Grupo de Amigos do Museu do Oriente
Boletim Informativo nº 12 – MARÇO 2013
EDITORIAL
A um mês da nossa Assembleia Geral queremos
anunciar duas notícias relevantes: a primeira é que a
nossa associação já foi reconhecida como sendo de
interesse cultural, o que permite aos nossos amigos
fazer mecenato e patrocinar iniciativas mais amplas,
seja no apoio ao serviço educativo, seja na aquisição
de peças ou apoios a exposições. No âmbito deste
movimento, vamos relançar o concurso para as
escolas carenciadas conceberem um projecto sobre um
de quatro países asiáticos: China, Japão, Indonésia e
Tailândia. A segunda notícia, foi a nossa primeira
viagem ao Oriente - à Índia---Rajastao, Goa,
Bombaim, Aurengabad - que foi um sucesso! O grupo
de 32 pessoas quase todas hoje novos associados, foi
interessado, pontual, super simpático e sempre muito
bem disposto. Muito obrigado, e venham colaborar
connosco, pois deram-nos coragem para organizar a
segunda viagem à Índia do sul e a Sirilanka [ o velho
Ceilão], sendo opcional a viagem às Maldivas. Desta
vez, serão menos templos, mas com muitas paisagens
magníficas, extensas plantações, vida selvagem e
lindas praias. A viagem está prevista para meados de
Janeiro de 2014. Agradecia que reservassem o dia 15
de Março às 18h para virem à nossa Assembleia
Geral, na sala Beijing no Museu do Oriente, onde
terão o programa completo das actividades para 2013,
noticias do site, etc. Todas as sugestões para
dinamizar o nosso grupo serão bem vindas. Contamos
com a colaboração de todos. Não se esqueçam que um
amigo pode sempre trazer novos amigos e podem ficar
para jantar. Pedimos apenas um e-mail a avisar para a
reserva no restaurante. Esperando vê-los em grande
número no dia 15 de Março na nossa Assembleia
Geral.
Maria Otília Medina.
Presidente da Direcção
1 –ENTIDADE DE INTERESSE CULTURAL
Por Declaração do Secretário de Estado da Cultura,
emitida em 4 de Dezembro de 2012, o GAMO obteve
o reconhecimento de interesse cultural para efeitos de
Mecenato.
1 – ASSEMBLEIA GERAL DO GAMO
A reunião ordinária da Assembleia Geral do
Grupo de Amigos do Museu do Oriente realiza-se
no dia 15 de Março, às 18:00 horas, na sala
Beijing do Museu do Oriente, com a seguinte
ordem de trabalhos:
1) Apresentação, discussão e aprovação do
relatório e contas do ano 2012.
2) Apresentação do plano de actividades
para 2013.
3) Discussão e aprovação do orçamento
para 2013.
4) Novos membros dos órgãos sociais
5) Outros assuntos de interesse.
Grupo de Amigos do Museu do Oriente
Museu do Oriente
Avenida de Brasília, Doca de Alcântara (Norte). 1350-352 Lisboa
Email:[email protected] Site:www.amigos-museu-oriente.pt
3 – PRÓXIMAS ACTIVIDADES DO GAMO
Em 15 de Março terá lugar a Assembleia Geral do
GAMO.
Pintor Charles Chauderlot no Museu do Oriente,
seguida de almoço no Restaurante.
Em fins de Março está prevista uma visita guiada à
Igreja de Santa Catarina/Biblioteca do Convento dos
Paulistas.
Finais de Junho visitaremos o Convento dos Cardais,
seguido de lanche no Refeitório do Convento.
Em 21 de Abril visitaremos as Quintas da zona de
Setúbal.
Em Maio está previsto realizar-se no fim de semana
de 17,18 e 19 visita aos Solares e Palácios do Dão,
incluindo Viseu e seu património.
A 6 Junho teremos uma visita guiada pelo autor à
Exposição Macau, Memórias a tinta-da-china do
Em Julho haverá uma saída a Coimbra para visita ao
remodelado e ampliado Museu Machado de Castro.
Em Setembro haverá uma visita guiada ao Teatro de
São Carlos e Palácio do Conde de Farrôbo.
Em Outubro será organizada uma visita Casa-Museu
Anastácio Gonçalves.
Em 16 de Novembro terá lugar o nosso habitual jantar
de convívio.
As datas definitivas serão oportunamente comunicadas. Para mais informações contactar:
[email protected]
Maria do Rosário Alvellos 968044255
Ana Duarte 918416033
4 – RESUMO DAS ÚLTIMAS ACTIVIDADES DO GAMO
22,23 e 24 de Setembro – Guimarães. Capital da Cultura
No dia 22 de Setembro, às sete e meia da manhã, já
íamos, estrada-fora, ensonados, mas determinados, a
caminho de Guimarães, Capital da Cultura 2012,
numa viagem que prometia.
A primeira paragem foi no Mosteiro Beneditino de
Tibães, recentemente recuperado, onde decorreu o
almoço, e que visitámos (igreja lindíssima). Seguimos
para a capela visigótica de S. Frutuoso de Montelis,
erigida cerca do ano 600 pelo bispo bracarense São
Frutuoso para abrigar a sua sepultura, ao lado de um
mosteiro dedicado a São Salvador.
No dia seguinte, disfrutámos de um intenso programa
cultural em Guimarães visitando o Paço dos Duques
de Bragança, a Capela de São Miguel, o Castelo, tudo
debaixo de muita chuva, mas sempre sem desanimar.
O Centro Histórico da cidade, com as suas belíssimas
ruas estreitas e cheias de memórias do passado
também percorrido: Convento de Santa Clara, Praça
de Santiago, Passos do Conselho, Igreja da Oliveira.
As artes também não foram esquecidas com visitas ao
Museu Alberto Sampaio e à Plataforma das Artes,
local onde se encontra, em exposição permanente, a
colecção particular de José de Guimarães.
A viagem teve também uma componente musical – o
concerto da Orquestra de Macau no Centro Cultural
do Palácio Villa-Flor.
No último dia as visitas incidiram sobre duas casas
senhoriais: o Paço de São Cipriano (século XV), solar
que albergava os peregrinos a caminho de Santiago de
Compostela, e a Casa de Sezim, da Família Pinto de
Mesquita, com as suas salas revestidas a papel pintado
com cenas históricas da primeira metade do século
XIX e uma bela varanda, com vista para um jardim
paradisíaco, onde degustámos vinho produzido pela
Casa.
Não pensemos, porém, que a viagem não se ocupou
de gastronomia. Pelo contrário, além de termos
provado a comida Vimaranense em restaurantes
locais, o passeio incluiu um sumptuoso almoço na
Pousada Santa Marinha, tendo terminado com uma
visita ao convento. Regressámos, então, a Lisboa,
exaustos, mas muito animados. Falta, no entanto,
referir a boa companhia e a boa disposição que reinou
entre o grupo, para o que muito contribuiu o notável
trabalho das nossas organizadoras.
Teresa Pinto Coelho.
seiscentista, mostrando padrões, azulejos e painéis
figurativos de temática religiosa e profana.
18 Outubro às 11h – Visita à exposição Um Gosto
Português. O uso do azulejo no século XVII do
Museu Nacional do Azulejo.
Fomos recebidos pela Directora do MNA, Dra. Mª
Antónia Pinto de Matos e a visita foi guiada pelo
comissário da mesma Dr. João Pedro Monteiro e pela
Dra. Alexandra Curvelo na parte de azulejaria
religiosa. Esta visita levou-nos numa viagem pela
história da azulejaria - o Azulejo começou a ser
produzido em Lisboa cerca de 1560, e foi no século
XVII que se viria a afirmar como uma arte identitária
da cultura portuguesa.
Com os módulos de repetição, constituindo padrões –
cuja grande diversidade e criatividade se encontram
plenamente representadas na presente exposição –, o
Azulejo português começou a ser pensado como
elemento estruturante de arquitecturas, em
revestimentos interiores, por vezes monumentais. Na
mesma época, a Igreja e a Nobreza encomendaram,
para o revestimento dos seus espaços – igrejas,
conventos, quintas e palácios – azulejos figurativos
que reflectem o gosto, mas também a necessidade de
afirmação política e social de cada um destes grupos.
A exposição apresenta-se em cinco núcleos que dão
conta da riquíssima variedade da produção
.
6 de Dezembro às 18h – Conferência Porcelana
chinesa armoriada do séc. XVIII., pela Dra. Mª.
Antónia Pinto de Matos.
6 de Novembro às 11h – visita à exposição O Chá.
Do Oriente para o Ocidente do Museu do Oriente.
Depois do sucesso da visita realizada em Junho e a
pedido de alguns Associados repetimos esta visita que
foi guiada pela Dra. Raquel Martins.
Foi muito
participada, bem como o almoço informal que se
seguiu no restaurante do Museu.
22 Novembro – Jantar Anual do GAMO.
O convívio deste ano começou com uma visita guiada
pela Dra. Manuela Oliveira Martins à exposição O
Chá. Do Oriente para o Ocidente e durante a qual
foram servidos os aperitivos.
Seguiu-se o jantar cujo tema foi a Índia, destino da
primeira grande viagem organizada pelo GAMO.
Entre os numerosos convivas (esgotamos a lotação do
salão Macau) contamos com a presença do
Embaixador da India Senhor Brij Bhushan Tyagi que
proferiu umas palavras introdutórias no início do
jantar. Além da habitual tômbola, este ano com
prémios muito aliciantes, houve a surpresa de música
e dança indianas o que foi muito apreciada e
aplaudida.
Actual Directora do Museu Nacional do Azulejo em
Lisboa, Maria Antónia Pinto de Matos é uma das
especialistas de porcelana chinesa de exportação dos
séculos XVI a XIX mais respeitadas a nível mundial,
interessada particularmente nas primeiras peças de
encomenda, destinadas ao mercado português.
Estudou amplamente a cerâmica chinesa de
exportação para os mercados europeus, a sua
importância nas colecções privadas e é autora de
várias obras sobre o assunto
27 de Dezembro de 2012 a 10 de Janeiro de 2012
Visita Cultural à Índia – Rajastão e Goa.
Digam 33!
Sim, digam 33 e talvez tenham a sorte de fazer uma
viagem fantástica com 32 bons companheiros, fáceis,
obedientes, simpáticos e uma "chefe" única e prática
a resolver os problemas quotidianos que
inevitavelmente surgiram. Refiro-me à viagem que o
GAMO organizou em Dezembro de 2012.
Partimos um grupo de velhos e novos amigos, 34 ao
todo.
Óptima ideia essa de partirmos depois do dia 25.
Assim passámos familiarmente o Santo Natal e
depois a passagem do ano num pais fascinante -
a Índia onde durante 15 dias admiraríamos parte do
património da UNESCO.
É delicado falar-se da Índia pois é um país que ou
fascina e se adora ou incomoda e se repudia De facto,
para mim foi difícil enfrentar o insustentável olhar
dos miúdos que suplicavam a compra de um ou outro
artigo de artesanato ao preço de uma gota de chuva!
Comprámos, comprámos....
Índia, onde a mão de Deus fez uma natureza variada e
bonita, onde o homem acrescentou magníficas
construções e onde as manchas coloridas de saris no
meio dos campos também acrescentam beleza ao
registo dos nossos olhos.
Os meios de transporte foram variando conforme as
necessidades. Avião de Lisboa até Nova Delhi, via
Dubai e internamente avião, comboio, elefante,
autocarro e claro, algumas pequenas caminhadas!
A nossa visita começou por Nova Delhi, a nova
capital do Reino, que por vontade do Imperador Shah
Jahan, "destronou"
Agra.
A descoberta
do
programa iniciou-se da melhor maneira e teve logo
um impacto extraordinário para mim com a visita ao
Forte Vermelho, construção imponente que, como o
nome indica, é construído em pedra vermelha.
Imponente pela sua dimensão (tinha tido no seu
interior vários palácios onde eram recebidas as
Embaixadas estrangeiras pelos imperadores mongóis),
pelas lindas colunatas encimadas de arcos trabalhados,
pelos pátios e pela sua enorme beleza. Aí, dizem ter
estado encarcerado Shah Jahan que da sua varanda
de mármore via o Taj Mahal.
Visitamos exaustivamente Nova Delhi e Old Delhi
vendo o máximo possível em apenas um dia,
visitando as ruínas de Quwat-ul-Eslam, o Qutub
Minar, a sua Mesquita, o Iron Pillar que apesar da
sua perverta idade (data do sec. IV) não tem
ferrugem, passando pela rua mais comercial da
cidade, deliciámo-nos com um óptimo almoço num
sitio pacifico e paradisíaco. Inacreditavelmente a
nossa "chefe" conseguiu cumprir o programa todo!
Foi tão intenso e tão extraordinário, como aliás toda a
viagem, que não posso continuar a descrever o dia a
dia mas sim o que realmente mais me impressionou!
De avião chegamos a famosa cidade Khajuraho com
os seus templos esculpidos em pedra calcaria no meio
dum bonito parque com árvores, relva, buganvílias,
um ambiente calmo, longe da multidão do dia a dia. O
mais impressionante é o templo de Kandariya
Mahadeo uma espiral de figuras eróticas de deuses,
animais, ninfas, motivos vegetais, uma profusão de
arte e imaginação como que um livro de desenhos
animados em pedra. Julgo que aqui numa das base
dum templo vi um "episódio" que relata um grupo
de portugueses combatendo os invasores persas com
elefantes...
Por terra fomos de autocarro até Orchha, com um
motorista magico ou malabarista que nos conseguiu
transportar incólumes pelas ruas das aldeias ou pela
auto-estrada, no meio dos mais imprudentes
condutores que eu jamais vi (num pequeno parêntese
recomendo vivamente que os cardíacos não se sentem
na primeira fila do autocarro!). Em Orchha
deparámo-nos com um palácio lindo com um
enorme pátio e uma fonte no meio (hoje em dia sem
agua) à volta do qual corriam quartos, divisões com
varandas e terraços, pináculos e torres com dezenas
de “quiosques” no cimo. Ficamos rendidos ao
maravilhoso trabalho de renda de mármore que
decoram, com motivos diferentes, janelas e varandas.
Os corredores têm frescos inclusive nos tectos.
TUDO é verdadeiramente estonteante! Lindo!
Embarcamos, em Jhansi, a caminho de Agra, num
comboio "assim-assim, trem-trem, tuu-tuu" mas
nunca, graças a Deus, tão mau nem tão apinhado ou
congestionado como o que vimos na plataforma ao
lado. Enquanto esperávamos pacientemente o nosso
comboio, uma vaca pastava pacificamente e
indiferente aos viajantes, no meio dos carris.
No dia seguinte era a tão esperada visita à obra prima,
a jóia arquitectónica da Índia, o Taj Mahal mandado
construir pelo Imperador Shah Jahan como símbolo
do amor e da incomensurável paixão que nutria pela
sua mulher. Esperava-nos um nevoeiro cerrado que
egoisticamente não nos deixou, nem aos muitos
turistas que por lá circulavam, vislumbrar a
beleza daqueles jardins sem fim, com agua a correr no
lago central e no canal, e ao fundo "um poema de
amor escrito em pedra", o Taj Mahal em
mármore branco. Tudo o que se possa dizer é pouco
para se descrever tal bom gosto, tal amor, tal paixão!
A moldura da porta de entrada da fachada principal é
decorada com inscrições de versículos do Corão. As
paredes do monumento estão cobertas de baixos
relevos com flores e plantas, mosaicos com
motivos geométricos ou florais feitos com pedras
preciosas e semi-preciosas, nichos com nichos e
corredores de mármore trabalhado. No interior, no
meio um recinto fechado por uma cerca de renda
de mármore onde repousam a Imperatriz e o Shah.
Rajastan, casamento /união do poder, riqueza, bom
gosto, paixão pelo belo. Jaipur, "La vie en rose", onde
tivemos a nossa escalada, colina acima, a dorso de
elefante, até ao esplendor que é o Forte Amber com o
Jag Mandir com mosaicos de pedaços de espelhos
multicolores e dezenas de nichos vazios que fazem a
beleza das suas paredes. O Palácio Maharaja com os
enormes potes cobertos, de prata, onde o Marajá
transportou água na sua visita oficial a Londres. Aqui
a frase seria "le rose et le blanc ne s'epousent-ils
pas?" O monumento é todo em pedra rosa e decorada
com motivos brancos !
Seguimos inebriados de
tanta
maravilha
para
Udaipur que visitamos com curiosidade mas sem
nunca estarmos preparados para o que viria no dia
seguinte! 3 h de autocarro por caminhos de cabra para
chegarmos
a um bosque
dos montes
Aravali.
Ranakpur! A minha alma encheu-se de tristeza pelos
que não vieram e perderam a possibilidade de
verem uma das coisas mais bonitas, se não a mais
Bonita, que vi até hoje! Um sitio sagrado
de peregrinação para os jainistas. Foi construído em
63 anos, tem 24 cúpulas e 1.444 colunas esculpidas
em pedra, todas diferentes, demonstrando uma
imaginação e uma criatividade única, inimaginável,
indescritível e inigualável! A viagem poderia ter
acabado aqui para mim, mas ainda queria conhecer
Goa.
Por mais medo que tenha de andar de avião tinha que
ir a GOA. Incrível e comovente o ainda se sentir a
forte influência da presença dos portugueses nas
suas inúmeras igrejas, no nome das ruas, das lojas, do
nosso guia. No hotel onde ficámos, depois de
uma só noite de sonho no Forte Aguada, falei com o
grupo que animava o jantar. Quando souberam
que éramos portugueses vieram para o pé de nós e
cantaram tudo e mais alguma coisa em português
inclusive fado de Coimbra e marchas populares o que
nos levou a, bem dispostos apesar de muito cansados,
cantarmos em coro e improvisarmos uma marcha!
Falavam português e eram todos membros da
mesma familiar. Foi uma noite bem divertida.
Visitámos Velha Goa com as suas inúmeras e
grandiosas Igrejas e os seus Conventos e como não
podia deixar de ser, a Fundação Oriente onde fomos
amavelmente recebidos pelo seu Director com um
cocktail e a exposição do pintor António Xavier
Trindade.
No dia seguinte foi a vez de irmos ver algumas casas
famosas e bonitas nos arredores de Panjin entre elas a
da Sra. D. Maria de Lurdes Figueiredo Albuquerque
que pôs generosamente à nossa disposição a sua casa
em Loutulim. Visitámos a casa e as suas colecções,
tivemos uma noite cultural com música e danças
locais e jantámos.
Havia uma hipótese de se prolongar a estadia indo a
Aurangabad. Como a Índia não esta à mão de semear
da Europa nem ao virar da esquina do nosso
Continente, porque não aproveitar o já lá estarmos
para vermos mais! Abençoada hora em que assim
decidimos.
Perto de Aurangabad, distrito de Maharashtra, estão as
ruínas de Ellora. As suas grutas existem desde o sec.
V e foram construídas até ao sec. VII. Não
compreendi, nem compreendo ainda, como é que
naquela época sem os recursos técnicos e as máquinas
hoje existentes conseguiram escavar a rocha na
vertical (literalmente de cima para baixo) e terem um
resultado tão belo e grandioso. Como conseguiram
calcular a altura das colunas esculpidas, como
conseguiram realizar os elefantes e todas as esculturas
que lá admiramos. O templo Kailashnatha é duma
beleza rara. Tem vários andares, com esculturas no
seu interior e painéis de baixos relevos maravilhosos.
Corredores e escadas levam-nos de maravilha em
maravilha!
Uma das grutas "shaitya" tem a forma das
nossas igrejas, nave central separada das estreitas
naves laterais por filas de colunas esculpidas, no
fundo uma stupa com um Buda sentado. O tecto é
lindo e faz lembrar o fundo dum barco com traves e
tudo... Mas como ir a Ellora sem ir a Ajanta? É uma
montanha coberta de verdura e de floresta, onde nos
sec. II AC- VI DC monges budistas cavaram na rocha
os seus locais de oração e meditação. O espectáculo
de longe é impressionante, existem dezenas de grutas
na encosta da montanha (com a forma de um U
aberto, com um rio no vale) e um estreito carreiro que
dá acesso a esta fileira de "igrejas" e
mosteiros. Fomos subindo e descendo degraus para
ver o seu interior com as paredes cobertas de frescos
lindos de cores ainda vivas, que relatam
episódios sobre a vida e as incarnações de Buda.
Dão-nos igualmente a possibilidade de conhecermos a
vida social da época em pormenor, como era a vida da
corte, a vida doméstica, a vida da rua - reis, escravos,
mulheres, homens, crianças, pessoas de todos os
estratos sociais rodeados com flores, plantas, animais,
pássaros. Há ainda algumas grutas que têm esculturas
gigantescas de Budas em varias poses, até um Buda
deitado, mas a grande maioria está em pose de
meditação!
Meditar é o que mais apetece, meditar e pensar como
tal maravilha foi feita e quantos anos levou a ser
finalizado.
Meditem, pensem e não percam a próxima viagem
organizada por este único e extraordinário GAMO!
Isabel Monteiro
8 de Janeiro de 2013 – visita à exposição O Chá. Do
Oriente para o Ocidente do Museu do Oriente.
Esta foi a 3ª visita que organizamos a esta exposição e
tal como as anteriores foi muito participada, bem
como o almoço que se seguiu.
24 Janeiro de 2013 Visita à Fundação Carmona e
Costa
A Fundação Carmona e Costa recebeu na sua sede em
Lisboa o Grupo de Amigos do Museu do Oriente no
passado dia 24 de Janeiro para uma visita guiada ao
seu acervo, constituído por valiosa colecção de obras
criteriosamente seleccionadas de porcelana chinesa e
faiança portuguesa.
Será importante referir que estas peças constituem
apenas parte da colecção da Fundação, uma vez que
esta inclui igualmente pintura, escultura e desenho
contemporâneo,
maioritariamente
de
origem
portuguesa.
Este vasto património artístico foi recolhido pelos
fundadores Vitor e Graça Carmona e Costa ao longo
da sua vida tendo esta Fundação sido criada em 1977.
Esta visita rodeou-se de particular interesse tendo sido
conduzida por consagrados especialistas, a Dra. Maria
Antónia Pinto de Matos sobre a porcelana chinesa e o
Dr. Alexandre Nobre Pais para a faiança portuguesa.
É de referir que ambos têm obra publicada sobre as
peças da colecção da Fundação Carmona e Costa :
“Porcelana Chinesa da FCC” Maria Antónia Pinto de
Matos e Mary Salgado e “A Faiança Portuguesa da
FCC” Alexandre Nobre Pais e João Pedro Monteiro.
Maria do Rosário Alvellos
3 Fevereiro de 2013 Visita aos Paços do Concelho
Realizámos no passado dia 03 de Fevereiro uma visita
guiada ao edifício dos Paços do Concelho de Lisboa.
O anfitrião da visita – Arquitecto Ezequiel Marinho –
conduziu-nos, de forma bastante eloquente, pelos
vários espaços deste edifício, associando-o, numa
perspectiva
cronológica,
aos
principais
acontecimentos da nossa história desde o século
XVIII, ou seja, desde a sua construção inicial ocorrida
no período pós terramoto de 1755.
De então para cá, dois incêndios (1863 e 1996)
influenciaram as características e também os estilos
arquitectónicos nele presentes, mas, felizmente,
chegou até nós um espólio riquíssimo e que nos
permitiu viajar um pouco pela História da Arte
Portuguesa nos séculos XIX e XX.
Nesta surpreendente visita, que teve início na Sala do
Arquivo, passámos pela monumental escadaria
principal, e fomos percorrendo diversas salas onde
marcam presença os estuques trabalhados, os relevos e
as pinturas murais de grande valor artístico.
Destacamos o magnífico Salão Nobre e a Sala
Dourada, também chamada Sala da República, onde
numerosos quadros, peças escultóricas e mobiliário
fazem o deleite dos amantes das Artes Decorativas.
Não é todos os dias que se podem admirar pinturas de
Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa a
coexistirem com pintores mais contemporâneos, tais
como Maria Velez e Fernando Conduto.
Por fim, destacamos a presença de uma vasta
simbologia Maçónica na decoração das várias salas, o
que reflecte a influência desta organização política e
social no desenrolar da nossa história, sobretudo no
período republicano.
Ilda Curado
28 de Fevereiro visita à exposição O Chá. Do
Oriente para o Ocidente do Museu do Oriente
Mais uma visita guiada pela Dra. Raquel Martins,
seguida de almoço informal no restaurante do Museu.
Tal como as anteriores foi muito participada.
.
5 – COLABORAÇÃO COM O MUSEU DO ORIENTE
A direcção do GAMO tem vindo a colaborar com a
Direcção do Museu em actividades consideradas
oportunas por ambas as direcções, em especial na
vertente formativa e educacional. Neste âmbito da
colaboração perspectiva-se a realização de um
projecto com o Serviço Educativo do Museu e a
aquisição de um Roteiro da Expansão Portuguesa na
Ásia que deverá ficar situado à entrada do percurso
do Museu.
6 - ACTIVIDADES DO MUSEU DO ORIENTE
O Museu do Oriente oferece um extenso programa
de actividades – conferências, cursos, espectáculos
e oficinas - que pode ser consultado no site do
Museu www.museudooriente.pt
25 Janeiro a 27 Outubro, exposição Cartazes de
propaganda chinesa. A arte ao serviço da política.
Dessa programação destacamos:
9 de Março a 27 Abril Curso diários gráficos.
Formador: José Manuel Vieira Louro.
O chá. Do Oriente para o Ocidente. Inicialmente
prevista para terminar a 12 de Janeiro esta
exposição foi prorrogada até 31 de Março de 2013.
1 de Fevereiro a 30 de Junho, exposição Macau.
Memórias a tinta-da-china, de Charles Chauderlot.
28 de Fevereiro a 27 de Maio, exposição de
fotografias Do vasto e belo porto de Lisboa.
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