AÇÃO DO ÁCIDO MANDÉLICO SOBRE O MELANÓCITO
Laís Freitas de Andrade∗
Talita Oliveira Da Silva∗∗
INTRODUÇÃO
O melanócito trata-se de uma célula de citoplasma globuloso, de onde partem
prolongamentos que se dirigem em direção a superfície da epiderme, esses
prolongamentos se insinuam entre e dentro das células da camada basal. Esta é
responsável pela produção de melanina, um pigmento acastanhado que em parte, dá cor
a pele. Esta melanina é produzida no interior dos melanossomas, isso acontece por
varias reações que é feita por uma enzima chamada tirosinase. A produção excessiva de
melanina é devida a uma estimulação do melanócito, onde origina-se manchas
hipercrômicas. Então vem sendo desenvolvidas varias pesquisas para reduzir a produção
dessa melanina nos melanócitos, e o Acido Mandélico, é um acido que tem sido muito
utilizado como despigmente em tratamentos estéticos como em peeling, por ser um
ácido de grande peso molecular seu mecanismo de ação é mais lento, sendo mais seguro
para ser aplicado em peles morenas.
Por isso, vem sendo desenvolvido pesquisas que focam principalmente na
redução da produção de melanina nos melanócitos. O Ácido Mandélico em especial, é
um ácido que tem sido muito utilizado como despigmentante , por ser um produto
seguro para todos os tipos de pele e este comparado aos outros ácidos causa menor
irritação e seus resultados são rápidos e permanecem por longos períodos.
DESENVOLVIMENTO
O melanócito é uma célula dendríaca que está localizada na camada basal
da epiderme, esta é responsável pela produção de melanina, um pigmento acastanhada
que em parte, dá cor a pele. Esta melanina é produzida no interior dos melanossomas,
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Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, UNIFIL, Londrina – PR,
[email protected]
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Docente do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética, UNIFIL, Londrina – PR,
[email protected]
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isso acontece por varias reações que é feita por uma ezima chamada tirosinase. Quando
ela está dentro dos melanossomas ela é transportada através dos dendritos dos
melanócitos, aonde vão para o interior dos queratinócitos, assim se posicionam no
núcleo destas células. Há alguns fatores que estimulam atividade melanótica, entre eles
a radiação Ultra Violeta de longo comprimento de onda, ou seja, UVA (VILLAREJO e
SABATOVICH, 2009).
A pigmentação da pele é dada devida à melanina, na qual é responsável pela
cor da pele, pêlos e outras estruturas coloridas da pele. A hipercromia existe porque
ocorre a estimulação do melanócito, a produção excessiva de melanina, onde origina-se
desta forma manchas hipercrômicas, na qual, há muitas manifestações de hipercromia
em pele. A maior relevância são: cloasma, dermatite por perfume, efélides ou sardas,
lentigens e melasma (cloasma) (TEDESCO, ADRIANO e SILVA, 2007).
O Melasma e Cloasma é uma melandermia que ocorre na face, geralmente
acomete em mulheres, sendo essas com mais de 25 anos de idade após gravidez ou
terapia hormonal, mas pode ocorrer em mulheres jovens que nunca engravidaram, mas
que receberam estrógenos ou progestágenos e também em homens. São manchas de cor
castanho-clara ou escura, que estão localizadas geralmente na região malar podendo
atingir a região frontal, lábio superior e masseter. A intensidade da pigmentação pode
variar, podendo ser discreta quase imperceptível ou muito acentuada (SAMPAIO,
RIVITTI, 2008).
Alguns princípios ativos despigmentantes são destinados à clarear a pele e
manchas pigmentadas, a ação desses princípios ativos ocorrem de diferentes
mecanismos de ação, que estão ligados à interferência na produção de melanina ou
transferência da mesma. Podem atuar inibindo a formação de melanina, no transporte de
grânulos, alterando quimicamente a melanina, podem atuar inibindo a biossíntese de
tirosina e podem destruir alguns melanócitos, além de inibir a formação melanossomas
(TEDESCO, ADRIANO E SILVA, 2007).
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Os princípios ativos despigmentantes podem promover a inibição da ação da
enzima tirosinase como o Ácido Mandélico, que é derivado do Ácido Glicólico e é
lipossolúvel (DEPREZ, 2007).
O Ácido Mandélico é um alfa-hidroxiácido (AHA), este é mais usado para os
tratamentos de hiperpigmentações e acnes, é derivado de amêndoas amargas, e pode
substituir outros alfa-hidroxiácidos como o ácido glicólico, no caso de pacientes que
tem a pele sensível. Ele pode ser usado de varias maneiras, como: peeling, clareador de
manchas, tratamento de acne, pode ser associado com a vitamina A, C e E, e também
pode ser usado em cremes para rejuvenescimento, na qual se têm obtido ótimos
resultados na melhora de linhas de expressão, rugas finas e textura da pele (Pimentel,
2008).
Os peelings feitos a base do Ácido Mandélico, provocam menor descamação,
na qual acelera o tempo de recuperação da pele, geralmente os tratamentos são feitos
semanalmente. Ele é um produto seguro para peles de todos os tipos, em especial a
fototipo III e IV, ele comparado aos outros ácidos causa menor irritação, seus resultados
são muito rápidos e podem permanecer por períodos longos (Pimentel- 2008).
No caso de hiperpigmentação trabalha na inibição da síntese da melanina, e
também na melanina já depositada na pele, agindo assim na remoção dos pigmentos
hipercrômicos (Pimentel, 2008).
CONCLUSÃO
O trabalho de conclusão de curso mencionado está em andamento pois
queremos aprofundar o conhecimento sobre o mecanismo de ação do Ácido Mandélico
sobre o melanócito, conhecendo assim alguns fatores que causam o distúrbio de síntese
de melanina.
REFERÊNCIAS
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DEPREZ, PHILIPE. Peeling químico: superficial, médico e profundo. Editora
Revinter LtDA, 2007.
KEDE, Maria. P. V.; SABATOVICH, Oleg. (Orgs.), Dermatologia Estética. 2. ed.,
São Paulo: Atheneu, 2009.
NICOLETTI, Maria Aparecida; ORSINE Eliane Maria de Almeida; DUARTE Ana
Carolina Nogueira; BUONO Gabriela Arbex. Hipercromias: Aspectos Gerais e Uso de
Despigmentantes Cutâneos, Cosmetics & Toiletries (Edição em Português) v. 14, 2002.
PIMENTEL, Arthur dos Santos. Peeling, máscaras e acne: seus tipos e passo a passo
do tratamento estético. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2008.
SAMPAIO, Sebastião, Evandro A.Rivitti. Dermatologia, 3. ed., Rev.e Crup/. São
Paulo: Artes Médicos, 2007.
TEDESCO, Ionice Remião; ADRIANO, Jerusa; SILVA, Daniela da. Produtos
Cosméticos Despigmentantes Nacionais, disponíveis no mercado. 2007.
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