Esta publicação não é redigida segundo o novo acordo
ortográfico.
EDITORIAL:
Cumpre-nos neste primeiro editorial, apresentar as razões porque se iniciou esta
publicação.
São elas de cinco origens – filosófica; histórica; doutrinária; politica; e jornalística.
Apresentaremos estas razões, continuadamente, por esta ordem, incidindo
especialmente nos aspectos em que há acordo quase unânime.
Razão filosófica – o Homem é um animal gregário. Para além do factor espiritual, que
pode ser contestado, distingue-se dos outros animais pela sua evolução VOLUNTÁRIA,
constante, na procura de uma organização social cristalina, isto é, ordenada
harmonicamente.
Surge a FAMÍLIA.
Quando as famílias se unem, por razões de segurança, interesses comuns, mais-valias,
surge a TRIBO.
As tribos afins aproximam-se. Entreajudam-se e interligam-se tornando-se um todo.
Os seus interesses, valores, aspirações são idênticos, bem como a sua constituição
morfológica.
Essa identidade é a ESTIRPE.
As Estirpes idênticas constituem uma Raça.
Na sua evolução a Estirpe cria costumes, condutas, crenças próprias e um passado
comum – a sua HISTÓRIA.
Identifica-se com um território.
Surge a Nação.
A Nação pode não administrar o seu território e ser nómada como os tuaregs, por
exemplo. Ou pode ter sido expulsa dele, como os Judeus. Ou ter sido escravizada nele
pelos conquistadores, como os Lusitanos pelos Romanos.
Mas enquanto existir UMA FAMÍLIA DUMA ESTIRPE QUE SE IDENTIFIQUE COM UM
TERRITÓRIO, SONHE E LUTE, A NAÇÃO EXISTE E PODERÁ RENASCER.
Esta é a nossa razão de ser.
A LUTA pelo ressurgimento da nossa NAÇÃO. Aquela Nação que conhecemos como
LUSITANA, enterrada pelos romanos, renascida em Aljubarrota, como LUSÍADA,
destroçada em Alcácer Quibir e enterrada em 1640 pela perfídia anglo-saxónica.
É pois o sonho do RENASCIMENTO da nossa NAÇÃO. A NAÇÃO LUSA – o que nos
moveu a esta iniciativa.
O processo de renascimento da NAÇÃO obrigará à criação de uma sociedade
ordenada, isto é, harmónica.
A harmonia que se pretende na relação dos homens com a Natureza, a Ecologia,
começa na harmonia entre os homens.
Uma sociedade desorganizada, que não está em harmonia dentro dela, não pode
NUNCA estar em harmonia com a Natureza.
Acreditamos acima de tudo na harmonia UNIVERSAL. Por isso começamos pela base a harmonia humana - o NACIONALISMO – para podermos continuar para a harmonia
global – a ECOLOGIA - que nos abrirá caminho para, pela via ESPIRITUAL, atingir a
harmonia UNIVERSAL.
RAZÕES HISTÓRICAS:
Tratando-se apenas de um editorial, não entraremos em pormenores, nem em
profundas explicações.
O início e fim da NAÇÃO LUSITANA é demais conhecido para o abordarmos.
Com a Ínclita Geração, criaram-se as condições necessárias para o ressurgimento da
NAÇÃO que se denominou LUSÍADA.
A epopeia dos Descobrimentos sobeja a quaisquer comentários que se façam sobre
as consequências do renascimento Lusíada.
A simbiose entre todas as esferas sociais era total, um mecanismo perfeitamente
afinado.
Em consequência da catástrofe na Ribeira de Santarém, a continuidade dinástica foi
quebrada e ao senhor D. João II sucedeu um rei não iniciado, D. Manuel, um lorpa, que
desviou o natural desenrolar dos acontecimentos. Não sabia. Não compreendia e
tornou-se facilmente joguete de oportunistas ambiciosos.
Começou a agressão à Nação Lusíada.
A derrota de Alcácer Quibir machucou materialmente a Nação mas não a matou. O
Espírito Nacional continuou vivo e os Filipes compreenderam-no e respeitaram-no.
As consequências da chamada restauração, que deveria ter servido para restabelecer
a alma de NAÇÃO foram exactamente o oposto.
O divórcio entre as classes sociais agravou-se. A subserviência a Inglaterra acentuouse. O desinteresse Nacional tudo submergiu instigado pelos interesses pessoais.
Mesmo quando se deu a eclosão do Brasil o despotismo iluminado impediu qualquer
reencontro Nacional.
Mas a NAÇÃO existe. Está viva, só que adormecida. Em várias alturas quase acordou:
O regresso do Senhor D. Miguel.
Sidónio.
28 de Maio.
Mas foi ”sol de pouco dura”…
Como outrora, a NAÇÃO LUSA, está aí, á espera das condições para poder despertar e
Renascer.
RAZÕES POLÍTICAS:
Nos anos 20 e 30 de séc. XX as condições para o ressurgimento das Nações foram
perfeitas e o resultado viu-se em todos os continentes.
O 28 de Maio fez estremecer a Nação. Auspiciava-se o melhor. A Nação começou a
vibrar e quase acordou. Mas Salazar, por razões talvez justificadas, Guerra Civil de
Espanha, II Guerra Mundial, conteve desenvolvimentos Nacionalistas que ele
considerava excessivos. O exemplo mais flagrante foi Rolão Preto, chefe do movimento
criado pelo Integralismo Lusitano, uma teoria, à época, perfeitamente adaptada ao
ressurgimento do Nacional.
A Nação já não estava a dormir mas ainda não acordara. Continuava sonolenta. Mas,
sobretudo, não se tinham deixado criar as estruturas necessárias. Pelo contrário,
tinham sido criadas organizações aparentemente Nacionalistas, mas que no fundo
eram destinadas a impedir a criação de organizações verdadeiramente Nacionalistas.
As mais conhecidas – Mocidade Portuguesa; Legião Portuguesa.
Quando lhe convinha o “botas” acordava um bocadinho mais a Nação, como sucedeu
para a reacção ao cobarde e vil ataque fomentado pelos Americanos em Angola, em
61, ou à queda da Índia Portuguesa.
Mas passado o sobressalto logo dava á Nação mais umas quantas pílulas
tranquilizantes.
Debrucemo-nos sob a actual situação e a sua origem.
A revolução francesa quebrou a continuidade da evolução e criou um novo senhor – o
dinheiro.
Este, há muito que existia, mas para servir, não para ser servido.
Colocando, a até então controlada burguesia no comando, o recente criado poder
agrilhoou os homens ao dinheiro.
Sob um aparente bem-estar social incitou-se ao consumo, cada vez mais desenfreado,
empobrecendo a Nação para enriquecer parasitas exteriores a ela, mesmo que dela
oriundos – os especuladores.
As consequências para as Nações foram desastrosas. Surgiram cada vez mais ódios,
invejas, perfídias. As Nações começaram a dissolver-se numa amálgama de indivíduos
desligados, desunidos, pasto óptimo para os vampiros capitalistas.
A situação de degradação moral, social e económica extrema a que chegamos é
fundamentalmente produto da dissolução da Nação.
Mas também é verdade, que é nas condições extremas que se desenrolam as maiores
acções.
Quando nos compenetrarmos que a única saída desta crise, começa dentro de nós
próprios, para de seguida com a família podermos, de base, recriar a NAÇÃO, o
caminho está aberto.
A NAÇÃO LUSA tem potencialidades infinitas. Mas está desunida, destroçada,
espalhada. Veja-se os inúmeros Portugueses que têm triunfado pelo Mundo. São
originários desta Nação, mesmo que não o assumam, só que estão afastados dela.
Temos todos de começar a trabalhar – aprender, divulgar, unir, organizar – pois para
sairmos verdadeiramente desta horrível situação, a única solução é RENASCER A
NAÇÃO LUSA.
Como diz Fernando Pessoa – É A HORA.
RAZÕES JORNALÍSTICAS:
A informação externa, aquela que é fornecida às pessoas, que existe desde sempre,
evoluiu, desde a simples transmissão oral às mais sofisticadas técnicas hoje
disponíveis.
Rege-se por dois interesses – o de quem a fornece que quer influenciar quem a
recebe – o de quem a recebe que quer possui-la para melhor decidir.
É sempre relativamente fiável pois parte de quem tem interesse em defender ou
impor determinada opinião.
Noutro local abordaremos a evolução da comunicação, logo, da informação.
Vamos cingir-nos aos últimos tempos.
No Estado Novo a informação era orientada, e bem, para defender o Império, o que
nem sempre era compatível com a defesa da Nação. Extinto o Império com o 25, a
comunicação social passou a ser dominada por uma esquerda que aspirava a tomar o
Poder.
Essa esquerda foi combatida pelos interesses do capitalismo, com sucesso no 25 de
Novembro.
Uma direita que se dizia Nacionalista mas não era, teve acções com algum êxito – “A
Rua”; “O Diabo”. Este último com o envelhecimento desse grande Nacionalista que se
chama Esteves Rebordão decaiu drasticamente, mas espera-se a sua recuperação.
“O Diabo” quer ser visto como ocupando um lugar na informação política – a direita
conservadora, tradicionalista, bem-comportada.
Mas o tempo é outro. Não é de comodismo. É de LUTA.
Há um espaço político que não está ocupado e deve ser – O NACIONALISMO. É nesse
espaço que esta publicação se insere.
Não pretendemos defender nem a direita nem a esquerda.
Somos Nacionalistas.
Somos Revolucionários.
Somos mais à esquerda e mais progressistas que a extrema-esquerda.
Somos mais à direita, mais tradicionalistas e mais conservadores que a extremadireita.
Queremos manter ou reactivar o que está ou esteve bem como a direita, mas
também queremos combater e destruir tudo o que está mal como a esquerda.
Por isso SOMOS REVOLUCIONÁRIOS, SOMOS TRADICIONALISTAS, SOMOS
NACIONALISTAS.
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Esta publicação não é redigida segundo o novo acordo