Protecção de Motores
Disciplina de Sistemas de Protecção
2 Dezembro 2005
Miguel Freitas & José Carvalho
SUMÁRIO
Pontos Essenciais da Apresentação
• Aspectos gerais da protecção de motores
• Tipos de defeitos
• Tipos e formas de protecção
• Exemplo de um sistema de protecção completo
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
ASPECTOS GERAIS
As Ideias base
Motores CC e Motores CA
Conceitos essenciais idênticos
Atender às especificidades de cada motor
Dimensão, Custo e Complexidade do Sistema de Protecção dependem:
• Condições de funcionamento do motor
• Defeitos que possam ocorrer
• Qualidade e continuidade de serviço pretendida
• Potência do motor
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
ASPECTOS GERAIS
Tipos de Protecção e Dimensão do Motor
Dispositivos de Protecção
Montados juntamente com o sistema de controlo do motor
Sensores térmicos montados no interior do motor
Motores de pequena dimensão
• Normalmente controlados e comutados por contactores
• Protegidos por fusíveis
Motores de maior dimensão >100kW
• Normalmente protegidos por relés
• Relés actuam sobre disjuntores capazes de interromper correntes elevadas
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
TIPOS DE DEFEITOS
• Sobrecargas
A Detectar pelas Protecções
Aquecimento
• Defeitos Entre Fases ou Fase Terra
Aquecimento
• Troca de Fases da Alimentação
• Redução ou Quebra da Tensão de Alimentação
Aquecimento
• Assimetria de Fases Aquecimento
• Temperatura Elevada/Pouca Ventilação Aquecimento
• Perda de Carga, Perda de Sincronismo….
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Sobrecargas
Protecção Contra Sobrecargas
Objectivo
Garantir que os isolantes mantenham as suas características mecânicas e
dieléctricas.
Problema
Difícil acompanhar a
curva de aquecimento
de um motor com um
único relé.
Utilização de 2 Relés
Relé térmico de sobrecarga
e
Relé de Sobreintensidade
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Relé RTS
Relé Térmico de Sobrecarga
Protecção Contra Sobrecargas Pequenas, e de Média ou Longa duração.
• Realiza uma réplica da temperatura no interior do motor através da leitura da
corrente absorvida pela máquina.
• Actua em tempo fixo para uma determinada corrente de sobrecarga.
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Relé RS
Relé de Máximo de Intensidade
Protecção Contra Sobrecargas Severas
• Situações de rotor bloqueado
• Actua em milissegundos para correntes muito superiores à nominal
• Montagem idêntica ao relé anterior
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RST+ RS
Protecção Completa Contra Sobrecargas
Protecção Total Contra Sobrecargas
• Utilizando os dois relés em simultâneo
• Ou um relé electrónico capaz de realizar as duas funções.
Relés de Protecção Contra Sobrecargas em Quantas Fases?
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SINGLE-PHASING
Protecção Contra Sobrecargas
Sobrecarga sob tensões simétricas.
Primário do Transformador
Secundário do Transformador
Motor
Sobrecarga sob tensões assimétricas – Single-Phasing
Circuito Aberto
Primário do Transformador
Secundário do Transformador
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Motor
DEFEITOS À TERRA
Protecção Contra Defeitos à Terra
Regime de Neutro do Motor
• Normalmente não ligado à terra.
Protecção Assegurada Por...
• Transformador de corrente somador que alimenta o relé de protecção.
Relé
• De máxima intensidade
• Instantâneo ou temporizado
Atenção
• Protecção contra descargas atmosféricas?
• ...possíveis problemas de regulação.
• Todavia raros!
Vantagens da Protecção
• Económica: apenas um T.I.
• Não é afectada pela corrente de arranque, nem por assimetrias.
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DEFEITOS ENTRE FASES
Protecção Contra Defeitos Entre Fases
Maior Corrente Absorvida Pelo Motor?
Em Funcionamento Normal...
SIM: Icc >>Istart
Corrente de Arranque Istart
Corrente de CC entre fases maior que Istart?
Na maior parte dos casos...
Relé de Máximo de Intensidade (instantâneo)
Regulação do Relé
Id < 1/3 I3f
I3f > 4,8 Istart
Corrente de Disparo (Id)
Id > 1,6 Istart
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DEFEITOS ENTRE FASES
Protecção Contra Defeitos Entre Fases
Para que I3f > 4,8 Istart
Ptransformador pelo menos 2 x Pmotor
Caso contrário
Usar uma protecção diferencial, insensível à corrente de arranque.
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REDUÇÃO DE TENSÃO
Protecção Contra Redução ou Quebra de
Tensão
Consequências da Tensão Reduzida
Tensão Reduzida
No arranque
No funcionamento normal
• Impede o motor de
atingir a velocidade
nominal de arranque.
• Perda de Velocidade
Elevação da Corrente -> Fortes Sobrecargas
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REDUÇÃO DE TENSÃO
Protecção Contra Redução ou Quebra de
Tensão
Duas Soluções...
• CONTACTORES
Actuam instantaneamente para: 50 a 70% de Vnominal.
• RELÉS TEMPORIZADOS
Previnem disparos intempestivos: cavas de tensão momentâneas.
Podem ser ligados a um alarme
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TROCAS DE FASES
Protecção Contra Trocas de Fases da Tensão de Alimentação
Problema
Motor arrancar em sentido inverso...problemas para a carga
Duas Formas de Detecção
Ib
• Relés de Detecção da Sequência de Correntes
Ia
Actuam ao detectarem uma sequência de correntes A,C,B
Desvantagem:
Necessitam que o motor seja alimentado
Ic
Vb
• Relés de Detecção da Sequência de Tensões
Verificam a sequência das tensões
Vantagem:
Va
Não necessitam que o motor seja alimentado
Protegem o motor no arranque e em funcionamento
Vc
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ASSIMETRIAS
Protecção Contra Desequilíbrios entre Fases
Causas
• Possibilidade de uma das fases do sistema de alimentação ser interrompida
• Zona afectada por distorção harmónica
Relés de Assimetria de Correntes
• Comparam as correntes duas as duas: Ia com Ib, e Ib com Ic
• Relé Electromecânico
Desequilíbrio mínimo detectável depende da construção do relé.
Geralmente cerca da 10 a 15%.
• Relé Digital
Consegue-se regular o nível de desequilíbrio
Protecção pode ser assegurada por relés que detectem desequilíbrios de
tensões
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AQUECIMENTO
Ventilação Inadequada
Protecção Directa Contra Aquecimento
e/ou
Elevada Temperatura Ambiente
Aquecimento
Sem aumentar a corrente absorvida pelo motor!
Protecções de medida indirecta de temperatura não protegem o motor...
Sensores de Temperatura
• Montados directamente nos enrolamentos
• Sensíveis às variações de temperatura
• Usados como dispositivos auxiliares aos relés de sobrecarga
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
AQUECIMENTO
Protecção Directa Contra Aquecimento
Classificados em 2 Grandes Classes
Permitem medir e monitorizar a temperatura
• RTD
• Termopar
Apenas sensíveis a uma determinada temperatura limite
• Termóstato
• Termístor
RTD [Resistance Temperature Detectors]
• Constituição: Fio de metal enrolado em forma
de espiral dentro de um tubo de vidro ou de
cerâmica.
Condutores
Resistência
• Funcionamento: a resistência eléctrica do fio
varia linearmente com a temperatura.
Tubo de vidro
• Fio tipicamente de: níquel, cobre ou platina
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AQUECIMENTO
Protecção Directa Contra Aquecimento
RTD [Resistance Temperature Detectors]
•Utilização:
Apenas como Medidores da Temperatura do Motor
Medindo R com um ohmímetro ou ponte de resistências.
Convertendo R em t através da característica do RTD.
Meio de Operação de um Relé
Informa continuamente o relé da temperatura do motor.
Se ultrapassar o valor parametrizado, o relé actua.
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
AQUECIMENTO
Protecção Directa Contra Aquecimento
Termopar
• Constituição: Dois metais não semelhantes unidos na extremidade.
• Funcionamento: gera uma tensão que está relacionada com a temperatura
da junção.
Metal A
junção
Metal B
V
• Utilização: Semelhante à de uma RTD, mas a temperatura é convertida pela
medição de uma tensão.
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
AQUECIMENTO
Protecção Directa Contra Aquecimento
Termóstato
• Disco de acção de mola bimetálico
• Opera um conjunto de contactos quando se atinge uma determinada
temperatura.
• Vantagens:
•Pode ser directamente ligado a um alarme sem utilizar nenhum relé.
•A reposição de serviço pode ser automática se a temperatura baixar.
• Desvantagens:
•A temperatura de funcionamento é fixada na fábrica e não pode ser
ajustada.
• Não permite monitorizar a temperatura.
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
AQUECIMENTO
Protecção Directa Contra Aquecimento
Termístor
• Constituição: dispositivo semi-condutor que altera a sua resistência
abruptamente a uma determinada temperatura.
• Utilização: mudança de resistência usada para activar um alarme ou desligar
o motor.
• Vantagens:
•Actuação mais rápida que os dispositivos anteriores.
•Não sofrem desgaste mecânico.
• Desvantagem:
•Temperatura de mudança não ajustável.
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
PROTECÇÕES ADICIONAIS
Protecção Contra Encravamento
• Redunda normalmente na protecção contra sobrecargas
•Situação de rotor travado...
• Protecção adicional pode ser implementada por relés digitais
•Protecção de backup: correntes elevadas durante mais de 1 segundo
Protecção Contra Perda de Carga
• Motor deve ser retirado imediatamente de serviço
• Protecção assegurada por relés digitais:
•Medem o valor da corrente durante intervalos de tempo especificados
• Exemplo:
•Motor Carregado: I > 20% Inominal durante pelo menos 2*Tstart
•Perda de Carga: 10% Inominal < I < 20% Inominal durante pelo menos 1
segundo
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
PROTECÇÕES ADICIONAIS
Protecção Contra Perda de Sincronismo (motores síncronos)
• Causas:
•Carga excessiva
•Tensão de alimentação baixa
•Problemas no circuito de excitação
• Protecção deriva da dos geradores síncronos
Protecção Contra Falha no Circuito de Excitação (motores síncronos)
• Assegurada por um relé de mínimo de corrente
•Ligado ao circuito de excitação
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
ESQUEMA DE PROTECÇÃO COMPLETO
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
Relé Digital
• Um único relé pode proteger contra:
•Temperatura Excessiva
•Rotor Travado
•Assimetria de Correntes
•Perda de Carga
DISPLAY
•Sobrecargas
•Defeito à Terra
•Tentativas de arranque
Botões de Controlo
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
Dúvidas?
Obrigado pela vossa atenção!
Perguntas?
Protecção de Motores – Miguel Freitas & José Carvalho
Protecção de Reactâncias
Disciplina de Sistemas de Protecção
2 Dezembro 2005
José Carvalho & Miguel Freitas
SUMÁRIO
Pontos Essenciais da Apresentação
• Conceitos básicos sobre reactâncias;
• Exemplos ilustrativos de aplicação;
• Noções gerais sobre protecção de reactâncias;
• Tipos e formas de protecção;
• Exemplo de um sistema de protecção completo.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
CONCEITOS BÁSICOS
Conceito de Reactância
Z = R + jX
REACTÂNCIA
Indutâncias
Consoante o tipo de ligação
REACTÂNCIAS SÉRIE
REACTÂNCIAS SHUNT
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
CONCEITOS BÁSICOS
REACTÂNCIAS SÉRIE
VANTAGENS
•
Diminuição da intensidade da corrente de defeito quando
colocadas num ponto específico da rede;
•
Poupança no investimento visto não ser necessário recorrer à
utilização de outras protecções mais complexas e mais caras que
suportem correntes de curto-circuito elevadas.
DESVANTAGENS
•
Preocupações acrescidas na alimentação de cargas com baixos
factores de potência;
Utilização de reguladores de tensão
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
CONCEITOS BÁSICOS
REACTÂNCIAS SHUNT
VANTAGENS
•
Correntes
Capacitivas
Reactâncias
shunt
Desempenham um papel importantíssimo na compensação das
grandes correntes capacitivas que tendem a estar presentes em
linhas de transmissão de elevado comprimento.
Excesso
Energia
Reactiva
Correntes em
atraso que
compensam
excesso de Q
• Baixos factores de potência;
• Excesso de kVARs nas linhas;
• Optimização do cosφ;
• Desocupação das linhas;
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias Série Limitadoras de Corrente
• Formada por bobinas trifásicas, colocadas umas
sobre as outras utilizando isoladores de suporte
entre elas;
• Distância entre isoladores garante que a indutância
mútua seja inferior à indutância principal;
• Limitar as correntes de curto-circuito evitando
que atinjam valores passíveis de danificar os
equipamentos a que estão ligados;
• Permitem utilizar disjuntores e condutores
standard evitando a utilização de aparelhos mais
complexos e onerosos;
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias de Choque para Baterias de Condensadores
• Limitar as perturbações transitórias e as
sobrecorrentes provocadas por baterias de
condensadores em paralelo mediante a
colocação em série de damping reactors de
choque com essas mesmas baterias;
• Muito similares às reactâncias série mas
com uma impedância um pouco mais baixa
ainda que sejam, geralmente, submetidas a
esforços de tensões mais elevados;
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias de Neutro à Terra
• Inserida entre o neutro de um sistema trifásico e a
terra;
• Limitar a corrente entre uma linha de transmissão
directamente ligada à terra, ou reduzir a corrente
entre a linha e a terra numa rede de neutro
isolado até um valor seguro que garanta a sua
protecção.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias Shunt
• Utilizadas para compensar a potência reactiva
capacitiva gerada por linhas de transmissão
muito compridas sujeitas a um baixo regime de
carga.
• Colocadas ou retiradas de serviço mediante a
utilização de disjuntores próprios e estão
normalmente conectadas ao enrolamento
terciário do transformador principal, ou, em
alguns casos, directamente ao circuito de
transmissão.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias Controladas por Tirístores
• Também denominadas por TCR (Thyristor
controlled reactors), utilizam-se nos
compensadores estáticos de energia reactiva.
• São muito semelhantes às reactâncias shunt,
mas o controlo da corrente é feito de uma
forma contínua através das válvulas dos
tirístores.
• A reactância trifásica liga-se em triângulo.
Cada fase da reactância divide-se em duas
bobinas e os tirístores são colocados entre as
referidas bobinas.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
APLICAÇÕES
Alguns exemplos ilustrativos
Reactâncias Filtro
• Estas reactâncias assumem duas funções:
1. Produzem potência reactiva capacitiva à
frequência básica.
2. Filtram harmónicos.
• Um filtro harmónico é desenhado para ter uma
baixa impedância entre fase terra, ou entre
fases à frequência harmónica pretendida.
Consequentemente, a corrente harmónica fluirá
no sentido do filtro e não no sentido da rede
eléctrica.
• Normalmente cada frequência harmónica necessita de um filtro independente.
Para as frequências harmónicas mais elevadas utilizam-se filtros de banda larga.
• Algumas destas reactâncias filtro possuem tomadas que permitem ajustar a
frequência que se pretende filtrar.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Em termos construtivos:
Reactância ≈ Transformador
A resposta é
Noções Gerais Sobre Protecção de Reactâncias
Sistemas de Protecção
Semelhantes
SIM, mas no caso das reactâncias a questão é mais simples. Porquê?
Duas razões fundamentais:
1. Existência de um único enrolamento;
2. Ausência de correntes transitórias de magnetização do núcleo
aquando da sua colocação em serviço.
Pode ainda dar-se o caso da reactância estar numa zona já protegida e não ser
necessária nenhuma protecção adicional. Por exemplo, reactâncias ligadas a
barramentos já protegidos e reactâncias em série com cargas já protegidas.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Tipos de Defeitos Mais Comuns
No que respeita às reactâncias, os tipos de defeitos mais usuais são:
• Defeitos fase-terra;
• Curto-circuitos entre fases no caso de um banco de reactâncias;
• Curto-circuitos entre espiras das bobinas;
• Sobreaquecimento dos enrolamentos devido a sobrecargas ou
falhas nos sistemas de refrigeração.
Está testado que este tipo de defeitos rapidamente se escoam pela
terra e são detectados pelas protecções de defeitos à terra.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Diferencial
O sistema funciona através da comparação das correntes que circulam
em direcção à reactância com as correntes que dela saem – teoria da
circulação de correntes Merz-Price.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Diferencial
Situação de um defeito fase-terra interno
Se a diferença entre as correntes que percorrem o relé for superior a
um valor predefinido este deverá actuar fazendo disparar um disjuntor que
corte o defeito.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Diferencial
Situação de um defeito fase-terra externo
As correntes no secundário irão circular com sentidos tais que fazem
com que a corrente que circula no relé diferencial seja residual e este não
veja o defeito.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Diferencial
backup contra sobre-intensidades
Para se prevenir o caso da falha da protecção diferencial adicionamos
uma backup-feature que irá actuar caso isso aconteça. A protecção de
backup consiste num relé i.m.d.t. (Inverse Definite Minimum Time) de
sobre-intensidades em derivação de um dos grupos de transformadores de
corrente.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Diferencial
backup contra sobre-intensidades + defeitos fase-terra
Consiste em conectar residualmente
o elemento central do relé de sobreintensidade e aplicar-lhe uma
parametrização mais baixa para
defeitos fase-terra.
Em condições normais, a corrente
no ponto central de ligação dos relés é
residual devido ao equilíbrio das fases
e ao cancelamento dos vectores das
correntes.
O relé central passa a detectar a corrente de neutro (soma da corrente
das três fases) e assim a funcionar como protecção contra defeitos
monofásicos (defeito fase-terra). Os dois relés que não sofrem alteração na
sua ligação desempenham a função de protecção contra defeitos trifásicos
e/ou bifásicos.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Buchholz
Rate-of-Rise-of-Pressure Protection
Um banco de reactâncias imersas
em óleo não está devidamente
protegido se não for munido de um relé
de protecção que seja actuado por
fenómenos relacionados com o nível de
óleo e o gás libertado.
Um defeito muito pequeno que se
desenvolva lentamente no núcleo da
reactância, ou um defeito não visível no
tanque das mesmas, não será detectado
por outras formas de protecção.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Buchholz
Rate-of-Rise-of-Pressure Protection
Uma falha que se desenvolva no
interior das reactâncias é acompanhada
pela libertação de gases provenientes
do aquecimento do óleo. Estes gases,
libertados em forma de bolhas no
recipiente da protecção afectam a
posição de flutuadores existentes no seu
interior.
Consoante a gravidade do defeito,
estas bolhas provocarão o movimento
dos flutuadores e o resultante actuar de
um alarme (no caso de bolhas pequenas)
ou provocar o disparo de um disjuntor
(no caso de bolhas de maior volume).
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Série
Protecção Térmica dos Enrolamentos
O
sobreaquecimento
derivado
de uma
Este
mecanismo faz uma
medição
da
De
realçar
que
actualmente
já
se
aplica
a é
sobrecarga
prolongada
ou
uma
falha
no
temperatura do óleo do tanque que por sistema
sua vez
protecção
térmica
dos
enrolamentos
às dos por
de
refrigeração,
resultar,
forde
permitido
Para além
deirá
assinalar
a se
temperatura
condicionada
por
uma
resistência
reactâncias
com
isolamento
não
actuação
de
protecções,
numa
deterioração
enrolamentos
este
mecanismo
inclui
dois
aquecimento
colocada
juntoseco.
ao
termómetro
e
prematura
do
isolamento
e numa
consequente
interruptores
mercúrio.
Um
que
alimentada
porde
um
transformador
deinicia
corrente
O processo
consiste
na
introdução
de um
uma
drástica
redução
do
tempo
de
vida
útil
da
processo
de
alarme
se
a
temperatura
atingir
um
localizado
nosdos
enrolamentos
da reactância.
sonda
no seio
enrolamentos
da bobina. Essa
máquina.
valor predeterminado
(100ºC
valor
típico)de
e
sonda
éconstante
conectada
atempo
um
sistema
medidor
A
de
do
termómetro
é
outro que completa
o accionamento
do circuito
temperatura
que,
dependendo
dos
níveis
que
Para de
se maneira
aplicar uma
protecção
contra
o do
ajustada
a tirar
o máximo
partido
de
tripping
quando
se
verifica
o
atingir
de
outra
registar,
emite
alarmes
ou
emite
uma
ordem
de
sobreaquecimento
do
enrolamento,
utiliza-se
um
tempo
que osde
enrolamentos
podem estar
sujeitos
temperatura
referência,
digamos
120ºC.
actuação
às protecções.
termómetro
como
o esquematizado
a sobrecarga
sem haver
danificação na
dosfigura ao
lado.
isolamentos.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Protecção Diferencial
Se os seis terminais da reactância trifásica estiverem acessíveis é
possível aplicar um sistema de protecção diferencial similar ao que se
apresentou anteriormente.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Protecção Diferencial
backup contra defeitos à terra
Como protecção de backup à protecção diferencial podemos ter
um relé de tensão homopolar para detecção de defeitos fase-terra.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Protecção Diferencial
Assim,
Este
sistema
a protecção
protege
para
as reactâncias
esses defeitos
somente
pode ser
contra
feitadefeitos
através fase-terra.
da utilização
No caso
das reactâncias
shunt não
é necessário
que de
os protecção
seis terminais
Desta
forma,
torna-se impossível
aplicar
um sistema
Como
de
umaproximadamente
relé i.m.d.t. (Inverse
75%Definite
dos defeitos
Minimum
verificados
Time) de
sãosobre-intensidades
defeitos à terra, ou
dos
enrolamentos
fiquem referidos
acessíveis,
e, por motivos
económicos,
é usual
diferencial
como aqueles
anteriormente
pelo
que se recorre
a um
pelo menos
tripolar.
Estecomeçam
relé tempor
um ofuncionamento
ser, esta protecção
relativamente
não se revela
lentotão
pelo
desvantajosa
que tem de
efectuar
uma ligação
noquatro
interior
da reactância trifásica
ficando
só
sistema composto
porestrela
apenas
transformadores
de corrente
aplicando
como
ser
ajustado
parece de
e amaneira
protecção
a ser
contra
selectivo
defeitos
comfase-fase
outros equipamentos
pode ser sempre
de feita
acessíveis
quatro
terminais.
um a cada uma
das
fases e o outro ao neutro.
recorrendo a um relé independente.
protecção.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Protecção Buchholz
Rate-of-Rise-of-Pressure Protection
Reactâncias shunt imersas em óleo são passíveis de serem protegidas
por um relé Buchholz idêntico ao que foi descrito para as reactâncias
série.
Protecção Térmica dos Enrolamentos
A protecção térmica dos enrolamentos deve também ser implementada
e é em tudo idêntica à apresentada para as reactâncias série.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Intertripping
to trip = to actuate a mechanism; to become operative.
Como o próprio termo indica, intertripping é um meio utilizado para efectuar
o tripping de um disjuntor que esteja localizado num ponto remoto em relação ao
qual ocorreu o defeito.
A transmissão deste tipo de informação faz-se através de fios piloto, através
de ondas portadoras enviadas directamente no condutor de potência ou através de
dispositivos de emissão e recepção de sinais rádio.
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Protecção
Reactâncias Shunt
Esquema Integral
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas
Fim
Muito obrigado pela vossa atenção!
Bibliografia
• The Electricty Council; Power System Protection – Vol. 1: Introduction; ; 1969 - Macdonald & Co.
London.
• Capítulo 14 - Power System Protection . Vol. 2: Application; The Electricty Training Association;
1995 - Elecricity Association Services Limited.
• Caminha, Amadeu – Introdução à Protecção dos Sistemas Eléctricos; 1977 – Editora Edgard
Blücher Ltda..
• Protective Relaying Theory & Applications; Edited by Elmore, A. Walter; 2003 ABB.
• Holland, Arthur “Power Factor” (Online); 2002 – Process Heating.
• Stebbins, Wayne “Power Distribution Systems and Power Factor Correction” (Online); 2000 –
Energy and Power Management.
• Nokian Capacitors Ltd. – “Reactors Brochure” (Online); 2004.
• Ferreira, José Rui da Rocha Pinto; Acetatos de apoio às aulas de Sistemas de Protecção do 5º ano
da LEEC (Online).
Protecção de Reactâncias – José Carvalho & Miguel Freitas