FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA BRASILEIRA
Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de
1 a 20 se referem a ele.
TIRO NO PÉ
4º§ Graças a Deus, aquilo terminou bem, e nossos 70 companheiros
foram mandados a Santiago do Chile porque consegui convencer
nosso comandante, Carlos Lamarca, a aceitar a recusa de alguns dos
presos "estratégicos" e negociar a sua substituição por outros que a
ditadura Médici aceitava soltar. Hoje vejo num sequestro desse tipo,
de um diplomata inocente, ameaçado de execução, mesmo sob uma
ditadura, um ato no limite do terrorismo, no que pese o nosso
desespero de então. Em alguns casos, esse limite foi ultrapassado.
Penso no marinheiro inglês metralhado na praça Mauá, na bomba de
Guararapes ou na execução daquele militante que queria deixar uma
organização.
BALANÇA
Por que rever a Lei da Anistia é um erro
Alfredo Sirkis
1º§ Foi francamente irônico o resultado da recente pesquisa do
Datafolha sobre a Lei da Anistia. Há uma maioria favorável a revê-la
para poder julgar os torturadores e uma maioria, maior ainda, para
rejulgar a nós, ex-guerrilheiros, pelas ações que cometemos.
2º§ Por um instante me vi, com meus 63 anos, no tribunal,
respondendo pelos dois sequestros de embaixadores dos quais
participei, aos 19, e que propiciaram a libertação de 110 presos
políticos, alguns eventualmente destinados à Casa da Morte. Na época
fui condenado duas vezes à prisão perpétua (com mais 30 anos de
lambuja para a encarnação subsequente) pelas auditorias militares.
3º§ Costumo dizer que, daquilo tudo, não me orgulho nem me
envergonho. Mas já tive pesadelos horrendos: a organização me
ordena a executar o embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher – um
sujeito boa-praça que não gostava da ditadura – porque tinham se
recusado a libertar todos nossos presos. Tenho uma pistola na mão,
mas não quero me tornar um assassino. Acordo coberto de suor frio.
5º§ É possível equiparar esse punhado de atos criminosos à tortura
generalizada, institucionalizada, sancionada desde o nível presidencial
que se abateu não apenas sobre nós, resistentes armados, como
sobre opositores sem violência, como no caso do PCB, e milhares de
"simpatizantes" e outros, presos por equívoco?
6º§ Claro que não; mas essa anistia "recíproca" foi resultado de uma
correlação de forças dos idos de 1979, um acordo político que
permitiu a libertação dos presos e nossa volta do exílio.
7º§ O primeiro problema de rever essa lei para poder julgá-los, 40 e
tantos anos depois dos fatos, é a repercussão sobre outros
complicados processos de redemocratização pelo mundo afora.
Frequentemente, para remover um regime de força, é preciso pactuar
com os que ainda ocupam o poder e ainda têm enorme capacidade de
fazer dano.
8º§ As torturas e execuções na África do Sul e na Espanha não foram
menores do que no Brasil – é o mínimo que se pode dizer – mas lá a
opção foi não colocar os antigos repressores nos bancos de réus.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
9º§ Na África do Sul, a lógica da Comissão da Verdade foi reconstituir
os fatos e obter dos responsáveis pelo odioso apartheid a confissão,
não com vistas à condenação penal, mas à expiação moral e à
superação conjunta de tudo aquilo. Também foram colocados na mesa
para uma catarse de superação coletiva certos episódios sangrentos
dentro da maioria negra.
14º§ No estamento militar há um sentimento geral de condenação
àquela máquina de torturas e execuções – que acabaram inclusive
atentando fortemente contra a hierarquia militar e sujando a imagem
das Forças Armadas –, embora sem nenhuma propensão a aceitar a
narrativa da esquerda. Não iremos convencer os militares a adotar,
agora, um maniqueísmo reverso ao deles, na época.
10º§ Confesso que senti satisfação ao ver o general Jorge Rafael
Videla terminar a vida numa prisão argentina. Penso, no entanto, que
a razão decisiva para julgar (uma parte) dos comandantes daquele
regime assassino foi o prosseguimento das conspirações militares já
no período democrático, com quarteladas durante os governos de
Raul Alfonsín e Carlos Menem.
15º§ Por todo ordenamento jurídico brasileiro, hoje seria totalmente
impossível – a não ser que se viesse a adotar toda uma nova
legislação de exceção – condenar esses militares de pijama, na
maioria septuagenários ou octogenários, a servir penas na prisão.
11º§ No Chile, alguns poucos foram julgados, mas o general Augusto
Pinochet Ugarte continuou comandando o Exército por um bom tempo
na transição e só sofreu embaraço jurídico no Reino Unido, jamais no
Chile.
16º§ Num país onde assassinos abjetos como os que torturaram e
mataram o jornalista Tim Lopes saem da prisão por "progressão de
pena" em quatro ou cinco anos, fazer um ex-general ou coronel do
DOI-Codi ir para a cadeia por crimes cometidos há mais de 40 anos é
improvável e incongruente.
17º§ Qual o risco político de colocá-los agora no banco dos réus?
12º§ Não há uma formula única, "correta". No que pese o sentimento
de busca de justiça das vítimas e seus familiares – que respeito
profundamente, à diferença daqueles que querem apenas surfar
politicamente na causa – trata-se de uma decisão jurídica, por um
lado, e de uma questão política, por outro. Juridicamente, o STF já se
pronunciou a esse respeito. Politicamente, vejo a revisão como
contraproducente e concordo plenamente com a presidente Dilma
Rousseff quando se manifesta contrária à anulação da anistia.
NARRATIVAS
13º§ Desde os anos 80, vem prevalecendo, grosso modo, a narrativa
da esquerda sobre os "anos de chumbo". Os verdugos dos porões do
DOI-Codi viveram vidas existencialmente miseráveis. Uma parte,
desproporcional, já morreu de morte morrida; outros tornaram-se
criminosos comuns, bicheiros, contrabandistas.
18º§ Tendo prevalecido a nossa narrativa, desde os anos 1980, seria
da lógica jornalística agora ouvir a deles, desde o palco e holofotes
que agora lhes estão sendo propiciados. Alguns se arrependem. Qual
a sinceridade disso? Há os que assumem friamente seus crimes, e aí
temos a novidade, o gancho para difundir sua contranarrativa: "Isso
mesmo, torturei, cortei dedos, matei, joguei no rio, no mar e daí?
Guerra é guerra".
19º§ Se há uma maioria de brasileiros que fica compreensivelmente
horrorizada, há uma minoria que se identifica e se sente reconfortada
em ver, afinal, sua "verdade" difundida agora com todas as letras.
"Levanta-se a bola" para figuras como Ustra ou Malhães, propicia-se
farta cobertura de mídia para que eles se comuniquem com uma
extrema-direita desorganizada, difusa, mas real. Ganham espaço para
bulir com aquele sentimento que leva o público do primeiro "Tropa de
Elite" – quando José Padilha ainda não pagara tributo ao politicamente
correto – a aplaudir as torturas infligidas ao traficante com um saco
plástico.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
20º§ A prioridade no Brasil, em relação à tortura, não é tentar,
inutilmente, mediante a revisão da anistia, colocar na cadeia um ou
outro torturador do DOI-Codi dos anos 1970, mas fazer cessar aquela
tortura que continua ocorrendo hoje, agora, a todo momento, em
dezenas de delegacias de roubos e furtos ou destacamentos de
policiamento ostensivo, contra marginais pobres e negros.
21º§ Aquela velha tortura de sempre, de antes e de depois do Estado
Novo e do regime militar, quando ela foi, excepcionalmente, infligida
também à classe média intelectualizada e politizada.
22º§ Nesse sentido, apesar de todos os bons e altivos argumentos e
da justificada indignação de quem sofreu e gostaria de ver punidos
aqueles criminosos, a revisão da "anistia recíproca" de 1979 é um erro
político cujo maior problema é, na prática, dar uma segunda chance e
propiciar um público renovado para uma narrativa que já enterramos
nos anos 1980. É, no fundo, um tiro no pé.
(Alfredo Sirkis, 63, é autor de Os carbonários, publicado pela editora Record, e
deputado federal pelo PSB-RJ.)
1) FMC – 2014/2°
De acordo com os dois primeiros parágrafos do texto, o autor, Alfredo
Sirkis, foi
a) um ex-guerrilheiro cujas ações contribuíram para a libertação de
110 prisioneiros durante a ditadura militar.
b) um guerrilheiro que, aos 63 anos, participou de dois sequestros de
embaixadores.
c) um contraventor que cumpre prisão perpétua decretada pelos
militares há trinta anos.
d) um terrorista que, embora tenha participado de 19 atentados, só
foi julgado e condenado por dois deles.
2) FMC – 2014/2°
A leitura dos 3º e 4º parágrafos do texto permite afirmar que
(Folha de S. Paulo, 6 de abril de 2014. “Ilustríssima”. p.3)
a) o autor, após sequestrar o embaixador Giovanni Enrico Bucher,
teve a missão de executá-lo a sangue frio, embora considerasse o
diplomata uma boa pessoa.
b) Carlos Lamarca, comandante do grupo a que pertencia Alfredo
Sirkis, foi um dos presos cuja libertação foi exigida em troca do
embaixador suíço.
c) Alfredo Sirkis confessa ter participado da execução de um
marinheiro inglês e de um militante que quis deixar a organização
da qual ele fazia parte.
d) o autor, hoje com distanciamento crítico, revela um ponto de vista
diferente do que tinha quando participante da luta armada contra o
regime militar.
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3) FMC – 2014/2°
4) FMC – 2014/2°
A segunda parte do texto, “Balança”, apresenta um breve
levantamento sobre desfechos de regimes totalitários na América
Latina e na África.
Leia com atenção o parágrafo a seguir.
Assinale a alternativa que apresenta uma constatação inequívoca
sobre essa parte do texto:
a) Tanto na Argentina quanto no Chile, os ex-presidentes,
respectivamente, Jorge Rafael Videla e Augusto Pinochet Ugarte,
sofreram severas sanções pelos crimes que cometeram contra seus
compatriotas.
b) A tortura generalizada no Brasil, institucionalizada pelo próprio
regime militar, infligida inclusive aos simpatizantes da oposição, foi
equivalente aos atos praticados pela resistência armada.
“Não há uma formula única, ‘correta’. No que pese o sentimento de
busca de justiça das vítimas e seus familiares – que respeito
profundamente, à diferença daqueles que querem apenas surfar
politicamente na causa – trata-se de uma decisão jurídica, por um
lado, e de uma questão política, por outro. Juridicamente, o STF já se
pronunciou a esse respeito. Politicamente, vejo a revisão como
contraproducente e concordo plenamente com a presidente Dilma
Rousseff quando se manifesta contrária à anulação da anistia.”
De acordo com esse trecho, pela ótica do autor, NÃO se pode dizer
que a revisão da anistia
a) seja um processo urgente e incontestável.
c) Os responsáveis pelo apartheid na África do Sul não sofreram
qualquer tipo de punição, visto que se arrependeram duramente de
seus atos criminosos.
b) inclua tanto decisão jurídica quanto uma questão política.
d) Muitos dos regimes autoritários só chegaram ao fim em virtude de
acordos, pactos realizados entre os próprios mandatários desses
regimes e seus opositores.
d) possa mostrar-se contrária ao que se pretende, politicamente.
c) propicie a muitos tirarem proveito da questão.
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5) FMC – 2014/2°
7) FMC – 2014/2°
Na última parte do texto, “Narrativas”, o autor enumera uma série de
argumentos para justificar que não vale a pena, hoje, intentar
condenar os agentes do regime militar.
Assinale a alternativa cujo termo destacado foi devidamente explicado
de acordo com seu significado no texto:
Para ele, o mais urgente é fazer com que uma das ações mais
hediondas cometidas por aquele regime, que ainda continua a ser
praticada, agora por outros agentes, seja coibida.
a) ...infligida também à classe média intelectualizada e politizada.
(21º§)→ aplicada
b) ...mas à expiação moral e a superação conjunta de tudo aquilo.
(9º§) → observação
Que parágrafo do texto explicita essa ideia?
a) 14º§.
b) 20º§.
c) Os verdugos dos porões do DOI-Codi
existencialmente miseráveis. (13º§) → torturados
viveram
vidas
d) Num país onde assassinos abjetos como os que torturaram e
mataram o jornalista Tim Lopes... (16º§)→ contratados
c) 15º§.
d) 19º§.
8) FMC – 2014/2°
6) FMC – 2014/2°
Todos os seguintes termos destacados pertencem a uma mesma área
de significação, EXCETO:
a) ...mas lá a opção foi não colocar os antigos repressores nos
bancos de réus... (8º §)
b) ... sancionada desde o nível presidencial que se abateu não
apenas sobre nós... (5º§)
c) ...foram colocados na mesa para uma catarse de superação
coletiva... (9º §)
d) ...obter dos responsáveis pelo odioso apartheid a confissão, não
com vistas à condenação penal... (9º §)
Em todas as seguintes passagens extraídas do texto, há expressões
que apresentam valores conotativos, EXCETO em:
a) Por todo ordenamento jurídico brasileiro, hoje seria totalmente
impossível (...) condenar esses militares de pijama, na maioria
septuagenários ou octogenários, a servir penas na prisão.
b) Desde os anos 80, vem prevalecendo, grosso modo, a narrativa da
esquerda sobre os "anos de chumbo".
c) No estamento militar há um sentimento geral de condenação
àquela máquina de torturas e execuções...
d) Uma parte, desproporcional, já morreu de morte morrida; outros
tornaram-se criminosos comuns, bicheiros, contrabandistas.
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9) FMC – 2014/2°
11) FMC – 2014/2°
A leitura integral do texto permite inferir que
Todas as charges abaixo podem exemplificar situações abordadas por
Alfredo Sirkis em “Tiro no pé”, EXCETO:
a) todas as narrativas sobre a época da repressão, no Brasil,
apresentam sempre um ponto de vista de esquerda.
a)
b) os militares, de maneira geral, mostram-se contrários aos métodos
utilizados durante a ditadura no Brasil.
c) as torturas, no Brasil, tiveram seu fim derradeiro com a deposição
dos militares.
d) todos os torturadores da época da repressão militar, no Brasil,
tiveram destinos trágicos.
b)
10) FMC – 2014/2°
Assinale a opção que apresenta um dito sentencioso análogo ao título
do texto, “Tiro no pé”.
a) Lançar pérolas aos porcos.
c)
b) Desvestir um santo para vestir outro.
c) Dar murro em ponta de faca.
d) Jogar verde para colher maduro.
d)
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12) FMC – 2014/2°
14) FMC – 2014/2°
Leia com atenção o parágrafo a seguir.
Leia o fragmento.
“No estamento militar há um sentimento geral de condenação àquela
máquina de torturas e execuções (...), embora sem nenhuma
propensão a aceitar a narrativa da esquerda. Não iremos convencer
os militares a adotar, agora, um maniqueísmo reverso ao deles, na
época.”
“Hoje vejo num sequestro desse tipo, de um diplomata inocente,
ameaçado de execução, mesmo sob uma ditadura, um ato no limite
do terrorismo, no que pese o nosso desespero de então.”
Mantendo-se o sentido original do texto, a locução em negrito pode
ser substituída por
Qual dos articuladores textuais listados abaixo poderia ser introduzido
no segundo período desse parágrafo, sem prejudicar o seu sentido?
a) em face de.
a) Contudo.
b) porquanto.
b) Portanto.
c) consoante.
c) Também.
d) não obstante.
d) No entanto.
15) FMC – 2014/2°
13) FMC – 2014/2°
O 21º parágrafo do texto, em referência ao que o precede, apresenta
uma relação de
a) complementação.
b) oposição.
c) conclusão.
d) exemplificação.
Em todas as passagens extraídas do texto, foi sublinhado o núcleo do
termo responsável pela flexão verbal, EXCETO em:
a) Há uma maioria favorável a revê-la para poder julgar os
torturadores e uma maioria, maior ainda, para rejulgar a nós,
ex-guerrilheiros...
b) ...propicia-se farta cobertura de mídia para que eles se
comuniquem com uma extrema-direita desorganizada, difusa, mas
real.
c) Também foram colocados na mesa para uma catarse de superação
coletiva certos episódios sangrentos dentro da maioria negra.
d) Hoje vejo num sequestro desse tipo, de um diplomata inocente,
ameaçado de execução, mesmo sob uma ditadura, um ato no
limite do terrorismo...
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16) FMC – 2014/2°
18) FMC – 2014/2°
Em todas as opções, o verbo “haver” foi utilizado na estruturação dos
períodos estabelecendo o mesmo sentido, EXCETO em:
Nas frases abaixo, a próclise só pode ser substituída pela ênclise em:
a) Há os que assumem friamente seus crimes, e aí temos a novidade,
o gancho para difundir sua contranarrativa...
b) ...fazer um ex-general ou coronel do DOI-Codi ir para a cadeia por
crimes cometidos há mais de 40 anos é improvável e
incongruente.
c) No estamento militar há um sentimento geral de condenação
àquela máquina de torturas e execuções...
a) ...com a presidente Dilma Rousseff quando se manifesta contrária
à anulação da anistia.
b) ...a organização me ordena a executar o embaixador suíço,
Giovanni Enrico Bucher ...
c) ...a não ser que se viesse a adotar toda uma nova legislação de
exceção...
d) Juridicamente, o STF já se pronunciou a esse respeito.
d) Há uma maioria favorável a revê-la para poder julgar os
torturadores e uma maioria, maior ainda, para rejulgar a nós,
ex-guerrilheiros, pelas ações que cometemos.
17) FMC – 2014/2°
Observe os seguintes fragmentos.
Assinale a opção em que o fragmento reescrito entre parênteses foi
pontuado em consonância com a língua escrita padrão:
a) Qual o risco político de colocá-los agora no banco dos réus?
(Qual o risco político, de colocá-los agora no banco dos réus?)
b) Os verdugos
existencialmente
(Os verdugos
existencialmente
dos porões
miseráveis.
dos porões
miseráveis.)
19) FMC – 2014/2°
do
DOI-Codi
viveram
vidas
do
DOI-Codi,
viveram
vidas
c) No estamento militar há um sentimento geral de condenação
àquela máquina de torturas e execuções...
(No estamento militar, há um sentimento geral de condenação
àquela máquina de torturas e execuções...)
d) Há uma maioria favorável a revê-la para poder julgar os
torturadores...
(Há uma maioria favorável, a revê-la para poder julgar os
torturadores...)
I-
No Chile, alguns poucos foram julgados, mas o general Augusto
Pinochet Ugarte continuou comandando o Exército por um bom
tempo...
II- Graças a Deus, aquilo terminou bem, e nossos 70 companheiros
foram mandados a Santiago do Chile...
III- Frequentemente, para remover um regime de força, é preciso
pactuar com os que ainda ocupam o poder...
Verifica-se a presença de pronome demonstrativo apenas em
a)
II.
b)
I e II.
c)
III.
d)
II e III.
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20) FMC – 2014/2°
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA BRASILEIRA
Assinale a opção em que o vocábulo “que” NÃO remeta a um termo
anteriormente citado na frase:
a) Mas já tive pesadelos horrendos: a organização me ordena a
executar o embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher – um sujeito
boa-praça que não gostava da ditadura – porque tinham se
recusado a libertar todos nossos presos.
Instrução: As questões de 21 a 30 referem-se às obras literárias
indicadas para este concurso: O alienista, de Machado de Assis, e
Sagarana, de João Guimarães Rosa.
b) Há uma maioria favorável a revê-la para poder julgar os
torturadores e uma maioria, maior ainda, para rejulgar a nós,
ex-guerrilheiros, pelas ações que cometemos.
21) FMC – 2014/2º
c) "Levanta-se a bola" para figuras como Ustra ou Malhães,
propicia-se farta cobertura de mídia para que eles se comuniquem
com uma extrema-direita desorganizada, difusa, mas real.
d) Em alguns casos, esse limite foi ultrapassado. Penso no marinheiro
inglês metralhado na praça Mauá, na bomba de Guararapes ou na
execução daquele militante que queria deixar uma organização.
Em relação à narrativa O alienista, de Machado de Assis, é CORRETO
afirmar:
a) A novela ironiza o conceito de revolução popular, que, na
perspectiva do narrador, se mostra incompatível com o poder
moderador da razão.
b) O tema central da novela consiste na disputa pelo poder da Casa
Verde por parte do cientista Simão Bacamarte e do padre Lopes.
c) Fundamentando-se em crônicas verídicas, o narrador vale-se de
aspectos históricos para evidenciar a autenticidade de seu relato.
d) Prevalece, ao longo da novela, a concepção de que a loucura
assinala pessoas que constroem um mundo paralelo de inocência e
isolamento.
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22) FMC – 2014/2º
23) FMC – 2014/2º
Assinale o trecho de O alienista em que melhor se verifica a
instabilidade dos movimentos políticos:
Em O alienista, além da sátira à ciência e à política, encontra-se
também uma caricatura da própria linguagem retórica, como se vê na
seguinte passagem:
a)
b)
c)
d)
A derrota dos Canjicas estava iminente, quando um terço dos
dragões, – qualquer que fosse o motivo, as crônicas não o
declaram, – passou subitamente para o lado da rebelião. Este
inesperado reforço deu alma aos Canjicas, ao mesmo tempo que
lançou o desânimo às fileiras da legalidade.
Não descrevo o terror do boticário ao ouvir dizer que o barbeiro ia
à casa do alienista – vai prendê-lo, pensou ele. E redobraram-lhe
as angústias. Com efeito, a tortura moral do boticário naqueles
dias de revolução excede a toda a descrição possível.
Simão Bacamarte achou em si os característicos do perfeito
equilíbrio mental e moral; pareceu-lhe que possuía a sagacidade,
a paciência, a perseverança, a tolerância, a veracidade, o vigor
moral, a lealdade, todas as qualidades enfim que podem formar
um acabado mentecapto.
A irritação dos agitadores foi enorme. O barbeiro declarou que
iam dali levantar a bandeira da rebelião, e destruir a Casa Verde;
que Itaguaí não podia continuar a servir de cadáver aos estudos e
experiências de um déspota.
a)
– A cara era um pimentão; todo ele tremia, a boca escumava;
lembra-me como se fosse hoje. Então um homem feio, cabeludo,
em mangas de camisa, chegou-se a ele e pediu água.
b)
Uma vez, por exemplo, compôs uma ode à queda do Marquês de
Pombal, em que dizia que esse ministro era o “dragão aspérrimo
do Nada” esmagado pelas “garras vingadouras do Todo”.
c)
– Trata-se de coisa mais alta, trata-se de uma experiência
científica. Digo experiência, porque não me atrevo a assegurar
desde já a minha ideia; nem a ciência é outra coisa, Sr. Soares,
senão uma investigação constante.
d)
Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reproche, porque
respeitava nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e
definhava a olhos vistos. Um dia, ao jantar, como lhe perguntasse
o marido o que é que tinha, respondeu tristemente que nada.
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24) FMC – 2014/2º
25) FMC – 2014/2º
Assinale a opção em que se apresenta característica INCORRETA em
relação às narrativas de Sagarana, de Guimarães Rosa:
Leia a seguir trecho de “A hora e vez de Augusto Matraga”, do livro
Sagarana, de Guimarães Rosa.
a)
Em “Sarapalha”, “Conversa de bois” e “O burrinho pedrês”, as
narrativas transcorrem em um único dia.
Seu Joãozinho Bem-Bem pigarreou, e falou:
b)
Em “A volta do marido pródigo”, evidencia-se a visão pouco
favorável sobre a política brasileira, que exibe uma estrutura
retrógrada e sem esperanças de mudança.
- Lhe atender não posso, e com o senhor não quero nada, velho. É a
regra... Senão, até quem é mais que havia de querer obedecer a um
homem que não vinga gente sua, morta de traição?... É a regra.
c)
Em “Duelo”, os dois contendores, numa perseguição sem trégua,
ora se aproximam, ora se afastam um do outro, até o encontro
fatal, em que um liquida o outro.
(ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969. p.361)
d)
O feiticeiro Mangalô, de “São Marcos”, e o curandeiro Antonio das
Pedras, de “Corpo fechado”, são praticantes de religiões
populares.
De acordo com a regra moral vigente no meio em que os contos têm
lugar, é justo que haja a vingança, sendo lícito, por exemplo, que o
marido traído queira vingar-se do amante, como ocorre em “Duelo”,
narrativa na qual essa ideia é endossada pelo narrador na seguinte
passagem:
a) E, enquanto pois, Cassiano continuava se encontrando com a
mulher fatal da história, aquela mesma que tinha os olhos cada
vez maiores, mais pretos e mais de cabra tonta.
b) Todavia, como o bom, o legítimo capiau, quanto maior é a raiva
tanto melhor e com mais calma raciocina. Turíbio Todo dali se
afastou mais macio ainda do que tinha chegado, e foi cozinhar o
seu ódio branco em panela de água fria.
c) – Ele vai como veado acochado, mas volta como cangussu... No
meio do caminho a gente topa, e quem puder mais é que vai ter
razão...
d) Turíbio Todo, nascido à beira do Borrachudo, era seleiro de
profissão, tinha pêlos compridos nas narinas, e chorava sem fazer
caretas; palavra por palavra: papudo, vagabundo, vingativo e
mau. Mas, no começo desta estória, ele estava com a razão.
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26) FMC – 2014/2º
27) FMC – 2014/2º
Atente para o seguinte diálogo, presente na narrativa “Minha gente”,
do livro Sagarana, de Guimarães Rosa.
Nos contos de Sagarana, observa-se o racismo das personagens, o
que, de certo modo, reflete a discriminatória e preconceituosa
sociedade brasileira.
– “Vamos! Partamos! Já Circe, a venerável, me advertiu!...”
Todas
as
seguintes
passagens
comportamento, EXCETO:
Mas Santana, que é criatura do Caraça, retrucou:
– “Vinde, amigos, perguntai ao estrangeiro se sabe ou se aprendeu,
algum dia, qualquer jogo...”
(ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969. p.170)
Com base na passagem transcrita e na leitura do respectivo conto, é
CORRETO afirmar:
a) A referência ao renomado colégio mineiro Caraça expressa o
cenário em que se desenvolve a intriga.
b) Os personagens são cultos, citam obras
desenvoltura e se entretêm jogando xadrez.
clássicas
com
c) O conflito entre o estrangeiro e as pessoas da terra é um dos
aspectos dramáticos desta e de outras narrativas.
d) As inserções de nomes mitológicos, como Circe, atestam que a
obra, em seu todo, minimiza aspectos regionais.
evidenciam
esse
tipo
de
a) – Olha: eu estou vindo da capital: lá, quem trabalha p’ra
estrangeiro, principalmente p’ra espanhol, não vale mais nada,
fica por aí mais desprezado do que criminoso. (“A volta do marido
pródigo”)
b) – Eu nem sei como é que vocês ficam por aqui, trabalhando tanto,
p’ra gastarem o dinheirinho suado, com essas negras, com essas
roxas descalças. (“A volta do marido pródigo”)
c) – Raça de gente braba! Eu cá sou assim: estou quieto, não bulo
com ninguém... Mas, não venham mexer comigo! porque desfeita
eu não levo p’ra casa... (“Corpo fechado”)
d) – Nem se ela, Deus a livre guarde, morresse, o que não é bom
falar, eu nem o couro não havia de vender p’r’aquele judeu...
(“Corpo fechado”)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
28) FMC – 2014/2º
Leia o comentário crítico do ensaísta Nildo Maximo Benedetti sobre o
protagonista do conto “A volta do marido pródigo”, de Sagarana:
Se a personagem Lalino tem as características pessoais que a
sociedade brasileira considera típicas do brasileiro médio – a começar
pela hibridez racial –, sua cordialidade assume a feição de caráter
genérico da nacionalidade brasileira. Lalino é personagem cordial e,
por isso, é um protótipo do político brasileiro, também cordial, para o
qual os limites das esferas pública e privada são mutáveis e flexíveis,
portanto indefiníveis.
(Benedetti, N. M. Sagarana: o Brasil de Guimarães Rosa. São Paulo: Hedra,
2010. p. 81)
Assinale a passagem que reproduz o reconhecimento por parte dos
homens do governo a respeito das qualidades de Lalino:
a)
– “E, falando nisso, que magnífico, o Senhor Eulálio! Divertira-os!
O Major sabia escolher os seus homens... Sim, em tudo o Major
estava de parabéns... E, quando fosse a Belorizonte, levasse o Eulálio,
que deveria acabar de contar umas histórias, muito pândegas, de sua
estada no Rio de Janeiro, e cantar uns lundus...”
b)
Major Anacleto relia – pela vigésima terceira vez – um telegrama
do Compadre Vieira, Prefeito do Município, com transcrições de
um outro telegrama, do Secretário do Interior, por sua vez
inspirado nas anotações que o Presidente do Estado fizera num
anteprimeiro telegrama, de um Ministro conterrâneo.
c)
E, no brejo, os sapos coaxavam agora uma estória
complicadíssima, de um sapo velho, sapo-rei de todos os sapos,
morrendo e propondo o testamento à saparia maluca, enquanto
que, como todo sapo nobre, ficava assentado, montando guarda
ao próprio ventre.
d)
– Um mulato desses pode valer ouro... A gente esquenta a cabeça
dele, depois solta em cima dos tais, e sopra... Não sei se é de
Deus mesmo, mas uns assim têm qualquer um apadrinhamento...
É uma raça de criaturas diferentes, que os outros não podem
entender...
29) FMC – 2014/2º
Para o crítico Franklin de Oliveira, as epígrafes de Sagarana
“descobrem ou indicam o ideário do autor astuciosamente oculto na
trama da narrativa”.
(OLIVEIRA, F. A dança das letras. Rio de Janeiro: Topbooks, 1991. p.56)
Identifique, nas alternativas a seguir, a relação INCORRETA entre a
epígrafe e o respectivo conto, entre parênteses:
a) “Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai.../ Não cantes fora da hora, ai,
ai, ai.../ A barra do dia aí vem, ai, ai, ai.../ coitado de quem
namora!...”
(“Sarapalha”)
b) “Sapo não pula por boniteza,/ mas porém por percisão”
(“A hora e vez de Augusto Matraga”)
c) “E, ao meu macho rosado,/ carregado de algodão,/ preguntei: p’ra
donde ia?/ P’ra rodar no mutirão”
(“O burrinho pedrês”)
d) “– Lá vai! Lá vai! Lá vai!.../ – Queremos ver... Queremos ver.../ –
Lá vai o boi Cala-a-Boca/ fazendo a terra tremer.”
(“São Marcos”)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA
30) FMC – 2014/2º
Enumere os parênteses estabelecendo a correspondência entre o
conto de Sagarana e a caracterização apresentada:
I-
Mostra a desolação de um lugar que teve certo progresso, mas
está em ruínas. Ali se vive do passado, de nostalgia, de
lembranças.
Instrucciones: Lea atentamente los textos siguientes y después
conteste a las preguntas.
Texto I
Lo que se juegan Chile y Perú en La Haya
II- A escolha de um ex-militar como a personagem que imporá sua
justiça particular pela violência é sintomática da ausência de
instituições oficiais com autoridade para criar leis que imponham
limites ao indivíduo e às ações do próprio estado.
Paralela o diagonal. Lo que a ojos de cualquiera podría entenderse
como una simple línea divisoria hoy enfrenta a Chile y Perú.
III- A saga se fecha com a luta apocalíptica de duas personagens que
se revestem de entidades mitológicas: eles se matam trocando
demonstrações de cordialidade e de amizade.
Ambos países, dos de las economías más boyantes de Sudamérica, se
disputan una franja de alrededor de 38.000 kilómetros cuadrados de
mar en su región fronteriza.
IV- A narrativa traz outras narrativas, entre as quais casos contados
por vaqueiros, que constituem explanação minuciosa sobre as
relações dos seres no estado de natureza e com as forças da
natureza.
Este lunes la Corte Internacional de La Haya, donde Perú demandó a
Chile por la soberanía de esa zona en el Océano Pacífico, hará pública
su decisión.
( ) “O burrinho pedrês”
Ambos países se comprometieron a acatar el fallo de La Haya.
( ) “A hora e vez de Augusto Matraga”
Sin embargo, por lo que pudiera pasar, los dos países reforzaron este
fin de semana la vigilancia policial en su frontera para evitar que la
resolución de la CIJ altere los ánimos, y con ello, el creciente comercio
en el límite de ambas naciones.
( ) “Sarapalha”
( ) “Duelo”
Assinale a opção que indica a sequência CORRETA:
a)
III, II, IV, I
b)
IV, II, I, III
c)
II, III, IV, I
d)
IV, III, I, II
La principal demanda peruana reclama que el límite marítimo entre
los dos Estados no es el paralelo que cruza el punto donde termina la
frontera terrestre entre Chile (18º 21' 03'' según Chile, 18º 21' 08''
según Perú) y Perú, sino una línea equidistante tomada desde la
frontera.
Esta diferencia crea una zona de disputa – o controversia, según
señala la demanda – de unos 38.000 kilómetros cuadrados. Estos
actualmente están bajo soberanía chilena, pero Perú los reclama como
propios.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
Según Chile, la frontera actual fue suscrita en una declaración de
1952 y un convenio de 1954, firmados por ambos países y Ecuador.
Perú, por su parte, desconoce dichos tratados.
"No existe un acuerdo de delimitación marítima entre el Perú y Chile",
aseguró en noviembre el presidente peruano, Ollanta Humala, en un
mensaje a la nación transmitido desde París, cuando el mandatario
supervisó en persona el final de la preparación de los alegatos en la
oficina de los abogados.
(Constanza Hola Chamy BBC Mundo. Lunes, 27 de enero de 2014)
31) FMC – 2014/2º
33) FMC – 2014/2º
En el fragmento “… los dos países reforzaron este fin de semana la
vigilancia policial en su frontera para evitar que la resolución de la CIJ
altere los ánimos, y con ello, el creciente comercio en el límite de
ambas naciones.” (párrafo 5), la palabra destacada retoma la idea de
a) la vigilancia policial.
b) la alteración de los ánimos.
c) el creciente comercio.
d) la resolución de la CIJ.
Según el texto, ¿cuál es la diferencia dimensional que crea la zona de
disputa?
34) FMC – 2014/2º
a) 05”
Según el texto, lo que está en juego es una
b) 04º
c) 05'
d) 08”
32) FMC – 2014/2º
Se hará pública la decisión de la corte Internacional del Haya, un día
a) antes del domingo.
b) después del jueves.
c) después del viernes.
d) antes del martes.
a) porción linear.
b) franja territorial.
c) región fronteriza.
d) zona marítima.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
35) FMC – 2014/2º
En el fragmento “… sino una línea equidistante tomada desde la
frontera.” (párrafo 6), la palabra subrayada tiene un sentido de
a) negación.
b) condición.
c) adición.
d) duda.
36) FMC – 2014/2º
Según el texto, se puede afirmar que
a) dos países no son cautelosos.
b) Perú no tiene la zona en juego.
c) Chile hizo una denuncia al Perú.
d) hay una guerra entre dos países.
Texto II
Desnudos en Machu Picchu: La economía de la atención
Raúl Castro, Editor Central de Sociedad, comenta los actos de
nudismo en la ciudadela inca.
La intención de repetir estos hábitos, como desnudarse en Machu
Picchu, responde a dos motivos. Primero, a la tendencia de dejar una
huella digital en la historia de vida. Los tiempos de Internet hacen que
la gente sienta que tiene que ir dejando documentación en su
biografía sobre algunos hechos. Esto, para algunos liberales, es parte
de tener un hito más en su vida, un desafío. Lo explico: así como
escribir un libro y sembrar un árbol, uno puede querer una foto
desnudo en Machu Picchu.
Segundo, porque hay un afán de reconocimiento. Es parte de este
gran proceso de masificación de la red. La Internet masifica a millones
de usuarios y hay mucha gente que hace actos insólitos para
destacar. La excentricidad es un elemento que te distingue y te
quita del anonimato. Es una performance que revela que tú tienes
una manifestación sobre un evento o acción, y permite que la
sociedad te observe.
Todo esto se basa en la llamada economía de la atención: ¿de qué
modo yo lo logro sobre esta audiencia de miles de millones de
usuarios de Internet? Si yo llamo la atención, el registro de mis
acciones tiene tráfico; a mayor tráfico, más prestigio y finalmente,
más reputación. Ese círculo es lo que determina la economía de la
atención. El espacio en los periódicos era finito; la radio y la televisión
tenían los minutos contados. Los medios digitales no tienen fronteras.
(Sábado 15 de marzo del 2014 | 10:05 diario el Comercio)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
37) FMC – 2014/2º
39) FMC – 2014/2º
Señale la opción en que la correspondencia entre la palabra y su
sinónimo entre corchetes está INCORRECTA
Según el texto, lo que determina la economía de la atención es
a) el círculo de los hechos y su gran reputación.
a) hechos (línea 5) {= fotos}
b) el tránsito de los registros, que da prestigio y reputación.
b) huella (línea 3) {= marca}
c) la realización de los logros con atención y prestigio.
c) logro (línea 17) {= alcanzo}
d) el tráfico de la reputación, junto con la excentricidad.
d) tráfico (línea 19) {= tránsito}
40) FMC – 2014/2º
38) FMC – 2014/2º
Según el texto, se puede afirmar que
a) los desnudos prenden la atención.
“La excentricidad es un elemento que te distingue y te quita del
anonimato.” (líneas 11-12)
Sin modificar el sentido de la frase, se puede substituir las palabras
subrayadas por
b) los medios digitales tienen fronteras.
a) deslinda, saca.
c) a los liberales les gusta el hito.
b) privilegia, agrega.
d) la gente te quita del anonimato.
c) diferencia, pone.
d) mezcla, hurta.
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
PROVA DE LÍNGUA INGLESA
Guideline: Read the following text carefully to answer the questions
on it.
Secrets of a long life
A hundred years ago, not many people lived into their seventies.
Today, it is fairly common to do so in developed countries. But on the
Japanese island of Okinawa, people live longer than anywhere else in
the world, with an average life expectancy of 81.2 years. Many people
on Okinawa live to be over 100 years old – the highest ratio of
centenarians per head of population in the world. And they don’t just
live longer, they live better.
So what’s the Okinawan secret? So far all the findings indicate that
lifestyle, not genetic factors, is largely responsible.
Okinawans eat a traditional diet of soya, fruit, and vegetables. They
consume a lot of fish, such as tuna, mackerel, and salmon, which are
rich in omega-3 fatty acids, and help reduce the risk of heart disease
and breast cancer. They don’t eat a lot of red meat, and their diet is
low in fats. Many elderly Okinawans also live by the motto ‘Eat until
you are 80% full’, and this helps them to control portion sizes.
Elderly Okinawans enjoy walking, gardening, and T’ai Chi, and often
work long after the usual age of retirement in Western countries.
Interviews with elderly Okinawans reveal that they are optimistic,
adaptable, and easy-going. They have a valued role in society and the
family, and they are respected for their wisdom and experience of life.
Most of them belong to moai, groups of old classmates, colleagues,
friends, or neighbours that meet several times a week to drink tea
and chat. These networks provide emotional and financial support
throughout their lives.
Unfortunately, younger Okinawans have abandoned these good
habits. They have followed a more Western diet and lifestyle, and the
results have been devastating.
For Okinawans who move away from the island, the picture is similar.
Around 100,000 Okinawans moved to Brazil and adopted the eating
habits of their new home, including eating a lot of red meat.
(From Nursing 1, by Tony Grice – Oxford English For Careers, on page
58)
31) FMC – 2014/2º
The average of life expectancy has switched ____________ over the
past hundred years.
a) for shorter
b) for nothing
c) forever
d) for longer
32) FMC – 2014/2º
Such change has taken place particularly in ____________ countries.
a) overpopulated
b) developed
c) wealthy
d) developing
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
33) FMC – 2014/2º
36) FMC – 2014/2º
It ISN’T appropriate to assert that
“Eat until you are 80% full”. It means that Okinawans
a) Japan is the one country where people live longer.
a) are underfed.
b) Okinawa is an island in Japan.
b) overeat.
c) Okinawans who live longer live better.
c) eat less than they would.
d) lifestyle can be the actual finding for Okinawans to live longer.
d) don’t eat enough, concerning their needs.
34) FMC – 2014/2º
37) FMC – 2014/2º
In their society elderly Okinawans are seen as all of those, EXCEPT
Among the Okinawans, religious beliefs DON’T only provide them with
a) wise.
a) comfort.
b) respectable.
b) lack of a social role.
c) easy-going.
c) support.
d) annoying.
d) credibility.
35) FMC – 2014/2º
38) FMC – 2014/2º
“It is fairly common…” means the same as
“Unfortunately, younger Okinawans have abandoned these good
habits”. The underlined word means
a) excessively frequent.
a) quit
b) too much normal.
b) given away
c) somewhat ordinary.
c) given in
d) much too usual.
d) given
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
39) FMC – 2014/2º
REDAÇÃO
Okinawans avoid ____________ as part of their healthy survival.
Analise a frase e a imagem seguintes.
a) old classmates
b) companionship
c) friends
d) loneliness
“A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma
prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer
com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao
consumo e ao divertimento, os escravos terão amor a sua
escravidão.”
(Aldous Huxley)
40) FMC – 2014/2º
The ones that moved to Brazil have taken up ____________ in their
meals.
a) mackerel and salmon
b) lots of chicken and tuna
c) a great amount of red meat
d) turkey and soya
(Codigo de barras. Antruejo –
http://www.toonpool.com/cartoons/Codigo%20de%20barras_82846)
FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
A partir da análise realizada e dos seus conhecimentos sobre a
realidade
brasileira
atual,
redija
um
texto
dissertativoargumentativo em que você se posicione acerca da ideia
expressa na frase e no cartoon.
Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e
bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de
vista.
ATENÇÃO:
• Use o espaço abaixo para elaborar o rascunho do seu texto.
• O texto definitivo deve ter, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30.
• Dê um título a ele.
• Faça a redação final a tinta.
RASCUNHO
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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2014/2º
GABARITO
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira
2014/2
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
A
D
D
A
B
C
A
D
B
C
A
B
A
D
A
B
C
B
D
C
A
A
B
C
D
B
C
A
D
D
Espanhol
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
A
D
B
D
C
B
A
C
B
A
Inglês
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
D
B
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