que vive e modificá-lo de acordo com a sua necessidade.
O professor tem um papel fundamental para o incentivo da leitura de textos
literários no cotidiano dos alunos. Na sala de aula, as práticas de leitura devem
acontecer de forma natural. E as estratégias de incentivo à leitura precisam ser diárias
no cotidiano dos alunos.
Os textos literários são materiais ricos no estímulo à leitura, cabe ao professor
saber utilizá-los de forma adequada e sempre que necessário fazer uso de novas
ferramentas adaptando os métodos utilizados com a realidade dos alunos. Isso fará
com que os alunos não só tenham um aprendizado de língua estrangeira, mas também
que ampliem o domínio da fala e da escrita, enriquecendo o raciocínio crítico.
O ensino de literatura em LE contribui para um processo interativo de
comunicação que não só desperta o estudante para o mundo da leitura como também
para a aprendizagem de modo geral. Como havíamos visto, o texto literário serve de
estímulo e prática para o ensino de idiomas – em nosso caso o espanhol-, e não é
somente um meio de entretenimento, e sim uma ferramenta de estudo utilizada pelo
professor para o ensino da língua estrangeira.
REFERÊNCIAS:
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EICHENBERG, R. C. Literatura na escola: um projeto de incentivo à leitura.
Disponível em: < http: //www.unisc.br/cursos/pos_graduacao/literatura_na_escola.pdf
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IZARRA, Laura P. Zuntini de. Historicizing the English Text. The Teacher´s
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cuentos de Ana María Matute. Didáctica (Lengua y Literatura) 255 -2003, vol. 15.
256.
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