Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA.
Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem
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aviso prévio. Versão mar 2003.
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João S. Furtado
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site em parceria com Teclim
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Gestão como
responsabilidade
socioambiental
• Temas e ações com
Responsabilidade
Socioambiental
São Paulo - Março 2003
Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA.
Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem
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Gestão como responsabilidade socioambiental reúne textos de livre acesso e uso, para
organizações e pessoas interessadas em Responsabilidade Socioambiental (RSA), do ponto de
vista da produção e consumo de bens e serviços sustentáveis. Por simplicidade, os temas
poderão ser referidos como capítulos, mas são blocos independentes e não numerados, que
poderão receber revisões, inclusões ou reordenações.
Temas abordados
Visão e motivações & Gestão e planejamento estratégico
socioambiental
Desenvolvimento Sustentável & comunidade
Indicadores de sustentabilidade & de ecoeficiência
A empresa e a sociedade
Princípios de RSA, Códigos de conduta & Capacitação para
RSA
Ferramentas e tecnologias socioambientais
Temas e ações com RSA
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TEMAS E AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS
As estratégias e iniciativas de RSA de sucesso são conduzidas por pessoas que - por diferentes
motivações procuram expandir as relações entre as atividades de suas organizações e os
diferentes agentes interessados - os stakeholders .
Neste caso, o propósito é ampliar o poder de influência e consolidar a presença da organização
no setor em que atua. Apesar de inúmeros casos de sucesso, não há respostas inequívocas
porque poucas corporações destinam poucos recursos ao engajamento social1.
A Internet permite identificar e examinar o conteúdo de várias organizações envolvidas no
assunto, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Revela que o tema é motivo de
estudos acadêmicos sob inúmeros aspectos.
As candidaturas ao Prêmio Ethos Valor de responsabilidade social, no Brasil, permite identificar
as diferentes origens dos concorrentes2. Revisões conceituais, de caráter bibliográfico3
constituem ferramentas importantes, pois, permitem identificar a origem de idéias e as
correlações entre hipóteses acadêmicas e conduta nas organizações praticantes.
As informações sobre as Organizações Sociais e a RSA das organizações têm sido focos de
interesse crescente no Brasil4 . A coletânea de textos sobre as contribuições das instituições de
ensino e pesquisa no Brasil5 oferece grande número de abordagens e conceitos, sob a proposta
de estabelecer as relações entre discurso e prática em responsabilidade social das empresas.
Vários núcleos acadêmicos brasileiros tratam do tema. O CEATS Centro de Estudos em
Administração do Terceiro Setor serve de exemplo, devendo ser mencionada a existência de
outros semelhantes, em unidades pedagógicas do país. A criação do CEATS em 1998 na
FEA/USP, com suporte da FIA Fundação Instituto de Administração6, coincide com a infância
desse tipo de abordagem, no Brasil. Cursos e projetos acadêmicos são também oferecidos por
outros núcleos universitários brasileiros7, como o CETS - Centro de Estudos do Terceiro Setor,
da FGV - EAESP8 .
1 Weiser, J. & Zadek, S. 2000. Conversations with disbelievers, 128 pp. www.conversations-withdisbelievers.net
2 http://www.valoreconomico.com.br/parceiros/ethos/index.html - Concurso Nacional para Estudantes
Universitários sobre Responsabilidade Social das Empresas
3 . http://www.rits.org.br/rets/re_opiniao.cfm Patricia Almeida Ashley (IAG/PUC-Rio), Renata Buarque
Goulart Coutinho (IAG/PUC-Rio) e Patricia Amélia Tomei(IAG/PUC-Rio). 2000.
http://planeta.terra.com.br/negocios/empresaresponsavel O Responsabilidade Social Corporativa e
Cidadania Empresarial: uma análise conceitual comparativa. "Ética e Responsabilidade Social nos
Negócios", São Paulo, Brasil: Editora SARAIVA, 2002
4 http://www.rits.org.br Rede de Informações para o terceiro setor. http://www.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/terceiro/index.htm - http://www.terceirosetor.org.br http://www.filantropia.org/calendario - http://www.academiasocial.org.br http://www.interlegis.gov.br/cidadania - http://www.ibase.org.br http://www.socinfo.org.br/grupos/acoes_concretas/universalizacao/bots
5 Patrícia A. Ashley (Coordenação). 2002. Responsabilidade social das empresas. Vários autores. Ed.
Peirópolis, S.Paulo, 406 pp. http://www.editorapeiropolis.org.br
6 http://143.107.92.81/Fia/admpauta/dezembro/ceats.htm
7 http://cepa.adm.ufrgs.br/gest.htm
8 http://integracao.fgvsp.br - http://www.sp.senac.br/cct/home.htm -
Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA.
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É preciso levar em conta que as ações e estudos acadêmicos refletem, em grande parte, a cultura
sócio-política e econômica prevalente. Nos EUA, por exemplo, as questões acadêmicas são
conduzidas em grande intimidade com os interesses das empresas com fins lucrativos, de onde
vem grande parte dos recursos para sustentação de projetos.
Lá, como em outros países desenvolvidos, há o contrapeso, pois, os resultados dos estudos
acadêmicos e de entidades representativas do setor privado estão sob a permanente avaliação e
comentários de ONGs de interesse social. O aumento do número de ONGs com status
consultivo junto às agências multilaterais da ONU, envolvidas em RSA é revelador. Em 1949,
eram 41. Passaram para 928 em 1991 e 2.100 em 20029.
No Brasil, a interação da universidade com empresas é pequena, para não dizer rara. Nas
universidades públicas os financiamentos são praticamente de origem governamental. As
relações das universidades com as ONGs sociais são limitadas.
Mas, não há dúvida de que a RSA é tema de grande interesse para ONGs - representativas de
interesses econômicos, sociais ou ambos - da mesma forma como para Agências e Organismos
Multilaterais, defensores do desenvolvimento sustentável. Todos oferecem definições para o
entendimento RSA
O CEATS, por exemplo, promoveu reunião, em 2001, para definir terminologias e concluiu que
a "Responsabilidade Social Corporativa refere-se à postura e à prática de respeitar e
promover os aspectos sociais internos e externos da empresa, harmonizando-os com
suas finalidades. A RSC compreende diversas facetas, tais como: ser considerada como
um compromisso contínuo, um comportamento responsável, voltar-se para a qualidade
de vida e o desenvolvimento sustentável, observar o papel empresarial de produção de
riqueza, propiciar a agregação de valor, ter harmonia ou identidade com a missão
(finalidade) da empresa, levar a empresa a conscientizar-se de suas ações e seus
impactos e prestar contas sobre eles".
A Cidadania Corporativa foi traduzida como " a observação e respeito aos valores legais e éticos
existentes na região na qual a empresa atua" .
Outras definições propõem que a responsabilidade social corporativa seja entendida como
" a decisão de negócios relacionada a valores éticos, conformidade com exigências
legais, respeito às pessoas, comunidades e ao ambiente" , ou como " a operação de
negócio de maneira a atender ou exceder as expectativas éticas, legais, comerciais e
públicas, que a sociedade tem dos negócios" 10.
" a abertura e transparência das práticas de negócios, baseadas em valores éticos e
respeito aos empregados, comunidades e o ambiente.... com a responsabilidade de
fornecer valores sustentáveis para a sociedade em geral e às partes interessadas, em
particular"11
" o compromisso permanente dos negócios para comportar-se eticamente e contribuir
para o desenvolvimento econômico, enquanto aprimora a qualidade de vida da força
de trabalho e suas famílias, da mesma forma como a comunidade local e a sociedade
em geral" 12 .
9 Tomorrow's markets. Global trends and their implications for business. UNEP, WBCSD e WRI, 33 pp.
http://www.wbcsd.ch/newscenter/releases/3march02.htm
10 http://www.bsr.org/BSRLibrary/TOdetail.cfm?DocumentID=138
11 http://www.csrforum.com/csr/csrwebassist.nsf/content/a1.html
12 http://www.wbcsd.org/projects/pr_csr.htm
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Fontes para idéias
De modo geral, a indústria, no Brasil, privilegia ações em saúde e educação, enquanto o
comércio prefere, além daquelas, arte, cultura, esportes e defesa de direitos. A existência de
graves problemas em segurança, fome, miséria, má distribuição de renda e analfabetismo é
interpretada como motivo para expansão da RSA das organizações13. Entretanto, o mercado
brasileiro não é caracterizado pelo consumidor disposto a privilegiar produtos e empresas com
RSA. A edições anuais da Revista EXAME, dedicadas à premiação de empresas com
responsabilidade social, constituem fontes de ações concretamente realizadas no Brasil
As organizações interessadas em implementar iniciativas de RSA poderão se inspirar em
grandes temas, como os sugeridos a seguir e outros, detalhados mais à frente, os quais não
esgotam as possibilidades de idéias e sugestões.
• Direitos humanos, trabalho e segurança
• Desenvolvimento econômico e de atividades econômicas
• Padrões de negócios e governança corporativa
• Promoção da saúde
• Reparação de desastres para o homem
• Legislação ambiental internacional:
Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios
Convenção sobre a Poluição Transfronteiriça do Ar
Convenção de Basiléia - Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos
Protocolo de Montreal - Proteção da Camada de Ozônio
Protocolo de Kioto - Aquecimento do Planeta
Convenção para a Biodiversidade
• Códigos, padrões e princípios de conduta (detalhados em outro tópico)
• Rotulagem ambiental e esquemas de certificação (abordados em outros tópicos)
• Iniciativas inspiradas em ações internacionais ou setoriais
http://www.unep.ch UN Environmental Programme
http://www.uneptie.org/pc/apell/publications/translations.html Awareness and
preparedness for Emergencies at the Local Level (APELL) Programme
http://www.globalcompact.org United Nations Global Compact
http://www.unrisd.org/engindex/research/busrep.htm Programa das Nações Unidas
para pesquisa em RSA
http://www.ilo.org/public/english/employment/multi/index.htm ILO Tripartite
Declaration of Principles concerning Multinacional Enterprises and Social Policy
http://www.oecd.org/daf/investment/guidelines OECD Guidelines for Multinational
Enterprises
http://www.oecd.org/daf/governance/principles.htm OECD Principles for Corporate
Responsibility
http://europa.eu.int/comm/employment_social/soc-dial/csr/csr_index.htm http://www.europa.eu.int/comm/environment/eussd/index.htm Responsabilidade social
das empresas na União Européia
http://www.globalreporting.org/GRIGuidelines GRI Global Reporting Iniciative
http://www.wbcsd.org/newscenter/media.htm#2000 WBCSD-EEI Eco-efficiency
indicators and na intiative on measuring and reporting eco-efficiency
13 Orchis, Marcelo A. &t col. 2002. Impactos da responsabilidade social nos objetivos e estratégias
empresariais, p. 37-70. Em Patrícia A. Ashley (Coordenação). 2002. Responsabilidade social das
empresas. Vários autores. Ed. Peirópolis, S.Paulo, 406 pp. http://www.editorapeiropolis.org.br
Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA.
Texto de livre acesso e uso, desde que citada a fonte. Sujeito a revisões e modificações, sem
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•
•
http://www.cefic.org/activities/hse/rc/rc.htm#4 Responsible Care
http://www.copenhagencentre.org Compenhagen Center
http://www.bpdweb.org Business Partners for Development www.iisd.ca International Institute for sustainable Development
www.tomorrow-web.com Tomorrow Sustainable Business Toolkit
www.sustainablebusiness.com Sustainable Business
www.cfsd.org.uk Centre for Sustainable Design
www.greeningofindustry.org Greening of industry
Sistemas de classificação baseados em finanças
http://www.serm.co.uk/home.html SERM Safety Environmental Risk Management
http://www.business-in-environment.org.uk Business in the Environment (BiE) - Index
of corporate environmental engagement performance
http://www.un.org/documents/sg/report00/ch3.htm UNEP/Partnership
http://www.uneptie.org/outreach/reporting/sustainability-rpt.htm UNEP/SustainAbility
Reporting Guidelines
http://www.csrforum.com/csr/csrwebassist.nsf/content/a1a2g3d4.html Innovest Ecovalue 21
http://www.undp.org/hdr2001/abouthdr.html United Nations Human Development
Index (HDI)
http://www.flynnresearch.com/calvert.htm The Calvert-Henderson Quality of Life
Indicators (CHQLI)
http://www.uksif.org UK Social Investment Forum
http://www.sustainability-index.com Dow Jones Sustainability Group Index
http://www.ftse4good.co.uk/frm_home.asp FTSE-EIRIS-UNICEF
http://www.wri.org/geo-same.html World Resource Institute
http://www.ethicalfunds.com/content Ethical Funds Canada
http://www.ethicalinvestment.org.uk Ethical Investment Association
http://www.paxfund.com Pax World Funds
http://www.the-ethical-partnership.co.uk The Ethical Partenrship
http://www.rrsp.org/sri.htm Socially Responsible Investing
http://www.oneworld.org/ethical-investors Ethical Investor Group
http://www.domini.com/domini-funds/index.htm Domini Social Investment
Organizações empresariais
www.cfsd.org.uk WorldCSR
www.csreurope.org CSREurope
http://www.svn.org Social Venture Network
www.business-impact.org Business Impact Taskforce
www.conference-board.org Conference Board
www.csrforum.com International Business Leaders Forum (IBLF)
http://www.combinet.net/Governance/FinalVer/finlvndx.htm Commonwealth
Association for Corporate Governance
www.acca.co.uk Association of Chartered Certified Accountants (ACCA)
www.societyandbusiness.gov.uk Society and Business
www.iccsbo.org/home/menu_environment.asp International Chamber of Commerce
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Organizações Não-Governamentais sociais 14
www.hrw.org Human Rights Watch
http://www.transparency.org/about_ti/index.html Transparency International
www.international-alert.org International Alert (IA)
www.icgn.org International Corporate Governance Network
www.greenpeace.org Greenpeace International
www.foe.org Friends of Earth
Sugestões de temas
Os tópicos a seguir mostram exemplos, formas ou maneiras como a organização poderá
estabelecer suas iniciativas de RSA. A edição especial da Revista Exame já mencionada, contém
substancial elenco de idéias e temas.
É importante destacar que os dirigentes têm conhecimento sobre a natureza das atividades ou
negócios centrais da organização, especialmente das atividades produtivas. Assim, poderão
conceber ampla gama de iniciativas de RSA que atendam a padrões internacionais e com foco
em princípios e critérios para o desenvolvimento sustentável. Bem como para a produção e
consumo sustentáveis de bens e serviços.
Financiamento de projetos com responsabilidade social corporativa, no Brasil, é obtido nas
agências públicas BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social15 e FINEP
Financiadora de Estudos e Projetos, mas começa a ser visto, diferenciadamente, por fontes
privadas, como o Fundo Ethical16.
Os prêmios ambientais e em responsabilidade social constituem importante instrumento de
reconhecimento público para as organizações.
1. PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ORIENTADOS PARA O NEGÓCIO OU ATIVIDADES
PRIMÁRIAS
1.1. Construção de unidades fabris
Implantação de unidades produtivas, dentro da missão e escopo de negócios da organização, nas
quais poderão ser incorporados conceitos de gestão industrial e ecoeficiência.
Além disso, a direção da empresa poderá ampliar o escopo primário, incorporando – nas
obras físicas - os compromissos socioambientais responsáveis, através de
• utilização de elementos ambientais selecionados e adequados ao projeto de construção
civil (ecoedificação), para dar caráter ambientalmente correto ao projeto, em coerência
à Política de Negócios Ambiental e Socialmente Responsáveis
•
orientação às empresas contratadas para o desenvolvimento do projeto e da construção,
a fim de garantir a inserção dos elementos ambientais nas obras destinadas às operações
fabris
14 O número de ONGs, com envolvimento em RSA, tem aumentado, nos diversos países. Informação
parcial sobre as ONGs sociais e ações de interesse social, no Brasil, está disponível na Revista Exame de
2001, edição nr. 754 e em http://www.abong.org.br - http://www.ongsdobrasil.org.br http://www.vitaecivilis.org.br/vcinfo.htm#redes. Outras fontes estão listadas no início deste texto.
15 http://www.bndes.gov.br/empresa/responsabilidade - Política ambiental do BNDES
http://www.bndes.gov.br/empresa/download/ambiente.pdf
16 http://www.bancoreal.com.br/realcartoes Banco Real ABN-AMRO
Furtado, J.S. 2003. Gestão como responsabilidade socioambiental. Temas e ações de RSA.
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elaboração de critérios e orientação de todas as partes envolvidas na ocupação, uso e
manutenção de instalações físicas, a fim de garantir a incorporação dos critérios de
prevenção de geração de resíduos, poupança de recursos, especialmente de água e de
energia
1.2. Utilização dos critérios de Produção Limpa
Precaução, prevenção de resíduos na fonte, visão global (holística; avaliação do ciclo-de-vida de
processo e produto), política de gestão democrática da informação sobre segurança e uso de
processo e produto, concepção e desenvolvimento de processos e produtos eco-eficientes
(ecodesign), praticas comerciais sem maquiagem " verde" , gestão ambiental responsável de
embalagens e resíduos, comunicação ambiental ética às partes interessadas (stakeholders).
2. DESENVOLVIMENTO DA VISÃO DE RSA – ATRAVÉS DE INICIATIVAS APROPRIADAS
2.1. Concepção, execução e gestão de atividades e projetos de RSA 17
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gestão de RSA integrada à missão, objetivos, metas e atividades centrais da organização
códigos e normas de conduta, auditoria e relatórios de desempenho de RSA, em
conformidade com o direito público de acesso à informação sobre qualidade social e
segurança e uso de processos e de bens e serviços ofertados
rotulagem socioambiental
prontidão da empresa (aptidão pró-ativa) para identificar demandas e pressões
socioambientais
integração organização-comunidade externa (local, nacional e planetária) e organizaçãoambiente (extração e uso de materiais, poluição - ruído, emissões, transporte, destinação,
remediação) e organização-parceiros comerciais, fornecedores-consumidores
educação ambiental para diferentes segmentos e níveis de escolaridade, com o objetivo
de transmitir conceitos de desenvolvimento sustentável, cidadania, qualidade de vida,
preservação e recuperação ambiental de logradouros e patrimônio histórico-cultural, etc.
educação de diferentes partes interessadas, com destaque especial para funcionários,
prestadores de serviços e suas famílias, distribuidores, consumidores, cidadãos em geral,
com enfoque para
capacitação para mudanças, gestão de impactos ambientais e sobre os recursos
naturais, ecoeficiência, educação global, comunidade saudável; relações homemambiente; sistema produtivo-sociedade; inovações e empreendedores; lideranças;
capacitação e valorização profissional; governança; hábitat humano; saúde e nutrição;
limites da responsabilidade socioambiental nos diversos agentes interessados
(stakeholders), entre outros
transmissão de conceitos sobre indústria ecológica e socialmente responsável, para
diferentes segmentos sociais, locais e de outras regiões
treinamento de agentes de desenvolvimento socioambiental, a partir da capacitação
acumulada, para formação de parcerias estratégicas, suficiência na captação e gestão de
recursos
transferência de conceitos socioambientais e de produção " verde" para agentes e atores
selecionados, na cadeia produtiva dos negócios da organização/empresa
comunicação socioambiental para diferentes segmentos da sociedade
educação alimentar para grupos selecionados
melhoria da qualidade de vida: educação global, com particular atenção para crianças;
capacitação profissional para superar problemas causados pela automação e
globalização; capacitação para uso responsável de novas formas de energia limpa e
17 Listagem geral, porém incompleta, para identificação da gama de oportunidades
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padrões de consumo energia-eficientes; capacitação para programas de prevenção de
doenças e outros danos à saúde, apoio a pessoas ou grupos vulneráveis; segurança em
acidentes e impactos químicos, alimentar e dependência a drogas; direito fundamental da
pessoa, direito de organização participação, habilitação (empowerment), soberania, lazer
e recreação; redução das disparidades em renda, redução do impacto das novas
tecnologias na distribuição de bens e rendas; habilidades profissionais em infra-estrutura
(vias e transportes, edificações, comunicações, suprimento de água e outras utilidades,
terras agriculturáveis, espaços urbanos, proteção ambiental, poluição, habitação, saúde
pública, segurança); segurança nacional (competitividade global, ecoeficiência, políticas
públicas e cidadania, serviços de inteligência, diplomacia e vigilância); segurança
pública (interdependências, riscos ambientais, violência, criminalidade, desorganização
social e cultural); habitação e abrigo ambiental e socialmente adequados
gestão responsável de recursos naturais: suprimento de água potável, gestão de recursos
hídricos, planejamento eficiente de uso de água; programas responsáveis de manejo de
oceanos, mares e áreas costeiras, para preservação, desenvolvimento pesqueiro, recursos
marinhos, aperfeiçoamento do conhecimento científicos dos recursos naturais; proteção e
desenvolvimento da biodiversidade
capacitação gerencial de ONGs e outros grupos sociais
organização de eventos comemorativos, beneficentes, arrecadação de fundos e bens para
redistribuição
estímulo a atividades de voluntariado e serviços à comunidade, na área física da
organização/empresa - ou fora dela, porém, de acordo com diretrizes preestabelecidas
para garantir as relações entre tais ações com o modelo de planejamento estratégico dos
negócios
2.2. Iniciativas de construção de ambientes adequados à natureza e características das
atividades
Recomposição ou criação de ambientes
•
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florestamento com essências nativas regionais
plantação de espécies com valor econômico, segundo critérios de certificação florestal
mata ciliar
ecossistemas de brejo, marinho, lagunar, etc.
nichos selecionados para povoamento com espécies vegetais e animais locais
trilhas educacionais
2.3. Ações convencionais
•
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•
•
•
•
filantropia
coleta seletiva
oficina de reciclagem
campanhas culturais, sociais e esportivas
contribuições (serviços, materiais, recursos)
prêmios, bolsas e auxílios educacionais
financiamentos incentivados
formação de cooperativas
2.4. Estratégia de promoção das atividades da empresa, local, nacional e
internacionalmente
3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL, PARA CONTEMPLAR AS AÇÕES SELECIONADAS
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4. DESENHO E DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES SOCIOAMBIENTAIS COM POTENCIAL PARA
SEREM DESENVOLVIDAS
5. ELABORAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO ESTRATÉGICA SOCIOAMBIENTAL, ARTICULADO
AO PROCESSO DE DECISÃO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA
•
desenho de opções organizacionais, elaboração de projeto de criação de organismo
gestor para captação de recursos, estabelecimento de parcerias e colocação em marcha e
pleno funcionamento das ações na área física
•
estabelecimento de parcerias e captação de recursos (materiais, humanos e financeiros)
junto a outras fontes locais, nacionais e internacionais.
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