Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2010
VACINAS
RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS
BCG ID (1)
Deverá ser aplicada na maternidade, em recém-nascidos (RNs)
com peso maior ou igual a 2.000 g.
Hepatite B (2)
Aplicar a primeira dose (dose 0) na maternidade e,
posteriormente, as outras duas doses (esquema 0-1-6 meses).
Nos recém-nascidos com menos de 33 semanas de gestação
e/ou com menos de 2.000 g de peso ao nascimento, usar o
esquema com quatro doses (esquema 0-1-2-7 meses).
Palivizumabe (3)
Durante o período de circulação do vírus sincicial respiratório em
nosso país (março a setembro).
Pneumocócica
conjugada (4)
Iniciar o mais precocemente possível (aos dois meses).
Respeitando a idade cronológica.
Três doses: aos dois, quatro e seis meses e um reforço aos
15 meses.
Influenza (gripe) (5)
Respeitando a idade cronológica. Duas doses a partir dos seis
meses com intervalo de 30 dias entre elas.
Poliomielite (6)
Utilizar somente vacina inativada (injetável) em recém-nascidos
internados na unidade neonatal.
Rotavírus
Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.
(7)
Tríplice bacteriana (8)
Preferencialmente utilizar vacinas acelulares.
As demais vacinas do Calendário de Vacinação da criança devem ser aplicadas de
acordo com a idade cronológica.
OBSERVAÇÕES
RECÉM-NASCIDO HOSPITALIZADO Deverá ser vacinado com as vacinas habituais, desde
que clinicamente estável. Não usar vacinas de vírus vivos: pólio oral e rotavírus.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE E CUIDADORES Todos os funcionários da Unidade Neonatal, pais e cuidadores devem ser vacinados contra o influenza e receber uma dose da vacina
tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a transmissão da influenza e da coqueluche ao
recém-nascido.
VACINAÇÃO EM GESTANTES E PUÉRPERAS A imunização da gestante contra a influenza
é uma excelente estratégia na prevenção da doença em recém-nascidos nos primeiros seis
meses de vida, época que ele ainda não pode receber a vacina. A prevenção do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é oportuno para receber as vacinas
contra doenças para as quais a puérpera seja suscetível: hepatite B, hepatite A, rubéola, sarampo, caxumba, varicela, coqueluche e febre amarela.
COMENTÁRIOS
1. BCG Poucos estudos mostram eventual diminuição da resposta imune ao BCG em menores
de 1.500 g a 2.000 g. Por precaução, aguardar 2.000 g ou idade de um mês para vacinar.
2. HEPATITE B Os RNs de mães portadoras do vírus B devem receber ao nascer, além da vacina, imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 mL via intramuscular
até no máximo sete dias de vida. Devido à menor resposta à vacina em bebês nascidos com
idade gestacional inferior a 33 semanas e/ou com menos de 2.000 g, desconsidera-se a primeira dose e aplicam-se mais três doses (esquema 0-1-2 e a última dose de seis a 12 meses
após a primeira dose).
3. PALIVIZUMABE Não se trata de uma vacina, mas de imunobiológico para imunização passiva com anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório (VSR), para o RN pré-termo
de risco, nos meses de maior circulação do VSR em nosso país (março a setembro). É altamente recomendado para prematuros com idade gestacional menor de 28 semanas com até um
ano de idade, e para RN com displasia broncopulmonar e cardiopatas em tratamento clínico
nos últimos seis meses com até dois anos de idade. É recomendado para os demais prematuros até o sexto mês de vida, especialmente para aqueles com idade gestacional de 29 a 32
semanas, ou maiores de 32 semanas que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança
institucionalizada, irmão em idade escolar, poluição ambiental, anomalias congênitas de vias
aéreas e doenças neuromusculares graves. Emprega-se a dose habitual de 15 mg/kg de peso,
em cinco doses mensais consecutivas, aplicadas por via intramuscular.
4. PNEUMOCÓCICA CONJUGADA RNs pré-termos e de baixo peso apresentam maior incidência de doença pneumocócica invasiva, cujo risco aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento.
5. INFLUENZA A indicação rotineira da vacina contra a influenza em lactentes de seis a 23
meses é reforçada nos prematuros, pois estes apresentam maior morbidade e mortalidade
nas infecções por esse vírus. Deve-se sempre respeitar a sazonalidade da doença.
6. POLIOMIELITE Devido ao risco teórico de disseminação do vírus vacinal em população de
imunodeprimidos (UTI neonatal, por exemplo), o uso da vacina oral está contraindicado enquanto o RN permanecer hospitalizado.
7. ROTAVÍRUS Por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a imunização contra o rotavírus só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-se a idade limite para administração da primeira dose.
8. TRÍPLICE BACTERIANA A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de apneias e episódios convulsivos pós-aplicação da vacina tríplice bacteriana.
DEMAIS VACINAS O calendário infantil deve ser seguido de acordo com a idade cronológica. A resposta imune às demais vacinas pode ser menor, mas em geral atinge níveis satisfatórios de proteção.
PREMATURO
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