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Operador Nacional
do Sistema Elétrico
Ano XI | Julho 2009
Informativo mensal do ONS
Operador e
Cier promovem
reunião de
trabalho sobre
a integração da
América Latina
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ONS e agentes
adotam Esquema
Especial de Proteção
inédito envolvendo
Itaipu e Tucuruí
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e5
Conheça
o novo
gerente
executivo
da GPE
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Um importante passo
para a implementação
do novo sistema
de supervisão e
controle, a Rede de
Gerenciamento de
Energia (Reger)
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Dá para ser feliz no trabalho?
E
nquanto no passado nos preocupávamos apenas em como
o trabalho transformava matéria-prima em objetos, hoje o trabalho adquiriu um significado totalmente novo, com a ampla difusão
da crença de que ele deve nos tornar
felizes. Para alguns autores, o trabalhador de hoje precisa estar satisfeito
para que seu raciocínio, criatividade
e emoção produzam conhecimento.
Para outros, extrair a felicidade do
trabalho é pedir demais, sendo esse
tema apenas um artifício criado pelas empresas para manter os funcionários mais tempo no trabalho. Para
os ainda mais extremistas, a real felicidade deve ser buscada fora do
ambiente do trabalho.
A revista Época de 13 de julho faz
uma retrospectiva histórica do tema,
analisando obras recém-publicadas
e ouvindo empresários e professores sobre o assunto. Segundo ela,
a equação de trabalhar sem prazer
para viver livremente nos períodos
de folga é irrealizável na prática,
pois passamos mais de 60% do dia
envolvidos com o trabalho. Além
disso, não há ser humano capaz de
desligar o cérebro durante suas tarefas. Por isso, ao mapear o terreno
da felicidade no trabalho, a reporta-
Participe!
Envie sua sugestão de pauta
ou proposta de texto de
matéria para:
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gem apresenta os cinco grandes prérequisitos para alcançá-la.
O ambiente - Mesmo reconhecendo como é difícil criar um clima de
saudável harmonia entre pessoas que
precisam se ver todos os dias, as empresas reconhecem a necessidade de
criar um ambiente que motive os trabalhadores e incentive a cooperação.
Cada vez mais, as empresas assumem
essa responsabilidade, pois um bom
ambiente de trabalho ajuda a atrair e
reter talentos e incentiva os profissionais a produzir mais e melhor.
A imersão - Quando as pessoas estão profundamente imersas e concentradas em seu trabalho, são mais
felizes. Isso acontece quando as tarefas têm características desafiadoras, cuja resolução e execução
aumentam a motivação e o engajamento do trabalhador.
O reconhecimento - Mesmo admitindo que a primeira e principal forma de reconhecimento é o dinheiro, os autores constatam que ele não
é capaz de elevar o nível de motivação. A celebração de resultados
individuais e coletivos, as oportunidades de desenvolvimento, a admiração dos superiores e colegas são
importantes formas de explicitar o
reconhecimento. E o maior de todos é o autorreconhecimento. A noção de ter feito um bom trabalho.
O equilíbrio - Vive-se hoje um dilema: todas as empresas pregam qualidade de vida, mas impõem exigências
aos seus funcionários que os obrigam
a trabalhar cada vez mais. Esse conflito só é resolvido quando elas cultuam
valores que não estão relacionados aos
seus resultados financeiros.
O propósito - Encontrar um propósito no que se faz talvez seja o mais crucial destes cinco fatores. O desejo de
agir com sentido no trabalho é uma
parte importante de nossa estrutura,
pois hoje ele é o principal construtor
de nossa identidade. Afinal, quando
somos apresentados a uma pessoa, a
pergunta mais imediata que fazemos
não é de onde ela vem ou quem é sua
família, mas o que ela faz.
Impresso em
Ligação: Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico
papel reciclado
Escritório Central: Rua da Quitanda, 196 Centro Rio de Janeiro RJ 20.091-005
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Edição: Assessoria de Comunicação e Marketing
Comissão Editorial: Eneida Leão, Hermes Chipp e Tristão Araripe Fotos: Reynaldo Dias e arquivo
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Integração da América Latina
cada vez mais próxima
Nos dias 16 e 17 de julho, o ONS, em conjunto com
a Comisión de Integración Energética Regional (Cier),
promoveu uma reunião do grupo de trabalho do projeto
Cier 15, dedicado ao estudo da integração dos países
da América Latina.
O
diretor geral do ONS, Hermes
Chipp (foto), abriu o evento ressaltando a importância do trabalho desenvolvido pelo grupo e o
papel a ser representado junto aos governos de cada país, para que a integração se dê tanto em âmbito técnico
como de mercado. “É muito gratificante vermos um sonho se transformar em realidade. O andamento do
trabalho deste grupo vem estabelecer
um novo paradigma, com possibilidades reais de implantação. Não podemos perder a oportunidade de envolver os governos. No Brasil, venho
buscando levar os resultados do nosso
trabalho no Cier 15 às instâncias decisórias, como o CMSE”, enfatizou
Hermes Chipp, que também é vicepresidente da Cier.
A reunião teve por objetivo validar
os resultados preliminares da segunda fase do projeto, que vem sendo desenvolvida pelos consultores que integram o consórcio vencedor da licitação
internacional realizada em 2008 – a
brasileira PSR, a argentina Mercados
Energéticos e a chilena Synex.
Segundo o delegado brasileiro no projeto e assessor da Diretoria do ONS,
Marcelo Prais, os trabalhos referentes
ao Cier 15 (Estudo de transações de
eletricidade entre os mercados Andino,
da América Central e Mercosul. Factibilidade de integração) foram inicialmente divididos em duas etapas. “Na
fase 1, foi realizado um diagnóstico sobre quais as interligações existentes, os
problemas verificados e o que impedia
a realização de negócios de gás e eletricidade entre os países. O relatório foi
emitido em 2007”, relembra.
Em final de 2008, após o processo licitatório, foi iniciada a fase 2 que, com
base no que foi levantado, busca identificar quais as potencialidades de integração entre os países, os projetos
candidatos e quais obstáculos de ordem técnica, legal e regulatória necessitam ser superados. Cada país informou os projetos de maior interesse
para análise dos consultores. “No caso
do Brasil, temos a usina binacional
Brasil/Argentina em Garabi, além de
projetos no Peru e no Uruguai, entre
outros”, comenta Prais.
Operação do sistema: teoria e prática
No final de julho, os 14 trainees operadores, que participam do Programa Construir 2009, começaram o treinamento prático em seus Centros de origem. Esta
etapa deve durar cerca de seis meses.
rios às atividades que desempenharão nos Centros de Operação do ONS, contou
com 280h/aula, com a participação de instrutores externos (profissionais do
mercado) e internos (empregados do ONS).
Antes disso, os jovens passaram por outras duas instâncias de treinamento,
após a programação de Integração. A primeira, voltada ao nivelamento técnico
dos participantes, teve duração de 192h/aula, ministrada por instrutores da
Funcefet; enquanto a segunda, voltada aos conhecimentos específicos necessá-
Um dos diferenciais deste ciclo foi a promoção de visitas técnicas. Os trainees
conheceram: a Subestação, o Centro de Operação e o Modelo de Usinas Reduzidas
de Furnas, em Jacarepaguá (RJ); o Centro Nacional de Operação do Sistema e
o Centro Regional de Operação Norte/Centro-Oeste do ONS, ambos em Brasília.
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Do Paraná ao Pará: integração
Sábado, 4 de julho de 2009, 18h36, tempo chuvoso e com descargas atmosféricas
em Foz do Iguaçu e nublado em Ivaiporã. Repentinamente, dois circuitos de 765 kV
entre as subestações de Foz do Iguaçu e Ivaiporã são desligados de forma automática,
pelas atuações corretas de proteção. Em consequência, são também desligadas quatro
unidades geradoras da UHE Itaipu 60Hz, no Paraná. Adotando um Esquema Especial de
Proteção inédito, visando à segurança e à otimização do sistema, o ONS desliga outras
duas unidades geradoras na UHE Tucuruí, no Pará. Resultado da operação: sucesso!
O
leitor deve estar se perguntando: “Por que desligar unidades
geradoras no Pará, para resolver
um problema no Sul?”
Normalmente, nesta época do ano,
dadas as características climáticas das
regiões, a interligação Norte-Sul possibilita a transferência de energia para
O desligamento das unidades de
Tucuruí é comandado por um sinal
que percorre 3.500 km, de Itaipu a
Imperatriz, no Maranhão, passando
por cerca de 40 estações repetidoras.
a região Sudeste, aumentando o fluxo
na rede. Quando ocorre uma contingência severa no sistema envolvendo
Itaipu, como foi o caso da perturbação do dia 4 de julho, seu impacto
atinge essa interligação e impõe restrições significativas às transferências
de energia do Norte para o Sudeste.
Esses procedimentos são adotados
por medida de segurança à operação
do Sistema Interligado Nacional, buscando evitar conse­quências mais graves, como sobrecarga, perda de linhas
e, em última instância, um possível
blecaute no Sudeste.
Com o novo esquema, foi possível minimizar essas restrições, possibilitando um ganho
da ordem de 900 MW médios
de energia, que a rigor, pelos
procedimentos de segurança até então adotados, seriam
vertidos pela UHE Tucuruí. Com a perda desse montante de energia, aumentaria
a necessidade de geração térmica para suprir o Sudeste, o
que comprometeria a economicidade da operação. O Esquema Especial de Proteção
demonstra a preocupação do
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ONS com a garantia da segurança,
da continuidade e da economicidade do suprimento de energia elétrica, traduzida no dia-a-dia de trabalho de suas equipes.
Trabalho integrado
“O Esquema Especial é fruto de um
trabalho conjunto das equipes do
ONS e dos agentes envolvidos – Itaipu, Furnas e Eletronorte. Identificamos os riscos existentes, fizemos os
estudos iniciais e, junto com Gerência Executiva de Estudos Especiais,
Proteção e Controle (GPE) e com a
Gerência Executiva de Programação
e Desligamentos (GPD), aprofundamos o tema e elaboramos essa solução pioneira”, comenta o gerente executivo de Planejamento da Operação
(GPO), José Carlos Sili Salomão.
É importante ressaltar que todo esse
empenho por parte do ONS se justifica pela grande frequência com que
ocorrem os desligamentos desses dois
circuitos próximos à Itaipu. “Ao longo
dos anos, verificamos que a incidência
desses desligamentos era praticamente igual ao número de desligamentos
de circuitos simples no sistema. Ou
seja, a probabilidade da perda simul-
o do sistema e de equipes
tânea desses dois circuitos específicos é a mesma em relação a um único
circuito no SIN”, complementa Paulo Gomes, gerente executivo da GPE.
A viabilidade de uma
estratégia arrojada
Com base nos estudos realizados, foi
elaborado o Esquema Especial de Proteção. O desligamento das unidades
de Tucuruí é comandado por um sinal que percorre 3.500 km (veja mapa),
de Itaipu a Imperatriz, no Maranhão,
passando por cerca de 40 estações repetidoras, em apenas 33 milissegundos. Graças à velocidade desse sinal é
possível efetuar os desligamentos das
duas unidades geradoras de Tucuruí
em tempo hábil para a garantia da integridade do sistema. Mas não é só o
sinal que é veloz, as equipes dos agentes, que trabalharam em campo instalando os equipamentos necessários
para viabilizar o esquema, conseguiram realizar a tarefa em apenas dez
dias. “Tanto a integração das áreas do
ONS, como o trabalho conjunto dos
agentes, foi fundamental para o sucesso da operação”, avalia Rogério Amado, gerente de Planejamento da Operação Elétrica (GPO-1). E, por incrível
que pareça, logo após o trabalho ser
concluído, houve a necessidade de utilização do Esquema Especial, que passou no teste prático com louvor.
Agora, está em estudo a implementação de um segundo canal de comunicação entre Itaipu e Tucuruí. “Nossa
intenção é conferir mais confiabilidade
e seletividade ao esquema, além de tornar a operação ainda mais segura. Para
isso, estamos analisando as opções tecnólogicas para definirmos a mais adequada”, avalia Paulo Gomes, da GPE,
que, em agosto, passa a gerência executiva para Mauro Muniz (leia a entrevista abaixo).
Circuito interno
Em agosto, Mauro Pereira Muniz assume o posto até
então comandado por Paulo Gomes, na Gerência Executiva
de Estudos Especiais, Proteção e Controle (GPE) que,
por sua vez, irá assessorar a Diretoria de Planejamento e
Programação da Operação (DPP).
Mauro Muniz ingressou no ONS em 2000, após 15 anos de
trabalho na Promon Engenharia. Engenheiro eletricista pela
UFF, mestre em Eletrônica de Potência pela Coppe/UFRJ e
com mais duas especializações no currículo (Caise e MBA em
Gerenciamento de Projetos), Mauro procura passar o máximo de tempo possível com
sua esposa Vilmária e suas duas filhas: Victoria, de 12 anos, e Fernanda, de 7.
Quais as suas expectativas em relação ao novo desafio?
Quando tive conhecimento do processo de seleção, fiquei muito motivado por ser uma experiência nova para
mim, embora dentro da minha área de conhecimento. Quando entrei para o ONS, fui trabalhar na GAT1, depois, em 2004, assumi a GAT-3, mas ainda estava na mesma Gerência Executiva de Administração da
Transmissão e na mesma Diretoria de Administração
dos Serviços de Transmissão. Agora, com o novo cargo,
estou indo para outra Diretoria, ainda mais próxima da
operação. Acredito que será uma oportunidade muito
gratificante para mim. A GPE é uma gerência bastante estratégica para o Operador, responsável por processos de grande importância, com muito contato com os
agentes. Gosto de enfrentar desafios, pois eles possibilitam o nosso crescimento.
Como foi o processo seletivo?
Inicialmente, o comitê, formado por gerentes executivos ou profissionais com cargos acima, baseado na
análise curricular e nas avaliações de desempenho e
de potencial, selecionou quatro candidatos, entre os
inscritos no processo. Esses profissionais tiveram de
fazer uma apresentação sobre a GPE ao comitê, que
escolheu três a serem entrevistados pelo diretor de
Planejamento e Programação da Operação. Esta foi a
última etapa da seleção.
O que você espera da equipe da GPE?
Espero que cada um continue desempenhando o seu papel da melhor forma possível. Como eu também irei fazer, ouvindo as pessoas e buscando corresponder à expectativa que o ONS está depositando em mim.
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Reger:
sinfonia com
tecnologia de ponta
Como maestro do Sistema Interligado Nacional (SIN), o Operador Nacional vem
continuamente desenvolvendo novas metodologias, aperfeiçoando seus processos e
adotando tecnologias que garantam o cumprimento de sua missão institucional: operar
o sistema elétrico nacional com segurança e economicidade. A implementação de um
novo sistema de supervisão e controle, a Rede de Gerenciamento de Energia (Reger),
é um exemplo de sua determinação e um marco na atualização tecnológica do ONS,
que vem regendo essa grande orquestra que é o SIN.
A
assinatura dos contratos com
o consórcio Siemens-Cepel e
com a OSIsoft para desenvolvimento do primeiro ciclo do projeto Reger, efetuada em final de
junho, representa a entrada do Operador Nacional na maioridade tecnológica no que diz respeito às atividades de supervisão e controle do
SIN. Esse passo é fruto de uma longa reflexão, traduzida em um Plano
Diretor de Supervisão e Controle,
elaborado entre 2004 e 2006. “Em
2007, o Conselho de Administração do ONS aprovou o Plano Diretor. Vale ressaltar que o Reger é o
primeiro sistema que colhe os frutos do trabalho conjunto, desenvolvido no âmbito do grupo VLPGO
(Very Large Power Grid Operators),
onde foi estabelecida uma especificação de referência para sistemas de
gerenciamento de energia”, enfatiza Hermes Chipp, diretor geral do
ONS e presidente do VLPGO.
A partir da implantação de uma
plataforma unificada de supervisão
e controle, em substituição aos atuais recursos operacionais, que são
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providos por diferentes fornecedores, o ONS busca obter maior confiabilidade de seus processos. Com
a nova Rede de Gerenciamento de
Energia, além da unicidade da informação e do aumento da segurança informacional, o Operador terá
melhores condições para garantir a
continuidade dos processos de supervisão e controle, uma vez que
cada um de seus Centros de Operação poderá ter suas atribuições assumidas por um outro, sem prejuízo
ao sistema.
nova geração proveniente dos empreendimentos na região Amazônica, assim como para a integração
de tecnologias emergentes, como o
uso de sincrofasores (PMU)”, avalia Luiz Eduardo Barata, diretor de
Operação do ONS.
“Além de todos os ganhos tecnológicos, o sistema estará dimensionado para a ampliação da rede do SIN,
em particular para a incorporação da
Da esq. para a dir.: Guilherme Mendonça e Newton José
Leme Duarte, diretor e diretor geral da Siemens; Albert
Cordeiro Geber de Melo e Roberto Pereira Caldas, diretor
geral e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
do Cepel; e o diretor geral e o diretor de Operação do
ONS, Hermes Chipp e Luiz Eduardo Barata.
O projeto está dividido em três ciclos, a serem desenvolvidos em um
horizonte de cerca de 20 anos, conforme previsto no edital de licitação. O primeiro ciclo contratado
tem o prazo total de duração de seis
anos, com sua implementação em
duas fases. A primeira será concluída ao final de 30 meses. Assim, no
segundo semestre de 2011, o Reger
estará em funcionamento. As etapas
seguintes irão agregar novas e complementares funcionalidades ao sistema.
A modalidade de contratação adotada (Evergreen), de caráter inédito
no ONS, permite ainda assegurar a
atualidade da plataforma tecnológica ao menor custo. “Tivemos o máximo cuidado na definição da forma de contratação, uma vez que se
trata de um projeto de longo prazo.
Procuramos garantir a continuidade
do Reger, de acordo com os interesses do Operador. Embora o contrato
fechado seja apenas para o primeiro
ciclo, deixamos previamente acordadas as bases de negociação para a
contratação dos outros dois ciclos”,
explica Sergio Morand, assessor da
Diretoria de Operação e coordenador geral do projeto.
Com isso, foi possível garantir a manutenção do Sistema para assegurar o funcionamento em conformidade com os requisitos especificados
após a conclusão do período de garantia, com custos pré-definidos; a evolução do sistema para realizar aprimoramentos decorrentes de alteração
de requisitos, como novas funcionalidades; as renovações de hardware
e software, quando solicitadas pelo
ONS; e software assurance para assegurar o suporte e atualização das versões de software próprio e de terceiros.
Dada a sua significativa importância, várias áreas do ONS vêm trabalhando de forma integrada em
torno do Reger, envolvendo praticamente todas as diretorias.
Notas
O Reger foi subdividido no Plano
de Ação do ONS em três projetos:
11.14, 11.15 e 11.16.
ONS reunido com agentes
do Sul e do Mato Grosso do Sul
O projeto 11.14, coordenado por
Hiram Toledo dos Santos, referese ao trabalho de desenvolvimento, propriamente dito, do novo sistema de supervisão e controle e
que será elaborado pelo Consórcio
Siemens-CEPEL.
À frente do 11.15, Marco Aurélio
Quadros vem se dedicando ao projeto voltado à gestão da mudança,
que tem por objetivo desde a implantação nas diversas localidades
do Operador de toda a infraestrutura necessária ao Reger até a descontratação dos atuais Sistemas de
Supervisão e Controle do ONS e a
revisão dos Procedimentos de Rede.
Coordenado por Orlando Riccieri,
o projeto 11.16 busca promover a
integração da Base de Dados Técnica e de aplicativos corporativos
com o novo sistema, o provimento
de suporte da infraestrutura de TI
corporativa ao Reger bem como a
especificação e contratação das redes de comunicação necessárias.
A implantação do Reger trará avanços significativos para a operação bem como para outras áreas do
ONS que utilizam informações do
tempo real como insumo. Essa facilidade será proporcionada por uma
poderosa ferramenta – o historiador PI, da OSIsoft –, pela qual será
possível disponibilizar um banco
de dados históricos da operação em
tempo real para toda a corporação.
Nos dias 9 e 10 de julho, foi realizada a 1ª Reunião
Técnico-Gerencial com os Agentes da Região Sul e Mato
Grosso do Sul de 2009, em Florianópolis. Cerca de 50
profissionais, representando 30 empresas, estiveram presentes ao evento. A reunião buscou esclarecer as atividades desenvolvidas pelo Centro Regional de Operação Sul
(COSR-S) e pelo Núcleo Sul (NSUL) visando à otimização
dos resultados para todos os participantes do Sistema
Interligado Nacional. Além disso, teve por objetivos intensificar a integração do ONS com os agentes, estimular
a apresentação de sugestões de melhoria para o sistema
e promover o envolvimento das equipes do COSR-S e
do NSUL e dos agentes com os novos conhecimentos e
desenvolvimentos relacionados à região. Entre os temas
tratados, assuntos envolvendo a operação do sistema,
acesso, PAR, PAR/DIT, planejamento elétrico da operação, intervenções, estudos especiais, proteção, programa
de geração, previsão de carga e hidrologia.
Redes neurais
Recentemente, a engenheira Luana Gomes, do Núcleo
Norte/Nordeste, apresentou à Companhia Energética de
Minas Gerais (Cemig) os resultados do Modelo Neuro3M,
baseado na técnica de redes neurais, que será aplicada
na previsão de vazões naturais afluentes ao reservatório
de Três Marias. Na mesma ocasião, Luiz Guilherme Ferreira Guilhon, engenheiro da GPD-3, abordou os aspectos
institucionais referentes aos projetos em andamento no
Subgrupo de Hidrologia do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento de Modelos e Aperfeiçoamento Metodológico
do Planejamento e Programação da Operação (GT2),
coordenado pelo ONS e a CCEE, congregando todos os
agentes da operação e do mercado.
Dentre os dados requeridos pelo modelo Neuro3M, destacam-se as informações de precipitação prevista, obtidas
pelo modelo numérico de previsão de precipitação (ETA),
além de dados fluviométricos e pluviométricos.
Esta metodologia foi aprovada pelos agentes de geração
na 14ª reunião do Subgrupo de Hidrologia, realizada em
junho. Atualmente, o ONS está trabalhando para a automatização do modelo e, posteriormente, será solicitada à
Aneel a autorização para utilização do Neuro3M nas previsões de afluências a serem usadas no Programa Mensal
de Operação e suas revisões.
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Um passeio pela França
Dicas
Maria Helena Teles de Azevedo, engenheira de sistemas de potência da
Gerência de Metodologias e Modelos
Energéticos (GMC-2), dá a dica do mês.
Atraída pela proposta de leitura de um manual de liderança, baseado numa história real, comecei a ler “Shackleton – uma lição
de coragem”, de Margot Morrell e da jornalista do Wall Street
Journal Stephanie Capparell, livro indicado no Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) do ONS. Minha grande surpresa
foi descobrir, por trás das estratégias de liderança apresentadas
pelas autoras, a extraordinária história de um visionário explorador do Pólo Sul chamado Ernest Shackleton, que teve como feito
mais fascinante transformar uma de suas expedições, interrompida por acontecimentos que a conduziriam a um trágico fracasso,
em uma vitoriosa lição de liderança e sobrevivência.
Assim, motivada a conhecer mais profundamente a história desse
navegador irlandês, li, em seguida, o livro de Alfred Lansing, intitulado “A incrível viagem de Shackleton – a saga do Endurance”,
que reconstitui, a partir de documentos e entrevistas com sobreviventes, a incrível Expedição Imperial Transamérica.
Essa expedição teve início em 1914, partindo da Inglaterra em
direção ao Pólo Sul, visando atravessar por terra todo o continente antártico, a partir da Baía de Wensel. Devido às péssimas
condições climáticas, o navio, denominado Endurance, ficou preso
em uma imensa banquisa, até ser totalmente por ela destruído,
iniciando para a sua tripulação, formada por 28 homens, uma
luta por sobrevivência em um ambiente inóspito e hostil, que durou cerca de dois anos. O mais incrível é que todos sobreviveram.
O livro de Alfred Lansing é uma ótima dica para quem gosta de
biografias de grandes líderes, assim como para quem gosta de
histórias reais, repletas de situações
inusitadas. Boa leitura!
Título: A incrível viagem de
Shackleton – a saga do Endurance
Autor: Alfred Lansing
Editora: José Olympio
Ano: 1989
Participe também!
Mande suas dicas para o Ligação: [email protected]
Em julho, inspirado no Ano da França no Brasil, o
Programa de Endomarketing promoveu dois eventos
que estimularam os sentidos dos colaboradores: a
exposição “A França dos seus olhos” e a palestra
“Tour de France des Vins – um passeio pelos aromas
e a produção francesa”.
A
mostra “A França dos seus
olhos”, aberta a visitação no
Escritório Central de 17 de
julho a 14 de agosto, reúne 52 fotos de 26 colaboradores do ONS.
“Tivemos um retorno muito positivo dos colegas à solicitação de
material para a exposição, não só
em número como em qualidade”,
ressalta Jaqueline Marques, analista de comunicação da Assessoria de Comunicação e Marketing, responsável por coordenar e
montar a exposição.
A intenção da iniciativa foi revelar o olhar apurado e o senso estético dos “fotógrafos”, que visitaram a França entre 1990 e 2009.
A montagem da exposição foi
contextualizada nas estações do
ano, apresentadas em três partes,
tendo como fundo o bleu-blancrouge da bandeira francesa.
Já envolvidos pelos ares franceses,
no dia 23 de julho, os colaboradores do Escritório Central puderam “degustar”, teoricamente, os
vinhos de diversas regiões do país,
num verdadeiro “Tour de France
des Vins”, tendo como guia Jeanne Marioton, especialista na área.
A viagem começou em Alsace, na
fronteira com a Alemanha, passando por Bourgogne, Provence,
Bordeaux, Loire e Champagne,
só para citar parte do roteiro. Para
deixar a platéia com mais “vinho
na boca”, foram sorteados cinco exemplares do livro “Vinhos –
uma festa dos sentidos”.
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