PORTUGUÊS
Prof. Valladares
ANÁLISE SINTÁTICA
A Gramática normalmente nos é apresentada em três divisões que são:
Fonologia;
Morfologia;
Sintaxe.
Para iniciarmos nosso estudo, faz-se necessário que diferenciemos Análise Sintática de Análise
Morfológica.
Só existe Análise Sintática se uma palavra aparece ligada a outra.
Ex: LIVRO
A Análise sintática da palavra "livro" não existe, pois ela não está ligada a nenhuma outra palavra.
A análise que poderíamos fazer desta palavra seria a Análise Morfológica, ou seja, classificá-la
entre as dez classes de palavras (adjetivo, advérbio, verbo, preposição, substantivo, etc.).
Porém para a estrutura "livro-de-bolso‖, caberia, além da Análise Morfológica, também, a Análise Sintática.
Logo: "livro-de-bolso" - substantivo composto.
"de-bolso" - Adjunto adnominal.
Percebe-se então que,enquanto a análise morfológica é uma análise isolada,a análise sintática é
uma análise condicionada.
DIFERENÇA ENTRE FRASE – ORAÇÃO – PERÍODO
Frase - Unidade do discurso suficiente para estabelecer comunicação. Pode a frase ter ou não verbo.
Ex:
Bom dia!
Oi!
Oração – É a frase formada em torno de um verbo.
Ex:
"Bate outra vez de esperanças o meu coração".
Período - É o enunciado constituído por duas ou mais orações.
Ex:
O pai autorizou que o filho saísse.
Termos essenciais da oração
Sujeito
Predicado
Termos integrantes da oração
Complementos verbais
Complemento nominal
Agente da voz passiva
Termos acessórios da oração
Adjunto adnominal,
Adjunto adverbial,
Aposto
SUJEITO
Ser ou objeto a respeito do qual, por meio de um verbo, fazemos uma afirmação ou uma negação.
Logo: para que exista sujeito, deve existir também um verbo, porém o fato de existir um verbo não
implica existência de sujeito.
Ex:
Os políticos comentaram o episódio.
A afirmação que está sendo feita, por meio do verbo comentar, é a respeito de ―os políticos‖ (sujeito).
À tarde, choveu muito.
Nesse exemplo, apesar da existência do verbo (logo existe uma afirmação) não existe sujeito, pois a
afirmação é que choveu e não há ser ou objeto que possa funcionar como referência desta
afirmação.
INFORMAÇÕES SOBRE O SUJEITO
É a única coisa que leva o verbo para o plural.
Não existe sujeito preposicionado. Concluímos, a
preposicionados não podem exercer a função de sujeito.
partir
desta
informação,
que
vocábulos
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Sujeito simples: apresenta apenas um núcleo.
Ex. : O velho voltou à igreja.
Sujeito simples: O velho.
Sujeito composto: apresenta dois ou mais núcleos.
Ex. : O velho e o garoto voltaram à igreja.
Sujeito composto: O velho e o garoto.
Sujeito indeterminado: Ocorre quando existe a afirmação, negação, porém não
conseguimos detectar por quantos núcleos é formado o sujeito, ou seja, não é possível a
contagem de núcleos.
Há ,em português, duas maneiras de indeterminar o sujeito.
1ª Usando-se a 3ª pessoa do plural sem antecedente.
Ex:
Falaram de você.
Nesta oração, o sujeito é indeterminado, pois, apesar de o verbo estar no plural, a referência desse
verbo pode ser apenas um ser.
Para que possamos entender o 2º caso, é necessário que façamos a diferença entre SE (partícula
apassivadora) e SE (índice de indeterminação do sujeito) , logo deveremos entender como se constrói a
voz passiva.
Classificação das vozes verbais
Voz Ativa - ocorre quando o sujeito pratica a ação verbal.
Voz Passiva -ocorre quando o sujeito sofre a ação verbal.
Voz reflexiva- ocorre quando o sujeito pratica e sofre a ação verbal.
Logo, a classificação da voz verbal só pode ser feita depois da identificação do sujeito.De forma
simplória, pode-se afirmar que quem tem voz é o sujeito.
No exemplo:
Choveu ontem, não há voz alguma, pois, para classificarmos a voz em ativa ou passiva, há
necessidade da existência do sujeito.
Como formar, então, voz passiva?
Precisamos de voz ativa;
Como na voz passiva o sujeito sofre a ação verbal, a ativa correspondente deve trazer consigo algo que
esteja sofrendo a ação verbal. .É, também, importante lembrar que o ser ou objeto que está sofrendo a ação
verbal não poderá vir acompanhado de preposição (OBJETO DIRETO). Isto se dá, pois ele se transformará
em sujeito.
Ex:
Os políticos pressionaram o governo.
Sujeito ativo
OD
O Governo foi pressionado pelos políticos.
Sujeito passivo
AVP
Ex:
O ar campestre é saudável.
Para esta oração não temos voz passiva.Isso se dá, pois não temos nada sofrendo a ação verbal,
até mesmo porque o verbo não é de ação.
Estrutura da voz Passiva
Ex:
Milhares de abelhas invadiram a cidade.
Temos, nesta oração, voz ativa, pois o sujeito está praticando a ação verbal. Percebemos que esta ativa
pode ser transformada em passiva, isto, pois temos algo que sofre a ação verbal e não traz consigo
preposição(OBJETO DIRETO), logo pode ser transformado em sujeito.
A cidade
foi invadida por milhares de abelha
Sujeito
particípio
agente da voz passiva
Essa estrutura não muda nunca, na passagem para a voz passiva analítica o objeto direto se
transforma em sujeito, e o sujeito se transforma em agente da voz passiva.
Obs 1: OBJETO DIRETO: pré-requisito para voz passiva.
Obs 2: a principal mudança que ocorre na passagem da ativa para a passiva é a mudança de sujeito.
Classificação da voz Passiva
Voz passiva analítica - Nesta voz passiva temos sempre uma locução verbal.
Voz passiva sintética - Nesta voz passiva temos sempre uma partícula apassivadora(SE),
Divulgou-se o plano. (estrutura reversível)
Concordou-se com o plano(estrutura irreversível)
PA sujeito
IIS
Nota:
Para diferenciarmos SE (PA) de SE (IIS), basta observarmos a referência do verbo, se ela trouxer,
preposição o SE é IIS (neste caso obrigatoriamente o verbo deverá ficar no singular).Caso a
referência verbal não traga preposição, o SE é PA (neste caso se o SE for PA, irá funcionar como
partícula apassivadora e teremos então voz passiva, ou seja ,sujeito sofrendo a ação verbal, e o
verbo de tal oração deverá concordas com esse sujeito).
Logo a passagem da ativa para a passiva está condicionada à analise da predicação verbal :
VerbosTransitivos Diretos(VTD‟s) e Verbos Transitivos Indiretos(VTDI‟s) geram voz passiva,
já Verbos Intransitivos (VI‟s), Verbos de ligação (VL‟s) e Verbos Transitivos Indiretos (VTI‟s)
não geram, pois como vimos anteriormente o pré-requisito para voz passiva é o objeto direto.
Resumo: Partícula apassivadora
a) estrutura reversível.
b) sujeito determinado.
c) verbo no singular ou plural(depende do sujeito).
Ex.: Analisou-se a proposta. Reversão: A proposta foi analisada.
Índice de indeterminação do sujeito:
a) estrutura irreversível.
b) sujeito indeterminado.
c) verbo sempre na terceira pessoa do singular.
Ex.: Necessita-se de bons médicos.
Sujeito inexistente ou Oração sem sujeito: ocorre quando apesar do verbo (há uma afirmação),
porém tal afirmação não faz referência a nenhum ser ou a nenhum objeto.
Os verbos que não possuem sujeito são classificados como: VERBOS IMPESSOAIS
Os principais verbos impessoais são:
FAZER e ESTAR indicando tempo decorrido e clima, temperatura:
Faz alguns meses que estive no dentista.
Ontem fez três anos que me formei.
Apenas ontem, fez frio e calor nesta nossa cidade.
Nesse momento, faz trinta graus em nossa redação.
Está quente demais; vai chover.
HAVER no sentido de:
1.
existir:
Havia muitos outros livros na mala desaparecida.
OD
Adj. Adv. Lugar
Existiam muitos outros livros na mala desaparecida.
Sujeito
Adj. Adv. Lugar
2.
acontecer:
3.
fazer (tempo) Havia duas semanas que ele viajara.
Fazia duas semanas que ele viajara.
Observações:
Houve outros fatos curiosos
OD
Aconteceram outros fatos curiosos
Sujeito
durante a festa.
Adj. Adv. Tempo
durante a festa.
Adj. Adv. Tempo
1.
Os verbos existir e acontecer são pessoais, isto é, têm sujeitos, e com estes
concordam; já o verbo fazer, indicando tempo decorrido, também é impessoal.
2.
Muito empregado coloquialmente, é empregado na língua culta o verbo ter nas três
acepções acima.
Tem Há (Existe) gente que não desconfia ...
Vai ter haver (ocorrer) confusão nesse jogo.
Já tem há (faz) muito tempo que essa buzina disparou.
CHOVER, TROVEJAR, VENTAR, etc. (fenômenos da natureza):
Ontem e hoje choveu muito na serra.
Ventou pouco; vai chover.
Amanheceu frio, hoje. (amanheceu = A manhã nasceu)
Observações: Em sentido figurado, esses verbos terão sujeito:
EXERCÍCIOS
Se possível, faça a transformação para a voz passiva e classifique o verbo quanto à predicação:
1.
"Garrafas dançam na prateleira".
________________________________________________________________________________
2.
―Os anjos não compreendem os homens".
________________________________________________________________________________
3.
―Gosto muito de você, leãozinho‘‘.
________________________________________________________________________________
4.
―O amor dera-me esta coragem de leão‘‖.
________________________________________________________________________________
5.
―Tenho falado a verdade.‖
________________________________________________________________________________
EXERCÍCIOS
1. Está correta a concordância verbal na sentença:
a) As discussões que se travam sobre a questão do endividamento externo serão o tema central do
encontro.
b) Durante o seminário, apresentou-se três propostas diferentes de revisão da lei salarial.
c) Incluiu-se no parecer do relator as alterações aceitas de comum acordo por todos os partidos.
d) É ingênuo pensar que as restrições ao projeto decorre apenas de idiossincrasias pessoais.
e) Falta dois dias para o evento.
2.
a)
b)
c)
d)
e)
Há erro de concordância verbal na sentença:
Devemos imaginar que possam haver verdadeiros patriotas entre nós.
Hão de existir sempre preconceitos contra os quais não se pode lutar.
Haverão os mortos de retornar e retomar o que lhes pertencia de direito?
Os acordos havidos entre as partes serão respeitados.
Cuidemos para que não haja injustiças na distribuição dos cargos.
3. Assinale o período que apresenta concordância verbal INCORRETA:
a) Nesta segunda-feira, quando o interventor designado pela Receita – Othon de Souza, diretor da
Faculdade de Tecnologia – iniciar seu trabalho, começará a aparecerem, no próprio Departamento de
Ciências, as origens da crise.
b) Cerca de mil aposentados e pensionistas, segundo o advogado Milton Peixoto, deverão ingressar na
justiça, esta semana, para salvaguardar direitos adquiridos.
c) A liquidação extrajudicial era uma das poucas medidas disponíveis aos ministros econômicos que
solucionaria o rombo do grupo financeiro.
d) Quando é necessário, não se reconhecem os erros.
e) O fato, porém, é que pouco se necessita de pessoas que agem desta forma.
4. Assinale a alternativa correta quando à concordância:
a) Além das questões gerais de política, levanta-se, nesta edição de Dirigente Rural, outras de âmbito
mais restrito, mas não menos expressivas, que ocupam a cena agrícola atual.
b) Diante da hegemonia da soja no grupo das culturas produtoras de óleos, perguntam-se sobre as
possibilidades de crescimento das demais espécies.
c) Para discutir os diversos aspectos relativos à cultura do amendoim, realizou-se um seminário, em
meados de setembro, no qual procurou-se evidenciar as vantagens da rotação de culturas.
d) Tem havido algum consenso, no Brasil sobre a conveniência de se desenvolver linhagens comerciais de
aves, mas quando a questão de quem e como fazê-lo as opiniões passam a divergir.
e) Colhidos os frutos caídos, devem-se observar se os locais estão secos e bem ventilados.
5.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacunas:
Já _________8 horas quando se _____________ os debates sobre cinema e literatura __________.
a)
b)
c)
d)
e)
seria – iniciou – brasileira
seria – iniciaram- brasileira
seria – iniciou – brasileira
seriam – iniciaram – brasileira
seriam – iniciou – brasileiro.
6. Assinale a alternativa, cuja seqüência substitua, corretamente, o verbo existir pelo verbo haver:
I. Existiam verdadeiros jardins, outrora. ___________ verdadeiros jardins, outrora.
II. Existiram manhãs negras em minha vida. ___________ manhãs negras em minha vida.
III. Nisso tudo existe um grande perigo. Nisso tudo ___________ um grande perigo.
IV. Em todas as notícias existem sempre duas versões. Em todas as notícias _________ sempre duas
versões.
V. Talvez existam provas de inocência do réu. Talvez _________ provas de inocência do réu.
a) Havia – houveram – há – há – haja
b) Haviam – houveram – há – hão – hajam
c) Haviam – houve – há – há – haja
d) Havia – houve – há – há – haja
e) Haviam – houveram – há – há – hajam
7. ― ___________ cuidadosamente os cálculos: __________ ainda de novos empréstimos, pois cem mil
reais __________ para obra tão vasta.‖
a) Fizeram-se / necessitavam-se / é pouco.
b) Fizeram-se / necessitavam-se / são pouco.
c) Fez-se / necessitavam-se / são pouco.
d) Fez-se / necessitava-se / são pouco.
e) Fizeram-se / necessitava-se / é pouco.
8.
Assinale a alternativa que complete adequadamente as lacunas:
Aprendi que ___________ resolver problemas quando ___________ qualidades de caráter e
inteligência.
a) são impossíveis / faltam
d) são impossíveis de / falta
b) é impossível / faltam
e) é impossíveis de / falta
c) é impossível / falta
a)
b)
c)
d)
e)
Em ―_________ providências necessárias ao saneamento do setor‖, a lacuna será corretamente
preenchida pela expressão da alternativa.
Haverá de ser tomado
Haverão de ser tomadas
Haverá de serem tomadas
Haverão de serem tomadas
Haverá de ser tomadas
10.
a)
b)
c)
d)
e)
Não se fez corretamente a concordância verbal em:
―Para onde iam aquelas flores?‖
―Nasciam ervas em torno das sepulturas pobres‖.
―Deitava-se de cara para o céu, olhando as nuvens que formava desenhos esquisitos.‖
―Não existem mais dificuldades de rima nem de concordância.‖
―Não deve haver mais dificuldades de rima nem de concordância.‖
11.
a)
b)
c)
d)
e)
Em qual das orações abaixo o sujeito é inexistente?
Tristonha, escondia o rosto com as mãos.
Durante todo o dia, caminhamos sob um sol ardente.
Precisa-se de operários nesta obra.
Contaram-se coisas muito estranhas.
Nesta Terra, faz muito frio.
9.
12. ―Quando me procurar o desencanto, ou a morte, eu direi, sereno e confiante, que minha vida não foi de
todo inútil." sujeito de procurar é:
a) indeterminado.
b) eu (oculto)
c) desencanto
d) me.
13.
a)
b)
c)
Só num caso a oração é sem sujeito. Assinale-o:
Faltavam três dias para o batismo.
Houve por improcedente a reclamação do aluno.
Havia tempo suficiente para as comemorações.
14.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Assinale a oração que não possui sujeito:
A noite caiu repentinamente sobre a cidade.
Neste mês,vai fazer um ano de sua partida.
Só me resta uma esperança.
O menino vai fazer um ano neste mês.
O dia amanheceu bastante límpido.
Choveram tomates sobre o orador.
TERMOS ASSOCIADOS AO VERBO
Antes de iniciarmos este estudo, é importante perceber que, em uma oração, qualquer palavra que ocorra
na frase:
ou vem associada a um nome;
ou vem associada a um verbo.
Os pequenos animais da floresta não perceberam a presença do homem.
Sujeito
verbo
A partir deste esquema, podemos dizer que:
Se um termo vem associado a um verbo, pode ele desempenhar uma das quatro funções abaixo:
 Objeto direto
 Objeto indireto
 Adjunto adverbial
 Agente da voz passiva
Caso venha associado a um nome, pode ele desempenhar uma das quatro funções abaixo:
 Adjunto adnominal
 Complemento nominal
 Predicativo
 Aposto
Obs.: Para que possamos compreender a função dos nomes ligados a verbo, faz-se necessário a
definição de transitividade e intransitividade verbal.
Verbo Transitivo:
Para este tipo de verbo percebemos que a ação transita de um agente para um paciente ou destinatário.
Ex:
A chuva
danificou
os automóveis.
Agente
ação
paciente
Logo, os verbos transitivos pressupõem dois pólos: agente de um lado - paciente ou destinatário do
outro.
VERBO INTRANSITIVO
Com estes verbos, fica anulada a oposição entre agente e paciente.
Ex:
A manga despencou.
Agente - ação intransitiva - não existe paciente ou destinatário.
DEFINIÇÕES:
Objeto Direto:
Vem sempre associado a um verbo transitivo. Sempre é alvo ou destinatário da ação verbal.
Ex: A prefeitura exigiu o pagamento das despesas.
V.T.D
O.D.
O Objeto Direto pode, excepcionalmente, ser preposicionado nas seguintes circunstâncias:
1. Para enfatizar o objeto, com verbos que exprimem sentimento (a preposição é facultativa):
Ele odeia a todos, só ama mesmo àquele filho doente.
2. Para evitar ambiguidade:
Àquele velho datilógrafo, o delegado não consegue enganar.
3. Representado por pronome oblíquo tônico ou pelo relativo quem (a preposição é obrigatória, exigida
pelo pronome):
Eis um indivíduo a quem eu sempre respeitei. Ele não ofenderia uma formiga, muito menos a ti.
4. Com a preposição “de”, para traduzir idéia partitiva:
Eu jamais beberia dessa mistura que ela lhe ofereceu.
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO:
É um pronome que reforça um termo anteriormente expresso:
Não, nunca! Aqueles tios, Mariana jamais os enganaria, ela não seria capaz.
A nós, ele já não nos ama como antigamente.
Obs.:
Em certas construções, ocorre o Objeto Direto Interno (já contido no sentido do verbo):
Havia vários anos que ele vivia uma vida muito tranqüila ali, não queria mudar.
Então, feliz, ele sorriu aquele sorriso das pessoas vencedoras.
OBJETO INDIRETO:
O OBJETO INDIRETO é um termo de natureza substantiva (substantivo, pronome, numeral ou
oração substantiva, correspondente ao recebedor ou destinatário da ação verbal.
Difere do OD por vir obrigatoriamente preposicionado, com preposição exigida pelo verbo,
chamado Verbo Transitivo Indireto (VTI). Não haverá preposição apenas se o OI for representado por
pronome átono (me, nos, lhe...).



dele.
Hoje ele já não acredita em nada, duvida até da própria mãe.
Não lhe escreva, não envie a ela a prova de sua infidelidade.
Embora o sítio pertença aos três, ela sempre se esquece de que também deve cuidar
Também o Objeto Indireto pode ser pleonástico:

A nós, talvez ele não nos perdoe nunca.

Àquela filha, sim, o banqueiro sempre lhe dá as melhores jóias.
Vem sempre associado a um verbo transitivo. Liga-se a verbo através de preposição. Indica o paciente
ou destinatário da ação verbal.
Ex:
Os políticos discordaram do plano.
Ação transitiva O.I (paciente da ação verbal)
OBJETO DIRETO X OBJETO INDIRETO
Sabe-se que o pronome lhe(s) nunca funciona como Objeto Direto e que o pronome o (a) (s) nunca
funciona como Objeto indireto.
Os demais pronomes oblíquos – os átonos e os tônicos – podem exercer ambas as funções; sua
classificação dependerá da regência do verbo a que se ligarem.
Para distingui-los, pode-se usar o recurso de substituir o pronome por um termo substantivo masculino
(meu irmão, por exemplo) e verificar se este precisa ser preposicionado: caso o verbo exija preposição,
a expressão ― meu irmão‖ (e o pronome) será objeto indireto; caso contrario, objeto direto.
Me,
Te,
Se,
Nos,
Vos,
Se,
mim
ti
si,ele(a)
nós
vós
si,eles (as)
= meu irmão - OD
= a meu irmão - OI
(Preposição obrigatória)
Ele poderia ver-nos, por isso fugimos.
Ele poderia ver meu irmão, por isso... (o verbo ver não exige preposição.)
Portanto, nós (assim como meu irmão) é, aí, Objeto direto.
Ele poderia escrever-nos, mas não quis.
Ele poderia escrever a meu irmão, mas ... (Observe que a preposição a é obrigatória.)
Portanto, nesse caso, nos é Objetivo Indireto.
Agente da Voz Passiva:
Vem sempre associado a um verbo transitivo na voz passiva. Liga-se ao verbo através de preposição
(por, per). Indica o elemento que executa a ação verbal.
Ex:
O réu foi considerado culpado pelo júri.
V.T.V.P
A.V.P.
Obs.: A diferença entre sujeito ativo e AVP é que, apesar de ambos executarem a ação verbal, o AVP
sempre é preposicionado, já o sujeito nunca aparecerá preposicionado.
Adjunto adverbial é um termo determinante do verbo, mas pode também determinar um adjetivo
ou um advérbio.
verbo
Adjunto adverbial
adjetivo
advérbio
Você sempre morou aqui?
Meu pai anda muito cabisbaixo ...
Vou ficar mais longe, mas ...
Veja as classificações dos adjuntos adverbiais sublinhados no exemplo abaixo:
Ele, hoje, ainda fala muito bem da aviação, mas já não é tão entusiasmado como antes.
 ainda:
adj. adverbial de tempo do verbo fala
 muito:
adj. adverbial de intensidade do advérbio bem
 bem:
adj. adverbial de modo do verbo fala
 da aviação:
adj. adverbial de assunto do verbo fala
 já:
adj. adverbial de tempo do verbo é (ou de todo o predicado)
 não:
 tão:
 como antes:
1.
adj. adverbial de negação do verbo é
adj. adverbial de intensidade do adjetivo entusiasmado
adj. adverbial de comparação de entusiasmado (ou de todo o predicado)
O adjunto adverbial pode ser representado por:
b.1) advérbio:
Ele hoje ainda fala muito bem.
b.2) locução ou expressão adverbial:
À noite, ele sairá de novo para a farra.
De repente, na parede da sala aparece a imagem do desaparecido.
b.3) oração adverbial:
Desde que teu cão não seja bravo demais, podes trazê-lo quando quiseres.
2.
Tipos de adjuntos adverbiais:
O adjunto adverbial pode indicar intensidade do verbo, de um adjetivo ou de um advérbio, ou pode
indicar uma das circunstâncias abaixo (dentre outras), vinculadas ao verbo (ou ao predicado).
a.
De afirmação:
Ele sairá sim, com certeza.
b.
De assunto:
Ela sempre fala de seus namoros na adolescência.
c.
De causa:
Devido à chuva, interromperemos os trabalhos.
d.
De companhia:
Ele morava no Rio, com dois irmãos.
e.
De comparação:
Ele canta certamente muito melhor do que o vocalista anterior.
f.
De concessão:
Apesar do forte calor, os dois times estão correndo bastante.
g.
De condição:
Sem dinheiro, será impossível montar essa feira.
h.
De conformidade:
A montagem foi toda feita conforme o projeto.
i.
De consequência:
Ela falava tanto e tão bem do primo que o namorado ficou com
ciúme.
j.
De dúvida:
Talvez precisemos regravar este capítulo.
k.
De finalidade:
Vamos mudar-nos para um hotel, para reformarmos o
apartamento.
l.
De instrumento:
Não consegui abrir a garrafa com este saca-rolhas.
m.
De lugar:
Vim do interior e moro em Belo Horizonte há quinze anos.
n.
De matéria:
Construiu esse muro com muito cimento e bastante dor no
coração.
o.
De medida:
O tecido da cortina deve medir de oito a dez metros.
p.
De meio:
É impossível falar com você por esse telefone.
q.
De modo:
Sairei calmamente, para não espantar os pássaros.
r.
De negação:
O avião jamais chegaria ao destino.
s.
De preço ou valor:
A camisa custou trinta reais; a calça, mais caro.
t.
De proporção:
Quanto mais você insistir, mais ele lhe negará o convite.
u.
De tempo:
Ontem, logo que acordei, ele me deu essa má notícia.
3. Adjunto adverbial x Objeto indireto:
Como vimos, o ADJUNTO ADVERBIAL pode ser representado por locução adverbial, que é um
conjunto preposicionado, o que o faz parecido com o OBJETO INDIRETO.
Distingue-se um do outro pelo sentido:
O OBJETO INDIRETO corresponde ao alvo (ao recebedor, destinatário) da ação verbal;
O ADJUNTO ADVERBIAL indica uma circunstância da ação verbal.
Você não escreveria a lápis um ofício ao juiz!...
―a lápis‖ é adj. adverbial de instrumento; ―ao juiz‖ é objeto indireto (alvo, destinatário)
TERMOS ASSOCIADO AO NOME
Adjunto Adnominal - Predicativo - Complemento Nominal - Aposto
Desses termos, o único que nos traz alguma dificuldade é o adjunto adnominal.Isso se dá, pois, em
determinada construção, ele se confunde com o predicativo , e;em outras, com o complemento nominal.
Devido a isso vamos fazer esse estudo, primeiramente, estabelecendo diferenças entre adj.adnominal e
predicativo e depois diferenças entre adj. Adnominal e complemento nominal. Não há necessidade de
confrontarmos predicativo com complemento nominal, já que estes termos nunca se confundem.
Diferenças entre Adj. Adnominal e Predicativo:
Obs.: O único momento em que confundimos adj. Adnominal com o predicativo é no momento em que
estamos diante de um adjetivo. Logo a análise sintática de um adjetivo só pode ser adj. Adnominal ou
predicativo.
Adjunto adnominal.
Qualidade fixa, ou seja, não depende do verbo.
verbo.
Predicativo
Qualidade não fixa, ou seja depende do
Obs.: O predicativo, como o próprio nome revela, nada mais é que um pedaço do predicado.
Ex.
O professor nervoso chegou. (1)
A .Adnominal
O professor chegou nervoso. (2)
Predicativo
(qualidade fixa)
(qualidade não fixa)
Para sabermos se a qualidade é fixa ou não, basta trocarmos o tempo verbal , se a qualidade, por um
momento, deixar de existir ela será não fixa (predicativo).
Na oração 1, se alterarmos o tempo verbal, por exemplo, para o futuro: O professor nervoso
chegará. Percebemos que o adjetivo nervoso não deixa de existir, pois ele é uma qualidade fixa (Adj.
Adnominal)
Na oração 2, se alterarmos o tempo verbal, por exemplo para o futuro : O professor chegará
nervoso.
Percebemos que o adjetivo nervoso deixa de existir, pois ele não é qualidade fixa, ou seja,
depende do verbo para a sua existência.
Logo concluímos que para se criar um adjunto adnominal basta que liguemos um adjetivo a nome
qualquer, porém sem a mediação do verbo. Ex. Carro vermelho.
Se quisermos transformar este adj. AdnominaI em um predicativo, basta que coloquemos um verbo
entre o nome e o adjetivo.(verbo de ligação).
Ex.
Carro foi vermelho. O carro continua vermelho. O Carro era vermelho. O carro é vermelho.
Diferenças entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal.
Adjuntos adnominais
Somente se ligam a uma classe de palavras
substantivo e possuem valor ativo
Complementos nominais
Se ligam a advérbios, adjetivos e substantivos
abstratos. Possuem valor passivo
Exemplo:
O telefone
É
Paramos
Útil
Predicativo
(adjetivo)
Próximo
Adj. Adverbial
(advérbio)
Os turistas compraram uma linda
A. Adnominal
a todos.
C.N
ao cinema.
C.N.
casa.
Subst. Concreto
Podemos, então, visualizar tais diferenças a partir do esquema:
Adj. Adnominal
Complemento Nominal
Subst. Concreto
Subst. Abstrato
Adjetivo
Advérbio
Adjunto Adnominal ............................................
- Substantivo Concreto
Complemento Nominal......................................
- Adjetivo e Advérbio
Ad. Adnominal e Complemento Nominal
......... - Subst. Abstrato
Percebemos, porém, que, se a dúvida for entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal e
estivermos diante de um nome ligado a um Substantivo Concreto, esse nome só poderá ser um Adj.
Adnominal, já que o Complemento Nominal não se liga a Substantivo Concreto. Porém, se um nome
aparece ligado a um adjetivo ou a um advérbio, esse nome só poderá ser um Complemento Nominal, já que
o Adj. Adnominal não se liga a essas classes de palavras.
A única dúvida seria no momento em que estivéssemos diante de palavra ligada a um Substantivo
Abstrato. Isto ocorre porque tanto o Adj. Adnominal quanto o Complemento Nominal se ligam a Substantivos
Abstratos. O recurso prático para dirimir tal dúvida é: o Adjunto Adnominal possui valor ativo, enquanto o
Complemento Nominal possui valor passivo.
Ex:
Por Amor
Subst. Abstrato
O canto
Subst. Abstrato
à vida,
parou de fumar.
C.N. (sofre a ação de ser amada)
da juriti
é triste.
A. Adn. (pratica a ação)
A explicação do professor
A. Adnominal
aos alunos
C.N.
tinha fundamento.
EXERCÍCIOS
Nas questões que seguem, marque:
a) Se o termo vier associado a um nome;
b) Se o termo destacado vier associado a um verbo.
1.
2.
3.
4.
" Eu preparo uma canção. "
" A couve mineira tem gosto de bife inglês. "
" Remédio do céu é sempre mais barato. "
" Nossos encontros eram cada vez mais decepcionantes. "
5.
Observe a passagem que segue....."e só de olhar para cima perdia o fôlego.
Em qual das opções o termo destacado tem a mesma função que a do termo acima?
a) ( ) Eu disse isso ao homem.
b) ( ) .....eu estava era imitando os outros.
c) ( ) .....e jogou para mim.
6.
a)
b)
c)
d)
7.
(
(
(
(
(
8.
(
(
(
(
Analise os termos destacados das frases que seguem de acordo com o código:
a) objeto direto
b) objeto indireto
―Marcela compreendeu a causa do meu silêncio.‖
"Jorge e seu pai serviam bebida a todos.‖
―O marido infiel levou a mulher para casa."
―As multinacionais acreditam no Brasil.‖
Resolva as questões, de acordo com o seguinte código:
a) Predicativo:
b) Adjunto Adnominal.
)O poeta ficou bêbado.
)O poeta bêbado caminhou pela praça.
)O poeta caminhou bêbedo pela praça.
)Os alunos desconfiados deixaram o colégio.
)Os alunos deixaram o colégio desconfiados.
Responda de acordo com o seguinte código:
a) adjunto adnominal;
b) complemento nominal.
) A marcha dos soldados impressionou bem ao público.
) A marcha sobre Berlim já tinha sido prevista pelos estrategistas.
) O ministro se mostrou avesso à idéia.
) ( ) A invenção do avião contribuiu para o progresso da humanidade.
9.
Explique a diferença de sentido entre as frases que seguem:
As críticas ao técnico foram infundadas.
As críticas do técnico foram infundadas.
10.
a)
b)
c)
d)
Os termos destacados estão corretamente classificados, exceto em:
Ficaram encantados com sua gentileza. (objeto indireto)
Com as mãos no rosto, parecia petrificado. (predicativo do sujeito)
Procurava alivio para os seus sofrimentos. (complemento nominal)
A mim, pobre infeliz, todos abandonam. (aposto)
EXERCÍCIOS:
Escreva nos parênteses:
1. para objeto indireto (indica o alvo da ação) (preposição sem sentido e vinculada ao verbo)
2. para adjunto adverbial
3. Objeto Direto Preposicionado (preposição vazia de sentido e não exigida pelo verbo)
Obs.: para adjunto adverbial, na lacuna escreva a circunstância
(___) Aquela menina só dança com o irmão.
(___) Eu não briguei com você, acredite.
(___) (___) Vou viajar com minha família para o Sul.
(___) (___) Você parece ter-se esquecido da promessa de nunca enganar aos seus.
(___) Curiosamente, eu nunca sonho com minha família.
(___) (___) Por este canal, ele canta para todo o Sul.
(___) (___) Não pense naqueles momentos desagradáveis. Mas nas festas.
(___) (___) Sem paciência, ele não convencerá a ninguém.
(___) (___) Em sonho, sim, me vejo naquelas praias, mas não vivo pensando nelas.
(___) (___) Você se refere ao Rio com tanta saudade!
(___) (___) (___) Converse com meus pais sobre eu ir ao Rio com você.
(___) (___) (___) A mim você ofenderá, se preferir beber da água e não do vinho.
EXERCÍCIOS
1.
Seguindo o modelo, ligue com setas os determinantes sublinhados a seus determinados:
A ANATEL trocou o velho e bom interurbano pela americanizada locução chamada de longa distância.
a) O uso desnecessário, abusivo ou enganoso de palavra ou expressão estrangeira será considerado
como lesivo ao patrimônio cultural brasileiro.
b) Estamos assistindo a uma verdadeira descaracterização da língua portuguesa, tal a invasão
indiscriminada e desnecessária de estrangeirismos.
c) Muitas pessoas dizem de seus adversários: ―Eu lhes perdôo‖, enquanto, interiormente, experimentam um
secreto prazer do mal que lhes acontece, dizendo para si mesmas que eles não têm senão o que merecem.
2. Em todas as alternativas, o termo destacado é um determinante do verbo, EXCETO em:
a) Na Rússia dos anos 50, uma mãe solteira conhece, num trem, um oficial do Exército soviético.
b) Mairaux, autor de A Esperança, participou ativamente na luta contra o facismo na Espanha.
c) A julgar pela bilheteria, a garotada aprovou, entusiasmada, essa mistura de inteligência e besteirol.
d) Mesmo os pais mais ricos têm ouvido os médicos e evitado esses óculos em seus bebês.
e) O Ministério da Saúde enviou o relatório final da pesquisa a todas as Secretarias Estaduais.
3.
a)
b)
c)
d)
e)
Há objeto direto em todas as alternativas abaixo, EXCETO em:
O povo brasileiro não tem a obrigação de conhecer palavras ou idiomas estrangeiros.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro não merece uma boa nota por sua atuação.
Os cidadãos brasileiros sabem mais coisas sobre atores e atrizes da TV do que sobre seus políticos.
Segundo ACM, a DUDAM constitui, hoje, o maior covil de ladrões.
No Nordeste, vai faltar farinha e carne-seca.
4.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas as alternativas, o termo sublinhado é um objeto direto preposicionado, EXCETO em:
Não há dúvida de que esse moleque odeia a seu irmão.
A um bom marido ela – e todas as mulheres deste país – sonhe encontrar.
Desculpe-nos, mas esse homem não representa nem a mim nem a ninguém de minha família.
Você não deveria chamar seu filho de marginal.
Expulsou, então, o pai ao filho mais novo, que nada fizera.
5.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas as alternativas, o termo sublinhado funciona como objeto indireto, EXCETO em:
Toda semana, eu respondo, pela Internet, a um questionário qualquer.
Tome cuidado para não beber, por engano, da água deste pote.
Ela jamais entregaria ao marido aquela carta de convocação para a guerra.
É impressionante como esse cachorro obedece a todos da casa.
Pegue o que quiser e pague a qualquer dos nossos funcionários.
6.
a)
b)
c)
d)
e)
O pronome oblíquo está corretamente classificado em todas as alternativas, EXCETO em:
A História nos ensina que uma das formas de dominação se dá pela imposição da língua. (OD)
Quero falar-vos hoje, de um doce e fraternal sentimento: a indulgência. (OI)
Não te pedi palavras nem gestos, pois sei o quanto te custaria isso. (OI)
A coragem e a franqueza de Covas tem impressionado a todos nós, mesmo os adversários. (ODP)
Outro personagem deste mundo que me encanta é esse sociólogo de vocês, o Betinho. (OD)
7.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas as alternativas, o termo sublinhado é um adjunto adverbial, EXCETO em:
Nós pedimos tanto, que nosso avô acabou falando na prisão tudo que o incomodava.
Nunca tinha visto uma pessoa apegar-se tanto a uma causa quanto seu pai.
O Estado o castigará pelo prejuízo causado à população.
A parábola é uma espécie literária, mas não deve sair dos limites do verossímil.
Penetrava no reino das palavras com a paz e a tranqüilidade das pessoas íntimas.
APOSTO
Chama-se de APOSTO ao termo de natureza substantiva que determina outro substantivo ou
equivalente, que o precede. Esse substantivo determinado pode esta exercendo qualquer função
sintática na oração. Eis os principais tipos de aposto:
a) Explicativo ( aparece entre virgula, parênteses ou travessões ou após dois-pontos):
Os Lusíadas , o maior obra lusitana do Renascimento, quase se perdeu num naufrágio.
b) Enumerado:
Três línguas ele precisa aprender: inglês, espanhol e... português.
c) Resumido ( tudo,nada,todos,ninguém, qualquer pessoa, etc.):
Ele se exibe numa rua, numa avenida, numa praça, em qualquer lugar.
d) Distribuidor (cada um ou cada qual):
Uso, no meu oficio, caneta, lápis e pincel, cada um, é claro, com uma finalidade.
e) Especificador ( nomeia, individualizando, um substantivo anterior, sem pausa):
Conheci o poeta Escobar na praça da Bandeira.
Obs.: 1. O aposto pode referir-se a uma oração inteira:
Ele jamais pedia perdão, o que revoltava o pai. ( o = isso = ele jamais pedir perdão)
2. O aposto pode ser representado por oração ( oração substantiva apositiva):
Só podes fazer uma coisa: ir lá agora e explicar tua atitude.
3. Não se confunda o aposto com o predicativo ( este pode ser deslocado):
Turíbio, nervoso, procurava esconder os papeis e os documentos. (adjetivo – predicativo)
Turíbio, homem nervoso, não era de levar desaforo para casa. (substantivo – aposto):
4. Normalmente, aposto aparece após o seu fundamental, mas pode precedê-lo:
Individuo de péssima índole, Zé do Morro não era boa companhia para ninguém.
EXERCÍCIOS
1.
a)
b)
c)
d)
e)
Todas as expressões sublinhadas são determinantes de nome, EXCETO em:
―A lei penal brasileira deve ser aplicada aos fatos puníveis praticados aqui.‖
O uso da língua portuguesa é obrigatório nas relações jurídicas e nos meios de comunicação.
Os meninos guerrilheiros da Tailândia entregaram suas armas e prometeram freqüentar a escola.
O que os comerciantes vêem é um recorde de vendas que os deixa em situação confortável.
Os soldados chegaram à Capital esgotados, com o moral baixíssimo e ameaçados de morte.
2.
a)
b)
c)
d)
e)
As palavras e expressões sublinhadas abaixo funcionam como Adjunto Adnominal, EXCETO em:
Essa é uma importante tarefa de profissionais de saúde especializados na área de atendimento.
Na falta de uma palavra ou expressão em nossa língua, será aceito o termo estrangeiro aportuguesado.
O descumprimento de qualquer disposição desta norma sujeita o infrator a sanção administrativa.
O poder Executivo a regulamentará no prazo máximo de um ano, a contar da data de sua publicação.
A criação de neologismos regionais será evitada, para se conservar a unidade lingüística do país.
3.
a)
b)
c)
d)
e)
O termo sublinhado em cada alternativa abaixo só não funciona como Predicativo em:
Ele considera importante qualquer questão que possa ajudar-nos na preparação.
Os redatores de alguns jornais não contam com a ajuda preciosa de um bom revisor.
Há, em nossa vida, bastantes coisas que consideramos inatingíveis, e por isso não as buscamos.
O obstáculo maior que ele enfrenta é degradante.
Esses jogadores, mesmo após tudo o que vocês noticiaram, continuam beberrões e desobedientes.
4.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a alternativa em que se sublinharam um Adjunto Adnominal e um Predicativo.
Se estivesse vivo, professor, Santos Dumont teria feito cem anos em 1973.
O sono, prenúncio da morte, tomara conta daquele pobre doente.
Caso não se comprove nada contra o acusado, ele voltara a ser funcionário do Estado.
Seu irmão mais velho era o agente do banco quando ocorreu o assalto?
O complemento nominal é um termo que se assemelha muito ao adjunto adnominal.
5.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas alternativas, o termo sublinhado funciona como Aposto, EXCETO em
O ídolo nunca se preocupava com sua segurança, o que chateava a esposa.
―A noz, o burro, o sino e o preguiçoso, sem pancadas, nenhum faz seu ofício.‖
Apolo entregava diariamente a seu pai um quilo de carne, dois maços de cigarros e dez cruzeiros.
Quem poderia imaginar que o coelho, animalzinho tão delicado, fosse capaz de tal estrago.
Durante muito tempo, o planeta Marte foi o depositário de todas as nossas fantasias interplanetárias.
6.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a alternativa em que se classificaram incorretamente os termos sublinhados.
O desmatamento dessa área só será permitido caso haja reposição de todas as arvores. (CN-CN)
Nos dias atuais, a redação de cartas, quando há, dá-se quase unicamente via internet. (AA-CN)
O indivíduo medíocre critica porque muitas coisas não estão ao alcance de sua mão. (AA-AA)
A explicação do professor não convenceu os pais dos alunos.(AA-AA)
A conservação dos dentes sempre bem limpos é essencial para a saúde geral do corpo. (AA-CN)
7.
a)
b)
c)
d)
e)
― O sono é a infância da morte (1): um repouso transitório (2). Tem um túmulo, o leito (3);tem um verme
: o pesadelo. Em compensação, como a morte, propicia um bálsamo (4): o esquecimento (5).‖
Os termos sublinhados acima estão corretamente classificados, EXCETO em:
(1): predicativo
(2): adjunto adnominal
(3): predicativo
(4): objeto direto
(5): aposto
8.
a)
b)
c)
d)
e)
A função sintática do termo em destaque está incorretamente indicada na alternativa.
Todas essas festas e as roupas de que ele está falando são da época de D. Manuel. (CN)
A explicação do problema coube ao pai de um colega meu (CN)
O casamento faz dois tipos de mulheres: a que arruma a casa e a que se arruma. (Aposto)
Os que acreditam na mão do destino a comandar suas vidas abrem mão de viver. (AA)
Cresceu muito durante a década de oitenta a maior cidade do Vale, G. Valadares. (Aposto)
9.
a)
b)
c)
d)
e)
Em ― A sobrevivência de uma espécie depende, muitas vezes, da capacidade de comunicação de seus
membros‖, os termos destacados funcionam, respectivamente, como
Compl. Nominal – Adj. Adverbial – Compl. Nominal
Aposto-Compl.Nominal- Adj. Adnominal
Adj.adnominal- Obj. Indireto- Comp.Nominal
Adj.adnominal- Obj. Indireto- Adj. Adnominal
Compl.Nominal- Adj.Adverbial- Compl.Nominal
10. ―O prédio da Escelsa fica mais próximo da Assembléia do que da Praça Costa Pereira.‖
Os termos sublinhados acima funcionam, respectivamente como
a)
Aposto – Adj. Adverbial-Aposto
b)
Compl.Nominal- Adj.Adverbial – Aposto
c)
Adj.Adnominal – Compl.Nominal – Aposto
d)
Adjunto Adnominal – Compl. Nominal – Adj.Adnominal
e)
Aposto – Adjunto Adverbial – Compl. Nominal
11.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas as alternativas, o pronome destacado tem valor semântico semelhante, EXCETO em:
O fazendeiro encontrou-me na estrada da fazenda e não me deixou mais.
Ele nunca terá a coragem de me olhar na cara e me chamar de ladrão.
O prefeito certamente cortar-lhe-ia ao meio o salário, se soubesse de suas intenções.
Ele nunca poderá tirar-nos as terras ou o gado, pois temos recibo e registro de tudo.
Que mais você quer de seus tios? Eles já lhe garantem o sustento, não é verdade?
12. Assinale a opção em que o pronome átono apresenta o mesmo valor significativo que possui em:
― uma espécie de riso sardônico e feroz contraia-lhe as negras mandíbulas.‖
a) Tudo nos era indiferente.
b) Acontecer-te-á uma desgraça.
c) A mãe apalpava-lhe o coração.
d) Ao inimigo, não lhe rogo perdão.
e) Ainda não te contei o susto por que passei.
13. Em ― Ouvindo o rufar da catraca, as crianças saem das casas, apressadas, algumas meio desvestidas,
ansiosas para entrarem no carro de ferro do circo‖, os termos destacados funcionam, respectivamente,
como:
a) Adjunto adnominal e adjunto adverbial de matéria
b) Adjunto adverbial de modo e Complemento Nominal
c) Predicativo e Adjunto Adverbial de Matéria
d) Adjunto Adverbial de modo e Adjunto Adnominal
e) Predicativo e Adjunto Adnominal
14. Em ― Depois de dois dias de nada garimpar, Xande começou a pensar que garimpo não era mesmo tão
fácil como diziam; aquilo era, sim, fácil de fazer um louco, isso era‖, o termo destacado funciona como:
a) indireto
b) complemento nominal
c) objeto predicativo do sujeito
d) objeto direto
e) adjunto adverbial de modo
15. Nas frases ― Meire me tinha respeito‖ e ―Ele respeitava-me as cãs‖, os pronomes funcionam
respectivamente, como:
a) objeto direto e objeto indireto
b) objeto indireto e objeto direto
c) adjunto adnominal e objeto indireto
d) complemento nominal e adjunto adnominal
e) complemento nominal e objeto direto
VOCATIVO
O vocativo é a palavra ou expressão de chamamento, que não determina um elemento da oração.
Relaciona-se ou refere-se ao ser com quem se fala, aquele a quem o emissor se dirige.
Jesuína, saia dessa chuva, minha filha!
Seu filho não está atrasado para aula, Pedro?
Ó formas vagas que torturam minha mente, quando terei paz?
A confusão entre o vocativo e o aposto deve-se, geralmente, ao fato de ambos costumarem vir isolados
por vírgula (s), o que, na verdade, não é exclusividade deles: outros termos ( o adjunto adverbial, o
predicativo do sujeito, etc.) podem isolar-se por virgulas.
(Lembre-se de que o vocativo corresponde á pessoa com quem o locutor da frase fala.)
As crianças de hoje questionam os pais em quaisquer situações, fato impensável outrora.
aposto
Qualquer ato do prisioneiro contra Diretoria, na sala ou no pátio, será punido.
adj. adverbial
Seu filho, ninguém tem coragem de contestá-lo ou dele discordar.
OD
OD. Pleonástico
Aos índios desta aldeia, Senhor Presidente, só lhes resta um pouco de dignidade... e a gripe.
OI
VOCATIVO
OI pleonástico
A OAB, entidade máxima do advogado, jamais, Excelência, em todos esses anos, deixou de
aposto
vocativo
adj. adverbial
questionar um ato que ferisse a Constituição.
Vossos pais, ridículas crianças, saberão o que estão falando sobre a família, Célula-mãe da sociedade.
Vocativo
aposto
EXERCÍCIOS
1. Em todas as alternativas, o termo sublinhado exerce a função de sujeito, EXCETO em:
a) Restara, provavelmente, alguma esperança na alma daquela mulher, mas ela não demonstrava.
b) Muita discussão e briga houve, antes que se decidisse pela aceitação da proposta.
c) Constavam, nas anotações do dono da venda, algumas coisinhas que ele não comprara, mas...
d) Já se vê no céu, lá longe, um ponto escuro, que, certamente, é nossa liberdade.
e) Uma parte significativa dos contribuintes paga o imposto diretamente na fonte.
2.
Escreva nos parênteses o numero correspondente ao tipo de sujeito do verbo(s) destacado (s).
1.
2.
3.
4.
5.
sujeito simples
sujeito composto
sujeito indeterminado
sujeito oracional
oração sem sujeito
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
3.
a)
b)
c)
d)
e)
( ) a boca do brasileiro acaba destruída pela cárie e pelo preço do dentista.
( ) ( ) ( ) Já faz muito tempo que acabou o inverno, mas o frio ainda está aí.
( ) ( ) É verdade que na reunião de pais do colégio só havia mães.
( ) ( ) Morre-se um pouco a cada dia neste mundo louco a que chamam capital.
( ) ( ) ( ) Poucos teriam a coragem que João e Maria tiveram ao enfrentarem a bruxa.
( ) ( ) De madrugada , só se ouve um ronco, um raspar de garganta... O mundo parece morto.
( ) ( ) Falam muito em Cristo, mas só se vêem cifrões em seus olhos; não nos enganemos.
Em todas as alternativas, há verbo impessoal, isto é , oração sem sujeito, EXCETO em:
Confira lá, pois houve muitas confusões.
Amanhã, vai fazer três meses que ela perdeu seu emprego.
Não me importa se ele concordou ou deixou de concordar; vamos em frente.
Se continuar ventando dessa maneira, nosso telhado não vai resistir Zeca.
Mande seus soldados correrem; pode haver sérios atritos entre os grupos quando se encontrarem.
4.
a)
b)
c)
d)
e)
É de ligação o verbo sublinhado na alternativa
Meu tio tem um medo enorme de que ela venha a saber.
Vocês não podem, infelizmente, permanecer nas proximidades do salão de sinuca.
A única cárie ficava no último dente, o mais complicado de tratar.
Ao que tudo indica, elas vão continuar solteiras, não é?
Essas camisas não custaram barato, mas eu não me arrependo.
5.
a)
b)
c)
d)
e)
― As poesias te fornecem exemplos, te ilustram, te emocionam, te inspiram, te curam.‖
A respeito dos verbos acima destacados, é CORRETO afirmar que, em suas orações,
quatro deles tem a mesma classificação; o outro tem classificação diferente.
dois deles tem uma mesma classificação; os outros três outros classificação.
dois tem um classificação, dois outros tem uma segunda classificação, e o quinto, uma terceira.
dois deles recebem a mesma classificação; cada um dos outros três tem uma classificação diferente.
cada um deles tem uma classificação diferente.
6.
a)
b)
c)
d)
―Existem jornais tão mal escritos e superficiais ,que nada me acrescentariam se os lesse diariamente.‖
As classificações dos verbos acima estão respectivamente corretas em
Transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto.
Intransitivo; transitivo indireto; transitivo direto.
Transitivo direto; transitivo direto e indireto; transitivo direto e indireto.
Intransitivo; transitivo direto e indireto; transitivo direto.
a)
b)
c)
d)
e)
― Você não descobrira jamais se estou mentido ou falando a verdade.‖
As classificações dos verbos abaixo estão respectivamente corretas na alternativa
Transitivo direto; Intransitivo; transitivo direto.
Transitivo; transitivo; transitivo direto.
Transitivo direto e indireto; transitivo direto; transitivo direto.
Transitivo; transitivo direto; transitivo direto.
Transitivo direto; transitivo direto; transitivo direto.
8.
a)
b)
c)
d)
e)
Todas as seguintes frases apresentam construções com posposição de sujeito, EXCETO
Causava admiração a facilidade com que ele executava os repiques.
Diz que lá existe um besouro dourado que o persegue.
Narra também histórias de contatos com seres invisíveis.
Soaram, naquele momento, as doze badaladas da meia-noite.
Jamais faltaram em sua mesa as frutas próprias da época.
9.
a)
b)
c)
d)
e)
Todas as locuções verbais abaixo são transitivas, EXCETO
Ela jamais poderia herdar o que seus pais não possuíam, obviamente.
Acabe de escrever logo essa carta, que eu já estou indo pra cidade.
Você não vai querer receber do governo toda essa quantia, ou vai?
Assim que eu começar a falar com ele, você pode me chamar e fingir que passa mal.
Ele podia parecer um preguiçoso, mas estava sempre disposto a ajudar.
10.
a)
b)
c)
d)
e)
Em todas as alternativas, o pronome destacado exerce a mesma função sintática, EXCETO em
A leitura exercita a mente e nos torna mais criativos.
Alguns dos livros que mais me agradaram também os mandaram para a Biblioteca Pública.
Você não vai querer me enganar, logo a mim que posso ser seu pai.
Ele além de tudo, ainda era grosseiro com a mãe, o que eu não admito.
Pelo que sei, seu irmão sempre te ajudou, depois que perdeste o emprego.
7.
11. Falar correto significa falar o que espera a comunidade, e errar é fugir a essa norma.
Os termos destacados estão corretamente classificados abaixo, EXCETO em
a) falar correto – sujeito
b) o – objeto direto
c) a comunidade – objeto direto
d) errar – sujeito
GABARITO:
1-B 2 A)1-1,B)5,C)4-5,D)3-3,E) 1-2-2 F) 1-1 G) 3-1 3-C 4-D 5-A 6-B 7-A 8-C 9-E 10-D 11-C
TIPOS DE PREDICADO
Predicado é o termo da oração através do qual se faz alguma atribuição ao sujeito.
Predicado será verbal, quando a informação importante, contida neste, for um verbo.
Ex.
Os jogadores caminham pelo gramado.
Como a informação importante é um verbo este predicado é verbal.
Predicado será nominal, quando a informação importante, contida no predicado,for um nome.
Ex.
Os jogadores estão cansados.
Como a informação importante é um nome, o predicado é nominal.
Obs.: Quando o predicado for nominal, encontraremos um predicativo.
Predicado será verbo-nominal , quando a informação importante, contida no predicado, for um verbo
e um nome.
Ex:
Os jogadores caminham cansados pelo gramado.
EXERCÍCIOS:
1.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a opção em que o predicado é verbal = (assinale a opção em que não haja predicativo):
João morreu.
A mulata sambava alegre.
O dia parece bom para o passeio.
João saiu alegre da festa.
Consideraram o mestre ignorante.
2.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a opção em que o predicado é nominal = (assinale a opção em que haja predicativo):
Elevei a minha voz no sossego da noite.
E até estava aborrecido.
Todos os poetas cantam.
Mas eu estava cantando no meu quarto fechado.
Eu só sentia o cheiro dos remédios.
3.
a)
b)
c)
d)
e)
Classifique os predicados destacados abaixo e, em seguida, marque a alternativa correta.
I – A família considerou infeliz e, até mesmo, injurioso o depoimento do Coronel.
II – Penso que, assim eu posso desenvolver mais rapidamente meu senso crítico.
III – A gramática normativa sempre foi, como o próprio nome indica, de natureza prescritiva.
Verbal; verbal; verbo-nominal.
Verbo-nominal; nominal; verbo-nominal.
Nominal; verbo-nominal; verbal.
Verbal; verbal; nominal.
Verbo-nominal; verbal; nominal.
4.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a alternativa que apresenta um predicado verbo-nominal:
Nos últimos tempos, ele já não tem tido disposição para nosso jogo dominical.
Com aquela carinha de santa, ela acabava fazendo toda a família de boba.
Seu pai já não parece ser aquele homem poderoso que nós acostumamos a admirar.
Os signos das obras de arte permitem, na maioria das vezes, interpretações plurívocas.
A coerência e a unidade estão tão intimamente ligadas que, faltando uma, a outra fica comprometida
GABARITO:
1-A 2-B 3-E 4-B
A partir desta lição vamos analisar o PERÍODO COMPOSTO.
CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO
Período simples: Aquele que consta de uma só oração.
A oração que constitui o período simples classifica-se como oração absoluta.
Ex.
As regiões produtoras de café sofreram com as Geadas.
Período simples /oração absoluta
Período Composto: Aquele que consta de duas ou mais orações.
Ex:
Paulo chegou , acendeu a vela, e começou a procurar os sapatos.
Oração1 Oração2 Oração3
No período composto podem ocorrer três tipos básicos de oração:
 Principal;
 subordinada;
 coordenada.
TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS:
Substantivas: aquelas que desempenham função sintática própria de substantivo.
Adjetivas: aquelas que desempenham função sintática própria de adjetivo.
Adverbiais: aquelas que desempenham função própria de advérbio.
Oração Subordinada Substantiva: para que possamos compreender tal assunto é necessário saber quais
são as funções que são próprias de substantivos.
sujeito;
objeto direto;
objeto indireto;
predicativo;
complemento nominal;
aposto.
Ex.
A prefeitura exigiu o pagamento das despesas (a)
Objeto direto (substantivo)
A prefeitura exigiu que as despesas fossem pagas. (b)
Oração 1 Oração 2
Na oração "a", quanto na oração "b" não há alteração semântica, sendo que a diferença de "a" para
"b" é que em "a" o período é simples em "b" o período é composto, ou seja, temos uma diferença estrutural.
Na oração "a" o núcleo do objeto direto é a palavra pagamento (substantivo). Quando passamos de "a" para
"b", o que se está fazendo é permutando um substantivo por uma oração. Assim como esse substantivo
(objeto direto) mantinha uma relação sintática com verbo, esta oração que o está substituindo também
manterá essa relação. Logo:
A prefeitura exigiu que as pessoas fossem pagas.
Podemos classificar a oração acima grifada em:
Subordinada: pois está encaixada em outra, funcionando como um termo desta;
Substantiva: pois está desempenhando uma função (objeto direto) própria do substantivo.
Obs.: A oração subordinada substantiva acima está sendo iniciada por um "que", o fato desta oração ser
uma substantiva nos garante que esse "que" é uma conjunção integrante. Como recurso prático, para
sabermos se uma oração é subordinada substantiva basta que consigamos permutar tal oração pelo
pronome isso ou pelo pronome disso.
Ex.
A prefeitura exigiu que as despesas fossem pagas.
A prefeitura exigiu isso.
Como foi possível a permuta podemos definir a oração como subordinada substantiva e logo o "que"
que a inicia é uma conjunção integrante. Se quisermos fazer a análise sintática da subordinada substantiva,
basta que façamos a análise sintática do pronome ―isso‖,‖nisso‖ ou disso pelos qual a permutamos, a
análise que couber para o pronome será a análise que caberá para a oração.
Exemplo:
A prefeitura exigiu isso.
A prefeitura exigiu que as despesas fossem pagas.
O.D. O.S.S.O.S
A oração foi classificada como oração Subordinada Substantiva Objetiva direta ,pois mantêm o
mesmo valor sintático do objeto direto.
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Caso apareçam ligadas ao verbo da oração principal, podem funcionar como:
Sujeito ................................... substantiva subjetiva
Objeto direto ......................... substantiva direta
Objeto indireto....................... substantiva indireta.
1) Oração subordinada substantiva subjetiva.
Ex: É evidente que ele não sabe:
Obs.: Quando a oração for substantiva subjetiva, o verbo da oração principal só poderá aparecer na terceira
pessoa do singular .
2) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
Ex. Estamos sugerindo aos nossos fregueses que façam este pequeno sacrifício:
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas, assim como o objeto direto, aparecem ligadas a um
verbo e também indicam o alvo sobre o qual recai a ação verbal.
3) Oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Ex. Certamente não suspeita de que um desconhecido o vê.
As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas, assim como o objeto indireto, aparecem
ligadas a um verbo e também indicam o alvo ou destinatário da ação verbal.
Orações subordinadas substantivas ligadas ao nome da oração principal
Se uma oração subordinada substantiva vem ligada a um nome da oração principal,pode funcionar
como:
Predicativo do sujeito substantiva predicativa
Complemento nominal
substantiva completiva nominal
Aposto substantiva apositiva
1) Oração subordinada substantiva predicativa.
Ex.: A verdade é que ela não amava a nenhum deles.
As orações subordinadas substantivas predicativas sempre se ligam ao sujeito da oração principal.
2) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
Ex.: Tenho certeza de que é aqui o meu lugar.
As orações subordinadas completivas nominais sempre se ligam a um nome da oração principal.
3) Oração subordinada substantiva apositiva.
Ex.: Desejava realizar um grande sonho: que todos os homens vivessem pacificamente.
As orações subordinadas substantivas apositivas sempre se ligam a um nome da oração principal, porém
essa ligação e feita sem preposição e sem mediação de verbo de ligação.
EXERCÍCIOS
1. Passe para o período composto:
Detectamos facilmente a existência de um erro.
__________________________________________________________________________________
Era urgente a aprovação do diretor.
__________________________________________________________________________________
Algumas tribos temiam a chegada do inverno.
__________________________________________________________________________________
Insistiam na participação do aluno
__________________________________________________________________________________
2. Passe para o período simples:
Tínhamos interesse em que você colaborasse.
__________________________________________________________________________________
A solução e que você desista.
__________________________________________________________________________________
O vendedor dava uma garantia: que o produto valorizaria.
__________________________________________________________________________________
Estávamos certos de que você se recuperaria.
__________________________________________________________________________________
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA.
O tribunal desprezou as críticas que não tinham procedência.
Como percebemos, esta oração não é subordinada substantiva, pois não é possível permutá-Ia
pelos pronomes ―isso‖ ―nisso‖ ou ―disso‖, logo o "que" que a inicia não é uma conjunção integrante.
Como recurso prático, sempre que não conseguirmos permutar a oração pelos pronomes ―isso‖,
―nisso‖ ou ―disso‖, deveremos então colocar no lugar deste "que " o nome que o antecede. Ex. As críticas
não tinham procedência.
A partir desta permuta, percebemos que o "que" está no lugar de um nome (críticas) , logo ele é um
pronome relativo, e a oração é subordinada adjetiva.
Obs.: Também é de fácil percepção que, por se tratar de uma oração adjetiva, essa oração nada mais é do
que uma qualidade do substantivo anteriormente citado, ou seja, essas não são quaisquer críticas, e sim
aquelas que não tinham procedência
Concluímos que a oração subordinada adjetiva sempre se liga a um nome da oração principal e vem
introduzida por um pronome relativo.
EXERCÍCIOS:
1. Transforme os dois períodos em um só, usando pronome relativo:
a) Você me aconselhou um livro. Este livro me agradou muito.
__________________________________________________________________________________
b) Eu visitei a casa. Nessa casa você morou.
__________________________________________________________________________________
c) Eu visitei a casa. Você comprou essa casa.
__________________________________________________________________________________
d) Eu visitei a casa. A essa casa você se referiu.
__________________________________________________________________________________
e) Essa é a marca. Você confia nela.
__________________________________________________________________________________
Classificação das orações subordinadas Adjetivas:
As orações subordinadas Adjetivas podem ser explicativas ou restritivas.
Adjetivas restritivas: são aquelas que restringem e extensão do nome, isto é, particularizam um subconjunto
dentro de um conjunto.
Ex. O técnico prefere jogadores que obedecem a seus esquemas.
Esses não são quaisquer jogadores, mas sim aqueles que obedecem aos esquemas do técnico.
Adjetivas explicativas: não restringem a extensão do nome, isto é, não particularizam um subconjunto dentro
de um conjunto.
Ex. A terra, que é um planeta, está muito poluída.
Obs. As orações subordinadas adjetivas explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas.
EXERCÍCIOS:
1. Nas questões abaixo, transforme o adjunto adnominal em oração subordinada adjetiva:
Recusaram-se os casos carentes de comprovação.
__________________________________________________________________________________
Não se computaram os dados referentes ao mês de maio.
__________________________________________________________________________________
2. Transforme a segunda oração em subordinada adjetiva:
Recebi todos os livros. Eles foram indicados pela crítica.
__________________________________________________________________________________
Encontrei os amigos. Estava precisando deles.
__________________________________________________________________________________
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL
É aquela que funciona como adjunto adverbial.
Classificação das orações subordinadas adverbiais
Assim como os adjuntos adverbiais, as orações subordinadas adverbiais classificam-se de acordo com as
circunstâncias que exprimem.
1) Oração subordinada adverbial causal
Ex: A sessão foi suspensa porque faltou energia elétrica.
Principais conjunções casuais: porque, visto que, que, já que, como(no início do período)...
2) Oração subordinada adverbial consecutiva
Ex: Falaram tão mal do filme que ele nem entrou em cartaz.
Principais conjunções consecutivas: que (normalmente precedido de tão, tal, tanto, tamanho... )
3) Oração subordinada adverbial condicional
Ex. Deixe um recado se você não me encontrar em casa.
Principais conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, sem que (relacionado a uma
negação)...
Ex: Sem que estudes, não serás aprovado.
4) Oração subordinada adverbial concessiva
Ex: Vencemos o inimigo embora ele fosse mais forte.
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que...
5) Oração subordinada adverbial conformativa
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.
Principais conjunções conformativas: conforme, como, segundo, consoante...
6) Oração subordinada adverbial comparativa
Ex. Recebeu a todos como um anfitrião.
Principais conjunções comparativas: como, que, do que...
Obs: O verbo da subordinada adverbial comparativa freqüentemente fica subentendido.
7) Oração subordinada adverbial final
Ex: Os índios tomaram das armas para Que não invadissem suas reservas.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, que, porque.
8) Oração subordinada adverbial temporal
Ex: Todos saíram quando ele chegou.
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, depois que, antes que...
9) Oração subordinada adverbial proporcional
Ex: Aumenta a tensão à medida que o navio se aproxima.
Principais conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...
Obs: As subordinadas adverbiais possuem uma liberdade de colocação muito grande, podendo vir antes, no
meio ou depois da oração principal.
Ex: Embora seja possível. É pouco provável uma terceira guerra.
É pouco provável, embora seja possível, uma terceira guerra.
E pouco provável uma terceira guerra embora seja possível.
EXERCÍCIOS
1. Dentre as orações destacadas, indique qual desempenha a mesma função que a da frase matriz: "Não há
dúvida de que ele conseguiu um bom negócio‖.
a) Lá pelas onze horas voltou a garantir que não conhecia o tal do mascate.
b) Olhou em tomo, com receio de que alguém tivesse percebido a frase imprudente.
2. ―O vizinho Pires de Meio mandou saber se eu queria barganhar a pele de onça‖.
a) ―Havia desconfiança de que Aurélia tinha um tutor‖.
b) ―Nenhum dentista nega que a odontologia seja inacessível à maioria da população‖.
3. Responda de acordo com os seguintes códigos:
a) se a oração for subjetiva;
b) se a oração for objetiva direta;
I) "É verdade que parte da imprensa aumentou muito o noticiário acerca da delinqüência‖.
II) ―Sabia eu que não tinha mais trança de moça no detrás daquelas paredes‖.
III) ―Pouco importa que nos avaliem pela casca‖.
IV) "Já se disse que esta guerra de ser vista em duas perspectivas‖.
V) "Estamos sugerindo aos nossos fregueses que façam este pequeno sacrifício".
4. Classifique as orações abaixo com os seguintes códigos:
a) oração subordinada substantiva predicativa.
b) oração subordinada substantiva completiva nominal.
c) oração subordinada substantiva apositiva.
d) oração subordinada substantiva indireta.
I) "Desejava realizar um sonho: que todos os homens vivessem pacificamente‖.
II) "Karl Marx acreditava em que a barbárie era a ausência de socialismo‖.
III) "Ali pelo oitavo chope, chegamos à conclusão de que todos os problemas eram insolúveis‖.
IV) ―A verdade é que ela não amava nenhum deles‖.
V) "Estava convencido de que todos os habitantes da cidade eram ruins‖.
5. Classifique as orações:
a) ―Como anoitecesse, recolhi-me pouco depois e deitei-me‖.
b) ―Se soubessem que ele regressaria, ficariam felizes‖.
c) ―Procederam segundo ordenava a lei‖.
d) "Nunca chegará ao fim, por mais depressa que ande‖.
e) "Fiz -lhe sinal que se calasse‖.
6. Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.
Comece com: Não pude evitá-lo...
a) Assim
b) Quando
c) à medida que
d) então
e) porque
7. Como não dispúnhamos de máquinas, fizemos as contas de cabeça.
Comece com: fizemos as contas...
a) ainda que
b) logo
c) à medida que
d) embora
e) visto que
8. Sem que você me forneça as instruções precisas, nada poderei fazer.
Comece com: Nada poderei fazer...
a) a não ser que
b) por mais que
c) por conseguinte
d) embora
e) visto que
9. Chovia, mas resolvi sair.
Comece com: Resolvi sair...
a) então
b) já que
c) ainda que
d) portanto
e) por isso
10. Na estrutura; Criminoso que seja, não deve ser maltratado, observa-se
a) concessão
b) causa
c) condição
d) consequência
e) tempo
GABARITO:
1-B 2-B 3-A;B;A;A;B 4-C;D;B;A; 5-a)OSA causal;b)OSA Condicional; c)OSA Conformativa;OSA
Concessiva;OSA Final 6-E
7-E 8-A 9-C 10-A
ORAÇÕES COORDENADAS
CONCEITO - Chamam-se coordenadas duas orações que apresentam entre si uma relação lógicosemântica, mas nenhuma dependência sintática (uma não é termo da outra).
CLASSIFICAÇÕES - As orações coordenadas classificam-se como:
1º) quanto à presença da conjunção coordenativa a introduzi-la:
A) oração coordenada sindética – se a conjunção coordenativa está clara, explícita:
Ou nos satisfazemos com sugestões, ou não nos caberá mais nada, pois ele é quem manda.
B) oração coordenada assindética – se a conjunção está elíptica, oculta.
Ele conhecia cada quarto, podia reconhecer um ranger de porta, mas não se sentia em casa.
2º) quanto ao relacionamento significativo entre as orações:
(Embora a simples presença de uma conjunção não seja suficiente para definir a classificação de uma
oração - que se define pela relação significativa entre as orações -, podemos listar as conjunções mais
típicas:)
CLASSIFICAÇÃO CONJUNÇÃO RELAÇÃO LÓGICO-SEMÂNTICA
1. ADITIVAS e; nem; não só... mas também. adição: Ele dá aulas e vende imóveis. sucessividade: Entrou,
assentou-se e fez o pedido. simultaneidade: E chora, e ri, e canta...
2. ADVERSATIVAS mas; porém; todavia; entretanto; contudo; no entanto. contraste: Ele é o pai, porém não
toma partido. compensação: Não comprou, mas deu gorjeta.
3. ALTERNATIVAS ou; ora... ora; quer... quer; seja... seja; já... já. alternância: Ora se fecha, ora brinca com
todos... exclusão: Estude ou veja televisão.
4. CONCLUSIVAS por conseguinte; assim; logo; portanto; pois, etc. conclusão: Ele nada estudou; logo,
deve perder. conseqüência: Já cheguei; deixe, pois, de choro...
5. EXPLICATIVAS pois, que, porque, porquanto. justificativa: Não grite, que ele pára de chorar. explicação:
Mudei-me, pois ele precisava da casa.
OBSERVAÇÕES:
1. Uma mesma conjunção pode admitir mais de uma classificação:
Vesti minha roupa mais cara, e minha namorada nem notou. (adversativa)
Uma questão errada, e minha classificação ficou prejudicada. (conclusiva)
Você segura a escada e seu irmão troca a lâmpada. (aditiva)
Aja com naturalidade, e ninguém notará. (explicativa)
2. A conjunção POIS explicativa sempre introduz sua oração; POIS conclusiva jamais introduz, mas se
pospõe a um dos termos de sua oração:
Faça uma boa redação, pois dela dependerá sua avaliação final. (oração explicativa)
Preciso dessa roupa hoje; não posso, pois, mandá-la para a lavadeira. (oração conclusiva)
3. Dentre as conjunções adversativas, apenas MAS inicia obrigatoriamente sua oração; as demais – porém,
todavia, etc. – podem iniciá-la ou vir após um de seus termos, assim como ocorre, também, com as
conclusivas (portanto, por conseguinte,...):
O menino está lá fora, mas o trânsito daqui está interrompido; não há perigo.
O coronel Esteves estava na cidade, porém já não tinha a autoridade de outrora.
O coronel Esteves estava na cidade; já não tinha, contudo, a autoridade de outrora.
Você tem bastante tempo para a prova; não vá, portanto, apressar-se demais.
ORAÇÕES REDUZIDAS
As orações subordinadas reduzidas não se iniciam por conjunções subordinativas nem por pronome relativo
e se apresentam numa das formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Ex.:
1- O presidente prometeu acabar com a corrupção.(or.sub.subst.reduzida de infinitivo)
O presidente prometeu que acabaria com a corrupção. (or. Subord.desenvolvida)
2- Querendo, tudo conseguirá. (or.sub.adv.cond.reduzida de gerúndio)
Se quiser, tudo conseguirá. (or. Subord.desenvolvida)
3- Terminada a aula, viemos embora. (or.sub.adv.temp.reduzida de particípio)
Quando a aula terminou, viemos embora. (or.subor.desenvolvida)
EXERCÍCIOS
1. Em todas as alternativas, a oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em
a) Vinha-me a sensação de que não havia feito aquilo que esperavam. (subordinada)
b) O presidente estava estranho, suava muito, atropelava as palavras. (coordenada assindética)
c) Nunca pensei que fosse tão difícil parar de trabalhar. ( coordenada)
d) O cachorro que me acompanhava sempre, meu grande amigo, tinha sido atropelado. (subordinada)
e) Prescreveu-me um leve regime e mandou que eu caminhasse diariamente. ( coordenada sindética)
2. A divisão do período e sua classificação (entre parênteses) só NÃO está correta em
a) ― O ortopedista/ que eu procurava/ era de absoluta confiança/ e me ajudou muito‖. (período composto por
coordenação e subordinação)
b) ― A vida para ele será sempre a eterna tortura/ entre o medo dos homens e a descrença em Deus‖.
(período composto por coordenação)
c) ―O ônibus parava a cada dois quilômetros/apanhava homens, mulheres, crianças e animais/ e ninguém
reclamava;/ eram todos muito felizes‖. (período composto por coordenação)
d) ― Agora eles sabem/ que a fome dá um direito/ que passa por cima de qualquer direito dos outros‖. (
período composto por subordinação)
e) ― A mestra de letras apresentou aquele sorriso de moça nova/ e juro/ que senti seu bafo de flor na sala
toda.‖ (período composto por subordinação)
3. Todas as alternativas apresentam períodos compostos por coordenação, EXCETO
a) O dinheiro tinha voado, embora não houvesse vento.
b) Cheguei à mesa, bebi mais um trago de aguardente e tomei o caminho da rua.
c) Certamente ninguém me proibiria de andar nos jardins, sentar-me, ver as mulheres.
d) Desloquei as estacas pobres, puxei Merina para junto de mim, abracei-a, beijei-lhe a boca.
e) A saia esticada exibia a coxa, mas a minha atenção se concentrava nos braços e nos dedos.
4. Em todas as alternativas há períodos composto por coordenação e subordinação, EXCETO em
a) Deitou-se , enfiou a cabeça no lençol, e, apesar de ser muito forte, de seus olhos amarelos começaram a
correr lágrimas de dor, de ânsia, de saudade dos seus.
b) Como poderia dormir um senhor de engenho que não tinha a coragem de arrancar um negro de sua
senzala das mãos de um ladrão de cavalos?
c) O senhor de engenho da Santa Fé saíra de um negro fugido e não tivera forças para nada.
d) Acendeu a lamparina sem saber como, veio-lhe uma vontade aguda de gritar, de gemer, de chorar alto.
e) O capitão, nas tardes de domingo, quando não tinha nada que fazer, deitava-se no marquesão da sala de
visitas e chamava o filho.
5. Assinale a alternativa em que a oração substantiva destacada está incorretamente classificada:
a) Só não consta em seu depoimento como ele conseguiu fugir. (Subjetiva)
b) O tempo não o convenceu de que as leis da natureza são inquestionáveis. (objetiva indireta)
c) Fingiu desinteresse, com medo de que a proprietária subisse o preço. (objetivo indireto)
d) Seria fácil para quem conhecia tão bem o prédio provocar um curto-circuito. (subjetiva)
e) Sempre tivera vontade de responder grosseiramente aquele professor. (completiva nominal)
QUESTÕES DE 06 A 08
Classifique as orações destacadas e, em seguida, escreva os parentes e a letra correspondente à
ordem correta.
a) D – F – F
b) A – D – E
c) C – B – A
d) B – F – C
e) D – F – E
A – coordenada sindética adversativa
D – subordinada substantiva
B - coordenada sindética conclusiva
E – subordinada adjetiva
C - coordenada sindética explicativa
F – subordinada adverbial
6.
( ) I – Deixa em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa.
( ) II – É pouca minha experiência com mulheres, por isso a omiti das memórias.
( ) III – Havia ali muitas galinhas; não via, contudo, o galo daquele terreiro.
7.
( ) I – Eu não poderia supor que ela nunca teria visto um porco.
( ) II – Ele não queria estudar nem trabalhar, de modo que precisou procurar outra casa.
( ) III – Ela era tão competente ao piano o quanto fora sua mãe, vinte ano antes.
8.
( ) I – Nós sabíamos que não nos veríamos mais, senão por acaso.
( ) II – Agia agora com Clarice como o fizera antes com Joana, e não percebia.
( ) III – Temia que Luiz fizesse o mesmo que fizera com o engenho de que o pai tanto gostava.
9. Em todos os períodos há oração subjetiva, EXCETO em
a) Foi difícil para ele tomar aquela decisão.
b) Não mais importava se ele voltaria ou não, o amor morrera.
c) Parece que tudo se esclarecerá com a sua volta.
d) Não se sabe ao certo quem deu o primeiro tiro.
e) A vantagem é que Luisa conhecia o caminho.
10. Qual das orações destacadas abaixo NÃO é completiva nominal?
a) Convenci-me, afinal, de que tudo aquilo era ciúmes tolos.
b) A chácara esta bem cuidada, e estou certa de que não deixaras ficar mal.
c) Todos estamos concordes em que a boa educação é essencial entre nós.
d) Ninguém havia feito qualquer referência a que se procurassem outras provas.
e) Tinham bastante medo de que os cangaceiros voltassem.
11. A classificação da oração substantiva só está correta em
a) Meu desejo é que todos sejam felizes em sua nova profissão. (objetiva direta)
b) Gostaria imensamente de que vocês se dessem bem. (completiva nominal)
c) Só não entendi o mais importante: o que o levou a denunciar o pai? (objetiva direta)
d) O evangelho só pode ser entendido por quem o lê com Deus no coração. (objetiva indireta)
e) Sabia-se, agora, que a colheita já estava vendida, mas para quem? (subjetiva)
12. No período ―paredes caíram, animais enlouqueceram e a água sumira da torneira.‖ Temos:
a) Três orações subordinada substantivas.
b) Três orações coordenadas.
c) Uma oração principal e duas subordinadas.
d) Duas orações coordenadas assindéticas e uma subordinada substantiva.
13. Assinale a uma alternativa em que uma oração adjetiva deveria estar entre vírgulas, por ser explicativa.
a) A pedra que ele tinha lançado quebrara algo pelo caminho.
b) Meu pai que era nervoso não sabia o que fazer.
c) O político que não sabe ouvir seu eleitor está fadado a não ser reeleito.
d) Os colegas nos quais ele não confiava assentavam-se todos no fundo da sala.
14. As orações adverbiais destacadas estão corretamente seguidas de seu valor semântico, EXCETO
a) Tão interessantes são estes livros, que não consigo parar de lê-los. (conseqüência)
b) Ele desenvolveu bastante o senso critico, de modo que diminuiu a chance de ser enganado.
(proporcionalidade)
c) Antes de começar a escrever, confira se aos dados necessários estão próximo. (temporalidade)
d) Um texto é muito mais do que as somas das frases que o compõem. (comparação)
e) Bem cedinho, ele subia a torre da igreja para tocar o sino e acordar a povoada. (finalidade)
15. Suas mulas andavam tão preguiçosas, que - embora ainda precisasse delas para ganhar dinheiro decidiu que as venderia. Acerca do período acima, só NÃO é aceitável afirmar que.
a) Há três orações adverbiais.
b) Há uma oração objetiva direta.
c) Há uma oração adjetiva explicativa.
d) É um período composto por subordinação.
16. Em todas as frases, o conectivo introduz uma circunstância de causa, EXCETO em
a) A seleção ganhou de 1 x 0, posto que tivesse com dois jogadores a mais no 2° tempo.
b) A estudante lia livros, porquanto lhe faltara dinheiro para viagens.
c) Visto que nada mais havia de ser votado, o congresso entrou em recesso.
d) Como o interesse praticamente desapareceu, os concorrentes acabaram desistindo.
e) O presidente pode esperá-lo sem preocupação, já que não tem compromisso para hoje.
17. Convém que, doravante, o diretor seja favorável a que se atualizem os dados que influem no cálculo da
gratificação, afim de que seja decidido, a tempo, se haverá algum aumento.
Nesse período há orações que desempenham as seguintes funções sintáticas, EXCETO
a) Adjunto adnominal
b) Adjunto adverbial
c) Complemento nominal
d) Sujeito
e) Objetivo direto
18. Assinale a opção em que a oração reduzida está corretamente desenvolvida:
Apresentando um bom trabalho, ficarás livre do exame.
a) Embora apresentes um bom trabalho...
b) À medida que apresentares um bom trabalho...
c) Ainda que apresentes um bom trabalho...
d) Se apresentares um bom trabalho...
e) Para que apresentes um bom trabalho...
GABARITO:
1-C 2-B 3-A 4-C 5-C 6-C 7-B 8-E 9-E 10-A 11-E 12-B 13-B 14-B 15-C 16-A 17-A 18-D
PONTUAÇÃO
A função da pontuação é procurar reproduzir, na língua escrita, a grande variedade de pausas e
entoações de que a língua oral dispõe. Como a quantidade dessas pausas e entoações é extremamente
ampla na língua oral, fica bastante difícil (e muitas vezes impossível) metodizar tais fatos da fala por meio
dos sinais de pontuação. Por isso, é aconselhável que você exercite esse assunto utilizando o que da teoria
for absolutamente indispensável, mas utilizando também seu bom senso e sua prática de manipulação da
língua escrita.
Dentre os sinais de pontuação, os três mais frequentes em questões de concursos são: a vírgula, o
ponto-e-vírgula e os dois-pontos. Por isso, vamo-nos limitar a estudar somente esses três sinais.
EMPREGO DA VÍRGULA
Para facilitar o estudo desse sinal de pontuação, vamos dividir o seu emprego em duas partes:
EMPREGO DA VÍRGULA ENTRE OS TERMOS DA ORAÇÃO
No período simples, isto é, naquele constituído por uma única oração, a vírgula é empregada nos
seguintes casos:
Para separar termos coordenados:
Termos coordenados são termos que têm a mesma função sintática (sujeito, objeto, predicativo etc)..
Ele vende livros, jornais, fotos e disquetes.
As vírgulas estão isolando núcleos do objeto direto.
A riqueza, o poder, a saúde são transitórios.
As vírgulas isolam núcleos do sujeito.
Obs.: Quando dois termos coordenados vêm ligados por e, ou e nem, eles não devem ser separados
por vírgula.
Os torcedores, os diretores e o técnico criticam o juiz.
Para separar o aposto:
O Tejo, rio de Portugal, é muito bonito .
Aposto
Marcos, nosso sobrinho, voltou hoje.
Aposto
Para separar o vocativo:
Continuem, jovens, a sua luta.
vocativo
A vitória será nossa, companheiros!
vocativo
Para separar adjuntos adverbiais deslocados:
A posição normal do adjunto adverbial é depois do verbo e do objeto.
Quando ele não estiver nessa posição, deverá ficar isolado por vírgulas.
Eles, no domingo, não entrarão aqui.
adj. adv. deslocado
Com muita rapidez, eles executaram o trabalho.
adj. adv. deslocado
Obs.: Quando o adjunto adverbial for curto, não será obrigatório o uso da vírgula.
Cedo chegaram os viajantes.
adj. adv.
Para separar certas conjunções deslocadas
Normalmente a conjunção inicia a oração. No entanto, as conjunções adversativas (porém todavia)
e as conclusivas (logo, por isso, portanto) podem aparecer deslocadas, isto é, fora de sua posição normal
na oração. Nesse caso, elas devem ficar isoladas por vírgulas.
Tenho certeza: não darei, portanto, o braço a torcer.
conj. deslocada
O trabalho é árduo; ele, porém, não desiste.
conj. deslocada
Para indicar a elipse do verbo da oração
Eu leio livros; você, jornais.
A vírgula indica a elipse do verbo lê.
Eu falo verdades; você, mentiras.
A vírgula indica a elipse do verbo fala.
Para separar expressões explicativas
(isto é, a saber, ou melhor, por exemplo, etc)
Nós viajaremos hoje, ou melhor, sábado.
Nas datas
Campinas, 9 de março de 1988.
Obs.: No período simples, a vírgula é proibida:
• entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu objeto:
Os índios, acreditaram, nos invasores.
• entre o nome e seu adjunto adnominal ou seu complemento.
Os pneus, do carro estavam vazios.
A venda, de armas caiu.
EMPREGO DA VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES DE UM PERÍODO
No período composto, isto é, naquele formado por duas ou mais orações, a vírgula é usada nos
seguintes casos:
Para separar orações subordinadas adverbiais
Quando cheguei, todos dormiam.
Todos dormiam, quando cheguei.
Obs.: Pode-se dispensar a vírgula se a oração principal vier antes da oração subordinada adverbial.
Todos dormiam quando cheguei.
Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas:
Os políticos, que enganam, merecem desprezo.
Obs.: As orações subordinadas adjetivas restritivas não devem ficar isoladas por vírgulas.
Os políticos, que enganam, merecem desprezo.
Para separar orações coordenadas:
Parei, olhei, atravessei a rua.
Obs.: As orações coordenadas iniciadas pela conjunção E não são separadas por vírgula.
Parei, olhei, atravessei a rua.
Se, no entanto, duas orações ligadas pelo E tiverem sujeitos diferentes, elas, devem ser separadas
por vírgula.
O Brasil venceu, e a Argentina perdeu.
Para separar orações intercaladas:
―O tempo, disse Proust, é mágico.‖
Obs.: No período composto a vírgula é proibida:
• entre a oração principal e a subordinada substantiva (subjetiva, objetiva direta etc.)
Sei, que todos vencerão.
• entre a oração principal e a subordinada adjetiva restritiva.
É bom o carro, que comprei.
EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA
O ponto-e-vírgula é um sinal de pontuação que tem por função indicar, na escrita, uma pausa um
pouco mais longa que a indicada pela vírgula, porém um pouco mais curta que a indicada pelo ponto.
Basicamente usado:
Para separar duas orações coordenadas, quando elas são um tanto longas:
Reler dedicatórias; abrir ao acaso livros de poetas que preferimos e que infelizmente não são os mais
modernos nem os mais célebres; copiar meia estrofe por onde corre um arrepio verbal; separar volumes
que não nos falam mais nada (...) (Drummond)
Para separar orações coordenadas que, em seu interior, já estão separadas por vírgula:
Uns trabalham, lutam, sonham; outros dormem, matam o tempo.
EMPREGO DOS DOIS-PONTOS
Esse sinal de pontuação é empregado principalmente:
Para introduzir uma citação: (fala de outra pessoa):
À hora do almoço o diretor disse: ―Após as 13 horas não haverá expediente‖.
Para iniciar uma enumeração:
Eis, honestamente, o seu acervo: 2 batons; 1 lápis para cílios; 1 escovinha idem; 1 espelhinho (...)
Drummond).
Para indicar um esclarecimento ou uma conclusão de algo que já dito:
Teve uma ideia brilhante: assaltaria o caminhão de doces e distribuiria o produto da façanha às crianças
da rua.
Comprou, no primeiro dia, tudo que viu nas lojas. Resultado: ficou sem um centavo no bolso.
FUNÇÕES DA PALAVRA SE
A palavra SE pode exercer diversas funções dentro da língua portuguesa. Tais funções são as seguintes:
a) Pronome apassivador (PA)
Usado para indicar que o sujeito da oração recebe a ação verbal. Na prática, a frase pode ser transposta
para a voz passiva analítica (com dois verbos).
Elaborou-se a prova.
A prova foi elaborada.
Obs.: Essa função da palavra SE pode também aparecer com o nome de partícula apassivadora.
b) Índice de indeterminação do sujeito (IIS)
Como o nome já diz, quando exerce essa função, a palavra SE indetermina o sujeito da oração. Esse tipo
de oração não admite a passagem para a voz passiva analítica e o verbo estará sempre na 3ª pessoa do
singular.
Vive-se bem naquele país.
Precisava-se de novas fontes de riquezas.
Não se é feliz nas grandes cidades.
c) Pronome reflexivo
Usado para indicar que a ação praticada pelo sujeito recai sobre o próprio sujeito. É substituível por: a si
mesmo, a si próprio etc.
O lenhador machucou-se com a foice.
(= machucou a si mesmo).
d) Pronome reflexivo recíproco
Usado para indicar que a ação praticada por um dos elementos do sujeito recai sobre o outro elemento do
sujeito e vice-versa. Na prática, é substituível por: um ao outro, uns aos outros etc.
Pai e filho abraçaram-se emocionados.
(= abraçaram um ao outro).
e) Parte integrante do verbo
Quando aparece associada a verbos pronominais. Verbos pronominais são verbos que só se usam com
pronomes oblíquos. Os principais são: queixar-se, arrepender-se, dignar-se, orgulhar-se, suicidar-se,
esquecer-se.
Os candidatos queixaram-se do tratamento recebido.
f) Partícula expletiva (ou de realce)
Sua presença na frase não é necessária, sendo usada apenas para enfatizar a ação verbal. Aparece,
basicamente, com os verbos intransitivos: ir-se, sorrir-se, morrer-se, etc.
Lá se vai mais um verão de verduras.
g) Conjunção subordinativa integrante
Inicia oração subordinada substantiva (subjetiva, objetiva direta, etc.)
Não sei se eles chegaram tarde
h) Conjunção subordinativa condicional
Inicia oração subordinada adverbial condicional.
Se chover, não sairemos.
FUNÇÕES DA PALAVRA QUE
A palavra QUE pode ser:
Pronome:
a) Relativo: quando introduz a Oração Subordinada Adjetiva, retomando um termo da oração antecedente
e projetando-o na oração consequente. Nesse caso equivalerá a O QUAL e suas flexões, exercendo
função sintática.
Os alunos que nos procuraram foram orientados.
b) Indefinido: normalmente é usado em frases exclamativas e aparece acompanhado de substantivo,
exercendo a função sintática de adjunto adnominal.
Que vida maravilhosa!
c) Interrogativo: usa-se nas frases interrogativas, com ou sem substantivo, e exerce função sintática.
Que livros tu leste para o concurso?
Que disseste?
Obs.: alguns autores referem-se ao QUE, nesse caso, como indefinido interrogativo.
Conjunção:
a) Subordinativa Integrante: introduz Oração Subordinada Substantiva.
Sei que passarás na prova.
Ele tem a consciência de que está bem preparado.
b) Subordinativa Comparativa: introduz Oração Subordinada Adverbial Comparativa, normalmente na
correlação mais... que ou menos... que.
c) Subordinativa Consecutiva: introduz Oração Subordinada Adverbial Consecutiva. Pode combinar-se
com tal, tanto ou tão.
Estudou que ficou cansado.
Ela era tão ágil, que nos impressionou.
d) Subordinativa Concessiva: nesse caso, equivale a EMBORA e introduz Oração Subordinada Adverbial
Concessiva.
Poeta que fosse, não cativava as mulheres.
e) Subordinativa Final: nesse caso, é equivalente a PARA QUE e introduz Oração Subordinada Adverbial Final
Fiz sinal que (= para que) esperassem um pouco.
f) Subordinativa Causal: nesse caso, equivale a PORQUE e introduz Oração Subordinada
Adverbial Causal.
Vou estudar que (= porque) a prova será difícil.
g) Coordenativa Explicativa: equivale a POIS e introduz Oração Coordenada Sindética Explicativa.
Acorda, que (= pois) o dia já raiou.
h) Coordenativa Adversativa: nesse caso, equivale a MAS e introduz Oração Coordenativa Sintética
Adversativa.
Entregue o livro a ela, que (= mas) não a nós.
i) Coordenativa Aditiva: normalmente, nesse caso, aparece entre dois verbos. Pouco usado nessa
acepção, segundo o Houaiss, que nos dá o seguinte exemplo.
―Luta que luta com tenacidade admirável.‖
j) Coordenativa Alternativa: indica alternância e equivale a OU, introduzindo Oração Coordenada
Alternativa. Pouco usado nessa acepção, segundo o Houaiss, que nos dá o seguinte exemplo:
―Chova que faça sol, compareçam!‖
Obs.: como conjunção a palavra que não exerce função sintática.
Substantivo: vem, nesse caso, sempre determinado e acentuado, além de exercer função sintática.
Aquela garota tem um quê de ternura.
Advérbio: modifica adjetivo ou advérbio, é equivalente a QUÃO e exerce a função sintática de adjunto
adverbial de intensidade.
Que alegre era aquele rapaz.
Que longe ficava a fazenda do meu avô.
Preposição: normalmente, vem ligando dois verbos de uma locução verbal e equivale à preposição DE.
Todos têm que (= de) fazer os exercícios.
Interjeição: Nesse caso, exprime espanto, admiração ou surpresa. Será acentuada e seguida de ponto de
exclamação.
Quê! A prova do concurso foi adiada?
Partícula Expletiva ou de Realce: pode, nesse caso, ser retirada da frase sem prejuízo semântico ou
sintático. Pode aparecer também na expressão É QUE.
Ele quase (que) ficou sem voz.
Os brasileiros (é que) merecem dias melhores.
PREÂMBULO
Vogal Base: É assim chamada por que se pronuncia com mais intensidade. Ex.: caixa, réu.
Semivogal: É assim chamada porque tem pronúncia mais fraca, menos intensa. Ex.: faixa, réu, céu
1. ENCONTROS VOCÁLICOS
1) Hiato: É a sucessão de duas vogais pronunciadas em duas emissões diferentes. Ex.: juiz.
2) Ditongo: É o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba.
Ditongo Crescente: a semivogal antecede a vogal.
Ex.: Vitória.
Ditongo Decrescente: a vogal vem antes da semivogal.
Ex.: lei.
Ditongo Oral: Quando pronunciado o ar sai totalmente pela boca.
Ex.: vaidade.
Ditongo Nasal: Quando pronunciado o ar sai pela boca e parte pelo nariz.
Ex.: usucapião.
3) Tritongo: É o encontro formado por semivogal + vogal + semivogal.
• Tritongo Oral: averigüei.
• Tritongo Nasal: enxáguam.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS QUANTO AO ACENTO TÔNICO
Oxítonos
Quando a sílaba tônica for a última.
Ex:ruim, sutil, hangar, Nobel.
Paroxítonos
Quando a sílaba tônica for a penúltima.
Ex:látex, ibero, maquinaria, gratuito, estratégia, decano, boêmia, avaro, batavo, cartomancia, pudico,
rubrica.
Proparoxítonos
Quando a sílaba tônica for a antepenúltima.
Ex.: andrógino, arquétipo, bávaro, crisântemo, hieróglifo, ínterim, ômega, símile.
3. NORMAS VIGENTES DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
Monossílabos Tônicos
Os terminados em A, E e O seguidos ou não de S levam acento agudo ou circunflexo.
Ex.: má, gás, pé, ré, vê, vês, pó, nós, sós.
3.2 Oxítonos
São acentuados os terminados em:
A, E e O, seguidos ou não de S:
Ex.: quiçá, aliás, ananás, você, rapé, através, freguês, jiló, dominós, compôs, carijós.
EM, ENS:
Ex.: alguém, porém, parabéns, armazéns.
3.3 Paroxítonos
São acentuados os terminados em:
R, L, X, N e PS:
Ex.: cadáver, ímpar, têxtil, túnel, cóccix, ônix, abdômen, sêmen, bíceps, fórceps.
I (S), US:
Ex.: júri, cáqui, beribéri, oásis, miosótis, íris, tênis, vírus, lótus, Vênus.
Ã, ÃS:
Ex.: ímã, órfã, ímãs, órfãs,.
UM, UNS:
Ex.: álbum, álbuns, médium, médiuns.
ÃO (S):
Ex.: órgão (s), sótão (s).
OM
Ex.: rádom, iândom.
ON, ON(S):
Ex.: próton, elétrons, íons.
DITONGOS:
Ex.: jóqueis, lígneos, argênteo, ânsia, vitória, cárie, série, estádio, colégios, nódoa, amêndoas, contígua,
espáduas, bilíngüe, tênues, vácuo, árduos.
3.4 Proparoxítonos
Todos são acentuados:
Ex.: cálido, sólido, cômodo, úmido, tímido, pêndulo, pêssego.
3.5 HIATOS
Acentuam-se o I e o U, 2ª vogal tônica do hiato, quando formam sílabas sozinhos ou com S e não sejam
seguidos de NH.
Ex.: ca-ir, ca-í-ra, sa-í-ra, Pa-ul, Sa-ul, A-ta-ul-fo, Ca-im, ca-in-do, re-ú-ne, ca-fe-í-na, ra-iz, ju-í-zes, ra-i-nha,
ba-i-nha.
Obs.: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, as palavras paroxítonas cujo
hiato do ―i‖ e do ―u‖ se der com ditongo anterior não deverão mais receber acento gráfico. Ex.: baiuca,
boiuno, cauila, cauira, feiura, meiuca etc.
ÔO(S)
Ex.: abençôo, vôos.
Ê – EM das formas verbais:
Ex.: Eles crêem.
Eles vêem.
Eles lêem.
Eles dêem.
Obs.: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, as palavras que contêm esses
hiatos não mais deverão receber acento gráfico. Ex.: voo, voos, enjoo,leem, deem, creem descreem e
veem.
3.6 DITONGOS
Devem ser acentuadas as vogais E, O, tônicas e abertas, dos ditongos ÉI, ÉU e ÓI, seguidos ou não de S.
Ex.: papéis, atéia, estréia, epopéia, coronéis, véu, troféu, chapéus, povaréu, xexéu, jibóia, jóia, ovóide,
lençóis, fogaréu.
Observação:
Quando forem fechados não se acentuam.
Ex.: aldeia, baleia, rei, meu, judeu, o apoio, joio.
ATENÇÃO: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, se o ditongo oral
aberto e tônico estiver na posição paroxítona, não deverá mais ser acentuado. Ex.: assembleia, ateia,
epopeia, jiboia, joia etc.
3.7 TREMA
Recebe trema o U dos grupos güe, güi, qüe, qüi, quando pronunciado e átono.
Ex.: lingüeta, lingüiça, seqüestro, tranqüilo.
Se o U dos grupos gue, gui, que, qui for pronunciado e tônico, deve receber acento agudo.
Ex.: argúi, argúis, averigúe, obliqúe.
ATENÇÃO: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, o trema e o
acento agudo não mais deverão ser usados nos grupos gue, gui, que e qui. Ex.: lingueta, linguiça,
sequestro, tranquilo, argui, arguis, averigue, oblique etc.
4. ACENTO DIFERENCIAL
pôde (pretérito)
pôr (verbo)
pêlo (subst.) pélo (verbo)
péla (verbo)
pêra (subst.) péra
pólo, pôlo (subst.)
côa (verbo)
pára (verbo)
pode (pres.)
por (prep.)
pelo (prep.)
pela (prep.)
pera (prep.)
polo (prep. arcaica)
coa (com + a)
para (prep.)
ATENÇÃO: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, os acentos
diferenciais foram extintos, remanescendo, de forma obrigatória em pôde (pretérito) e pôr (verbo),
para diferençá-los de pode (presente) e por (preposição). Os acentos podem ser usados, ainda, de
forma facultativa em dêmos (1a pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da
correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo (demos); fôrma (substantivo), distinta de
forma (substantivo; 3a pessoa do singular do presente do indicativo ou 2a pessoa do singular do
imperativo do verbo formar).
Observações:
O “u” não deve ser pronunciado:
adquirir equilíbrio
inquérito
aniquilar equinócio líquen
equitação quesito inquirir
aqueduto exangue perquirir
aquilino extinguir
distinguir extorquir
O “u” deve ser pronunciado:
ambigüidade lingüiça
eqüidade
argüição lingüística
freqüência
bilíngüe lingüista
freqüentar
qüindecágono cinqüenta
freqüente
consangüíneo lingüeta
seqüência
qüingentésimo qüinqüenal
seqüencial
grandiloqüência delinqüência
qüinqüênio
conseqüência delinqüente
qüinqüídio
qüinquagenário seqüestrar
delinqüir
conseqüente qüiprocó
seqüestro
eloqüência redargüir
tranqüilidade
eqüestre sagüi(m)
tranqüilo
eqüevo seqüela
É indiferente o trema e a pronúncia do “u”:
Antiguidade ou Antigüidade
Anhanguera ou Anhangüera
Equidistância
ou Eqüidistância
Equidistante ou Eqüidistante
Equilátero ou Eqüilátero
Equiparar ou Eqüiparar
Equitativo ou Eqüitativo
Equivalência ou Eqüivalência
Equivalente ou Eqüivalente
Equivaler
ou Eqüivaler
Equívoco
ou Eqüívoco
Languidez ou Langüidez
Lânguido
ou Lângüido
Liquefação ou Liqüefação
Liquefeito ou Liqüefeito
Liquidação ou Liqüidação
Liquidar ou Liqüidar
Liquidificador ou Liqüidificador
Líquido
ou Líqüido
Questão ou Qüestão
Questionar ou Qüestionar
Questionário ou Qüestionário
Questionável ou Qüestionável
Questiúncula ou Qüestiúncula
Questor ou Qüestor
Quíntuplo ou Qüíntuplo
Retorquir ou Retorqüir
Sanguinário ou Sangüinário
Sanguíneo ou Sangüíneo
Séquito
ou séqüito
Obs.: O trema é usado nas duas listas acima para facilitar a pronúncia.
Pronunciar com [E] – aberto.
Austero duelo obeso*
Caterva elmo servo
Cervo indefesso Tejo
*A ABL já admite a pronúncia fechada.
Pronunciar com [e] – fechado.
Ginete indefeso
Adrede … e mais os verbos
Alameda
aparelhar, espelhar,
Cerebelo e fechar em todas as Destra
suas formas
conjugadas
Observação: É indiferente a pronúncia do ―e‖ aberto ou fechado.
Acervo [e] ou acervo [E]
Colmeia [e] ou colméia [E]
Efebo [e] ou efebo [E]
Grumete [e] ou grumete [E]
Ileso [e]
ou ileso [E]
Pronunciar com [O] – aberto.
Canoro hissope
Coldre* inodoro
Dolo manopla
Fórum (com acento gráfico) probo
* Caldas Aulete defendia a pronúncia fechada.
Pronunciar com [o] – fechado.
Algoz boda(s)
crosta teor
Ápodo choldra
filantropo
torpe
5. PROSÓDIA
É a correta pronúncia da palavra, atentando para a posição da sílaba tônica.
São palavras oxítonas:
Escaravelho
condor
ureter
cateter
masseter
mister
nobel
novel
piloti(s)
recém (prefixo)
ruim
São palavras paroxítonas:
algaravia (confusão)
ambrosia (manjar dos deuses)
ambrósia (gênero de planta)
ardósia (flor)
assecla
avaro
aziago
bafio (cheiro de mofo)
barbaria (ato de bárbaro; multidão de bárbaros)
barbárie (estado ou condição de bárbaro)
batavo (da Batávia, antigo nome da Holanda)
beribéri (doença)
blasfemo
boêmia (boemia é brasileirismo considerado menos
correto)
ciclope
cômpar (igual, semelhante)
congérie (acervo, acumulação)
cupido (deus do amor)
decano
díspar (diferente)
edito (lei, decreto)
efebo (adolescente)
filantropo (humanitário)
débil (fraco)
fotolito (fotolitografia)
hecatombe (sacrifício de numerosas vitimas)
ibero
iene (moeda japonesa)
impio (cruel)
ímpio (sem fé)
látex
luzidio (brilhante, luzente)
mândria (estado ou qualidade do mandrião,
vadiagem)
maquinaria (conjunto de máquinas)
meteorito
misantropo (o que tem aversão ao convívio social)
mistagogo (antigo sacerdote que iniciava os
neófitos)
necropsia (exame médico de um cadáver)
ônix
oximoro / oximóron (paradoxismo)
postigo (portinhola)
psique
pudico
quiromancia
refrega (luta, peleja, lida, rubrica)
sicofanta (pessoa mentirosa, caluniadora)
sílex
timbale
tórax
valido (protegido, favorito)
São palavras proparoxítonas:
ádvena (forasteiro, estrangeiro)
aeródromo
aerólito
álacre (alegre)
amílase (tipo de enzima)
anátema
azáfama
azêmola (besta de carga)
bávaro
bétula (tipo do arvore: vidoeiro)
chávena
cinéfilo
crisântemo
cúpido (cobiçoso)
édito (ordem judicial)
éolo (vento forte)
estrógeno
habitat
hílari (hilariante)
ínterim
lídimo (legítimo)
máxime (principalmente)
megálito (pedra monumental dos tempos préhistóricos)
monólito
móvito (parto prematuro, aborto)
ômega (última letra do alfabeto grego)
páramo (firmamento)
prosélito
sáfaro (inculto, agreste)
sátrapa (governador de uma província (satrapia) na
pérsia antiga)
trânsfuga (desertor)
zênite
Dupla prosódia
acróbata / acrobata
alópata / alopata
anídrido / anidrido
autócrata/ autocrata
Dário/ Dario
geodésia / geodesia
hieróglifo / hieroglifo
homília / homilia
nefelíbata / nefelibata
Oceânia / Oceania
ortoépia / ortoepia
projétil / projetil
réptil / reptil
resístor / resistor
sóror/ soror
transístor / transistor
xérox / xerox
zângão / zangão
CUIDADO!
CERTO ERRADO
abóbada abóboda
aborígine aborígene
adivinhar advinhar
advogado adevogado
aeroplano aereoplano
aleijado alejado
apropriar apropiar
areópago aerópago
arrepio arripio
asterisco asterístico
barafunda barrafunda
barganha berganha
beneficente beneficiente
braguilha barguilha
bugiganga buginganga
bússola bússula
calvície calvice
carestia caristia
companhia compania
cumprir comprir
depredar depedrar
desmazelo desmanzelo
despender dispender
discrição discreção
elucubração elocubração
embutido imbutido
empecilho impecilio
enxerido inxerido
estupro estrupo
etimologia etmologia
feminina femenina
figadal fidagal
fragrância fragância
fratricídio fraticídio
frustrar frustar
imbuído embuído
infligir inflingir
infringir infrigir
irascível irrascível
irrequieto irriquieto
lagartixa largatixa
lagarto largato
mendigo mendingo
meritíssimo meretíssimo
mexerica mexirica
mortadela mortandela
perscrutar prescutar
privilégio previlégio
prostrado prostado
pujança punjança
pujante punjante
reiterar reinterar
reivindicar revindicar
repercussão repecursão
requisito requesito
retrógrado retrógado
sobrancelha sombrancelha
subjugar subjulgar
supérfluo supérfulo
tabuleta taboleta
truculência trunculência
usufruir usufluir
EXERCÍCIOS
FONÉTICA
1. Assinale a opção em que o fonema /s/ ocorre em todas as palavras:
a) exatoria – reconhecimento – diversificado
b) máximo – explícita – precursor
c) acionar - sucesso – invisível
d) manuseável – conceder – auxílio
e) essencial - êxito - patrício
2. Existem dígrafos nas quatro palavras da alternativa:
a) carro, ressaca, descer, sublime
b) chave, ninho, quente, milho
c) palha, foguete, excesso, apto
d) jarro, disciplina, opção, rapto
3. Na estrofe abaixo, ocorrem:
"A catedral ebúrnea do meu sonho/ Aparece, na paz do céu tristonho, / Toda branca de luar."
a) dois ditongos e quatro encontros consonantais.
b) três ditongos e cinco encontros consonantais.
c) três ditongos e sete encontros consonantais.
d) quatro ditongos e quatro encontros consonantais.
e) n. d. a.
4. Assinale a alternativa que apresenta tritongo, hiato, ditongo crescente e dígrafo:
a) quais, saúde, perdoe, álcool;
b) cruéis, mauzinho, quais, psique;
c) quão, mais, mandiú, quieto;
d) agüei, caos, mágoa, chato;
e) jóia, juiz, pônei, carroça.
5. No fragmento "Quanto ao morro do Curvelo, o meu apartamento, no andar mais alto de um velho casarão
em ruína..." temos:
a) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato.
b) 6 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 2 hiatos.
c) 5 ditongos decrescentes, 1 ditongo crescente, 1 hiato.
d) 6 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato.
e) 5 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato.
6. Aponte a falsa correlação entre a cadeia sonora e o respectivo número de fonemas.
a) Passasse de súbito (14)
b) Frota carregada (13)
c) Homem de Sabará (12)
d) Sonho generoso (12)
e) Terrível queda (13)
7. Indique a opção cujo vocábulo destacado não contém ditongo.
a) A paciência é amarga, mas seus frutos são doces.
b) O maior defeito é não ter consciência de nenhum defeito.
c) Todo homem é culpado do bem que não fez.
d) O coração tem razões que a razão não conhece.
e) A prosperidade faz amigos, a adversidade os põe à prova.
8. Assinale a alternativa em que, nas três palavras, há um ditongo decrescente.
a) água, série, memória.
b) balaio, veraneio, ciência.
c) coração, razão, paciência.
d) apoio, gratuito, fluido.
e) jóia, véu, área.
9. (ESAF) Aponte a dupla em que a letra x representa o mesmo fonema.
a) enxame – inexaurível;
c) intoxicado – exceto;
b) defluxado – taxar;
d) têxtil – êxtase;
e) tóxico – taxativo.
10. (IDR) Em relação à fonética da Língua Portuguesa, a afirmativa verdadeira é:
a) Denominam-se semivogais os /i/ e /u/, quando estão juntos com fonema vogal na mesma sílaba.
b) Encontro consonantal e dígrafo são fenômenos lingüísticos idênticos.
c) Podem ocorrer dois ou três fonemas vogais numa mesma sílaba.
d) O encontro consonantal ocorre apenas na mesma sílaba.
e) N.d.a.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
01. Assinale a alternativa com todos os vocábulos acentuados corretamente, segundo a regra das oxítonas.
a) cajá - jacaré - caju - sapotí.
b) vatapá - rodapé - angu - juriti.
c) através - seridó - dendê - trisavô.
d) maçã - você - canguru - ipê.
e) detêm - argúi - recaí - herói.
02. Assinale a opção em que o trema foi empregado corretamente em todas as palavras.
a) qüente – freqüente - qüitanda - consegüinte.
b) seqüência - qüilombo - qüilômetro - qüestão.
c) agüentar - argüição - eloqüente - tranqüilo.
d) líqüido - qüinqüênio - seqüestro - distingüir.
e) séqüito - qüérulo - sangüinoso - adqüirir.
03. Obedecendo às regras, coloque, se necessário, acento nas palavras em destaque:
depois, respectivamente, marque a alternativa correta.
O juiz inflexivel foi a ruina de Estevão, o qual não atendia aos reclamos dos orfãos.
a) não há, agudo, agudo, circunflexo, não há.
b) agudo, agudo, agudo, não há, não há.
c) não há, agudo, agudo, circunflexo, agudo.
d) agudo, agudo, não há, não há, agudo.
e) não há, agudo, não há, circunflexo, agudo.
04. Assinale a alternativa em que pelo menos um elemento não se classifica, quanto à tonicidade, como os
demais.
a) daí - ancião - ninguém - sofá - perceber.
b) página - fotógrafo - lágrimas - pálida.
c) avoenga - tetraneta - história - cavanhaque.
d) luto - escuta -juramentos - soalho - neve.
e) por - da - que - um - fez.
05. Com relação ao acento gráfico, indique a alternativa em que todas as palavras estão corretas.
a) chácara - maquinario - Zazá - cardápio - própria - ítem - experiência.
b) xícara - saudável - siri - saúde - maquinario -necrópsia.
c) cabeleireiro - nóbel - caju - gasoso - heróicamente - água.
d) caracteres - vadiice - hieroglifo - polens - pêra -pára.
e) uréter - púdico - rubrica - interim –transistor – côco.
06. A acentuação do vocábulo país é justificada.
a) porque é paroxítono terminado em ditongo.
b) é acentuado para distinguir-se de pais.
c) apresenta "i" tônico que não forma ditongo com a vogal anterior.
d) apresenta acento agudo por ser oxítona.
e) ditongo decrescente no final do vocábulo.
07. Assinale o item incorreto em relação aos elementos do texto a seguir.
"O atentado no metrô de Tóquio parece ter aberto um novo capítulo na história do terrorismo: a possibilidade
do uso de armas de destruição em massa nas metrópoles." (Isto É/95)
a) O acento gráfico das palavras Tóquio e história obedece à mesma regra de acentuação.
b) As palavras capítulo e metrópoles são acentuadas por serem proparoxítonas.
c) A palavra metrô é exemplo de abreviação vocabular, tal como foto, moto e pneu.
d) As palavras terrorismo, destruição e possibilidade são formadas por sufixos nominais, a partir de base
verbal.
e) A palavra metrópole designa cidade grande e importante que exerce influência sobre outras.
08. No que se refere à acentuação gráfica, é correto afirmar que
a) três, terá, e será recebem acento gráfico por serem palavras oxitonas, terminadas respectivamente, em es e
a.
b) comunitário, imprudência e homicídio seguem a mesma regra de acentuação gráfica.
c) código e trânsito seguem a regra de acentuação gráfica das palavras trissílabas terminadas em o.
d) o acento gráfico da forma verbal "está" justifica-se pela existência do pronome demonstrativo "esta".
09.(UnB) Leia o texto abaixo, cuja acentuação foi omitida.
Marcas registradas do cerrado, os cupinzeiros são encontrados na forma de montes de terra e tambem no
topo de arvores. Estes exemplares arboreos apresentam como traço marcante uma solida galeria coberta, que
percorre o tronco e conduz os insetos ao chão em segurança. Um belo traçado sobrepõe nova coloração a cor
do tronco original.
Assinale a opção correta.
a) Na linha 1, deve ser colocado um acento agudo.
b) Na linha 2, devem ser colocados dois acentos agudos e um circunflexo.
c) Na linha 3, devem ser colocados dois acentos agudos.
d) Na linha 4, deve ser colocado um acento circunflexo.
e) Na linha 5, deve ser colocado um acento circunflexo.
10.(ESAF) Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas pela mesma regra.
a) Caí – baú – ninguém – refém – toró;
b) Tecnológico – pássaro – máquina – gráfico – lêvedo;
c) Álbum – revólver – móvel – ágeis – idéia;
d) Nenúfar – oásis – sótão – série – jóia;
e) Traríeis – acessível – fácil – líquenes – tábua;
11.(IDR) Assinale o item em que ambas as formas verbais estão grafadas corretamente.
a) Eles lêem – elas vêm (v. vir);
b) Eles crêem – vocês mantém (v. manter);
c) Eles sustém – eles provêm (v. provir);
d) Isto convém – eles vêm (v. ver);
e) Ele contém – elas provêm (v. prover).
12.(SENADO FEDERAL) As silabadas ou erros de prosódia são freqüentes no uso da língua. Assinale o item
em que não ocorre silabada:
a) Eis aí um prototipo de rubrica de um homem vaidoso;
b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos;
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos do que se pensa;
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem dos leucócitos e o resultado da cultura de lêvedos;
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.
13.(INFRAERO) Assinale a opção em que há uma palavra que não deve receber acento gráfico.
a) Heloisa, ruido, juizes;
b) Caido, destroi, trajetoria;
c) Foruns, nivel, torax;
d) Perdoo, forceps, coco;
e) Perola, fenix, biquini.
14.(TCU-AFC) Aponte o trecho com acentuação gráfica totalmente correta:
a) No âmbito dos produtos agrícolas, sobressai, dentre as essências plantadas, o eucalípto, que tem na
vinculação com a indústria de celulose seu maior sustentáculo econômico.
b) O documento propõe, de início, que, além da Música e da Ginástica, o Desenho seja ensinado em todas as
séries, do curso de bacharelado propedeutico às carreiras profissionalizantes.
c) Não cabe aos administradores públicos discutir se a legislação em vigor é boa ou ruim; devem cumprí-la e
honrá-la.
d) A viuva de Chico Mendes não acompanhou a caravana de políticos à visita ao túmulo do líder dos
seringueiros, assassinado em 1988.
e) Os educadores não têm grandes divergências quanto a reconhecer a ineficiência da escola brasileira,
principalmente nas últimas décadas, em oferecer educação às crianças das classes populares.
15.(TST-CESPE) Assinale a opção em que ocorre erro na acentuação da forma verbal acompanhada de
pronome.
a) Ferí-lo-íamos;
c) Compô-la;
e) Retribuí-lo.
b) Cantá-la-íeis;
d) Vendê-lo;
16. Assinale a alternativa correta, quanto à acentuação:
a) Essa tradição provêm de uma antiqüíssima lenda, recolhida do folclore amazônico.
b) É imprescindível que todos dêem sua opinião em matéria tão polêmica.
c) O ônibus para naquele ponto, todos os dias, às três horas, e recolhe variadíssimos espécimes da fauna
humana.
d) Os pêlos dos animáis retêm sempre algumas partículas de poeira.
17. Marque a alternativa correta, quanto à acentuação gráfica:
a) Os pólos agrícolas do Sul são férteis e prósperos.
b) O parlamentar pôde participar de assembleia anterior e vai emitir agora um juízo sobre o tema.
c) Louvaríamos a iniciativa se tivéssemos participado democráticamente de sua formulação.
d) O Pais tem muitos contribuintes e, portanto, muita renda, mas é preciso distribuí-la.
ORTOGRAFIA
Ortografia (do grego orthós = reto, direito + gráphein = escrever, descrever) é a parte da Gramática
que trata da maneira de se escreverem corretamente as palavras.
Para reproduzirmos na escrita os sons da fala, dispomos de uma série de sinais gráficos
denominados letras. O conjunto das letras recebe o nome de alfabeto. O nosso alfabeto consta
fundamentalmente de 23 letras:
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X–Z
As letras k, w e y devem ser utilizadas apenas nos seguintes casos especiais:
a) nas abreviaturas e símbolos, bem como em palavras estrangeiras de uso internacional.
k (potássio), kg (quilograma), kw (quilowat), York.
b) nos derivados portugueses de nomes próprios estrangeiros.
kantismo, darwinismo, byroniano.
Uso do h
O h não representa fonema algum; é apenas uma letra que se mantém em algumas palavras em
decorrência da etimologia ou da tradição escrita do nosso idioma. Quanto ao seu emprego, observam-se as
seguintes regras:
1. Emprega-se o h no final de algumas interjeições.
Ah! Oh!
2. Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina.
hábil hálito herança hiato
hífen hoje honra habitação
haver herói híbrido higiene
homem hora hábito hélice
hesitar hidrogênio hipoteca honesto
3. Se a etimologia não o justifica, evidentemente não se emprega o h.
ombro, ontem, úmido, erva, etc.
4. No interior dos vocábulos não se usa o h, exceto:
a) quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh.
archote, malha, ninho.
b) nos compostos em que o segundo elemento com h etimológico se une ao primeiro por hífen.
pré-história, anti-higiênico, super-homem.
exceção: Bahia
DICAS ORTOGRÁFICAS
USO DO S (OU SS)
S (e não C ou Ç)
Usa - se S nos nomes relacionados a verbos cujos radicais terminem em ND, RG, RT, PEL, CORR e SENT:
Exemplos:
pretender = pretensão
impelir = impulsivo
expandir = expansão
compelir = compulsório
ascender = ascensão
repelir = repulsa
aspergir = aspersão
recorrer = recurso
submergir = submerso
discorrer = discurso
inverter = inverso
sentir = sensível
divertir = diversão
consentir = consensual
S ( e não Z )
1 - Nos sufixos - ês, -esa, - esia, - isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos.
Exemplos: burguês, burguesa, burguesia (burgo); maresia (mar); poetisa (poeta). Francês, francesa;
chinês, chinesa. Baronesa, princesa, duquesa, marquês.
2 - Nos sufixos gregos - ase, - ese, - ise, - ose.
Exemplos : diocese, ascese, hemoptise, osmose.
3 - Nos nomes relacionados a verbos cujos radicais terminem em (N)D.
Exemplos : dividir = divisão; decidir = decisivo; empreender = empresa; confundir = confusão.
4 - Nas formas verbais de PÔR e QUERER.
Exemplos : pus, pôs, compuseram dispuseste, quis, quisera, quiseste.
5 - Em diminutivos cujo radical termine em S.
Exemplos:
Luisinho (Luís); Teresinha (Teresa); Rosinha, Rosita (Rosa).
6 - Após ditongos.
Exemplos : pouso, coisa, lousa, pausa, gêiser, maisena, Sousa, Neusa, Moisés, faisão.
7 - Em verbos derivados de nomes cujos radicais terminem em - is, - isa, - ise, - iso. Aqui se
acrescenta a desinência verbal - ar.
Exemplos:
a - lis ( o ) - ar = alisar; anális ( e ) - ar = analisar; bis - ar = bisar;improvis ( o ) - ar = improvisar;
pesquis ( a ) - ar = pesquisar.
SS ( e não C ou Ç )
1 - Em nomes relacionados com verbos cujos radicais terminem em GRED, CED, PRIM, MIT, MET ou
CUT.
Exemplos : agredir = agressivo; regredir = regressão;
ceder = cessão; exceder = excesso;
imprimir = impresso; oprimir = opressão;
admitir = admissão; percutir = percussão;
submeter = submisso; comprometer = compromisso;
discutir = discussão.
2 - Dobra-se o s ( SS ), quando a uma palavra iniciada por „‟s‟‟ se junta um prefixo terminado por
vogal.
Exemplos : a - sistemático = assistemático;
re - surgir = ressurgir.
3 - No imperfeito do subjuntivo ( -SSE ).
Exemplos : fizesse - sonhasse.
USO DO Z
Z ( e não S )
1 - Nos sufixos - EZ, - EZA das palavras derivadas de adjetivos.
Exemplos: altivez (altivo); sensato (sensatez); lúcido (lucidez); belo (beleza); surdez (surdo).
2 - Nos sufixos - IZAR.
Exemplos : ameno (amenizar); social (socializar); real (realizar); civil (civilizar).
3 - Como consoante de ligação, “ligando” a palavra ao sufixo.
Exemplos : pá - ada = pazada; pé - inho = pezinho; café - al = cafezal; caqui - eiro = caquizeiro; anel - inho =
anelzinho; pai - inho = paizinho; mãe - inha = mãezinha.
OBSERVAÇÕES:
a) Quando o radical termina em ‗‘S‘‘, o ‗‘Z‘‘ não é usado.
Exemplos : lápis = lapisinho; mês = mesada; siso = sisudo.
b) Quanto ao plural, só conservarão o ‗‘S‘‘ os vocábulos diminutivos que já o possuíam no seu radical.
Exemplos : chinesinhos (chinês); adeusinhos (adeus); lapisinhos (lápis).
Do contrário, o ‗‘S‘‘, como marca de plural, desaparece no meio da palavra, dando lugar apenas ao Z.
Exemplos: caracolzinho = ( caracol - caracóis ) = caracoizinhos; coraçãozinho = ( coração – corações) =
coraçõezinhos.
4 - Nas terminações -AZ, - EZ, - IZ, - OZ, - UZ, correspondentes a formas latinas.
Exemplos : sagaz, capaz, dez, atriz, feroz, luz.
5 - Nos vocábulos árabes e de línguas exóticas.
Exemplos : alazão, algazarra, azar, xadrez, azenha, alcaçuz, azeite, vizir, Azambuja.
Escrevem-se com s Escrevem-se com z
aliás
crise
alisar
despesa
análise
deusa
após
empresa
asa
fase
atrás
fusão
atraso
gás
através
gasolina
aviso
groselha
bisar
inclusive
brasa
invés
casulo
jus
catalisar
lisonjeiro
cisão
lisura
colisão
mês
cós
mosaico
crase
nasal
obus
pêsames
revés
síntese
sinusite
surpresa
tosar
três
uso
usina
visar
abalizar
algoz
amizade
aprazível
aprendiz
arroz
assaz
atriz
atroz
azar
azia
baliza
bazar
buzina
cafuzo
capaz
cartaz
chafariz
coriza
cruz
deslize
desprezo
feroz
fugaz
giz
jaez
jazigo
lazer
luz
magazine
meretriz
prazer
prazo
profetizar
rapaz
rodízio
sagaz
talvez
tenaz
tez
vazio
veloz
verniz
voraz
xadrez
USO DO C ( ou Ç)
C ou Ç ( e não S ou SS )
1 - Na correlação T - C ( Ç )
Exemplos : ato = ação; infrator = infração; Marte = marciano; absorto = absorção; executar = execução;
isento = isenção; redentor = redenção; intento = intenção.
2 - Vocábulos de origem árabe.
Exemplos : cetim, açucena, açúcar, açafrão, muçulmano.
3 - Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplos : paçoca, caiçara, cipó, Iguaçu, Juçara, miçanga, caçula, cacimba, cachaça, cacique.
4 - Nos sufixos - AÇA, - AÇO, - AÇÃO, - ÇAR, - ECER, - IÇA, - IÇO, - NÇA, UÇA, UÇO.
Exemplos : barcaça, ricaço, armação, aguçar, embranquecer, carniça, caniço, esperança, carapuça,
dentuço.
5 - Em nomes relacionados com verbos terminados em TER.
abster = abstenção; deter = detenção; ater = atenção; reter = retenção; conter = contenção.
6 - Após ditongos.
Louça, coice, eleição, traição, fauce, Jóice.
Escrevem-se com c ou ç
acetinar
alçar
alcance
alcançar
almaço
açúcar
açude
buço
açucena
cetim
caçula
dança
dançar
incentivo
exceção
muçulmano
Paraguaçu
Juçara
Suíça
necessário
necessidade
soçobrar
camurça
dançarino
disfarçar
USO DO G
G ( e não J )
Usa - se G nos seguintes casos :
1 - Palavras de origem latina, grega ou árabe.
Exemplos : falange, tigela, álgebra, girafa.
2 - Estrangeirismos aportuguesados que já têm essa letra na língua originária.
Exemplos : sargento ( fr. ), gelosia ( it. ), gitano (esp.), gim (ingl. ).
3 - Terminações - AGEM, - IGEM, - UGEM, - EGE, - OGE.
Exemplos : passagem, vertigem, penugem, frege, paragoge, clonagem, fuligem.
Observação : existem algumas exceções à regra.
Exemplo : pajem, lambujem.
4 - Terminações - ÁGIO, - ÉGIO, - ÍGIO, - ÓGIO, - ÚGIO.
Exemplos : sufrágio, sacrilégio, colégio, adágio, subterfúgio.
5 - Verbos em - EGER E - GIR.
Exemplos : reger, corrigir, fugir, fingir.
6 - Depois de R ( desde que não haja J no radical ).
Exemplos : ressurgir, divergir, surgir.
Observação : existem algumas exceções à regra.
Exemplo : perjuro.
7 - Depois do A inicial, desde que não haja J no radical.
Exemplos : agitado, agiota, agência.
Observação: poucas exceções à regra.
USO DO J
J ( e não G )
Usa - se J nos seguintes casos:
1 - Palavras de origem latina que, na língua originária, eram escritas com I ( J ), Bi, Di, Hi, Si, Vi.
Exemplos : jeito, majestade,hoje.
2 - Palavras de origem árabe, tupi, africana ou exótica.
Exemplos : alforje, jerivá, jibóia, caçanje, manjerona, jiu - jítsu.
3 - Terminações - AJE.
Exemplos : laje, Ultraje.
USO DO X
X ( e não CH )
Usa - se X no seguintes casos :
1 - Palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplos : xavante, abacaxi, muxoxo, xingar, xucro.
2 - Palavras de origem inglesa ( SH ) e espanhola (J).
Exemplos : xampu, xelim, xerez, lagartixa.
3 - Depois de ditongo.
Exemplos : faixa, trouxa, ameixa.
4 - Depois de EN.
Exemplos : enxame, enxoval, enxada, enxovia, enxuta.
OBSERVAÇÃO :
en + cheio > encher
en + charco > encharcar.
5 - Depois da inicial ME.
Exemplos : mexer, mexicano, mexilhão.
Observação : algumas exceções à regra.
Exemplos : mecha e derivados.
USO DO CH
CH ( e não X )
Usa - se CH nos seguintes casos :
Palavras de origem latina ( cl, fl, pl ), francesa ( ch ), espanhola ( ch ), italiana ( ci, cci ), alemã (sch), inglesa
(ch) e árabe ( j ).
Exemplos: chave, cheirar, chumbo, chassi, chuchu, chiripá, mochila, espadachim, salsicha, chope, checar,
sanduíche, azeviche.
Escrevem-se com x Escrevem-se com ch
bexiga
xereta
bruxa
xerife
caxumba
xícara
laxativo
xingar
maxixe
xucro
mexer
broche
paxá
charque
puxar
chiste
quixotesco
chimarrão
rixa
chuchu
xarope
churrasco
cochichar
estrebuchar
ficha
flecha
inchar
pechincha
penacho
piche
rinchar
salsicha
Escrevem-se com g Escrevem-se com j
gengibre
sargento
gengiva
viagem(s.)
geringonça
vagem
ginete
tigela
gir
berinjela
gíria
canjica
monge
jenipapo
ogiva
jibóia
jiló
jirau
majestade
majestoso
pajé
sarjeta
ultraje
viajem(v.)
LEMBRETES IMPORTANTES:
Escrevem-se com s Escrevem-se com x
contestar
estender
escavar
justapor
esgotar
misto
esplêndido
teste
esplendor
contexto
espontâneo
contextura
estranhar
expelir
estrangeiro
expender
explanar
expletivo
extensão
extinto
extremoso
pretexto
texto
textual
Escrevem-se com e
destilar
destilaria
destilação
disentería
empecilho
cumeeira
candeeiro
arrepiar
quase
côdea
sequer
campeão
efetue
entronizar
encarnar
Escrevem-se com i
criar
criador
criação
cabriúva
crânio
hilaridade
meritíssimo
privilégio
inigualável
Ifigênia
Filipe
pátio
impingem
terebintina
pinicar
Escrevem-se com o
capoeira
êmbolo
focinho
fosquinha
goela
mágoa
molambo
óbolo
poleiro
polenta
polia
polir
Escrevem-se com u
bueiro
buliçoso
bulir
chuvisco
embutir
íngua
ao léu
jabuti
jabuticaba
míngua
tábua
tabuada
Escrevem-se com sc
abscissa
abscesso
adolescente
ascensão
ascensorista
consciência
descendente
descer
descentralizar
discente
disciplina
discípulo
isósceles
nascer
obsceno
oscilação
piscina
renascença
rescisão
ressuscitar
USO DO HÍFEN
O hífen é usado:
1. nos substantivos compostos que constituem uma unidade semântica: pão-de-ló, guarda-chuva.
2. nos adjetivos compostos: à-toa.
3. para ligar pronomes enclíticos e mesoclíticos a formas verbais, à palavra eis e aos pronomes nos
e vos.
Ex.: vê-lo-ás, no-lo, ei-la.
4. para separar os sufixos -açu, -guaraçu, -mirim, quando o elemento anterior termina em vogal
acentuada (andá-açu) ou quando a pronúncia o exige (capim-açu).
5. para separar os prefixos: auto, contra, extra, infra, intra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra de
palavras iniciadas por vogal, h, r e s.
Ex.: auto-ônibus, contra-regra, semi-selvagem.
exceção: extraordinário
6. para separar os prefixos ante, anti, arqui, sobre de palavras iniciadas por h, r, s.
Ex.: ante-história, sobre-humano.
exceções: sobressair, sobressalto.
7. para separar os prefixos hiper, inter e super de palavras iniciadas por h e r.
Ex.: super-homem, hiper-realista,
exceção: interregno.
8. para separar o prefixo ab, ad, ob, sob, sub, de palavras iniciadas por r.
Ex.: ab-rogar, sub-reino.
Observação: o prefixo sub também se separa com hífen das palavras iniciadas por b.
Ex.: sub-base.
9. para separar os prefixos circum, pan e mal de palavras iniciadas por vogal ou h.
Ex.: circum-adjacente, pan-helênico, mal-humorado.
10. para separar o prefixo bem de palavras que têm vida autônoma ou quando a pronúncia requer.
Ex.: bem-aventurado.
11. para separar os prefixos: aquém, além, recém, sem, pré, pró, pós, nuper, ex, co, pára, soto, sota,
vice, grão, grã, bel.
Ex.: sem-vergonha, pré-escola, vice-reitor, pós-graduação, etc.
ATENÇÃO: em consonância com o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, o uso do hífen
sofreu importantes mudanças.
MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
Emprega-se a inicial maiúscula:
a) nas citações diretas: Como disse Djavan: ―O amor é um grande laço...‖:
b) nos substantivos próprios e siglas: Maria, Espírito Santo, ONU...
c) em nomes de vias e lugares públicos: Avenida Vitória, Reta da Penha, Praça Costa Pereira. Rodovia do
Sol...
d) nos altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas: a Igreja, o Estado, a Nação, a República, o
Senado...
e) nos nomes de artes, ciências e disciplinas: a Música, a Matemática, a Pintura, o Português...
f) nos nomes de obras: Os Lusíadas, Os Sertões, a Nona Sinfonia, a Divina Comédia... (ver se o artigo faz
parte do nome).
g) nos nomes de altos cargos, dignidades ou postos: Papa, Presidente, Governador, Ministro...
h) nos nomes de expressões de tratamento: Senhor, Vossa Excelência, Meritíssimo Senhor...
i) nos nomes de épocas e fatos históricos: a Revolução Francesa, a Renascença, o Fico, Descobrimento do
Brasil, a Idade Média...
j) nos nomes de atos de autoridades públicas: o Decreto-Lei nº 200, a Lei nº 9.099, o Aviso nº 12...
Emprega-se a inicial minúscula
a) nos nomes de povos: gaúchos, cariocas, chilenos, aimorés, capixabas, porto-alegrense, potiguar...
b) nos nomes dos meses e dias da semana: janeiro, fevereiro, março... segunda-feira, domingo...
c) nas partículas átonas no interior de locuções, ou expressões com iniciais maiúsculas: A Revolução dos
Bichos, Vestido de Noiva...
d) nos nomes comuns que acompanham os geográficos: o rio Doce, o oceano Pacífico, a baía de Vitória, o
canal de Suez...
e) nos nomes de festas pagãs ou populares: o carnaval, a vaquejada, o rodeio...
f) nos nomes próprios formando compostos: agrião-do-brasil, deus-nos-acuda...
DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA
1. HÁ ou A
HÁ (verbo HAVER) refere-se a tempo decorrido, passado:
―Não nos vemos há pelo menos quinze dias.‖ (= FAZ)
―Há dois dias, o advogado me telefonou.‖ (= FAZ)
Quando a idéia for de ―tempo futuro‖, deve-se usar a preposição ―A‖:
―A competição interclasses será daqui a um mês.‖
Obs.: Quando a idéia for de ―distância‖, também se deve usar a preposição ―A‖:
―More a cinqüenta metros da praia.‖
Significando EXISTE(M), usa-se ―há.‖
Há (= existem) várias pessoas na sala.
2. A CERCA DE, HÁ CERCA DE ou ACERCA DE?
a) A CERCA DE = A (preposição) + CERCA DE (perto de, aproximadamente):
Estamos a cerca de dez dias da prova.
Moro a cerca de cinqüenta metros da praia.
b) HÁ CERCA DE = HÁ (verbo) + CERCA DE (perto de aproximadamente):
"Não nós vemos há cerca de dez anos.‖
―Há cerca de dez pessoas na sala de embarque.‖
c) ACERCA DE = a respeito de, sobre:
―Ele falou acerca de controle da natalidade.
3. ABAIXO ou A BAIXO?
a) ABAIXO = embaixo, sob:
―Sua classificação foi abaixo da nossa.‖
b) A BAIXO = para baixo, até embaixo:
―Ela me olhou de alto a baixo.‖
4. ABAIXO-ASSINADO ou ABAIXO ASSINADO?
a) O documento que se assina é um ABAIXO-ASSINADO:
―O diretor recebeu o abaixo-assinado.‖
b) Quem assina o documento é um ABAIXO ASSINADO:
―O abaixo assinado vem mui respeitosamente...‖
5. AFIM OU A FIM?
a) Quem tem afinidades são pessoas AFINS:
―As duas têm pensamento afins.
b) A FIM DE = para, com o propósito de:
―Veio a fim de trabalhar.‖
6. A PAR ou AO PAR?
a) A PAR = estar ciente:
―Ele está a par de tudo.‖
b) AO PAR = título ou moeda de valor idêntico:
―O câmbio está ao par.‖
7. AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?
a) AO ENCONTRO DE = a favor; favorável:
―Estamos satisfeitos porque sua decisão vai ao encontro das nossas reivindicações.‖
b) DE ENCONTRO A = contra, idéia de oposição:
―Ficamos insatisfeitos porque a sua proposta vai de encontro aos nossos desejos.‖
8. À TOA ou À-TOA?
a) À TOA = ―sem fazer nada‖ (locução adverbial de modo):
―Estava à toa na vida.‖
b) À-TOA = ―desocupado, sem valor‖ (adjetivo):
―Não passava de um sujeitinho à-toa.‖
9. BEM-VINDO ou BENVINDO?
a) BEM-VINDO (= bem recebido):
―Seja bem-vindo.‖
b) BENVINDO é nome próprio de pessoas:
Meu primo chama-se Benvindo.‖
10. EM NÍVEL ou A NÍVEL DE?
a) A NÍVEL DE não existe. É um modismo. Deve-se evitá-lo:
―A nível de relatório, o trabalho está muito bom.‖
O certo é: ―Quanto ao relatório... ou Com referência ao relatório...‖
b) EM NÍVEL só pode ser usado em situações em que existam ―níveis‖:
―Em nível de pós-graduação, o estudo é mais acurado.
11. EM PRINCÍPIO ou A PRINCÍPIO?
a) A PRINCÍPIO = inicialmente, no começo:
―A princípio éramos seis, mas o tempo nos afastou.‖
b) EM PRINCÍPIO = em tese, em teoria:
―Em princípio, o político deve defender a coisa pública e não a particular.‖
13. EM VEZ DE ou AO INVÉS DE?
a) AO INVÉS DE = ao contrário de, oposição:
―Disse sim ao invés de dizer não.‖
b) EM VEZ DE = em lugar de:
―Estudou física em vez de estudar matemática.‖
14. MAIS, MAS ou MÁS?
a) MAIS = opõe-se a MENOS:
―Hoje estou mais maduro.‖ (oposto a menos maduro)
b) MAS = porém:
―Não foram convidados, mas vieram à festa.‖ (= porém)
c) MÁS = plural MÁ; opõe-se a BOAS:
―As pessoas más sofrem muito.‖ (oposto a as pessoas boas).
15. MAL ou MAU?
a) MAU é adjetivo e se opõe a BOM:
―Era um mau jogador.‖ (oposto a bom jogador)
b) MAL pode ser:
1. advérbio (= opõe-se a BEM):
―O Flamengo jogou mal.‖ (oposto a jogou bem)
2. conjunção (= logo que, assim que, quando):
―Mal saí de casa, a chuva começou.‖
3. substantivo (= doença, defeito, problema):
―Ele está com um mal incurável.‖ (= doença);
―O seu mal é não saber perder.‖ (= defeito).
16. PORQUE, POR QUE, PORQUÊ ou POR QUÊ?
a) PORQUE é conjunção causal ou explicativa:
―Ele viajou porque foi chamada para assinar contrato.‖
―Ele não foi porque estava doente.‖
―Abra a janela porque o calor está insuportável.‖
―Ele deve estar em casa, porque a luz está acesa.‖
b) PORQUÊ é a forma substantivada (= antecedida de artigo ―o‖ ou ―um‖):
―Quero saber o porquê da sua decisão.‖
A professora quer um porquê para tudo isso.‖
c) POR QUÊ = só no fim de frase.
―Parou por quê?‖
―Ele não viajou por quê?‖
―Se ele mentiu, eu queria saber por quê.‖
―Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram.‖
d) POR QUE
1. em frases interrogativas diretas ou indiretas:
―Por que você não foi?‖ (= pergunta direta)
―Gostaria de saber por que você não foi.‖ (= pergunta indireta)
2. quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS
QUAIS.
―Por que rua vieste?‖ (= por qual)
―Só eu sei as esquinas por que passei.‖ (= pelas quais)
―É um drama por que muitos estão passando.‖ (= pelo qual)
3. quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada.‖ (= pelos quais)
―Não sei por que motivo ele não veio.‖ (= por qual)
―Não sei por que ele não veio.‖ (= por que motivo – por qual motivo)
17. SENÃO ou SE NÃO?
a) SE NÃO = se (conjunção condicional = caso) + não (advérbio de negação):
―Se não chover, haverá jogo.‖ (= Caso não chova)
b) Usa-se SENÃO em quatro situações:
1. SENÃO = de outro modo, do contrário:
―Resolva agora, senão estamos perdidos.‖ (= do contrário estamos perdidos);
2. SENÃO = mas sim, porém
―Não era caso de expulsão, senão de repreensão.‖ (= mas sim de repreensão);
3. SENÃO = apenas, somente:
―Não se viam senão os pássaros.‖ (= somente os pássaros eram vistos);
4. SENÃO = defeito, falha:
―Não houve um senão em sua apresentação.‖ (= não houve nenhuma falha, nenhum defeito).
18. SOB ou SOBRE?
a) SOB = embaixo, submisso:
―Estamos sob uma velha marquise.‖
―Ficou tudo sob controle.‖
b) SOBRE = em cima de, assunto:
―A lágrima corria sobre a face.‖
―Falei sobre você na reunião.‖
19. TAMPOUCO ou TÃO POUCO?
a) TAMPOUCO = nem:
―Não trabalha tampouco estuda. (= nem estuda)
b) TÃO POUCO = muito pouco:
―Estudou tão pouco, que foi reprovado.‖
20. TODO ou TODO O?
a) TODO = qualquer:
―Toda mulher merece carinho.‖ (= qualquer das mulheres)
―Todo país tem seus problemas.‖ (= qualquer país, todos os países)
b) TODO O = inteiro
―Ele realizou todo o trabalho.‖ (= o trabalho inteiro)
―Haverá vacinação em todo o país.‖ (= no país inteiro)
EXERCICIOS
ORTOGRAFIA
01. "É de assinalar que, apesar de feitos pela fusão de matrizes tão _______, os brasileiros são, hoje, um
dos povos mais_______lingüística e culturalmente e também um dos mais integrados socialmente da Terra.
Falam uma mesma língua, sem dialetos. Não abrigam nenhum contingente_______de autonomia, nem se
apegam a nenhum passado. Estamos abertos é para o futuro."
a) diferenciadas, homogêneos, reinvindicativo.
b) diferenciada, homogêneos, reindicativo.
c) diferenciado, homogênio, reivindicativo.
d) diferenciados, omogêneos, reinvindicativo.
e) diferenciadas,homogêneos, reivindicativo.
02. "O Brasil é já a maior das nações neolatinas, pela ______ populacional, e começa a sê-lo também por
sua criatividade artística e cultural. Precisa agora sê-lo no domínio da tecnologia da futura civilização, para
fazer uma potência econômica, de progresso_____. Estamos nos construindo na luta para _______
amanhã como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma."
a) magnitude, auto-sustentada, florescermos.
b) maguinitude, autossustentada, florecermos.
c) magnitude, auto-sustentados, florecer.
d) magnitude, auto-sustentado, florescer.
e) magnitudes, autossustentado, florescer.
03.
Assinale a alternativa correta, quanto à ortografia.
a) A cultura não prezume, não pode almejar, nem à uniformisaçâo, nem à unidade sem diversidade.
b) A linguagem administrativa e legal, em qualquer sociedade organizada, apresenta um hiato em relação
aos usos correntes da língua.
c) O fenômeno de inteleção da linguagem jurídica apresenta uma série de problemas ao cidadão leigo.
d) É necessário consiliar a tecnisidade dos textos legais com a comunicação do povo, que é o principal
destinatário da lei.
04.
Assinale a frase que apresenta palavra grafada incorretamente.
a) Por ser uma atividade beneficente, todos demonstraram receptividade quanto à arrecadação de valores.
b) Os maus presságios concorreram para que eles não aderissem à paralisação prevista para o dia 13.
c) Concorreu à eleição com hombridade e determinação, fazendo jus ao abalizado voto dos correligionários.
d) Por não ter decifrado, imediatamente, a adivinhação e a charada, ficou perturbada.
e) As proezas do malabarista demonstraram a perspicácia e a segurança com que o circense executa as
tarefas.
04. Assinale o item que corresponde à palavra do texto incorretamente grafada.
"O problema que um natal assim poderia criar para o governo era um estouro dos preços, mas a equipe
econômica arroxou (1) os crediários, taxou (2) os importados e enxugou (3) o dinheiro na praça. Passado o
natal, o crédito foi afrouxado (4) e houve um relaxamento nos crediáríos. Mas é normal que as listas de
preços cheguem ao comércio com inchaço (5) no começo do ano."(VEJA, 18/12, com adaptação).
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
06. Assinale a alternativa com palavra grafada incorretamente.
a) O deputado defendeu a descriminação da maconha.
b) Sua ascensão à presidência da firma surpreendeu a todos.
c) Todos o julgavam, com razão, pretencioso.
d) Os deputados não queriam acabar com os próprios privilégios.
e) A disputa entre os cônjuges só poderia ser resolvida nos tribunais.
07- Indique o item em que todas as palavras estão corretamente empregadas e grafadas.
a) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder de infringir punições legais a cidadãos
aparece livre de qualquer excesso e violência.
b) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exatamente nem juízes, nem professores, nem
contramestres, nem suboficiais, nem ―pais‖, porém avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de
intervenção específico.
c) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder técnico de disciplinar, ilide o que possa
haver de violento em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam
suscitar.
d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua
autoridade sobre o corpo dos supliciados.
e) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um campo de práticas ilegais, sob o qual se chega
a exercer controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua organização em delinquência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)
08No texto abaixo foram introduzidos erros de grafia (alguns, inclusive, provocam inadequação
vocabular) e de acentuação gráfica. Indique a opção correta.
Em 5 de novembro último, um aluno foi fragrado com um revolver calibre 32 na sala de aula de uma escola
no Distrito Federal. Chama atenção a áurea de invisibilidade que envolve tais ocorrências. Alunos portando
armas passam completamente desapercebidos por professores e colegas. A outra face da invisibilidade são
as estatísticas policiais, que indicam o agravamento da violência escolar. É hora de enxergar o que está por
tras delas e fazer com que o universo da cultura escolar e o da cultura jovem passem a interajir.
(Baseado em Miriam Abramovay, “Violência nas escolas”, Correio Braziliense, 15/11/2003)
O texto contém:
a) cinco erros de grafia e dois de acentuação
b) quatro erros de grafia e três de acentuação
c) três erros de grafia e um de acentuação
d) quatro erros de grafia e dois de acentuação
e) cinco erros de grafia e três de acentuação
09. Assinale a única frase que contém erro de pontuação, ortografia ou concordância.
a) Toda a discussão gira em torno de se saber se o senhor Fulano ou Beltrano, eleito, pode ou não colocar
em risco esses bens supremos. Na primeira hipótese, ele é um perigoso comunista; na segunda, um
admirável democrata.
b) Claro: não importando quanto de dinheiro você tenha no bolso, a superioridade intelectual, mesmo
pequena, tem sobre você uma força e uma autoridade intrínsicas.
c) Hegemonia é pautar o discurso dos adversários, induzindo-os a formular seus pensamentos e seus
desejos, segundo um quadro de categorias mentais pré-calculado, para amarrá-los com a própria corda.
d) Que é que pode o pragmatismo grosso de quem mede o mundo pelo saldo de caixa, comparado ao
complexo maquiavelismo da ―revolução cultural?‖
e) ―O senhor pretende usar de discursos contra o ―poder unipolar‖ para alinhar o Brasil com o pólo oriental e
comunista cuja existência e crescimento essa retórica se destina a encobrir?‖
(Excertos da revista Época, 26/8/2002, p. 22, com alterações)
A ocorrência dos 500 anos da chegada de Pedro Álvares Cabral deu a inspiração para insistir na
rejeição permanente da frase tola, segundo a qual ―essas coisas só acontecem no Brasil‖.
Há que lembrar a crítica, vinda até de vozes autorizadas, vinculando ―essas coisas‖ à colonização
portuguesa. As críticas comparam o Brasil e os Estados Unidos da colonização inglesa, o Brasil de hoje e o
Brasil holandez, de
Maurício de Nassau, sem considerar as possessões de seu país na Ásia. A história
mostra as diferenças.
No sistema jurídico dos séculos 15 e 16, dois critérios de dominação territorial predominaram: o
da ―descoberta‖, e o da conquista pelas armas, em que o direito nascia da força.
A descoberta foi o meio que serviu para Portugal, no Brasil, e para a Espanha, a oeste das
Tordesilhas, depois de dividirem o mundo em dois. A poderosa esquadra inglesa exemplifica a alternativa.
Gerou colônias, dominadas pelas armas, das quais algumas ainda subsistem.
A ordem jurídica vigente, nesses casos foi, e é, a do dominador.
(Walter Ceneviva; com adaptações)
Com relação à ortografia, há no texto :
a)Nenhum erro.
b)Um erro .
c) Dois erros.
d)Três erros .
e)Mais de três erros.
10- Marque o item que não apresenta erro de ortografia.
a) Mas porque essa mania de pirataria acontece com tanta freqüência no Brasil? Principalmente por causa
da desparidade dos preços entre os programas originais e os pirateados.
b) Mas quando o consumidor vê a possibilidade de ter o mesmo programa por um preço que as vezes custa
um centésimo do original, não pensa duas vezes antes de adiquirir a cópia ilegal.
c) As empresas de informática estão negociando com o governo uma forma de acabar com o mercado
informal, responsável por 60% da movimentação financeira na área.
d) De maneira ainda informal, diversas empresas de informática estão iniciando conversas com o governo
no sentido de conseguir a isensão fiscal que serviria para aniquilhar o contrabando.
e) Já se vê o resultado das sucessivas aprensões que a Associação Brasileira das Empresas de Softwares
(ABES) vem fazendo: a dez anos o índice de pirataria era de 86%. (Trechos adaptados do Correio
Braziliense, 1/5/2001)
11- Assinale o trecho que não contém erro de ortografia ou de emprego de vocabulário.
a) A preocupação maior volta-se para os filmes violentos, para os eróticos ou pornográficos e mesmo para
os programas que terminam como massa de manobra para aumento de audiência. O artigo 220 proíbe toda
e qualquer censura de naturesa política, ideológica e artística.
b) Ora, a portaria ministerial estabelece que ―fica terminantemente vendada a exibição em horário diverso
do permitido‖ dos programas pelas emissoras de televisão. Cabe, pois, aos sensores estabelecer faixas de
horário de exibição.
c) Vejo aí uma inconstitucionalidade, que não resistirá à crítica do judiciário. É forma restritiva de direitos.
Enfraquece os fins almejados pela boa intenção que os inspirou.
d) O limite admitido pela Constituição se restrinje à natureza indicativa de normas legais ou administrativas.
Poderão sempre dizer à sociedade que, nos horários compreendidos por elas, os menores de idade
indicados não devem assistir aos programas.
e) Se a emissora descomprir a faixa, nenhuma punição lhe poderá ser imputada. Os principais destinatários
da decisão do Poder Executivo não são as emissoras, mas a sociedade em geral. Eventual punição só é
adimissível em juízo, mediante requerimento do ofendido.
(Trechos adaptados de W. Ceneviva, Limites da TV na Constituição)
12 - (C. Chagas) O hífen foi corretamente empregado em todas as palavras da alternativa:
a ) Auto-confiança, contra-dança, infra-vermelho, ultra-violeta;
b ) Super-quadra, super-mercado, sub-solo, neo-latino;
c ) Supra-citado, ante-ontem, anti-aéreo, ante-ato;
d ) Ad-renal, sub-reino, semi-reta, ante-história.
13 - (IDR) Aponte a alternativa onde ocorre apenas um erro de ortografia.
a) Retrós, algoz, atroz, ilhós;
b) Pretencioso, êxodo, baliza, aziago;
c) Embaixatriz, sacerdotiza, corisa, asa;
d) Enxarcado, enxotar, enxova, enximento;
e) Discussão, aversão, ajeitar, gorjear.
14 - (ESAF) Assinale a alternativa que apresenta palavra incorretamente grafada.
a) Exceção – ascensão – privilégio – empecilho;
b) Inserido – intumescer – rijeza – atrasar;
c) Pretensão – discussão – promissória – beneficente;
d) Reincindir – escárnio – colisão – flagrante;
e) Acessório – assessor – esplêndido – misto.
15 - (PGFN-DF) Das opções abaixo, somente uma está correta. Assinale-a:
a) Possue, contribue, retribue, distribue;
b) Continui, efetui, pontui, conclue;
c) Irrequieto, pátio, umbilical, creolina;
d) Bubina, buteco, curtiça, muringa;
e) Cortume, entopir, pirolito, reboliço.
16 - (TCE-GO) Assinale a frase em que há erro de grafia:
a) Passou despercebido, para não ser um empecilho a mais.
b) Mais uma vez queimou o fusível.
c) Todos têm chegado atrasados, faz dias.
d) Deu apenas dez reais ao cabelereiro.
e) É necessário discriminar melhor as despesas.
17 - (TJ-TO) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas:
a) Tecer, vazar, aborígene, tecitura, maisena;
b) Rigidez, garage, dissenção, rigeza, cafuzo;
c) Minissaia, paralisar, extravasar, co-seno;
d) Abcesso, rechaçar, indu, soçobrar, coalizão;
e) Lambujem, advinhar, atarraxar, bússola, usufruto.
18 - (ESAF-AFTN) Identifique o segmento com total adequação ortográfica:
a) Opções paliativas têm lançado milhões de nordestinos ao êxodo, enxotando-os de seus lares e
expulsando-os de seu chão de nascimento.
b) A Codevasf tem atribuído a interrupção de obras à falta de recursos orçamentários, solicitados em tempo
hábil, mas não atendidos com a imprecindível presteza pelos poderes competentes.
c) Os recursos destinados ao Nordeste não podem continuar minguando, por conta de uma burocracia
inciente, de administrações ineptas e de cortes orçamentários indiscriminados.
d) O Nordeste brasileiro, flajelado por secas cíclicas, ostenta hoje um colossal canteiro de obras
inacabadas, abandonadas ou interrompidas.
e) Estima-se que quarenta projetos de irrigação estejam paralizados ou semiparalizados no sertão
nordestino.
19 - (INSS) Assinalar a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas:
a) Atrasar; atrasado; atrás; trazer; trazeiro; transa;
b) Xícara; enxotar; caixote; enxergar; explêndido; enxirido;
c) Alto-falante; alcançar; autópsia; albumina;
d) Magestade; herege; pagem; jiló; jibóia; gigolô;
e) Abcesso; obsessão; acesso; ascensão; assunção; aceder.
20.Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
"É muito cômodo, mas não deixa de ser, no fundo, uma hipocrisia, reclamar contra o_______uso dos
dinheiros públicos para cuja formação não________ colaborado. Antes, é preciso pagar, até mesmo para
que não faltem legitimidade e força moral às denúncias de _________."
a) mal – termos – mal-versação
b) mau – tivéramos - mau versação
c) mal – tivemos - malversação
d) mau – teremos – mal versação
e) mau – tenhamos - malversação
21. Aponte a alternativa com incorreção.
a) Há necessidade de fiscalizar bem as provas.
b) A obsessão é prejudicial ao discernimento.
c) A pessoa obscecada nada enxerga.
d) Exceto Paulo, todos participaram da organização.
e) Súbito um rebuliço: a confusão era total.
SEMÂNTICA
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Conhecer o significado das palavras é um dos fatores essenciais para o domínio da língua, pois só
assim o falante será capaz de selecionar a palavra adequada para elaborar a sua mensagem. Por isso é
importante o conhecimento de fatos lingüísticos.
SINONÍMIA
É o fato de duas ou mais palavras possuírem significados iguais ou semelhantes – sinônimas.
Os insetos invadiram a plantação de arroz.
Os insetos alastraram-se pela plantação de arroz.
ANTONÍMIA
É o fato de duas ou mais palavras possuírem significados opostos – antônimas.
O aluno foi bem na prova.
O aluno foi mal na prova.
HOMONÍMIA
É o fato de duas ou mais palavras possuírem significados diferentes, mas serem iguais na pronúncia e/ou
na grafia – homônimas.
Os supermercados sabem apreçar as mercadorias.
(dar preço)
Minha vizinha vivia a apressar a empregada.
(tornar mais rápido)
Dependendo da identidade apresentada, os homônimos podem ser:
Homógrafos/Heterófonos
Possuem a mesma grafia, mas sons diferentes.
O começo da história agradou aos telespectadores.
(som fechado – substantivo)
Eu começo a entender essa matéria.
(som aberto – verbo)
Homófonos/Heterógrafos
Possuem o mesmo som, mas grafias diferentes.
Ele não sabia pregar uma tacha na parede.
(prego pequeno)
A população revoltou-se com o aumento da taxa bancária.
(quantia cobrada por prestação de serviço público ou privado)
Homônimos perfeitos
Possuem a mesma grafia e o mesmo som.
Eu cedo o livro para a biblioteca da escola.
(verbo)
Levantou cedo para estudar.
(verbo)
PARONÍMIA
É o fato de duas ou mais palavras possuírem significados diferentes, mas serem muito parecidas no som e
na escrita – parônimas.
O Juiz discriminou o réu.
(demonstrou preconceito)
O Juiz descriminou o réu.
(inocentou)
O líder estudantil emigrou para a França.
(mudou-se de seu pais de origem)
No começo do século, os italianos imigraram para o Brasil.
(entraram num pais estranho para nele viver)
RELAÇÃO DE ALGUNS HOMÔNIMOS
acender – pôr fogo
conserto (substantivo) – reparo
ascender – subir
conserto (verbo) – 1ª pessoa, singular, presente do
acento – sinal gráfico
indicativo
assento – lugar de sentar-se
coser – costurar
aço – metal
cozer – cozinhar
asso (verbo) – 1ª pessoa, singular, presente do espiar – espionar, observar
indicativo
expiar – sofrer castigo
banco – assento
estático – imóvel
banco – estabelecimento cuja atividade consiste na extático – admirado
guarda de dinheiro, empréstimos, etc.
estrato - tipo de nuvem, camada
caçar – pegar animais, perseguir
extrato – resumo
cassar – anular
incerto – não certo
cela – pequeno quarto
inserto – incluído
sela – arreio
laço – nó
sela (verbo) – 3ª pessoa, singular, pres. do indicat.
lasso – gasto, cansado, frouxo
censo – recenseamento
manga – fruto da mangueira
senso – juízo
manga – parte do vestuário
cerrar – fechar
paço – palácio
serrar – cortar
passo – passada
cessão – ato de ceder
ruço – desbotado
seção ou secção – divisão
russo - da Rússia
sessão – reunião
são – saudável, com saúde
cesto – balaio
são (verbo) – 3ª pessoa, plural, pres. do indicativo
sexto – numeral ordinal
são – forma reduzida de santo
cheque – ordem de pagamento
sexta – redução de sexta-feira, numeral ordinal
xeque – lance de jogo de xadrez
cesta – recipiente
concerto – sessão musical
sesta – hora em que se descansa após o almoço
RELAÇÃO DE ALGUNS PARÔNIMOS
absolver – perdoar
cavalheiro – homem educado
absorver – sorver
comprimento – extensão
acostumar – ter por hábito
cumprimento – saudação
costumar – ser por hábito
deferir – conceder, atender
acurado – feito com cuidado
diferir – adiar, diferenciar-se
apurado – refinado, fino, em apuros
delatar – denunciar
afear – tornar feio
dilatar – alargar
afiar – amolar
descrição – ato de descrever
amoral - indiferente à moral
discrição – ser discreto, reservado
imoral – contra a moral, devasso
descriminar – inocentar
apóstrofe – figura de linguagem
discriminar – distinguir, segregar
apóstrofo – sinal gráfico
despensa – lugar onde se guardam mantimentos
aprender – instruir-se
dispensa – licença
apreender – assimilar
destratar – insultar
arrear – pôr arreios
distratar – desfazer
arriar – descer, abaixar
emergir – vir à tona
cavaleiro – aquele que anda a cavalo
imergir – mergulhar
emigrar – sair da pátria
imigrar – entrar num país estranho para nele morar
eminente – notável, célebre
iminente – prestes a acontecer
estádio – fase, período; praça de esportes
estágio – preparação
flagrante – evidente
fragrante – perfumado
incidente – episódio
acidente – desastre
inflação – desvalorização do dinheiro
infração – violação
infligir – aplicar castigo
infringir – não respeitar, violar
ótico – relativo ao ouvido
óptico – relativo à visão
peão – amansador de cavalos, condutor de tropa,
peça no jogo de xadrez
pião – brinquedo
pequenez – relativo a pequeno
pequinês – originário de Pequim; raça de cães
plaga – região, país
praga – maldição
pleito – disputa eleitoral
preito – homenagem
precedente – antecedente
procedente – proveniente
ratificar – confirmar
retificar – corrigir
EXERCÍCIOS
SEMÂNTICA
1.Assinale a opção em que o vocábulo entre parênteses preenche corretamente a lacuna correspondente.
a) Não se punem os malfeitores ____ não se dispõe de um Código Penal atualizado? É nada! (porque)
b) Essa questão requer indagar-se preliminarmente______ não se derrubou ainda a inflação, no Brasil.
(porque)
c) Pergunta-se, para começar o _____do barulho. (por quê)
d) Não se fará mudança ______ não foi votada uma nova Constituição? O que se quer é empurrar com a
barriga. (por que)
e) Todos sabem, aqui no Brasil, _____ não se punem os bandidos graúdos. (porque)
2.Indique a opção com erro no emprego de mau e mal.
a) Tudo para ele estava mau redigido.
b) Esse é um mau exemplo para a juventude.
c) Mal saiu o sol e já estavam na lavoura.
d) Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe.
e) Os remédios lhe fizeram muito mal.
3 - (UnB) Observe os períodos abaixo, depois, aponte a alternativa correta em relação a eles.
I - Olavo Bilac é a figura proeminente do Parnasianismo.
II - Um bom político não deve confundir o assessório com o fundamental.
III - Qualquer guerra deixa heranças lutulentas às famílias.
IV - Os monges medievais levavam vida ascética e esotérica.
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) Apenas a III está correta.
d) Apenas a IV está correta.
e) Nenhuma está correta.
4 - (UnB) Assinale a opção em que a palavra completa corretamente a lacuna.
a) A lei possibilitou que o prazo para o combate à inflação fosse ___________. (delatado)
b) A inflação tem _________ graves danos ao povo brasileiro. (infringido)
c) O efeito Denise Frossard não passou _____________àqueles que esperam ver acabar a corrupção no
país. (desapercebido)
d) O bicho sempre destinou _________________quantias a determinados grupos da nossa sociedade.
(vultuosas)
e) Os crimes sofisticados, sem violência explícita, não são menos danosos à sociedade. Devem, portanto,
ser combatidos _________. (incontinenti)
5_ (ESAF) Assinale a opção em que a palavra sublinhada está empregada incorretamente.
a) Durma cedo, senão acordará tarde amanhã.
b) Mal começou a chover, o barranco deslizou.
c) Disse que há cinco anos ganhou na loteria.
d) Estava mau informado, por isso equivocou-se.
e) De hoje a dois meses pedirei novo empréstimo.
6- (UnB) Complete as lacunas escolhendo um dos vocábulos indicados e numerados entre parênteses.
I) ______________ o engano, assinou-se o contrato. (1)Ratificado (2)Retificado
II) Os candidatos portaram-se com ________ e educação diante do público. (3)discreção (4)discrição
III) Era considerado pessoa _________ e tradicional da sociedade. (5)iminente (6)eminente
IV) Para diminuir a poluição nas cidades, seria necessário diminuir também o ________________ de
veículos motorizados. (7)tráfego (8)tráfico
V) Somente se evitará que o regulamento seja _____________ se forem aplicadas pesadas multas e outras
sanções. (9)infringido (10)infligido
a) 1,4,6,8,10
b) 2,3,5,7,10
c) 2,4,6,7,9
d) 1,4,5,8,9
e) 1,3,5,8,9
7- (UnB) Em qual das opções a lacuna deve ser preenchida pela primeira das palavras entre parênteses?
a) De acordo com o último ____________ (senso/censo/senço), a população aumentou 15%.
b) Ricardo da Inglaterra revelou-se, desde jovem, um guerreiro __________. (intemerato/intimorato)
c) Acho que fomos enganados, nosso advogado irá impetrar _________ (mandado/mandato) de segurança.
d) Apresentamos nosso último _______________ (pleito/preito) de gratidão aos heróis.
e) A cidade, que estava ___________ (despercebida/desapercebida), foi tomada facilmente pelos bandidos.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS:
1. Estrutura dos Vocábulos
1.1 Radical (ou Semantema):
Elemento que contém a base de significação do vocábulo:
CANTar, ALUNo, MENINo, MAR, SOL, etc…
1.2 Desinências
Elementos que indicam as flexões dos vocábulos. Dividem-se em:
a) NOMINAIS: indicam, nos nomes, flexões de gênero e número:
MeninO, MeninA.
MeninoS, meninaS, pequenoS, pequenaS, alunoS, alunaS.
b) VERBAIS: indicam, nos verbos, flexões de modo, tempo, pessoa e número:
cantáVAmos, entregásseMOS, etc.
1.3 Vogal Temática:
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem:
1ª conjugação: A – lutAr
2ª conjugação: E – vendEr
3ª conjugação: I – remIr
Observação:
Nos nomes, ocorre vogal temática quando ela não indica oposição masculino/feminino:
tribO, livrO, etc…
1.4 Vogal e Consoante de Ligação:
São os elementos que se interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia:
chaLeira, gasÔmetro, cafeZal, etc…
1.5 Afixos:
Elementos que se acrescentam antes ou depois do radical de uma palavra para a formação de uma nova.
Dividem-se em:
a)Prefixo: afixo que se coloca antes do radical: ANTEver,
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar, etc…
b)Sufixo: afixo que se coloca depois do radical: casaMENTO, deslealDADE, desorganIZAR, empobrECER,
etc…
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS.
Há, em Português, dois grandes processos para a formação de novas palavras: COMPOSIÇÃO e
DERIVAÇÃO.
1. COMPOSIÇÃO:
Formação de uma palavra nova por meio da união de dois ou mais vocábulos primitivos. Há duas formas:
a) JUSTAPOSIÇÃO: formação de uma palavra composta sem que ocorra alteração da estrutura fonética
das primitivas:
guarda + chuva = guarda-chuva
pé + de + moleque = pé-de-moleque
passa + tempo = passatempo
gira + sol = girassol
b) AGLUTINAÇÃO: formação de uma palavra composta com alteração da estrutura fonética das primitivas:
plano + alto = planalto
em + boa + hora = embora
filho + de + algo = fidalgo
vossa + mercê = você
2. DERIVAÇÃO:
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. Assim, temos:
a) PREFIXAÇÃO (Derivação Prefixal): formação de uma palavra derivada com acréscimo de um prefixo ao
radical da primitiva:
ANTEver; CONter; INapto; Ilegal; DESleal;
b) SUFIXAÇÃO (derivação sufixal); formação de uma palavra nova com acréscimo de um sufixo ao radical
da primitiva:
lealDADE; laranjAL; meninINHO; felizMENTE;
c) PARASSÍNTESE (Derivação parassintética): formação de uma palavra derivada com acréscimo
simultâneo de um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva:
exemplo: esverdear, repatriar.
d) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: alteração da função de uma palavra primitiva:
O cantar do pássaro alegrava a todos: verbo usado com valor de substantivo.
O sr. Coelho viajou: substantivo comum usado como próprio.
Todos ficaram encantados com seu andar: verbo usado com valor de substantivo.
e) DERIVAÇÃO REGRESSIVA: alteração da estrutura fonética de uma palavra primitiva para a formação de
uma derivada. Ocorre, geralmente, de verbo para substantivo:
vender - a venda; combater - o combate; chorar – o choro.
OBSERVAÇÃO:
Incluem-se nesse processo os casos de falsa analogia ocorridos em algum momento da língua falada:
sarampão: sarampo (falsa analogia com o aumentativo);
aceiro: aço (falsa analogia com emprego de sufixo);
3. Outros Processos
a) ABREVIAÇÃO: forma reduzida com que podem apresentar-se certas palavras:
auto (automóvel); cinema (cinematógrafo); cine (cinema); foto (fotografia); moto (motocicleta); pneu
(pneumático);
b) SIGLA: emprego das iniciais de várias palavras formando uma que as represente:
ONU (Organização das Nações Unidas); NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira);
c) ONOMATOPÉIA: palavras formadas a partir da imitação de sons:
tilintar; reco-reco; tique-taque; urrar; cacarejar; miar;
d) HIBRIDISMO: palavras formadas da união de elementos pertencentes a línguas diferentes:
automóvel (auto: grego; móvel: latim);
lactômetro (lacto: latim; metro: grego);
alcoômetro (álcool: árabe; metro: grego).
PREFIXOS
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em: Vernáculos, Latinos e Gregos.
1. Vernáculos:
São os prefixos latinos que sofreram modificações ou foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem,
des, em, entre, mal, menos, sem, sob, sobre, soto. Pode-se notar o emprego desses prefixos em palavras
como: avizinhar, abordar, além-mar, ante-diluviano, aquém-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar,
maldição, menosprezar, semi-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, sota-vento, etc.
2. Latinos:
Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina original:
a, ab, abs — afastamento, aversão: apatia, abjurar, abster-se.
a, ad — aproximação, passagem para um estado; tendência: amontoar, adjunto, adotar.
ambi — dualidade: ambidestro, ambigüidade.
bis, bin, bi — dualidade: bisneto, binário, bípede.
centum — cem: centúnviro, centuplicar, centígrado, centopéia.
Circum, circun, circu — em volta de: circumpolar, circunstante, circuito.
cis — aquém de: cisalpino, cisgangético.
com, con, co — companhia, concomitância: compadre, confrade, colaborar.
Contra — oposição, posição inferior: contradizer, contramestre.
de — ação de tirar, separação, movimento de cima para baixo, intensidade: depenar, decaído, delambido.
dis, di — movimento para diversas partes, idéias contrárias: distrair, dimanar, dissimulação.
entre — situação intermediária, reciprocidade: entrelinha, entrevista.
ex, es, e — movimento de dentro para fora, intensidade, privação, situação cessante: exportar, espalmar,
ex-professor, exausto.
extra — fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário, extra-seco.
im, in, i — movimento para dentro, idéia contrária: importar, ingrato, ilegal.
inter — no meio de: intervocálico, intercalado.
intra — movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
justa — perto de: justapor.
multi — pluralidade: multiforme.
obs, o — oposição: obstar, opor, obstáculo, objetar.
pen(e) — quase: penúltimo, península, penumbra.
per — movimento através de, acabamento de ação, idéia pejorativa: percorrer, perfeito, perjuro.
post, pos — posteridade:, postergar, pospor.
pre — anterioridade, superlatividade: predizer, preclaro.
preter — anterioridade, para além: preterir, preternatural.
pro — movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir, procurador, pronome.
re — movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição: regressar, revirar, revolver, redizer.
retro — movimento para trás: retroceder.
satis — bastante: satisdar.
sub, sob, so, sus — inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé; suster.
subter — por baixo: subterfúgio.
super — acima, excesso: superpor, superfã.
trans, tras, tra, tres — para além de; excesso: transpor, transpassar, traduzir, tresloucado.
tris, tres, tri — três vezes: trisavô, tresdobro, trifólio.
ultra — para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
uni — um: unânime, unicelular.
3. Gregos
Os principais prefixos de origem grega empregados em Língua Portuguesa são:
deca — dez: decâmetro.
dia — através de, divisão: diáfono diálogo.
dis — dualidade, mau: dissílabo, dispepsia.
en — sobre, dentro: encéfalo.
endo — para dentro: endocarpo.
epi — por cima: epiderme, epígrafe.
eu — bom: eufonia, eugenia, eupepsia.
hecto — cem: hectômetro.
hemi — metade: hemiciclo, hemistíquio, hemisfério.
hiper — superioridade: hipertensão, hipérbole, hipertermia.
hipo — inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipogeu, hipotermia.
homo — semelhança, identidade: homônimo, homogêneo.
meta — união, mudança, além de: metacarpo, metáfase, metafísica.
miria — dez mil: miriâmetro.
mono — um: monóculo, monoculista.
neo — novo: neologismo, neolatino.
para — aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo, parassíntese.
penta — cinco: pentágono.
peri — em volta de: perímetro.
poli — muitos: polígono, polimorfo.
pro — antes de: prótese, prólogo, programa, profeta.
proto — primeiro: protozoário.
a, an, — privação, negação: ápode, anarquia, anacoluto.
ana — inversão, parecença: anagrama, analogia.
anfi — duplicidade, de um e do outro lado: anfiteatro, ânfora, ampola.
anti — oposição: antipatia, antagonista.
apo — afastamento: apólogo, apogeu.
arqui, arque, arce, arc — superioridade: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arcanjo.
caco — mau: cacofonia.
cata — de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
SUFIXOS
Os sufixos existentes em Língua Portuguesa podem ser:
Nominais, Verbais e Adverbial.
1. Nominais
a) Coletivos: -aria, -ada, -edo, -ai, -agem, -atro,
-alha, -ama.
b) Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão,
-arrão, -aço, -astro, -az.
c) Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
d) Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
e) Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato.
f) Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno,
-enho, -aico.
g) Origem, Procedência: -estre, -este, -esco.
2. Verbais
a) Comuns: -ar, -er, -ir,
b) Freqüentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar.
c) Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
d) Diminutivos: -inhar, -itar, -içar, -iscar.
3. Adverbial = há apenas um:
MENTE: dolosamente, eternamente, etc…
RADICAIS LATINOS MAIS COMUNS
Entre outros, funcionam como primeiro elemento da composição os seguintes latinos, de regra terminados
em i:
FORMA
agriambiarboriavibisbicaloricrucicurviequiferri
ferro
ignilocomortismultioleióleooni
pedipiscipluriquadriquadruretisemi-
SENTIDO
campo
ambos
árvore
ave
duas vezes
bípede
calor
cruz
curvo
igual
ferro
ferrovia
fogo
lugar
morte
muitos
azeite, óleo
oleoduto
todo
pé
peixe
muitos,vários
quatro
reto
metade
EXEMPLO
agricultura
ambidestro
arborícola
avifauna
bisavô
calorífero
crucifixo
curvilíneo
eqüilátero
ferrífero
ignívomo
locomotiva
mortífero
multiforme
oleígeno
onipotente
pedilúvio
piscicultor
pluriforme
quadrimotor
quadrúpede
retilíneo
semi-reta
sesquitriunivermi-
um e meio
três
tricolor
um
uníssono
verme
sesquicentenário
vermífugo
Como segundo elemento da composição, empregam-se:
FORMA
Cida
Cola
Cultura
Fero
Fico
Forme
Fugo
Gero
Paro
Pede
Sono
Vomo
Voro
SENTIDO
que mata
que
cultiva,
ou
habita
ato de cultivar
Que contém ou
produz
Que faz, ou produz
Que tem forma de
Que foge, ou faz
fugir
Que contém, ou
produz
Que produz
Pé
Que soa
Que expele
Que come
EXEMPLO
regicida, suicida
vitícola, arborícola
apicultura, piscicultura
aurífero, mamífero
benéfico, frigorífico
cuneiforme, uniforme
contrífugo, febrífugo
armígero, belígero
multíparo, ovíparo
palmípede, velocípede
horrísono, uníssono
fumívomo, ignívomo
carnívoro, herbívoro
RADICAIS GREGOS
Mais numerosos são os compostos eruditos formados de elementos gregos, fonte de quase todos os
neologismos filosóficos, literários, técnicos e científicos.
Entre os mais usados, podem-se indicar os seguintes, que servem geralmente de primeiro elemento da
composição:
FORMA
aero
anemo
antropo
arqueo
auto
biblio
bio
caco
cali
FORMA
cosmo
cromo
crono
da(c)tilo
deca
demo
di
ele(c)tro
enea
etno
farmaco
filo
fisio
fono
foto
geo
hemo
hepta
hetero
hexa
SENTIDO
ar
vento
homem
antigo
de si mesmo
livro
vida
mau
belo
SENTIDO
mundo
cor
tempo
dedo
dez
povo
dois
(âmbar) eletricidade
nove
raça
medicamento
amigo
natureza
voz, som
fogo, luz
terra
sangue
sete
outro
seis
EXEMPLOS
aerofagia, aeronave
anemógrafo, anemômetro
antropófago, antropologia
arqueografia, arqueologia
autobiografia, autógrafo
bibliografia, biblioteca
biografia, biologia
cacofonia, cacografia
califasia, caligrafia
EXEMPLOS
cosmógrafo, cosmologia
cromolitografia, cromossomos
cronologia, cronômetro
dactilografia, dactiloscopia
decaedro, decalitro
democracia, demagogo
dipétalo, dissílabo
eletroímã, electrospia
eneágono, eneassílabo
etnografia, etnologia
farmacologia, farmacopéia
filologia, filomático
fisiologia, fisionomia
fonógrafo, fonologia
fotômetro, fotosfera
geografia, geologia
hemoglobina, hemorragia
heptágono, heptassílabo
heterodoxo, heterogêneo
hexágono, hexâmetro
hidro
ictio
iso
lito
macro
mega(lo)
melo
meso
micro
miso
mito
mono
necro
neo
octo
odonto
oftalmo
onomanto
oro
orto
oxi
paleo
pan
pato
penta
piro
pluto
poli
potamo
proto
pseudo
psico
quilo
quiro
rino
rizo
tecno
tele
termo
tetra
tipo
topo
tri
zoo
água
hidrogênio,hidrografia
peixe
ictiófago, ictiologia
igual
isócrono, isóscele
pedra
litografia, litogravura
grande, longo
macróbio, macrodáctilo
grande
megatério, megalomaníaco
canto
melodia, melopéia
meio
mesóclise, Mesopotâmia
pequeno
micróbio, microscópio
que odeia
misógino, misantropo
fábula
mitologia, mitômano
um só
monarca, monótono
morto
necrópole, necrotério
novo
neolatino, neologismo
oito
octossílabo, octaedro
dente
odontologia, odontalgia
olho
oftalmologia, oftalmoscípio
nome
onomatologia, onomatopéia
montanha
orogenia, orografia
reto, justo
ortografia, ortodoxo
agudo, penetrante
oxígono, oxítono
antigo
paleografia, paleontologia
todos, tudo
panteísmo, pan-americano
(sentimento)doença
patogenético, patologia
cinco
pentágono, pentâmetro
fogo
pirosfera, pirotecnia
riqueza
plutocrata, plutomania
muitos
poliglota, polígono
rio
potamografia, potamologia
primeiro
protótipo, protozoário
falso
pseudônimo, pseudo-esfera
alma, espírito
psicologia, psicanálise
mil
quilograma, quilômetro
mão
quiromancia, quiróptero
nariz
rinoceronte, rinoplastia
raiz
rizófilo, rizotônico
arte
tecnografia, tecnologia
longe
telefone, telegrama
quente
termômetro, termoquímica
quatro
tetrarca, tetraedro
figura, marca
tipografia, tipologia
lugar
topografia, toponímia
três
tríade, trissílabo
animal
zoógrafo, zoologia
Funcionam, preferentemente, como segundo elemento da composição, entre outros, estes radicais gregos:
Forma
Agogo
Algia
Arca
Arquia
Astenia
Céfalo
Cracia
Doxo
Dromo
Edro
Fagia
Fago
Filia
Fobia
Fobo
Foro
Sentido
que conduz
dor
que comanda
comando, governo
debilidade
cabeça
poder
que opina
lugar para correr
base, face
ato de comer
que come
amizade
inimizade, ódio,
que odeia, inimigo
leva ou conduz
Exemplos
demagogo, pedagogo
cefalalgia, neuralgia
heresiarca, monarca
autarquia, monarquia
neurastenia, psicastenia
dolicocéfalo, microcéfalo
democracia, plutocracia
heterodoxo, ortodoxo
hipódromo, velódromo
pentaedro, poliedro
aerofagia, antropofagia
antropófago, necrófago
bibliofilia, lusofilia
fotofobia, hidrofobia
temor
xenófobo, zoófobo
electróforo, fósforo
Gamia
Gamo
Gêneo
Glota
Glossa
Gono
Grafia
Grafo
Grama
Logia
Logo
Mancia
Mania
Mano
Maquia
Metria
Metro
Morfo
Nomia
Nomo
Péia
Polis
Pole
Ptero
Scopia
Scópio
Sofia
Stico
Teca
Terapia
Tomia
Tono
casamento
que casa
que gera
língua
ângulo
escrita, descrição
que escreve
escrito, peso
discurso, tratado,
que fala ou trata
adivinhação
loucura, tendência
louco, inclinado
combate
medida
que mede
que tem a forma
lei, regra
que regula
ato de fazer
cidade
asa
ato de ver
instrumento
sabedoria
verso
lugar onde
cura
corte, divisão
tensão,tom
monogamia, poligamia
bígamo, polígamo
heterogêneo, homogêneo
poliglota, monoglota
isoglossa, glossário
pentágono, polígono
ortografia, geografia
calígrafo, polígrafo
telegrama, quilograma
arqueologia, filologia ciência
diálogo, teólogo
necromancia, quiromancia
megalomania, mitomania
bibliômano, mitômano
logomaquia, tauromaquia
antropometria, biometria
hidrômetro, pentâmetro
antropomorfo, polimorfo
agronomia, astronomia
autônomo, metrônomo
melopéia, onomatopéia
Petrópolis, metrópole
díptero, helicóptero
macroscopia, microscopia
para ver microscópio, telescópio
filosofia, teosofia
dístico, monóstico
biblioteca, discoteca
se guarda
fisioterapia, hidroterapia
dicotomia, nevrotomia
barítono, monótono
EXERCÍCIOS
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
1. (PUC-SP) Nas palavras ―incomunicável‖ e ―perturbável‖, temos, respectivamente, um processo de:
a) Prefixação
sufixação
b) Sufixação
sufixação
c) Prefixação
parassintetismo
d) Parassintetismo
justaposição
e) Aglutinação
prefixação
2. (CESCEA) ―ataque‖, por exemplo, é um termo derivado de ―atacar‖. Temos nesse exemplo um fenômeno de
a) derivação sem afixo.
b) derivação com prefixo e sufixo.
c) derivação com sufixo.
d) derivação com prefixo.
e) derivação imprópria.
3- (UFCE) O prefixo de uma das palavras abaixo tem o sentido de ―quase‖. Marque-a.
a) Península.
b) Eufonia.
c) Perímetro.
d) Epiderme.
4- (FSS/RJ) Assinale abaixo o composto de elementos gregos que não se ajusta à definição apresentada.
a) macróbia
- estado de vida longa
b) claustrofobia - aversão a lugares fechados
c) misantropia - aversão à sociedade
d) xilografía
- arte de grafar em pedra
e) etnologia
- estudo das raças
5- Assinale a relação em que todos os vocábulos são cognatos.
a) ópera/cooperar/obra
b) locução / coloquial / interlocutor / loquaz
c) remover/locomoção /imolação/demover
d) incolor / descorar /corante/ colosso
e) pedestre / pedestal/bípede /pedraria
6- (HUM - ABC) O vocábulo sociologia é formado por
a) derivação.
c) parassíntese.
b) hibridismo.
d) prefixação.
e) sufixação.
7- Os vocábulos ―boquiaberto‖ e ―passatempo‖ apresentam, respectivamente, os processos:
a) aglutinação e justaposição.
b) aglutinação e aglutinação.
c) justaposição e aglutinação.
d) justaposição e justaposição.
e) nda.
8- ―É inaceitável a entrega do material fora do prazo‖. As palavras grifadas são formadas respectivamente por:
a) derivação prefixal e derivação regressiva.
b) derivação parassintética e derivação regressiva.
c) derivação prefixal + sufixal e derivação regressiva.
d) derivação prefixal e derivação prefixal.
9- (MACK) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela em que ocorrem dois prefixos que dão idéia de
negação.
a) impune - acéfalo.
b) pressupor - ambíguo.
c) anarquia - decair.
d) importar - soterrar.
e) ilegal - refazer.
10-. Aponte a alternativa em que não ocorre hibridismo.
a) automóvel.
b) televisão.
c) sociologia.
d) monóculo.
e) aristocracia.
11-. (PUC) Assinale a classificação errada do processo de formação indicado:
a) o porquê - conversão ou derivação imprópria.
b) desleal - derivação prefixal.
c) impedimento - derivação parassintética.
d) anoitecer - derivação parassintética.
e) borboleta - primitivo.
12-. A formação do vocábulo sublinhado na expressão ―o canto das sereias‖ é
a) composição por justaposição.
b) derivação regressiva.
c) derivação prefixal.
d) palavra primitiva.
e) derivação sufixal.
13-. (UFPR) Qual a alternativa em que todas as palavras são formadas por derivação sufixal?
a) duradouro, inativo, pára-quedas, preconcebido.
b) cabecear, celeste, cooperar, objeto.
c) movediço, mourisco, chuvinho, bebedeira.
d) terreno, campal, injusto, conteúdo.
e) hebreu, mineiro, doente, banana.
14-. (PUC-PR) Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas apenas por derivação
prefixal.
a) contradizer, extra-oficial, pintura, papel.
b) ilegal, prefácio, percorrer, progresso.
c) exportar, justapor, díspado, glóbulo.
d) internacional, anterior, areal, ruela.
e) ultrapassar, refazer, advocacia, bronquite.
15-. (ACAFE-SC) Se a partir da palavra pobre formamos pobreza e empobrecer, essas duas últimas serão,
quanto à formação, derivadas por
a) prefixação e prefixação.
b) sufixação e parassintetismo.
c) sufixação e sufixação.
d) prefixação e parassintetismo.
e) parassintetismo e sufixação.
16- Some as alternativas que só têm palavras formadas por parassíntese.
01) indestrutível, envelhecido, destacado
02) matacavalos, remoçar, inconfundível
04) desalmado, emudecer, desmiolado
08) namora, incompreensível, gesticular
16) descrentes, ensurdecer, deslealdade
32) empalideceu, entristecer, avizinhar
17- Some as alternativas em que todas as palavras são formadas por aglutinação.
01) boquiaberto, cabisbaixo, pontiagudo
02) passatempo, mancheia, mandachuva
04) aguardente, fidalgo, guarda-roupa
08) pé-de-vento, terça-feira, sempre-viva
16) planalto, ganha-pão, vaivém
32) pernilongo, petróleo, embora
18- Some as opções em que todas as palavras foram formadas pelo mesmo processo de composição.
01) pé-de-cana, mal-humorada, embora
02) protocolar, embora, mal-assombrado
04) mal-assombrado, pé-de-cana, vaivém
08) falastrão, vaivém, mal-humorado
16) pé-de-cana, embora, vaivém
32) vinagre, manietar, aguardente
19- (MACKENZIE-SP) As palavras televisão, queima, petróleo e areia são, respectivamente.
a) composta - derivada - composta -primitiva
b) composta - primitiva - composta - composta
c) derivada - derivada - derivada - derivada
d) derivada -primitiva - derivada -primitiva
e) composta - derivada - derivada - composta
20- (ESAF) Estão destacados abaixo os elementos constituintes das palavras e indicados os processos de
formação. Assinale a alternativa incorreta.
a) Engordar= en+gordo+ar> derivação prefixal e sufixal;
b) Automóvel= auto (grego)+móvel (latino)> hibridismo;
c) Planalto= plano+alto> composição por aglutinação;
d) Malmequer= mal+me+quer> composição por justaposição;
e) Prazerosamente= prazerosa+mente> derivação sufixal.
21- (UnB) Toda as opções apresentam duas palavras com sufixos indicadores de naturalidade, exceto:
a) Forense e amanuense;
c) Olindense e fluminense;
b) Paulistano e madrilenho;
d) Groenlandês e ituano.
22- (ESAF) Assinale a alternativa em que todas as palavras são cognatas.
a) Obsceno – obscuro – obsedante – obstruir;
b) Transpor – transportar – transtornar – transbordar;
c) Auricular – áureo – auriforme – aurifulgente;
d) Bípede – pedestre – pé – pedicuro;
e) Pluvial – dilúvio – chuva – diluir.
23- (ESAF) Assinale o item no qual os prefixos sublinhados não têm o mesmo sentido.
Carta anônima – homem incapaz;
Hemisfério – raiz semimorta;
Rua paralela – película translúcida;
Perímetro urbano – área circunvizinha.
CLASSES DE PALAVRAS
As palavras costumam ser agrupadas em classes, de acordo com suas funções e formas. Palavras
que se apresentam sempre com a mesma forma chamam-se invariáveis; são variáveis obviamente, as que
apresentam flexão ou variação de forma.
Variáveis:
1. Substantivo – gênero, número e grau
2. Artigo – gênero e número
3. Adjetivo - gênero, número e grau
4. Numeral – gênero e número
5. Pronome - gênero, número e pessoa
6. Verbo – modo, tempo, número, pessoa e voz
7. Advérbio – grau
Invariáveis:
8. Preposição
9. Conjunção
10. Interjeição
Obs.: O advérbio só apresenta as flexões de grau em casos muito limitados, motivo por que se costuma
incluí-lo entre as classes invariáveis.
SUBSTANTIVO
1. DEFINIÇÃO
É a palavra que nomeia o ser, seja ele animado (homem) ou inanimado (casa), real (sol) ou imaginário
(sereia), concreto (automóvel) ou abstrato (pureza).
2. CLASSIFICAÇÃO
2.1 Concreto
Nomeia o ser de natureza independente, real ou imaginário. Ex.: pedra, Deus, cadeira, fada.
2.2 Abstrato
Nomeia ação (beijo), estado (vida), qualidade (beleza), sensação (calor) ou sentimento (amor) de um ser de
natureza dependente.
2.3 Comum
Nomeia o ser genericamente, como pertencente a determinada classe. Ex.: cachorro, homem, planeta,
oceano, cidade.
2.4 Próprio
Nomeia o ser particularmente, dentro de sua espécie.
Ex.: Bilu, Pedro, Terra, Atlântico, Vitória.
2.5 Primitivo
É o que está encabeçando uma série de palavras de mesma família etimológica; não é originado de
nenhum outro nome.
Ex.: pedra, pobre.
2.6 Derivado
Origina-se de um primitivo.
Ex.: pedreiro, pobreza.
2.7 Simples
Apresenta apenas um radical.
Ex.: pedreiro, pobreza.
2.8 Composto
Apresenta mais de um radical.
Ex.: pedra-sabão, guarda-roupa, passatempo, fidalgo.
2.9 Coletivo
Embora na forma de singular, expressa uma pluralidade.
Ex.: pedraria, enxame, cardume.
EIS ALGUNS SUBSTANTIVOS COLETIVOS:
acervo de coisas em geral, de bens patrimoniais
estância de versos
alameda de árvores (linha)
estrofe de versos
alcatéia de lobos
exército de soldados
alfabeto de letras (em ordem)
fato de cabras
antologia de trechos literários
fauna de animais (de uma região) federação de
arboreto de árvores cultivadas
estados
armada de navios de guerra
feixe de lenha, capim, espigas, varas, canas
arquipélago de ilhas
filarmônica de músicos
arvoredo de árvores
filmoteca de filmes
assembléia
de
sócios
(em
reunião),
flora de plantas (de uma região)
parlamentares
folclores de tradições e crenças populares
assistência de espectadores
freguesia de clientes
associação de sócios
frota de navios
atilho de espigas
galeria de estátuas, quadros
atlas de mapas
girândola de foguetes
bagagem de objetos
guarnição
de soldados(que guarnecem um
auditório de ouvintes
lugar)
baixela de utensílios de mesa
hemeroteca de jornais, revistas
banca de examinadores
horda de invasores, salteadores
banda de músicos (com instrumento)
hoste
de soldados (em ordem de
bando
de aves, ciganos, crianças,
marcha)
malfeitores
iconoteca de gravuras
batalhão de soldados
irmandade de membros de associações religiosas
bateria de utensílios (de cozinha)
e beneficentes
biblioteca de livros
junta de bois, de médicos (em conferência)
biênio período de dois anos
legião de soldados, anjos, demônios
bimestre período de dois meses
leva de prisioneiros, recrutas
boiada
de bois
malta de ladrões, malfeitores
cabido de cônegos
manada
de bois, búfalos, elefantes
cacho de bananas, uvas, cabelos
maquinaria de máquinas
cáfila de camelos
matilha de cães de caça
câmara de vereadores, parlamentares
miríade infinidade de estrelas, insetos
cambada
de vadios, de gatos, garotos
mobília de móveis
cancioneiro de canções
molho (ó)
de chaves
caravana de viajantes, de peregrinos, turistas
multidão
de pessoas
cardume de peixes em geral
ninhada de filhotes
carreira de coisas (em fila)
nuvem
de gafanhotos, mosquitos
clero de padres (em geral)
orquestra de músicos
clientela
de clientes, de fregueses
penca de frutos, de bananas
código de leis
pente de balas de armas automáticas
comboio
de carros (para o mesmo destino)
pinacoteca de quadros, telas
concílio de bispos (em reunião)
piquete de grevistas, soldados montados
conclave de cardeais (para escolha do papa)
plêiade de homens ou poetas célebres
confraria de pessoas religiosas, de bêbados,
plumagem de penas
vadios
pomar de árvores frutíferas
congregação de professores (de faculdade), de
população de habitantes
religiosos
praga de insetos
congresso
de deputados e senadores, de
provisão de mantimentos
especialistas
quadrilha de ladrões, bandidos
consolidação de leis
ramalhete de flores
constelação de estrelas
rebanho de ovelhas
cordilheira de montanhas
récua de cavalgaduras
coro de cantores, de anjos
renque de coisas em fila
corpo de jurados
repertório de peças teatrais ou músicas
corpo docente
de professores
república
de estados (unidos em
discoteca de discos
nação)
elenco de atores
resma quinhentas folhas de papel
enxame de abelhas
réstia
de alhos, cebolas (com hastes
enxoval
de roupas (de noiva, de recémentrelaçadas)
nascido)
revoada de aves voando
esquadra de navios de guerra
romaria de peregrinos
esquadrão de soldados de cavalaria
Ronda
de soldados (que percorrem ruas para
esquadrilha de aviões
garantir a ordem)
serra
de montanhas
sortimento
de coisas comerciáveis (em geral)
súcia
de velhacos, malandros
talher
conjunto de peças: garfo, colher e
faca
tertúlia de amigos (em assembléia), intelectuais
(em assembléia)
tribo
de índios (nação)
tríduo
três dias
triênio
três anos
trimestre
três meses
tripulação
de tripulantes de navio e avião
tropa
de burros
tropilha de cavalos
turma
de
pessoas,
trabalhadores,
estudantes
vara de porcos
vestuário
de
roupas
(de
vestir
exteriormente)
xiloteca de amostras de espécies de madeira para
estudo e pesquisa
3. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO - GÊNERO
Quanto ao gênero, o substantivo pode ser:
Masculino: homem, menino
Feminino: mulher, menina
3.1 Formação do Feminino
a) Regular: terminação – A.
Ex.: menino – menina
gato – gata
b) Irregular: terminação variada.
Ex.: homem – mulher
pai – mãe
frei – sóror
Obs.: femininos das palavras terminadas em –ÃO
3.2 Substantivos Uniformes
São aqueles que apresentam uma forma única para o masculino e o feminino.
a) Epiceno: designa o sexo de certos animais com o auxílio dos adjetivos macho e fêmea.
Ex.: cobra, jacaré.
b) Comum de dois gêneros: é auxiliado pelo artigo, adjetivo ou pronome para distinguir o gênero.
o rival – a rival
artista famoso – artista famosa
esse pianista – essa pianista
c) Sobrecomum: forma única para o masculino e o feminino.
Ex.: a criança – o cônjuge – a testemunha
Gênero e sentido
Alguns substantivos são masculinos ou femininos, conforme o sentido em que se achem
empregados:
MASCULINO
FEMININO
o águia (notável, esperto)
a águia (ave)
o cabeça (chefe)
a cabeça (parte de corpo)
o capital (valores disponíveis)
a capital (cidade principal)
o cinza (cinzento)
a cinza (combustão)
o cisma (dissidência de opiniões)
a cisma (ato de cismar)
o coma (inconsciência mórbida)
a coma (cabeleira vasta)
o coral (animal celenterado)
a coral (cobra avermelhada)
o corneta (corneteiro)
a corneta (trombeta)
o crisma (óleo para crismar)
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (vigário)
a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente)
a estepe (tipo de vegetação)
o grama (unidade de medida)
a grama (relva)
o guia (pessoa que guia)
a guia (ato de guiar, documento)
o lente (professor) a lente (corpo transparente
limitado por duas superfícies refratoras)
o língua (tradutor)
a língua (órgão da cavidade bucal)
o lotação (transporte)
a lotação (cálculo da capacidade)
o moral (ânimo)
a moral (conjunto de regras de conduta)
o nascente (o leste)
a nascente (fonte de água)
o pala (poncho)
a pala (parte recortada de camisas, blusas etc.)
o rádio (osso, aparelho receptor)
a rádio (estação de rádio)
o voga (remador)
a voga (divulgação)
Gênero incerto
Masculino
o ágape (refeição de confraternização)
o apêndice (parte anexa)
o caudal (rio caudaloso)
o champanha (vinho espumante)
o eclipse (fenômeno astronômico)
o estigma (sinal)
o estratagema (ardil)
o guaraná (bebida)
o lança-perfume (recipiente cilíndrico que contém éter)
o magma (massa natural fluída, ígnea)
o praça (soldado de polícia, militar sem graduação)
o preá (mamífero roedor)
o telefonema (chamada telefônica)
Feminino
a abusão (abuso; ilusão)
a aluvião (inundação)
a cal (substância branca, resultante da calcinação de pedras calcárias)
a cataplasma (papa medicamentosa)
a cólera (ira)
a comichão (coceira)
a faringe (cavidade posterior às fossas nasais)
a hélice (peça propulsora de navios, aviões)
a libido (instinto ou desejo sexual)
a omoplata (osso que forma a parte posterior do ombro)
Masculino ou
Feminino
o diabetes ou diabete a diabetes ou diabete
o laringe a laringe
o personagem
a personagem
o usucapião
a usucapião
4. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO - NÚMERO
4.1 plural dos substantivos simples
a) terminados em vogal (oral ou nasal) e ditongo oral:acréscimo de – s.
Ex.:casa – casas
fã – fãs
pai – pais
b) Terminados em ão.
ão átono – acréscimo de – s.
Ex.:órgão – órgãos
bênção – bênçãos
ão tônico – acréscimo de – s, ou substituição por ões ou ães.
Ex.: cidadão – cidadãos
portão – portões
pão – pães
Obs.: Há, em muitos desses substantivos, oscilação na formação do plural, daí os plurais duplos ou triplos:
aldeão aldeãos ancião anciãos aldeães anciães aldeões anciões
vulcão vulcãos anão anãos vulcães anões vulcões
corrimão corrimãos charlatão charlatãos corrimões charlatões
guardião
guardiães verão verãos guardiões verões
faisão faisães zangão zangãos faisões zangões
c) Terminados em L.
terminação al, el, ol, ul; trocam L por IS
Ex.: jornal – jornais
anel – anéis
anzol – anzóis
azul – azuis
; átono: – eis
terminação il
9 tônico: – is
fóssil – fósseis
barril – barris
d) terminados em R ou Z; acréscimo de ES.
Ex.: amor – amores
giz – gizes
e) terminados em S.
a) paroxítonos ou proparoxítonos: invariáveis
b) oxítonos ou monossílabos tônicos: acréscimo de ES
Ex.: pires – pires
ônibus – ônibus
gás – gases
inglês – ingleses
f) terminados em X normalmente são invariáveis.
Ex.:o tórax – tórax
o sílex – sílex
4.2 plural dos substantivos compostos
A) Ambos os elementos variam:
Quando forem palavras variáveis (sem ligação de subordinação entre elas).
Ex.: amor-perfeito – amores-perfeitos
bom-dia – bons-dias
B) Apenas o primeiro elemento varia:
1) com preposição clara ou expressa
Ex.: pé-de-moleque – pés-de-moleque
2) com preposição subentendida
Ex.: livro-caixa – livros (de) caixa
3) se o 2º indica finalidade ou semelhança do 1º
Ex.: navio-escola – navios-escola
peixe-boi – peixes-boi
C) Apenas o último elemento varia:
1) quando o 1º elemento for verbo
Ex.: arranha-céu – arranha-céus
guarda-roupa – guarda-roupas
2) quando o 1º elemento for palavra invariável ou prefixo
Ex.: sempre-viva – sempre-vivas
ex-diretor – ex-diretores
3) quando o 1º elemento é forma apocopada
Ex.: grão-duque – grão-duques
grã-cruz – grã-cruzes
bel-prazer – bel-prazeres
4) onomatopéias
Ex.: reco-reco – reco-recos
pingue-pongue – pingue-ponges
5) verbos repetidos
Ex.: pisca-pisca – pisca-piscas
Obs.: ambos podem variar:
Ex.: piscas-piscas
D) Admitem mais de um plural:
fruta-pão: fruta-pães, frutas-pão, frutas-pães;
guarda-marinha: guardas-marinha, guardas-marinhas;
padre-nosso: padres-nossos, padre-nossos;
terra-nova: terras-novas, terra-novas;
salvo-conduto:salvos-condutos; salvo-condutos;
ruge-ruge: ruges-ruges, ruge-ruges.
E) Casos especiais:
o louva-a-deus – os louva-a-deus
o diz-que-diz – os diz-que-diz
o joão-ninguém – os joões-ninguém
o arco-íris – os arco-íris
5. Flexão do substantivo – grau
Quanto ao grau, temos três possibilidades:
normal: porta
aumentativo: portão
diminutivo: portinha
Os graus aumentativo e diminutivo, além de idéia de aumento ou diminuição, podem traduzir desprezo
crítica, afeição; chamam-se PEJORATIVOS (gentalha, livreco, jornaleco) ou AFETIVOS (paizinho, filhinho,
Carlito).
Há ainda os aumentativos fictícios, tais como: cartão, portão, calção.
ARTIGO
É a palavra que antecede os substantivos, designando-os de forma determinada (o, a, os, as) ou
indeterminada (um, uma, uns, umas).
CLASSIFICAÇÃO
Os artigos classificam-se em:
a) definidos:
determinam o substantivo de modo preciso ou particular.
Ex.: Chamei o médico.
b) indefinidos:
determinam o substantivo de modo vago ou geral.
Ex.: Chamei um médico.
ADJETIVO
É a palavra modificadora de substantivo, indicando-lhe ou atribuindo-lhe uma qualidade.
Ex.: ―IMENSAS noites de inverno, com FRIAS montanhas MUDAS, e o mar NEGRO, mais ETERNO, mais
TERRÍVEL, mais PROFUNDO‖.
LOCUÇÃO ADJETIVA
É a expressão formada de preposição mais substantivo com valor e emprego de adjetivo.
Ex.: Imensas noites DE INVERNO.
Alguns adjetivos e locuções adjetivas
ADJETIVO LOCUÇÃO ADJETIVA
abdominal de abdômen
etéreo de éter
coreográfico de dança
palustre de brejo
apícola de abelha
fabril de fábrica
daltônico de daltonismo
cefálico de cabeça
sacarino de açúcar
faraônico de faraó
digital de dedo
capilar de cabelo
aquilino de águia
farináceo de farinha
cartesiano de descartes
caprino de cabra
anímico de alma
ferino, feroz de fera
diabólico de diabo
agreste, rural de campo
discente de aluno
férreo de ferro
adamantino de diamante
canino de cão
erótico de amor
fecal de fezes
pecuniário de dinheiro
cardinalício de cardeal
anular de anel
hepático de fígado
jurídico de Direito
carolíngio de Carlos Magno
aracnídeo de aranha
filial de filho
edênico de éden
eqüino, cavalar
de cavalo
sideral de astro
ígneo de fogo
ébrio de embriagado
hípico de cavalo
ótico de audição
pecuário de gado
sulfúrico, sulfuroso de enxofre
plúmbeo de chumbo
biliar de bílis
galináceo de galinha
herbáceo de ervas
pluvial de chuva
episcopal
de bispo
gutural de garganta
uxoriano de esposa
urbano, citadino de cidade
bucal, oral de boca
felino, felíneo de gato
gástrico, estomacal
de estômago
colubrino, ofídico de cobra
hircino de bode
glacial de gelo
estelar de estrela
cardíaco de coração
bovino de boi
gípseo de gesso
infantil, pueril
de criança
bélico de guerra
viril de homem
pétreo de pedra
etário de idade
písceo de peixe
medieval da Idade Média
cutâneo de cútis, pele
eclesiástico da igreja
peroneal de perônio
insular de ilha
pesqueiro, piscatório
de pesca
hibernal de inverno
fraternal de irmão
cervical de pescoço
junino de junho
platônico de Platão
manual de mão
plebeu de plebe
lateral de lado
columbino de pombo
lacustre de lago
suíno de porco
lacrimal de lágrima
argênteo, argentino
de prata
laríngeo de laringe
docente de professor
leonino de leão
prosaico de prosa
leporino de lebre
pulmonar de pulmão
lácteo, láctico
de leite
purulento de pus
linear de linha
ciático de quadris
lupino de lobo
vulpino de raposa
lunar de lua
murino de rato
simiesco de macaco
real de rei
másculo de macho
renal de rim
materno de mãe
fluvial de rio
matutino, matinal de manhã
romanesco de romance
marítimo de mar
rupestre de rocha
ebúrneo, ebóreo de marfim
saponáceo de sabão
marmóreo de mármore
filatélico de selo
marginal de margem
socrático de Sócrates
mnemônico de memória
solar de sol
magistral de mestre
telúrico de solo
monetário, de moeda
numismático de moeda
onírico de sonho
mosaico de Moisés
meridional, austral
do sul
monástico de monge
vespertino de tarde
letal, mortífero
de morte
terrestre, terreno da terra
glúteo de nádegas
sísmico de terremoto
nasal de nariz
tirânico de tirano
naval de navio
torácico de tórax
níveo de neve
taurino de touro
noturno de noite
umbilical de umbigo
setentrional, boreal
do norte
vascular de vaso (sangüíneo)
ocular de olho
venoso de veia
auricular de orelha
senil de velho
ósseo de osso
eólico, eólio de vento
áureo de ouro
estival de verão
auditivo de ouvido
vital de vida
ovino de ovelha
vítreo de vidro
paterno de pai
acético de vinagre
papal de Papa
óptico de visão
paradisíaco de paraíso
volitivo de vontade
pascal de páscoa
fônico, vocal de voz
FLEXÃO DO ADJETIVO – GÊNERO
a) UNIFORMES: apresentam forma única para ambos os gêneros.
Ex.: fato comum – resposta comum
Céu azul – parede azul
b) BIFORMES: apresentam duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino.
Ex.: menino mau – menina má
Camponês sandeu – camponesa sandia
Obs.: Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento flexiona-se no feminino.
Ex.: festa luso-hispano-americana; saia verde-escura.
FLEXÃO DO ADJETIVO – NÚMERO
a) Os adjetivos simples fazem o plural seguindo as mesmas regras dos substantivos simples:
cartão igual – cartões iguais
livro útil – livros úteis
rapaz gentil – rapazes gentis
Observação: substantivo usado como adjetivo fica invariável em gênero e número.
Ex.: paralisação monstro – calças cinzas – camisas rosas.
b) Os adjetivos compostos fazem o plural com a flexão do
último elemento.
Ex.: tarde lítero-musical – tardes lítero-musicais
líquido doce-amargo – líquidos doce-amargos
Obs.: Havendo a idéia de cor no adjetivo composto, far-se-á o plural mediante a sua análise morfológica:
1. se o último elemento do adjetivo composto for adjetivo, haverá apenas a flexão desse último elemento:
cabelo castanho-escuro – cabelos castanho-escuros
tecido verde-claro – tecidos verde-claros
2. se o último elemento do adjetivo composto for substantivo não haverá flexão, ou seja, o adjetivo fica
invariável:
tapete verde-esmeralda – tapetes verde-esmeralda
terno amarelo-canário – ternos amarelo-canário
EXCEÇÕES:
a) surdo-mudo (ambos os elementos variam)
rapaz surdo-mudo – rapazes surdos-mudos
b) azul-marinho (é invariável)
vestido azul-marinho – vestidos azul-marinho
c) infravermelho, ultravioleta, azul-celeste (invariáveis)
FLEXÃO DO ADJETIVO – GRAU
O adjetivo apresenta dois graus: o comparativo (pelo qual se indica se o ser é superior, inferior ou
igual na qualificação) e o superlativo (pelo qual uma qualidade é levada ao seu mais alto grau de
intensidade).
a) O grau comparativo
Pedro é tão inteligente quanto José – comparativo de igualdade.
Pedro é mais inteligente (do) que José – comparativo de igualdade.
Pedro é maior (do) que José – comparativo de superioridade sintético.
Pedro é menos inteligente (do) que José – comparativo de inferioridade.
b) O grau superlativo
Pedro é muito inteligente – superlativo absoluto analítico.
Pedro é inteligentíssimo – superlativo absoluto sintético.
Pedro é o mais inteligente da sala – superlativo relativo de superioridade analítico.
Pedro é o menor de todos – superlativo relativo de superioridade.
c) Adjetivos dignos de nota quanto ao grau
ADJETIVO COMPARATIVO DE SUPERIORIDADE SUPERLATIVO ABSOLUTO
ANALÍTICO SINTÉTICO ANALÍTICO SINTÉTICO
BOM mais bom melhor muito bom ótimo
MAU mais mau pior muito mau péssimo
GRANDE mais grande maior muito grande máximo
PEQUENO mais pequeno menor muito pequeno mínimo
ALTO mais alto superior muito alto supremo
BAIXO mais baixo inferior muito baixo ínfimo
Obs.: No português do Brasil, só se empregam as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande,
mais pequeno quando a comparação se processa no mesmo substantivo.
Ex.: José é mais bom do que mau.
Paulo é mais grande do que gordo.
SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS ERUDITOS
ADJETIVO SUPERLATIVO ADJETIVO SUPERLATIVO
acre acérrimo humilde humílimo
ágil agílimo inimigo inimicíssimo
agradável agradabilíssimo livre libérrimo
agudo acutíssimo magnífico magnificentíssimo
alto sumo, supremo magro macérrimo
amargo amaríssimo maléfico maleficentíssimo
amável amabilíssimo malévolo malevolentíssimo
amigo amicíssimo mau péssimo
antigo antiqüíssimo miserável miserabilíssimo
áspero aspérrimo mísero misérrimo
atroz atrocíssimo negro nigérrimo
audaz audacíssimo nobre nobilíssimo
baixo ínfimo notável notabilíssimo
bélico belicíssimo pequeno mínimo
benéfico beneficentíssimo pessoal personalíssimo
benévolo benevolentíssimo pobre paupérrimo
bom ótimo provável
probabilíssimo
capaz capacíssimo público publicíssimo
célebre celebérrimo pudico pudicíssimo
comum comuníssimo respeitável respeitabilíssimo
cristão cristianíssimo sábio sapientíssimo
ADJETIVO SUPERLATIVO ADJETIVO SUPERLATIVO
cruel crudelíssimo sagrado sacratíssimo
difícil dificílimo salubre salubérrimo
doce dulcíssimo são saníssimo
dócil docílimo sensível sensibilíssimo
eficaz eficacíssimo sério seriíssimo
fácil facílimo simpático simpaticíssimo
feliz felicíssimo simples simplicíssimo
feroz ferocíssimo soberbo superbíssimo
fiel fidelíssimo tenaz tenacíssimo
frágil fragilíssimo terrível terribilíssimo
frio frigidíssimo veloz velocíssimo
geral generalíssimo visível visibilíssimo
grande máximo voraz voracíssimo
NUMERAL
É a palavra que exprime quantidade, ordem, fração e multiplicação, em relação ao substantivo.
Classificação:
a) Numeral cardinal: indica quantidade
Ex.: duas rosas – cem alunos
b) Numeral ordinal: indica ordem
Ex.: segunda rosa – centésimo aluno
c) Numeral fracionário: indica fração
Ex.: um quinto da rosa – dois terços dos alunos
d) Numeral multiplicativo: indica multiplicação
Ex.: o dobro do preço – o triplo de possibilidades.
Alguns Cardinais, Acompanhados dos Ordinais Correspondentes:
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete
CARDINAIS ORDINAIS
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Dezesseis
Vinte
Vinte e um
Trinta
Quarenta
Cinqüenta
Sessenta
Setenta
Oitenta
Noventa
Cem
Duzentos
Trezentos
Quatrocentos
Quinhentos
Seiscentos
Setecentos
Oitocentos
Novecentos
Mil
Dois mil
Milhão
Dois milhões
Bilhão
Trilhão
Primeiro
Segundo
Terceiro
Quarto
Quinto
Sexto
Sétimo
Oitavo
Nono
Décimo
Décimo primeiro/undécimo
Décimo segundo/duodécimo
Décimo terceiro
Décimo sexto
Vigésimo
Vigésimo primeiro
Trigésimo
Quadragésimo
Qüinquagésimo
Sexagésimo
Setuagésimo/septuagésimo
Octogésimo
Nonagésimo
Centésimo
Ducentésimo
Trecentésimo
Quadringentésimo/quadricentésim
o
Qüingentésimo
Sexcentésimo/seiscentésimo
Setingentésimo/septingentésimo
Octingentésimo
Noningentésimo/nongentésimo
Milésimo
Bimilésimo
Milionésimo
Bimilionésimo
Bilionésimo
Trilionésimo
Alguns Multiplicativos
2) dobro ou duplo
8) óctuplo
3) triplo ou tríplice
9) nônuplo
4) quádruplo
10) décuplo
5) quíntuplo
11) undécuplo
6) sêxtuplo
12) duodécuplo
7) sétuplo
100) cêntuplo
Obs1.: Ainda são considerados numerais
a) ambos, ambas;
b) coletivos que indicam uma quantidade determinada:
par, casal, dezena, dúzia, vintena, grosa, milheiro, etc.
Obs2: para muitos fracionários empregamos o cardinal seguido da palavra avos
Ex.: onze avos – treze avos – quinze avos
PRONOME
Pronome é a palavra que denota os seres ou a eles se refere, considerando-os apenas como
pessoas do discurso.
O pronome pode acompanhar um substantivo: Aquele rapaz é bom (pronome adjetivo), ou substituí-lo:
Aquilo é bom (pronome substantivo). Classifica-se em Pessoais, Possessivos, Demonstrativos, Relativos,
Indefinidos, Interrogativos.
PESSOAIS
Os pronomes pessoais designam diretamente as pessoas do discurso. Podem ser:
a) do Caso Reto (sujeito)
EU
TU
ELE, ELA
NÓS
VÓS
ELES, ELAS
b) do Caso Oblíquo (complemento)
ME, MIM, COMIGO
TE, TI, CONTIGO
SE, SI CONSIGO, O, A, LHE, ELE, ELA
NOS, CONOSCO, NÓS
VOS, CONVOSCO, NÓS
SE, SI, CONSIGO, OS, AS LHES, ELES, ELAS
c) de Tratamento (trato familiar, cortês, cerimonioso)
Você – tratamento familiar
O Senhor, A Senhora – tratamento cerimonioso
Vossa Alteza (V.A.) – príncipe, duque
Vossa Eminência (V.EMª) – cardeais
Vossa Excelência (V. EXª) – altas autoridades
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) – reitores de universidades
Vossa Majestade (V.M.) – reis
Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) – imperadores
Vossa Santidade (V.S.) – papas
Vossa Senhoria (V.Sª) – tratamento geral cerimonioso
Vossa Reverendíssima (V.REVma) – sacerdotes
Esses pronomes, embora usados no tratamento com o interlocutor (2ª pessoa), levam o verbo para
a 3ª pessoa; apresentam-se também com a forma: Sua Senhoria (S.Sª), Sua Excelência (S. Exª), Sua
Santidade (S.S.), etc.
Exemplos:
Esperamos, Sr. Ministro, que Vossa Excelência tenha apreciado o esforço da nossa equipe. 2ª pessoa
(interlocutor)
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, esteve no Brasil. 3ª pessoa (assunto)
POSSESSIVOS
Exprimem posse:
singular 1ª pessoa: meu(s), minha(s) 2ª pessoa: teu(s), tua(s) 3ª pessoa:seu(s), sua(s)
plural 1ª pessoa: nosso(s), nossa(s) 2ª pessoa: vosso(s), vossa(s), 3ª pessoa:seu(s), sua(s)
DEMONSTRATIVOS
Indicam posição
1ª pessoa: Este(s), Esta(s), Isto, Estoutro(a) (s).
2ª pessoa: Esse(s), Essa(s), Isso, Essoutro(a) (s)
3ª pessoa: Aquele(s), Aquela(s), Aquilo(s), Aqueloutro(a)(s).
São considerados demonstrativos também os seguintes pronomes:
o, a, os, as
mesmo(s), mesma(s)
próprio(s), própria(s)
tal, tais
semelhante(s)
RELATIVOS
Estabelecem relação com um antecedente: Que, o Qual, a Qual, os Quais, as Quais, Quem, Cujo, Cuja,
Cujos, Onde e Quanto.
Ex.: Os dias que passam não voltam mais.
Não vi o colega a quem prometi o livro.
Os tiranos, a cujo poder o povo se submetia, eram temidos e odiados.
Visitei a casa onde nasci.
Farei tudo quanto você pedir.
INDEFINIDOS
Referem-se, de modo vago, à 3ª pessoa:
Todo(s), toda(s), tudo;
Algum(-ns), alguma(s), alguém, algo;
Nenhum(-ns), nenhuma(s), ninguém, nada;
Outro(s), outra(s), outrem;
Muito(s), muita(s);
Pouco(s), pouca(s);
Certo(s), certa(s);
Cada, qualquer, quaisquer;
Tanto(s), tanta(s);
(os) Demais, (as) demais;
Vários, várias;
Locuções pronominais indefinidas: Cada qual, cada um, quem quer que seja, seja quem for...
Exemplos:
Alguém falava de flores.
Cada um cuide de si.
INTERROGATIVOS
São pronomes indefinidos em frase interrogativa direta ou indireta: Quem? Quê? O quê? Qual? Quais?
Quanto(a) (s)?
Exemplos:
Quem disse isso?
Ignoro quem disse isso.
Que fizeste de tua vida?
Não sei que fizeste de tua vida.
Qual poeta viveu em Santos?
Pergunto-te qual poeta viveu em Santos.
OBSERVAÇÕES:
a) Os pronomes pessoais do caso reto, ou subjetivos, são em regra, usados como sujeito do verbo.
Por isso é errado dizer: ―Isto é para MIM comer‖; deve-se dizer ―Isto é para eu EU comer‖.
b) Os pronomes pessoais do caso oblíquo, ou complementares, devem ser usados como complementos do
verbo.
Por isso é errado dizer: ―Mande ELE aqui‖; deve-se dizer: ―Mande-o aqui‖.
c) Os pronomes eu e tu, quando regidos de qualquer preposição, devem passar para os oblíquos
correspondentes mim e ti.
Por isso é errado dizer: ―Fulano sentou-se entre Paulo e EU‖; deve-se dizer: ―Fulano sentou-se entre Paulo
e MIM‖.
d) Os pronomes si e consigo são exclusivamente reflexivos (a pessoa gramatical do sujeito é agente e
paciente).
Por isso é errado falar dizer: ―Quero falar consigo‖; deve-se dizer: ―Quero falar com você.‖
e) Os pronomes oblíquos o, a, os, as funcionam como objeto direto e lhe, lhes como objeto indireto.
Por isso é errado dizer: ―Espero encontrar-LHE na festa‖; deve-se dizer: ―Espero encontrá-LO na festa‖.
f) Os pronomes o, a, os, as sofrem o fenômeno da ASSIMILAÇÃO quando precedidos das formas verbais
terminadas por –r, –s e –z, havendo a transformação dessas consoantes.
Exemplos:
Vender + o = vendê-lo;
Pus + a = pu-la;
Fiz + os = fi-los.
g) Os pronomes o, a, os, as adquirem as formas no, na, nos, nas diante de formas verbais terminadas por am, -em, -ão, -õe.
Exemplos:
levaram + o = levaram-no;
mantém + o = mantém-no;
dão +as = dão-nas;
põe + os = põe-nos.
h) Empregam-se as formas com nós e com vós quando seguidos de próprios, todos, outros, mesmos.
Por isso é errado dizer: ―Ele foi exigente CONOSCO TODOS‖; deve-se dizer: ―Ele foi exigente COM NÓS
TODOS‖.
i) Os pronomes oblíquos me, te, lhe, lhes, nos, vos, na língua literária ou erudita, podem combinar-se com
os pronomes o, a, os, as.
Exemplos:
me + o, a, os, as = mo, ma, mos, mas;
te + o, a, os, as = to, ta, tos, tas;
lhe, lhes + o, a, os, as = lho, lha, lhos, lhas;
nos + o, a, os, as = no-lo, no-la, no-los, no-las;
vos + o, a, os, as = vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las;
Ex.: ―Se dizeis isto pela moradia que me destes, tirai-ma, que não vo-la pedi eu‖. (Herculano)
j) São pronomes reflexivos: me, te, se, nos, vos, se, refletindo a ação sobre o sujeito.
Exemplos:
Eu ME barbeei. Tu TE barbeaste. Ele SE barbeou. Nós NOS barbeamos. Vós VOS barbeastes. Eles SE
barbearam.
Quando a ação é mútua, de uma pessoa para a outra, o pronome reflexivo é também recíproco.
Ex.: ―Nós NOS cumprimentamos friamente‖.
l) O pronome adjetivo possessivo concorda com a coisa possuída e não com o possuidor.
Exemplos:
O pai e suas filhas.
A mãe e seus filhos.
m) Nas redações, principalmente nas cartas, devem-se observar as correlações entre os pronomes
pessoais e possessivos.
Exemplo:
―Sendo hoje o dia de TEU aniversário, apresso-me em apresentar-TE os meus sinceros parabéns e votos
que faço a Deus pela TUA felicidade. Abraça-TE o TEU amigo que muito TE preza‖.
n) Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos com o valor de pronomes possessivos.
Exemplos:
Louvo-TE o esforço = Louvo o TEU esforço.
Admiro-LHES a inteligência = Admiro a SUA inteligência.
o) O, a, os, as, quando seguidos do relativo que, equivalem a aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo e,
como estes, são também pronomes demonstrativos.
Exemplos:
O que veio era ele. A que veio era ela.
As que vieram eram elas. Não sei o que dizes.
p) O pronome neutro invariável o, quando equivale a isso, e estando em lugar de uma palavra ou de todo
uma frase, também será pronome demonstrativo.
Exemplos:
―És professor? Sou-o‖.
―Era uma bela manhã, mas poucos o notaram‖.
q) Os artigos definidos o, a, os, as, quando estão desacompanhados dos respectivos substantivos, passam
a ser pronomes demonstrativos; neste caso equivalem a aquele(s), aquela(s).
Exemplos:
―De todos os climas, prefiro o do meu país‖. ―A minha casa é maior que a do vizinho‖.
r) Emprega-se o qual, a qual, os quais, as quais em lugar de que quando o antecedente estiver muito
distante ou resultar ambigüidade.
Exemplos:
―A professora se dirigiu ao aluno mais estudioso da classe, o qual é excelente pessoa‖.
s) A forma quanto é pronome relativo quando vem precedido do indefinido tudo.
Exemplo:
―Disse tudo quanto sabia‖.
t) O pronome adjetivo cujo (e suas flexões) equivale a de que, do qual, de quem.
Assim supõe, portanto, obrigatoriamente, a preposição de e, por essa razão, nunca pode ser usado em
função subjetiva, uma vez que não existe sujeito preposicionado.
Exemplos:
―O livro de cujo autor te falei é interessante‖.
―O menino cujo pai é meu vizinho foi a Brasília‖.
u) O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois de si.
Assim, é errado dizer: ―Recebi tua carta, ao cujo assunto passo a responder‖. ―Li o livro de cujas as páginas
tirei o assunto‖.
v) Os indefinidos certo, certa, certos, certas, vários, várias precedem o substantivo; serão adjetivos quando
pospostos ao substantivo.
Exemplos:
certo amigo – amigo certo
certo tempo – tempo certo
vários assuntos – assuntos vários.
x) A forma nada é advérbio de intensidade desde que seja elemento modificador de um adjetivo.
Exemplos:
―O trabalho não está nada bom‖.
ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra modificadora do verbo, do adjetivo, de outro advérbio ou de toda uma oração.
Exemplos:
Ela canta BEM. (verbo)
Ela canta MUITO bem. (advérbio)
Ela é MUITO bonita. (adjetivo)
REALMENTE, ela chegou. (oração)
Locução Adverbial
O advérbio também pode ser formado por mais de um vocábulo – é a LOCUÇÃO ADVERBIAL;
normalmente expressa por preposição + substantivo, com valor e emprego de advérbio.
Exemplos:
sem jeito – sem temor – sem silêncio
às pressas – por prazer – com jeito
sem dúvida – de graça – com carinho, etc.
ADVÉRBIO E LOCUÇÃO – CLASSIFICAÇÃO
De acordo com as circunstâncias que exprimem, os advérbios e locuções podem ser:
a) DE TEMPO: agora, hoje, amanhã, depois, já, ontem, sempre, nunca, jamais, antes, cedo, tarde,
brevemente, raramente, etc.
b) DE LUGAR: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, além, aquém, algures, alhures, nenhures, atrás, dentro,
perto, longe, etc.
c) DE INTENSIDADE: muito, mui, pouco, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, completamente,
excessivamente, demais, etc.
d) DE MODO: bem, mal, assim, depressa, calmamente, apressadamente, loucamente, etc.
e) DE AFIRMAÇÃO: sim, certamente, deveras, realmente, efetivamente, etc.
f) DE NEGAÇÃO: não.
g) DE DÚVIDA: talvez, quiçá, provavelmente, etc.
h) INTERROGATIVO: onde (aonde, donde), quando, como, por que (nas interrogativas diretas e indiretas).
GRAUS DO ADVÉRBIO
Certos advérbios de modo, tempo, lugar e intensidade podem, às vezes, à maneira dos adjetivos e
substantivos, sofrer a flexão gradual, conforme se vê nos exemplos abaixo:
A) Comparativo:
1. de igualdade: O rapaz falava tão baixo quanto o pai.
2. de superioridade: O rapaz falava mais alto (do) que o pai.
3. de inferioridade: O rapaz falava menos baixo (do que) o pai.
B) Superlativo:
1. absoluto analítico: O rapaz falava muito baixo.
2. absoluto sintético: O rapaz falava baixíssimo.
OBSERVAÇÕES:
a) Na linguagem afetiva, certos advérbios se apresentam no DIMINUTIVO (com valor de superlativo).
Exemplos:
Andava devagarinho (= muito devagar).
Acordava cedinho (= muito cedo).
Mora pertinho daqui (= muito perto).
b) Empregam-se as formas melhor, pior no lugar de mais bem e mais mal.
Exemplo:
Você me conhece melhor do que ela.
c) Junto a adjetivos, usam-se também mais bem e mais mal, quando há comparação.
Exemplos:
Ela era mais bem remunerada do que nós.
d) É freqüente o emprego de adjetivo com valor de advérbio (derivação imprópria ou conversão).
Exemplos:
Vender caro; falar alto; comprar barato.
PALAVRAS DENOTATIVAS
A NGB classifica à parte certas palavras e locuções. Não podem ser consideradas advérbios por não se
referirem a verbo, a adjetivo, a advérbio nem a uma oração. São palavras denotativas de:
a) INCLUSÃO: também, até, mesmo, etc.
Ex.: Todos vieram, até a avó das crianças...
b) EXCLUSÃO: só, somente, apenas, menos, etc.
Ex.: Todos partiram, menos Paulo.
c) DESIGNAÇÃO: Eis.
Ex.: Eis o livro que você pediu.
d) REALCE: embora, é que, só, lá, que, etc
Ex.: Vou embora! Você é que fará a festa. Veja só! Sei lá! Oh! Que saudade que eu tenho!
e) EXPLICAÇÃO: isto é, a saber, por exemplo, etc.
Ex.: Eram três dias, a saber: sábado, domingo e segunda-feira.
f) RETIFICAÇÃO: aliás, ou melhor, a saber, etc.
Ex.: Venha às duas, ou melhor, às três.
g) SITUAÇÃO: mas que, afinal, pois não é que etc.
Ex.: Mas que alegria! Pois não é que ele está estudando mesmo!
PREPOSIÇÃO
É a palavra que serve de conectivo de subordinação entre palavras e orações.
Ex.: A casa de Pedro é grande. Ela saiu para fazer compras.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Geralmente formada de advérbio + preposição, com valor e emprego de preposição: abaixo de, acima de,
atrás de, através de, antes de, depois de, a par de, de acordo com, em face de, por causa de, devido a,
para com, a fim de, etc.
Ex.: O menino ficou atrás de você. O orfanato fica em frente de casa.
CLASSIFICAÇÃO
As preposições podem ser:
a) ESSENCIAIS: guardam, na sua essência, o valor de preposição. São seguidas de pronome oblíquo
tônico: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre, trás.
b) ACIDENTAIS: palavras essencialmente de outras classes gramaticais que, acidentalmente, funcionam
como preposição. São seguidas de pronome reto: como, conforme, consoante, durante, exceto, feito,
mediante, segundo, tirante etc.
COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO
As preposições a, de, por (per), em podem unir-se com outras palavras. Daí teremos:
a) COMBINAÇÃO: sem alteração fônica:
Ex.: ao (a + o), aonde (a + onde).
b) CONTRAÇÃO: com alteração fônica:
Ex.: à (a + a), àquela (a + aquela), do (de + o), donde (de + onde), no (em + o), naquele (em + aquele), pelo
(per + o), coa (com + a).
CONJUNÇÃO
É o conectivo de coordenação entre palavras e orações e o conectivo de subordinação entre orações.
Exemplos:
João e Maria saíram.
Pedro entrou, mas Maria saiu.
Todos viram que Maria saiu.
As locuções com valor e emprego de conjunção (para que, a fim de que, à proporção que, logo que,
depois que) são chamadas de LOCUÇÕES CONJUNTIVAS.
As conjunções classificam-se em coordenativas e subordinativas.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções e locuções conjuntivas coordenativas ligam termos oracionais ou orações de igual valor ou
função no período.
Classificam-se em:
a) ADITIVAS (adição): e, nem. Em correlação com não só, não somente, não apenas... mas também, mas
ainda, senão, etc.
Ex.: Sofremos e lutamos. Ele não ata nem desata. Eu não só estudo, mas também trabalho.
b) ADVERSATIVAS (posição contrária): mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não
obstante, etc.
Ex.: Ela sofria, mas não se queixava. Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram aprovação.
c) ALTERNATIVAS (alternância): ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, etc.
Ex.:Ou você vem agora ou perde lugar. Ora chovia ora fazia sol.
d) CONCLUSIVAS (conclusão): logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo).
Ex.: Penso, logo existo. O caminho é escuro; vá, pois, com cuidado!
e) EXPLICATIVAS (explicação): que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
Ex.: Não leia no escuro, que faz mal à vista. Apressa-te, pois tenho urgência de sair.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
As conjunções subordinativas ligam uma oração principal a uma oração subordinada com o verbo
flexionado.
Classificam-se em:
a) INTEGRANTES (iniciam oração subordinada substantiva): que, se, como (= que).
Ex.: Todos perceberam que você estava nervoso. Ninguém sabia se você estava nervoso. Aposto como
você estava nervoso.
b) TEMPORAIS (tempo): quando, enquanto, logo que, mal, apenas, sempre que, assim que, desde que,
antes que, etc.
Ex.: Logo que saíram, a festa acabou. Quando eu disse isso, ninguém acreditou.
c) FINAIS (finalidade): para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que).
Ex.: Lutar para que ela vencesse.
d) PROPORCIONAIS (proporcionalidade): à proporção que, à medida que, quanto mais (em correlação com
mais).
Ex.: À medida que se vive, mais se aprende. Quanto mais se vive, mais se aprende.
e) CAUSAIS (causa): porque, como, porquanto, visto que, já que, uma vez que, etc.
Ex.: Como estivesse doente, não pôde sair. A memória dos velhos é menos pronta porque o seu arquivo é
muito extenso.
f) CONDICIONAIS (condição): se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), etc.
Ex.: Comprarei o livro, desde que não esteja esgotado.
Se chover, não iremos. Caso chova, não iremos.
g) COMPARATIVAS (comparação): como, que, do que, quanto, que nem, etc.
Ex.: O rapaz lutou como um leão. A luz é mais veloz (do) que o som.
h) CONFORMATIVAS (conformidade): como, conforme, segundo, consoante, etc.
Ex.: As coisas não são como dizem. Farei tudo conforme você pediu.
i) CONSECUTIVAS (consequência): que (precedido dos termos intensivos: tal, tão, tanto, de tal forma etc),
de forma que etc.
Ex.: O menino correu tanto, que chegou cansado. Ontem estive doente, de forme que não saí.
j) CONCESSIVAS (concessão): embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, por mais que, se bem
que, etc.
Ex.: Todos saíram, embora estivesse chovendo. Por mais que gritasse, ninguém o socorreu.
INTERJEIÇÃO
É a palavra que exprime nossos estados emotivos. ―É uma verdadeira palavra-frase, pela qual o
sujeito falante, impregnado de emoção, procura exprimir seu estado psíquico, num movimento súbito, em
vez de se expressar por uma frase logicamente organizada‖.
Ah! Ah! (admiração)
Viva! (exaltação)
Ah! Eh! (alívio)
Coragem! Eia! (animação)
Bravo! (aplauso)
Ai! (dor)
Bis! (repetição)
Psiu! (silêncio)
Cuidado! Atenção! Olhe lá! (advertência)
Oxalá! Tomara! (desejo)
Perdão! (desculpa)
Adeus! (saudação)
Chi! Irra! Arre! (desagrado, alívio)
Claro! pudera! ótimo! (assentimento)
LOCUÇÕES INTERJETIVAS
Expressão formada por mais de um vocábulo, com valor e emprego de interjeição:
Com os diabos! Ora bolas!
Valha-me Deus! Raios te partam!
Nossa Senhora! etc.
EXERCÍCIOS
CLASSES DE PALAVRAS
1. Assinale a classificação errada da palavra grifada.
a) Não toque nesta fruta; coma a que está sobre a mesa. (pronome demonstrativo)
b) Passo a vida a me lamentar. (artigo definido)
c) Espero que você me compreenda. (conjunção integrante)
d) O aluno a que ele se referiu está ausente. (pronome relativo)
2. Qual dos termos sublinhados tem a classe gramatical diferente dos demais?
a) "as condições de uma vida mais humana."
b) "certas coisas se apresentam até bastante positivas."
c) "com tantas oportunidades que se oferecem."
d) "as pessoas são mais facilmente condicionadas."
e) "Fico feliz de ver você assim tão esperançoso."
3. Assinale o item em que se classificou erroneamente o vocábulo grifado.
a) A fada do céu sentiu que não tinha tamanhos poderes, (advérbio de intensidade)
b) Um pensamento quadrado entrou pelas grades. (adjetivo)
c) Era um dia abafadiço e aborrecido. (artigo indefinido)
d) Achei-o meio preocupado. (advérbio de intensidade)
e) Não insista, que é inútil. (conjunção explicativa)
4. A classificação CORRETA das duas ocorrências de que na ordem em que aparecem em "Iracema, a
virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna..."
a) conjunção subordinativa integrante/pronome relativo.
b) conjunção subordinativa integrante/conjunção subordinativa comparativa.
c) pronome relativo / conjunção subordinativa integrante.
d) pronome relativo / conjunção subordinativa comparativa.
e) conjunção subordinativa comparativa/conjunção subordinativa comparativa.
5. Nas expressões "hálito perfumado" e "úmidos cabelos", a colocação do adjetivo, em relação ao
substantivo, não altera a classe nem o sentido. Assinale a opção em que o deslocamento do adjetivo
ACARRETA MUDANÇA de classe e de sentido.
a) um cão enorme / um enorme cão
b) um caloroso abraço / um abraço caloroso
c) uma brisa suave / uma suave brisa
d) uma saudade imensa /uma imensa saudade
e) um amigo certo/um certo amigo
6. Assinale o pronome substantivo que se encontra sublinhado.
a) "com aqueles seus cabelos em cachos"
b) "todo o mundo reparava nesse pegadio constante"
c) "a cheia cobrindo tudo d'água"
d) "seus números de sucesso"
e) "este menino fez arte"
7. Quanto à classe gramatical, assinale o item correspondente à resposta certa, obedecendo à seqüência
das palavras marcadas.
"De repente, não mais que de repente, fez-se de triste o que se fez amante e do sozinho o que se fez
contente."
a) pronome demonstrativo, conjunção integrante, advérbio
b) artigo, conjunção integrante, substantivo
c) artigo, pronome relativo, substantivo
d) pronome demonstrativo, pronome relativo, substantivo
e) pronome pessoal oblíquo, pronome relativo, adjetivo
8- (ÁLVARES PENTEADO) -Assinale a alternativa correta.
a) Ao realizar uma prova, pensa bem nas respostas que darás, saia da sala somente depois de te
certificares de que não esqueceste nada.
b) Ao realizardes uma prova, pensai bem nas respostas que dareis, saia da sala somente depois de te
certificares de que não esquecestes nada.
c) Ao realizardes uma prova, pensai bem nas respostas que darás, sai da sala somente depois de vos
certificardes de que não esquecestes nada.
d) Ao realizar uma prova, pensa bem nas respostas que dará, saia somente depois de se certificar de que
não esqueceu nada.
e) Ao realizar uma prova, pense bem nas respostas que dará, saia somente depois de se certificar de que
não esqueceu nada.
A exposição de motivos do Código Civil, quando descreve a metodologia utilizada pela comissão
redatora, afirma que não se compreende, nem se admite, em nossos dias, legislação que, em virtude
da insuperável natureza abstrata das regras de direito, não abra prudente campo à ação construtiva
da jurisprudência, ou deixe de prever, em sua aplicação, valores éticos, como os de boa-fé e
eqüidade .
Correio Braziliense (com adaptações)
9. Em relação ao texto acima, julgue os itens seguintes.
a) Considerando as exigências da norma culta escrita, a substituição de ―A‖ (l.1) por Na mantém a correção
gramatical e as relações de sentido do texto.
b) O trecho ―quando descreve‖ (l. 1) pode ser substituído por ao descrever, sem prejuízo para a correção
do período.
c) O pronome ―se‖ (l.3), nas duas ocorrências, indica voz reflexiva.
d) A substituição de ―à‖ (l.5) por para a manteria a correção gramatical e a coerência do período.
e) Mantida entre vírgulas, a expressão ―em sua aplicação‖ (l. 6-7) pode, sem prejuízo para a correção do
período, ser deslocada para imediatamente após ―deixe‖ (l. 6).
A insegurança das relações contratuais causa problemas econômicos, repercute no “custo Brasil” e
multiplica os riscos de negócios. Incumbe ao legislador traçar limites objetivos entre a prestação de
serviço prevista pelo Código Civil (art. 593), outras modalidades de trabalho e o contrato de trabalho
pela CLT, a fim de prevenir conflitos por divergências de entendimento em torno do que fora
expressamente contratado.
Correio Braziliense (com adaptações)
10. Julgue os itens que se seguem com relação às estruturas do texto acima.
a) Nas relações de sentido, as formas verbais ―causa‖ (l.1), ―repercute‖ (l.2), ―multiplica‖ (l.2) e ―Incumbe‖
(l.3) têm um mesmo agente.
b) Sem prejuízo para a correção do período, a oração ―Incumbe ao legislador‖ (l.3) pode ser deslocada para
depois do termo ―contratado‖ (l.8), desde que feitas as devidas adaptações de pontuação e maiúsculas.
c) Substituindo-se ―Incumbe‖ (l.3) por É incumbência, sem outras transformações, mantém-se a correção
gramatical do texto.
d) No texto, a palavra ―objetivos‖ (l.4) é substantivo e significa propósitos, intuitos, finalidades.
e) Sem alteração do sentido original ou prejuízo para a correção gramatical do texto, a locução ―a fim de‖
(l.6) pode ser substituída por qualquer uma das seguintes formas: para, com o objetivo de, com o intuito
de, com o propósito de.
f) A correção gramatical do período e as relações de sentido mantêm-se caso a expressão ―em torno do
que‖ (l.7) seja substituída por em torno daquilo que.
Segundo a síntese dos indicadores sociais do IBGE, a família está mais moderna e menor, mas a
sociedade brasileira continua apegada a antigos preconceitos.
Ainda hoje, as mulheres ganham menos que os homens em todos os estados e em todos os níveis
de escolaridade. No caso das trabalhadoras com ensino médio, a diferença de salários é imensa. Se
os representantes do sexo masculino recebem R$ 1.000 em uma empresa por um serviço, elas fazem
o mesmo por R$ 571.
Guaíra Índia Flor. A família encolheu. “Brasil”. In: Correio Braziliense, 13/6/2003, p. 10 (com adaptações)
11. Quanto às estruturas e idéias do texto acima, julgue os itens subsequentes.
a) O trecho ―Segundo a‖ (l.1) pode, sem alteração das informações originais do texto e sem prejuízo para a
correção gramatical do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes termos: De acordo com a,
Conforme a, Em concordância à, Consoante à.
b) O emprego do sinal indicativo de crase em ―apegada a antigos‖ (l.3) é opcional.
c) Em ―ganham menos que os homens‖ (l.4), seria incorreto inserir do imediatamente após ―menos‖.
d) A colocação da preposição de no lugar de ―das‖ em ―No caso das trabalhadoras‖ (l.6) mantém a correção
gramatical do período.
e) A substituição de ―em‖ (l.8) por de mantém a correção gramatical e o sentido original do período.
Condições melhores
A origem da violência é antiqüíssima. Começou com Caim, primeiro homicida, e nunca deixou de
fazer parte da História. Em nosso pais, a violência é catapultada pela medíocre distribuição de renda
e Ingerência político-administrativa. Bastavam um pouco mais de justiça social, o melhor uso da
máquina do Estado e um pouco mais de racionalidade nos gastos e teríamos a violência reduzida à
má índole de cada indivíduo. Com um Estado fornecendo saúde e educação, por que um indivíduo
roubaria ou mataria? A punição, no entanto, teria de ser readequada. Quando mais as condições
gerais forem melhores, mais duras devem ser as penas para pequenos e grandes crimes.
Agostinho Cavalcanti da Costa Júnior. Fórum de debates”. In; O Estado de S. Paulo, 22/10/2000, p. A2 (com adaptações)
12. Considerando o emprego das classes de palavras no texto, assinale a opção incorreta.
a)Na linha 1, os vocábulos ―origem‖ e ―violência‖ são substantivos abstratos
b)O termo ―Caim‖ (l. 1) está grafado com inicial maiúscula porque é substantivo próprio.
c) Os vocábulos ―catapultada‖ (l. 3), ―político-administrativa‖ (l. 4-5), ―racionalidade‖ (l. 7) e ―readequada‖ (l.
10) são adjetivos derivados de substantivos.
d)No texto, ―fazer‖ (l. 2), ―reduzida‖ (l. 7) e ―fornecendo‖ (l. 8) são verbos empregados em formas nominais.
e)As formas ―antiqüíssima‖ (l. 1), ―melhor‖ (l. 6) e ―melhores‖ (l. 11) são decorrentes da flexão em grau dos
seguintes adjetivos: a primeira, de antigo; as demais, de bom.
Tudo parece ter começado a mudar nos últimos anos e as revisões profundas por que estão
passando os discursos e as práticas identitárias deixam no ar a dúvida sobre se a concepçâo
hegemônica da modernidade se equivocou na identificação das tendências dos processos sociais,
ou se tais tendências se inverteram totalmente em tempos recentes, ou ainda sobre se se está
perante uma inversão de tendências ou antes perante cruzamentos múltiplos de tendências opostas
em que é muito difícil ser-se linear. Porque estamos em uma fase de revisão radical do paradigma
epistemológico da ciência moderna, é bem possível que seja sobretudo o olhar que está mudando.
Mas, por outro lado, não parece crível que essa mudança tivesse ocorrido sem nada ter mudado no
objeto do olhar, ainda que, para maior complicação, seja discutível até que ponto tal objeto pode ser
sequer pensado sem o olhar que o olha. Se o nosso olhar conceber o seu objeto como parte de um
processo histórico de longa duração, é bem possível que as mudanças do presente não sejam mais
que pequenos ajustamentos.
Boaventura de Sousa Santos.Modernidade, identidade e a cultura de fronteira. In: Tempo Social. Revista de Sociologia da
USP, v. 5, n.os 1-2, nov./1994, p. 39 (com adaptações)
13. A respeito do emprego das estruturas lingüísticas do texto, julgue os itens subseqüentes.
a) Apesar de ser uma conjunção aditiva, o ―e‖ (l.1) também tem no texto a função de introduzir uma causa
para a oração anterior.
b) Na linha 2, o emprego da preposição ―por‖ é obrigatório, exigido pela regência verbal de ―passando‖.
c) Se a oração iniciada por ―Porque‖ (l.10) fosse deslocada para o final do período sintático em que ocorre,
as relações de causa e conseqüência expressas seriam mantidas, mas a ênfase nas idéias seria alterada.
d) A substituição de ―não parece crível‖ (l.13) por parece incrível preserva a ideia de negação, mas altera a
ênfase das idéias.
e) A expressão ―ainda que‖ (l. 15) une orações pela noção de concessão, mas sua substituição por embora
provocaria erro de natureza sintática no texto.
f) Pelo desenvolvimento do texto, o emprego do advérbio ―sequer‖ (l. 15) indica dúvida que pode ser
também expressa por talvez.
A sociedade brasileira clama por transformações e a esperança tornou-se palavra-chave desses
novos tempos. A superação dos graves problemas que afligem o povo brasileiro, como a fome e a
miséria, é o principal desafio do novo governo. Vencer as desigualdades faz parte de uma estratégia
e de um novo modelo de desenvolvimento para o país, que pode dispor, para tanto, da imensa
riqueza natural de nossa Nação. A construção de um novo momento histórico é um compromisso que
deve estar pautado em todas as ações de governo. Nesse contexto é que afirmamos o direito da
sociedade brasileira à informação e à educação. O caminho, portanto, é o da inclusão social, momento
em que deve ser construída uma nova cultura embasada nos direitos fundamentais da vida humana,
fortalecidos na concepçâo e na prática de uma nova política social e econômica para o país.
14. Acerca do texto II e do tema nele abordado, julgue os itens subsequentes.
a) Nas linhas 1 e 2, a conjunção ―e‖ liga ―transformações‖ a ―esperança‖, para complementar a idéia de
clamar.
b) Nas linhas 3 e 4, o emprego de ―como‖ indica que ―a fome e a miséria‖ não são os únicos ―graves
problemas que afligem o povo brasileiro‖.
c) Pelas regras da norma culta, o uso da preposição ―em‖ antecedendo ―que‖ (l.14) é opcional; por isso,
mantém-se a correção gramatical ao se retirar esse vocábulo do texto.
d) Na linha 8, o pronome relativo ―que‖ tem como referente ―desigualdades‖ (l.6).
e) A expressão ―para tanto‖ (l.8) corresponde a para isso e refere-se ao trecho que a precede: ―Vencer (...) país‖
(l.6-8).
f) A expressão ―Nesse contexto‖ (l.12) refere-se imediatamente ao período que inicia o terceiro parágrafo,
mas também à totalidade das ideias do texto.
O nome é um pouco esquisito, mas se trata de algo bastante conhecido: hoax é sinônimo de boato
no mundo digital. Quem nunca recebeu mensagens difamando empresas ou noticiando o caso do
garoto com câncer? Ou então a história de ter os rins retirados e acordar em uma banheira de gelo,
que, no final, ainda pede para enviar o e-mail para os amigos? Nunca se sabe como os boatos
surgem. Dizem os especialistas que o prazer de quem envia boatos por e-mail é receber as histórias
escritas por eles mesmos depois de algum tempo. Se isso serve de consolo aos usuários que um dia
já acreditaram em boatos internéticos, um grande jornal impresso paulista - não a Folha - chegou a
noticiar um, como se fosse uma notícia verdadeira. Tratava-se de um e-maíl dizendo que as escolas
norte-americanas ensinavam a suas crianças que a Amazônia não era de fato brasileira. Segundo a
mensagem, essa área era de controle internacional. É claro que, depois de sua publicação, a falsa
notícia ganhou contorno de realidade. Mas um boato internético é tão controlável quanto o boato
convencional. A melhor proteção contra ele é nunca passar adiante mensagens com conteúdo
duvidoso. Na dúvida, delete a mensagem.
Mensagem circulada pela Internet, em dezembro de 2001 (com adaptações)
15. Com referência ao emprego das classes gramaticais no texto , julgue os itens a seguir.
a) Infere-se do texto que ―hoax‖ (l. 2) é um substantivo usado pelos internautas para designar notícia de
fonte desconhecida, muitas vezes infundada.
b) São formas verbais flexionadas as seguintes palavras: ―difamando‖ (l. 4), ―receber‖ (l. 10), ―consolo‖ (l.
12), ―impresso‖ (l. 14), ―contorno‖ (l. 21) e ―delete‖ (l. 25).
c) Considerando que certos pronomes demonstrativos relacionam-se com passagens discursivas, o
emprego de ―isso‖ (l. 12) está inadequado: deveria ter sido usado o isto, uma vez que se está antecipando
algo que vai ser referido.
d) O adjetivo ― internéticos‖ (l. 13) é um neologismo, composto por hibridismo do vocábulo internet com o
sufixo latino éticos.
e) Em cada uma das seguintes expressões, os constituintes nominais mantêm, entre si, quanto à
classificação gramatical, a mesma seqüência: ―histórias escritas‖ (l. 10-11), ―boatos internéticos‖ (l. 13),
―notícia verdadeira ― (. 15), ―escolas norte-americanas‖ (l. 16-17), ―controle internacional‖ (l. 19), ―boato
convencional‖ (l. 22-23) e ―conteúdo duvidoso‖ (l. 24).
O CPF é hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de
identificar o contribuinte - pessoa física - perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela
tivesse um maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, instituições
financeiras e o comércio passaram a exigir o número do documento para fazer várias operações,
como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF é uma forma de identificação do contribuinte, a
carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidadão por meio da Secretaria de
Segurança Pública.
(Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptações)
16. Assinale a opção correta a respeito do emprego das palavras e expressões no texto.
a) A preposição ―com‖(l.3) agrega ao substantivo ―objetivo‖ uma idéia de modo, como na expressão com
vagar.
b)A preposição ―para‖(l.5), na sentença em que ocorre, introduz um julgamento, uma opinião,
c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de ―fazer‖(l.9) mantém a coerência textual e a
correção gramatical.
d) A preposição de, em ―controle dos contribuintes(I.6), estabelece entre os nomes que liga uma relação
semântica correspondente a os contribuintes que controlam.
e) O valor semântico do conectivo ―Enquanto‖ (1.11) corresponde ao de uma conjunção alternativa.
17. (C. Chagas) Os plurais das palavras compostas abaixo estão errados apenas no grupo da alternativa:
a) Banhos-marias, altos-relevos, beija-flores, pães-de-ló;
b) Mestres-escolas, tenentes-coronéis, águas-fortes, barrigas-verdes;
c) Guardas-pós, guardas-comidas, altos-falantes, ticos-ticos;
d) Cartões-postais, cabeças-chaves, vira-latas, más-línguas;
e) Xeques-mates, lugar-tenentes, salvos-condutos, peixes-espadas.
18. (IDR) Nos seguintes pares de formas masculinas e femininas, há um erro. Assinale-o.
a) diácono – diaconisa;
b) ermitão – ermitoa;
c) hortelão – hortelã;
d) faisão – faisoa;
e) confrade – confreira.
19. (C. Chagas) Assinale a relação que contém vocábulo que destoa do grupo a que pertence, quanto ao
gênero.
a) Diabete, eclipse, lança-perfume;
b) Telefonema, anátema, estigma;
c) Clarinete, estratagema, diagrama;
d) Áspide, tapa, ágape;
e) Mascote, dó, plasma.
20. (IDR) Assinale o item que preenche a lacuna estabelecendo relação de condição.
―Compete ao Centro de Documentação e Informática, por meio de suas unidades de trabalho: armazenar,
selecionar e divulgar, sistematicamente, informações técnico-administrativas, ________ esses estudos e
análises sejam de interesse para os servidores e os serviços públicos.
a) Se bem que;
b) Ainda que;
c) Desde que;
d) Por menos que;
e) Não obstante.
21. (BB) Escolha a opção que completa corretamente as lacunas do período abaixo.
―A polícia ___________os grevistas e não apareceu quem ____________‖.
a) Detera – os defendessem.
b) Deteram – os defendessem.
c) Detivera – defendessem eles.
d) Detera – lhes defendesse.
e) Detivera – os defendesse.
22. (UnB) Ao transformar o período de orações independentes em períodos compostos por subordinação,
cometeu-se um erro de regência junto ao pronome relativo. Assinale o item em que houve tal erro.
a) Gutenberg nasceu em Mogúncia, e deve-se a ele a invenção da imprensa.
Gutenberg, a quem se deve a invenção da imprensa, nasceu em Mogúncia.
b) O ganso pertence às aves aquáticas, e com suas penas enchem-se travesseiros.
O ganso, cujas pensa se enchem travesseiros, pertence às aves aquáticas.
c) O livro é útil e agradável, e para sua leitura são necessários alguns dias.
O livro, para cuja leitura são necessários alguns dias, é útil e agradável.
d) O navio foi a pique, e os imigrantes partiram nele.
O navio em que partiram os imigrantes foi a pique.
e) A ponte era muita alta, e as embarcações passavam por baixo dos arcos.
A ponte, por baixo de cujos arcos passavam as embarcações, era muito alta.
23. (IDR) Marque a opção em que houve substituição incorreta do termo sublinhado.
a) Daria a eles uma resposta adequada.
Dar-lhes-ia uma resposta adequada.
b) Enviamos o presente aos nossos amigos.
Enviamos-lhes o presente.
c) Mandamos as crianças saírem.
Mandamos-as saírem.
d) Não pediria isso a você em hipótese alguma.
Não lho pediria em hipótese alguma.
24. (CESP/RJ) Das alternativas abaixo, a que apresenta o termo grifado substituído incorretamente por um
pronome pessoal é:
a) Basta seguir o exemplo do Supremo Tribunal.
Basta seguir-lhe.
b) Lembremos o caso da nomeação de parentes...
Lembremo-lo.
c) Os juízes tentaram repor as perdas do plano Bresser.
Os juízes tentaram repô-las.
d) Os magistrados solicitaram recursos extras ao Tesouro.
Os magistrados solicitaram-nos ao Tesouro.
e) O julgamento do mérito da ação talvez acate a acusação do Procurador.
O julgamento do mérito da ação talvez a acate.
25. (IDR) Assinale a opção correta no que diz respeito ao emprego do pronome relativo.
a) Na Cidade do México, os veículos com placas de final par circulam às segundas, quartas e sextas-feiras;
os automóveis que as placas têm final ímpar rodam às terças, quintas e sábados.
b) Contadas todas as horas onde ficam enredados no tráfego, os brasileiros perdem quatro dias a cada ano;
os americanos passam, no mínimo, dois meses por ano esperando o sinal abrir.
c) A proposta do secretário, com a qual, lamentavelmente, o prefeito não concorda, poderia solucionar os
graves problemas de congestionamento no tráfego da cidade.
d) Na reunião do conselho diretor, durante o qual foram discutidas questões fundamentais para a
reestruturação do anel viário da cidade, fechou-se um acordo com os políticos.
e) Tendo em vista a falta de soluções de longo prazo, os técnicos em engenharia de trânsito, cujos
trabalham para a prefeitura de São Paulo, estão apelando para operações de emergência.
26. (CÂMARA DO DEPUTADOS) Aponte a alternativa que contém erro:
a) No choque quebrara-se-lhe a omoplata.
b) A sentinela saiu da guarita e o enxotou sem nenhum dó.
c) Reclinado à sombra de uma árvore, tomou sossegadamente seu champanha.
d) Qual não foi a surpresa do noivo, quando, à pergunta do padre se queria casar-se, sua cônjuge
respondeu solenemente que não!
e) O pedreiro, sacolejando o balde, ia marcando com a cal derramada o seu caminho.
27. (TCE-GO) O plural dos nomes compostos está correto em todas as alternativas, exceto:
a) As cartas-bilhetes foram trazidas pelo pombo-correio;
b) Os vaivéns no navio deixaram-no tonto e enjoado.
c) A polícia queimou os pápeis-moeda falsos.
d) Os recém-nascidos receberam ajuda da comunidade religiosa.
e) As couve-flores foram vendidas a preços exorbitantes.
28. (TJ-CE) Os adjetivos cônscio, seguro, contingente, capaz formam, respectivamente, os substantivos:
a) Consciente, segurança, contingência, capacitado;
b) Consciência, segurança, contingência, capacidade;
c) Consciente, segurado, continente, capacitado;
d) Consciencioso, segurado, continência, capacitivo;
e) Conscrito, segurável, contíguo, capacitância.
29. (F. Objetivo-SP) Indique a alternativa que apresenta erro na formação do plural:
a) Ele gosta de amores-perfeitos e cultiva-os.
b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima semana.
c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.
d) Há muitos beijas-flores no meu quintal.
e) A moda está voltando às saias-balão.
30. (TJ-SP) Indique a alternativa correta no que se refere ao plural dos substantivos compostos casagrande, flor-de-cuba, arco-íris e beija-flor;
a) Casa-grandes, flor-de-cubas, os arco-íris, beijas-flor;
b) Casas-grande, flores-de-cubas, arcos-íris, beija-flores;
c) Casas-grande, as flor-de-cubas, arcos-íris, os beija-flor;
d) Casas-grande, flores-de-cuba, arco-íris, beijas-flores;
e) Casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-íris, beija-flores.
31. (TALCRIM-SP) Os plurais dos vocábulos cônsul, júpiter , capataz, e ardil são, pela ordem:
a) Cônsules, jupíteres, capatazes, ardiles;
b) Cônsules, júpiteres, capatais, ardiles;
c) Cônsuls, júpiteres, capatais, ardis;
d) Cônsules, jupíteres, capatazes, ardis;
e) Cônsuls, júpiteres, capataz, ardis;
32. (TCE-PE) Assinale a alternativa correta:
a) Champanha, estigma e cal são palavras masculinas;
b) Comichão, apêndice e cal são palavras femininas;
c) Cal, hélice, omoplata são palavras femininas;
d) Omoplata champanha e estigma são palavras masculinas;
e) Cal, hélice e champanha são palavras masculinas.
33. (AMAN) Indique a opção que apresenta erro na forma do plural:
a) Sol – sóis; fusível – fusíveis; anão – anões;
b) Peão – peões; guardião – guardiões; caráter – caracteres;
c) Órgão – órgãos; corrimão – corrimãos; mel – méis;
d) Sótão – sótãos; álcool – álcoois; cônsul – cônsules;
e) Faisão – faisães; anil – anis; capitão – capitães.
34. (TCU-DF) A locução adjetiva não corresponde ao adjetivo na opção:
a)Água pluvial= água da chuva;
b)Exageros passionais= exageros da paixão;
c)Atitudes pueris= atitudes de criança;
d)Soro antiofídico= soro contra veneno de serpente;
e)Nariz aquial= nariz de águia.
35. (TSE) Assinale a alternativa em que o superlativo dos adjetivos nobre, pobre, doce, amável, sagrado
estão grafados na forma erudita:
a) Nobérrimo, paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo, sagradíssimo;
b) Nobilíssimo, paupérrimo, dulcíssimo, amabilíssimo,sacratíssimo;
c) Nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo;
d) Nobérrimo, paupérrimo, paupérrimo, docérrimo, amabilíssimo, sagradíssimo;
e) Nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo.
36. (GDF-SEA-IDR) Assinale a alternativa errada quanto ao superlativo erudito:
a) Amargo= amaríssimo; cruel= crudelíssimo;
b) Pobre= paupérrimo; livre= libérrimo;
c) Negro= negríssimo; doce= dulcíssimo;
d) Sagrado= sacratíssimo; bom= boníssimo;
e) Magro= macérrimo; nobre= nobilíssimo.
37. (MACK-SP) Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a locução substantiva e o
adjetivo:
a) Era glacial (de gelo); fratura óssea (de osso).
b) Amizade fraternal (de irmão); luar argênteo (de prata).
c) Bolo farináceo (de farinha); cláusula pétrea (de pedra).
d) Veneno viperino (de vespa); tecido ocular (do olho).
e) Clarão adamantino (de diamante); pasta furfúrea (de farelo).
38. (TJ-BA) Assinale a alternativa em que a concordância nominal esteja correta:
a) A garota calçava sapatos azuis-marinho;
b) As capas de meus cadernos são azul-turquesas;
c) Comprei duas pastas laranjas;
d) Ele tinha olhos verde-claros;
e) Já tive dois carros verde-abacates.
39. (BRB-DF) Marque, dentre as opções abaixo, aquela em que o uso do pronome possessivo não acarreta
ambigüidade.
a) O diretor comentou com a secretária que haviam recusado a sua proposta.
b) Ele foi direto a ela e pediu a sua carteira.
c) O chefe de seção anunciou à funcionária a sua demissão dela.
d) Geraldo, hoje eu vi o João com sua namorada.
e) Sabe da novidade? Luís aceitou a sua nomeação.
40. (CÂMARA DOS DEPUTADOS) Observe os versos de Cecília Meireles:
Desejo uma fotografia/ como esta – o senhor vê? Como esta:/ em que para sempre me ria/ com um vestido
de eterna festa.
O pronome esta, que ocorre repetido no texto, indica:
a) Algo distante da pessoa que fala;
b) Algo próximo à pessoa que fala;
c) Algo distante da pessoa com quem se fala;
d) Algo próximo à pessoa com quem se fala;
e) Algo próximo à pessoa de quem se fala.
41. (TRT-PE) Assinale a alternativa em que a palavra um(a) não se classifica como artigo:
a) Entro numa venda para comprar uns anzóis, quando chega um velho amigo.
b) É uma pena! Mas amanhã já não a poderei ver mais.
c) Você, minha filha, comprou duas canetas quando eu lhe pedi uma.
d) Se as casas eram iguais, por que uma teve preço maior?
e) Era um enorme cajueiro. O maior do mundo!
42. (TALCRIM-RJ) Assinale a alternativa correta quanto ao uso do artigo:
a) O contrabandista veio de bordo e já está na terra.
b) Encontrei-me com um certo indivíduo muito impertinente.
c) Você viu o Paulinho? Quero falar com ele.
d) Trouxemos para a Vossa Excelência os documentos solicitados.
e) O Estados Unidos é um país do primeiro mundo.
43. (PUC-RS) Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados:
a) Ao Papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.
b) Após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo.
c) Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.
d) Antes do artigo dez, vem o artigo nono.
e) O artigo vigésimo segundo foi revogado.
44. (IESP-ES) ―Ana tomava remédio todos os dias em doses quíntuplas‖. Marque a alternativa apropriada
entre as seguintes:
a) ―Quíntuplas‖ é um numeral cardinal.
b) ―Quíntuplas‖ é um advérbio de quantidade.
c) ―Quíntuplas‖ é um numeral multiplicativo.
d) ―Quíntuplas‖ é um numeral fracionário.
e) ―Quíntuplas‖ é um numeral ordinal.
45. (TRE-CE) Assinale a alternativa correta quanto à distinção entre dois tipos de artigo, tomando como
referência as frases: ―O guarda me multou‖ e ―Um guarda me multou‖.
a) A 1ª dá idéia de um guarda qualquer, sem referência anterior;
b) A 2ª dá idéia de um guarda já conhecido, de quem se tratou anteriormente;
c) Ambas dão idéia de um guarda qualquer, sem referência anterior;
d) A 1ª dá idéia de um guarda já conhecido, de quem se tratou anteriormente;
e) Ambas dão idéia de um guarda já conhecido, de quem se tratou anteriormente.
46. (AGENTE-BA) Assinale a alternativa incorreta:
a) À custa de - locução prepositiva
b) Às claras – locução adverbial
c) Em frente – locução adverbial
d) Em frente de - locução adverbial
e) De acordo com – locução prepositiva
47. (PRF) Indique dentre as palavras destacadas abaixo, aquela que pode, com inteira propriedade, ser
classificada como advérbio.
a) Não permaneceria ali muito tempo.
b) Mas enfim cada qual tem lá o seu modo de matar pulgas.
c) Todos, inclusive a mãe da noiva, imploraram ao noivo que fingisse ainda amá-la.
d) Então, mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito?
e) Eu, que era branca e linda, eis-me medonha e escura.
48. (TRF-PE) Indique a alternativa gramaticalmente incorreta.
a) A casa onde moro é excelente.
b) Disseram-me por que chegaram tarde.
c) Aonde está o livro?
d) É bom o colégio donde saímos.
e) O sítio aonde vais é pequeno.
49. (UFMG) Todas as frases, extraídas do uso popular e incorreto da língua, foram devidamente corrigidas,
exceto:
a) Falou-me de Robinson Crusoé, que eu já conhecia as aventuras./ Falou-me de Robinson Crusoé, cujas
aventuras eu já conhecia.
b) Estou namorando o rapaz que a irmã dele é minha colega./ Estou namorando o rapaz cuja irmã é minha
colega.
c) Lá vai o menino que você deu o brinquedo./ Lá vai o menino a quem você deu o brinquedo.
d) É este o homem que estamos precisando de apoio./ É este o homem do qual apoio estamos precisando.
e) Era exatamente a garota que você vive sonhando com ela./ Era exatamente a garota com quem você
vive sonhando.
50. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo.
a) "um drapejado disfarçando a barriga sem cinta."
b) "depois de cumprimentar com a cara fechada aos da casa."
c) "estava era posta à cabeceira."
d) "olharam a aniversariante de modo mais oficial."
e) "alguns abanaram a cabeça em admiração."
51 .Assinale a alternativa em que a palavra meio tem valor de advérbio.
a) Achei-o meio triste, com ar abatido.
b) Não há meio mais fácil de estudar.
c) Só preciso de meio metro dessa renda.
d) Encarou-nos, esboçando um meio riso.
e) Ela caiu bem no meio do jardim.
52. Em todas as alternativas, as palavras sublinhadas são pronomes, EXCETO em:
a) A árvore fendeu-se desde o olho até a raiz em duas metades.
b) Sim! Vós que sabeis compreender tudo que é nobre!
c) Dize: há muito que não me pedes nada.
d) Oh! eu a conservarei ainda: ela me ensinará a expiar a minha falta.
e) Sim, amigo Rui, tinham-lhe deixado apenas as cascas; felizmente para nós.
53. Assinale a alternativa em que o numeral ordinal está inteiramente correto.
a) Em que cidade Pelé fez o seu nogentésimo nonigésimo nono gol?
b) Em que cidade Pelé fez o seu nonigentésimo nonigésimo nono gol?
c) Em que cidade Pelé fez o seu nonagentésimo nonagésimo nono gol?
d) Em que cidade Pelé fez o seu nongentésimo nonagésimo nono gol?
e) Em que cidade Pelé fez o seu nonagentésimo nonigésimo nono gol?
54. Há erro na indicação do plural em
a) capitão-mor, capitães-mores.
b) guarda-mor, guardas-mores.
c) alto-falante, altos-falantes.
d) alto-relevo, altos-relevos.
e) ave-maria, ave-marias.
55. Há erro na pluralização do adjetivo. Assinale.
a) acordos sino-japoneses.
b) reuniões político-religiosas.
c) crianças surdo-mudas.
d) vestidos azul-marinho.
e) crianças recém-nascidas.
56. Há erro na pluralização do nome de cor. Assinale.
a) olhos verdes-claro
b) vestidos rosa
c) blusas amarelo-escuras
d) vestidos amarelo-canário
e) fardas verde-oliva
57. Assinale a opção em que o pronome se tem o mesmo valor reflexivo que em - "Mário ... imaginou que
Alice ia precipitar-se."
a) Já não se viam as estrelas.
b) Nunca mais se falou dele na escola.
c) O chefe reservou-se a escolha de seus auxiliares.
d) Faz-se uma prova preliminar.
e) Foi-se embora ao anoitecer.
58. Assinale a opção em que o pronome lhe apresenta o mesmo valor significativo que possui em - "uma
espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas."
a) A mãe apalpava-lhe o coração.
b) Aconteceu-lhe uma desgraça.
c) Tudo lhe era indiferente.
d) Ao inimigo não lhe nego perdão.
e) Não lhe contei o susto por que passei.
59. Aponte a alternativa em que haja ERRO quanto à flexão do nome composto.
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
60. Assinale a opção em que os dois substantivos compostos formam o plural do mesmo modo que
arranha-céu.
a) abaixo-assinado / cabra-cega
b) alto-falante /cirurgião-dentista
c) bate-boca / quebra-mar
d) beija-flor/ guarda-civil
e) escola-modelo / sempre-viva
61. Assinale a opção na qual ONDE possa substituir EM QUE
a) A partir do momento em que se tornou capital da colônia, esta função tornou-se ainda mais acentuada.
b) As obras em que nos baseamos para realizar o trabalho pertencem ao acervo da Biblioteca.
c) À saída do Museu havia um livro em que ficavam registradas as impressões dos visitantes.
d) Não me lembro bem da época em que ocorrem tais fatos nem da repercussão que tiveram.
e) Tenho saudades do tempo em que a cidade era mais tranqüila e se podia sair sem medo.
62. Em cada frase, a forma verbal sublinhada está classificada CORRETAMENTE, EXCETO em:
a) Dize-me uma coisa, Isabel, por que é que tu não falas ao Sr. Álvaro? (Imperativo Afirmativo)
b) Ah! achais lindo! Inda mais achareis quando souberdes quem o trouxe!... (Futuro do Subjuntivo)
c) Sim, depois do que se passou, é justo que desconfies de nós. (Presente do Subjuntivo)
d) Se tu morresses, a senhora havia de chorar; e Perí quer ver a senhora contente. (Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo)
e) Hoje cairão todos como a árvore da floresta, para não se erguerem mais. (Futuro do Indicativo)
63. Assinale o único exemplo em que ocorre erro no emprego do pronome.
a) Quando ele ordenava, todos o atendiam.
b) Já houve envolvimentos entre ti e mim?
c) Sempre lhe desobedeceu, embora lhe quisesse muito, porque não suportava que ninguém o orientasse.
d) Aquele carro não era para mim, comprá-lo com que dinheiro?
e) Vossas Excelências deverão comparecer com vossas famílias.
64.Se é para _____ dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre _____.
a) mim /eu e tu
b) mim / mim e ti
c) eu/mim e tu
d) eu /mim e ti
e) eu/eu e ti
VERBO
1. DEFINIÇÃO
―Verbo a palavra que, exprimindo ação ou apresentando estado ou mudança de um estado a outro, pode
fazer indicação de pessoa, número, tempo, modo e voz‖. (Evanildo Bechara).
Gritei é uma forma verbal, porque exprime a ação do gritar (referência a voz), exercida pela 1ª pessoa
(referência à pessoa) do singular (referência ao número) do Pretérito Perfeito (referência ao tempo) do
Indicativo (referência ao modo).
2. INTRODUÇÃO AOS VERBOS
2.1 Conjugação
São três:
a) 1ª conjugação: AR (amar)
b) 2ª conjugação: ER (vender)
c) 3ª conjugação: IR (partir)
NOTA: O verbo ―pôr‖ não constitui conjugação à parte, sendo considerado como verbo irregular da 2ª
conjugação, pois no português arcaico era POER.
2.2 Número e Pessoas
a) singular
eu tu
ele ou ela
b) Plural
nós
vós
eles ou elas
TEMPOS
São três:
a) PRESENTE:
Em referência a fatos que se passam no momento em que falamos:
Eu estudo.
b) PRETÉRITO:
Em referência a fatos que se passam anteriormente ao momento em que falamos:
Eu estudei (perfeito).
Eu estudava (imperfeito).
Eu estudara (mais que perfeito).
c) FUTURO:
Em referência a fatos que se situam posteriormente ao momento em que falamos:
Eu estudarei (futuro do presente).
Eu estudaria (futuro do pretérito).
2.4 Modos
São três:
a) INDICATIVO:
É o modo do real, não havendo dúvida ou hipótese.
Ex.: Eu estudei os verbos...
b) SUBJUNTIVO:
É o modo do possível, do provável, da suposição, do desejo, etc.
Ex.: Se eu estudasse os verbos...
Espero que você aprenda os verbos!
c) IMPERATIVO:
É o modo da ordem, da súplica, do pedido, etc.
Ex.: ―– Aprenda os verbos‖.
2.5. Formas Nominais
São três:
a) gerúndio
b) particípio
c) infinitivo impessoal / pessoal
As três formas acima (gerúndio, particípio e infinitivo), além de seu valor verbal, podem desempenhar
função de nomes.
Exemplos:
a) O cantar do pássaro alegrava a mata. (= infinitivo com valor de substantivo).
b) Homem sabido. (= particípio com valor de adjetivo).
c) Amanhecendo, sairemos. (= gerúndio com valor de advérbio).
2.6. Vozes do Verbo
São três:
a) VOZ ATIVA:
Forma verbal que indica que o sujeito pratica a ação verbal (= sujeito agente).
Ex.: O aluno faz a lição.
Eu guardei a dinheiro.
b) VOZ PASSIVA:
Forma verbal que indica que o sujeito sofre a ação verbal (= sujeito paciente).
Ex.: A lição é feita pelo aluno.
O dinheiro foi guardado por mim.
A voz passiva pode ser analítica (formada com um dos verbos: ser, estar, ficar) ou pronominal (formada com
o verbo acompanhado do pronome se, que se chama, no caso, pronome apassivador):
a) O dinheiro foi guardado (voz passiva analítica)
b) Guardou-se o dinheiro (voz passiva pronominal)
c) VOZ REFLEXIVA:
Forma verbal que indica que o sujeito, ao mesmo tempo, age e recebe a ação verbal. (= sujeito agente e
paciente).
Ex.: Eu me lavei.
Tu te feriste com a faca.
NOTA: A voz reflexiva, no plural, pode assumir sentido de reciprocidade:
Eles se cumprimentam friamente.
2.7. Elementos da Estrutura dos Verbos
a) RADICAL:
É o elemento do verbo que encerra a sua significação.
É encontrado retirando-se as terminações ar, er, ir do infinitivo.
Exemplos:
LUTar
VIVer
SORRir
b) DESINÊNCIAS:
São formas mínimas que se juntam ao radical para constituir as flexões do verbo, indicando pessoa e número, tempo e modo.
Exemplos:
b1) VA caracteriza o Imperfeito do Indicativo da 1ª conjugação:
ama - VA
b2) SSE caracteriza o Imperfeito do Subjuntivo:
ama - SSE vende - SSE parti - SSE
b3) RA caracteriza o Mais que Perfeito do Indicativo:
ama - RA vende - RA parti - RA
b4) MOS caracteriza a 1ª pessoa do plural.
vive - MOS
b5) O caracteriza a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo.
Fal – O viv – O
c) VOGALTEMÁTICA:
É aquela que indica a conjugação:
1ª A:
am — A — r
2ª E:
vend — E — r
3ª I:
part — I — r
d) TEMA:
É a soma da vogal temática com o radical:
AMA-r VENDE-r PARTI-r
e) FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS:
e1) Forma Rizotônica: é a forma verbal em que a sílaba tônica se acha dentro do radical:
am | o
vend |o part |o
am | as
vend |es part |es
am | a
vend |e part |e
am | am
vend |em
part |em
e2) Forma Arrizotônica: é a forma verbal em que a sílaba tônica se acha fora do radical:
am amos
vend emos part imos
am ais
vend eis part is
2.8 CIassificação dos Verbos
a) VERBO REGULAR:
Não apresenta nenhuma modificação no radical ou na desinência.
Exemplo:
amar andar
vender escorrer
partir dividir
b) VERBO IRREGULAR:
É aquele que apresenta modificação no radical ou na flexão:
b1) variação no radical:
Ouvir ouço
dizer digo
perder perco
b2) variação na flexão:
estar estou
ver vejo
vir venho
Obs: Os verbos irregulares se dividem em fracos e fortes.
Fracos são aqueles em que o radical do infinitivo não se modifica no pretérito:
Fingir eu fingi
pedir eu pedi
Fortes são aqueles em que o radical do infinitivo se modifica no pretérito perfeito:
saber eu soube
fazer eu fiz
querer eu quis
c) VERBO ANÔMALO:
É o verbo irregular que apresenta, na sua conjugação, radicais primários diferentes: ser e ir.
Exemplo:
eu sou eu vou
tu és eu ia
eu era eu fui
eu fui eu irei
eu serei que vós vades
d) VERBO DEFECTIVO:
E aquele que, durante a sua conjugação, não apresenta todas as formas:
Exemplo: colorir, demolir, precaver-se, reaver, etc.
e) VERBO ABUNDANTE:
E aquele que apresenta duas ou três formas de igual valor e função:
aceitar aceitado e aceito
haver vós haveis e vós heis
nascer nascido, nato e nado
e1) Outros Verbos Abundantes:
eu me comprazi/eu me comprouve; tu construis/tu constróis; ele requer/ele requere.
entregar entregado e entregue expressar expressado e expresso findar findado e findo frigir frigido e frito
tingir tingido e tinto
NOTA: Emprega-se a forma regular (soltado, entregado), com as auxiliares TER e HAVER e a forma
irregular (solto, entregue), com os verbos SER, ESTAR, FICAR:
Eu havia soltado o pássaro.
O pássaro foi solto por mim.
f) VERBO AUXILIAR:
E aquele que ajuda na conjugação dos tempos compostos. na formação da passiva e de outras locuções
verbais:
Eu tenho estudado.
Eu havia escondido.
Ele é amado.
Eles ficaram cercados.
Eu tenho de partir.
Ela tornará a escrever.
Ele deixou de sair.
3. CONJUGAÇÃO DOS VERBOS
3.1 1ª Etapa – Presentes
Do Presente do Indicativo (1ª pessoa do singular) retira-se o Presente do Subjuntivo da seguinte maneira:
a) COM VERBOS DA 1ª CONJUGAÇÃO:
troca-se O por E
Exs.: eu amo que eu ame.
b) COM VERBOS DA 2ª e 3ª CONJUGAÇÕES:
troca-se O por A
Exs.:
eu vendo que eu venda
eu parto que eu parta
Daí teremos:
a) PRESENTE DO INDICATIVO:
amo, amas, ama, amamos, amais, amam
– O + E =
b) PRESENTE DO SUBJUNTIVO:
ame, ames, ame, amemos. ameis, amem
c) PRESENTE DO INDICATIVO
vendo vendes vende
vendemos vendeis vendem
parto partes parte
partimos partis partem
– O + A =
d) PRESENTE DO SUBJUNTIVO:
venda vendas venda
vendamos vendais vendam
parta partas parta
partamos
partais partam
NOTA: Poder-se-á fazer isso quando o verbo terminar por ―O‖ na 1ª pessoa do singular do Presente do
Indicativo.
Fogem ao esquema acima:
eu sou que eu seja
eu estou que eu esteja
eu vou que eu vá
eu dou que eu dê
eu hei que eu haja
eu sei que eu saiba
3.2 2ª Etapa – Imperativo
a) IMPERATIVO AFIRMATIVO:
É derivado dos dois presentes, da seguinte maneira:
a) do Presente do Indicativo são retiradas as 2as pessoas (tu e vós) menos o S.
b) do Presente do Subjuntivo são retiradas as demais pessoas (você nós, vocês), sem qualquer alteração.
a) FORMAÇÃO DO IMPERATIVO AFIRMATIVO
Pres. Indicativo Pres. Subjuntivo
eu vou que eu vá
tu vais
que tu vás
ele vai
que ele vá
nós vamos que nós vamos
vós ides
que vós vades
eles vão que eles vão
Imperativo Afirmativo
— vamos (nós)
vai (tu) ide (vós)
vá (você) vão (vocês)
NOTA: o único verbo que constitui exceção para essa derivação, no Imperativo Afirmativo: SER.
Sê tu (e não: é tu)
Sede vós (e não: soi vós).
b) IMPERATIVO NEGATIVO
É retirado do Presente do Subjuntivo, sem qualquer alteração:
Pres. do Subjuntivo Imp. Negativo
que eu faça
—
que tu faças
não faças tu
que ele faça
não faça você
que nós façamos
não façamos nós
que vós façais
não façais vós
que eles façam não façam vocês
3.3 3ª Etapa – Pretérito Perfeito e seus Derivados
a) PRETÉRITO PERFEITO:
(3ª pessoa do plural)
— M = pret. + que perfeito
— AM = futuro do subjuntivo
– RAM
imperf. do subjuntivo
+ SSE
Exemplificando:
Pretérito Perfeito
eu vim
tu vieste ELES VIERAM
ele veio nós viemos vós vieste
eles vieram
b) – M = PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO
eu viera
tu vieras
ele viera
nós viéramos
vós viéreis
eles vieram
c) – AM = FUTURO DO SUBJUNTIVO
quando eu vier
quando tu vieres
quando ele vier
quando nós viermos
quando vós vierdes
quando eles vierem
d) – RAM + SSE = IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
se eu viesse
se tu viesses
se ele viesse
se nós viéssemos
se vós viésseis
se eles viessem
3.4 4ª Etapa – Imperfeito do Indicativo
amar – AR + VA = amava
vender – ER + IA = vendia
partir – IR + IA = partia
eu amava tu amavas ele amava nós amávamos vós amáveis eles amavam
eu vendia
tu vendias
ele vendia
nós vendíamos
vós vendíeis
eles vendiam
eu partia
tu partias
ele partia
nós partíamos
vós partíeis
eles partiam
NOTA: fazem exceção:
ser eu era
ter eu tinha
vir eu vinha
pôr eu punha
3.5 5ª Etapa – Futuros
a) FUTURO DO PRESENTE:
Infinitivo + Presente do Indicativo do verbo HAVER.
VIR + (h) ei
=
virei
(h) ás
=
virás
(h) á
=
virá
(hav) emos
=
viremos
(hav) eis
=
vireis
(h) ão
=
virão
b) FUTURO DO PRETÉRITO:
Infinitivo + Pretérito imperfeito do Indicativo do verbo HAVER.
(h) ia
=
viria (h) ias =
virias (h) ia
=
viria (h) íamos
=
(h) íeis
=
viríeis (h) iam
=
viriam
NOTA: Os verbos: FAZER, DIZER,TRAZER, perdem o ―ZE‖ no futuro do presente e do pretérito.
FAZER eu farei, eu faria
DIZER eu direi, eu diria
TRAZER eu trarei, eu traria
3.6 6ª Etapa – Formas Nominais
a) GERÚNDIO:
AMAR
+ ndo = amando
V E N D E R + ndo = vendendo
P A R T I R + ndo = partindo
b) PARTICÍPIO:
A M A R + ado = amado
V E N D E R + ido = vendido
P A R T I R + ido = partido
c) INFINITIVO:
a) Impessoal: amar, dar, vender, ler, partir, ir...
b) Pessoal:
amar eu amarmos nós
amares tu amardes vós
amar ele amarem eles
viríamos
4. EXEMPLO DA CONJUGAÇÃO DE UM VERBO ATRAVÉS DAS SEIS ETAPAS
Presente do Indicativo
vejo vês
vê vemos vedes vêem
Presente do Subjuntivo
veja
vejas
veja
vejamos
vejais
vejam
Imperativo Afirmativo vê tu veja você vejamos nós vede vós vejam vocês
Imperativo Negativo
não vejas tu
não veja você
não vejamos nós
não vejais vós
não vejam vocês
Pretérito Perfeito vi viste viu vimos vistes
viram
Pretérito + que Perfeito
vira
viras
vira
víramos
víreis
viram
Gerúndio: vendo
Particípio: visto (irregular)
Infinitivo Impessoal: ver
Infinitivo Pessoal: ver eu
veres tu
ver ele
vermos nós
verdes vós
verem eles
5. CONJUGAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS
5.1 Esquema básico: TER / HAVER + PARTICÍPIO
Perfeito
® auxiliar no Presente
Mais-que-perfeito ® auxiliar no Imperfeito
Futuro
® auxiliar no Futuro
Infinitivo
® auxiliar no Infinitivo
Gerúndio
® auxiliar no Gerúndio
a) Pretérito Perfeito do Indicativo Composto
tenho visto
tens visto
tem visto
temos visto
tendes visto
têm visto
b) Pret. mais-que-perfeito do Indic. Composto
tinha visto
tinhas visto
tinha visto
tínhamos visto
tínheis visto
tinham visto
c) Pretérito Perfeito do Subjuntivo Composto
tenha visto tenhamos visto tenhas visto tenhais visto tenha visto tenham visto
d) Pret. mais que Perf. do Subj. Composto
tivesse visto tivéssemos visto
tivesses visto tivésseis visto
tivesse visto tivessem visto
e) Futuro do Presente Composto
terei visto teremos visto
terás visto tereis visto
terá visto terão visto
f) Futuro do Pretérito Composto
teria visto teríamos visto
terias visto teríeis visto
teria visto teriam visto
g) Futuro do Subjuntivo Composto
tiver visto tivermos visto
tiveres visto tiverdes visto
tiver visto tiverem visto
h) Infinitivo Composto
ter visto
i) Gerúndio Composto
tendo visto
6. VERBOS DIGNOS DE NOTA
6.1 Terminados em – EAR – IAR
a) –EAR
Recebem a intercalação de um I (entre e e ar) nas formas rizotônicas 1ª, 2ª, 3ª, do singular e 3ª do plural do
Indicativo Presente, Subjuntivo Presente e Imperativo.
Exemplo:
NOMEAR:
Indicat. pres.: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam. Pret. imperf.: nomeava,
nomeavas, etc. Pret. perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, etc. Mais-que-perfeito: nomeara, nomearas, etc.
Subj. pres.: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem. Imperf. subj.: nomeasse,
nomeasses, etc. Imperat. afirm.: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem. Imperat. negat.: não
nomeies, não nomeie, não nomeemos, não nomeeis, não nomeiem.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, bloquear, hastear, granjear, lisonjear, arrear, passear,
semear, afear, recrear, enlear, etc.
b) – IAR
Podem ser distribuídos em dois grupos:
1°) os irregulares, que recebem a intercalação de um e nas formas rizotônicas. São apenas cinco: Mediar,
Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar.
Exemplo:
a) ODIAR:
Indicat. pres.: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam. Pret. imperf.: odiava, odiavas, odiava,
odiávamos, odiáveis, odiavam. Pret. perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc. Mais-que-perfeito: odiara, odiaras,
odiara, etc. Subj. pres.: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem. Imperf. subj.: odiasse, odiasses,
odiasse, etc. Imperat. afirm.: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem. Imperat. neg.: não odeies, não odiemos,
não odiei, não odieis, não odeiem, etc.
Assim se conjugam os outros quatro acima.
2°) os demais verbos terminados em IAR que são regulares.
Exemplo:
b) COPIAR:
Indicat. pres.: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam. Pret. imperf.: copiava, copiavas. Pret.
perfeito: copiei, copiaste, copiou... Subj. pres.: copie, copies, copie, etc.
6.2. Aguar:
(O primeiro a é tônico nas formas rizotônicas).
Indicat. pres.: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam. Pret. perf.: agüei, aguaste, aguou, etc.
Subj.pres.: ágüe, águes, ágüe, agüemos, agueis, águem. Assim se conjugam: desaguar, enxaguar e
minguar.
6.3. Averiguar (= Verificar)
(u tônico nas formas rizotônicas)
Indicat. pres.: averigua, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam. Perfeito: averigüei,
averiguaste, averiguou. etc. Imperat. afirm.: averigua, averigúe, averigüemos. averiguai, averigúem. Subj.
pres.: averigúe, averigúes. averigúe, averigüemos, averigüeis, averigúem.
Assim serão conjugados apaniguar (= proteger) e apaziguar.
6.4 Mobiliar:
Indic. pres.: mobília, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam. Subj. pres.: mobílie, mobílies,
mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobíliem, etc.
Verbo regular na escrita e irregular na pronuncia (o i grifado é tônico), pois dos verbos em –iliar é o único
que assim se pronuncia. Os outros têm a sílaba tônica –li: auxilio, reconcilio, filio, retalio. Há ainda as
variantes mobilhar e mobilar (esta última, forma lusitana), que fazem respectivamente mobilho, mobilhas, e
mobilo, mobilas, etc.
6.5 Caber:
Ind. Pres. Caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem. Perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos,
coubestes, couberam. Mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam.
Subj. Pres.: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam. Imper.: coubesse, coubesses, coubesse,
coubéssemos, coubésseis, coubessem. Futuro.: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes,
couberem. Ger.: cabendo. Part.: cabido. Não se usa no imperativo.
6.6 Crer:
Indic. pres.: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem. Pret. Perf. Cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.
Pres. do subj.: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam. Imperf.: cresse, cresses, cresse, etc. Imperat.
afirm. Crê, creia, creiamos, crede, creiam. Particípio: crido.
Assim se conjuga o composto descrer.
6.7 Dizer:
Indic. pres.: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem. Pret. perf.: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes,
disseram. Pret. mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera, etc. Futuro do pres.: direi, dirás, dirá, etc.
Imperat. afirm.: dize, diga, digamos, dizei, digam. Particípio: dito
Assim se conjugam os compostos bendizer, condizer, contradizer, maldizer, predizer.
6.8 Pôr (antigo poer):
Indic. pres.: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem, Pret. impert.: punha, punhas, punha, púnhamos,
púnheis, punham. Pret. perf.: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. Mais-que-perfeito: pusera, puseras,
etc. Fut. do pres.: poria, porias, etc. Imperat. afirm.: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham. Subj. pres.:ponha,
ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. Imperf.: pusesse, pusesses, pusesse, etc. Fut.: puser, puseres, etc.
Infinitivo pessoal.: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Gerúndio: pondo. Particípio: posto
6.9 Prover
Indic. pres.: provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem. Imperf.: provia, provias, etc. Perf.: provi,
proveste, proveu, provemos provestes, proveram. Mais-que-perfeito: provera, proveras, etc. Fut. do pres.:
proverei, proverás, etc. Fut. do pret.: proveria, proverias, etc. Imperat.: provê, proveja, provejamos, provede,
provejam. Subj. pres.: proveja, provejas, etc. Imperf.: provesse, provesses, etc. Fut.: prover, proveres,
prover, provermos, proverdes, proverem. Gerúndio: provendo. Particípio: provido.
Este verbo, que significa abastecer, munir, providenciar, conjuga-se como ver nos dois presentes e nos dois
imperativos. Nas demais formas é regular como vender.
6.10 Querer:
Indic. pres.: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Imperf.: queria, querias, etc. Perf.: quis,
quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram. M.q.p.: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis,
quiseram. Fut. pres.: quererei, quererás, quererá, etc. Fut. pret.: quereria, quererias, etc. Imperat. afirm.:
queira você, queiram vocês, querei vós. Imperat. afirm.: queira você, queiram vocês, querei vós. Imperat.
neg.: não queiram. Subj. pres.: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. Imperf.: quisesse,
quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis. Fut.: quiser, quiseres, quiser, quisermos quiserdes,
quiserem. Inf. Pessoal: querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem. Gerúndio: querendo.
Particípio: querido.
6.11 Valer:
Indic. pres.: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem. Subj. pres.: valha, valhas, valha, valhamos, valhais,
valham. Nos outros tempos é regular. Assim se conjuga equivaler
6.12 Ver:
Indic. pres.: vejo, vês, vê, vemos vedes, vêem. Perf.: vi, viste, viu vimos, vistes, viram.Impert.: vê, veja,
vejamos, vede, vejam. Imperf. Subj.: visse, visses, etc. Fut.: vir, vires, vir virmos, virdes, virem. Particípio:
visto.
Como ver se conjugam: prever, antever, entrever, rever.
6.13 Agredir
Indic. pres.: agrido, agrides, agride agredimos, agredis, agridem. Subj. pres.: agrida, agridas, agrida,
agridamos, agridais, agridam. Imper. Afirm.: agride, agrida, agridamos, agredi, agridam, etc.
São conjugados assim: progredir, regredir, transgredir, denegrir, prevenir, cerzir.
6.14 Frigir:
Indic. pres.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem. Subj. pres.: frija, frijas, frija, etc. Imperat. afirm.: frege,
frija, frijamos, frigi, frijam. Particípio: frito. Regular no resto.
6.15 Ir:
Indic. pres.: vou, vais, vai, vamos, ides, vão. Pret. impert.: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam. Pret. perf.: fui, foste,
foi, fomos, fostes, foram. Mais-que-perfeito: fora, foras, fora, etc. Fut. pres.: irei, irás, irá, etc. Fut. pret.: iria,
irias, iria, etc. Imperat. afirm.: vai, vá, vamos, ide, vão. Subj. pres.: vá, vás, vá, vamos, vades, vão. Imperf.:
fosse, fosses, etc. Fut.: for, fores, for, formos, fordes, forem. Gerúndio: indo. Particípio: ido
6.16 Rir
Indic. pres.: rio, ris, ri, rimos, rides, riem. Imperat. afirm.: ri, ria, riamos, ride, riam. Regular no resto da
conjugação.
6.17 Vir:
Indic. pres.: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pret. perf.: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Maisque-perfeito: viera, vieras, etc. Imperat. afirm.: vem, venha, venhamos, vinde, venham. Subj. pres.: venha,
venhas, etc. Imperf.: viesse, viesses, etc. Fut.: vier, vieres, vier, etc. Gerúndio: vindo. Particípio: vindo.
Seguem este modelo: contravir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se, advir.
7. VERBOS DEFECTIVOS
Defectivo é o verbo que não tem conjugação completa. Quase sempre faltam aos verbos defectivos
as formas rizotônicas. Quando necessário, podemos suprir a lacuna de um verbo defectivo por outro que lhe
é sinônimo: Eu me acautelo (para precaver-se); eu me redimo (para remir); etc.
Para facilitar o estudo da conjugação dos verbos defectivos, vamos considerá-los em grupos:
7.1 Os que não se conjugam nas pessoas em que depois do radical aparecem A ou O (chamado
grupo –EI):
ABOLIR, ATURDIR, BANIR, BRANDIR, BRAMIR, CARPIR, COLORIR, (colorar é regular), DELIR,
DEMOLIR, DELINQUIR, ESCULPIR, ESPARGIR, EXPLODIR, EXTORQUIR, EXAURIR, FREMIR, (ou
FREMER), FULGIR, FEDER, HAURIR, IMPINGIR, JUNGIR, RETORQUIR, RUIR, SOER, VIGER.
Portanto, tais verbos não são empregados no subjuntivo presente, nem no imperativo negativo; apresentam
no imperativo afirmativo as segundas pessoas do singular e plural, além das defectibilidades de certos
tempos e modos.
7.2 Os que se conjugam unicamente nas formas em que depois do radical vem I:
ADIR, AGUERRIR, COMBALIR, EMOLIR, EMPEDERNIR, ESBAFORIR, ESPAVORIR, EXANIR, FALIR,
FLORIR, FORNIR, GARRIR, REMIR, (redimir é regular). RENHIR, RESSARCIR, RESSEQUIR, REVELIR,
TRANSIR, VAGIR.
7.3 Outros Defectivos:
a) ADEQUAR, ANTIQUAR – conjugam-se:
Indic. pres.: adequamos, adequais, Imperat. afirm.: adequai.
Portanto, faltam-lhe, além das formas omitidas acima, o imperativo negativo e o presente do subjuntivo. No
restante, conjugam-se normalmente
B) GRASSAR é conjugado apenas na 3ª pessoa do singular e do plural
c) PRECAVER-SE: - só é conjugado nas formas arrizotônicas e não tem subjuntivo presente.Pode ser
substituído pelos sinônimos ACAUTELAR-SE, PREVENIR-SE ou PRECATAR-SE.
Não é composto de ver nem de vir; são, portanto, errôneas as formas: precavejo, precaveja, precavejas,
precavenho, precavenha, precavenhas, precavês, precavém, precavéns, etc.
Usa-se mais freqüentemente como verbo pronominal.
Veja sua conjugação.
Indic. pres.: nós nos precavemos, vós vos precaveis. Pret. Imperf.: eu me precavia, tu te precavias, etc.
Pret. perf.: eu me precavi, tu te precaveste, ele se precaveu, nós nos precavemos, vós vos precavestes,
eles se precaveram. Imperat. afirm.: precavei-vos. Subj. pres.: não há. Imperf.: eu me precavesse, tu te
precavesses, etc. Fut.: eu me precaver, tu te precaveres, ele se precaver, etc. Particípio: precavido.
d) REAVER – conjuga-se por haver, mas só possui as formas em que há a letra V: reavemos, reaveis,
reouvesse, reouver, reavendo, reavido, etc. Cuidado com formas errôneas como: reavi, reaveste, reaviu,
reaveu. Lembre-se de que é derivado de haver: logo, estas formas errôneas correspondem às corretas,
reouve, reouveste, reouve.
8. VERBOS ABUNDANTES
Abundantes são verbos que apresentam duas ou três formas de igual valor e função; constróis, ou
construis nascido, nato e nado.
Em geral, a abundância de formas ocorre no particípio.
No português moderno, os principais verbos que assim se comportam são:
8.1 Comprazer e Descomprazer:
Pret. perf. indic.: comprazeste, comprazeu, etc. ou comprouve, comprouveste, comprouve, etc. Mais-queperfeito: comprazera, comprazeras, comprazera, etc. ou comprouvera, comprouveras, comprouvera, etc.
Imperf. Subj.: comprazesse, comprazesses, comprazesse, etc. ou comprouvesse, comprouvesses,
comprouvesse, etc. Fut.: comprazer, comprazeres, comprazer, etc. ou comprouver, comprouveres,
comprouver, etc.
8.2 Construir, reconstruir e destruir:
Indic. pres.: construo, construis (ou constróis), construi (ou constrói), construímos, construís, construem (ou
constroem). Impert. afirm.: construi tu (constrói).
Obs.: instruir e obstruir só possuem a conjugação regular.
8.3 Entupir e Desentupir:
Indic. pres.: entupo, entopes, (ou entupes), entope (ou entupe), entupimos, entupis, entopem (ou entupem).
Imperat. afirm.: entope (ou entupe), entupi.
8.4 Haver:
Indic. pres.: hei, hás, há, havemos, (ou hemos), haveis (ou heis), hão..
8.5 Querer e Requerer:
Indic. pres.: quero, queres, quer, (ou quere), queremos, quereis, querem, requeiro, requeres, requer (ou
requere), requeremos, requereis, requerem..
Obs.: Requerer é regular nas formas do pretérito e do futuro.
8.6 Verbos em – Zer e Zir, no Imperativo:
Têm dupla forma na 2ª pessoa do singular: faz ou faze tu; aduz ou aduze tu.
8.7 Relação de alguns verbos abundantes no particípio.
INFINITO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
aceitar aceitado aceito, aceite
assentar assentado assente
entregar entregado entregue
enxugar enxugado enxuto
expressar expressado expresso
expulsar expulsado expulso
fartar fartado farto
findar findado findo
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
isentar isentado isento
juntar juntado junto
limpar limpado limpo
matar matado morto
pagar pagado pago
INFINITO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
salvar salvado salvo
acender acendido aceso
desenvolver desenvolvido desenvolto
eleger elegido eleito
envolver envolvido envolto
prender prendido preso
suspender suspendido suspenso
erigir erigido ereto
exprimir exprimido expresso
extinguir extinguido extinto
frigir frigido frito
imprimir imprimido impresso
inserir inserido inserto
tingir tingido tinto
OBSERVAÇÃO:
As formas pagado, gastado e ganhado hoje estão em desuso.
*Em geral emprega-se a forma regular, que fica invariável com os auxiliares TER e HAVER, na voz ativa, e
a forma irregular, que se flexiona em gênero e número, com os auxiliares SER, ESTAR, FICAR, na voz
passiva.
Nós temos elegido políticos sérios.
Políticos sérios têm sido eleitos por nós.
9. CONJUGAÇÃO DE UM VERBO COM OS PRONOMES OBLÍQUOS O, A, OS, AS
Na conjugação de um verbo com os pronomes oblíquos: o, a, os, as, devem-se observar as
seguintes alterações:
a) Quando o verbo termina em vogal, associam-se-lhe os pronomes enclíticos o, a, os, as, sem nenhuma
alteração.
faço-o, denfendei-a, vende-os, deu-as.
b) Quando a forma verbal termina em r, s ou z, desaparecem estas consoantes e os pronomes assumem as
formas lo, la, los, las.
multar + o: multá-lo
dissestes + a: disseste-la
fez + os: fê-los
c) Se o verbo termina por uma sílaba nasal (am, em, ão, õe) os pronomes tomam as formas no, na, nos nas.
Trazem-no, dão-na, faziam-nos, põe-nas.
d) No futuro do indicativo os pronomes não podem ser pospostos ao verbo: vendê-lo-ei (ou o venderei) e
jamais: venderei-o; vendê-la-ia (ou a venderia) e jamais: venderia-a.
e) Nos tempos do subj. os pronomes átonos são em geral antepostos.
f) Após particípio não se usam os pronomes átonos.
Exemplo:
Verbo fazer conjugado com o pronome oblíquo O.
Indic. pres.: faço-o, faze-lo, fá-lo, fazemo-lo, fazei-lo, fazem-no. Imperf.: fazia-o, fazia-lo, fazia-o, fazíamo-lo,
fazíei-lo, faziam-no, Perf.: fi-lo, fizeste-o, fê-lo, fizemo-lo, fizeste-lo, fizeram-no. Fut. pres.: fá-lo-ei, fa-lo-ás,
fa-lo-á, fa-lo-emos, fa-lo-eis, fa-lo-ão. Fut. pret.: fá-lo-ia, fá-lo-ias, fá-lo-ia, fá-lo-íamos, fá-lo-íeis, fá-lo-iam.
Imperat. afirm.: faze-o, faça-o, façamo-lo, fazei-o, façam-no. Imperat. neg.: não o faças, não o faça, não o
façamos, não o façais, não o façam. Subj. pres.: que o faça, que o faças, que o faça, que o façamos, que o
façais, que o façam. Imperf.: se o fizesse, se o fizesses, se o fizesse, se o fizéssemos, se o fizésseis, se o
fizessem. Fut.: se o fizer, se o fizeres, se o fizer, se o fizermos, se o fizerdes, se o fizerem. Inf. Impessoal.
Fazê-lo, Inf. Pessoal: fazê-lo, fazere-lo, fazê-lo, fazermo-lo, fazerde-lo, fazerem-no. Gerúndio: fazendo-o
Tempos compostos: tenho-o feito, tinha-o feito, tê-lo-ei feito, tê-lo-ia feito, que o tenha feito, se o tivesse
feito, se o tiver feito, tendo-o feito .
10. EMPREGO DO INFINTIVO
O infinitivo pode ser pessoal empregado com sujeito ou impessoal, empregado sem sujeito.
Quando a intenção do emissor está centrada exclusivamente no fato verbal, sem atribuí-la a qualquer
sujeito, o infinitivo se diz impessoal.
Exs.:
É proibido fumar.
Viver é lutar.
O infinitivo é pessoal quando o fato verbal é atribuído a um sujeito, o qual pode ser exclusivo ou comum a
outro verbo que apareça no período.
É bom resolveres (tu) o problema.
Trabalhai (vós) para conseguirdes (vós) sucesso.
Pode, porém, o infinitivo pessoal aparecer sem flexão. Nesse caso o seu sujeito será determinado através
do contexto.
Exs.:
a) Luta, meu amigo, para venceres os obstáculos.
b) Luta, meu amigo, para vencer os obstáculos.
No exemplo a o sujeito tu de venceres é percebido através da desinência –ES: trata-se de infinitivo
pessoal com flexão.
No exemplo b o sujeito tu de vencer é determinado através do contexto, tomando-se por base o primeiro
verbo (luta): trata-se de infinitivo pessoal sem flexão.
Para o emprego do infinitivo há muitas dificuldades, por não se conseguir sistematizar formas únicas, mas
existem alguns critérios que podem ajudar a resolver o problema.
10.1 Infinitivo sem flexão: Usado nos seguintes casos:
a) com verbos impessoais.
É possível haver dificuldades.
Chover demais prejudica as férias.
b) com verbos empregados impessoalmente, ainda que normalmente pessoais.
Recordar é viver.
É necessário lutar.
c) quando funciona no lugar do gerúndio. Neste caso aparece precedido de preposição A.
Vi os torcedores a brigar.
Vi os torcedores brigando.
d) quando é verbo principal de uma locução verbal:
Todos podiam resistir.
Vão existir problemas.
e) empregado com valor imperativo:
Dobrar à esquerda!
Meia-volta, volver!
f) empregado como complemento nominal de um adjetivo. Tem valor passivo e aparece preposicionado de:
Trabalhos difíceis de executar.
Problemas impossíveis de resolver.
g) quando funciona como oração objetiva direta tendo como sujeito um pronome pessoal átono. Aparece
subordinado aos verbos: mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, sentir.
Deixei-os sair mais cedo.
Senti-as estremecer diante do perigo.
10.2 Infinitivo com Flexão: Usado nos seguintes casos:
a) OBRIGATORIAMENTE: Quando tem sujeito diferente do sujeito da oração principal.
Ela afirmava-me serem belas as praias de Vitória.
O sujeito de afirmava é ela, enquanto que o de serem é as praias de Vitória.
b) A flexão é facultativa:
– quando, funcionando como oração objetiva direta subordinada aos verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir
e sentir, tem como sujeito um substantivo:
Os jovens ouviram os mestres explicarem o problema.
Os jovens ouviram os mestres explicar o problema.
– quando relacionados com parecer: esse verbo fica no singular e o infinitivo no plural ou vice-versa.
Os olhos pareciam brilhar de alegria.
Os olhos parecia brilharem de alegria.
VERBO
EXERCÍCIOS
1. Não existe liberdade sem independência financeira. Ter um currículo turbinado ou uma rede de
relacionamento em dia pode perder o valor se você não tiver também uma reserva financeira para
sobreviver num momento de transição de emprego.
Reescreva o trecho – ―Se você não tiver também uma reserva financeira para sobreviver‖-, substituindo
1) o conectivo ―SE‖ por:
a) caso: __________________________________________________________________________
b) a menos que:____________________________________________________________________
2) o verbo ter pelo verbo DISPOR ________________________________________________________
2.
a)
b)
c)
d)
e)
Complete as frases seguintes com a forma apropriada do verbo entre parênteses:
Os lusíadas __________ indispensáveis a qualquer biblioteca. (ser)
Cerca de dezesseis alunos ___________ á recuperação. (faltar)
Você, seu amigo e eu ___________ bem cedo. (partir)
Não _____________________ muitas fazendas aqui. (deve existir)
_________________ grandes festas neste salão no século passado. (acontecer)
3.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
(G1) Coloque a forma verbal nos parênteses:
Quando eu (____________) o anão, ficarei tranqüilo. (ver – fut. subj.)
Se nós não (____________) acalma, cairemos no mar. (manter – fut. subj.)
Eu (_______________) heróis, se valesse a pena. (ser – fut. pret. ind.)
Eles não (______________) a balsa no encaixe. (pôr – pret. perf. ind.)
Talvez todos (_____________) nesta balsa. (caber – pres. subj.)
Cada um (_____________) sua opinião sobre o naufrágio. (dizer – fut. pres .ind.)
este lugar; eu não (______________) nada . (ver – pres. ind)
(_______________) a ele a responsabilidade de resgatar os amigos. (caber – pret. mais que perf. ind.)
Todos (_____________) Alexandre nosso representando. (nomear - pres. ind)
4. (G1) complete com os verbos entre parênteses na forma solicitada:
1) Eu não _________ a que vocês __________ essas revistas.
(OPOR-SE: presente do indicativo; LER: presente do subjuntivo)
5.
1. ―ACELERE, feminista!‖
2. ―Talvez a saída SEJA fazer como um amigo meu.‖
3. ―Na menor brecadinha, SERIA uma batida na certa.‖
4. ―... deixe que todas PASSAGEM a conta inteira.‖
Os verbos em maiúsculo estão, respectivamente, no:
a) imperativo afirmativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo; pretérito imperfeito do
subjuntivo;
b) imperativo afirmativo; imperativo afirmativo; futuro do presente do indicativo; presente do indicativo;
c) presente do indicativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo, pretérito imperfeito do
subjuntivo;
d) presente do subjuntivo; imperativo afirmativo; futuro do pretérito do indicativo; pretérito imperfeito do
subjuntivo;
e) imperativo afirmativo; presente do subjuntivo; futuro do pretérito do indicativo; presente do indicativo;
6.
(RICARDO, Cassiano. ―Seleta em prosa e verso‖. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.)
(UERJ 99) ―Tirai o índio do seu ninho e apresentai-o d‘improviso em Paris...‖ (texto II – ref.1)
Se fosse reescrito este trecho substituindo ―apresentai-o‖ por ―exibam-no‖, primeira forma verbal seria:
a) Tirem
b) Tiram
c) Tirarem
d) Tirassem
7. Assinale a alternativa em que os verbos derivados de ―por‖, ―ter‖ e ―ver‖, em destaque nas frases acima,
estão corretamente conjugados.
a) Não aprovaríamos o orçamento, a menos que eles se dispusessem a negociar, que se detivessem na
análise do assunto e revissem os custos.
b) Quando se propuserem a ajudar-nos, não se ativerem a detalhes e reverem sua atitude, haverá acordo.
c) Os que previram seu insucesso não se ateram ao potencial do rapaz; tampouco supuseram que ele
resistiria.
d) mantiveram a justiça porque recomporam os fatos e reviram as provas.
e) O contrato será renovado se preverem problemas mas não se indisporem com os inquilinos e manterem
calma.
8.
Primeira tirinha
(Estúdio Maurício de Sousa. Bidu Especial. São Paulo: Abril, 1973)
Segunda tirinha
(Estúdio Maurício de Sousa. Bidu Especial. São Paulo: Abril, 1973)
Na frase ―Cada um tem o time que quiser‖, da segunda trilha, o verbo QUERER se apresenta conjugado:
a)
no infinitivo impessoal.
b)
no modo subjuntivo, tempo pretérito imperfeito, primeira pessoa do singular.
c)
no modo indicativo, tempo futuro do pretérito, terceira pessoa do singular.
d)
no modo subjuntivo, tempo futuro, terceira pessoa do singular.
e)
no infinitivo pessoal, terceira pessoa do singular.
9. (UNIFESP 2006) A expressão ―vide verso‖ significa ―ver no verso‖. Se optasse pela forma verbal
conjugada e mantivesse a forma de tratamento que dá ao doutor José Aparecido, o poeta escreveria
a)
Vê no verso meu endereço, aparece quando quiser.
b)
Vejas no verso meu endereço, aparece quando quiser.
c)
Vês no verso meu endereço, apareça quando quiser.
d)
Vejai no verso meu endereço, aparecei quando quiser.
e)
Veja no verso meu endereço, apareça quando quiser.
10.
O Estado de S. Paulo, 14/4/2001.
Observando os três primeiros quadrinhos,
pode-se perceber que, no diálogo entre Calvin
e sua mãe, uma das formas verbais não condiz
com as demais. Trata-se de:
a)
Ides.
b)
Tenhais.
c)
Julgais.
d)
Pretendes.
e)
Segui.
11. Assinale a alternativa em que NÃO HAJA ERRO de conjugação de verbo.
a) Em pouco mais de três meses, a lesão do jogador poderá estar curada, se ele manter adequadamente
o tratamento.
b) O moderador interviu assim que ficou a par dos problemas técnicos.
c) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos de descer a serra antes do sol nascer.
d) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o que ele merecia; mas se
deteu, esperando oportunidade melhor.
e) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o momento de todos o aplaudirmos.
12. O tratamento utilizado no diálogo a seguir corresponde à segunda pessoa do plural. As marcas desse
tratamento aparecem destacadas.
- VOSSO passado VOS condena. SAÍ daqui antes que eu VOS mate.
- ESPERAI, que já VOS mostro. Não TENTEIS amedrontar-me!...
Se utilizarmos o tratamento correspondente à segunda pessoa do singular, obteremos, respectivamente:
a) SEU passado O condena. SAIA daqui antes que eu O mate./ ESPERE, que já LHE mostro. Não TENTE
amedrontar-me!...
b) TEU passado TE condena. SAI daqui antes que eu TE mate./ ESPERA, que já TE mostro. Não TENTE
amedrontar-me!
c) TEU passado TE condena. SAI daqui antes que eu TE mate./ ESPERA, que eu já TE mostro. Não
TENTES amedrontar-me!...
d) SEU passado LHE condena. SAIA daqui antes que eu O mate./ ESPERE, que já TE mostro. Não TENTE
amedrontar-me.
e) TEU passado O condena. SAÍ daqui antes que eu TE mate./ ESPERA, que já TE mostro. Não TENTES
amedrontar-me.
13. (FGV) Examine o termo destacado nos períodos a seguir:
- O frasco maior CONTÉM mais líquido, é evidente.
- O relato da testemunha não CONDIZ com os fatos apontados pelos peritos.
- Ele não INTERVIRÁ na questão entre árbitro e o atleta.
Assinale a alternativa correta a respeito desses verbos, colocados no pretérito perfeito, mas mantida a
pessoa gramatical.
a)
Conteve, condiria, interveio.
b)
Conteu, condizia, interveio.
c)
Conteve, condisse, interveio.
d)
Conteu, condisse, interviu.
e)
Continha, condizeu, interviu.
14. A flexão da forma verbal em destaque está correta na frase:
a)
Os advogados INTERPORAM novo recurso.
b)
não admito que as razões dele se SOBREPONHEM às minhas.
c)
O árbitro INTERVIU e acabou com as provocações.
d)
Se você o REVIR, será que o reconhecerá?
e)
Teríamos reclamado, se os guardas o DETESSEM.
15. (UFAL 99) Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da
frase apresentada.
... – se bons resultados para os alunos que... a prova.
a)
Antevêem – refazerem
b)
Antevêm – refizerem
c)
Anteveem – refazerem
d)
Anteveem – refizerem
e)
Antevêem – refizerem
16. (UFPE 2000) Preencha as lacunas com um dos verbos entre parênteses.
1) O advogado ______________ na questão entre posseiros e índios. (interviu – interveio)
2) Os deputados ______________ -se por causa de questão indianista. (desavieram – desaveram)
3) O que seria dos latifundiários se os índios __________ suas terras? (reouvessem – reavessem)
4) Os ecologistas _____________ com bons olhos as causas indígenas. (vêem – vêm)
A sequência correta é:
a)
interviu / desavieram / reouvessem / vêem
b)
interviu / desaveram / reouvessem / vêm
c)
interveio / desavieram / reavessem / vêm
d)
interveio / desaveram / reavessem / vêem
e)
interveio / desavieram / reouvessem / vêem
17.
O carcereiro usa o tratamento ―você‖ ao se
dirigir a Hagar. Se ele usasse o tratamento ―tu‖,
a alternativa correta seria:
a)
Alegre-te – não te mete – nem tente.
b)
Alegra-te – não te meta – nem tenta.
c)
Alegre-te – não te meta – nem tenta.
d)
Alegras-te – não te metas – nem tentas.
e)
Alegra-te – não te metas – nem tentes.
18.
Observe o pronome de tratamento usado por Mafalda para dirigir-se a Manolito. Imagine o diálogo que
antecedeu aquele registrado nos quadrinhos e analise os possíveis enunciados da professora se
empregasse, de acordo com a norma culta, o mesmo pronome de tratamento que Mafalda usa para falar
com Manolito.
I. Manolito, vais indo bem em Matemática.
II. Fico espantada com a tua rapidez para fazer contas.
III. Eu lhe dou os parabéns pelo seu desempenho em Matemática.
Está(ão) correta(s)
a)
apenas I.
b)
apenas II.
c)
apenas III.
d)
apenas I e II.
e)
apenas II e III.
19. Leia o trecho do poema ―Aniversário‖ do heterônimo Álvaro de Campos.
Pára, meu coração!
Não pense! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
(Álvaro de Campos)
Se as formas verbais ―Para‖, ―pense‖ e ―Deixa‖ fossem transpostas para a 2ª pessoa do plural (vós),
teríamos:
a)
Pare, não pense, deixe;
b)
Parei, não penseis, deixais;
c)
Parai, não penseis, deixai;
d)
Pares, não penses, deixes;
e)
Parais, não pensei, deixais.
20. Na oração ―... que a ficção previa até um pouco tempo atrás‖ (ref.16), mudando-se a forma verbal para
o mais-que-perfeito do indicativo, ficará
a)
que a ficção previera
b)
que a ficção previra
c)
que a ficção prevera
d)
que a ficção previu
GABARITO
1.
a) a.1. ―Caso você não tenha também uma reserva financeira para sobreviver‖.
a.2. ―A menos que você tenha uma reserva financeira para sobreviver.
b) ―Se você não dispuser também de uma reserva financeira para sobreviver‖.
2.
a) são
b) faltaram
c) partiremos
d) devem existir
e) aconteceram
3.
a) vir
b) mantivermos
c) seria
d) puseram
e) caibam
f) dirá
g) vejo
h) coubera
i) dizia
j) nomeiam
4.
1) me ponho - leiam
2) previram – haveria
5. [A]
6. [A]
7. [A]
8. [D]
9. [E]
10. [D]
11. [C]
12. [C]
13.
14.
15.
16.
[C]
[D]
[E]
[E]
17.
18.
19.
20.
[E]
[C]
[C]
[B]
REGÊNCIA
REGÊNCIA NOMINAL
Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência. A escolha desta ou daquela
preposição deve, no entanto, subordinar-se aos ditames da clareza e da eufonia e adequar-se aos
diferentes matizes do pensamento.
Exemplo:
Amor
Tenha amor a seus livros.
Os pais incutiram-lhe o amor do estudo.
"Com efeito, o amor do próximo era um obstáculo grave nova instituição." (M.A).
"Mas amor pelos moços diviniza outrora a mocidade." (R.B.)
"Marcela morria de amores pelo Xavier." (M.A.)
Obs.: Modernamente preferem-se as preposições a e por: Amor ao trabalho, amor à pátria, amor pelas
coisas da natureza, etc.
REGÊNCIA VERBAL
Um falante de nossa língua, de nível médio de escolaridade, comete poucas impropriedades quanto à
regência. De uma maneira geral, as regências dos verbos da língua já estão registradas em nossa mente –
e de maneira correta. Há, porém, alguns verbos cujas regências cultas destoam daquelas usadas na língua
coloquial. Vamos estudá-los, após rememorar alguns princípios:
1. O (A, OS, AS) jamais funciona como objeto indireto; substitui, geralmente, objeto direto, isto é,
complemento de verbo que não exige preposição.
LHE (LHES), por sua vez, nunca funciona como objeto direto; substitui sempre termos preposicionados.
Obs: O verbo rege objetos e adjuntos adverbiais, pedindo ou não preposição para esses termos.
Observe a estrutura abaixo:
Li e gostei dos seus poemas.
Nessa estrutura ―os seus poemas‖ sofre a ação dos verbos ―ler‖ e ―gostar‖, ou seja, é objeto comum a esses
verbos, mas será que dois ou mais verbos podem possuir objeto em comum? Nesse caso não, pois o verbo
―ler‖ é transitivo direto e ―gostar‖ transitivo indireto. Logo a primeira condição para que dois ou mais verbos
possuam algo em comum é possuírem a mesma transitividade.
O correto é: Li os seus poemas e gostei deles.
Na estrutura: Ela entrou e saiu da sala, os verbos ―entrar‖ e ―sair‖ possuem a mesma transitividade, porém
não podem possuir um advérbio em comum , pois regem preposições diferentes, ou seja, quem entra entra
―em‖ algum lugar, mas quem sai sai ―de‖ algum lugar.
Conclusão; Para que dois ou mais verbos possuam algo em comum(objetos ou adjuntos adverbiais),
devem ter a mesma transitividade e a mesma regência.
Ex.: Queremos e merecemos respeito.
Verbos que alteram o significado conforme alteram a regência:
Aspirar
No sentido de sorver o ar é transitivo direto.
Ex. A menina aspirou o perfume da flor.
No sentido de almejar é transitivo indireto com a preposição a.
Ex. A menina aspirou ao perfume.
Assistir
No sentido de ver, presenciar é transitivo indireto com a preposição a.
Ex: Assistimos ao espetáculo.
No sentido de caber direitos é transitivo indireto com a preposição a.
Ex: Este direito não assiste ao aluno.
No sentido de dar assistência, ajudar e transitivo direto.
Ex: O médico assistiu o doente.
No sentido de morar, residir, constrói-se com a preposição em (é intransitivo).
Ex: O aluno assiste em Vila Velha
Visar
No sentido de mirar, apontar arma é transitivo direto.
Ex. O atirador visou a alvo.
No sentido de passar o visto é transitivo direto.
Ex. O gerente visou o cheque.
No sentido de objetivar, ter em vista é transitivo indireto com a preposição a.
Ex. Eu visava ao cargo.
Obs. Os verbos: aspirar no sentido de almejar; assistir no sentido de presenciar; visar no sentido de ter em
vista, apesar de transitivos indiretos, não aceitam os pronomes oblíquos átonos lhe, Ihes como
complementos. Aceitam apenas as formas tônicas: a ele, a ela, a eles, a elas.
Custar
No sentido de ser custoso, ser difícil tem sempre como sujeito o nome referente à coisa e é transitivo
indireto com preposição a.
OBS.: Ninguém pode custar nada, ou seja, é sempre algo que nos custa.
Ex.: Custei a compreender esse fato.(Incorreto)
Custou-me ou custou a mim compreender o fato.
No sentido de acarretar é transitivo direto e indireto.
Ex. A tarefa custou-nos muita dedicação.
Proceder
No sentido de ter procedência ter fundamento é intransitivo.
Ex: Sua argumentação não procede.
No sentido de provir de é intransitivo e rege a preposição de antes do ajunto adverbial.
Ex. Nós procedíamos do bairro.
No sentido de dar andamento, dar seqüência é transitivo indireto (rege a preposição a).
Ex. Nós procedemos aos exames.
Querer
No sentido de desejar é transitivo direto.
Ex. Ela queria, o carro.
No sentido de estimar, gostar é transitivo indireto com a preposição a.
Ex. Eu quero aos meus amigos.
Os verbos simpatizar, antipatizar, confraternizar e sobressair não são verbos pronominais.
São, portanto, Incorretas tais construções:
Simpatizei-me com ela.
Os jogadores se confraternizaram.
O técnico se antipatizou com os jogadores.
Eu me sobressaí perante a turma.
OBS: Ocorre verbo pronominal quando o verbo e pronome que o acompanha remetem para a mesma
pessoa.
Logo o correto é : Simpatizei com ela./ Os jogadores confraternizaram./O técnico antipatizou com os
jogadores./Eu sobressaí perante a turma.
È interessante observar que a estrutura ―Simpatizou-me a idéia‖ é gramaticalmente correta, pois nesse
caso o verbo ―simpatizar‖ não foi conjugado pronominalmente, já que esse verbo está conjugado na terceira
pessoa e o pronome que o acompanha (me) remete para a primeira.
Preferir
Na norma culta, esse verbo é transitivo direto e indireto e constrói-se assim:
Ocorre como objeto direto à coisa mais apreciada e como objeto indireto à coisa menos apreciada
precedida da preposição a. Esse verbo não admite nenhuma expressão de reforço tais como: que, do que,
mais, menos, cinco vezes...
Ex. Todos preferiam o elogio à censura.
Esquecer / lembrar
Quando não pronominais, são transitivos diretos.
Ex. Esqueci a data.
Quando pronominais, são transitivos indiretos e regem a preposição ―de‖.
Ex: Esqueci-me da data.
Obs. Verbo pronominal é aquele que vem acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa que o
sujeito, sem função de objeto.
A mesma construção que vale para o verbo esquecer aplica-se ao verbo lembrar.
Ex. Lembrei o endereço. ou Lembrei-me do endereço.
Obs. O verbo lembrar pode ocorrer também como transitivo direto e indireto. Ex. Lembro a vocês o
compromisso
assumido
ou
Lembro
vocês
do
compromisso
assumido.
OI
OD
OD
OI
Os verbos Pagar, Pedir, Perdoar tem como objeto direto uma coisa e como indireto uma pessoa
Ex. Pagamos o salário ao empregado. Jesus perdoou ao pecador.
Os verbos Comunicar, Cientificar, Avisar, Informar e Notificar são verbos transitivos diretos e indiretos,
sendo que admitem a inversão dos objetos.
Ex. Informamos o prefeito do desastre.
Pessoa (o. d.) coisa (o.i)
Informamos ao prefeito o desastre.
Pessoa (o. i.) coisa (o. d.)
Chegar / Ir (Indicam movimento)
Uso popular: Ontem, cheguei em casa (incorreto).
Uso culto: Ontem, cheguei a casa (correto).
Como se vê, com o verbo chegar , usa-se a preposição a e não em antes do lugar para o qual se dirige a
ação.
Obs: A preposição em depois do verbo chegar indica o lugar dentro do qual ocorre a ação.
Ex. Chegou no avião.
Com o verbo ir ocorre a mesma construção.
Ex. O menino foi no jogo com o pai.(incorreto) O menino foi ao jogo com o pai.(correto)
Morar,residir, situar-se
Esses verbos indicam uma situação estática, por isso para eles a preposição ―A‖ significa ―FORA‖, já a
preposição ―EM‖ significa ―DENTRO‖.
Ex. Esta cidade situa-se no sul do Espírito Santo. (Cidade desse estado)
Esta cidade situa-se ao sul do Espírito Santo. (Cidade próxima a esse estado)
Partimos de coisas possíveis, ou seja, uma cidade pode pertencer a um estado ou pode situar-se próxima a
ele.Agora vejamos a estrutura abaixo:
O imóvel situa-se à Rua São Paulo.
Essa estrutura é incorreta ,pois quem a profere quer informar que esse imóvel está nessa rua (São Paulo),
mas usou a preposição inadequada. O correto é: O imóvel situa-se na Rua São Paulo.
Obedecer / desobedecer
São verbos transitivos indiretos com a reposição a.
Ex. Não obedeço ao regulamento.
Regência verbal + PRONOMES RELATIVOS
Exemplo:
Ela é a mulher. Eu amo a mulher
Ela é a mulher QUE eu amo.
Dividimos assim: Ela é a mulher / que eu amo.
Vamos analisar a oração ―que eu amo‖.
O verbo amar é VTD. Não pede preposição.
O ―que‖ é um pronome relativo (= mulher).
O ―que‖ é o objeto direto do verbo amar.
Nota todo pronome relativo SEMPRE se refere a um nome da oração anterior.
Veja como as coisas podem mudar:
1. Ela é a mulher que eu amo?
2. Que mulher eu amo?
Na oração 1 acima o ―que‖ é um pronome relativo.
Na oração 2 acima o ―que‖ é um pronome interrogativo.
Agora veja esta frase:
Ela é mulher de que eu gosto.
O que mudou?
Mudou verbo. O verbo gostar é VTI e pede a preposição DE.
Então seria errado falar ―ela é a mulher que eu gosto‖?
Sim. Totalmente errado. Pois gosto é um verbo VTI e precisa da preposição DE.
QUE, QUAL → servem para tudo.
QUEM → serve para pessoas.
ONDE → serve para indicar lugar → Onde = em que lugar
CUJA → serve para indicar posse.
Vejamos exemplos:
Ela é mulher DE QUE eu gosto.
Ela é a mulher DA QUAL eu gosto.
Ela é a mulher DE QUEM eu gosto.
O porquê da preposição DE nas orações acima?
O verbo gostar é VTI e pede a preposição DE.
Ela é a mulher QUE eu amo.
Ela é a mulher A QUAL eu amo.
Ela é a mulher A QUEM eu amo.
Por que sem preposição nas orações acima?
O Verbo amar é VTD e não pede preposição.
O qual, a qual, os quais, as quais
Os pronomes relativos sempre com o ARTIGO.
Está é a bicicleta a qual me referi. (errado)
Por que a oração está errada? Não foi colocado o artigo antes da palavra ―qual‖?
Ora, o verbo referi é VTI e pede a preposição ―A‖. Se o verbo pede uma preposição e o pronome QUAL
pede um artigo teremos um caso de crase.
Então como fica a frase correta?
Fica assim:
Está é a bicicleta Á QUAL me referi.
Quem
Sempre que o pronome relativo QUEM for um complemento verbal que vir preposicionado.
Se o verbo VTI usa a preposição exigida pelo verbo.
Se o verbo for VTD usa a preposição ―A‖.
Exemplos:
Ela é a mulher A QUEM eu amo.
Veja o verbo é VTD não precisando de nenhuma preposição. Porém, o pronome relativo QUEM é um
complemento verbal (objeto direto) e obrigatoriamente deverá vir preposicionado. Aqui, por ser o verbo VTD,
usa-se a preposição ―A‖. Temos caso de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
Ela é a mulher DE QUEM eu gosto.
O verbo gostar é VTI e pede a preposição DE. O pronome relativo QUEM é objeto indireto, logo deverá vir
preposicionado.
Cujo
O pronome CUJO indica posse.
O pronome CUJO sempre concorda com a coisa possuída.
Exemplo:
Ela é a mulher CUJO sorriso me encantou.
Dividimos assim:
Ela é a mulher / CUJO sorriso me encantou.
O verbo encantar é VTD e não pede preposição.
De quem é o sorriso? É da mulher.
Então qual é a coisa possuída? O sorriso.
Sorriso é uma palavra que está no singular. CUJO deverá ficar no singular também.
Esta é a fazenda CUJOS pastos secaram.
Dividimos assim:
Esta é a fazenda / CUJOS pastos secaram.
O verbo secar VI e não pede preposição.
De quem são os pastos? São da fazenda.
Então qual é a coisa possuída? Os pastos.
Então CUJO vai concordar com qual palavra? Pastos
Pastos é uma palavra que está no plural. CUJO deverá ir para o plural também.
Esta é a casa CUJA as paredes foram pintadas por Da Vinci. (errado)
Qual erro?
Depois de CUJO nunca haverá artigo.
Está é a casa CUJAS paredes foram pintadas por Da Vinci. CORRETO
Para memorizar.
Está é a casa │CUJAS paredes foram pintadas do Da Vinci.
A locução verbal ―foram pintadas‖ é VTD. Não pede preposição.
De quem são as paredes? São da casa
Então qual é a coisa possuída? Paredes.
―Paredes‖ é uma feminina que estão no plural. CUJO transforma-se em CUJA e vai para o plural
concordando com paredes.
Onde
Onde = lugar (em que lugar)
Onde = usado com ATÉ → no sentido de limite: até onde.
Onde = NUNCA pode expressar conclusão.
Exemplo:
Marido e mulher depois de alguns meses vivendo em harmonia passam a ter idéias diferentes, ONDE
acontecem os divórcios. (errado)
Qual o erro na oração acima?
O erro é que a palavra ONDE está expressando conclusão.
Então como ficaria a frase correta?
Marido e mulher depois de alguns meses vivendo em harmonia passam a ter idéias diferentes, QUANDO
acontecem os divórcios.
Outro exemplo:
Até ONDE sabemos o deputado não é mais candidato.
Na oração acima ONDE está expressando um limite.
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS.
1. Assinale a alternativa que completa corretamente as três frases que seguem:
I. O século __________ vivemos tem trazido grandes transformações ao planeta.
II. O ministro reafirma a informação __________ o presidente se referiu um seu último pronunciamento.
III. Todos lamentavam a morte do editor __________ publicou obras importantes do Modernismo.
a) onde – a que – que
b) onde – a que – cujo
c) em que – que – o cujo
d) em que – a que – que e
e) em que – de que – o qual
2. Assinale a alternativa cuja seqüência completa CORRETAMENTE as frases abaixo:
A lei __________ se referiu já foi revogada.
Os problemas __________ se lembraram era muito grandes.
O cargo __________ aspiras é muito importante.
O filme __________ gostou foi premiado.
O jogo __________ assistimos foi movimentado.
a) que, que, que, que, que
b) a que, de que, que, que, a que
c) que, de que, que, de que, que
d) a que, de que, a que, de que, a que
e) a que, que, que, que, a que
3. Empregue o pronome relativo acompanhado ou não de preposição.
1. Fez o anúncio __________ todos asiavam.
2. Avise-me __________ consistirá o concurso.
3. Existe um decreto __________ devemos obedecer.
4. Foi bom o jogo __________ assisti.
5. Era nobre o objetivo __________ visava.
Na ordem, foram empregados:
a) que – em que – ao qual – que – a que
b) que – de que – a quem – que – em que
c) do qual – por que – a que – ao qual – de que
d) pelo qual – de que – cujo – que – que
e) pelo qual – de que – ao qual – a que – a que
4. (ESAF) Lê – se no Manual de Redação da Presidência da República:
Onde
Como pronome relativo significa ―em que (lugar)‖: A cidade onde nasceu.
Com base nessa definição e nas demais funções morfossintáticas que o termo onde pode desempenhar,
aponte a frase a qual o emprego de tal termo está incorreto.
a) (...) o método utilizado pode afastar os auditores, pela falta de estrutura, da descoberta dos grandes
esquemas de corrupção. Porque ele está muito voltado a atender à grande novidades inventada por Waldir
Pires, os sorteios dos municípios. Ali, faz-se uma auditoria por amostragem, onde pegar um grande
esquema dependerá, como tudo num sorteio, da sorte.
b) O Portal de Transparência é até onde a CGU conseguiu tornar possível a sua idéia de tornar público o
Sistema Integrado de Administração Financeira (...).
c) ―Cultura‖ é um termo quase infinitamente maleável. (...). Sua origem ou, pelo menos, até onde se possa
saber, seu sentido primitivo parece se relacionar com a criação, descoberta ou invenção da agricultura (...).
d) Passada a euforia da libertação, muitos ex-escravos regressaram a suas fazendas, ou a fazendas
vizinhas; para retomar o trabalho por baixo salário. Dezenas de anos após a abolição, os descendentes de
escravos ainda viviam, nas fazendas, uma vida pouco melhor do que a de seus antepassados escravos.
Outros dirigiam-se às cidades, como Rio de Janeiro, onde foram engrossar a grande parcela da população
sem emprego fixo.
e) onde havia dinamismo econômico provocado pela expansão do café, como em São Paulo, os novos
empregos, tanto na agricultura como na industria, foram ocupados por milhares de imigrantes italianos que
o governo atraía para o pais. Lá, os ex-esravos foram expulsos ou relegados aos trabalhos mais brutos e
mais ml pagos.
5. Dadas as orações:
A- O acesso à internet permite a produção de reportagens mais completas.
B- Os dados da internet podem ser consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.
Subordinando-se a segunda oração à primeira, e empregando-se o pronome relativo, o período resultante
será:
a) O acesso à internet, cujos dados podem ser consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das
redações, permite a produção de reportagens mais completas.
b) Os dados da internet, cujo acesso permite a produção de reportagens mais completas, podem ser
consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.
c) De dentro das redações, os jornalistas norte-americanos podem consultar a internet, cujo acesso permite
a produção de reportagens mais completas.
d) O acesso à internet, que pode ser consultada por jornalistas norte-americanos de dentro das redações,
permite a produção de reportagens mais completas.
e) O acesso à internet permite a produção de reportagens ais completas, pois seus dados podem ser
consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.
6.
I) Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem.
II) O acervo de personagens da mitologia conta com doze figuras principais.
Assinale a alternativa que apresenta a transformação adequada das orações I e II em um único período, por
meio do emprego de pronome relativo.
a) Os personagens da mitologia, que o acervo conta com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, têm
em si os traços gerais do homem.
b) O acervo de personagens da mitologia conta com doze figuras principais cujas são arquétipos, isto é, têm
em si os traços do homem.
Artigo: França – Português
c) Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é, têm em si os traços do homem e seu acervo conta
com doze figuras principais.
d) Os personagens da mitologia, cujo acerto conta com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, têm
em si os traços gerais do homem.
e) O acervo de personagens da mitologia que conta com doze figuras principais, que são arquétipos, isto é,
têm em si os traços gerais do homem.
7. Assinale a alternativa que integra corretamente as frases I, II, e III num único período:
I. Havia apenas provas escritas e orais.
II. A prova escrita já dava nervosismo.
III. da prova oral muitos nunca se recuperaram.
a) Havia provas escritas, às quais já davam nervosismo, e orais, nas quais muitos nunca se recuperaram.
b) Havia provas escritas, a que já davam nervosismo, e orais, de que muitos nunca se recuperaram.
c) Havia provas escritas, às quais já davam nervosismo, e orais, das quais muitos nunca se recuperaram.
d) Havia provas escritas, que já davam nervosismo, e orais, das quais muitos nunca se recuperaram.
e) Havia provas escritas, em que davam nervosismo, e orais, que muitos nunca se recuperaram.
8. Aponte a alternativa que supõe o emprego correto do pronome relativo nestes períodos:
I. O desafio __________ me refiro é tão ambicioso quando os adjetivos ___________ você visa.
II. As promessas __________ ela duvidava não eram piores do que os sonhos __________ ela sempre se
lembrava.
III. Já foi terminada a casa __________ ficaremos alojados, é o lugar __________ iremos no começo das
férias.
IV. O desagradável incidente __________ você aludiu hoje, à tarde, revela-nos segredos __________
nunca tivemos acesso.
V. Os alunos __________ notas estão devem pedir perdão à professora __________ desobedeceram.
a) I. a que, a que, II. que, que, III. onde, aonde, IV. de que, que. V. dos quais, a quem;
b) I. que, que, II. que, a que, III. aonde, onde, IV. que, de que, V. cujas, que;
c) I. a que, a que, II. de que, de que, III. onde, aonde, IV. a que, a que, V. cujas, a quem;
d) I. que, que, II. de que, que, III. aonde, aonde, IV. a que, aos quais, V. dos quais, que;
e) de que, que, II. que, com que, III. aonde, onde, IV. que, a que, V. cujas, a quem;
9. Assinale a opção e que a transformação das orações em um único período sintático mantém a correção
gramatical e respeita seus sentidos originais.
a) Na nossa rotina diária, cada vez mais a informação digitalizada é predominante. Ela se apresenta durante
o lazer ou durante o trabalho. / Na nossa rotina diária, a informação digitalizada, se apresenta durante o
lazer ou o trabalho, é cada vez mais predominante.
b) Vivemos a era da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). O setor de TIC avança
rapidamente todos os dias. / Vivemos a era da Tecnologia da Informação e da comunicação (TIC), cujo
setor avança todos os dias.
c) Ficamos horas frente à tela do computador. Ora digitamos textos, ora pesquisamos informações nos
milhares de sítios cada vez mais especializados e completos. / Diante dos milhares de sítios cada vez mais
especializados e completos, ficamos horas em frente da tela do computador ora digitando testos, ora
pesquisando informações.
d) São prontamente obtidas informações on-line das mais importantes revistas científicas especializadas.
Também o são informações dos principais jornais e revistas. / Obtém-se informações online das mais
importantes revistas cientificas especializadas, além de prontamente dos principais jornais e revistas.
e) Começa a fazer parte da nossa vida o chamado comércio eletrônico. Ele nos permite adquirir os mais
variados produtos com o mínimo esforço. / O chamado comércio eletrônico começa a fazer parte de nossa
vida, do qual nos permite adquirir os mais variados produtos com o mínimo esforço.
(Trechos adaptados de Wanderley de Souza. Tecnologia da Informação e Comunicação. Jornal do Brasil, 2 de abril, 2005)
CRASE
A crase é a fusão da preposição A com:
 o artigo definido feminino A(S).
 com o A inicial dos pronomes AQUELE(s), AQUELA(s), AQUILO.
 com o demonstrativo A(S).
 com o A inicial do pronome relativo A QUAL(AS QUAIS).
Essa fusão de duas vogais iguais é representada por um A com acento grave (À).
Observação importante: Se a crase ocorre entre a preposição A e um artigo feminino A, deve-se usar o
bom-senso: em algumas poucas exceções, apenas os SUBSTANTIVOS ou PALAVRAS
SUBSTANTIVADAS admitem o ARTIGO. Portanto, somente antes delas ocorrerá a Crase.
Não há, então, ocorrência de Crase antes de verbos ou palavras masculinas, nem diante de termos que não
são regidos por preposição.
Observe:
―Assisti A encenação daquela peça‖.
Temos ou não a fusão entre preposição e artigo? Repare bem que o verbo assistir (no sentido de
presenciar, ver) exige a preposição A. A palavra substantiva celebração admite o artigo A. Teremos,
portanto, a fusão dos dois elementos. A construção correta será:
―Assisti À encenação daquela peça‖.
Existem algumas regrinhas que resolvem, com certa praticidade, as dúvidas relativas à ocorrência da
CRASE:
1. Se possível for, substitua a palavra feminina por uma masculina, de valor semelhante, sem mudar a
noção do termo regente. Assim você terá a certeza de presença da preposição e do artigo.
Veja:
―Assisti à encenação daquela peça‖.
―Assisti ao capítulo daquela telenovela‖.
(a – preposição; o – artigo)
2. Você pode substituir, também o artigo definido por um indefinido.
Veja:
―Assisti a uma encenação daquela peça‖.
(a – preposição; uma – art. indefinido)
3. Nas construções do tipo ―Irei à cidade‖, pode-se trocar o verbo que indica movimento por outro que
indique localização:
Veja:
Fui à cidade (prep. + art.)
Vim da cidade (prep. + art.)
Estive na cidade (prep. + art.)
Mas: Fui a Salvador (somente preposição)
Vim de Salvador (somente preposição)
Estive em Salvador (somente preposição)
OCORRE CRASE
1. Com Locuções adverbiais femininas que indicam tempo (à tarde, à noite, à tardinha etc), lugar (à cidade,
à fazenda, à praia etc.) ou modo (às pressas, à toa etc.)
Ex.: Ele foi à cidade, às pressas, e voltou à fazenda pela manhã.
Obs.: 1. Entre locuções adverbiais de tempo, estão incluídas as expressões que indicam HORAS:
Ex.: Às oito ela me recebeu avidamente.
Obs.: 2. Nas locuções de INSTRUMENTO não se usa a crase.
Ex.: Ele foi ferido a baioneta.
Obs.: 3. Locuções prepositivas (À + palavra feminina + de)
Ex.: Eles estavam à espera de socorro.
Obs.: 4. Locuções conjuntivas (À + palavra feminina + que):
Ex.: À medida que anoitece, o problema se vai...
2. Com os demonstrativos AQUELE, AQUELA, AQUILO:
Ex.: Ele se dirigiu àquele lugar.
Ele se refere sempre àquela garota.
NÃO OCORRE CRASE
1. Antes de nomes masculinos, já que antes deles não pode aparecer o artigo A.
Ex.: Todos apreciavam andar a pé.
2. Antes de verbos, já que não admitem artigo A.
Ex.: Quando o vimos, começamos a correr.
3. Antes de pronomes pessoais, porque antes deles não se usa artigo A.
Ex.: Todos os homens se referiam a ela.
Todos se referiam a Vossa Majestade.
Mas: os tratamentos dona, senhora e senhorita, por admitirem artigo, admitirão, também, a crase.
Ex.: Todos se referiam à senhora.
4. Antes dos pronomes ESTA(s), QUEM e CUJA(s), porque antes deles não ocorre artigo A.
Ex.: Nunca obedeceremos a esta lei.
Aquele é a mulher a quem dei carinho.
Encontrei a mulher a cujas filhas dei pensão.
5. Quando o A(sem s) aparece antes de uma palavra no plural.
Ex.: Ele se referiu a pessoas diferentes.
6. Nas expressões repetidas:
Ex.: Eles se encontraram face a face.
7. Antes de nomes de cidades sem especificação, pois tais nomes, em geral, não apresentam artigo:
Ex.: Eles pretendem voltar a Genebra.
Obs.: Se o nome de cidade apresentar especificação, ele passa a admitir artigo e, nesse caso, pode ocorrer
a CRASE, desde que o termo regente exija a preposição a.
Ex.: Eles pretendem ir à tranqüila Genebra.
A CRASE SERÁ FACULTATIVA
1. Antes de pronomes possessivos femininos.
Ex.: Ele se referiu a minha tia ou Ele se referiu à minha tia.
2. Antes de nomes de mulheres, já que antes desse tipo de palavra o artigo é facultativo.
Ex.: Eu me dirigi a Regina ou à Regina.
3. Depois da palavra ATÉ, já que a preposição a, depois dessa palavra, é facultativa.
Ex.: Eles foram até a cidade ou até à cidade.
CRASE COM DEMONSTRATIVOS E RELATIVOS
1. Preposição A + demonstrativo A/AS.
Veja bem: Se você está na dúvida quanto à utilização da crase num período como ―Esta estrada é paralela
a que corta a cidade‖, siga a seguinte orientação:
Troque o substantivo feminino por um masculino. Em vez de estrada, escreva rio. Se aparecer a expressão
AO, é porque haverá CRASE.
Ex.: Esta estrada é paralela a que corta a cidade. (com ou sem crase?)
Este rio é paralelo ao que corta a cidade. (Já que apareceu ao, deve ser utilizado o acento grave acima.)
Esta estrada é paralela à que corta a cidade.
Na verdade, a palavra A funciona como pronome demonstrativo, significando AQUELA.
Esta estrada é paralela A AQUELA que corta a cidade.
Mas:
Ele conhece as cidades a que irá. (com ou sem crase?)
Ele conhece os lugares a que irá. (Como não apareceu AO, não há ocorrência da CRASE.)
2. Antes dos relativos QUAL e QUAIS:
Esses dois relativos, quando se referem a um substantivo feminino antecedente, são sempre precedidos de
a(s). Para saber se ocorre ou não CRASE, observe:
Ex.: Aquela é a cidade a qual me dirigi. (com ou sem crase?)
Aquele é o local AO QUAL me dirigi. (Já que apareceu AO QUAL, você deverá observar a crase no exemplo
anterior).
Aquela é a cidade À QUAL me dirigi.
CASOS ESPECIAIS DE CRASE
1. Com a palavra CASA:
– Se aparecer sem especificativo, não admite artigo A. Portanto, sem CRASE.
Ex.: Ele se dirigiu naquele instante a casa.
– Com especificativo, admite CRASE.
Ex.: Ele se dirigiu à casa mal-assombrada.
Ele se dirigiu à casa da amiga.
2. Com a palavra TERRA:
– Usada como o contrário de BORDO, não admite artigo. Sem CRASE, portanto:
Ex.: Os marinheiros voltaram a terra.
– No sentido de terra natal, planeta ou solo, admitirá CRASE:
Ex.: Eles retornaram à terra em que nasceram.
A espaçonave voltará à Terra em dezembro.
O agricultor tem amor à terra.
CRASE – EXERCÍCIOS
Marque a alternativa que está grafada incorretamente e deveria receber o indicativo de crase:
1. (A) Dirigir a palavra a você.
(B) Dirigi a palavra a Vossa Majestade.
(C) Dirigi a palavra a Senhora.
(D) Dirigi as palavras minhas tias.
(E) Dirigi a palavra a quem reclamava.
2. (A) Faço alusão a meu pai.
(B) Faça alusão a várias cidades.
(C) Faço alusão a primeira aluna da turma.
(D) Faço alusão a alguma aluna.
(E) Faço alusão a essa cidade aí.
3. (A) No verão, vamos a casa de meus tios.
(B) No verão, vamos a Minas Gerais ou a Goiás.
(C) No verão, vamos a Fortaleza e a Manaus.
(D) No verão, vamos a Portugal.
(E) No verão, vamos a Bolívia e para Venezuela.
4. (A) Saiu a andar a pé.
(B) Levam as moças a uma fuga.
(C) Ficou a discorrer a respeito dos estudos.
(D) A professora não chegou a tempo.
(E) Só as primeiras horas da noite pôde assistir a cerimônia.
5. (A) Ele doou a sua coleção a mim.
(B) Perdoamos a quem faltou.
(C) Ele escreveu uma carta a V.S.
(D) Leve-o aquele salão e não a este.
(E) Ela aspirava a uma carreira rendosa.
6. (A) Entreguei os convites a essa senhora.
(B) Não me refiro a tua casa, mas a da tua irmã.
(C) Estavam ali, frente a frente.
(D) Os marinheiros desceram a terra.
(E) Os filhos retornaram a casa.
GABARITO
1.c – Dirigi a palavra à Senhora
2.c – Faço alusão à primeira aluna da turma
3.a – No verão, vamos à casa de meus tios
4.e – Só as primeiras horas da noite pôde assistir à cerimônia
5.d – Leve-o àquele salão e não a este
6.b – Não me refiro a tua casa, mas à de tua irmã
7.
a)
b)
c)
d)
e)
Complete os espaços em branco com a crase ou não!
Maria foi ___ Barcelona mês passado.
Pedro e Maria foram ___ Espanha em lua de mel.
Todos foram ___ Dinamarca comer os quitutes estranhos.
Fui ___ Inglaterra em busca de um sonho.
João foi ___ Santa Catarina neste último natal.
RESPOSTAS
a) Maria foi a Barcelona mês passado.
b) Pedro e Maria foram à Espanha em lua de mel.
c) Todos foram à Dinamarca comer os quitutes estranhos.
d) Fui à Inglaterra em busca de um sonho.
e) João foi a Santa Catarina deste último natal.
8. Coloque O ACENTO GRAVE AONDE FOR NECESSÁRIO:
1. Ele fez referência a tarefa feita por nós.
2. Traçou uma reta oblíqua a do centro.
3. Não conheço as que saíram.
4. Ela se feria as que saíram.
5. Apresentou-lhe a esposa.
6. Apresentou-o a esposa.
7. Era uma camisa semelhante a que o diretor usava.
8. Ele desconhecia aquele regulamento.
9. Ele não obedecia aquele regulamento.
10. Não me refiro aquilo.
11. Não vi aquilo.
12. Esta é a lei a qual fiz ilusão.
13. Esta é alei a qual desconhecia.
14. Esta é a mulher a quem fiz referência.
15. Esta é a mulher a qual fiz referência.
16. Ela se dedica a empresa e obedece as leis.
17. Não compareceu as reuniões que eram úteis as pesquisas.
18. O juiz, indiferente as súplicas, condenou o réu a força.
19. Nas próximas férias, iremos a Bélgica, a Suécia e a Portugal.
20. Viajaremos a Londres e a Roma do Coliseu.
21. Já fomos a Paraíba, a Pernambuco e a Goiás.
22. Também fomos a Santa Catarina e a progressista Florianópolis.
23. As vezes, o pessoas sai as escondidas.
24. A reunião vai das cinco a seis horas.
25. A reunião vai durar de cinco a seis horas.
RESPOSTAS
1. Ele fez referência à tarefa feita por nós.
2. Traçou uma reta oblíqua à do centro.
3. Não conheço as que saíram.
4. Ela se feria às que saíram.
5. Apresentou-lhe a esposa.
6. Apresentou-o à esposa.
7. Era uma camisa semelhante à que o diretor usava.
8. Ele desconhecia aquele regulamento.
9. Ele não obedecia àquele regulamento.
10. Não me refiro àquilo.
11. Não vi aquilo.
12. Esta é a lei à qual fiz ilusão.
13. Esta é alei a qual desconhecia.
14. Esta é a mulher a quem fiz referência.
15. Esta é a mulher à qual fiz referência.
16. Ela se dedica à empresa e obedece as leis.
17. Não compareceu às reuniões que eram úteis às pesquisas.
18. O juiz, indiferente às súplicas, condenou o réu à força.
19. Nas próximas férias, iremos à Bélgica, à Suécia e a Portugal.
20. Viajaremos a Londres e à Roma do Coliseu.
21. Já fomos à Paraíba, a Pernambuco e a Goiás.
22. Também fomos a Santa Catarina e à progressista Florianópolis.
23. Às vezes, o pessoas sai às escondidas.
24. A reunião vai das cinco às seis horas.
25. A reunião vai durar de cinco a seis horas.
9.
a)
b)
c)
d)
e)
EXERCÍCIOS
Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?
Tinha idéias são semelhantes às suas.
Ele tem um estilo à Eça de Queiroz.
Dei um presente à Mariana.
Fizemos alusão à mesma teoria.
Cortou o cabelo à Gal Costa.
10. ―O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor‖.
a)
à – a – aquilo
b)
a – a – àquilo
c)
a – à – àquilo
d)
à – à – aquilo
e)
à – à – àquilo
11. ―A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, ___ - duas quadras da Avenida Central‖.
a)
à – há
b)
a–à
c)
a – há
d)
à–a
e)
à–à
12. ―O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe
diariamente ___ hora do almoço‖.
a)
o–à–a
b)
ao – há – à
c)
ao – a – a
d)
o – há – a
e)
o–a–a
13. ―Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___.
a)
à – àqueles – a – há
b)
a – àqueles – a – há
c)
a – aqueles – à – a
d)
à – àqueles – a – a
e)
a – aqueles – à – há
14. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a)
O Papa caminhava à passo firme.
b)
Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c)
Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d)
Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
e)
Ora espirava a isto, ora aquilo, ora nada.
15. O Ministro informou que iria resistir ___ pressões contrárias ______ modificações relativas ____
aquisição da casa própria.
a)
às – àquelas – à
b)
as – aquelas – a
c)
às – àquelas – a
d)
às – aquelas – à
e)
as – àquelas – à
16. A alusão _____ lembranças da casa materna trazia ____ tona uma vivência _____ qual já havia
renuciado.
a)
às – a – a
b)
as – à – há
c)
as – a – à
d)
às – à – à
e)
às – a – há
17. Use a chave ao sair ou entrar _________ 20 horas.
a)
após às
b)
após as
c)
após das
d)
após a
e)
após à
18. _________ dias não se consegue chegar _______ nenhuma das localidades _______ que os socorros
se destinam.
a)
Há – à – a
b)
A–a–a
c)
À–à–a
d)
Há – a – a
e)
À–a–a
19. Fique __________ a vontade; estou _________ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _________
dizer.
a)
a–à–a
b)
à–à–a
c)
à–à–a
d)
à–à–à
e)
a–a–a
20. No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, nada foi possível fazer.
a)
àquela – à – à
b)
aquela – a – a
c)
àquela – à – há
d)
aquela – à – à
e)
àquela – a – há
21. Chegou-se ______ conclusão de que a escola também é importante devido ______ merenda escolar
que é distribuída gratuitamente ______ todas as crianças.
a)
à–à–à
b)
a–à–a
c)
a–à–à
d)
à–à–a
e)
à–a–a
22. A tese _____ aderíamos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os resultados da
pesquisa.
a)
a qual – que
b)
a que – que
c)
à que – a que
d)
a que – a que
e)
a qual – a que
23. Em relação _____ mímica, deve- se dizer que ela exerce função paralela _____ da linguagem.
a)
a–a
b)
à–à
c)
a–à
d)
à – aquela
e)
a – àquela
24. Foi _____ mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a maldição do cientista que
reduzira o arco-íris _____ simples matéria: era uma ameaça _____ poesia.
a)
a–a–à
b)
há – à – a
c)
há – à – à
d)
a–a–a
e)
há – a – à
25. A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milhares de anos-luz, e não é visível _____ olho nu.
a)
a–à–à
b)
a–a–a
c)
à–a–a
d)
à–à–a
e)
à–a–à
26. Estava ______ na vida, vivia _____ expensas dos amigos.
a)
atoa – as
b)
a toa – à
c)
a tôa – às
d)
à toa – às
e)
à toa – as
27. Estavam _____ apenas quatro dias do inicio das aulas, mas ele não estava disposto _____ retomar
os estudos.
a)
há – à
b)
a–a
c)
à–a
d)
há – a
e)
a–à
28. Disse ____ ela que não insistisse em amar _____ quem não ____ queria.
a)
a–a–a
b)
a–a–à
c)
à–a–a
d)
à–à–à
e)
as – a – a
29. Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las _____ sério.
a)
às – à – a
b)
a–a–a
c)
as – à – à
d)
à–a–à
e)
as – a – a
30. Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coerente ____________ mesmo, _____ emprestarlhe minha colaboração.
a)
aquele – para mim – a
b)
àquele – comigo – a
c)
aquele – comigo – à
d)
aquele – por mim – a
e)
àquele – pra mim – à
31. A lâmpada _____ cuja volta estavam mariposas _____ voar, emitia luz _____ grande distância.
a)
a–à–à
b)
à–a–à
c)
a–à–a
d)
a–a–a
e)
à–a–a
32. Aquela candidata ____ rainha de beleza, quando foi ____ televisão, põe-se _____ roer unhas.
a)
à–à–a
b)
à–a–à
c)
a–a–à
d)
à–à–à
e)
a–à–a
33. Eis o lema _____ sempre obedicia: ódio _____ guerra e aversão _____ injustiças.
a)
à que – à – as
b)
à que – à – às
c)
a que – à – às
d)
a que – à – as
34. Faltou _____ todas as reuniões e recusou-se _____ obedecer _____ decisões da assembléia.
a)
a – a – as
b)
a – a – às
c)
a – à – às
d)
à – a – às
e)
à – à – às
35. Expunha-se _____ uma severa punição, por que as ordens ______ quais se opunha eram rigorosas e
destinavam-se _____ funcionárias daquele setor.
a)
a – as – às
b)
à – às – as
c)
à – as – às
d)
a- às – às
e)
a – às – às
36. _____ alguns meses o Ministro revelou-se disposto _____ abrir _____ discussões em torno do acesso
dos candidatos e dos partidos ____ televisão.
a)
A – a – as – à
b)
Há – a – às – a
c)
A – à – às – a
d)
Há – à – as – à
e)
Há – a – as - à
37. _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____ vida das
comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum.
a)
A–à–à
b)
À–a–a
c)
À–à–a
d)
À–à–à
e)
A–a–a
GABARITO
9 C / 10 C / 11 D / 12 B / 13 B / 14 D / 15 A / 16 D / 17 B / 18 D / 19 B / 20 E / 21 D / 22 B / 23 B / 24 E / 25
B / 26 D / 27 B / 28 A / 29 B / 30 B / 31 D / 32 E / 33 C / 34 B / 35 E / 36 E / 37 B.
CONCORDÂNCIA
Concordância é o mecanismo pelo algumas palavras alteram suas terminações para se acomodarem a
outras palavras.
Em Português, ocorrem dois tipos de concordância.
Concordância verbal: É a que ocorre entre o verbo e o seu sujeito.
Concordância nominal: É a que ocorre entre o artigo, o numeral, o pronome adjetivo e o substantivo a que
se referem.
CONCORDÂNCIA VERBAL
1) Regra geral: o verbo concorda com o seu sujeito em número pessoa.
Ex. As noites chegaram frias.
2) Regra para o sujeito composto anteposto ao verbo: o verbo vai para o plural.
Ex. O prédio e a ponte caíram.
Obs: Há casos em que, mesmo com o sujeito composto anteposto, o verbo pode ficar no singular. Entre
esses casos podemos destacar três:
Quando os núcleos forem sinônimos ou formados por palavras que pertencem a um mesmo conjunto
significativo.
Ex. O Medo e o temor os aterrorizava. (nesse caso, pode também ocorrer o plural).
Quando os núcleos se dispuserem em sequência gradativa.
Ex. A brisa, o vento, o furacão não os inquietava. (nesse caso, pode também ocorrer o plural).
Quando os núcleos vierem resumidos por tudo, nada, alguém, ninguém, cada um.
Ex. Casa, árvores, pontes, tudo foi destruído. (nesse caso, o verbo não ocorre no plural).
3) Regra para o sujeito composto formado por pessoas gramaticais de números diferentes: nesse
caso, o verbo vai para o plural na pessoa gramatical de número mais baixo.
Ex. Eu e ela saímos. Tu e ele chegastes.
Obs. Como, na fala do Brasil, há uma alternância entre o tratamento tu e você, a gramática admite também
o seguinte: quando o sujeito composto é formado do pronome tu mais uma terceira pessoa, o verbo pode ir
para a segunda pessoa do plural (regra) ou para a terceira do plural.
Ex. Tu e ele chegastes. Ou Tu e ele chegaram.
4) Regra para o sujeito composto posposto ao verbo: nesse caso, o verbo vai para o plural, ou concorda
com o núcleo mais próximo.
Ex. Passará céu e terra.
Passarão céu e terra.
5) Concordância verbal com dupla possibilidade.
Este subtítulo compreende alguns casos de concordância verbal que admitem duas construções igualmente
corretas:
Um e outro –nem um nem outro- quando o sujeito é formado por essas expressões, o verbo vai para o
plural ou fica no singular.
Ex. Um e outro chegou ao local.
Um e outro chegaram ao local.
Um dos que - uma das que- quando o sujeito é constituído do pronome relativo que precedido das
expressões um dos, uma das, formando a expressão um dos que, uma das que, há duas construções:
singular ou plural.
Ex. Ele foi um dos que passar.
Ele foi um dos que passou.
Alguns de nós, quais de vós quando o sujeito é formado por um pronome indefinido ou interrogativo no
plural (quais, quantos, alguns,...) seguido de um pronome pessoal preposicionado (de nós, de vós) há
possibilidade de duas construções:
→ O verbo vai para a terceira pessoa do plural, concordando com o pronome indefinido ou interrogativo. Ex.
Alguns de nós partiram.(concordância com alguns).
→ O verbo concorda com o pronome pessoal (nós ou vós) que se segue ao indefinido (interrogativo). Ex.
Alguns de nós partimos.
Obs. Quando o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo fica,
necessariamente, na terceira pessoa do singular. Ex. Algum de nós resolverá a questão.
6) Verbos dar, bater e soar -estes verbos na indicação de horas, concordam com o numero das horas, que
normalmente é o sujeito nessa situação.
Ex. Deu uma hora. Deram duas horas.
Obs. Se o sujeito não for o número de horas, não vale a regra acima. Tais verbos podem ter outros sujeitos
com os quais devem concordar.
Ex. O relógio deu duas horas.
7) Verbo apassivado pelo pronome se - O verbo apassivado pelo pronome se concorda normalmente com
o seu sujeito.
Ex. Pregam-se botões.
8) Verbo acompanhado do pronome se índice de indeterminação do sujeito - quando a indeterminação
do sujeito é marcada dessa forma, o verbo fica, necessariamente, na terceira pessoa do singular.
Ex. Assistiu-se a uma enorme mudança.
9) Sujeito formado por nomes próprios que só existem no plural - nesse caso ocorrem basicamente
duas construções:
Se tais nomes não vierem precedidos de artigo, o verbo fica no singular.
Ex. Andes é uma cordilheira.
Se tais nomes vierem precedidos de artigo, o verbo concorda com o artigo.
Ex. Os Andes são uma cordilheira.
Obs. Se tais nomes próprios forem títulos de obras, pode ocorrer o plural ou o singular.
Ex. 0s Sertões glorificou (glorificaram) nossa literatura.
10) Sujeito constituído pelo pronome relativo que - quando o sujeito de um verbo for o pronome relativo
que, o verbo concorda com o antecedente deste pronome.
Ex. Fui eu que prometi. Fomos nós que prometemos.
11) Sujeito constituído pelo pronome relativo quem -quando este pronome for o sujeito, há duas
construções:
O verbo fica na terceira pessoa do singular, concordando regularmente com o sujeito (quem).
Ex. Fui eu quem falou.
O verbo concorda com o antecedente.
Ex. Fui eu quem falei.
12) Sujeito constituído por pronomes de tratamento -como todo o pronome de tratamento é de terceira
pessoa (singular ou plural), o verbo irá sempre para a terceira pessoa (singular ou plural).
Ex. Vossa Excelências se enganaram.
13) Expressões mais de I menos de - nesse caso o verbo concorda com o numeral que segue.
Ex. Mais de uma aluna saiu. Mais de dois casos ocorreram.
Obs: Com a expressão mais de um pode ocorrer o plural em duas situações:
→ Quando o verbo dá idéia recíproca.
Ex. Mais de um veículo se entrechocaram.
→ Quando a expressão mais de um vem repetida.
Ex. Mais de um padre, mais de um aluno estavam presentes.
14) Verbo parecer seguido de infinitivo - esse verbo, seguido de infinitivo, admite duas construções:
→ Flexiona-se o verbo parecer e não se flexiona: o infinitivo.
Ex. As paredes pareciam tremer.
→ Flexiona-se o infinitivo e não se flexiona o verbo parecer.
Ex. As paredes parecia tremerem.
15) Verbos impessoais → esses verbos ficam sempre na terceira pessoa do singular.
Ex. Fará invernos rigorosos.
16) Concordância especial do verbo ser:
→ Quando o sujeito e o predicativo são nomes de coisas e pertencem a números diferentes, o verbo
concorda, de preferência, com o que está no plural, podendo também concordar com o nome que está no
singular.
Ex. O mundo são flores.
O mundo é flores.
→ Quando um dos dois (predicativo ou sujeito) é nome de pessoa, a concordância se faz com a pessoa.
Ex. O homem é suas decisões
→ Nas indicações de hora, dia e distância, o verbo ser, impessoal, concorda com o predicativo.
Ex. É uma hora.
São duas léguas.
Obs. Na indicação de dias do mês, o verbo ser admite duas construções:
É dia 27 de maio.
São vinte de maio.
→ Nas expressões estereotipadas indicativas de quantidade (do tipo é muito, é pouco, é bastante) o verbo
ser fica invariável.
Ex. Quinze quilos é pouco. Dois reais é bastante.
EXERCÍCIOS
1. Assinale a opção correta:
―A manchete já ______________ os
_________________ o cabelo em pé‖.
a)
assustavam
vinha
b)
assustavam
vinham
c)
assustava
d)
assustava
e)
assustava
corações; ainda por cima______________ os subtítulos que me
deixava
deixavam
vinha
deixavam
vinham
deixavam
vinha
deixava
2.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a opção em que haja erro de concordância verbal:
Mais de um coração guerreiro batia apressado.
Os Andes lançam no espaço seus píncaros nevados.
O pai ou o filho será eleito presidente.
De quantos ajudantes se precisam para as barracas de jogos?
Ele foi um dos que mais falaram.
3.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
Quanto à concordância verbal, assinale a incorreta:
Nem um nem outro renegaram a fé.
Nem um nem outro apareceu.
Mais de um constituinte votou a favor do projeto.
Mais de um constituinte cumprimentaram-se com efusão.
Não serei um dos que cruzarão os braços.
Não serei eu um dos que cruzarão os braços.
Algum de vós conseguireis a bolsa de estudo?
Mais de dois terços do pescado se estragaram.
Um ano, uma década, um século de escravidão não bastou para enfraquecer a resistência daquele povo.
4. Assinale com E a opção incorreta e com C a correta:
a)
Chegaram o resultado e as notas.
b)
Falhou o cálculo e as previsões.
c)
Falhou as previsões e o cálculo.
d)
Prazer e gozo levou-o à ruína.
e)
Tu e teus amigos chegastes a tempo.
f)
Tu e eu saímos daqui.
g)
A lua e o sol têm movimento.
h)
Mais de um atleta se deram as mãos.
i)
Mais de um aluno acertou.
j)
Faltaram dez alunos.
k)
O apartamento e a casa estão caros.
l)
Está caro o apartamento e a casa.
m)
O rancor e o ódio levou-te ao desatino.
n)
Algum de nós está enganado.
o)
Quantos de nós souberam.
p)
Alguns de nós erramos.
q)
Tu e teus colaboradores falhastes.
r)
Suas preocupações era a vida.
s)
O mundo são fantasias.
t)
O mundo somos nós.
u)
Cerca de dez pessoas morreram.
v)
Faz cinco dias que não durmo.
w)
Perto de dez alunos saíram.
x)
Nem uma nem outra coisa me interessa.
5.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
Marque a incorreta:
O homem com sua mulher viajaram.
O presidente com seus ministros chegou.
Os advogados parecia justificarem as provas.
Haja vista os casos.
Hajam vista aos casos.
Haja vista aos casos.
A multidão dispersou -se.
A multidão, depois de muita insistência do presidente da mesa; dispersaram-se.
O bando de ladrões foram presos.
j)
k)
l)
Poderá haver sóis mais brilhantes.
Aqui, vendem-se bons produtos.
Procuraram-se os culpados por todo o reino.
6.
a)
b)
c)
d)
Suas Excelências não _______________ de seus trabalhos.
cuidou;
cuidastes;
cuidaram;
cuida;
7.
a)
b)
c)
d)
e)
Assinale a correta:
Qual de nós chegamos primeiro ao topo da montanha?
Os Estados Unidos representa uma segurança para todo o Ocidente.
Recebei, Vossa Excelência, os protestos de nossa estima.
Sem a educação, não podem haver cidadãos conscientes.
Sobrou-me uma folha de papel, uma caneta e uma borracha.
8.
Aponte a opção que completa corretamente as lacunas abaixo:
A maior parte ___ a segui-lo.
Mais de um passageiro se ___ com o motorista.
Foi um dos poucos que____ a inocência do amigo.
Vossa Senhoria não ___ o compromisso firmado.
Fui eu quem ___ mais naquele investimento.
a)
b)
c)
d)
e)
recusaram-se - irritaram - admitiam - respeitou – perdi
recusou-se – irritou - admitia - respeitaste – perdeu
recusaram-se – irritou - admitiam - respeitaste – perdeu
recusaram-se - irritaram - admitia - respeitastes – perdi
recusou-se - irritou - admitia – respeitou - perdeu
9. Nas frases abaixo, explique a concordância dos verbos destacados:
Costumava haver, na cama do finado Padre João da Mata, lençóis de linho, dum luxo raro naquelas
alturas.
Padre Antônio de Morais foi um dos que mais sentiram atração por Clarinha.
10. Assinale a opção errada:
a)
A maior parte dos alunos não compareceu ao colégio.
b)
Nem Paulo nem Maria os viram passar lá por casa.
c)
Um dos trabalhadores que mais reclamou o pagamento foi o teu amigo.
d)
Não deve haver muitos motivos de descontentamento.
e)
Quando deixará de existir no mundo tantas incompreensões e maldades?
11. Passe para o plural as expressões em destaque e efetue, se necessário, a concordância verbal:
a)
Ainda não existe cálculo sobre o valor das importações. (O Globo)
b)
Havia algum erro na proposta governamental.
c)
Pode haver complicação na cirurgia.
d)
Trata-se de questão política.
e)
Nunca se viu caso tão complicado.
f)
Suspeitou-se inicialmente do gerente.
g)
Deve fazer uma hora que estou te esperando.
h)
O menino deve fazer amanhã dez anos.
i)
Qual de vós irá participar da competição?
j)
Algum de nós resolverá a questão.
12. (Mack- SP) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do seguinte período:
___ cinco de outubro! Já ___ dois anos que só ___ resquícios das alegrias que ___ na família; ___nós os
responsáveis pela permanência desse coma e atmosfera ___, agora, não ___ nós quem___ argumentos
válidos para transmitir a verdade.
a)
É – faz – existe – havia – somos - desumanos – seremos – conseguiremos
b)
São - fazem - existem - havia - somos - desumanos - seremos – conseguiremos
c)
São - faz - existem - havia - somos – desumana - seremos – conseguirá
d)
E - faz - existem - haviam - somos - desumanos - seremos – conseguiremos
e)
São - fazem - existem - haviam - somos - desumana - conseguirá
13. (F. C. Chagas-BA) Assinale a opção que completa corretamente o período:
___ de exigências! Ou será que não ___ os sacrifícios que ________ por sua causa?
a)
chega - bastam -foram feitos
b)
chega – bastam - foi feito
c)
chegam - basta - foi feito
d)
chegam - basta - foram feitos
e)
chegam – bastam - foi feito
14. (FUVEST-SP) Qual a frase com erro de concordância?
a)
Para o grego antigo a origem de tudo se deu no caos.
b)
Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres.
c)
Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisava para seu equilíbrio.
d)
Ela mesma cria em um ser semelhante que a protege: o céu.
e)
Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes.
15. (FUVEST-SP)
"Disse o sabiá à flauta: eu, tu e o artista ____________ de modo diferente; mas o artista e tu _________ de
modo igual. Portanto, entre e _____ e _____ há uma grande diferença‖.
Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do hipotético texto acima;
a)
b)
c)
d)
e)
cantamos, cantais, mim, ti
cantemos, cantam, eu, ti
cantamos, cantas, eu, tu
cantamos, cantais, eu, tu
cantais, cantam, eu, você
16. (PUC-MG) Em todas as opções, as palavras sublinhadas são responsáveis pela flexão de verbos em
negrito, exceto:
a)
Nas minhas mãos, restou um trapo de roteiro dialético visionário.
b)
Começa a música de Villa-Lobos.
c)
Sobrepõem-se música evangélica, gritos e hinos da igreja Universal.
d)
Cessou o dinheiro, parou a história.
e)
Só houve espasmo de mudança.
17. Comenta-se a atitude dela.
Fala-se da atitude dela.
A respeito das frases acima, pode-se afirmar que:
a)
ambas estão na voz ativa.
b)
ambas estão na voz passiva.
c)
ambas têm sujeito indeterminado.
d)
em ambas, o agente é desconhecido.
e)
em ambas, ―atitude‖ comanda a flexão verbal.
18. Assinale o período que apresenta erro de concordância verbal.
a)
As relações dos ecologistas com uma grande empresa que desrespeitava as normas de
preservação ambiental começa a melhorar, para beneficio da humanidade.
b)
Até 1995,50% de recursos energéticos e de matéria-prima serão economizados por uma empresa
que pretende investir 160 milhões de dólares num projeto.
c)
Hoje não só o grupo dos ecologistas carrega a bandeira ambientalista, mas também aqueles
empresários que centram seus objetivos no uso racional dos recursos naturais.
d)
Os Estados Unidos são o país mais rico e polui dor do mundo, entretanto não defendem a tese do
"desenvolvimento sustentável", a exemplo de muitas nações ricas.
e)
É preciso ver que águas contaminadas, ar carregado de poluentes e florestas devastadas exigem o
manejo correto da natureza, num país povoado de miseráveis.
19. Marque o trecho que contém erro quanto à sintaxe de concordância.
a)
O projeto de integração que vêm realizando as frágeis democracias uruguaia, argentina e brasileira
é um esforço inegavelmente significativo para o cone sul.
b)
Há registros de um sistema de exames competitivos elaborado pelos chineses, há mais de 2.000
anos antes de Cristo, para selecionar crianças superdotadas.
c)
Grande número de programas têm sido direcionados, nos EUA, para áreas consideradas prioritárias
pelo Estado, como matemática e ciências.
d)
Ignorância, preconceito e tradição mantêm vivas uma série de idéias que dificultam a
implementação de programas direcionados às crianças superdotadas.
e)
São extremamente importantes, para se cria.r um ambiente favorável ao desenvolvimento dos
superdotados, a criação de uma variedade de experiências de aprendizagem enriquecedoras e
estimulantes.
20. Assinale a opção em que a conjugação do verbo haver desrespeita a norma culta.
a)
Dessa maneira, não haveria arrependimentos nem lamentos mais tarde.
b)
Naquela situação de tensão, os garotos se houveram com muita discrição e elegância.
c)
Todos eles já haviam vivido situações de tensão semelhantes anteriormente.
d)
Eles sabiam que deviam haver punições para os que violassem as regras.
e)
Mesmo assim, os adultos houveram por bem recomendar cautela a todos.
GABARITO:
1-D 2-D 3-G 4-C,C,E,C,C,C,C,C,E,E,C,C,C,C,C,C,E,C,C,C,C,E,E,C 5-E 6-C 7-E 8-E 9-RS 10-E 11- RS 12-C
14-E 15- A 16-E 17-D 18-A 19-E 20-D
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Os
seus dois carros
novos chegaram.
n. sujeito
Regra geral: O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral, pronome adjetivo) concordam em gênero e
número com o nome a que se referem.
Obs: Têm valores adjetivos as palavras que se referem a substantivos
Um só adjetivo qualificando mais de um substantivo
Quando vem posposto aos substantivos:
1- vai para o plural, dando prioridade ao masculino.
Ex. Tratava-se de vaidade e orgulho excessivos.
2-concorda com o elemento mais próximo.
Tratava-se de vaidade e orgulho excessivo.
Obs. Quando o adjetivo vem posposto aos substantivos e funciona como predicativo, vai para o plural. Ex. A
vaidade e o orgulho são companheiros.
Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos:
1- concorda, por norma, com o elemento mais próximo.
Ex. Era dotado de extraordinária coragem e talento.
Exceção: Quando esse adjetivo anteposto qualificar gente ou grau de parentesco, a concordância se faz
com todos os elementos. Ex. Os nervosos primo e prima.
OBS1 : Se esse adjetivo anteposto for predicativo do sujeito, a concordância nominal é igual à
concordância verbal.
Ex: Estavam abandonados a casa, a vila e o templo.
Nesse caso, visto que os núcleos de sujeito estão pospostos ao verbo, é possível que ele(o verbo) concorde
com elemento mais próximo ou vá para o plural. A opção foi a concordância com todos os elementos (verbo
no plural), logo se na concordância verbal a opção foi concordar com todos os elementos na nominal faz-se
o mesmo.
Haveria ainda, nesse caso, a opção de o verbo concordar apenas com primeiro elemento. Nesse
caso a concordância nominal também se faria com esse elemento.
Ex: Estava abandonada a casa, a vila e o templo.
OBS2: se esse adjetivo anteposto for predicativo do objeto, vale a concordância ―lógica‖ ou a concordância
por ―atração‖.
Ex: Encontrei aberta a janela e o portão. ou
Encontrei abertos a janela e o portão.
(Conc. por atração)
(conc. lógica)
Um só substantivo e mais de um adjetivo.
Quando um único substantivo vem qualificado por mais de um adjetivo, ocorrem, de modo geral, as
seguintes concordâncias:
O substantivo fica no singular e repete-se o artigo antes de cada adjetivo.
Ex. O produto conquistou o mercado europeu e o americano.
O substantivo vai para o plural e não se repete o artigo antes de cada adjetivo.
Ex. O produto conquistou os mercados europeu e americano.
A outra parte do assunto concordância nominal se resume ao uso de determinadas palavras, tais como:
Mesmo
Próprio
Quite
São todas palavras adjetivas, concordam, portanto, com o nome a que fazem
Anexo
referência.
Obrigado
Alerta
Em anexo
São palavras adverbiais; não sofrem, portanto, variação alguma.
Em alerta
Bastante → Pode ser adjetiva ou adverbial. Será adjetiva quando puder ser permutada por ―muitos‖ ou
―muitas‖.
Ex. Compramos bastantes (muitas) laranjas.
Falamos bastantes coisas.
Meio
→ Pode também ser adjetiva ou adverbial. Será adjetiva quando equivale ―à metade de alguma
coisa‖ e adverbial se equivale a ―um pouco de alguma coisa‖.
Ex. Esta é uma situação meio complicada, (um pouco complicada)
É meio-dia e meia.(metade do dia e metade da hora)
Haja vista →Esta expressão equivale a veja.
Construções possíveis:
Haja vista os fatos.
Haja vista aos fatos.
Hajam vista os fatos.
É proibido →Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais um adjetivo, formando expressões
do tipo é bom é claro, é necessário, é proibido,é vedado, etc..
.Há duas construções.
a) Se o sujeito não vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão fica invariável.
Ex. É necessário organização. Pesca é vedado. É Proibido entrada.
b) Se o sujeito vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão concorda
normalmente com o sujeito.
Ex. É necessária a organização. A pesca é vedada. É proibida a entrada.
Cujo → este pronome só deverá ser utilizado quando houver uma relação de posse. .
Ex: Era uma família cuja renda não ultrapassava cinco salários.
Obs. é incorreto o uso de artigo antes e depois o relativo cujo.
Tal e qual →Tal concorda com o antecedente, e o termo qual com o conseqüente.
Ex. Ele é tal quais os pais. Os filhos são tais qual o pai. O filho é tal quais os pais.
O mais claros possível / os mais claros possíveis. Em expressões desse tipo, possível varia ou não, em
sintonia com o artigo que encabeça a expressão.
Ex. Paisagens as mais belas possíveis.
Exemplos os mais claros possíveis.
Paisagens o mais belas possível.
Exemplos o mais claros possível.
EXERCÍCIOS
1) Assinale certo ou errado nas questões que seguem, levando em conta a concordância nominal:
a) "Mas Maria Rita tinha olhos, pernas e cabelos tentadores...‖.
b) Mas Maria Rita tinha olhos, cabelos e pernas tentadoras.
c) Mas Maria Rita tinha tentadores pernas, olhos e cabelos.
d) Com opinião e propostas claras, desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.
e) Os empresários solicitaram as tecnologias nacional e estrangeira.
f) Todos os presentes manifestaram profundo pesar e dor.
g) O soldado era dotado de talento e coragem extraordinários.
2) Assinale a opção incorreta quanto à concordância nominal:
a) O narrador pulou longos páginas e capítulos.
b) Ele pulou longos capítulos e páginas.
c) Ele escreveu capítulos e páginas compactos.
d) Ele escreveu capítulos e páginas compactas.
e) Ele escreveu páginas e capítulos compactos.
3) Assinale a incorreta:
a) Entrada é proibido.
b) Entrada proibida.
c) A entrada é proibida.
d) Para quem a entrada é proibido?
e) É proibido entrada.
4) Complete os espaços em branco:
Elas _________ providenciaram os atestados, que enviaram ____________ às procurações.
Mesmo - Anexo
Seus propósitos estão ___________claros.(bastante)
5- Ela estava ________irritada e,à _______voz, porém com______razões,dizia ______desaforos.
a) meio – meia- bastantes – bastantes
b) meia – meia – bastante - bastante
c) meia – meia – bastantes – bastantes
d) meio – meia – bastante – bastante
e) meio – meia – bastante – bastantes
6- Marque a opção cuja seqüência preenche corretamente as lacunas abaixo:
―Muito__________,disse ela. Vocês procederam ________considerando meu ponto de vista e minha
argumentação___________.‖
a) obrigado – certos - sensata
b) obrigada – certo – sensatos
c) obrigada – certo – sensato
d) obrigada – certos – sensatos
e) obrigado – certo – sensatos
7- Assinale a incorreta:
a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila.
b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas.
c) Pareciam conformados a mãe, o pai e os irmãos.
d) É vedado pesca no litoral.
e) Muita fé é necessária.
8- Marque a opção em que há somente uma possibilidade de concordância:
a) Era de uma simplicidade e franqueza incomparável.
b) O senador e a esposa eram educadíssimos.
c) Eram escuras as suas sobrancelhas e seus olhos.
d) Manifestava apenas uma dignidade e um respeito frios.
e) Manifestava apenas um respeito e uma dignidade fria.
9) (UFV-MG) Todas as opções abaixo estão corretas, exceto:
a) Foi acusado de crime de lesa-pátria.
b) As declarações devem seguir anexas ao processo.
c) Eram rapazes os mais elegantes possível.
d) É necessário cautela com os pseudo-líderes.
e) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.
10) ________________________ sua força e poder.
a) Parecia esgotada.
b) Pareciam esgotada.
c) Parecia esgotadas.
d) Pareciam esgotadas.
11 Marque o conjunto que apresenta uma concordância não compatível com a norma padrão:
a) Atitudes e gestos belicosos.
Belicosas atitudes e gestos.
b) Amor e ira eternos.
Eterna ira e vingança.
c) Os preocupados pai e mãe.
Os famosos Machado e Alencar.
d) Seguem em anexo as fotos.
Seguem anexas as fotos.
e) Os candidatos não eram nenhum bobocas.
Não votaram em candidato nenhum
12) Assinale a opção em que o vocábulo preenche corretamente a lacuna:
a) Não se punem os malfeitores ________ não se dispõe de um Código Penal atualizado. (porque)
b) Essa questão requer indagar-se preliminarmente _________ não se derrubou ainda a inflação, no Brasil.
(porque)
c) Pergunta-se, para começar, o __________ de tanto barulho. (por quê)
d) Não se fará mudança _________ não foi votada uma nova Constituição? O que se quer é empurrar com
a barriga. (por que)
e) Todos sabem, aqui no Brasil, ____________ não se punem os bandidos graúdos. (porque).
13) Assinale a incorreta:
a) No Natal, ela ganhara presentes e jóias caras.
b) É necessária a prudência em tais casos.
c) Comunico-lhe que enviei, anexo, a duplicata.
d) Na reunião, discutiu-se a questão franco-germânica.
e) Vocês mesmas devem fazer a pesquisa sobre o assunto.
14) Assinale a incorreta:
a) Saiba que você cometeu crime de lesa-majestade.
b) Estejam alerta, pois o inimigo não manda aviso.
c) Há menos indecisão do que parece.
d) Permitam-me que as deixe só.
e) A asma não tem nada de contagioso.
15) Marque a incorreta;
a) "Era-me necessária a carreira política. (...)" (Machado de Assis)
b) Era-me necessário carreira política.
c) "Aos espiões, nunca foi necessário essa liberdade (...)" (Mário de Andrade)
d) Para compreender a existência é necessário ignorância.
e) Nestes momentos, é proibido o desespero.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
1. Colocação dos Pronomes Pessoais Oblíquos Átonos.
PRÓCLISE = pronome antes do verbo.
Eu te amo.
MESÓCLISE = pronome no meio do verbo.
Amar-te-ei.
ÊNCLISE = pronome depois do verbo.
Amo-te.
Os pronomes oblíquos (me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos) podem ser colocados antes, no meio ou
depois do verbo.
2. PRÓCLISE
Usa-se a próclise, quando houver:
1) palavras de sentido negativo – Não me esqueças.
2) Pronomes relativos – Ouve, com atenção, o que te dizem.
3) Pronomes indefinidos – Tudo me faz crer em você.
4) Pronomes demonstrativos – Isto me incomoda
5) O numeral ―ambos‖ – Ambos se encontraram.
6) Conjunções subordinativas (mesmo elípticas) – Quando me chamaram, era tarde. Peço a V. Alteza me
dispense (= que me dispense).
7) Advérbios não seguidos de vírgula – Aqui me sinto bem.
8) Gerúndio precedido da preposição ―em‖ – Em se tratando de você…
9) Infinitivo pessoal regido de preposição – Por se considerarem honestos, sentiram-se injustiçados.
10) Orações optativas com o sujeito anteposto ao verbo – Deus te proteja.
11) Orações exclamativas iniciadas por expressão, exclamativa – Como te exibes!
12) Orações interrogativas iniciadas por um vocábulo interrogativo – Quem te falou?
3. MESÓCLISE
Usa-se a mesóclise quando:
O verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito e:
a) a próclise não for obrigatória (mesóclise proibida)
b) não houver sujeito expresso, anteposto ao verbo (mesóclise facultativa).
Exemplos:
Amar-te-ei para sempre.
Procurar-te-ia a vida toda.
Obs.:
Não se aplaudirão desavenças.
(mesóclise proibida)
A viagem te animará – ou –
A viagem animar-te-á
(Mesóclise facultativa)
4. ÊNCLISE
Usa-se a ênclise quando o verbo estiver:
1. No imperativo afirmativo – Levanta-te depressa!
2. no infinitivo impessoal – Esperá-lo não custa.
3. no gerúndio – Vendo-nos, surpreendeu-se.
4. iniciando frase – Falei-lhe.
Observações:
a) O futuro do presente, o futuro do pretérito e o particípio não aceitam a ênclise.
b) Nas orações principais, coordenadas ou absolutas, a próclise ou a ênclise são facultativas.
Exemplos:
Eu me arrependo.
Eu arrependo-me
c) Com os infinitivos impessoais, precedidos de preposição ou locução prepositiva, a próclise ou a ênclise
são facultativas.
Exemplos:
Fiz tudo para lhe obedecer.
Fiz tudo para obedecer- lhe.
Obs.: Preposição a ou por + infinitivo impessoal: preferência, pela ênclise.
Exemplos:
Desesperou-se a procurá-lo.
Tudo fez por amá-lo.
O PRONOME OBLÍQUO NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Como já se viu, as locuções verbais têm, como segundo termo, um infinitivo impessoal, um gerúndio ou um
particípio.
Exemplos:
Ele vai voltar na próxima semana.
Ela está estudando Direito.
Temos saído frequentemente.
Quanto à colocação do pronome, o particípio não admite a ênclise.
Temos, então, as seguintes hipóteses:
Infinitivo Gerúndio Particípio
Próclise O aluno se deve aplicar. O aluno se vem aplicando O aluno se tem aplicado.
Mesóclise O aluno deve-se aplicar. O aluno vem-se aplicando. O aluno tem-se aplicado
Ênclise O aluno deve aplicar-se. O aluno vem aplicando-se
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Prof. Valladares