Valeriana officinalis
officinalis
Sedativo e tratamento dos distúrbios do sono.
Nome científico: Valeriana officinalis L
Padronização: óleo essencial , valepotriatos e os ciclopentanosesquiterpenóides.
Parte utilizada: raiz
Família: Valerianaceae
Classe: Fitoterápico
Histórico
A Valeriana officinalis tem sido usada como planta medicinal há mais de 2000 anos,
desde o tempo da antiga Grécia e Roma onde já a usavam como diurético, analgésico e
espasmolítico.
Seus usos terapêuticos foram descritos por Hipócrates (460-377 a.C.) e mais tarde por
Dioscórides (séc.I d.C.). No século II, Galeno já prescrevia esta planta para a insônia.
Dioscórides e Galeno referem-se à valeriana nas suas obras como “phu” (ou “fu”), uma expressão
de aversão devido ao seu odor desagradável. O nome valeriana só começou a ser utilizado por
volta dos séculos IX ou X.
Durante a II Guerra Mundial, foi usada em Inglaterra para aliviar os sintomas de stress
Várias espécies de valeriana são utilizadas na produção de fitoterápicos, devido a sua ação
sedativa semelhante aos benzodiazepínicos.
Estas informações, dosagens e posologias foram cedidas por nossos fornecedores e / ou pesquisadas em literaturas
técnicas específicas, devendo ser analisadas pelo médico antes de adotadas na Clínica.
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Indicações
A valeriana é principalmente indicada para problemas de insônia, para melhoria da qualidade do
sono. Possui efeito tranquilizante, sedativo, relaxante, reduz a pressão sangüínea, combate
problemas de ansiedade, estresse e palpitações cardíacas de origem nervosa. Estudos
científicos comprovam sua eficácia no tratamento da insônia e diminuição da ansiedade.
Alívio nos estados de inquietação e na dificuldade em adormecer devido ao desequilíbrio do
sistema nervoso.
Mecanismos de Ação
Os efeitos analgésicos e sedativos são atribuídos aos valepotriatos (iridóides não glicosilados),
destacando-se o valtrato e isovaltrato que constituem 90% desta classe de compostos em
Valeriana officinalis L..
Os ácidos valerênicos, acetoxivalerênico, e hidroxivalerênico são ciclopentanosesquiterpenóides
que atuam sobre o sistema nervoso central de modo semelhante aos barbitúricos, ou seja, são
capazes de induzir ao sono ou melhorar a qualidade do mesmo.
Os estudos in vitro mostram que a ação sedativa da valeriana é provocada por mecanismos que
envolvem a transmissão GABAérgica (Leuschner; Muller; Rudmann, 1993; Santos et al., 1994a,b;
Cavadas et al., 1995). O mecanismo de ação predominante deve, ainda, ser elucidado, mas é
possível que haja uma interação sinérgica ou aditiva entre os vários mecanismos envolvidos
nesse tipo de neurotransmissão (Spinella, 2002).
Dosagem
Dose usual: 150 a 300mg
Dose diária usual: 300 a 1200mg
Contra indicações
Gravidez, crianças com idade inferior a 3 anos, lactantes, pacientes em tratamento com
depressores do SNC e alcoólatras.
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Efeitos colaterais
Ocasionalmente pode ocorrer sensação de queimação retroesternal, dispepsia, diarréia, reações
alérgicas cutâneas. Em indivíduos suscetíveis raramente pode ocorrer efeito similar ao da
cafeína, como taquicardia e insônia. Estes efeitos desaparecem com a interrupção do
tratamento.
Interações medicamentosas
Referência:
- Guia Prático da farmácia magistral volume 1 -3ª edição – Pharmabooks
- Revista Brasileira de Farmacognosia
Print version ISSN 0102-695XALEXANDRE, Rodrigo F.; BAGATINI, Fabíola and SIMOES,
Cláudia M. O.. Potenciais interações entre fármacos e produtos à base de valeriana ou alho. Rev.
bras. farmacogn. [online]. 2008, vol.18, n.3, pp. 455-463. ISSN 0102-695X.
- Rev. Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde, 2005; (3) 2:
Versão electrónica: http//revistasaude.ulusofona.pt20/11/2006 209-222
Valeriana Officinalis Sara Gonçalves, Ana Paula Martins
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