Custos Industriais
“ o instrumento de informações para a tomada de decisões dentro e fora da
empresa”
Prof. Dr. Ualison Rébula de Oliveira
Engenharia de Produção – Custos Industriais – Prof. Dr. Ualison Rébula de Oliveira
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Currículo Resumido do Professor
Ualison Rébula de Oliveira é Doutor em Engenharia (ênfase em
Engenharia de Produção) pela UNESP, Mestre em Sistemas de
Gestão da Qualidade pela UFF, Especialista em Gestão Empresarial,
Finanças Empresariais, Administração Estratégica, Gestão de
Recursos Humanos, Graduado em Engenharia Mecânica e em
Administração de Empresas. Possui 15 anos de experiência
profissional em Finanças Corporativas adquirida em instituição
financeira de grande porte. Atualmente presta consultoria nas áreas
de FINANÇAS, GESTÃO DE PROCESSOS e QUALIDADE. É
professor em disciplinas com foco em Finanças e Custos em cursos
de Pós-Graduação e professor em disciplinas com foco em Gestão de
Processos e Qualidade em cursos de Graduação. No ano de 2009
teve sua Tese de Doutorado (tema versa sobre Flexibilidade de
Manufatura em Montadora de Veículos) eleita pela Associação
Brasileira de Engenharia de Produção como uma das duas melhores
Teses de Doutorado em Engenharia de Produção de todo o Brasil.
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Bibliografia recomendada para
acompanhamento das aulas
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Ementa da disciplina segmentada em
tópicos (Sumário Geral)
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
15)
16)
17)
Introdução, Conceituação de custos, Contabilidade Financeira, Contabilidade de
Custos e Postulados Contábeis;
Terminologia Contábil básica;
Classificações e Nomenclaturas de Custo;
Princípios Contábeis aplicados a Custo; Princípio da Partida dobrada;
Demonstrativos Financeiros (Balanço Patrimonial e Resultado);
O uso de indicadores financeiros;
Apuração de resultado com consideração de estoques;
Métodos de valorização de estoques;
Sistemas de custeio: Propriedades e características dos sistemas de custeio;
Custeio por Absorção sem Departamentalização;
Custeio por Absorção com Departamentalização. Custeio Variável Direto;
Custeio por Atividade;
Custeio padrão;
A relação Custo x Volume x Lucro;
Alavancagem Operacional;
Análise de custos para a Tomada de Decisão;
Determinação do Preço de Venda e Formação de preços.
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Observações Relevantes
► O presente material não é uma apostila! É apenas um referencial
para que o professor possa ministrar o conteúdo da ementa de forma
organizada;
► O presente material não substitui os livros indicados como referência
bibliográfica;
► O presente material não esgota (não concentra) todo o conteúdo que
será proferido pelo professor em sala de aula;
► Os exercícios que se encontram nesse material servem de base e
referência para que os alunos possam buscar e pesquisar outros
exercícios nas bibliografias sugeridas no slide 3, não esgotando,
assim, os exercícios que poderiam ser cobrados em uma avaliação;
► O aluno que desejar escrever algum artigo sobre custos industriais
em conjunto com o professor Ualison, deverá se manifestar com
antecedência de dois meses ao prazo final de submissão do artigo.
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Custos Industriais
Contabilidade Geral
A
finalidade
da
Contabilidade é a de
controlar o Patrimônio
com o objetivo de
fornecer informações
sobre
a
sua
composição e suas
variações.
Contabilidade de Custos
A
finalidade
da
Contabilidade
de
Custos está no auxílio
ao controle e a ajuda
na tomada de decisões.
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Definição de Contabilidade Financeira
- “É a ciência que estuda a formação e variação do Patrimônio”;
- “É a ciência que estuda, registra e controla o Patrimônio das
Entidades com fins lucrativos ou não”;
- “Instrumento de informações para a tomada de decisões dentro e
fora da empresa”.
- Todas as movimentações possíveis de mensuração monetária são
registradas pela contabilidade, que, em seguida, resume os dados
registrados em forma de relatórios (contábeis).
Uma empresa sem boa contabilidade é como
um barco, em alto-mar, sem bússola.
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Definição de Contabilidade de Custos
- É o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações
para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às
funções de determinação de desempenho, e de planejamento e
controle das operações e de tomada de decisões, bem como tornar
possível a alocação mais criteriosamente possível dos custos de
produção aos produtos;
-A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados
operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de
dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados
externos.
Uma empresa sem boa contabilidade é como
um barco, em alto-mar, sem bússola.
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Demonstrativos Financeiros
Dados
Dados Coletados
Coletados
Dados
Coletados
Contabilizados
Demonstrações Financeiras (Contábeis)
(Obrigatórios pela legislação brasileira)
Usuários
Relatórios
Relatórios
Relatórios
Contábeis
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Principais Demonstrativos Financeiros
 Balanço Patrimonial (BP)
 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
Demonstrações de Fluxo de Caixa (DFC)
Notas Explicativas
Relatório da Administração
Parecer dos Auditores Independentes
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Notas Explicativas
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Relatório da Administração
Informações aos acionistas, desempenho, perspectivas relativas a
estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos
conjunturais, legislação, política financeira, de recursos
humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc..Se relata
livremente aquilo que julga importante.
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Relatório da Administração
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Notas Explicativas
São dados e informações que ora complementam as
demonstrações financeiras; taxas de juros, vencimentos e
garantias de obrigações, critérios contábeis (avaliação de
estoques, depreciações, provisões) Garantias prestadas a terceiros,
espécies de ações do capital social, eventos relevante
subsequentes à data do balanço. Auxiliam a fazer avaliação mais
ampla da empresa.
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Notas Explicativas
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Parecer dos Auditores Independentes
Obrigatório para as companhias abertas. Os auditores são
contadores que, sem manter vínculo empregatício, são
contratados para emitir opiniões sobre a correção e
veracidade das demonstrações financeiras
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Parecer dos Auditores Independentes
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Demonstrações Financeiras Padronizadas
As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados
sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise
destas demonstrações visa transformar esses dados em
informações e será tanto mais eficiente quanto melhores
informações produzir.
Fatos ou eventos
econômicofinanceiros
Demonstrações
financeiras
(dados)
Processo
contábil
Técnicas
de análise de
demonstrativos
Informações
financeiras para
a tomada de
decisões
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Balanço Patrimonial - Ativo
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Balanço Patrimonial - Passivo
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Demonstrativo de Resultado de Exercício
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Demonstrativo das Origens e Aplicações de Recursos
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Balanço Patrimonial
- O mais importante relatório contábil.
- Identifica-se com ele, a saúde financeira e econômica
(no fim do ano ou qualquer data prefixada)
Balanço Patrimonial
Ativo
Passivo e Patrimônio
Líquido
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Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial
Ativo
Bens
Passivo e PL
Obrigações
• Máquinas
• Veículos
• Estoque
• Dinheiro
• Fornecedores
• Salários a Pagar
• Empréstimos Bancários
• Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber
• Depósitos em Bancos
Lado Esquerdo
Patrimônio Líquido
• Capital Social
• Reservas de Lucros
• Lucros Acumulados
Lado direito
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Balanço Patrimonial - ATIVO
• Conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa.
São itens positivos do patrimônio (Proporcionam ganho para
a empresa):
 Contas a Receber
 Estoque de Produtos Acabados
Evidencia os
 Máquinas e Equipamentos
bens e direitos da
 Prédios próprios
da empresa.
• Como considerar outros ativos?
 Prédios alugados
 Arrendamento de veículos, equipamentos etc.
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Balanço Patrimonial - PASSIVO
• Conjunto de obrigações exigíveis da empresa.
 PASSIVO EXIGÍVEL (CAPITAL DE TERCEIROS)
 Recursos de Terceiros (dinheiro)
 Capital de Terceiros
Evidencia o
 Fornecedores (de mercadorias)
Endividamento
 Funcionários (salários)
da empresa.
 Governo (impostos)
 Bancos (empréstimos) etc.
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Evidencia o Direito dos Sócios.
Patrimônio Líquido = Ativo (bens + direitos) – Passivo Exigível (obrigações exigíveis)
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Balanço Patrimonial – Capital próprio e
de Terceiros
Capital = Recursos
Capital de Terceiros =
Capital Alheio
=
+
Capital próprio = Recursos
(financeiros ou materiais)
dos proprietários (sócios
ou acionistas).
=
Passivo =
Obrigações
Patrimônio
=
Líquido
Capital Total
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Balanço Patrimonial – Capital próprio e
de Terceiros
Bens
Balanço Patrimonial
Ativo
Passivo e PL
Obrigações
• Máquinas
• Veículos
• Estoque
• Dinheiro
Direitos
• Títulos a receber
• Depósitos em Bancos
(Capital de Terceiros)
Capital
Total
Patrimônio Líquido
(Capital Próprio)
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Balanço Patrimonial – Origens e
Aplicações
Aplicações dos Recursos que
teve origem (Passivo e PL)
Aplicações
Bens
=
Todos os Recursos entram
pelo Passivo e PL.
Balanço Patrimonial
Ativo
Passivo e PL
Obrigações
• Máquinas
• Veículos
• Estoque
• Dinheiro
Direitos
• Títulos a receber
• Depósitos em Bancos
Origens
• Fornecedores
• Salários a Pagar
• Empréstimos Bancários
• Impostos a Pagar
Patrimônio Líquido
• Capital Social
• Reservas de Lucros
• Lucros Acumulados
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Balanço Patrimonial – Origens e
Aplicações
Proprietários (PL)
Fornecedores
Governo
Bancos
Financeiras etc.
Caixa
Estoque
Máquinas
Imóveis etc.
Balanço Patrimonial
Ativo
Aplicações
P e PL (origens)
$$$$$$$$
De terceiros
e próprio
$$$$$$$$
$$$
$
$$$$$$$$$
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Balanço Patrimonial – Grupo de Contas
ATIVO
Circulante
Valores disponíveis e
conversíveis dentro do período
Realiz. L.P.
Valores conversíveis além do
período
Permanente
Investimentos de caracter
permanente ou que beneficiam
exercícios futuros
PASSIVO
Circulante
Obrigações com terceiros
que vencem no período.
Exigível obrigatório
Exig. L.P.
Obrigações com terceiros
que se vencem além do
período. Exigível obrigatório
Patrim. Líquido
Recursos dos Proprietários
ou Sócios da Empresa
Exigível NÃO obrigatório
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Balanço Patrimonial – Grupo de Contas
Ativo
Passivo e Patrimônio Líquido
Circulante
Compreende contas que estão constantemente em giro em movimento, sua conversão em dinheiro ocorrerá, no
máximo, até o próximo exercício social.
Circulante
Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no
próximo exercício social: nos próximos 365 dias após o
levantamento do balanço.
Realizável a Longo Prazo
Incluem-se nessa conta bens e direitos que se
transformarão em dinheiro após o exercício seguinte.
Exigível a Longo Prazo
Relacionam-se nessa conta obrigações exigíveis que serão
liquidadas com prazo superior a um ano - dívidas a longo
prazo.
Permanente
São bens e direitos que não se destinam a venda e têm
vida útil longa, no caso de bens.
 Investimento
São as aplicações de caráter permanente que geram
rendimentos não necessários à manutenção da
atividade principal da empresa.
Patrimônio Líquido
São recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os
recursos significam o capital mais o seu rendimento - lucros
e reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos
proprietários será reduzido.
 Imobilizado
Abarca itens de natureza permanente que serão
utilizados para a manutenção da atividade básica da
empresa.
 Diferido
São aplicações que beneficiarão resultados de
exercícios futuros.
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Balanço Patrimonial – Exemplo
ATIVO
PASSIVO
Circulante
Circulante
Disponível (Caixa e Bancos)
Duplicatas a Receber (Clientes)
Estoques
Total
600
1.700
700
3.000
Realiz. L.P.
Fornecedores
Empréstimos a pagar
Contas a Pagar
Total
600
1200
800
2.600
Exig. L.P.
Títulos a Receber
Total
1.000
1.000
Permanente
Empréstimos a Pagar
Total
1.000
1.000
Patrim. Líquido
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Total
TOTAL DO ATIVO
600
1.000
400
2.000
Capital Social
Reservas
Lucro do Exercício
6.000
TOTAL DO PASSIVO
Total
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2.000
100
300
2.400
6.000
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Demonstrativo de Resultado de
Exercício – D.R.E.
(-)
=
(-)
=
(-)
=
(-)
+
=
(-)
=
Receitas Bruta
Deduções da Receita
Receita Líquida
D.R.E.
Custos das Vendas
e suas
Lucro Bruto
Contas
Despesas Operacionais
Lucro Operacional
Despesas não Operacionais
Receitas não Operacionais
Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
Provisão para Imposto de Renda
Lucro Depois do Imposto de Renda
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Demonstrativo de Resultado de
Exercício – D.R.E.
(-)
=
(-)
=
(-)
=
(-)
+
=
(-)
=
Receitas Bruta
Deduções da Receita
A Receita Bruta representa a
Receita Líquida
somatória dos valores
Custos das Vendasdas Notas Fiscais emitidas
Lucro Bruto
Despesas Operacionais
Lucro Operacional
Despesas não Operacionais
Receitas não Operacionais
Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
Provisão para Imposto de Renda
Lucro Depois do Imposto de Renda
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Demonstrativo de Resultado de
Exercício – D.R.E.
(-)
=
(-)
=
(-)
=
(-)
+
=
(-)
=
Receitas Bruta
Deduções da Receita
e Taxas s/ Vendas
Receita Líquida Impostos
. IPI
Custos das Vendas. ICMS
O fato gerador é
. ISS
Lucro Bruto
a Receita
. PIS
Despesas Operacionais
. COFINS
Lucro OperacionalDevoluções (vendas canceladas)
Abatimentos (descontos)
Despesas não Operacionais
Receitas não Operacionais
Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
Provisão para Imposto de Renda
Lucro Depois do Imposto de Renda
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Demonstrativo de Resultado de
Exercício – D.R.E.
Receitas Bruta
Custos(-)dasDeduções
Vendas representam
da Receita os gastos de
“produção” apropriados
produtos ou serviços vendidos.
= Receitaaos
Líquida
(-) Custos das Vendas
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
= Lucro Operacional
Despesas(-)Operacionais
sãoOperacionais
os gastos incorridos
Despesas não
para: vender,
administrar
financiar as operações.
+ Receitas
não eOperacionais
= Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Provisão para Imposto de Renda
= Lucro Depois do Imposto de Renda
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Demonstrativo de Resultado de
Exercício – D.R.E.
Receitas Bruta
(-) Deduções da Receita
= Receita Líquida
(-) Custos das Vendas
Lucro Bruto
Despesas e=Receitas
não Operacionais são variações
Operacionais
registradas (-)
na Despesas
D.R.E., que
não fazem parte do objeto
= Lucro
Operacional
Social
da Empresa
(-) Despesas não Operacionais
+ Receitas não Operacionais
= Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Provisão para Imposto de Renda
= Lucro Depois do Imposto de Renda
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Ligação entre o D.R.E e o B.P.
Balanço Patrimonial
ATIVO
PASSIVO E PL
Circulante Início Final P. Líquido Início Final
Caixa
900 1.200 Capital
900
900
Lucros Ac. 300
Total
900 1.200 Total
900 1.200
DRE
Receita
a vista
$ 800
(-) Despesas $ 500
Lucro
$ 300
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O Método das partidas dobradas
•Desenvolvido pelo Frei Luca Pacioli – Itália – Século XV
• Para qualquer operação há sempre:
• Um débito e Um crédito de igual valor ou
• Um débito e Vários créditos de igual valor ou
• Vários débitos e Um crédito de igual valor
Não há débitos sem créditos correspondentes
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O Método das partidas dobradas
EXEMPLO: Compra de estoques a prazo no valor de R$ 30.000
Estoques
Fornecedores
30.000
Lançamentos duplos
30.000
Débito 30.000
Crédito 30.000
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O Método das partidas dobradas
• Não haverá débito (s) sem crédito (s) correspondentes
• Soma dos Débitos = soma dos Créditos
EXEMPLO
• Formação de capital aplicado no Caixa: $ 1.500.000
• Compra de estoque a vista: $ 500.000
• Compra de móveis e utensílios a vista: $ 300.000
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O Método das partidas dobradas
EXEMPLO – Continuação
CONTAS
Caixa
Capital
Móveis e Utens.
Estoques
TOTAL
Lanç de Débito Lanç de Crédito
700.000
300.000
500.000
1.500.000
1.500.000
-
1.500.000
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Indicadores Financeiros a partir da
análise das Demonstrações Financeiras
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Análises Vertical e Horizontal

A análise vertical mostra a participação percentual de cada
item das demonstrações financeiras em relação ao somatório de
seu grupo. Essa análise permite avaliar a composição de itens e
sua evolução no tempo.

A análise horizontal toma por base dois ou mais exercícios
sociais para verificar a evolução ou involução de seus
componentes. Observando o comportamento dos diversos itens
do patrimônio e, principalmente, dos índices, pode-se fazer uma
análise de tendência.
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Análise Vertical
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano I
R$
Análise
Vertical
Ano II
R$
Análise
Vertical
Ano III
R$
Análise
Vertical
ATIVO
478.320
100,0%
927.506
100,0%
1.151.080
100,0%
Circulante
Disponível
Estoques
Clientes
Outros
296.394
27.640
124.638
28.754
115.362
62,0%
5,8%
26,1%
6,0%
24,1%
644.559
44.422
331.053
94.256
174.828
69,5%
4,8%
35,7%
10,2%
18,8%
761.510
21.853
340.428
99.439
299.790
66,2%
1,9%
29,6%
8,6%
26,0%
36.702
36.702
7,7%
7,7%
29.680
29.680
3,2%
3,2%
31.705
31.705
2,8%
2,8%
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
145.224
75.113
60.781
9.330
30,4%
15,7%
12,7%
2,0%
253.267
130.028
62.652
60.587
27,3%
14,0%
6,8%
6,5%
357.865
224.656
107.540
25.669
31,1%
19,5%
9,3%
2,2%
PASSIVO
478.320
100,0%
927.506
100,0%
1.151.080
100,0%
72.021
50.415
21.606
15,1%
10,5%
4,5%
456.209
320.004
136.205
49,2%
34,5%
14,7%
565.751
360.201
205.550
49,1%
31,3%
17,9%
Exigível a LP
Financiamentos
226.273
226.273
47,3%
47,3%
161.293
161.293
17,4%
17,4%
130.776
130.776
11,4%
11,4%
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas
180.026
70.000
110.026
37,6%
14,6%
23,0%
310.004
87.500
222.504
33,4%
9,4%
24,0%
454.553
131.250
323.303
39,5%
11,4%
28,1%
Realizável a LP
Clientes
Circulante
Contas a pagar
Impostos a recolher
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Análise Vertical
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano I
R$
Análise
Vertical
Ano II
R$
Análise
Vertical
Análise
Vertical
VENDAS
Custos das Vendas
921.995 100,0%
(640.676)
69,5%
LUCRO BRUTO
281.319
30,5%
702.520
47,6%
1.015.219
47,4%
Despesas Operacionais
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras (-)
Receitas Financeiras
Outras Despesas
221.214
158.144
42.781
24,0%
17,2%
4,6%
568.876
487.482
74.255
38,5%
33,0%
5,0%
798.123
602.786
182.907
37,3%
28,2%
8,5%
17.936
2.353
1,9%
0,3%
4.452
2.687
0,3%
0,2%
9.352
3.078
0,4%
0,1%
LUCRO OPERACIONAL
60.105
6,5%
133.644
9,1%
217.096
10,1%
Resultado não operacional
Receitas não operacionais
Despesas não operacionais
29.023
43.545
(14.522)
LUCRO ANTES DO IR
89.128
Provisão para o IR
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
3,1%
4,7%
1,6%
9,7%
(2.333)
86.795
1.476.551 100,0%
(774.031)
52,4%
Ano III
R$
17.450
34.719
(17.269)
151.094
2.140.999 100,0%
(1.125.780)
52,6%
1,2%
2,4%
1,2%
10,2%
(6.930)
9,4%
144.164
14.247
45.203
(30.956)
231.343
0,7%
2,1%
1,4%
10,8%
(15.649)
9,8%
Engenharia de Produção – Custos Industriais – Prof. Dr. Ualison Rébula de Oliveira
215.694
10,1%
48/125
Análise Horizontal
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano I
R$
Análise
Horizontal
Ano II
R$
Análise
Horizontal
Ano III
R$
Análise
Horizontal
ATIVO
478.320
100,0%
927.506
193,9%
1.151.080
240,7%
Circulante
Disponível
Estoques
Clientes
Outros
296.394
27.640
124.638
28.754
115.362
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
644.559
44.422
331.053
94.256
174.828
217,5%
160,7%
265,6%
327,8%
151,5%
761.510
21.853
340.428
99.439
299.790
256,9%
79,1%
273,1%
345,8%
259,9%
36.702
36.702
100,0%
100,0%
29.680
29.680
80,9%
80,9%
31.705
31.705
86,4%
86,4%
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
145.224
75.113
60.781
9.330
100,0%
100,0%
100,0%
100,0%
253.267
130.028
62.652
60.587
174,4%
173,1%
103,1%
649,4%
357.865
224.656
107.540
25.669
246,4%
299,1%
176,9%
275,1%
PASSIVO
478.320
100,0%
927.506
193,9%
1.151.080
240,7%
72.021
50.415
21.606
100,0%
100,0%
100,0%
456.209
320.004
136.205
633,4%
634,7%
630,4%
565.751
360.201
205.550
785,5%
714,5%
951,4%
Exigível a LP
Financiamentos
226.273
226.273
100,0%
100,0%
161.293
161.293
71,3%
71,3%
130.776
130.776
57,8%
57,8%
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas
180.026
70.000
110.026
100,0%
100,0%
100,0%
310.004
87.500
222.504
172,2%
125,0%
202,2%
454.553
131.250
323.303
252,5%
187,5%
293,8%
Realizável a LP
Clientes
Circulante
Contas a pagar
Impostos a recolher
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49/125
Análise Horizontal
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano I
R$
Análise
Horizontal
Ano II
R$
Análise
Horizontal
Ano III
R$
Análise
Horizontal
VENDAS
Custos das Vendas
921.995
(640.676)
100,0%
100,0%
1.476.551
(774.031)
160,1%
120,8%
2.140.999
(1.125.780)
232,2%
175,7%
LUCRO BRUTO
281.319
100,0%
702.520
249,7%
1.015.219
360,9%
Despesas Operacionais
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras (-)
Receitas Financeiras
Outras Despesas
221.214
158.144
42.781
100,0%
100,0%
100,0%
568.876
487.482
74.255
257,2%
308,3%
173,6%
798.123
602.786
182.907
360,8%
381,2%
427,5%
17.936
2.353
100,0%
100,0%
4.452
2.687
24,8%
114,2%
9.352
3.078
52,1%
130,8%
LUCRO OPERACIONAL
60.105
100,0%
133.644
222,4%
217.096
361,2%
Resultado não operacional
Receitas não operacionais
Despesas não operacionais
29.023
43.545
(14.522)
100,0%
100,0%
100,0%
LUCRO ANTES DO IR
89.128
100,0%
Provisão para o IR
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
(2.333)
86.795
100,0%
100,0%
17.450
34.719
(17.269)
151.094
(6.930)
144.164
60,1%
79,7%
118,9%
169,5%
297,0%
166,1%
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14.247
45.203
(30.956)
231.343
(15.649)
215.694
49,1%
103,8%
213,2%
259,6%
670,8%
248,5%
50/125
Exercícios Sobre Análise Vertical e
Horizontal
BP. QUATIS EQUIP.
Caixa
Contas a receber
Estoques
Equipamentos
Edificações
Total do Ativo
2005
48
389
503
3.000
3.800
7.740
AV
AH
2006
60
488
396
3.000
4.120
8.064
AV
AH
Fornecedores
720
700
Dívidas a longo prazo
2.980
2.920
Capital social
3.240
3.240
Lucros retidos
800
1.204
Total do Passivo
7.740
8.064
Observação: a) Não precisa colocar o símbolo de percentual (%);
b) Trabalhe com duas casas decimais.
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51/125
Exercícios Sobre Análise Vertical e
Horizontal
D.R.E. QUATIS
EQUIP. S/A
Vendas
C.M.V
Depreciação
L.A.J.I.R.
Juros
2005
AV
AH
2006
2.780
1.112
500
1.168
168
3.274
1.421
550
1.299
199
L.A.I.R.
Imposto Renda
1.000
300
1.100
330
AV
AH
Lucro Líquido
700
770
Observação: a) Não precisa colocar o símbolo de percentual
(%); b) Trabalhe com duas casas decimais.
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52/125
Análises através de Índices
A avaliação da empresa através de índices exige obrigatoriamente
a comparação com padrões e a fixação da importância relativa de
cada índice.
Índice é a relação entre contas ou grupos de contas das
demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado
aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa !!!
Estrutura
Situação
Financeira
Liquidez
Situação
Econômica
Prazos médios
Rentabilidade
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53/125
Índices de Liquidez
 Liquidez Geral
Ativo Circulante + Realizável a longo prazo
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo
 Liquidez Corrente
. Ativo Circulante .
Passivo Circulante
 Liquidez Seca
(Ativo Circulante – Estoques)
Passivo Circulante
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54/125
Índices de Estrutura de Capital
 Endividamento Geral
(Passivo Total – Patrimônio Líquido)
Passivo Total
 Cobertura de Juros
Lucro Operacional
Juros
 Índice de composição do endividamento
. Passivo Circulante .
Capitais de Terceiros
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55/125
Índices de Medidas de Giro
 Giro de estoque
CMV ÷ Estoque
 Giro de contas a receber
Vendas Líquidas ÷ Contas a receber
 Giro de contas a pagar
CMV ÷ Contas a pagar
Giro do ativo total
Vendas Líquidas ÷ Ativo Total
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56/125
Cálculo de Períodos
► Período de Estoque = 365 dias ÷ Giro de Estoque
► Período de Contas a Receber = 365 dias ÷ Giro de Contas a Receber
► Período de Contas a Pagar = 365 dias ÷ Giro de Contas a Pagar
► Esses períodos comporão o Ciclo Operacional da empresa e
facultarão a provisão de Capital de Giro necessário (Tópico de grande
relevância a ser visto em nossa disciplina em momento oportuno).
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57/125
Ciclo operacional X Ciclo de Caixa
60 dias
45 dias
Período de estoque
Período de contas a receber
Recebe pela venda
Vende o
produto acabado
tempo
Compra a
Matéria-prima
Ciclo de Caixa
Paga a matéria-prima
Ao fornecedor
Período de contas a pagar
30 dias
Ciclo operacional = Período de estoque +
período de contas a receber (60 + 45 = 105 dias)
Ciclo de caixa = Ciclo operacional – Período de
contas à pagar (105 – 30 = 75 dias)
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58/125
Índices de Rentabilidade
Margem de Lucro
Lucro Líquido ÷ Vendas Líquidas
Retorno do Ativo
Lucro Líquido ÷ Ativo Total
Retorno do Capital Próprio
Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido
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59/125
Exercícios Sobre Índices
a)
b)
c)
d)
e)
f)
No próximo slide é fornecido as demonstrações financeiras
BALANÇO PATRIMONIAL e DEMONSTRATIVO DE
RESULTADO DE EXERCÍCIO, que deverão ser utilizadas de base
para o cálculo dos seguintes índices:
Ìndices de Liquidez (LG, LC, LS)
Índices de Estrutura (EG, CJ, ICE)
Índices de Rentabilidade (ML, RAT, RPL)
Medidas de Giro (GE, GCR, GCP, GAT)
Períodos de contas a receber, contas a pagar e estoque
Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa.
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60/125
Exercícios Sobre Índices
ATIVO PORTO REAL ENGR. – 2006 (valores x 1.000)
Ativo circulante
Caixa
47
Contas a receber (clientes)
389
Estoques
503
Total
939
Ativo permanente
Instalações e equipamentos (líquido)
2.061
Total do ativo
3.000
PASSIVO PORTO REAL ENGR. – 2006 ( x 1.000)
Passivo circulante
Contas a pagar (Fornecedores)
380
Títulos a pagar
105
Total
485
Passivo Exigível a Longo Prazo
Dívidas a longo prazo
515
Patrimônio líquido
Capital social e reservas
1.200
Lucros retidos de Exercícios Anteriores
310
Lucro do Exercício Atual
490
Total
2.000
Total do passivo
3.000
DRE PORTO REAL ENGR. 2006
(valores x 1.000)
Vendas
2.780
Custo da mercadoria 1.112
vendida
Depreciação
500
Lucro antes de juros 1.168
e imposto de renda
Juros pagos
168
Lucro tributável
1.000
Imposto de renda 300
(30%)
Lucro líquido
700
Dividendos
210
Acréscimo a lucros 490
retidos
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61/125
Como Avaliar os Índices
► Avaliação intrínseca do índice: Importa em tirar conclusões
a partir da intuição do analista, de sua experiência anterior,
etc. Aconselha-se somente em situações em que não há
índices-padrão para comparar;
► Comparação dos índices no tempo: Mostra as tendências
seguidas pela empresa no decorrer do tempo. É muito
importante.
► Comparação com padrões: Consiste em comparar um
índice em relação a um universo de índices, e, a partir daí,
tirar conclusões a partir de parâmetros bem definidos.
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62/125
Como Avaliar os Índices
► O nível de segurança que se obtém de um parecer técnico sobre
a situação econômica financeira de uma empresa está
diretamente relacionado ao período escolhido para a avaliação.
► Os índices servem como um termômetro da saúde financeira da
empresa. Porém, para fornecer um parecer conclusivo é
necessário analisar outros aspectos da estrutura financeira e
econômica da empresa.
► Os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim
num contexto mais amplo, onde cabe interpretar também outros
indicadores e variáveis.
► O analista deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as
peculiaridades do negócio da empresa, comparar os índices aos
das empresas concorrentes.
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63/125
Como Avaliar os Índices
Estrutura de Capital
2000
Composição do Endividamento
Cobertura de Juros
49%
2001
44%
2002
60%
482% 345% 210%
M
E
LH
O
R
ANÁLISE FINANCEIRA
<
>
68%
59%
87%
<
Liquidez Geral
0,97
0,98
1,01
Liquidez Corrente
1,39
1,59
1,12
Liquidez Seca
0,95
1,15
0,88
>
>
>
Giro do Ativo
61%
72% 120%
Margem Líquida
1,3%
1,2%
Endividamento Geral
Liquidez
Rentabilidade
Rentabilidade do Ativo
2,8%
0,8% 0,9% 3,4%
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>
>
>
64/125
Terminologia Contábil
►Gasto
►Investimentos
►Perdas
►Desperdícios
►Despesas
►Custos
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65/125
Classificação Geral de Custos
►Custo Direto
Apropriação de custos indiretos
►Custo Indireto
►Custos Fixos
►Custos Variáveis
►Custo Semi-Fixo
►Custo Semi-Variável
►Custos Relevantes
►Custos Não-Relevantes
►Custo de Oportunidade
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66/125
Exemplo de Apropriação de Custos
Indiretos
Um navio cargueiro faz o transporte de duas mercadorias
distintas: TRATORES DE 40 TONELADAS e PARAFUSOS
DE 40 GRAMAS, ambos com quantidade de 1000 unidades
cada um.
O respectivo cargueiro cobrou R$ 2.000.000,00 de frete pelo
transporte e devemos atribuir esse frete aos tratores e aos
parafusos. Como devemos atribuir esses custos?
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67/125
Direcionadores de Custos
► Poderíamos ratear o frete pelo número de unidades:
R$ 2.000.000,00 ÷ 2.000 unidades = R$ 1.000,00 por unidade.
► Poderíamos ratear o frete pelo peso:
Cada trator tem 40 toneladas e cada parafuso tem 40 gramas. O
peso total da encomenda é de 40.000.040 kg e ao efetuarmos
todos os cálculos, atribuiríamos R$ 1999,99 de custo de frete
para cada trator e R$ 0,01 de custo de frete para cada parafuso.
► Poderíamos ratear pelo volume
► Poderíamos ratear por outros direcionares de custos
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68/125
Exercícios sobre Terminologia Contábil e
Nomenclatura de Custos
1.Coloque nos parênteses D (para despesas) e C (para custos) ao lado de cada conta
abaixo relacionada com uma empresa do setor siderúrgico.
(
(
(
(
(
(
(
(
(
) Salário do Eletricista de Manutenção
) Depreciação do automóvel utilizado pelo diretor da empresa
) Encargos financeiros sobre o desconto de títulos
) Consumo de aço numa industria metalúrgica
) Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para corte de aço)
) Energia Elétrica ( consumida por um letreiro da sede administrativa da empresa)
) Gastos com propaganda e publicidade
) Material de escritório consumido pela equipe de vendas
) Seguro da fábrica
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69/125
Exercícios sobre Terminologia Contábil e
Nomenclatura de Custos
2. A Papai Noel Entretenimento (PNE) administra uma grande loja em Penedo. A loja
tem uma seção de vídeo e uma outra de música (cd's e fitas).
A PNE relata os custos e despesas da seção de vídeo separadamente da seção musical.
Classifique cada um dos seguintes itens em:
Direto (D) ou Indireto (I) com relação à seção de vídeo
Item de Custo
Pagamento anual ao distribuidor de vídeos
Custos com eletricidade da loja PNE (conta única para toda loja)
Custos dos vídeos comprados para revenda
Assinatura da Revista Veja para os usuários da loja
Aluguel do software utilizado para o orçamento financeiro da loja
Custo da pipoca oferecida gratuitamente aos clientes da PNE
Seguro contra incêndio para a loja
Custos com frete na compra de vídeos
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D ou I
70/125
Exercícios sobre Terminologia Contábil e
Nomenclatura de Custos
3. Em relação a uma fábrica, classifique os custos abaixo em fixos (F) ou variáveis (V):
(
(
(
(
(
(
(
(
(
) Mão de obra do Operário de produção
) Mão de obra do Supervisor de Manutenção
) Matéria Prima
) Aluguel do Galpão
) Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para corte de aço)
) Energia Elétrica ( consumida por um letreiro da fábrica )
) Seguro do equipamento
) Seguro da fábrica
) Energia elétrica de iluminação do galpão
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71/125
Sistemas de Alocação de Custos Indiretos
Lembra-se do problema dos TRATORES e PARAFUSOS? Pois
bem, atualmente existem três sistemas para custeio dos custos
indiretos, ou seja, para a alocação desse tipo de custo aos
produtos são conhecidas três formas de rateio.
Para compreensão desses três sistemas, utilizaremos o exemplo,
sugerido por MARTINS (2007), que consiste em uma empresa
de confecções produtora de três tipos de produtos: camisetas,
vestidos e calças. A seguir, encontram-se as informações acerca
desses itens:
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72/125
Sistemas de Alocação de Custos Indiretos
Produto
Volume de Produção Mensal
Camisetas
18.000 u
Vestidos
4.200 u
Calças
13.000 u
Produto
Preço de Venda Unitário
Camiseta
$10,00
Vestido
$22,00
Calça
$16,00
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73/125
Sistemas de Alocação de Custos Indiretos
Tempo Despendido na Produção
Corte e Costura
Unitário
Acabamento
Total
Unitário
Total
Camisetas 0,30 h
5.400 h
0,15 h
2.700 h
Vestidos
0,70 h
2.940 h
0,60 h
2.520 h
Calças
0,80 h
10.400 h
0,30 h
3.900 h
Total
18.740 h
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9.120 h
74/125
Sistemas de Alocação de Custos Indiretos
Custos Diretos por Unidade
Camisetas
Vestidos
Calças
Tecido
$3,00
$4,00
$3,00
Aviamentos
$0,25
$0,75
$0,50
Mão-de-obra Direta
$0,50
$1,00
$0,75
Total
$3,75
$5,75
$4,25
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75/125
Sistemas de Alocação de Custos Indiretos
Custos Indiretos
Aluguel
Energia Elétrica
Salários Pessoal da Supervisão
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Material de Consumo
Seguros
Total
$24.000
$42.000
$25.000
$35.000
$32.000
$12.000
_$20.000
$190.000
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76/125
Rateio SEM Departamentalização
Custo de Mão-de-obra
Direta (Base do Rateio)
Unitário Total
$9.000
Camisetas $0,50
$4.200
Vestidos $1,00
$9.750
$0,75
Calças
$22.950
Total
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77/125
Rateio SEM Departamentalização
Taxa de Aplicação dos CIF
Custos Indiretos
$190.000
M. O. D. Totais
_____$22.950
Taxa Aplicação CIF $8,2789 / mod
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78/125
Rateio SEM Departamentalização
Camisetas
Vestidos
Calças
Total
Aplicação dos CIF
Unitário Total
$74.510
$4,14
$34,771
$8,28
$80.719
$6,21
190.000
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79/125
Rateio SEM Departamentalização
Custos Diretos
Custos Indiretos
Custo Total
Preço da Venda
Lucro Bruto Unitário
Margem %
Ordem de Lucratividade
Camisetas
$3,75
$4,14
$7,89
$10,00
$2,11
21,1%
3º
Vestidos
$5,75
$8,28
$14,03
$22,00
$7,97
36,2%
1º
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Calças
$4,25
$6,21
$10,46
$16,00
$5,54
34,6%
2º
80/125
Rateio COM Departamentalização
No item anterior, custeamos os produtos utilizando o Método
de Custeio por Absorção, porém sem a utilização da
Departamentalização, baseando-nos somente no custo da mãode-obra direta para efeito de rateio. Agora, iremos custear
aqueles mesmos produtos utilizando a Departamentalização.
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81/125
Rateio COM Departamentalização
► 1° passo: Separação entre Custos e Despesas.
► 2° passo: Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos
produtos.
► 3º passo: Apropriação dos Custos Indiretos aos Departamentos.
► 4º passo: Rateio dos Custos Indiretos aos diversos
Departamentos quer de produção, quer de Serviços (Nesse
momento segmenta-se os departamentos em produtivos e de
apoio)
► 5º passo: Escolha de seqüência de rateio dos Custos
acumulados nos Departamentos de Serviços e sua distribuição
aos demais Departamentos.
► 6º passo: Atribuição dos Custos Indiretos que agora só estão
nos Departamentos de Produção aos produtos segundo critérios
fixados.
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82/125
1° e 2º passos do Rateio COM
Departamentalização
Custos Indiretos
Aluguel
Energia Elétrica
Salários
Pessoal
Supervisão
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Material de Consumo
Seguros
Total
$24.000
$42.000
da $25.000
$35.000
$32.000
$12.000
_$20.000
$190.000
Produto
Volume de Produção Mensal
Camisetas
18.000 u
Vestidos
4.200 u
Calças
13.000 u
Produto
Preço de Venda Unitário
Camiseta
$10,00
Vestido
$22,00
Calça
$16,00
Custos Diretos por Unidade
Camisetas
Vestidos
Calças
Tecido
$3,00
$4,00
$3,00
Aviamentos
$0,25
$0,75
$0,50
Mão-de-obra Direta
$0,50
$1,00
$0,75
Total
$3,75
$5,75
$4,25
ATENÇÃO: Esses dois primeiros
passos são comuns a todos os
Sistemas de Rateio de Custos
Indiretos. Volte aos slides das páginas
anteriores e faça essa constatação!
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83/125
3° e 4º passos do Rateio COM
Departamentalização
DEPARTAMENTOS DE APOIO
Tipo de Custo Indireto
Compras
Almoxarifado
Administração
Produção
Aluguel
Energia Elétrica
Salários Pés. Supervisão
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Material de Consumo
Seguros
Total
$4.200
$6.500
$3.900
$5.000
$4.000
$2.000
_$2.400
$28.000
$4.600
$5.500
$3.350
$3.400
$4.500
$1.000
_$6.000
$28.350
$4.200
$5.000
$5.250
$6.700
$4.900
$1.800
_$2.000
$29.850
DEPARTAMENTOS DE
PRODUÇÃO
Corte e Costura Acabamento
TOTAIS
$6.000
$14.000
$7.000
$12.000
$9.500
$4.200
_$4.900
$57.600
$24.000
$42.000
$25.000
$35.000
$32.000
$12.000
_$20.000
$190.000
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$5.000
$11.000
$5.500
$7.900
$9.100
$3.000
_$4.700
$46.200
84/125
5° e 6º passos do Rateio COM
Departamentalização
Critérios de
rateio
dos
custos
dos
departamentos
de apoio aos
departamentos
produtivos
Os custos do departamento de
COMPRAS foram rateados em função
do número de pedidos de compra de
cada departamento (produtivos e de
apoio), conforme segue:
Os
custos
do
departamento
ALMOXARIFADO foram rateados em
função do número de itens movimentados
de cada departamento (produtivos e de
apoio, com exceção dos departamentos que
já estão zerados), conforme segue:
Almoxarifado:
60 pedidos
Compras:
50 pedidos
Administração
Produção:
95 pedidos
Corte e Costura:
Administração
Produção:
Corte e Costura:
da
Não recebe rateio,
pois já está zerado
da
8.000 itens
11.950 itens
Acabamento:
75 pedidos
Acabamento:
14.400 itens
ATENÇÃO: O departamento que está sofrendo rateio não envia custos para si mesmo
Os custos do departamento
ADMINISTRAÇÃO
DA
PRODUÇÃO foram rateados em
função do número de horas máquina
de cada departamento (somente
produtivos, uma vez que todos de
apoio já estão zerados), conforme
segue:
Compras:
Não recebe
rateio, pois já
está zerado
Almoxarifado
Não recebe
rateio, pois já
está zerado
Corte e Costura:
239 horas e
30 minutos
Acabamento:
189 horas
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5° e 6º passos do Rateio COM
Departamentalização
APOIO
Aluguel
Energia Elétrica
Salários Pés. Supervisão
Mão-de-obra Indireta
Depreciação
Material de Consumo
Seguros
Subtotal 1
Rateio Compras
Subtotal 2
Rateio Almoxarifado
Subtotal 3
Rateio Adm Produção
Total Deptos. Prod.
N° de Horas Produtivas
Custo por Hora
De Produção
Totais
Compras
Almoxarifado
Administração.
Produção
Corte e Costura
Acabamento
$4.200
$6.500
$3.900
$5.000
$4.000
$2.000
_$2.400
$28.000
_($28.000)
0
0
0
0
0
$4.600
$5.500
$3.350
$3.400
$4.500
$1.000
_$6.000
$28.350
_$6.000
$34.350
_($34.350)
0
0
0
$4.200
$5.000
$5.250
$6.700
$4.900
$1.800
_$2.000
$29.850
_$5.000
$34.850
_$8.000
$42.850
($42.850)
0
$6.000
$14.000
$7.000
$12.000
$9.500
$4.200
_$4.900
$57.600
_$9.500
$67.100
_$11.950
$79.050
_$23.950
$103.000
18.740 h
$5.000
$11.000
$5.500
$7.900
$9.100
$3.000
_$4.700
$46.200
_$7.500
$53.700
$14.400
$68.100
_$18.900
$87.000
9.120 h
5,4963 / h
9,5395 / h
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$24.000
$42.000
$25.000
$35.000
$32.000
$12.000
_$20.000
$190.000
_0
$190.000
0
$190.000
0
$190.000
86/125
Rateio COM Departamentalização
Com o custo por hora de cada departamento de produção,
podemos apurar o CIF a ser aplicado em cada unidade de
produto com base nas informações de tempo de produção do
Quadro 11, conforme segue:
Corte
e Acabamento
Total
Costura
Camisetas
1,65
1,43
3,08
Vestidos
3,85
5,72
9,57
Calças
4,40
2,86
7,26
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Rateio COM Departamentalização
Corte
e Acabamento
Total
Costura
Camisetas
1,65
1,43
3,08
Vestidos
3,85
5,72
9,57
Calças
4,40
2,86
7,26
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88/125
Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
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Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Para exemplificarmos o Sistema de Custeio Baseado em Atividades,
daremos seqüência ao exercício da fábrica de vestuário (MARTINS,
2007), que produz camisetas, calças e vestidos e possui R$ 190.000,00
de custos indiretos, conforme “recorda” a tabela abaixo:
Custos Indiretos
Aluguel
$24.000
Energia Elétrica
$42.000
Salários Pessoal da Supervisão $25.000
Mão-de-obra Indireta
$35.000
Depreciação
$32.000
Material de Consumo
$12.000
Seguros
_$20.000
Total
$190.000
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Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Departamentos
Compras
Almoxarifado
Administração
Produção
Corte e Costura
Acabamento
Atividades
Comprar Matérias
Desenvolver Fornecedores
Receber Materiais
Movimentar Materiais
da Programar Produção
Controlar Produção
Cortar
Costurar
Acabar
Despachar Produtos
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Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Departamentos
Atividades
Comprar Material
Desenvolver Fornecedores
Total
Custos
16.000
12.000
28.000
Receber Materiais
Movimentar Materiais
Total
12.350
16.000
28.350
Programar Produção
Controlar Produção
Total
16.000
13.850
29.850
Corte e Costura
Cortar
Costurar
Total
29.000
28.600
57.600
Acabamento
Acabar
Despachar Produtos
Total
14.000
32.200
46.200
Compras
Almoxarifado
Administração da
Produção
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Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Atividades
Departamento
Compras
Almoxarifado
Direcionadores
Comprar Materiais
Desenvolver
Fornecedores
Nº de Pedido
Nº de Fornecedores
Receber Materiais
Movimentar
Materiais
Nº de Recebimentos
Nº de Requisições
Administração da Programar Produção Nº de Produtos
Produção
Controlar Produção Nº de lotes
Corte e Costura
Cortar
Costurar
Tempo de Corte
Tempo de Costura
Acabamento
Acabar
Despachar
Tempo de Acabamento
Tempo de despacho
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Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Nº de pedidos compra
N° de fornecedores
N° de recebimentos
N° de requisições
N° de produtos
N° de lotes
Horas utilizadas p/ cortar
Horas utilizadas p/ costurar
Horas utilizadas p/ acabar
Apontamento de tempo
Camisetas
150
2
150
400
1
10
2.160 h
3.240 h
2.700
25 h
Vestidos
400
6
400
1.500
1
40
882 h
2.058 h
2.520
50 h
Calças
200
3
200
800
1
20
2.600 h
7.800 h
3.900
25 h
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Total
750
11
750
2.700
3
70
5.642 h
13.098 h
9.120
100 h
94/125
Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Comprar Materiais
Desenvolver Fornecedores
Receber Materiais
Movimentar Materiais
Programar Produção
Controlar Produção
Cortar
Costurar
Acabar
Despachar Produtos
Total
Camisetas
$0,1778
$0,1212
$0,1372
$0,1317
$0,2963
$0,1099
$0,6168
$0,3930
$0,2303
$0,4472
$2,6614
Vestidos
$2,0317
$1,5584
$1,5683
$2,1164
$1,2698
$1,8844
$1,0794
$1,0699
$0,9211
$3,8333
$17,3328
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Calças
$0,3282
$0,2517
$0,2533
$0,3647
$0,4103
$0,3044
$1,0280
$1,3101
$0,4605
$0,6192
$5,3305
95/125
Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Camisetas
Custos Diretos
$3,75
Custos Indiretos
$2,66
Custo Total
$6,41
Preço da Venda
$10,00
Lucro Bruto Unitário $3,59
Margem %
35,9
Ordem de Lucratividade 2°
Vestidos
$5,75
$17,33
$23,08
$22,00
($1,08)
- 4,9%
3º
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Calças
$4,25
$5,33
$9,58
$16,00
$6,42
40,1%
1°
96/125
Sistema de Custeio Baseado em
Atividades
Margem Bruta dos Produtos
50%
40%
Sem
Departamentalização
30%
20%
10%
0%
-10%
Com
Departamentalização
Departamentalização
com ABC
CAMISETA
VESTIDO
CALÇA
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Exercícios Sobre Sistemas de Custeio
1. Custeio por Absorção sem Departamentalização. A Cia Tudo limpo produz enceradeiras e
aspiradores de pó, cujos preços de venda, líquidos de tributos, são, em média, R$ 190,00 e R$ 260,00,
respectivamente, e o volume de produção e de vendas é de 2.000 unidades de cada produto, por
período.
Sua estrutura de custos é a seguinte (em Reais):
Custos variáveis por unidade
Matéria-prima
Material de embalagem
Mão-de-obra direta
Enceradeiras
30
12
35
Aspiradores
40
18
60
Custos fixos por período comuns aos dois produtos
Supervisão
60.000
Depreciação
200.000
Outros
36.250
Considerando que a empresa costuma apropriar os custos indiretos aos produtos por absorção sem
departamentalização, pelo critério da proporcionalidade ao tempo de mão-de-obra direta (MOD), e que
são necessárias 0,75 hora de MOD para produzir uma enceradeira e 1,225 hora de MOD para produzir
um aspirador, pede-se calcular:
a) O custo unitário final de cada produto (direto + indireto)
b) O lucro total da empresa
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Exercícios Sobre Sistemas de Custeio
2. Custeio por Absorção com Departamentalização. A empresa Nandaca produz dois produtos, A e B,
cuja produção no último período contábil foi de 4.000 e 1.000 unidades, respectivamente. Seus custos
departamentais e o número de empregados foram os seguintes:
Departamentos
Gerencia Geral da Produção
Manutenção
Montagem
Acabamento
Custos
10.050,00
19.110,00
13.300,00
27.140,00
Nº Empregados
2
4
8
8
Pede-se calcular o valor do custo de cada produto (“A” e “B”) considerando que:
Etapa 1 - Os custos da Gerencia Geral da Produção devem ser os primeiros a serem distribuídos aos
demais, e a base de rateio é o numero de empregados;
Etapa 2 - Em seguida, devem ser rateados os custos do Departamento de Manutenção da seguinte
forma: 75% para Montagem e o restante para acabamento;
Etapa 3 - Finalmente, distribuir os custos da Montagem e do Acabamento para os produtos,
proporcionalmente às HORAS MÁQUINAS utilizadas, conforme segue:
MONTAGEM
ACABAMENTO
HORAS MÁQUINA
PRODUTO A
100 hm
300 hm
HORAS MÁQUINA
PRODUTO B
300 hm
100 hm
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Exercícios Sobre Sistemas de Custeio
3. Custeio ABC. A industria de Geradores Olinda Ltda (IGO) fabrica dois tipos de geradores, sendo um de alta potência (300 unidades por
ano) e o outro de baixa potência (100 unidades por ano). Os valores dos custos diretos são de R$ 1.500.000,00 para o Gerador de Alta
Potência e de R$ 500.000,00 para o Gerador de Baixa Potência. Sabe-se, também que a IGO possui os seguintes departamentos (auxiliares
e de produção), cujos CUSTOS INDIRETOS, em 2004, foram:
TABELA 1 (CUSTOS INDIRETOS POR DEPARTAMENTO) – TOTAL DE CUSTOS = R$
360.000,00
Compras
Almoxarifado Recursos Humanos
Montagem
Acabamento
R$ 35.000,00 R$ 50.000,00
R$ 45.000,00
R$ 140.000,00
R$ 90.000,00
Pede-se: Calcule o custo unitário (CUSTOS DIRETOS + CUSTOS INDIRETOS) de cada produto pelo sistema de custeio baseado em
atividades (ABC). Para tanto, utilize as informações complementares ao estudo de caso, contidas nas tabelas 1 e 2, a seguir:
TABELA 1 (DADOS COMPLEMENTARES PARA O SISTEMA DE CUSTEIO ABC)
DEPARTAMENTOS
ATIVIDADES
CUSTO DA
DIRECIONADORES
ATIVIDADE
Comprar materiais
R$ 35.000,00
nº de itens comprados
Compras
Movimentar materiais
R$ 50.000,00
nº de itens movimentados
Almoxarifado
Gerir funcionários
R$ 45.000,00
nº de funcionários
Recursos Humanos
Montar geradores
R$ 140.000,00
Horas de montagem
Montagem
Acabar geradores
R$ 90.000,00
Horas de acabamento
Acabamento
TABELA 2 (DADOS COMPLEMENTARES PARA O SISTEMA DE CUSTEIO ABC)
Nº de itens comprados
N° de itens movimentados
N° de funcionários
Horas de montagem
Horas de acabamento
Gerador de Alta
Potência
333
125
140
100
300
Gerador de Baixa
Potência
177
75
110
400
200
Total
500
200
250
500
500
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100/125
A Relação Custo x Volume x Lucro
► Ponto de equilíbrio;
► Área de Lucro e de Prejuízo;
► Margem de Segurança;
Receita x Custos
CVL em Forma Gráfica
5000
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
Receita
C.Variável
C.Fixo
C.Total
1000
500
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Quantidade
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101/125
A Relação Custo x Volume x Lucro
Exemplo de uma fábrica de Alto-falantes com os seguintes
dados:
Preço de Venda (PV) = R$ 250,00
Custo Variável (CV) = R$ 150,00
Custo Fixo (CF) = R$ 1.000,00
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102/125
A Relação Custo x Volume x Lucro
Ponto de Equilíbrio para Dois Produtos Diferentes
MIX DE
Produto 1
Produto 2
Total
VENDAS
R$
%
R$
%
R$
%
80.000 100% 20.000 100% 100.000 100%
Vendas
60.000 75% 10.000 50% 70.000 70%
Custos
Variáveis
20.000 25% 10.000 50% 30.000 30%
Margem de
Contribuição
27.000
Custos Fixos
3.000
Lucro Líquido
Ponto de Equilíbrio =
Custos Fixos
Margem de Contribuição Total
Ponto de Equilíbrio = 27.000 ÷ 30% = R$ 90.000
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Exercícios Sobre Custo x Volume x Lucro
1 – A Cia Secreta S/A fabrica e vende secretárias eletrônicas. Sua D.R.E. (base p/ as questões abaixo) é a seguinte:
Ocorrências
Total
Por unidade
Vendas (20.000 unidades)
Menos Despesas e Custos Variáveis
É igual a Margem de Contribuição
Menos Custos e Despesas Fixas
É igual a Lucro Líquido
R$ 1.200.000,00
R$ 900.000,00
R$ 300.000,00
R$ 240.000,00
R$ 60.000,00
R$ 60,00
R$ 45,00
R$ 15,00
-
Percentagem
das vendas
100%
?
?
A administração está impaciente para melhorar o desempenho dos lucros da Cia Secreta e solicitou algumas informações
para você, Diretor Financeiro da Cia Secreta, algumas informações, a saber:
a) Calcule os percentuais de Margem de Contribuição e Custos/Despesas Variáveis.
b) Determine o ponto de equilíbrio contábil, em unidades e em valor de vendas.
c) Admitindo-se que a empresa fez um investimento de R$ 500.000,00 ( para a construção da fábrica, para a compra
de equipamentos, etc), calcule o ponto de equilíbrio econômico, levando em consideração que o mercado
financeiro está remunerando em 15% ao ano.
d) Baseado na questão C responda: O negócio é viável ou não ?
e) Admitindo-se que os R$ 500.000,00 investidos na Cia Secreta é todo referente a equipamentos e que esses
equipamentos depreciam-se em 20 anos, calcule o ponto de equilíbrio financeiro.
f) Supondo aumento de vendas de R$ 400.000,00 no próximo ano e que o comportamento do custo permaneça o
mesmo, em quanto aumentará o lucro líquido em valores?
g) Retornando aos dados originais e supondo que, no próximo ano a companhia deseja um lucro líquido mínimo de
R$ 90.000,00, quantas unidades terão que ser vendidas para atingir essa meta?
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Exercícios Sobre Custo x Volume x Lucro
2. Você foi contratado como consultor de negócios por um grupo de investidores estrangeiros
interessados em adquirir um hotel de luxo já em funcionamento no litoral do nordeste brasileiro.
Sua missão inicial é indicar três alternativas de hotéis que estejam a venda e apurar suas
estruturas de custos e despesas MENSAIS, além do valor da média das diárias cobradas pelos
quartos.
Após um mês de exaustivas pesquisas no litoral do nordeste, com todas as despesas pagas pelo
cliente, houve uma reunião em Natal com os investidores. Nessa reunião, você apresentou os
seguintes quadros comparativos:
Obs.: considerar que um mês possui 30 dias.
HOTEL
HOTEL
HOTEL COME
REDE MAR SOSSEGO
DORME
Valor líquido e médio das diárias
350,00
440,00
500,00
Quantidade de quartos para aluguel
120
140
90
Custos e despesas variáveis, para cada diária
120,00
250,00
180,00
Total dos custos e despesas fixas, por mês
506.000,00
380.000,00 896.000,00
Durante a reunião, os investidores perguntaram a você:
 Qual é o ponto de equilíbrio em número de quartos/dia de cada hotel?
 Qual hotel que, nas circunstancias atuais, nunca atingirá seu ponto de equilíbrio?
Porque? Justifique sua resposta.
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Alavancagem Operacional
 Conceito;
 Importância e
Aplicação;
 Exemplo:
PV = R$ 10,00;
CV = R$ 5,00;
CF = R$ 2.500,00
Lucro para Vários Volumes de Venda
Variação %
de vendas
Vendas em
unidades
Receita de
Vendas
Custos
Variáveis
Custos Fixos
Lucro
Variação % do
lucro
- 50%
+ 50%
500
1.000
1.500
R$ 5.000
R$ 10.000
R$ 15.000
R$ 2.500
R$ 5.000
R$ 7.500
R$ 2.500
R$ 0
R$ 2.500
R$ 2.500
R$ 2.500
R$ 5.000
- 100%
+ 100%
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Exercício sobre Alavancagem
Operacional
1. Através do estudo da tabela abaixo, responda as seguintes questões:
POSIÇÃO
Vendas (em unidades)
Receita de vendas
Menos: Custos operacionais variáveis
Menos Custos operacionais fixos
Lucro antes de juros e imposto de renda


BAIXA
1000
$ 20.000,00
$ 5.000,00
$ 5.000,00
$ 10.000,00
INTERMEDIÁRIA
2000
$ 40.000,00
$ 10.000,00
$ 5.000,00
$ 25.000,00
ALTA
3000
$ 60.000,00
$ 15.000,00
$ 5.000,00
$ 40.000,00
Qual é o grau de alavancagem operacional? (utilize como base a posição de vendas
intermediária)
Utilizando-se do grau de alavancagem operacional calculado no “item a”, calcule qual
será o efeito no LAJIR caso ocorra um aumento de 70% nas vendas da posição
intermediária.
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Limitações na Capacidade Produtiva
 Conceito
 Importância e Aplicação
 Exemplo: Uma montadora de veículos que possui somente 800
maçanetas em estoque e produz veículos de 2 e 4 portas, tendo uma
encomenda de 200 veículos de cada tipo para o próximo período.
Modelo do
Veículo
04 Portas
02 Portas
Preço de
Custo
Venda
Variável
R$ 82.000 R$ 42.000
R$ 69.000 R$ 39.000
Margem de
Contribuição
R$ 40.000
R$ 30.000
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Exercícios sobre Limitações na
Capacidade Produtiva
1. Uma empresa produz três produtos, que tem os seguintes dados levantados pelo setor de custos:
DADOS UNITÁRIOS
Produto Preço de venda Mão de obra direta
Matéria prima Custo total
X
R$ 1.200,00
R$ 600,00
R$ 150,00
R$ 750,00
R$ 1.500,00
R$ 745,00
R$ 300,00
R$ 1.045,00
Y
R$ 1.050,00
R$ 450,00
R$ 150,00
R$ 600,00
Z
Os três produtos utilizam o mesmo componente A em sua fabricação, que no momento está em falta,
restando apenas 647 unidades em estoque. O produto X utiliza 10 unidades do componente A, o produto
Y utiliza 09 unidades do componente A e o produto Z utiliza 11 unidades do componente A.
A empresa possui custos fixos mensais de R$ 15.000,00 e gasta para vender seus produtos 10% a título de
comissão sobre seu preço de venda. Cada produto tem uma demanda média mensal de 30 unidades, ou
seja, são vendidos todos os meses, até o presente momento, 30 unidades de cada produto.

Partindo do pressuposto de que não haverá condição de repor o estoque do componente A dentro
do próximo mês, decida quais produtos, e em que quantidade, deverão ser fabricados objetivando a
maximização do lucro do mês. Calcule também qual será esse lucro.

Supondo que a empresa consiga regularizar seu estoque de componentes A para 5.000 unidades
e que o mercado esteja demandando consumir 40 produtos a mais para o próximo mês (independente de
qual seja o produto), ou seja, 130 produtos no total, calcule a quantidade que deverá ser produzida de cada
produto de modo a maximizar o lucro.
Obs.: os 90 produtos já demandados pelo mercado deverão continuar, sendo que os 40 produtos
demandados a mais, serão escolhidos por você para maximizar o lucro.
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Comprar versus Fabricar
 Conceito
 Importância e Aplicação
 Exemplo: Uma empresa que fabrica notebooks e baterias, tem a
oportunidade de terceirizar a produção de baterias por R$ 800,00. O
notebook completo (com a bateria) é vendido por R$ 6.500,00 a
unidade.
Comprar X Fabricar Notebook Bateria
R$ 3.600 R$ 730
Custos Variáveis
Custos Fixos (Rateados) R$ 1.400 R$ 350
R$ 5.000 R$ 1.080
Custos Totais
2 horas
½ hora
Horas-Máquina
Outras Informações
Total
R$ 4.330
R$ 1.750
R$ 6.080
2 ½ horas
Capacidade Total de Produção = 2.000 horas-máquina
Custo Fixo Total = R$ 1.400.000 (referente ao aluguel anual do galpão da fábrica)
Capacidade de produção em quantidade = 800 componentes (notebook + bateria)
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Exercício sobre Comprar versus Fabricar
1. A Motores Enrolados S/A produz pequenos motores, vendidos a outros fabricantes, que os instalam em pequenos
aparelhos, como cortadores de grama. A empresa atualmente fabrica todas as peças utilizadas nos motores, mas estuda a
proposta de um fornecedor, que deseja fornecer o dispositivo de partida utilizado nesses motores.
O dispositivo de partida é atualmente fabricado pela DIVISÃO 3 da Motores Enrolados. Os custos referentes à DIVISÃO 3,
nos últimos 12 meses, foram:
Custos Dispositivo Partida
Materiais diretos
Mão de obra direta
Custo de fabricação indireto
Total
Valores
R$ 200.000,00
R$ 150.000,00
R$ 400.000,00
R$ 750.000,00
Durante os últimos anos, a Divisão 3
produziu 150.000 dispositivos de partida; o
custo médio (R$ 750.000,00  150.000
peças) é de R$ 5,00. Análises posteriores
dos custos de fabricação revelam as
informações que constam na tabela ao lado.
Do total do custo de fabricação indireto apurado, somente 25% são considerados variáveis. Da parte fixa, R$ 150.000,00
correspondem à alocação do custo indireto geral, que permaneceria constante para a companhia como um todo, se a
produção do dispositivo de partida fosse interrompida. Outros R$ 100.000,00 do custo indireto fixo são evitáveis, se a
fabricação do dispositivo for encerrada. O restante do custo indireto fixo atual corresponde ao salário do gerente da divisão.
Se a fabricação própria do dispositivo de partida for interrompida, o gerente da DIVISÃO 3 será transferido para a DIVISÃO
2 com o mesmo salário (uma vez que a DIVISÃO 2 está sem gerente, necessitando urgentemente contratar um profissional
para essa área). Essa transferência permitirá à companhia evitar custos anuais de R$ 50.000,00 com salários, que de outro
modo, seriam pagos para contratar um novo gerente para o cargo.
PEDE-SE: A Motores Desenrolados Ltda, uma empresa confiável, propôs fornecer conjuntos de partidas, a R$ 4,00 por
unidade. Como esse preço é inferior ao custo atual médio de R$ 5,00 por unidade, o vice-presidente de produção está ansioso
por aceitar a proposta. Para a produção de 150.000 unidades, estimadas para o próximo ano, essa proposta deve ser aceita?
E caso a produção estimada fosse de 200.000 unidades, a proposta deveria ser aceita? (Resolva essa questão, demonstrando
os cálculos para 150.000 e 200.000 unidades)
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Análise Gerencial dos Custos Fixos
 Conceito
 Importância e Aplicação
 Exemplo: Uma empresa produz 2 produtos em uma mesmo galpão,
cujo o aluguel é R$ 10.000,00
PRODUTO A
PRODUTO B
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Análise Gerencial dos Custos Fixos
D.R.E. PRODUTO A
D.R.E. PRODUTO B
Receita = R$ 20.000
Receita = R$ 28.000
Custo Variável = R$ 17.000
Custo Variável = R$ 18.000
Custo fixo = R$ 5.000
Custo fixo = R$ 5.000
Lucro = (R$ 2.000)
Lucro = R$ 5.000
Lucro da Fábrica = 5.000 – 2.000 = R$ 3.000
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Exercício sobre Análise Gerencial de
Custos Fixos
1. A auto peças Magnífica Ltda fabrica 4 produtos: rodas, pára-lamas, pára-choques e grades.
Seu departamento de niquelação não trabalha para os produtos rodas e pára-lamas e o de pintura não trabalha
para os produtos pára-choques e grades; os demais departamentos são necessários para todos os produtos.
Os custos variáveis são os seguintes:
Roda – $ 150,00; Pára-lama - $ 200,00; Pára-choque - $ 150,00; Grade - $ 300,00.
Os custos fixos identificados de cada departamento são:
Niquelação
$ 3.000.000,00
Esmeris
Estamparia
$ 1.500.000,00
Montagem
Tornos
$ 900.000,00
Pintura
Furadeiras
$ 500.000,00
$ 300.000,00
$ 1.600.000,00
$ 2.200.000,00
Os preços de venda para os quatro produtos são:
Roda - $ 280,00; Pára-lama – $ 480,00; Pára-choque - $ 400,00; Grade - $ 500,00.
A capacidade de produção mensal da empresa é de 20.000 rodas, 20.000 pára-lamas, 10.000 pára-choques e
10.000 grades, e sempre consegue vender toda sua produção.
 Deve a indústria parar com a fabricação de grades ou pára-choque, ou ambos? Justifique
demonstrando os cálculos que lhe ajudaram na tomada de decisão.
 É vantajoso a empresa fechar os departamentos de pintura e niquelação e mandar fazer as
operações desses departamentos fora, ou seja, terceirizar esses dois departamentos, quando então
teria um acréscimo nos custos variáveis de $ 100,00 por unidade nas grades e pára-choques, e de $
70,00 por unidade nas rodas e pára-lamas? Justifique sua resposta, demonstrando todos os cálculos
para a referida resposta.
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Qual é o melhor preço?
Preço Quantidade
30
32
34
36
38
40
100.000
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
Receita
Total
3.000.000
2.880.000
2.720.000
2.520.000
2.280.000
2.000.000
Custo
Variável
1.800.000
1.620.000
1.440.000
1.260.000
1.080.000
900.000
Custo
Fixo
800.000
800.000
800.000
800.000
800.000
800.000
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Lucro
400.000
460.000
480.000
460.000
400.000
300.000
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Observem o comportamento do custo fixo, mark-up e preço, à
medida que aumentam as quantidades vendidas:
Quantidade
Custo Variável
Custo Fixo
Custo Total
10% Mark-Up
Preço de Venda
Lucro Total
100.000 200.000 300.000 400.000 500.000
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
2,00
1,00
0,67
0,50
0,40
6,00
5,00
4,67
4,50
4,40
0,60
0,50
0,47
0,45
0,44
6,60
5,50
5,14
4,95
4,84
60.000 100.000 141.000 180.000 220.000
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
 Preço-Meta
 Custo-Meta
 Preço para Encomendas Especiais
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Observe o PML - percentual de margem de lucro – e o preço de
venda para a produção de 10.000 unidades de um determinado
produto. A empresa investiu R$ 100.000,00 e deseja um ROI de
20% sobre esse investimento.
Itens
Materiais Diretos
Mão-de-obra Direta
Custo Indireto Variável
Custo Indireto Fixo
DVGA Variável
DVGA Fixa
Unitário
R$ 6,00
R$ 4,00
R$ 3,00
Total
R$ 70.000,00
R$ 2,00
R$ 60.000,00
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
 Preço Meta = Custo x (1 + PML)
 PML = ROI x Investimento + DVGA
Quantidade x Custo Unitário
Itens
Materiais Diretos
Mão-de-Obra Direta
Custo Indireto Variável
Custo Indireto Fixo (rateado p/ 10.000 peças)
Custo Unitário
Mark-Up (50% sobre o custo unitário)
Preço-Meta de Venda
Unitário
R$ 6,00
R$ 4,00
R$ 3,00
R$ 7,00
R$ 20,00
R$ 10,00
R$ 30,00
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Preço Sugerido
pelo mercado
Mark-up
Parte-se de um preço de venda
projetado e deduz-se a parcela de lucro
desejada pela empresa. Daí, tem-se o
custo permitido que passa a ser a meta
a ser alcançada pela empresa na
produção do produto ou na prestação
do serviço.
Custo Meta
do Honda
Popular
Custo Meta
da Montagem
Custo Meta
do
Acabamento
Custo Meta
dos
Estofados
Custo Meta
da Chaparia
Custo Meta
dos
Plásticos
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Para a formação de preço para uma encomenda especial, os tópicos
a seguir devem ser observados:
 A encomenda especial vai afetar o mercado domestico, ou seja,
as vendas aos consumidores tradicionais serão afetadas caso a
encomenda especial seja aceita?
 A empresa possui capacidade ociosa para atender a encomenda
especial sem a necessidade de adquirir novos equipamentos ou
ampliar a fábrica?
 Sobre a encomenda especial incidirá novos custos, tanto fixos
como variáveis?
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Preços, estratégias de preços, valores
percebidos e suas técnicas de formação
Custo variável unitário
R$ 6,00
Custo fixo unitário (R$ 40.000,00 : 10.000 peças)
R$ 4,00
Mark-up unitário
R$ 2,00
Preço de venda
R$ 12,00
Dados adicionais:
A encomenda especial é de 10.000 unidades; Sua empresa possui
capacidade ociosa de 50.000 unidades; Sua empresa se situa na
cidade de Lorena; A encomenda especial é para Manaus; O preço
ofertado é de R$ 9,00 a unidade.
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Exercícios sobre Preço
1 – A Pastelaria do Chinês Xang Xu está analisando a viabilidade de vender coxinha de palmito. Para
estabelecer o preço-meta de venda, Xang Xu reuniu as seguintes informações:
Número de unidades a serem produzidas e vendidas por ano
Custo de matéria prima por unidade de coxinha
Custo de mão-de-obra direta por unidade de coxinha
Custo anual com Aluguel
Custo anual com Seguros
Outros custos anuais Fixos
Despesas anuais de venda
Despesas anuais gerais
Despesas anuais administrativas
Estimativa de Investimento necessário para fabricação da coxinha de palmito
ROI anual desejado sobre o investimento
90.000 unidades
R$ 0,35
R$ 0,15
R$ 36.000,00
R$ 4.000,00
R$ 5.000,00
R$ 10.000,00
R$ 20.000,00
R$ 40.000,00
R$ 100.000,00
20%
PEDE-SE:
 Calcule o percentual de margem (mark-up) que Xang Xu terá que empregar para atingir o ROI
anual desejado.
 Calcule o preço-meta unitário de venda.
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Exercícios sobre Preço
2 - (Questão da prova PR2 do 1º semestre de 2002) Você é proprietário de uma empresa em Resende que produz o
Refrigerante Quero Mais. Sua empresa possui 10% da fatia de mercado do Sul Fluminense, onde seu refrigerante é
conhecido, entretanto você, pensando em expandir os negócios e ampliar sua fatia de mercado, está estudando a
viabilidade de entrar no mercado Alagoano e intermediações. Seu produto é consumido, normalmente, pela população
de baixa renda, e você precisa precificar seu produto com o menor preço possível, para ganhar o mercado alagoano e
conquistar uma boa fatia de mercado no nordeste.
Observe as informações a seguir:
Quantidade total produzida e vendida na Região Sul Fluminense
Preço de venda unitário na Região Sul Fluminense
10.000.000 de unidades anuais
R$ 1,20
Custos/Despesas
Valor unitário
Matéria prima
R$ 0,30
Mão de obra direta
R$ 0,12
Despesas com Propaganda em TV’s do Sul Fluminense
Depreciação de todos equipamentos
Seguros de toda a fábrica
Valor total anual
R$ 3.000.000,00
R$ 1.200.000,00
R$ 1.000.000,00
R$ 4.000.000,00
R$ 500.000,00
Mediante as informações acima, calcule o preço mínimo que poderá ser fixado para o refrigerante Quero Mais, para
uma estimativa de venda anual de 15.000.000 de unidades em Alagoas e intermediações. O lucro total desejado é de R$
3.800.000,00, ou seja, o lucro de Resende somado com o lucro de Alagoas terá que ser igual a R$ 3.800.000,00.
Considere que o refrigerante será totalmente produzido em Resende e será transportado para um Depósito Central em
Alagoas, onde o Aluguel desse depósito será de R$ 750.000,00 por ano e as despesas com transportes será de R$ 0,05
por refrigerante. A Fábrica em Resende tem uma capacidade de produção de 30.000.000 de unidades por ano.
Considere também que não haverá despesas com propaganda em Alagoas.
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CUSTOS INDUSTRIAIS UERJ 2010.1