Prof. Dr. Lucio A. Castagno
Otorrinolaringologia
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UCPEL – Escola de Medicina
Disciplina de Oftamologia e Otorrinolaringologia
 Oftalmo: Profa. Rosangela Rosa
 Otorrino:
 Prof. Lucio A Castagno
 Dr. Luis Henrique Motta
 Amb. de Otorrino: seg-ter-qua-qui 13:15h às 15:00 h
e sex 15:00 às 17:00 h
 Aulas teóricas: qua 16:30 às 18:30h (HU)
 BEM-VINDOS A OTORRINOLARINGOLOGIA !
OTORRINOLARINGOLOGIA (ORL)
 Especialidade surgida no final do século XIX
 Originalmente OLHOS-OUVIDOS-NARIZ-GARGANTA
 Unidade fisiopatológica entre ouvido, nariz e garganta
 Extensa área com diversas enfermidades e grande
número de pacientes em todas faixas etárias.
 Possibilidade de prática clínica e cirúrgica.
 Grande progresso nas últimas décadas em
subespecialidades: otologia – rinologia - laringologia
Prevalências na população
Rinite alérgica 20% (30%)
Sinusite crônica 14%
Tonturas 20% (35%)
Amigdalite aguda (1%)
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Otorrinolaringologia
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Audição
 Ouvido externo
 Ouvido médio
 Ouvido interno
 SNC Auditivo
Orelha
 Capta o som
 Localização do som
 Ganho auditivo
de 5dB
 Proteção
 Outra utilidade?
Conduto Auditivo Externo
 26mm de comprimento por
7mm de diâmetro; forma “S”
 Revestido com glândulas
ceruminosas (1/3 externo)
 Protege o tímpano
 Aumenta a pressão sonora
devido a resonância
acústica (ganho auditivo
de 10dB)
Membrana timpânica
 Pars tensa / pars flacida
 Transforma energia acústica em energia mecânica
Cadeia ossicular
 A: Martelo
 B: Bigorna
 C: Estribo
 Menores ossos do
corpo
 Amplificam a energia
mecânica
 Platina do estribo
entra na janela oval
da cóclea
Ouvido médio:
Cadeia tímpano-ossicular
 Área timpânica é 17x
maior que a da janela
oval
 Ganho auditivo de 30
dB
Tuba auditiva (de Eustáquio)
 Revestido com epitélio
cilíndrico ciliado
mucosecretor
 Conecta o ouvido médio ao
rinofaringe
 Equilibra a pressão aérea do
ouvido médio e externo
 Normalmente está fechada,
exceto ao deglutir ou bocejar
Músculo estapédio
(do estribo)
 Contrai em resposta a sons >70dB (Reflexo
Acústico), protegendo o ouvido interno de
movimentos excessivos da platina do estribo
 Inervado pelo Nervo Facial (VII)
Músculo tensor do
tímpano: inervado
pelo Nervo Trigêmio (V)
Mastóide
Ouvido interno
 AUDIÇÃO
 Transforma na cóclea (A)
a onda sonora mecânica
em impulsos elétricos
para o cérebro
 EQUILÍBRIO
 Envia estímulos dos
canais semicirculares (B),
sáculo e utrículo para o
cérebro
Cóclea
 Caracol com 2 3/4
voltas ao redor de um
coluna óssea
 Três canais:
 Escala Vestibular
 Escala Timpânica
 Escala Média
Perilinfa
Endolinfa
Órgão de Corti
OHC vs. IHC Function
Células ciliadas
do Órgão de Corti
Inner Hair Cell
(célula ciliada interna)
Outer Hair Cells
(células ciliadas externas)
Cóclea:
Freqüências
Agudos = janela oval
e turno basal
Graves = apex
Sistema Vestibular
 3 canais semicirculares
 Compartilha fluidos com
a cóclea
 EQUILÍBRIO
Sistema Auditivo Central
 Nervo coclear (VIII) conduz os estímulos da cóclea
para o cortex auditivo no lobo temporal, ondo o som
é percebido e analisado.
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Audição
CO
Condução óssea
CA
Condução aérea
Hipoacusia de
condução
Hipoacusia
sensorineural
Otoscopia
 Permeabilidade de
CAE
 Ausência de otorréia
 Anormalidades
timpânicas
Otoscopia
 Diâmetros:
OD
CAE
 Hor = 9,6-10,2mm
Pars flacida
Martelo
Triângulo
luminoso
Ânulo
 Ver = 8,5-9,0mm
Testes audiológicos
1.
2.
3.
4.
Testes com diapasões
Teste de audição simples
Audiometria tonal
Imitanciometria (Timpanometria)
1. TESTES COM DIAPASÕES
 Teste de Rinne (1855)
 Teste de Weber (1834)
 Teste de Schwabach (1885)
Bata o diapasão
 Em uma
proeminência óssea
 Batida uniforme e de
mesma intensidade
1a. Teste de Rinne
Propósito
Comparar CA e CO
Técnica
 Bata o diapasão.
 Coloque o diapasão
alternativamente na
mastóide e junto ao
conduto auditivo.
Teste de Rinne
 Normal
Rinne positivo – som mais alto no CAE (CA > CO)
 Anormal
Rinne negativo – som mais alto na mastóide (CA < CO)
Teste de Rinne
Rinne Negativo Verdadeiro
- Hipoacusia de Condução (CO > CA)
Rinne Negativo Falso
- Hipoacusia sensorineural severa no lado testado com
audição normal no outro ouvido (o som é escutado
pelo ouvido bom contralateral)
1b. Teste de Weber
Propósito
Diferenciar entre
hipoacusia unilateral
condutiva x
sensorineural
Técnica
Bata o diapasão
Coloque na linha média da
cabeça
Pergunte para que lado
escuta o som
Teste
de
Weber
Normal – som percebido na linha média ou ambos
ouvidos (= mesma audição bilateral)
Anormal – som é mais alto em um lado
 Hipoacusia condutiva: som mais alto no lado
afetado
 Hipoacusia sensorineural: som mais alto no
ouvido normal
1c. Teste de Schwabach
 Diapasão na mastóide
 Mede-se o tempo em que é ouvido em um e outro
ouvido (segundos)
 Compara a CO (condução óssea) entre os dois ouvidos
2. TESTE DE AUDIÇÃO SIMPLES
 Moderadamente sensitivo
 Permite avaliar a severidade da hipoacusia
Técnica
Paciente não vê sua boca
Fale com intensidade variável
Paciente repete os números ou palavras
Quais os resultados?
 Escuta voz cochichada? Audição NORMAL
 Escuta voz normal? Hipoacusia LEVE-MODERADA
 Escuta voz alta? Hipoacusia MODERADA-SEVERA
 Não escuta voz alta? Hipoacusia PROFUNDA
3. AUDIOMETRIA TONAL
 Limiar audiométrico
 CA (cond aérea)
 CO (cond óssea)
 Mascaramento
Audiometria Tonal
Som tem 2 componentes:
 Frequência: comprimento
de onda
(Hz / kHz)
 Intensidade: amplitude de
onda (dB)
Condução óssea (CO) não tem amplificação da
cadeia timpano-ossicular, e portanto é pior que a
condução aérea (CA)…
Então, porque na
audiometria normal
ambas as curvas são
justapostas?
Calibração!
O audiometro é
calibrado para que
estímulos de CA e
CO em cada
frequência sejam
equivalentes.
Símbolos misteriosos na
audiometria
Condução
aérea (CA)
Condução
óssea (CO)
Audiometria normal
Hipoacusia condutiva (CA<CO)
Hipoacusia Sensorineural
(Perdas idênticas em CA e CO)
Hipoacusia Mista
Audiometria tonal:
Mascaramento
Usado para previnir que o
ouvido não testado
receba o estímulo do
outro por condução
óssea transcraneana,
quando com diferenças
maiores de 40dB entre
os ouvidos…
… aqui começa um outro
capítulo !
Limitações da audiometria
 Teste subjetivo: depende da informação do paciente
 Testa frequências enter 250 e 8000 Hz
4. IMITANCIOMETRIA
(=impedanciometria = timpanometria)
 Teste objetivo: mede a mobilidade da
cadeia timpano-ossicular e o reflexo do
músculo do estribo (musc. estapédio)
Timopanograma Normal
(Jerger tipo A)
Pico em 0dPa
Melhor mobilidade
do tímpano
quando não há
pressão extra
aplicada em cada
um dos lados da
membrana.
Jerger Ap
Pico em 0dPa, mas com
grande amplitude
Interrupção ossicular?
Jerger Ar
Pico em 0dPa, mas
amplitude muito
baixa
Fixação do estribo?
Jerger tipo B
Sem pico
Não há maior
mobilidade
timpânica com
qualquer pressão
no CAE
Jerger tipo B
Ocorre em:
1. Artefato
2. Fluido no ouvido
médio (OMédia)
3. Perfuração
Veja o volume do CAE:
Grande = perfuração
Normal = fluido
Jerger tipo C
Pico em < 0dPa
Melhor movimento
timpânico com
pressão negativa no
CAE; portanto a
pressão no ouvido
médio também é
negativa (retração
timpânica).
Concluindo
Testes não são infalíveis, e
devem ser administrados e
interpretados no conjunto.
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Anatomia e fisiologia do ouvido