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Vol. XIX • N° 333 • Montreal, 16 de julho de 2015
Editorial
Por Norberto AGUIAR
D
A
epois do Campeonato Mundial de
Futebol Feminino disputado em seis cidades
canadianas, de costa a costa do país, mais uma
grande e importante competição desportiva
se está a disputar em sol canadiano. Trata-se
dos Jogos Pan-americanos, um evento desportivo que engloba todos os países da América, do Chile, a sul, ao Canadá. As provas deste Pan-americano desenrolam-se na província
mais populosa do Canadá e que dá pelo nome
de Ontário.
Com cerca de 10 mil atletas presentes, certamente que haverá alguns (muito poucos, o
que é pena...) de origem portuguesa, do Canadá,
dos Estados Unidos, certamente do Brasil, entre outros. Meaghan Benfeito, para já, é a nossa
representante mais visível e com ela, devido à
sua classe intrínseca, vem o destaque, não fosse
ela uma atleta de classe mundial.
Já com várias provas disputadas, o Canadá
está no bom caminho, aparecendo no primeiro
lugar da tabela classificativa. Para continuar? É
o que vamos saber mais à frente...
Também a Meaghan Benfeito já entrou
em prova. A nível individual e em duo. Em
Foto LusoPresse.
Cont. na pág 14
Jogos Pan-americanos
•
Por Carlos DE JESUS
gente vê-se grega para compreender o que se passa com a Grécia e com a
Europa.
Com os olhos colados nas páginas
dos jornais ou nos ecrãs de televisão, é evidente que o nosso raio de visão se estreita
e ficamos como que cegos pela árvore que
nos tapa a vista e não nos deixa ver a floresta.
Para já temos de nos afastar dos noticiários do dia-a-dia e darmos uma olhadela
para a geografia e para a história daquela
que foi a pátria da democracia se quisermos
compreender um pouco do que se passa.
Geograficamente o país está localizado no cruzamento da Europa, da Ásia, do
Médio Oriente e da África. Daí que a sua
história se encontre marcada por todas as
grandes sagas que marcaram o mundo ocidental.
Primeiro foi no seu seio que se deu
uma das maiores cisões do mundo cristão,
quanto Constantinopla decidiu separar-se
Satellite - Écran géant - Événements sportifs
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Benfeito vence + medalhas
A gente vê-se grega
•
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Cont. na pág 5
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16 de julho de 2015
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Editor: Norberto AGUIAR
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• Pedro Felizardo NEVES
• José Vieira ARRUDA
• Norberto AGUIAR
Diretor: Carlos de Jesus
Cf. de Redação: Norberto Aguiar
Adjunto/Redação: Jules Nadeau
Conceção e Infografia: N. Aguiar
Escrevem nesta edição:
• Carlos de Jesus
• Norberto Aguiar
• Osvaldo Cabral
• Adelaide Vilela
• Nuno A. Vieira
• Anália Narciso
• Jules Nadeau
Revisora de textos: Vitória Faria
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(Ver informações nas páginas 7 e 8)
L u s oP r e s s e
O mistério das contas
•
Por Osvaldo CABRAL
N
os últimos dias temos vindo a assistir a uma misteriosa ação de propaganda de
várias empresas do setor público regional.
É raro o dia em que não enviam para as
redações dos jornais uma folhinha anunciando
lucros, melhorias de resultados operacionais,
redução de dívidas a fornecedores, aumentos
de produtividade e por aí fora...
Nenhuma se dignou ainda a mostrar as
contas na íntegra.
A torrente começou imediatamente a seguir à divulgação da auditoria do Tribunal de
Contas à gestão da Verdegolf pela “Ilhas de
Valor”.
Alguém terá ficado incomodado com os
resultados divulgados e antes que se espalhasse
o vírus pelo restante setor empresarial público,
toca a divulgar notas de cada uma delas, cantando loas à gestão deste primeiro semestre, mas
sem divulgarem nenhum documento comprovativo para uma análise independente.
Começou com o IROA, depois passou
para a Fábrica de Santa Catarina, esta semana
foi a vez da SPRIH, aguardando-se agora as
restantes, se é que têm alguma coisa de positivo
para mostrar...
É engraçado como estas empresas não
têm pejo em anunciar lucros, quando é sabido
que vivem à custa dos subsídios, injeções de
capital e avales do governo.
Gerir uma empresa assim, até o padeiro
da minha rua.
Porque é que as contas não são divulgadas
na íntegra? Quais são os proveitos? Quais são
os subsídios e de que origem? Qual a dívida
comercial e bancária? Qual a justificação?
A estas perguntas, as referidas notas não
respondem.
A última nota, por exemplo, da SPRIH,
diz que a empresa encerrou o exercício económico de 2014 com um resultado líquido positivo em cerca de 39 mil euros.
Mas qual foi o volume de negócios? E a
origem dos subsídios?
Fala numa redução da dívida financeira em
cerca de 1,3%, o que não é nada. E qual é a dívida global?
A gestão da dívida de algumas obras públicas fora do orçamento da região merece ser
conhecida. Ainda bem que as novas regras do
perímetro da administração pública impõem a
contabilização da dívida da SPRIH como dívida
da região. Assim é mais transparente.
A esta ação, provavelmente concertada,
veio juntar-se também a SATA, numa conferência de imprensa inédita, para anunciar os
resultados do primeiro semestre... mas sem
direito a perguntas.
Ficamos a saber que os resultados, ainda
negativos, estão a melhorar.
Pudera. Depois de tanta asneira e de bater
no fundo, só podia melhorar com o clima que
se vive graças ao novo modelo de transporte
aéreo.
O que a SATA devia explicar é como enviou várias tripulações para Madrid, Londres e
Roma para formação sobre o Airbus 330 e
agora que regressaram da formação... não há
os aviões!
Gastaram-se dezenas de milhares de euros
para os pilotos voltarem para... os A310.
Agora, quando conseguirem o leasing dos
Página 2
A330 – que ninguém sabe quando acontecerá
– lá voltarão as tripulações para mais uma formação e mais uns milhares, porque esta já não
valeu de nada.
E é assim que se vai gerindo.
Mais: em pleno verão, a poucos dias de agosto, quando toda a gente já tinha notado
que a oferta de lugares para Lisboa estava a ser
menor do que a procura (até este jornal fez
manchete com isso há poucos dias), é que finalmente decidiram reforçar a oferta de lugares,
recorrendo a aluguer de aviões, já depois de
muitos açorianos terem pago passagens de 600
e 700 euros...
A todo este frenesim das empresas públicas regionais não deve ser alheio o aproximar
de eleições.
Os políticos adoram estas manobras.
Agora que haja gestores que lhes façam a
vontade...
•••
REBOLIÇO – O período oficial da campanha eleitoral ainda não começou e já vai por
aí uma grande peixeirada sobre quem leva a
bandeira no anúncio de medidas do governo
da república relativas aos Açores.
PSD e CDS estão de marcação cerrada,
mas o governo regional não fica atrás ao sentir-se ofendido por não ter sido o primeiro a
dar a notícia das low cost para a Terceira.
Vingou-se logo a seguir, com a conferência da SATA na Terceira e o forte ataque desferido ao líder social-democrata e ao governo da
república.
A linguagem que vai sendo utilizada por
membros do governo e da oposição não augura nada de bom.
Vai ser uma linda campanha eleitoral.
•••
FÉLIX RODRIGUES – Estou penhoradamente agradecido e não menos surpreendido
com a especial atenção que o Doutor Félix
Rodrigues dedicou à minha última crónica sobre a oportunidade perdida do CDS/PP-Açores na corrida eleitoral à Assembleia da República.
Percebo o seu incómodo, mas são ossos
do ofício de quem se mete nestas coisas da política e se expõe à apreciação dos comentadores
da nossa praça.
O artigo do cabeça de lista da coligação
CDS-PPM, em reação à minha análise, é uma
corroboração do que escrevi, porque não nega
nada do que é factual e apenas discorda daquilo
a que me atribui como “cinismo”.
A verdade é que não é cinismo nenhum
da minha parte. É mesmo realismo, baseado
na experiência e observação de quem conhece
os meandros da política regional há muitas
décadas.
Quanto ao grau de conhecimento dos eleitores açorianos em relação ao Doutor Félix
Rodrigues, aceito que seja uma questão de subjetividade, mas também permita-me que lhe
diga se está à espera de ser eleito apenas com
os votos dos “muitos amigos” que diz ter espalhado por estas ilhas, é uma questão de fé.
E em matéria de espírito não me meto. É
como acreditar que os fenícios descobriram a
Terceira. Tudo uma questão de fé...
Em resumo – e em abstrato – também tenho fé na bondade, na disponibilidade e no
sacrifício do Doutor Félix Rodrigues.
Como diz o nosso povo, só um “gajo
porreiro” é que aceitaria ser quarta ou quinta
escolha da lista que encabeça.
LP
Bilhete de Lisboa
Curiosidades – boas notícias de Portugal
•
Por Filipa CARDOSO
A
exportação de touros cresceu
1–
49% em 2014, face ao ano anterior, segundo
dados da Federação Portuguesa de Tauromaquia.
Foram exportados 207 animais para serem lidados em Espanha e França.
2 – Portugal importou mais bacalhau da
Noruega em 2014, mais 5 mil toneladas que no
ano anterior. Portugal é o maior cliente de bacalhau da Noruega.
3 – O Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (Centitivc), que se dedica à investigação, desenvolvimento e inovação, criou, com a têxtil A. Sampaio
& Filhos, uma nova malha, da espessura de uma
folha de papel, completamente hidrófila do lado
interior e capaz de repelir a água do lado exterior...
4 – Portugal volta a investir em resina com
grande potencial de crescimento. No passado
chegou a ser o maior exportador da Europa
com uma produção de mais de 100 mil toneladas. A China e o Brasil continuam a ser os maiores produtores, embora conste que terão começado a acusar o esgotamento do produto. A resina é utilizada na alimentação, indústria, construção, vestuário, medicina, sintéticos e em várias
aplicações.
4 – A empresa têxtil Carlos Sousa, em Santa
Maria da Feira, é especializada na produção de
slings (fitas de carga) e cintas de amarração e elevação, mais de 15 mil unidades por dia.
A empresa duplicou a faturação nos últimos quatro anos e tem como clientes a Secil, a
Cimpor e a Corticeira Amorim, para além de
exportar para a Bélgica, Dinamarca e Holanda.
5 – O setor da soldadura assegura mais de
30 mil postos de trabalho em Portugal e continua a crescer. Apesar de permanecer um setor
tipicamente masculino é liderado a nível europeu
por uma mulher, a portuguesa Luísa Coutinho.
Esta empresária dirige a European Federation of Welding, Joining and Cutting (EWF)
entidade europeia responsável pela certificação
de profissionais na área da soldadura, com sede
em Portugal.
6 – Quinze mil comerciais da marca de automóveis Mercedes, oriundos de 54 países, receberam formação em novos veículos, no Algarve,
perto de Albufeira. Foi feito um investimento de
10 milhões de euros e a formação foi focada em
quatro novos modelos, o S-Coupé, o GLA, a carrinha furgão V-Class, e o novo classe C.
7 – O vocalista da banda escocesa Wild,
Beau McClellan, vive em Loulé, no Algarve, há
cerca de 20 anos, desde que abandonou a carreira
de vocalista. Foi apresentador de televisão, produtor de moda e artesão de ferro forjado mas há
cerca de 10 anos pôs em suspenso a sua vida e
durante um ano correu mundo à procura do que
melhor se fazia em iluminação. Em 2007 ganhou
quatro prémios no concurso internacional de
design de iluminação Red Dot.
A partir de então Beau McClellan tornouse num dos maiores nomes do design de iluminação.
Como não pensa sair do Algarve promove,
em Loulé, o International Design Festival.
Mais uma vez registo iniciativas que me levam a acreditar num futuro melhor para Portugal. L P
16 de julho de 2015
L u s oP r e s s e
Convento. Ainda hoje ao lado esquerdo da
Igreja podemos observar o túmulo da primeira
Madre Superiora. Rosa Maria Joaquina de Sousa
ou Irmã ou Maria Madalena de Cristo, de seu
nome religioso, foi responsável pela Ordem.
Como mulher abastada que era, corajosamente
adquiriu o edifício mandando-o restaurar por
sua conta e risco. Esta caminhense veio a ser a
Orquestra de memórias de viagem
•
Por Adelaide VILELA (fotos e texto)
É
melhor acreditar que esta foi uma viagem de muito sucesso. Uma orquestra de memórias que animará o barco da minha vida por
terras e mares além. Trago boas recordações e
histórias para contar. De certeza que uma boa
parte, dos nossos leitores, deseja saber tudo,
ou não fosse esta a ordem natural do universo,
a curiosidade. E para descontrair apostamos já
que nada vai ficar por dizer, é daquelas coisas
que dá prazer lembrar.
No dia 4 de maio de 2015 cheguei a Lisboa.
Logo, com o grande primo Sérgio fui em boa
companhia até ao Porto.
Naquela cidade, na capital da cultura nortenha esperava por mim uma Sra. muito bonita
que dá por nome de Fátima Rodrigues. Uma
faialense que conheço há quase duas décadas e
que viveu uma parte da sua vida na ilha Terceira.
Um dia ainda jovem viajou para Lisboa, foi estudar, fez dela a professora digna de nota e por
lá ficou. Pouco tempo depois apaixonou-se
pela caridade e pelo benfazer e casou com um
Ser único, na Terra e no Céu. Felizmente ainda
lhe sobra muitos momentos para se dedicar
aos outros. Deus é o Fiel companheiro da Irmã
Fátima Rodrigues. A minha grande amiga é
freira há mais de 40 anos. Aqui começa a minha
viagem, na cidade do vinho com mais história
e mais vendido no mundo, o Porto. Quem
disse que este não foi o melhor sítio para abençoar e regar, com uma boa pinga, nas caves do
Douro, esta digressão poética?!
Foi maravilhosa a forma como tudo começou mas apanhamos nesse dia um vendaval
de se lhe ter respeito e medo. A tempestade
ceifou a vida a um homem, numa das cidades
do norte de Portugal, tendo ainda causado muitos prejuízos um pouco por todo o País. Mas
o dia viria a transformar-se numa tarde e noite
de calmarias no Convento de Santo António
em Caminha com muitos anjos da guarda, à
minha espera. Ali fiquei 9 dias a descansar. E
dali parti com a Irmã Fátima Rodrigues em
cumprimento de promessa. A minha doce amiga tinha para mim uma agenda bem carregadinha e cheia de LAÇOS E ABRAÇOS. Apresentamos então o livro no Convento para todas as Irmãs. Depois seguimos para a Lousada,
Porto (Rutis), Lamego, Vila Real, Fundão, etc.
Foi impecável a companhia desta amiga,
a tal ponto que um dia lhe disse: quem tem
uma amiga freira não vai a pé para o Céu. Não
fui para o Céu mas andei por vários paraísos
na terra. Depois de me despedir das Irmãs, fui
para os Açores, para a Covilhã e terminei as
“ditas férias” na Serra do Açor, na minha aldeia
Natal, onde aconteceu também o lançamento
do livro, promovido pela Junta de Freguesia
de S. Jorge da Beira.
Na próxima vez contar-lhes-ei detalhes
da viagem ao pormenor.
O Convento de Santo António em Caminha há séculos que serve de casa às Irmãs
Franciscanas e Acolhedoras. Foi fundado no
ano de 1618 e nele se abrigavam Frades. Quase
200 anos depois, a história conta que os Liberais mandaram extinguir as ordens religiosas
e encerrar os conventos. Ora, a congregação
das Irmãs Franciscanas e Hospitaleiras viria a
ser consagrada pelo Papa, no ano de 1876 e
desde então o Convento de Santo António
passou a ter muita importância para o Alto
Minho. A Mãe Clara, fundadora da congregação destas religiosas, teve um papel fundamental em Caminha a tal ponto que os restos mortais da Beata católica falecida no ano de 1899
chegaram a ser transladados para a Igreja do
Compre directamente ao fabricante
com ou sem instalação.
Página 3
primeira Madre Superiora, logo após a morte
da Irmã Clara do Menino Jesus. O convento
de Santo António em Caminha tem uma história digna de ser contada ao pormenor mas
hoje deixamos aos leitores este apontamento
e que a Mãe Clara siga a voz dos nossos saberes
e dizeres, para que possamos voltar com mais
palavras, histórias e memórias. L P
A nossa colaboradora, Adelaide Vilela, entre as Irmãs Franciscas. Ao lado, o Convento de Santo António, em Caminha.
A 31 de julho
Festa Julina
L
USOPRESSE – O Centro de Ajuda à Família organiza na sexta-feira, dia 31 de
julho, aquilo a que chama de Festa Julina.
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16 de julho de 2015
L u s oP r e s s e
Notas de Rodapé
O Rosto Humano De Deus
Em Livro De Cunha De Oliveira
•
Por Nuno A. VIEIRA
N
o ano de 1986, quando a explosão da nave espacial Challenger deixou o
povo americano em pânico e luto, o presidente Ronald Reagan, na sua eulogia, confortou a nação com a esperança de que os
sete astronautas deixaram a superfície da
Terra para tocar a face de Deus – to touch
the face of God. – O ano passado, com a
publicação do livro O Rosto Humano De
Deus, Cunha de Oliveira encontra a face de
Deus, nas palavras do apóstolo João, quando Filipe diz “Senhor, mostra-nos o Pai, e
isso basta”, ao que Jesus responde: “Há
quanto tempo que estou convosco, e não me
ficastes a conhecer, Filipe? Quem me vê, vê
o Pai. Como é que me dizes então, “mostanos o Pai? Não crês que Eu estou no Pai
e o Pai está em mim? As coisas que eu vos
digo não as manifesto por mim mesmo: é o
Pai que, estando em mim, realiza as suas
obras. Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai
está em mim; crede-o, ao menos por causa
dessas mesmas obras (Jo, 14, 5-11)”. O
“Rosto de Deus”!
Com a leitura do Rosto Humano De
Deus, o leitor seguindo as peugadas de Cunha de Oliveira, passará a referir-se à segunda pessoa da Trindade, como o Senhor
Jesus. É precisamente na contracapa do livro que o autor chama a atenção para a impropriedade do uso comum do nome Jesus
Cristo: “... é que Cristo não é nome de
pessoa mas de categoria; não é substantivo
mas adjetivo... que quer dizer ‘ungido’ e
donde nos veio o termo Messsias. Na Bíblia
‘cristos’ e ‘messias’ foram aqueles quem
Deus escolheu, predestinou e dotou de dons
especiais para poderem levar a cabo ações de
salvação”.
No Rosto Humano De Deus, Cunha
de Oliveira descreve a evolução do Cristianismo nos primeiros séculos da sua existência. Começa com noções preliminares sobre
Jesus de Nazaré: o Messias, o Filho de
Deus, Filho de Deus (sem artigo) e Filho
do Homem. Inclui tópicos como Jesus “o
homem” com pais biológicos. Jesus considerado, pelos seus contemporâneos, como
profeta com poderes especiais. A subalternidade do Filho em relação ao Pai. Como
título de Senhor não equivale a divindade.
Ainda, no que se refere à divindade, lê-se na
página 21: “Quanto aos Sinópticos, em parte alguma se pretende provar que Jesus de
Nazaré é Deus. Muito menos por uma
afirmação direta do mesmo”. O autor esclarece que “o dogma da divindade do Senhor Jesus... só foi definido pelo concílio de
Niceia I, no ano de 325”. É desta maneira
“que não se pode ser nem dizer católico sem
crer, ou acreditar que o Senhor Jesus de
Nazaré é Deus”, pg 19. Outro ponto de
exegese é: “A Ressurreição do Senhor Jesus
como obra de Deus e não d’Ele próprio”,
pg. 41.
Como o Cristianismo é uma religião nascida no e do Judaísmo, Cunha de Oliveira explica
a passagem deste para aquele, o corte subsequente do Cristianismo com o Judaísmo, a cristianização dos primeiros pagãos, perseguições
e o surgimento de heresias como desvios da
ortodoxia. Expõe o leitor aos concílios de Niceia I (325) e Constantinopla I (381), onde a
formulação do Credo não aparece isenta da interferência do Poder temporal, o que levou Valentiano I (364-375) a dizer que “ um leigo não
se devia intrometer nas questões da Igreja”.
As lutas, contendas, acusações e violências entre cristãos escalaram-se ao ponto do historiador romano Amiano Marcelino (330-395) escrever: “Não conheço feras mais perigosas e
inimigas dos homens, que os cristãos uns dos
outros”. Pg. 288.
Quanto à magna questão do Espírito
Santo, Cunha de Oliveira nota que “O pensamento cristão sobre o Espírito Santo, em
pleno século IV da Era cristã, e tanto quanto
no-lo permitem conhecer as fontes escritas de
então, não era nada ou muito pouco do que
pensamos, cremos e acreditamos hoje.” Acrescenta o seguinte quanto à pessoa do Espírito
Santo, como uma das da Trindade divina: “Esta
ideia da Trindade divina foi sendo elaborada
lentamente na Cristandade à medida que se
iam tomando como pessoas divinas o Pai... o
Filho... e o Espírito Santo). Pg. 260. Foi só
mais tarde, que a Trindade (Pai, Filho e Espírito
Santo) se tornou objeto obrigatório da fé católica.
O autor dedica o último capítulo do seu
livro à análise “de textos bíblicos de que não
resulta claramente a afirmação da divindade
do Senhor Jesus”, pg. 301, acabando por concluir que “...de acordo com o pensamento de
Paulo, há um só Deus – o Pai; e um só Senhor
– Jesus Cristo. De modo que uma é a divindade e o ser divino; e outra, a Soberania e o
ser senhor, o que não é, em rigor de termos, o
mesmo que ser Deus”. Pg. 339.
O teólogo Cunha de Oliveira baseia a sua
exegese no “primeiro fruto da literatura cristã” – os Evangelhos, actos dos Apóstolos e
Apocalipse”. Une a teologia de tipo narrativo
e histórico à teologia especulativa e filosófica
dos Padres Apostólicos, dos Apologistas Gregos e da Patrística. Refere-se ainda a autores
“contemporâneos dos apóstolos e da primeira
geração cristã: o judeu Flávio Josefo (37/38103, e os romanos Cornélio Tácito (55-115),
Plínio o Moço (61/62-112/113 e Tranquilo
Suetónio (69-141)”.
A análise do autor é feita a partir dos textos originais – aramaico (língua natal de Jesus),
hebraico e grego. A cronologia dos acontecimentos aparece inserida no seu contexto geográfico, cultural e semântico. (É de notar uma
evolução semântica na literatura patrística e
conciliar). O escritor detém-se na explicação
de certos hebraísmos e na definição de termos
que exigem contextualização ( ortodoxia, heresia, parúsia, servo, senhor, etc.; recorre à etimologia de palavras no texto original e define
diversos conceitos. Para facilitar a leitura do
Página 4
texto e a sua compreensão imediata, Cunha de Oliveira faz a transcrição direta
das citações bíblicas. A profundidade
de pensamento do autor e a mecânica
da exegese bíblica materializam-se numa
linguagem clara, erudita e elegante. Surpreendente é ainda a constante omnipresença que o autor revela de todo o conteúdo bíblico e diversas traduções, o que
lhe permite comparar, objetar e concluir. Não deixa de ser fascinante e elucidativo a perceção que o leitor toma do
que é fazer exegese e teologia.
O Senhor Jesus, no Seu tempo, enchia as pessoas de espanto com os seus
ensinamentos e revelações. O autor de
O Rosto de Deus também não parece
escapar a este espanto no seu estudo
das Escrituras: “...e agora porventura
para nosso espanto: O Senhor Jesus o
que Se considerava era um profeta. Naturalmente, como todos os que o foram
em Israel”, pg. 316. Penso que o eventual leitor desta obra – se encherá igualmente de um espanto esclarecido e reconhecido, apercebendo-se de que a linha de separação entre o divino e a vulnerabilidade humana é ténue e que só a
Fé lhe pode avivar a cor. Aliás, o próprio
autor, ao mencionar o recurso que o
evangelista João faz do simbolismo, clarifica que o “discurso sobre Deus” (pg.
321) não é fácil.
Ao explicar a origem etimológica
da palavra Igreja (assembleia, reunião),
o autor acentua como a Igreja, a princípio, foi uma Comunidade de Fé, e não
uma instituição como veio a ser a Igreja
católica. É assim que, remontando à Última Ceia, termino com uma citação de
Cunha de Oliveira, de natureza inspirativa e quiçá significativa do seu tecido
cristão pessoal: “Poderia acrescentar
mais esta observação : por este texto:
‘dei-vos exemplo’..., podemos ficar sabendo que a religião cristã é, acima de
tudo, uma religião de compromisso: pensar, como Ele pensou; sentir, como Ele
sentia; fazer, com Ele fez; servir, como
Ele serviu; amar, como Ele amou; perdoar, como Ele perdoou; enfim, ser como
Ele foi, tanto em relação a Deus, à Natureza e aos outros.” Pg. 128.
Poder-se-á dizer que Cunha de Oliveira, de diferentes maneiras, tem laborado uma vida inteira para responder às
perguntas de Quadrato no seu Discurso
a Diogneto (imperador romano), no
ano 125: “Primeiro, que Deus é este
que confiam e que espécies de culto lhe
prestam, para que assim todos eles (os
cristãos) desdenhem do mundo e desprezem a morte, sem que, por um lado,
creiam nos deuses que os gregos têm como
tais e, por outro, não observem as superstições dos Judeus. Depois, que amor é
esse que nutrem uns pelos outros. Finalmente, porque só agora aparece no mundo, e não antes, esta nova raça e este novo estilo de vida”. Pg. 185.
LP
MARIA
DA ENCARNAÇÃO
BOTELHO TAVARES
1942 – 2015
F
aleceu em Montreal, no dia 30 de
junho de 2015, Maria da Encarnação Botelho, natural de São Miguel, Açores, viúva
de Manuel Tavares.
Deixa na dor o seu filho António
Tavares (Fátima Cabral), a sua filha Maria
José Tavares (Robert Brûlé), os/as netos/
as Goretti (Luís de Sousa), Céline (Benoît
Deschamps), Paulo (Audrey Debut), Stéphanie, Joseanne e Alexandra, os/as bisnetos/as Anthony, Laureanne, Maryjade,
Maika, Agatha e Léonnie, os/as seus/as
sobrinhos/as, assim como restantes familiares e amigos.
Os serviços fúnebres estiveram a cargo
de:
MAGNUS POIRIER Inc.
7388 Boul. Viau, St-Léonard
Tel.:514-727-2847
www.magnuspoirier.com
António Rodrigues
Cel. 514-918-1848
O velório teve lugar no passado domingo, dia 5 julho 2015, das 18h às 22h,
e na segunda-feira, dia 6 de julho de 2015
a partir das 8h30.
Seguiu-se a missa de corpo presente,
na segunda-feira dia 6 de julho de 2015, às
10h na Igreja Santa Cruz, situada no 60
rue Rachel Ouest, Montreal. Foi sepultada em cripta, no Mausoléu Marie-Auxiliatrice no Cemitério Le Repos St-François
D’Assise.
Renovaram com profunda saudade,
a missa do sétimo dia, na terça-feira dia 7
de julho de 2015, às 18h30 na Igreja Santa
Cruz. A missa de um mês de falecimento
terá lugar na quinta-feira 30 de julho, às
18h30 na Igreja Santa Cruz.
A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que, de qualquer
forma, se lhes associaram neste momento
de dor. A todos o nosso obrigado pelo
vosso conforto. Bem Hajam.
António Rodrigues
Conseiller aux familles
7388, boul. Viau
Montréal (Québec) H1S 2N9
Général : 514 727-2847 / 1 888 727-2847
Télécopieur: 514 727-2848
Ligne directe : 514 727-2828 poste 1313
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LP
16 de julho de 2015
L u s oP r e s s e
Página 5
«Os Chineses de Macau»
Um antropólogo francês ausculta a população de Macau
•
Por Jules NADEAU
P
ara aqueles que amam Macau, «The
Chinese of Macau: A Decade after the Handover», leva-nos num sobrevoo mas ao nível
do chão. À flor da terra. O autor dá-nos muitos
nomes de sítios, de factos, e fornece-nos os
dados concretos da sua própria pesquisa. Para
além das generalidades que todos leram nos
jornais, evitando contudo as digressões. Encontrei aí alguns personagens familiares. Por
exemplo, o nome do excelente fotógrafo francês Franck Regourd – outro especialista de Macau e amigo do nosso colaborador Amílcar
Martins – que prestou serviços preciosos ao
jornalista do LusoPresse.
O Dr. Jean Berlie possui toda a competência necessária para analisar o elemento humano
de Macau. Nascido em África do Oeste nos
anos 30 e de nacionalidade francesa pela sua
família (funcionários no Togo), o investigador
tem uma formação sócio antropológica graças
a diplomas de duas universidades francesas.
Grande viajante e poliglota, já escreveu várias
monografias entre as quais sobre Timor Oriental, a Birmânia e a China – para não citar senão estas. O detentor da Legião de Honra também exerceu a profissão de piloto de avião para algumas companhias como Air France, o
que explica o seu conhecimento do território
asiático.
(No momento de escrevermos estas linhas, infatigável mas muito amável, Jean Berlie
diz-me estar em Sidney, na Austrália, a trabalhar
no seu próximo manuscrito – de que esperamos ter as primícias na devida altura.)
O seu segundo título sobre Macau
O professor Jean Berlie já publicou uma
compilação duma dezena de capítulos intitulada
«Macau 2000» nas edições da Universidade de
Oxford. Especialistas de diferentes formações
traçaram aí um retrato da ex-colónia portuguesa no momento da retrocessão do 20 de dezembro de 1999. Além disso, o especialista
tem a vantagem da observação a longo prazo
pois tem visitado o «confetti português» desde
1972, na época da Revolução Cultural. Graças
aos seus trabalhos sobre Timor Oriental pode
também fazer comparações judiciosas. O Brasil
é evocado quando fala da popularidade da capoeira na praça pública.
As distinções que faz entre Chineses de
origem cantonesa, hokkien, teochew e hakka
são tão esclarecedoras – guardadas as devidas
proporções – como as que distinguem os compatriotas de Braga, Lisboa, Funchal e Água de
Pau. Sobre uma população próxima de 600
000 almas, mais de 100 000 Macaenses possuem um passaporte português, isto é, a nacionalidade portuguesa e o direito de residência em
Portugal. Portanto, a importância do português diminui em proveito do mandarim e do
inglês: é o impacto do rolo compressor de Pequim e da província vizinha de Cantão.
Quem viu a Cidade do Nome de Deus em
1972 custa a acreditar na sua ficha atual. Segundo o «Guardian», o reino do Bacará classificava-se em 2013 em quarto lugar mundial em
termos de PNB por habitante (a seguir ao Luxemburgo, à Noruega e Qatar, ultrapassando
BENFEITO...
a orgulhosa Suíça). No mesmo ano, os rendimentos provenientes do jogo dos 35 casinos
eram sete vezes mais elevados que em Las Vegas, segundo o «Wall Street Journal». Cerca
de trinta de milhões de turistas por ano. As estatísticas de 2014-15 constatam uma baixa de
rendimentos, mas Macau continua a ser a Meca
mundial do jogo.
Um investigador poliglota
Com a ajuda do seu questionário (ver em
apêndice «Qui êtes-vous?»), durante dois anos,
Jean Berlie «laboriosamente» trabalhou no terreno interrogando 225 pessoas sobre a sua
ADN: origem, língua, religião, etc. Ele descreve
assim um fenómeno de globalização muito
interessante que pode quantificar. Não sendo
nem chinês nem português, o observador francês partiu dum ponto de vista neutro. Era preciso alguém que conhecesse o mandarim e o
cantonês, o português e o inglês para levar a
bem um inquérito deste género. O seu CV
menciona que ele fala uma quinzena de línguas.
Pessoalmente, gosto da importância que
o prolífico investigador dá às associações sociais, culturais, religiosas, assim como profissionais e regionais, enumerando o nome dos
seus representantes. Homens e mulheres. A
fibra íntima desta sociedade multicultural. Ele
interessa-se pelo pitoresco evento do «Dragão
bêbado», que me tinha mostrado o meu amigo
Amílcar Martins. Depois, pela ópera cantonesa – maravilhosamente bem documentada noutro lugar por Franck Regourd. Sobre este assunto, Berlie fala de nova «sociologia visual»
fundada sobre a pesquisa fotográfica.
O livro de 248 páginas foi publicado em
inglês na Proverse, um editor de Hong Kong.
Este título está disponível na Amazon. Os
leitores podem facilmente baixá-lo para o Kindle por uma soma módica. Trata-se duma obra
de 2012, provavelmente a mais recente e a única
do género. Projeto ambicioso (pela iniciativa
da Fundação Macau e com a ajuda do Instituto
Internacional Macau) pois era preciso ter em
conta a «revolução dos casinos» do decénio
2000-2010, uma transformação económica
profunda que o autor teve em linha de conta.
LP
Cont. da pág 1
ambas as provas, Meaghan Benfeito subiu ao
pódio.
A primeira competição em que tomou parte a nossa jovem campeã luso-descendente foi
na prancha de 10 metros de saltos para a água.
Aqui, depois de ter namorado o primeiro lugar
durante alguns saltos, a verdade é que Meaghan
Benfeito não resistiu ao mau desempenho derradeiro, que a levou a terminar o seu trabalho
em terceiro lugar, uma posição nada consentânea com o seu valor. Na verdade, atendendo
às suas competidoras – sem as fortíssimas chinesas – Meaghan Benfeito tinha a obrigação
de vencer. Mas, como sabemos que em desporto nem sempre quem vence é melhor...
Já em duo (com a sua companheira de
sempre, Roseline Filion) e ainda na prancha
de 10 metros, Meaghan Benfeito competiu e
ganhou, não a medalha de bronze, mas sim a
medalha de ouro!
Seja como for, esta é mais uma participação desportiva internacional de grande alcance
para a nossa jovem luso-descendente, isto
quando se está a apenas um ano dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, onde ela marcará
presença pelo seu país, o Canadá. L P
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L u s oP r e s s e
16 de julho de 2015
Página 6
Saudades de Carlos Querido
•
Por Adelaide VILELA
C
Mayra Andrade, que bela cantora! Foto LusoPresse.
Mayra Andrade no Centre Phi…
Em espetáculo de grande classe!
•
Por Anália NARCISO
que tem 31 anos.
Acompanhada por quatro músicos, três
franceses e um que nos pareceu ser igualmente
oi na sexta-feira, dia 10 de julho, que de origem cabo-verdiana, Mayra Andrade tamfomos ao Centre Phi, casa cultural de multiu- bém mostrou o seu lado bonacheirão, falando
sos, se assim se pode dizer, assistir ao espetá- ao público num ou noutro intervalo das suas
culo de Mayra Andrade, uma jovem cantora de canções sobre a sua mãe, a mulher que mais a
inspira, sobre Cabo Verde, com o assunto indeorigem cabo-verdiana que desconhecíamos.
Fomos e, na verdade, não demos o tempo pendência em realce, etc... Foi no decorrer despor mal empregue, muito antes pelo contrário. sas suas tiradas que soubemos que Mayra AnApresentada como a pérola de Cabo Ver- drade já tinha, há sete anos, cantado em Monde, Mayra Andrade, que tem o seu poiso princi- treal, aproveitando ela a ocasião para agradecer
pal em França, bem merece aquele adjetivo, aos organizadores por a terem convidado de
pois trata-se de uma cantora de grande quali- novo.
O que também soubemos, claro que com
dade vocal, de deixar o público, como se viu,
rendido à sua categoria, já para não falar na sua alguma surpresa, foi que Mayra Andrade, com
apenas 16 anos, já tinha passado pelo Quebebeleza como mulher africana.
Adotando um estilo muito parecido com que. Foi em 2001, aquando dos Jogos da Frano da malograda Cesária Évora, Mayra Andrade cofonia, realizados na cidade de Gatineau. Macanta os ritmos cabo-verdianos, que se dizem yra Andrade participou nesses Jogos, no setor
ser as famosas «Mornas», de forma excecional, cultural, tendo mesmo sido galardoada com
para mais pimentada de muita sensualidade, um prémio.
De tal forma o público do Centre Phi esque até vem muito a propósito dado a sua bela
tava rendido à atuação da bela cantora africana
silhueta.
A sala, com toda a gente de pé, estava que todas estas considerações sempre foram
completamente cheia, para cima de 200 pes- acompanhadas de rasgados aplausos.
De todas as canções, interpretadas em crisoas, sei lá... E toda essa gente, do princípio
ao fim do espetáculo, que durou cerca de duas oulo, em português, em inglês e em francês, a
horas, aplaudiu Mayra Andrade de forma in- de que mais gostamos foi «Ilha de Santiago»,
condicional, rendida à classe da jovem cantora, um hino ao bocado de terra que a viu nascer.
Não sei se também
por ser ilhoa, aquela
canção ainda me está
Entrepreneur en
presente no espírito,
maçonnerie générale
quase uma semana
RÉSIDENTIEL COMMERCIAL
depois de a ter ouviINDUSTRIEL
do.
Termino com
um desejo: se souber
Norberto Martins
que a Mayra está em
Cell: 514 809-5333
lugar de a poder es19, av. Queen
Tél: 514 630-3434
cutar, é certo que lá esPointe-Claire (Québec)
Fax: 514 630-8424
H9R 4E8
tarei!
email: [email protected]
F
aros leitores, depois de uma longa
ausência estamos de volta às vossas mãos, para
mais umas leituras. Trago coisas a dizer, histórias para contar e sobretudo muitas saudades
da minha santa mãe. Não creio voltar a vêla… São três emes (m) na minha vida que se
esvanecem: Maria, mãe, mulher. Está doente a
mãe. O mundo gira à volta das suas 90 primaveras chegadas em maio e, dos seus 6 rebentos,
só esta filha esteve com ela para apagar as velinhas. Já é muita idade, e quando um ser humano não se pode deslocar penetra numa solidão
total, até que a morte venha. Sinto-me triste…
Sinto imenso desejo de voltar a Ponta
Delgada e a Portugal Continental, onde deixei
a mãezinha e os queridos e belos amigos. Como
Deus é criador, Jesus o salvador e o Espírito
Santo consolador, voltarei a todos os lugares
onde estive. Então abraçarei com carinho a
todos quantos me receberam principescamente e, talvez com sorte a mulher que me deu
o Ser ainda viva, a minha mãe.
Abordaremos memórias de viagem – entre
LAÇOS E ABRAÇOS – quando o nosso Jornal voltar de férias, e quando eu estiver recuperada da cirurgia que me vai incapacitar, por alguns meses.
Hoje tenho saudades daquelas que fazem
chorar a alma e tremer o coração… Não é fácil
recordar, quando as memórias se transformam
em sentimento de perda e de desconsolo. Morreu Carlos Querido há um quarto de século e
nós não podemos nem devemos esquecê-lo.
Se eu fosse dona de alguma coisa, em particular,
e se tivesse poderes a esta hora já o nome
QUERIDO estaria marcado, com cunho de
dignidade e de respeito, num dos bancos da
rua St. Laurent, ou noutro lugar, por onde passou este Grande Homem.
Foi um dos melhores e mais dinâmicos
representantes da língua e da cultura portuguesas, na comunidade portuguesa de Montreal,
com a sua esposa Luísa e o filho de ambos,
Pedro Querido; foi umas das pessoas mais carismáticas que pude conhecer até aos nossos
dias. Carlos Querido deixou-se morrer por bem
fazer a tudo e a todos, de uma forma tal que
volta não tem. Apesar de ter perdido o canal
que dirigia – Estamos no Québec – para
as mãos do falecido Paulo Cabrita, durante 3
anos, nunca deixou de amar seu povo com
modéstia e sinceridade. Era um cidadão tão especial que num piscar de olhos conquistava
graúdos e miúdos, tal era a sua bondade e saber
estar.
Corria o ano de 1978 quando o próprio
Sr. Cabrita, que tinha ficado com o Programa,
quis regressar a Portugal e suplicou a Querido
que voltasse a tomar as rédeas da Televisão
Portuguesa, até então única em Montreal, como programa luso.
Apesar dos poucos recursos tecnológicos
disponíveis Carlos Querido dinamizou o programa e cada vez mais se familiarizava com as
técnicas de comunicação para que o povo português de Montreal ficasse agradado com o
serviço púbico que defendia de alma e coração.
Há muitos anos que a língua de Camões
se espalha à boa maneira nesta cidade cosmopolita de Montreal. Vejamos: Carlos Querido havia adquirido os direitos de publicação e de divulgação, com um grupo de portugueses, em
outubro de 1973. Entre eles consta o nome de
Manuel Teixeira que fazia uma crónica de 15
minutos. O referido grupo (de gente boa) nasceu em 1971 para dar assistência a pessoas com
baixo rendimento e intitulava-se ASSISTÊNCIA SOCIAL. Importa dizer que Carlos Querido elaborou um projeto para que a sua comunidade pudesse vir a ganhar um canal de teCont. na Pág. 14...
LP
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Carlos Querido ao tempo do programa Luso-Québécois. Em cima, Luísa Querido
no elogio ao malogrado marido.
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Directeur : Carlos de Jesus
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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE
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16 de julho de 2015
Morte de Maria Barroso
Também
nós estamos de luto!
•
Por Norberto AGUIAR
P
rimeiro foi o internamento, por
uma maldita queda. Depois foi a notícia
do estado grave em que se encontrava. Finalmente, numa terceira etapa, veio a notícia que tanto temíamos mas que se esperava
dado o seu estado físico e respetiva idade:
Maria de Jesus Barroso morreu!
A Dra. Maria Barroso foi durante anos
nossa conhecida apenas através dos órgãos
de comunicação social escritos e falados.
E pelo que líamos ou ouvíamos, ela conquistou-nos, passando a ser uma das Mulheres que mais admirávamos em Portugal.
E admirávamo-la pelas posições e temáticas
que defendia, quase sempre tombando do
lado de obras de grande alcance, de apoio a
causas nobres.
A Dra. Maria Barroso presidiu, nomeadamente, à Cruz Vermelha Portuguesa e à
Associação Pro Dignitate. Foi atriz e deputada à Assembleia Nacional. Também participou na fundação do Partido Socialista.
Por ser casada com Mário Soares assumiu,
como é óbvio, as responsabilidades que
incumbe a uma primeira-dama do país.
Atrás falámos na admiração que sempre nutrimos pela Dra. Maria Barroso. De
modo que sempre tivemos por objetivo
chegar à fala com ela. Na primeira vez que
a vimos pessoalmente, em 1989, aquando
da Presidência Aberta do Presidente da República, precisamente Mário Soares, nos
Açores, não tínhamos nem assunto nem
à vontade para isso. Mas a ideia persistiu
até que, numa das nossas idas a Toronto,
demos com ela num colóquio organizado,
se não estamos em erro, pela professora
Manuela Marujo. No fim da palestra, com
algum nervosismo, é verdade, abordámola. O nosso «entretien» não demorou mais
que uns cinco a 10 minutos. A razão da
conversa? Que sonhávamos com a possibilidade de ela, um dia, vir falar às Mulheres
da Comunidade Portuguesa do Quebeque
num dos Dias da Mulher do LusoPresse...
O resultado da inesperada mas inesquecível conversa foi de que «o Norberto
convida e eu aceito», atalhou-me ela depois
de precedentemente ter perguntado qual
era o meu nome.
A história tem o seu fim quando algum
tempo (anos) mais tarde a Dra. Maria Barroso participou no Dia da Mulher do LusoPresse. Resta dizer que a festa foi muito
bonita, tendo até contado com alguns deputados e a ministra da Imigração e das
Comunidades Culturais do Quebeque, Lise
Thériault, hoje vice-primeira-ministra do
governo de Philippe Couillard.
Por ser meramente de âmbito pessoal,
algumas felizes considerações sobre o nosso contacto e a posterior visita da Dra.
Maria Barroso a Montreal ficam para um
livro de memórias, caso tenhamos capacidade, tempo e disposição para tal.
LP
L u s oP r e s s e
Página 9
MARIA BARROSO...
ATRIZ, ATIVISTA E «... MULHER DO POVO»
L
ISBOA - Maria Barroso, que morreu
no passado dia 7 de julho aos 90 anos, destacou-se como atriz, declamadora e ativista política e ao longo de 66 anos acompanhou a vida do histórico líder socialista e antigo Presidente da República Mário Soares.
Maria Barroso casou em 1949 com Mário
Soares, de quem tem dois filhos, João e Isabel,
e foi uma das fundadoras do Partido Socialista
(PS), na Alemanha, em 1973.
Maria de Jesus Barroso Soares, nascida a
02 de maio de 1925, na Fuzeta, Olhão, formouse em Arte Dramática no Conservatório Nacional, em 1943, e licenciou-se em História e Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, onde
conheceu aquele que seria o seu marido.
Viriam a casar-se quando o fundador do
PS se encontrava preso por motivos políticos.
Maria Barroso estreou-se como atriz no
Teatro Nacional, em 1944, na companhia Amélia Rei Colaço/Robles Monteiro e na peça
“Aparências”, dirigida por Palmira Bastos, tendo o papel na peça de José Régio “Benilde” sido considerada uma das suas interpretações
mais memoráveis.
Destacam-se ainda participações no cinema, em vários filmes como “Mudar de vida”,
de Paulo Rocha, ou “Le soulier de Satin”, de
Manoel de Oliveira.
Foi professora no Colégio Moderno, fundado pelo sogro, João Lopes Soares, mas chegou a ser proibida de ensinar durante o Estado
Novo.
Em 1969, candidatou-se a deputada pela
Oposição Democrática, tendo sido a única mulher a intervir na sessão de abertura do III
Congresso daquela organização, em 1973, em
Aveiro.
No mesmo ano, participou, na Alemanha,
na reunião fundadora do Partido Socialista. Na
altura, votou contra a ideia de fundação do PS,
o que muito aborreceu Mário Soares.
“Julgávamos que não era bem a altura de
formar o PS, devíamos esperar um bocadinho
antes de tomar a decisão. Estávamos errados e
Mário Soares estava certo, a História provouo”, disse a própria numa recente entrevista ao
jornal i a propósito do seu 90.º aniversário, a
02 de maio de 2015.
Depois do 25 de Abril de 1974, foi por
várias vezes eleita deputada à Assembleia da
República, pelos círculos de Santarém, Porto
e Faro.
Em 1986, assumiu o papel de mulher do
Presidente da República, quando Mário Soares
foi eleito para um primeiro mandato.
Durante uma década no Palácio de Belém
dedicou-se à defesa de causas como o apoio
aos países de língua portuguesa, a prevenção
da violência, a luta contra o racismo e a exclusão
social.
Depois de Mário Soares ter deixado a Presidência da República, em 1997, Maria Barroso
presidiu à Cruz Vermelha Portuguesa, cargo
que ocupou até 2003.
Foi fundadora e era presidente da Organização Não Governamental (ONG) Pro Dignitate - Fundação de Direitos Humanos, desde 1994, e da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
Numa entrevista ao jornal i, Maria Barroso
confessou que apesar
de todas as “contrariedades, de todos os
revezes e de todas as
encruzilhadas, valeu a
pena ter vivido”.
“Sinto que estou
quase a partir, que se
aproxima o momento”, acrescentou então.
Sobre a sua relação com Mário Soares - depois de contar
um episódio em que
cedeu à vontade dele
e não se inscreveu no
curso de Direito - afirmou: “Tive sempre a
ideia de não fazer nada que o enervasse e
o contrariasse, por isso estamos casados
há 66 anos. Temos uma relação excelente,
que é fruto dessa
compreensão”.
Admitiu que não
fazer o curso de Direito foi um dos sonhos que deixou para
trás por causa do marido.
“Fora isso, quis
acompanhá-lo sempre, mesmo nos momentos mais difíceis”, acrescentou.
Católica desde a
infância, admitiu terse afastado da religião
durante os tempos de
faculdade, uma reaproximação que só
voltou a acontecer
quando o filho João
Soares sofreu um acidente de aviação em
Angola.
“Todas as manhãs chegávamos ao
Na vinda ao Dia da Mulher do LusoPresse, Maria Barroso
também passou nos Paços do Concelho da cidade. LusoPresse.
hospital e eu perguntava por ele ao médico que chefiava a equipa. Um
dia, ele respondeu-me que “estava um bocadinho melhor, mas só um
bocadinho, porque continuava muito mal. Peça a Deus. Pedi a Deus.
Mas, antes disso, pedira a uma funcionária do colégio, muito minha
amiga, para encomendar uma missa pelo João. Senti-me bem nesse novo encontro com a religião”, relatou.
Questionada pelo jornalista sobre como gostaria de ser recordada
respondeu: “Uma cidadã modesta, mas amante da liberdade, da solidariedade e do amor. A minha palavra preferida, sem qualquer dúvida
(…) o amor!”.
Maria de Jesus Barroso morreu terça-feira, dia 7 de Julho último,
aos 90 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava
internada, em estado grave, desde 26 de junho. L P
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16 de julho de 2015
L u s oP r e s s e
Página 10
SATA apresenta resultados operacionais
E sublinha importância das rotas EUA e Canadá
O
EUA e Canadá...
Grupo SATA apresentou recentemente os resultados do primeiro semestre de
2015, onde se demonstra a redução significativa do resultado operacional negativo na ordem
dos 53% e se apresenta a estratégia de sustentabilidade para 2015-2020.
O desempenho da companhia aérea no
primeiro semestre de 2015 aponta uma tendência positiva e de sustentabilidade, com uma redução efetiva de 10,2 milhões de euros, com o
resultado negativo de 19,41 milhões de euros
no primeiro semestre de 2014 a passar para
9,21 milhões de euros negativos no primeiro
semestre do presente ano.
Zara Dinis.
Face aos resultados, Luís Parreirão, Presidente do Grupo SATA, considera que se está
“apenas no início de um caminho que é longo
para alcançar o equilíbrio das contas da empresa, a sua sustentabilidade, a eficiência operacional, e para o qual a significativa diminuição
res em pesquisa, experimentação e mostra en- dos custos hoje é fundamental para aumentar
tre as ilhas das Flores e do Pico incentivaram a a receita amanhã”.
artista a já fazer planos para voltar aos Açores.
Luís Parreirão sublinha ainda que “os merNa ilha do Pico, Teresa Ascenção apresen- cados com maior crescimento face a 2014 são
tou a sua coleção “Maria” e um novo trabalho os EUA e a rede Inter-Ilhas Açores com um
que incluiu criar tintas das flores e produtos
dos Açores como a batata. Mas o trabalho
mais efémero foi construir uma renda de farinha e água em plena calçada de rua ao meio
do dia, como se fosse trabalho de construção
elaborado pelos homens.
Por sua vez, Zara Diniz veio aos Açores
pela primeira vez para pintar um mural. Descendente de madeirenses, Zara ficou perplexa
pela natureza das ilhas e da majestosa montanha do Pico que decidiu mudar seu plano e elaborou mais de 50 metros de pintura de temática
fantasia, intitulando “Ária de Fogo”. Na entrada da doca do porto da Madalena encontrase esta cornucópia de ideias e cor inspiradas
pela primeira viagem aos Açores desta artista
luso-canadiana.
Desde os cinco anos de idade que o seu
trabalho como pintora foi reconhecido. Seus
estudos profissionais foram na famosa OCAD
em Toronto tal como a Teresa Ascenção.
O trabalho da cineasta Sheree Evelina também foi apresentado na edição do
SHORTS@FRINGE. L P
Bem representados no festival de artes Azores Fringe.
A
s ilhas dos Açores têm grandes conexões com o outro lado do Oceano Atlântico
devido à emigração. Assim se diz que cada segunda casa no arquipélago açoriano, ou já teve,
ou tem, família no Canadá ou nos Estados
Unidos da América.
O Azores Fringe Festival apresentou trabalhos artísticos e artistas de 36 países e as Américas foram bem representadas. A escritora Deolinda Adão da Universidade da Califórnia em
Berkeley veio apresentar o seu trabalho de pesquisa em livro e cineastas mandaram seus filmes. Artistas do Brasil participaram na exposição coletiva, na apresentação de filmes e o músico Julio Uça investiu uma semana na ilha montanha. Mas o Canadá foi um dos países mais
bem representados, não só com trabalhos mas
também presença.
Teresa Ascenção nasceu no Brasil de pais
açorianos mas vive na grande cidade de Toronto. O seu trabalho já foi exibido por todo o
Canadá entre outros países. Universidade de
OCAD (Ontário College of Art & Design) é
onde passa muitas horas como professora de
fotografia e multimédia. O seu trabalho tem
muito a ver com feminismo e a comparação
entre os trabalhos tradicionalmente de mulheres com o dos homens. O seu tempo nos Aço-
aumento de 20% e 5% respetivamente. A rota
para o Canadá é também determinante para a
Companhia com um aumento de 0,12% e
grande potencial de crescimento”.
Os resultados do primeiro semestre de
2015 revelam ainda que o número de rotações
cresceu 2%, os lugares oferecidos 1%, o número global de passageiros 12 % e a carga e correio
transportado 6 %.
A estratégia do Grupo SATA passa por
continuar o ajustamento da procura com melhor rentabilidade na generalidade das rotas,
aumentar passageiros e iniciar o processo de
renovação da frota – com destaque para os
novos aviões Airbus A330-200 que vão aumentar a qualidade do transporte e a capacidade
da companhia.
“Também a estratégia comercial vai ser
reforçada com maior aproximação ao cliente,
aposta na fiabilidade operacional, privilegiando também o crescente compromisso e empenho dos colaboradores da Companhia”, conclui Luís Parreirão.
Mais informações: André Gerson
[email protected] | 00351
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Agora na Livraria Lello
Escritor Daniel Bastos apresenta «Terra»
N
o próximo dia 16 de julho (quintafeira), o escritor Daniel Bastos apresenta às
18h00, na centenária Livraria Lello no Porto,
considerada uma das casas livreiras mais belas
do mundo, o seu último livro de poesia “Terra”.
A apresentação da obra com chancela da
Editora Converso, uma edição bilingue em português e francês, traduzida pelo docente Paulo
Teixeira e ilustrada pelo artista plástico Orlando
Pompeu, que terá em exposição na emblemática livraria desenhos que concebeu a partir
dos poemas, será apresentada por Filipe Larsen, Diretor do Festival 6 Continentes, o mais
vasto evento cultural realizado no universo da
Lusofonia.
Com um percurso literário que tem sido
alicerçado junto das comunidades lusófonas,
os poemas do escritor natural de Fafe são marcados por um sentimento telúrico que se reflete numa relação umbilical com a terra onde
vive e com as comunidades portuguesas espa-
lhadas pelos quatro cantos do mundo. Para Gérald
Bloncourt, Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião
de Honra francesa que assina o prefácio da obra, o
livro de estreia do autor minhoto no campo da poesia, perscruta as profundezas da humanidade, e os
desenhos de Orlando Pompeu criam uma simbiose
entre a linguagem artística da poesia e pintura.
Refira-se que esta apresentação na Livraria Lello,
ex-líbris da cidade do Porto e um autêntico santuário
das artes editoriais e livreiras, marca o fim das apresentações oficiais da obra, que desde o seu lançamento no final do ano passado levaram o escritor a estar
presente em várias sessões de apresentação do livro
no território nacional e no espaço francófono europeu, como no espaço cultural Lusofolie’s em Paris,
na Embaixada de Portugal em Bruxelas e na Livraria
Camões em Genebra.
Esta sessão literária simbólica incluirá uma prova
de vinho verde, promovida pelos Vinhos Norte,
um dos maiores produtores nacionais de vinho verde
que procura aliar a tradição de fazer vinho com a
inovação no setor.
LP
16 de julho de 2015
A oportunidade perdida do PP-Açores
•
Por Osvaldo CABRAL
C
om o PSD dividido entre os “mota-amaralistas” e os que apoiam a
direção de Duarte Freitas,
o CDS/PP e o PPM tinham agora uma oportunidade de bandeja para apresentarem um cabeça de
lista às eleições nacionais
que seduzisse alguns eleitores sociais-democratas descontentes.
Bastava um candidato com um perfil
forte, independente das estruturas dos populares e que soubesse captar algumas franjas do eleitorado do PSD.
Era uma estratégia óbvia que certamente terá estado no pensamento dos dirigentes
centristas.
A verdade é que não foi isso que aconteceu.
Em vez de arriscar, o PP e o PPM optaram pela solução mais fácil e apresentaram
um candidato comprometido com a linha
de Artur Lima.
Félix Rodrigues será um bom académico, muito conhecido na Terceira, onde
mantém uma visibilidade como investigador na área do ambiente, mas com um raio
de ação praticamente desconhecido nas outras ilhas, para além de se conhecer pouco,
nas restantes ilhas, o seu pensamento político.
Tudo exatamente ao contrário da estratégia mais óbvia, que seria “roubar” votos
ao eleitorado mais descontente com o rumo
do PSD-Açores.
Ao recorrer a uma solução interna, ainda por cima comprometida com o diretório
centrista, o PP e o PPM perderam uma
oportunidade incrível para disputar com o
PSD e PS um dos lugares à Assembleia da
República.
Não haverá muitas oportunidades como esta.
•••
A LIÇÃO GREGA – O “Não”
esmagador dos gregos pode ser uma enorme trapalhada, mas é também uma lição
para a mediocridade política dos líderes europeus.
Esta é das tais situações em que não se
pode dizer que apenas uma das partes tem
a razão toda do seu lado.
O governo grego e os restantes estados-membros têm culpas em todo este processo, algumas inconcebíveis do ponto de
vista político e outras que são desculpáveis
porque explicadas à luz da tensão elevada
entre duas posições extremadas.
É verdade que os gregos exageraram
ao longo destes anos, vivendo num mar de
ilusões e enganos, pensando que os credores estariam sempre dispostos a abrir os
cordões à bolsa para financiar um modo de
vida fictício, mas também é verdade que os
credores impuseram um modelo aos gregos
completamente absurdo e insustentável.
O Eurogrupo perdeu toda a credibili-
dade política neste processo
a partir do momento em que
os seus líderes começaram a
chantagear os gregos, como
vimos com as declarações deploráveis nas vésperas do referendo.
É por isso que o esmagador “Não” é uma lição de
coragem, que pode resultar em
mais desgraças para o povo
grego, é certo, mas não deixa
de ser um grito corajoso contra o aparelho monstruoso de Bruxelas,
comandado por tecnocratas de gabinete, burocratas do negócio e fanáticos
do lucro.
É, ao mesmo tempo, uma lição
para países como Portugal, onde a insensibilidade do governo de Passos Coelho pretende impor mais cortes nas
pensões dos portugueses, quando já
mais ninguém aguenta esta austeridade
indecorosa.
Quando o povo é soberano mas
tem a barriga vazia, os políticos de
compêndio acham que ele se deve vergar aos ditames da eurocracia.
Pois aí têm a resposta.
Começou pela Grécia e pode ser
um rastilho para outros povos que não
se queiram curvar mais perante o peso
de políticas europeias sem sentido.
Deste ponto de vista, a coragem
do povo grego é encorajadora para muitos outros povos.
•••
E O DESEMPREGO? – A Assembleia Regional vai estar a discutir,
esta semana, as reformas autonómicas
propostas por Vasco Cordeiro e Duarte
Freitas.
É muito cedo para um debate, ainda por cima de urgência, que não está
na agenda da população açoriana.
Era bom que os deputados estivessem mais sintonizados com os eleitores, porque, se estivessem, saberiam que
o mais preocupante, neste momento,
é o desemprego, os problemas no acesso à saúde e o definhamento das economias nas ilhas mais pequenas.
A não ser que o parlamento não
tenha mais nada com que se entreter
antes das férias.
Então a “silly season” chega cedo...
LP
L u s oP r e s s e
Página 11
ARLINDO VELOSA
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L u s oP r e s s e
Página 12
Tuga Fest:
O primeiro festival dedicado aos portugueses de todo o mundo
D
e 19 a 23 de agosto, a Praia de S. Jacinto, em Aveiro, acolhe a primeira edição do
Tuga Fest, o primeiro festival 100% português
idealizado a pensar em todos os portugueses,
residentes ou emigrantes.
Sob o lema “O festival mais português de
Portugal”, o Tuga Fest é o primeiro evento
criado de raiz tendo como base a portugalidade.
Ao juntar portugueses de todo o mundo vai
privilegiar, valorizar e evidenciar o que de melhor se faz no país.
A componente musical é a sua principal
atração – pelo palco principal vão passar nomes como Tony Carreira, Xutos & Pontapés,
Ana Moura, José Cid, Rita Guerra, Herman
José, Zé Amaro, Quim Barreiros, Banda Red,
Mariana Oliveira e alguns dos melhores dj’s
nacionais; no palco “Sagres”, à tarde, vão atuar
grupos musicais tradicionais de vários pontos
do país –, mas o Tuga Fest não se fica por aqui.
O festival tem também áreas de exposição/
venda de produtos nacionais (gastronomia,
artesanato e vinhos), com cerca de 100 expositores e uma área de diversões. Isto tudo aliado
à ria, praia e sol que se faz sentir nessa altura,
numa das regiões mais bonitas de Portugal.
O festival vai ser ainda dotado de uma
área própria para campismo, equipada com balneários, sanitários, piscina e áreas para refeições
ligeiras. Também no recinto irá existir um restaurante tradicional português com capacidade
para mais de 400 pessoas sentadas em simultâneo.
O Tuga Fest vai funcionar das 11H00 às
04H00 e os bilhetes já estão disponíveis, em
qualquer parte do mundo, através da Ticketline
em:
http://ticketline.sapo.pt/evento/
TUGA-FEST-2015-11170
Reserva natural conhecida em todo
o mundo
Atualmente com um crescente desenvolvimento turístico, S. Jacinto, uma pequena
povoação piscatória situada numa península
Dunas de S. Jacinto..
(com o mesmo nome) no concelho de Aveiro,
é conhecida pelas suas dunas e por ter uma das
principais reservas naturais da Península Ibérica, que pode ser visitada a pé ou de barco pela
ria de Aveiro.
Nas proximidades encontram-se ainda
praias muito conhecidas, como Torreira, Praia
da Barra, Costa Nova, Furadouro ou Espinho.
LP
Alto Comissariado para as Migrações lança o 1° Concurso de Ideias para o empreendedorismo emigrante
P
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SEDE:
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Email: [email protected]
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rojetos Locais de Capacitação ao empreendedorismo vão apoiar os emigrantes no
desenvolvimento de competências de gestão.
O Alto Comissariado para as Migrações
(ACM) acaba de lançar a primeira edição do
Concurso de Ideias VEM – Valorização do
Empreendedorismo Migrante –, que tem como objetivo apoiar os emigrantes micro empreendedores, que têm projetos para a criação
de negócios em Portugal.
De acordo com o Alto-comissário para
as Migrações, Pedro Calado “O Concurso de
Ideias VEM faz parte de um conjunto de medidas, incluídas no Plano Estratégico para as Migrações, que o ACM vai desenvolver para capacitação do empreendedorismo e captação do
investimento dos cidadãos nacionais emigrantes, que querem regressar a Portugal.”
Pedro Calado acrescenta “Em paralelo
com o VEM, o ACM vai promover Projetos
Locais de Capacitação, dando novas valências
aos portugueses que estão fora do país e, em
especial, aos que querem regressar, para desenvolver o seu projeto profissional em Portugal.
Acreditamos que esta capacitação em empreendedorismo é um passo importante na preparação dos emigrantes que pretendem participar nos programas de apoio e de especial interesse para todos os portugueses que, apesar da
distância, continuam a sonhar um projeto profissional próprio no seu país.”
O concurso, com candidaturas abertas entre 7 de julho e 7 de setembro de 2015, dirigese a portugueses e luso-descendentes que vivem no estrangeiro e tem como objetivo apoiar a estruturação e implementação de soluções
empreendedoras, bem como o acompanhamento em todas as fases de operacionalização
indispensáveis para transformar um projeto
num negócio em Portugal.
Após o período de candidaturas do VEM,
serão selecionados até 240 projetos que beneficiarão de apoio técnico para desenvolvimento
do plano de negócio. Deste total serão selecionados os finalistas, que apresentarão o seu
projeto num elevator pitch, momento crucial
para eleger os empreendedores que vão obter
até 20 mil euros de financiamento, assim como
acompanhamento e monitorização para a implementação e arranque do seu negócio.
Podem concorrer a este Concurso os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou os lusodescendentes, maiores de 18 anos, que residam
fora de Portugal, que se comprometem a desenvolver uma ideia de negócio a implementar no
território nacional, e que vão fixar residência
regular em Portugal, criando no país o seu posto de trabalho.
O regulamento do Concurso de Ideias
VEM, bem como a ficha de pré-inscrição obrigatória encontram-se disponíveis em: http://
www.acm.gov.pt/-/concurso-vem.
Para mais informações CONTACTAR:
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Helena Rocha [email protected]
Tel.:917 176 862
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L u s oP r e s s e
16 de julho de 2015
Contra o Columbus Crew
Grande vitória do Impacto!
•
Por Norberto AGUIAR
O
Impacto de Montreal, sábado passado, defrontou e venceu
o Columbus Crew em jogo referente à 16ª jornada do Campeonato da
Major Soccer League. O desafio correu muito bem aos montrealenses,
que na ocasião se bateram contra o terceiro classificado da Zona Este
da MLS, a sua zona.
Ainda não estavam decorridos 10 minutos e o Impacto já ganhava
por 2-0 quase sem saber como e porquê. O que é certo é que os azuis e
pretos, bafejados um pouco pela sorte e também pelo estado surpresa
da sua entrada em campo, chegaram ao golo com uma bela jogada de
Piatti, mas que beneficiou, na conclusão da sua jogada, de um erro tremendo do defesa adversário que seguia a jogada na sua parte final. Mas
como os golos só se fazem, na maior parte das vezes por erros dos
protagonistas em campo, nada a opor...
Mal recuperados do golo inicial, os columboenses logo se viram
massacrados com um segundo tento, este de se lhe tirar o chapéu, como é uso dizer-se. Foi no seguimento de um pontapé de canto, um ressalto e bola no pé de Donadell que, de fora da área lhe aplicou um portentoso pontapé que levou a bola ao ângulo direito da baliza do Crew
sem a mínima possibilidade de defesa para o guardião Steve Clark.
Com dois a zero, a confiança apoderou-se dos quebequenses, que
assim puderam estabilizar o seu futebol de maneira a evitar a maior
pressão do adversário, que tudo tentou para chegar ao golo; golo esse
que pudesse catapultar a desejada recuperação...
Apesar do Columbus pressionar no meio-campo montrealense e
de ter tido três ou quatro oportunidades de golo quase feito, a verdade
é que o Impacto foi resistindo, e até criando perigo, o que deixou os
americanos sempre desconfiados da possibilidade de um contra-ataque
azul e preto que visse pôr fim aos seus intentos.
E foi o que aconteceu. As grandes oportunidades criadas pelos
amarelos ou foram ingloriamente desperdiçadas diante da baliza, ou tiveram a ação de Evan Bush, o guarda-redes local que pelo menos em
duas ou três ocasiões fez defesas fenomenais, daquelas de ficar na retina
do espetador. E como o tal contra-ataque acabou por funcionar, resultando em golo, o jogo logo ali ficou decidido. Isso aconteceu aos 80
minutos, depois de um remate de Dilly Duka, que o guardião adversário
não segurou. Ora, bem colocado, Dominic Oduro, como havia feito já
no primeiro golo, encostou para o terceiro tento dos homens de Frank
Klopas.
Com 16 jogos feitos, 21 pontos averbados e quatro jogos de atraso dos seus mais diretos opositores, o Impacto, caso os vença todos,
pode aspirar a um lugar de topo na liga.
Como comentário a esses dados, o que podemos dizer é que o Impacto, hoje por hoje, tem equipa e plantel para subir na classificação e
isto independentemente do que fazem os seus adversários.
Mas é preciso continuar a jogar como contra o Columbus Crew.
Se o fizerem como com o Nova Iorque City, de David Villa, na outra
semana, onde averbaram uma derrota «genante», então tudo se pode
questionar...
Resultados:
Impacto x Nova Iorque City, 1-2
Impacto x Columbus Crew, 3-0
Próximos jogos:
Dia 18 de julho
Sporting Kansas City x Impacto
Dia 25 de julho
Estádio Saputo:
Impacto x Sounders de Seattle
Dia 1 de agosto
Nova Iorque City x
Impacto.
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«Atlas Montréal»
L
Dra. Carla Grilo, d.d.s.
USOPRESSE – Soubemos, através do Escales improbables
de Montréal, que a partir de 5 de setembro estarão em Montreal dois
comediantes portugueses para montar um espetáculo de cariz inédito.
Os artistas em questão são Ana Borralho e João Galante.
Com efeito, o espetáculo tem por objetivo reunir 100 pessoas no
mesmo palco, não sendo necessário experiência teatral, daí que estão já
convidados padeiros, polícias, fotógrafos, políticos, bombeiros, agricultores, futebolistas, floristas, cozinheiros, cabeleireiros, mesmo padres
e, claro, artistas... Pessoas de outras quaisquer profissões são igualmente
bem-vindas.
O espetáculo «Atlas Montréal» visa uma experiência teatral coletiva,
onde os seus protagonistas tenham perfis completamente diferentes.
A peça subirá ao palco da Maison de la Culture de Frontenac nos próximos dia 11 e 12 de setembro, depois, claro, do trabalho de base feito
nos dias antecedentes.
Se está interessado(a), convidamo-lo(a) a comunicar com o telefone
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LUSO-DESCENDENTES
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25 e 26 JULHO 2015 - LISBOA
PRESENÇA DE OLHEIROS DOS CLUBES PROFISSIONAIS
16 de julho de 2015
EDITORIAL...
Cont. da pág. 1
de Roma. Depois, com a queda de Constantinopla conquistada pelos exércitos otomanos,
foi a ocupação turca durante 350 anos. Realcese aqui que, apesar dos otomanos terem conseguido impor a lei maometana a todos os povos
vencidos, não foram capazes de extirpar a fé
ortodoxa dos gregos durante todo aquele
tempo.
Em 1821 os gregos, apoiados pelas potências europeias, revoltaram-se contra o Império
Otomano e conseguiram a sua independência.
Até à primeira guerra mundial os gregos
continuaram a sua luta para recuperar os territórios ocupados pelos turcos. Infelizmente nem
todas as tentativas foram frutuosas e assim é
que hoje Constantinopla se chama Istambul e
pertence ainda à Turquia. Durante essas guerras
milhares de gregos foram expulsos das terras
ocupadas pelos otomanos, terminando assim
com a presença de mais de milhão e meio de
gregos que habitavam a leste do mar Egeu havia
mais de 4 mil anos.
Durante a década de 1930 a Grécia, como
tanto outros países europeus (Portugal, Espanha, Itália, Alemanha), foi arrastada para o
fascismo e, durante a segunda guerra mundial,
o país foi ocupado pelos alemães, com o apoio
dum governo colaboracionista.
Um ano depois do fim da grande guerra,
em 1946, rebentou um novo conflito, desta
vez uma guerra civil que vai opor as forças
monárquicas, apoiadas pela Inglaterra e pelos
Estados Unidos, contra os militantes do Partido Comunista Grego que contavam com o
apoio dos países comunistas vizinhos. Podese dizer que este foi um dos primeiros conflitos
ocorridos dentro do contexto da Guerra Fria,
o qual deixou o país num estado bem pior do
que aquele em que se encontrava no final da
ocupação nazi, em 1944. Em 1952 a Grécia
entrou na esfera da NATO, confirmando-se
assim a divisão territorial entre os países de
leste e o ocidente.
Em 1967, um golpe de estado liderado
por um grupo de coronéis impõe uma ditadura
militar. O rei foi obrigado a fugir para o exílio.
Milhares de gregos foram obrigados a emigrar
também. A sociedade ficou politicamente dividida até 1974, data em que terminou o reino
dos coronéis.
Em 1981, o país aderiu à União Europeia
e aproximou-se do nível de vida dos países europeus, com uma constituição democrática e
parlamentar de tipo ocidental. Convém no entanto não esquecer que o apoio ao partido comunista sempre se manteve, sobretudo no
norte do país.
Em 2008, a banca helénica (outro nome
sinónimo de grego), como a maior parte das
suas congéneres mundiais deixa-se apanhar na
famosa bolha especulativa do “papel tóxico”.
O governo veio em socorro dos bancos
sob o famoso princípio que os bancos não
podem ir à falência senão é a economia toda
do país que vai à bancarrota. (Too big to fail).
Aliada a esta crise – a divisão social e política do país, com feridas ainda não cicatrizadas
pela guerra civil –, todos os governos que se
sucederam, alternando entre direita e esquerda,
todos mantiveram um sistema de nepotismo
partidário que, sempre que estavam no poder,
favoreceram a criação de empregos (“tachos”)
para os amigos e as respetivas famílias políticas.
Como se este partidarismo corruptor não chegasse, a própria constituição prevê que os armadores e a igreja ortodoxa não paguem im-
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postos. Esta falta de ética justifica, largamente
também, a falta de responsabilidade cívica e
fiscal dos contribuintes, particularmente da parte dos comerciantes e empreiteiros, que escondem ao fisco uma percentagem importante das
suas receitas.
Acrescente-se a este estado de desorganização do sistema fiscal, as vantagens alargadas
que foram feitas em matéria de reformas e pensões, muitas das quais estão a ser pagas a pessoas que já morreram há muitos anos.
Claro que para pagar todas as vantagens
sociais previstas na lei é preciso dinheiro. Dinheiro que o estado não tem e que tem vindo
a pagar com empréstimos da União Europeia.
Só que os empréstimos um dia têm que ser pagos. E os europeus não querem continuar a
emprestar dinheiro enquanto a Grécia não arrumar a casa. Esta imposição de arrumar a casa
é aquilo a que os partidos de esquerda chamam
de austeridade. E o partido que está agora no
governo foi eleito porque prometeu que ia acabar com a austeridade. Vendo que a Europa
não cedia à chantagem do líder do governo
Alexis Tsipras, este resolveu chamar os eleitores para um referendo no qual deviam aceitar
ou recusar as medidas impostas pela União
Europeia.
Os eleitores, a mais de 60 % disseram que
não, que o governo de Atenas não devia aceitar
as condições da Europa.
Agora, no fim da última semana, forte do
resultado do referendo, o senhor Tsipras apresentou-se com nova proposta aos europeus.
Estes respondem-lhe que não lhe emprestam
mais dinheiro enquanto não arrumar a casa.
Isto é, ainda são mais intransigentes do que
antes. Resultado, o governo grego agora vai
tentar convencer o parlamento de que aceitem
as condições europeias. Porque sem dinheiro
os bancos não podem voltar a abrir. A economia está parada.
Desde que foi eleito em janeiro este governo, em vez de se atacar às reformas necessárias para que o estado possa aumentar as suas
receitas, tem andado a jogar ao gato e ao rato
com os parceiros europeus. Mas visto que a
Grécia é o berço da nossa civilização, que se
encontra no cruzamento do mundo ocidental
e do mundo muçulmano, os europeus, de bom
ou mau grado têm que por um pouco de água
na fervura, porque não pode haver o «grexit»
(Greek Exit).
A saída da Grécia não faria muita mossa à
economia europeia, visto que não conta por
mais de 2 % do total da Europa. Mas histórica
e estrategicamente seria um desastre.
Peçamos a todos os deuses do Olimpo
para que tal cenário não se concretize.
SAUDADE...
Cont. da pág 6
levisão.
Carlos Querido morre a 7 de julho do ano
de 1990, com 49 anos de idade. Desaparece assim o animador, o desenhador, o projetista
deixando centenas de cassetes e milhares de
notas referentes a uma comunidade que ele
admirava. Que bomba… que dano para este
bairro… Se não fosse dono de tão grande coração e tão carismático, Deus não o teria levado
tão cedo para o outro lado. Deixou na dor e
no desespero os dois filhos jovens, Pedro e
Daniel e no fundo do túnel da saudade Luísa
Querido, sua esposa.
Ora, atrás de tempo vem tempo, Querido
levou caminho mas seu nome ficou gravado
honrosamente nos anais da história desta sua
terra de acolhimento. Sendo assim, o nome
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Querido continuou a nortear os destinos da
Televisão. Não houve desistência, Luísa e Pedro
Querido, seu filho, assumiram com responsabilidade e entrega a direção e animação do programa ao qual deram o nome de Produções
Luso-Québécois. Em 1997 a nossa Televisão
chega ao fim, todos os grupos étnicos na Província do Quebeque viram seus direitos de
transmissão proibidos pelo CRTC. Por mais
que os diretores de antena se debatessem, contra a lei emitida nessa altura, com vias de reaver
os serviços prestados pela Cable Vision dessa
época, revelou-se infrutífero.
A fim de reivindicar os seus direitos e os
do seu povo luso, Pedro Querido decidiu organizar uma grande manifestação mas a comunidade portuguesa não participou. A verdade
é que vieram uns 100, portanto o jovem merecia que o povo se levantasse em peso e o apoiasse nesta luta. Pedro Querido teve grande
coragem e muita determinação bem como Luísa Querido que esteve sempre ao lado do filho
amado.
Carlos Querido desapareceu como pessoa
mas o nome dele perdurará para sempre. Quem
não sabe?! Este pai maravilhoso deixou no
mundo um grande profissional. Por sua vez,
o filho por onde passa defende com honra e
grande orgulho o nome de seu pai. Pedro Querido é uma cópia perfeita do pai, bondoso, extraordinário, generoso, bom trabalhador e
amante da sua língua e cultura portuguesas.
Neste momento, ele participa na montagem
dos programas, colaborando de perto com o
Diretor da LusaQ TV, Norberto Aguiar.
Fernando Pessoa disse: “Não me venham
com conclusões, a única conclusão é morrer”.
Não era este o fim que Carlos Querido desejava
antes de atingir o meio século de vida.
“Não me venham com conclusões” a língua portuguesa continua de boa saúde em Montreal e veio para ficar. Por isso queremos render
homenagem, neste preciso momento a Carlos
Querido, por ter sido um pilar fundamental para
que Portugal se sentisse em Montreal através deste
Monumento importante que é língua.
Querido Carlos na virada do ano 1990
deixaste este mundo mas nós nunca te esqueceremos, até um dia… Lá onde estiveres recebe
este nosso abraço de saudade.
Na fronteira e no Aeroporto do Porto...
Revista PORT.COM recebe os emigrantes
C
OIMBRA – Para receber da melhor
forma os portugueses que vivem no estrangeiro, a Revista de Portugal e das Comunidades
Portuguesas, PORT.COM, está a preparar uma
calorosa receção, na qual equipas devidamente
identificadas darão as boas-vindas aos que regressarem ao nosso/seu país para usufruir do
merecido descanso.
Se nos anos anteriores a ação teve um foco maior na via terrestre, com especial enfoque
na fronteira de Vilar Formoso, este ano a novidade passa pela presença também no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Por
estar junto das zonas que têm maiores índices
de emigração (norte e centro do país), este é o
aeroporto português que conta com o maior
movimento de emigrantes.
A oferta de lembranças e da edição especial
de agosto da revista fazem parte destas ações.
Desta forma, o próximo número da Revista
PORT.COM está a ser preparado com conteúdos que ajudem as famílias de emigrantes no
re-encontro com Portugal. Sol, praias, destinos
turísticos, petiscos e cerveja, entre outros, ajudarão a preencher as páginas da próxima edição.
Além de Vilar Formoso e do aeroporto
do Porto, esta mesma revista, que terá uma tiragem especial de 100 mil exemplares, será distribuída também em Fátima, nos dias 12 e 13
de agosto, durante a grande peregrinação anual
que, como é sabido, atrai milhares de emigrantes ao santuário. Para chegar ao maior número
de pessoas possível, a revista vai ser oferecida
em hotéis, restaurantes, cafés, museus e lojas
de artesanato.
As ações de receção serão divulgadas no
site e redes sociais da revista, que pode acompanhar através das seguintes páginas:
www.revistaport.com e www.facebook.com/
revistaportcom.
Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto)
30 de julho a 2 de agosto
O Aeroporto do Porto irá proporcionar
uma ação de boas vindas aos seus passageiros,
emigrantes e turistas, nos dias 30 de julho a 2
de agosto. No interior (zona de chegadas), enquanto
os passageiros esperam pelas suas bagagens, podem
visitar uma pequena exposição de artesanato e degustar produtos tradicionais portugueses em ambiente
com animação folclórica. A todos é oferecida a edição
especial da Revista PORT.COM.
Fronteira de Vilar Formoso
1 e 2 de agosto
A ação tem lugar na linha de fronteira, onde
equipas PORT.COM, devidamente identificadas, vão
receber e dar as boas-vindas às famílias de emigrantes
que vêm passar férias em Portugal.
Diariamente serão oferecidos milhares de exemplares da revista e outras lembranças.
Fátima
Dias 12 e 13 de agosto
A “Peregrinação dos Emigrantes”, realizada
anualmente nos dias 12 e 13 de agosto, integrada na
Semana Nacional das Migrações, atrai anualmente
milhares de emigrantes de todo o mundo ao Santuário de Fátima. A Revista PORT.COM será distribuída
aos emigrantes e peregrinos em locais de grande
movimento, tais como: hotéis, museus, restaurantes
e estabelecimentos de artigos religiosos e regionais.
Para mais informações, contacte:
Márcia Oliveira
Tel.: 967583072
Email: [email protected]
LP
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O seu programa de televisão semanal
Norberto Aguiar, Produtor
Tél.: (450) 628-0125 ÊUÊÊ
i°\Ê(514) 835-7199
Ê œÕÀÀˆi\ [email protected]
[email protected]
Horário: Segunda-feira, 21 horas - Sábado, 11 horas
Canal 47 (sinal aberto)
Videotron: Canais 16 ou 616 em alta definição
Bell: Canais 216 fibe ou
1216 em alta definição
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espera do prolongamento, quando não dá para
mais e, de surpresa, qual animal felino, zás, toma lá o golo que te manda para casa. Foi assim
com a Austrália, e com a pobre Inglaterra, que
ainda «ajudou à missa» com a marcação de um
golo na sua própria baliza...
O Japão ainda deu um ar da sua graça no
jogo da final quando marcou um golo e forçou
as suas adversárias a cometer alguns erros que,
no fim, ainda deram para marcar um golo na
própria baliza... Honra lhe seja feita pelo facto
de ter sempre dado réplica às americanas mesmo em condições adversas, mercê do maior
poderio norte-americano.
Já do lado dos Estados Unidos, entre algumas boas vitórias (Austrália, 3-1) e outras excelentes, como perante a Alemanha (2-0), a equi-
pa ainda teve de se aplicar para arrancar um
ponto (0-0) à Suécia, um candidato sempre
adiado – tem um segundo lugar em 2003 –,
mas que é, de facto, uma boa equipa, e chegar à
final e apresentar, talvez, o seu melhor jogo
do torneio, que deu para bater sem apelo nem
agravo o campeão Japão.
Em suma, excelente vitória das americanas
neste Mundial que, assim, voltam aos seus
grandes dias, juntando mais um título aos dois
já conquistados em 1991 – o primeiro da história do futebol feminino – e de 1999. Com estes
três títulos, os Estados Unidos são o país com
mais campeonatos ganhos! Os outros campeões são a Noruega, com um (1995), a Alemanha, com dois (2003 e 2007) e o Japão, também
um (2011). L P
Hope Solo, a melhor guardiã do campeonato. Foto FIFA/Associação Canadiana
de Futebol.
Carli Lloyd, a melhor jogadora do Mundial. Foto FIFA/Associação Canadiana
de Futebol.
Mundial de Futebol Feminino, Canadá 2015
O tricampeonato para os Estados Unidos!
•
Por Norberto AGUIAR
E
mbora não fosse a favorita principal
– nessa qualidade estava a Alemanha por força
da sua então primeira posição na tabela classificativa da FIFA –, a equipa de futebol feminino
dos Estados Unidos acabou por ganhar o
Campeonato Mundial, demonstrando ao planeta que ela, sim, é que é a melhor equipa do
Mundo!
E se dúvidas ainda houvesse, aí está o prestigioso troféu ganho nada mais, nada menos
do que diante das até então campeãs mundiais,
as asiáticas do Japão! De resto, o resultado de
5-2 não deixa espaço para nenhumas reticências!
Terceiro e quarto lugares:
Alemanha x Inglaterra, 0-1 (ap)
Catalogada de grande favorita, a Alemanha,
que já havia suado as estopinhas para eliminar,
nos quartos-de-final, a França, viu-se relegada
para fora do pódio, mercê da derrota, no prolongamento, diante da Inglaterra, que acabou
por ser a grande surpresa da prova ao terminála na terceira posição.
Com várias jogadoras de renome mundial,
a começar na meio-campista Anja Mitag, mas
sobretudo na atacante Célia Sasic – ganhou a
Bota de ouro, com seis golos, os mesmos de
Carli Lloyd, por via de ter jogado menos minutos do que a americana –, e a guarda-redes Nadine Angerer, anteriormente considerada a melhor jogadora do mundo, mesmo assim a Alemanha não conseguiu levar a melhor sobre a
Inglaterra, que na primeira fase até tinha sido
batida pela infeliz França, se considerarmos
que as gaulesas mereciam ter passado diante
das alemãs, ao terem jogado muito melhor,
com oportunidades flagrantíssimas... e eliminadas na lotaria das grandes penalidades.
As inglesas, porém, na prova, foram sempre muito certinhas. Ganharam dois jogos no
seu grupo (2-1, ao México e à Colômbia) e
perderam com a França (1-0). Depois bateram
(outra vez por 2-1) as norueguesas, que tinham
pretensões ao pódio e, para mal dos pecados
da equipa da casa, venceram o Canadá ainda
por 2-1, num embate impróprio para cardíacos, onde as súbditas de Sua Majestade foram
bafejadas pela sorte. A sorte que não tiveram
no desafio com as japonesas, que perderam
por 2-1, e que as afastaram de ir à grande final...
Seja como for. No futebol não ganha
sempre quem é melhor ou quem é favorito. E
ainda bem que é assim. Resultado, quem levou
a medalha do terceiro lugar para casa foi a Inglaterra, quando toda a gente pensava que,
afastada da final, seria a Alemanha a ficar no
terceiro lugar do pódio.
Não há dúvida que este é mais um revés
da Alemanha. Não esquecer que, há quatro anos, quando era favorita ao cetro, até por jogar
em casa, ela acabou fora das meias-finais, deixando a última decisão entre as mãos (pés,
melhor dizendo) de japonesas e americanas.
Primeiro e segundo lugares:
Estados Unidos x Japão, 5-2
Os Estados Unidos já tinham vingado a
derrota de há quatro anos, na Alemanha, quando perderam diante das japonesas através da
marcação das tão famigeradas grandes penalidades. Foi nos Jogos Olímpicos de Londres,
em 2012. Ali, na final, as americanas arrebataram a medalha de ouro e tudo se saldou...
Agora, com a disputa de outra grande
competição mundial e atendendo ao que se dizia, não muita gente via as asiáticas na final.
Pensava-se que o Japão estaria em declínio,
mesmo se era uma equipa a ter em linha de
conta pelos seus pergaminhos ao longo da
última década, quando ultrapassaram países como a Noruega – ganhou o Mundial em 1995 –
, a Suécia, a China, o Brasil...
Afinal, tranquilamente, sem quase se dar
por isso, lá estava o Japão na final deste Mundial canadiano. Pelo caminho venceu, sucessivamente, Camarões (2-1), Equador (1-0) e Suíça
(1-0), isto na primeira fase. Depois, mais três
vitórias contra a Holanda (2-1, nos 16 avosde-final), a Austrália (1-0, nos quartos-de-final)
e a Inglaterra (2-1, nas meias-finais). Só não
deu mesmo para vencer os Estados Unidos...
No jogo da final, valeu às americanas terem iniciado o desafio em grande. Em 16 minutos já o resultado estava em 3-0! Foi a maneira mais apropriada encontrada pelas ianques
de forma a destabilizar as adversárias, que formam uma equipa de «paciência», que espera,
se for caso disso, pelo jogo todo para lançarem
o ko às suas antagonistas. E foi assim no decorrer da prova. Está-se nos minutos finais, à
TENHA SOBRE A MESA UM BOM CAFÉ PAOLO!
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A gente vê-se grega