THAIS MEDEIROS DA SILVA
AVALIAÇÃO DO IMC COM A PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM MULHERES
PRATICANTES DE ATIVIDADES EM ACADEMIA
Artigo apresentado ao Curso de Graduação em
Educação Física da Universidade Católica de
Brasília – UCB como requisito para obtenção
do Título de Bacharel em Educação Física.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo B. Mayolino
Brasília - DF
2010
Artigo de autoria de Thais Medeiros da Silva, AVALIAÇÃO DO IMC COM A
PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM MULHERES PRATICANTES DE ATIVIDADES
EM ACADEMIA, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Educação Física da Universidade Católica de Brasília em 20 de Novembro de 2010 defendido
e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:
Prof. Dr. Ricardo B. Mayolino
Orientador
Educação Física – UCB
Prof. Dr. César Roberto Silva
Educação Física - UCB
Brasília - DF
2010
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelas oportunidades que me foram dadas, principalmente por ter conhecido
pessoas interessantes, mas também por ter vividos fases difíceis que foram matérias primas de
aprendizado.
À família Medeiros, especialmente aos meus pais Deusderim e Genilza, sem os quais não
estaria aqui, bem como a minha avó Ivone, por terem me fornecido condições para me tornar
a profissional e a pessoa que sou.
Ao Prof. Dr. Ricardo B. Mayolino, agradeço pela confiança depositada e pelos ensinamentos.
Ao Prof. Msc. Isaque Siqueira por ter me auxiliado no desenvolvimento desta pesquisa, que
muito contribuiu na execução deste trabalho.
Ao amigos de graduação pela companhia, pelos momentos de descontração e ensinamentos.
A todos os professores da graduação da Universidade Católica de Brasília pelas contribuições
na minha formação: obrigada a todos vocês pela confiança!
AVALIAÇÃO DO IMC COM A PERCEPÇÃO DA AUTOIMAGEM EM MULHERES
PRATICANTES DE ATIVIDADES EM ACADEMIA
THAIS MEDEIROS DA SILVA
Resumo
A percepção da autoimagem é um importante parâmetro na prática de atividades físicas e
pode estar relacionada a vários distúrbios da imagem corporal, desencadeando muitas vezes
outras patologias. Esta pesquisa discute a avaliação do IMC com a percepção da imagem
corporal por mulheres praticantes do programa de exercícios físicos da academia Vila Verde
situada na cidade satélite de Samambaia- DF, identificando, ainda, seus índices de massa
corporal (IMC) em relação a autoimagem que contribuem no desenvolvimento dos distúrbios
da imagem corporal. Participaram do estudo 42 mulheres com idades entre 20 e 50 anos. A
coleta das informações foi realizada por meio de preenchimento do questionário e aferição
dos dados antropométricos. As mulheres que participaram do estudo apresentaram um perfil
de “ausência” à “leve” possibilidade de desenvolver distorções da autoimagem corporal.
Nesse contexto, visando coibir o desenvolvimento de futuras distorções de autoimagem,
ressalta-se a importância em buscar o profissional de Educação Física qualificado que
relacione a prática de exercícios físico para a saúde e não para fins estritamente estéticos.
Palavras-chave: índice de massa corporal, autoimagem, academia de ginástica, mulheres.
1. INTRODUÇÃO
A preocupação com a aparência física tem sido evidenciada principalmente por meio
da mídia, que desperta na população o desejo de alcançar os perfis de beleza dos famosos. Em
busca da realização dos padrões de beleza, a sociedade não tem se voltado para sua saúde e
segurança e sim pelos resultados dos procedimentos realizados em busca da melhora da
imagem corporal (FONSECA & ZANATTA, 2008).
Segundo Fernandes (2009), atualmente a grande preocupação dos indivíduos é em
manter o padrão de beleza aceitável pela sociedade, de forma que o corpo deixou de ser usado
apenas como um instrumento de força e trabalho. Hoje ele é visto como um cartão de visita,
que está ligado ao culto ao corpo, o qual está relacionado ao bem estar físico e psicológico.
É por meio da aparência física, vinculada a imagem corporal, que o individuo realiza a
autopercepção construindo-a de forma cognitiva e afetiva. Sendo assim, a imagem corporal é
definida como sendo a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos (BARBOSA
& MARCIANO, 2009).
Nesse aspecto, de acordo com TESSMER e colaboradores (2008), a imagem corporal
consiste numa variável multidimensional composta por representações sobre o tamanho e a
aparência do corpo, além de respostas emocionais associadas ao grau de satisfação suscitado
por estas percepções. Assim, as distorções na imagem corporal são geralmente acompanhadas
de rejeição ou insatisfação corporal.
Assunção (2009), por sua vez, destaca que a imagem corporal está associada a uma
ilustração que se tem na mente acerca: do tamanho, da aparência e da forma do corpo, além de
das respostas emocionais que se associam a ele. Assim, as aquisições da imagem corporal
estão ligadas ao grau de precisão que o corpo é percebido, relacionado ao nível de satisfação
ou rejeição ao tamanho do corpo.
A percepção do corpo se refere à experiências psicológicas sobre a aparência, o que
muitas vezes estão associadas a uma imagem corporal depreciativa. Este descontentamento se
desenvolve, por exemplo, pela insatisfação com o peso, que está intimamente ligado a padrões
de belezas culturais (SAUR & PASIAN, 2008). Os padrões de beleza que a sociedade
valoriza tem relacionado a magreza como a forma ideal para as mulheres, desconsiderando as
diversidades das constituições físicas que estão presentes nas populações e não levando em
consideração o aspecto saúde, dentro do qual estão presente o índice de massa corporal (
IMC) e o percentual de gordura ( %G) adequados para determinados tipos físicos (FERMINO
et al., 2010).
A atividade física está intimamente ligada à obtenção e harmonização do sistema
físico e psicológico, assim, a adesão a um programa de saúde e atividade física irá propiciar
inúmeros benefícios. Para os autores Fonseca & Zanatta (2008) as vantagens das atividades
físicas referem-se aos benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais, principalmente em
ambiente de academias de ginásticas no qual a busca inicial se desenvolve principalmente por
fatores estéticos. Nesse processo em busca da beleza estão as mulheres que aderem aos
programas de exercícios físicos em busca da boa forma.
As academias de ginásticas se tornaram espaços onde se buscam saberes relacionados
a postura, cuidados com o corpo, aprendizagem de exercícios físicos, além de ser um espaço
privilegiado para a sociabilidade (NUNES et al., 2007). Nesse ambiente as pessoas se sentem
motivadas e reforçadas a praticarem os exercícios físicos como meio de aumentar a
autoestima, uma vez que os freqüentadores estão atrás dos mesmos objetivos, sejam eles reais
ou imaginários (FERNANDES, 2005).
De fato os exercícios físicos dentro das academias de ginásticas são utilizados para
reduzir o peso corporal e melhorar a imagem corporal dos indivíduos insatisfeitos. Porém, o
estado nutricional interfere no grau de necessidade fisiológicas de nutrientes que o corpo
precisa. Uma avaliação do estado nutricional deveria fazer parte da rotina dos praticantes de
atividades físicas como forma de redução e manutenção do peso corporal. O índice de massa
corporal (IMC), dado pelo peso (kg)/altura²(m), é a medida mais empregada em estudos de
grupos populacionais para classificação primaria do estado nutricional (ALMEIDA &
KAKESHITA, 2006).
A busca exagerada pela perfeição corporal pode causar uma distorção na percepção da
imagem desencadeando efeitos patológicos, psicológicos e físicos. Nessa perspectiva, o
presente trabalho teve como objetivo analisar a relação entre o IMC e a percepção da
autoimagem entre mulheres praticantes de atividades em academia.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi realizado um estudo exploratório no período da pesquisa, para verificar a
quantidade de alunos freqüentes na academia no período da realização da pesquisa. Foram
excluídos da amostra sujeitos do sexo masculino, e os não freqüentadores das modalidades a
serem pesquisadas.
2.1 AMOSTRA UTILIZADA
A amostra foi selecionada por meio de um recrutamento voluntário de mulheres
freqüentadoras do programa de exercício físico em academia, regularmente matriculadas nas
modalidades de musculação, ergometria, ciclismo Indoor, Jump, ginástica localizada, e que
praticam essas atividades com regularidade de pelo menos três vezes por semana.
A amostra foi composta por 42 adultos, do sexo feminino, com idades variando entre
20 a 50 anos. As participantes foram divididas por grupos etários de acordo com suas
respectivas idades, no qual foram constituídos três 3 grupo a serem analisados. O 1° grupo foi
composto por mulheres entre 20 a 30 anos, no 2° grupo mulheres entre 31 a 40 anos, no 3°
grupo mulheres entre 41 a 50 anos. Tais participantes foram freqüentadoras do programa de
exercício físico propostos pela academia Vila Verde da cidade satélite de Samambaia- DF, no
período entre Junho a Outubro de 2010.
2.2 ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA
As informações das participantes foram coletadas pela pesquisadora através de um
formulário antropométrico. Os procedimentos utilizados na análise do índice de massa
corporal (IMC) foram propostos por Queiroga (2005). O IMC trata-se de uma variável que
tem sido discutida por diversos estudiosos, pois não expressa com exatidão quando se deseja
indicar obesidade, portanto o estudo buscou encontrar o IMC individual, admitindo que as
participantes a serem analisadas estejam dentro do que melhor indica o estado de saúde, ou
seja, o IMC estando no intervalo entre 20 a 25kg/m², já que no sexo feminino ele pode está
associado com outras variáveis, que alteram o diagnóstico de indivíduos sobrepesados e
obesos, diferenças demonstradas nos conteúdos da massa muscular e da gordura corporal
(QUEIROGA, 2005).
A coleta da massa corporal (MC) ocorreu através de uma balança, onde as
participantes foram posicionadas descalças com vestimentas leves, em pé, na posição
anatômica no centro da balança. Para obter os dados da estatura as participantes foram
posicionadas em pé, descalças com a cabeça em posição reta ao corpo, com os calcanhares
unidos e encostados na superfície, utilizou-se o aparelho estadiômetro com precisão de 1 mm.
2.3 VERIFICAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL
Foi utilizado para identificar a autoimagem o questionário BSQ (Body Shape
Questionnaire) de acordo com Cordás & Neves (1999). O questionário mede o grau de
preocupação com a forma do corpo, a autodepreciação devido a aparência física e a sensação
de estar gorda.
O instrumento foi composto por 34 itens com seis opções de respostas: (1) nunca, (2)
raramente, (3) às vezes, (4) frequentemente, (5) muito frequente, (6) sempre. De acordo com a
resposta marcada, o valor do número correspondente à opção feita é computado como ponto
para à questão.
A classificação dos resultados foi feita pelo total de pontos obtidos e reflete os níveis
de preocupação com a imagem corporal. No resultado menor ou igual a 80 pontos, é
constatado um padrão de normalidade, ou seja, ausência de distorção da imagem corporal.
Resultados com valores entre 81 e 110 pontos são classificados como leve a distorção da
imagem corporal, entre 111 e 140 pontos é considerado moderada a distorção da imagem
corporal e acima de 140 pontos é classificado como grave a distorção corporal(JESUS, et. al,
2010).
Os dados foram coletados na sala de avaliação física da academia Vila Verde na
cidade de Samambaia- DF.
Os dados obtidos pela avaliação do IMC e pela aplicação do questionário foram
analisadas estatisticamente por meio do programa Graph Pad Prism – versão 5.0, de forma
que as barras representam a média dos valores apresentados ± desvio padrão. O nível de
significância adotado foi de p < 0,5. O questionário também foi analisado segundo as
pontuações de cada resposta que somados originaram a contagem total de pontos.
3. RESULTADOS
Na tabela 1, tem-se o nível de satisfação dos indivíduos quanto a sua percepção
corporal segundo a classificação do BSQ (Body Shape Questionnare). Os dados foram
obtidos pela somatória das respostas relativas.
Os resultados apontaram que 50 % (n= 8) das mulheres do grupo 1 entre 20 a 30 anos
não apresentam distúrbio da imagem corporal, sendo que 37,5% (n=6) podem apresentar
distúrbio da imagem em grau leve e 12,5 % ( n=2) em graus de moderado a grave.
Ao verificar o grupo 2, é possível apontar que as mulheres do grupo de estudados entre
31 a 40 anos, 26,67% (n=4) não apresentam distorção da imagem corporal, sendo que 46,67%
(n=7) podem apresentar distorção leve da imagem corporal, quando somados os níveis de
moderado a grave o grupo apresentou 26,66% (n=4) que poderão apresentar distorção da
imagem corporal.
No grupo 3, composto por mulheres entre 41 a 50 anos, verificou-se que em 45,45 %
(n=5) não apresentaram distorção da imagem corporal. Quando analisado o índice de
distorção moderada com 27, 27 % (n=3) ficaram caracterizadas como mulheres que podem vir
a apresentar distorções da imagem corporal em grau moderado. Quando somados os índices
de distorção leve e grave com 27,28% (n=3) das mulheres deste grupo, verificou-se que essas
mulheres podem vir a desenvolver distorções da imagem nos graus leves e graves. Resultados
que podem ser verificados na tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Analise do percentual do distúrbio da imagem corporal entre os grupos.
Distorção da imagem
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Ausência
50,0
26,67
45,45
Leve
37,5
46,67
18,18
Moderada
6,25
13,13
27,27
Grave
6,25
13,13
9,10
corporal (%)
Dados apresentados na figura 1 trazem evidências que permitem mostrar a relação
entre o IMC e a preocupação com a imagem corporal. O 1°grupo apresentou média de 21,770,
o 2° grupo apresentou média de 25,064 e o 3° grupo apresentou média de 26,462. Há pois,
uma tendências dos indivíduos estarem entre os níveis normais à sobrepesados, nos quais,
segundo Queiroga (2005) estão entre 18,6 a 24,9 kg/m² e 25 a 29,9 kg/m², respectivamente.
Figura 1 – analise comparativa (IMC).
Em relação a imagem corporal, os grupos foram comparados dentro da mesma questão
presentes no questionário aplicado. Revelando assim a média e o desvio-padrão de cada
questão, possibilitando uma análise comparativa entre os grupos conforme demonstrado no
anexo 3.
No entanto, foram selecionadas as questões que representaram nível de relevância ao
analisar as percepções da autoimagem entre mulheres ativas e com idades variando entre 20 a
50 anos. A figura 2 abaixo apresenta a análise comparativa dos valores médios e desviopadrão das 4 questões selecionadas, entre os grupos 1, 2 e 3.
Em relação a preocupação com o aumento do peso (questão 4), os grupos
apresentaram valores médios entre 3,909 a 4,800, respectivamente, com desvio padrão <
1,568, apresentando um nível de preocupação elevado com relação a imagem corporal.
Quando analisada a questão 24 (figura 2) que interfere no convívio social e destaca a
preocupação com a imagem que as outras pessoas irão classificar quanto ao corpo exposto, é
possível notar um valor médio entre 3,467 e 4,200, respectivamente, e desvio- padrão < 1,601.
Evidencia-se, então, a preocupação de ambos os grupos com a imagem corporal a ser
transmitida.
Em destaque está a questão 26 (figura 2), cujo o assunto estava ligado ao transtorno
alimentar. Os grupos apresentaram em seus valores médios 1,0 e não foi constatado desvio
padrão entre os grupos avaliados, ou seja, em nenhum dos grupos foi analisado uma prédisposição aos distúrbios alimentares, os quais estão em geral ligados às distorções da
imagem.
Ao analisar o item quanto a necessidade da prática do exercício físico, é evidenciado
na questão 34 a grande preocupação com a forma física. Os grupos tiveram média entre 4,188
e 5,333 e o desvio- padrão < 1.397.
Ao verificar a média do BSQ da amostra total, pode ser observada a ausência de
distúrbios da imagem corporal. Entretanto fez se necessário a análise dos itens relevantes,
descritos neste trabalho. Já que as evidências apontam para o benefício do exercício físico,
quando se fala em melhoria do bem- estar físico e psicológico, que proporciona a elevação da
autoestima e a imagem corporal. Portanto as questões relevantes citadas,trata-se dos principais
objetivos que levam as mulheres a praticarem exercícios físicos.
Figura 2 – Comparação entre os valores médios entre os grupos.
4. DISCUSSÃO
Segundo o modelo imposto pela sociedade atual, o qual corresponde a um corpo
magro em que na maioria das vezes não são levados em consideração os aspectos
relacionados a saúde e a constituição física da população, o padrão distorcido da beleza
acarreta em um numero cada vez maior de mulheres que se submetem ao excesso de exercício
físico, as dietas variadas, ao uso de diuréticos (questão 4), laxantes e drogas para perderem
peso. No entanto esses fatores podem levar a comportamentos precursores de patologias como
a bulimia, anorexia e transtornos do comportamento alimentar (ALMEIDA, et. al, 2005).
Os resultados encontrados evidenciam uma preocupação em manter um peso corporal
dentro dos padrões dito saudáveis, como constatado ao analisar o IMC dos indivíduos
participantes, de forma que não foi feito um estudo destes participantes quanto ao %G e de
massa muscular magra.
Quando analisadas as questões do BSQ foram encontradas indícios de preocupação
com a aparência física, associada a leve possibilidade de distorção da imagem corporal. Com
índices menores de indivíduos que podem vir à sofrer de distorções da imagem em níveis
mais elevados como moderado e grave. Por se tratar de mulheres, freqüentadoras do
programa de exercício físico, elas buscam uma melhora e se preocupam com a imagem
corporal. Associados a fatores ligados ao grupo social, a faixa etária, e a excessiva compulsão
por estar magra.
A busca por um corpo ideal, imposto pela mídia tem levado os indivíduos ao
descontentamento com sua aparência física, uma vez que esses fatores tem afetado
principalmente aos participantes dos programas de exercícios físico. Dessa forma, gostar de si
mesmo não está somente ligado ao que o indivíduo vê, mas também com a auto-estima e com
seus referencias, seja familiar ou social ou do meio em que estão inseridos.
5. CONCLUSÃO
A partir dos resultados já discutidos, ficou evidenciado que os grupos de mulheres
estudadas apresentaram um perfil de “ausência” a “leve” possibilidade de desenvolver
distorções da imagem corporal. Ao investigar os diferentes grupos, constatou-se que existem
casos isolados de indivíduos que podem vir a desenvolver distúrbios de imagem em níveis
moderado a grave. Desse modo é necessário que haja intervenções no sentido de esclarecer,
aos freqüentadores de programa de exercícios físicos, a presença dos riscos à saúde, quando
se trata de distúrbios da imagem, já que a presença constante deste fator pode acarretar ao
maior grau de insatisfação com a imagem corporal, levando o individuo adquirir outra
patologia através deste distúrbio.
Dessa forma, cabe ao profissional de Educação Física qualificado, proporcionar o
conhecimento sobre preservar a saúde física e psíquica, dentro do aspecto saudável e
consciente. Exibindo o melhor aspecto do exercício físico, sendo ele na quantia exata,
respeitando a individualidade, os limites, procurando executá-los com alegria equilíbrio e
disposição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tamanho e forma corporal em mulheres: estudo exploratório. Revista de psicologia.
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ALMEIDA, S. S; KAKESHITA, I. S. Relação entre índice de massa corporal e a percepção
da autoimagem em universitários. Revista Saúde Publica, São Paulo, 2006. Disponível em:
<//http: www.scielo.br> Acesso em: 02 de abril 2010.
ASSUNÇÃO, T. M. F. D. Estudo descritivo e comparativo das alterações ao nível da
composição corporal, índice de massa corporal e auto-conceito físico induzida pela
pratica de atividade de academia em adultos jovens. 2009. Disponível em:
<//http:www.repositorio-aberto.up.br> Acesso em 19 de abril 2010.
BARBOSA, A. R; MARCIANO, V. Protótipo do belo: imagem real x imagem corporal.
2009. Disponível em: <//http:www.esef.br> Acesso em: 25 de abril 2010.
CORDÁS, T. A; NEVES, J. E. P. Escala de transtornos alimentares. Revista de Psiquiatria
clínica, 1999. Disponível em: <//http: www.hcnet.usp.br> Acesso em: 30 de abril 2010.
FERMINO, R. C; et al. Motivos para pratica de atividade física e imagem corporal em
freqüentadores de academia. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. 2010. Disponível
em: <//http:www.submission.scielo.org> Acesso em: 5 de maio 2010.
FERNANDES, R. C. Significado a ginástica para mulheres praticantes em academia. Motriz
Revista de Educação Física. Rio Claro, 2005. Disponível em: <//http:www.unesp.br>
Acesso em: 15 de abril 2010.
FONSECA, P. H. S; ZANATTA, A. G. Prevalência de indivíduos com sintomas de
dependência ao exercício no ambiente de academia de ginástica. Caderno de Educação
Física, 2008. Disponível em: <//http:www.unioeste.br> Acesso em 10 de abril 2010.
JESUS, K. F.G; OLIVEIRA, G.L; PERINI,T. A; CARDOSO, F.B; JESUS, G. B. Avaliação
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adolescentes de ambos sexos.Ulbra movimento- Revista de Educação Física. Paraná, 2010.
Disponível em: <//http://www.revista.ulbrajp.edu.br> Acesso em 10 de Nov 2010.
NUNES, T. R. et al. Dependência do exercício físico e insatisfação com a imagem corporal.
HU Revista, Juiz de Fora, 2007. Disponível em:<//http:www.seer.ufjf.br> Acesso em 03 de
março 2010.
QUEIROGA, M. R. Testes e medidas para avaliação da aptidão física relacionada à
saúde em adultos. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. p. 10-11.
SAUR, A. M; PASIAN, S. R. Satisfação com a imagem corporal em adultos de diferentes
pesos corporais. Ribeirão Preto, 2008. Disponível em: <//http: www.bvs-psi.org.br> Acesso
em 30 de março 2010.
TESSMER, C. S; et al. Insatisfação corporal em freqüentadores de academia. Revista
Brasileira Ciência e Movimento, Pelotas, 2008. Disponível em: <//http:
www.portalrevistas.ucb.br> Acesso em 07 de abril 2010.
ANEXO 1 - Termo de consentimento.
Termo de Consentimento
Prezado(a) Senhor (a)
Estamos desenvolvendo um Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade
Católica de Brasília cujo o título é: AVALIAÇÃO DO IMC COM A PERCEPÇÃO DA
AUTOIMAGEM EM MULHERES PRATICANTES DE ATIVIDADES EM ACADEMIA
sob orientação do Prof° Dr. Ricardo B. Mayolino.
Pretendemos através deste trabalho analisar a relação entre a percepção da imagem
corporal com o IMC em mulheres que praticam exercício físico em academia, aplicando o
Body Questionare (BSB) e coletando medidas de massa corporal e estatura para calcular o
índice de massa corporal (IMC).
A participação é voluntária ficando garantido ao participante da pesquisa que todas as
informações serão utilizadas como fonte de estudo onde serão mantidas em sigilo,
assegurando a privacidade do sujeito quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.
Após
ler
atentamente
e
compreender
as
informações
citadas
acima
eu____________________________________________________________________,
portador do RG ________________ concordo em participar voluntariamente da pesquisa.
_________________________________________________________________
Assinatura do Participante Voluntário
Orientador: Prof° Dr. Ricardo B. Mayolino ___________________________________
Pesquisadora: Thais Medeiros da Silva _______________________________________
ANEXO 2 – Escala de auto - percepção da imagem corporal.
COLETA DE DADOS
Idade____anos
Peso_______Kg
Altura_______cm
Data:___/___/2010
BODY SHAPE QUESTIONNARE - BSQ
Responda as questões abaixo em relação a sua aparência nas ultimas 4 semanas. Usando a
seguinte legenda:
1.Nunca
2.Raramente
3. Ás vezes
4. Freqüentemente
5. Muito freqüente
6. Sempre
1.Sentir-se entediada faz você se preocupar co m sua forma física?
2.Sua preocupação com sua forma física chega ao ponto de você pensar que deveria fazer uma dieta?
3.Já lhe ocorreu que suas coxas, quadril ou nádegas são grandes demais para o restante do seu corpo?
4.Você tem receio de que poderia engorda ou ficar mais gorda?
5.Você anda preocupada achando que o seu corpo não é firme o suficiente?
6. Ao ingerir uma refeição completa o sentir o estomago cheio, você se preocupa em ter engordado?
7. Você já se sentiu tão mal com a sua forma física a ponto de chorar?
8. Você deixou de correr por achar que seu corpo poderia balançar?
9. Estar com pessoas magras do mesmo sexo que você faz você reparar em sua forma física?
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10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas poderem ocupar muito espaço quando você senta?
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11. Você já se sentiu gorda mesmo ingerindo uma pequena quantidade de alimento?
12.Você tem reparado na forma física de outras pessoas do mesmo sexo que o seu e, ao comparar,
tem se sentido em desvantagem?
13.Pensar na sua forma física interfere em sua capacidade de se concentrar em outras atividades
(como assistir televisão, ler ou acompanhar uma conversar)?
14.Ao estar nua (ex: ao tomar banho), você se senti gorda?
15. Você tem evitado usar roupas mais justa para não se sentir desconfortável com sua forma física?
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16. Você já se pegou pensando em remover partes mais carnudas do seu corpo?
17.Comer doces, bolos ou outros alimentos ricos em calorias faz você se sentir gorda?
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18.Você já deixou de participar de eventos sociais por se sentir mal com relação a as forma física?
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19.Você se sente muito grande e arredondada?
20. Você sente vergonha do seu corpo?
21.A preocupação frente a sua forma física à leva a fazer dieta?
22.Você sente mais contente em relação à sua forma física quando seu estomago está vazio (ex: pela
manhã)?
23.Você acredita que sua forma física se deva a sua falta de controle?
24.Você se preocupa que outras pessoas vejam dobras na sua cintura ou estômago?
25.Você acha injusto que outras pessoas do mesmo sexo que o seu sejam mais magras que você?
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26.Você já vomitou para se sentir mais magra?
27.Quando acompanhada você fica preocupada em estar ocupando muito espaço(ex:sentada num
sofá, no banco de um ônibus)?
28.Você se preocupa com o fato de estar ficando cheia de “dobras” ou “banhas”?
29.Ver seu reflexo( ex: no espelho, na vitrine de uma loja) faz você sentir-se mal em relação ao seu
físico?
30.Você belisca áreas de seu corpo para ver o quanto há de gordura?
31.Você evita situações nas quais as pessoas possam ver seu corpo(ex: vestiários, banheiros)?
32.Você já tomou laxantes para se sentir mais magra?
33.Você fica mais preocupada com sua forma física quando acompanhada de outras pessoas?
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5
6
6
6
6
34.A preocupação com sua forma física leva você a sentir que deveria fazer exercícios?
1
2
3
4
5
6
ANEXO 3- Gráficos das analises estatísticas do questionário BSQ.
Valores médio do questionário BSQ- questões de 1- 5.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 6- 10.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 11-15.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 16-20.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 21-25.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 26-30.
Valores médios do questionário BSQ- questões de 31-34.
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Artigo TCC Thais Medeiros da Silva