INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
FUNORTE / SOEBRAS
Maria de Lourdes Ventura Correia
ESTUDO COMPARATIVO DAS CLASSES DE ANGLE COM A ANÁLISE DE
BOLTON
Feira de Santana-BA
2014
Maria de Lourdes Ventura Correia
ESTUDO COMPARATIVO DAS CLASSES DE ANGLE COM A ANÁLISE DE
BOLTON
Monografia apresentada ao Programa de
Especialização em
Ortodontia do
ICSFUNORTE NUCLEO FEIRA DE SANTANA,
como parte dos requisitos para obtenção do
título de especialização.
Orientador: Ms. Prof. Alexandre Medeiros Vieira
Feira de Santana-BA
2014
Ficha Catalográfica
C848
Correia, Maria de Lourdes Ventura.
Estudo comparativo das classes de Angle com a análise de Bolton /
Maria de Lourdes Ventura Correia. - Feira de Santana, 2014.
33 f. : il.
Orientador: Alexandre Medeiros Vieira
Monografia (Especialização em Ortodontia)– Instituto de Ciências
de Saúde – ICS, Funorte Núcleo Feira de Santana, 2014.
1. Ortodontia. 2. Classificação de Angel. 3. Análise de Bolton. I.
Vieira, Alexandre Medeiros. II. Instituto de Ciências de Saúde – ICS.
III. Título.
CDU: 616.314-089.23
Á Deus que vive, é presente em todos os momentos de minha vida,
por me permitir vivenciar um momento tão especial, um sonho que
não foi possível realizar antes, mas tudo tem seu tempo; o meu foi
este. Não foi fácil, muitas renuncias, dificuldades, enfim muita luta,
essas tornaram mais suaves ao ser compartilhada pela minha família, e
em especial pela família IFAP, dos funcionários, aos professores e a
turma única (4 e 5) na qual mim sentir tão bem acolhida, criando laços
de amizades que foi crescendo e se fortalecendo a cada etapa do curso.
A minha mãe Lourdes exemplo de vida, com sua paciência e
sabedoria. A meu pai Manoel (in memória) responsável pela minha
educação e por mais uma vitória.
Ao meu esposo Junaldo e meus filhos, Renato e Eduardo por estarem
sempre ao meu lado, compartilhando comigo este crescimento pessoal
e profissional, com paciência, compreensão, e amor, apoio
incondicional nos momentos mais difíceis.
AGRADECIMENTO
Á Deus pelo dom da vida e seus infindáveis cuidados comigo.
A minha família benção maior na qual está sempre firme e forte em todos os
momentos, em especial nesse; tornando possível essa conquista.
Aos professores, que transmitiram seu conhecimento de forma profissional, com
grandeza e simplicidade e sobretudo o carinho e preocupação com o meu aprendizado.
A todos os funcionários que sempre estiveram prontos a cooperar, sempre com um
sorriso, especialmente Marcia, que não mediu esforços para nos ajudar.
RESUMO
Nas primícias deste trabalho foi realizado uma pesquisa quantitativa em másoclusão de Angle expressando a avaliação à correlação entre a discrepância de Bolton total e
anterior e sua eventual correlação a existência dessas más-oclusão dos arcos dentários em um
grupo de trinta indivíduo selecionados dos cursos de ortodontia do núcleo Funorte da cidade
de Feira de Santana-BA. Foi medido o tamanho mesiodistal de todos os dentes permanentes,
do primeiro molar esquerdo ao primeiro molar direito, e em ambos os arcos, e foi calculado
para cada indivíduo, a proporção entre os dentes superiores e inferiores, de acordo com o
método proposto por Bolton. Foram avaliada diferenças entre os grupos de má oclusão classe
I, II e III. Encontrado os valores foram comparados com o índice de Bolton. Foi identificado
maior discrepância dentária nos indivíduos do grupo de classe III, seguido pelo grupo de
indivíduos de classe I. No grupo de indivíduos da classe II foi constatada a menor
discrepância das classes. No somatório da razão anterior a discrepância foi expressivamente
maior para as maloclusões de classe II e III. Não houve uma discrepância significativa entre
as classes I, II e III de Angle na razão total nestes grupos analisados, e que a média dos
valores da discrepância total e anterior aproximam-se da média de Bolton.
Palavras-chave: Classificação de Angle. Análise de Bolton. Discrepância. Classes.
ABSTRACT
In this academic paper was realized a qualitative research in Angle’s malocclusion expressing
an evaluation of the correlation between Bolton’s overall and anterior discrepancy and its
eventual correlation between the existence of these dental arch malocclusions in a group of
thirty individuals selected in Orthodontic Courses of Funorte in the city of Feira de Santana –
BA. It was measured the mesiodistal width of permanent teeth, from the first left molar to the
first right molar, in both arches, and it was calculated for every individual, the proportion
between the upper and lower teeth according with the method proposed by Bolton. It was
evaluated differences among the malocclusions groups of Classes I, II and III. Finding the
values, they were compared with the Bolton index. It was identified more dental discrepancy
in the individuals of Class III group, followed by the individuals of Class I group. The group
of Class II individuals showed the lowest discrepancy among the Classes. In the summation
of the previous rate, the discrepancy was expressively bigger for the malocclusions in Classes
II and III. There wasn’t a significant discrepancy among Classes I, II and III of Angle in the
total ratio of the analyzed groups, and the ratio of the overall and anterior discrepancy values
approaches the Bolton ratio.
Key words: Angle’s Classification. Bolton’s analysis. Discrepancy. Classes.
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ANÁLISE DE MODELO E SEU VALOR NO PROPOSTO POR BOLTON
2.2 ETIOLOGIA DAS MALOCLUSÕES
2.3 AS MÁS OCLUSÕES DE ANGLE
2.4 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE BOLTON
3 OBJETIVO
4 MATERIAL E MÉTODO
5 RESULTADO
6 DISCURSSÃO
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1INTRODUÇÃO
Desde os primórdios a preocupação do homem em solucionar as anomalias dentárias
tem sido um objeto de intensa pesquisa. Entretanto, a ortodontia, como a vemos atualmente
teria suas raízes na França, no século XVIII, quando Pierre Fauchard o mais famoso de todos
os dentista, descreveu uma aparelhagem ortodôntica facilmente reconhecida como tal por
qualquer dentista moderno. (MOYERS, 1991, p. 4).
Posteriormente em (1855-1930) surgiu Edwar Hartley Angle que revolucionou a
ortodontia profundamente tentando regularizar a posição dos dentes através da publicação de
um sistema de aparelhos para correção dentária, criando uma escola para dentista seguindo
seus princípios, estabelecendo assim a especialidade em ortodontia. (MOYERS, 1991).
Angle, em 1899, publica um artigo onde se propõe a classificar as má oclusão autor
pressupôs que o primeiro molar permanente superior ocupava uma posição estável no
esqueleto crânio facial, e que as desarmonias decorriam de alterações anteroposterior da
arcada inferior em relação a ele. (FERREIRA, 1998).
Vários sistemas de classificação têm sido propostos por diversos autores porem será
enfatizada a classificação de Angle que foi provavelmente o instrumento de medidas mais
utilizado no século passado e também a que sofreu mais modificações formulada por outros
autores com a finalidade de aumentar o grau de precisão e da padronização de seus critérios.
Sistema de Angle não só persistiu como é integralmente e largamente usado até hoje. Passo
importantíssimo no desenvolvimento da ortodontia com a finalidade inicialmente de facilitar o
diagnóstico e o tratamento, possibilitando a comparação de casos clínicos com aspecto
semelhantes, ou distintos e a auto comunicação, posteriormente, conviria com precisão para
estudos epidemiológicos em grupos populacionais. (PINTO; GONDIM; LIMA, 2008).
Oportunamente em 1958 Wayne Bolton estudou através das características das
maloclusões de Angle as implicações no tratamento ortodôntico detectando as desarmonias de
tamanho entre os dentes superiores e inferiores, e as discrepâncias de tamanhos dentário
propondo um método extraordinaríssimo para a realização de um diagnóstico correto e
prognóstico no tratamento ortodôntico evidenciando os fatores negativos na finalização
adequada do caso devido a proporção dos dentes nos arcos.
Mota et al. 2004 afirma ainda que as discrepâncias individuais ou em grupos de dentes
podem estar associadas ao surgimento de diastemas ou apinhamentos, falta de engrena mento
dos dentes posteriores, alterações na sobressaliência, sobremordida e curva de spee.
O método criado por Bolton empregando tabelas estabelece o excesso de material
dentário existente em um dos arcos. (FERREIRA, 1998 ).
Sendo assim considerando a análise da discrepância dentária de Bolton em correlação
as características da maloclusões de classe I, classe II e classe III de Angle este trabalho terá
com proposta avaliar em modelos de gesso trinta indivíduos selecionados do acervo do curso
de ortodontia do núcleo Funorte do município de Feira de Santana BA, e determinará a
comparação das e quais constituirá a maior discrepância presente entre as classes I, II e III.
Para diagnóstico das discrepância de tamanho dentário é um dos métodos mais
difundidos no meio ortodôntico, devido a sua simplicidade, Bolton propôs uma análise de
tamanho dentário indicando proporções ideais entre os dentes superiores e inferiores para uma
excelente oclusão. (PIZZOL et al., 2011)
O ortodontista que estiver ciente destas possíveis discrepâncias estará mais bem
preparado para planejar precisamente um tratamento ortodôntico, mesmo em populações com
grande miscigenação racial, como no Brasil. (GONÇALVES JUNIOR, 2012)
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 ANÁLISE DE MODELO E SEU VALOR NO MÉTODO PROPOSTO POR BOLTON
Uma das análise mais importante para o diagnóstico e planificação do tratamento,
através dos modelos de estudo, se refere à determinação da discrepância entre o volume
dentário e o comprimento do arco para acomodar os dentes. Tal procedimento permitirá ao
ortodontista fazer uma previsão de espaço para o correto alinhamento dos dentes e, se
necessário, indicar as extrações dentárias convenientes. (MOYERS, 1991).
A localização das desarmonias intra e interarco e suas implicações no plano de
tratamento são auxiliadas pelo uso da análise da proporção dentária de Bolton. (MOYERS,
1991).
Os modelos de estudo se constituem em um dos elementos de grande importância para
o diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. As análises de modelo normalmente,
visam estabelecer uma relação entre o tamanho dos dentes e o tamanho das bases ósseas,
dando como resultado as discrepâncias que podem ser positivas, negativas, ou nulas.
(FERREIRA, 1998).
Os modelos das arcadas dentárias são indispensáveis no diagnóstico e planejamento
ortodôntico, sendo utilizado para avaliação do tratamento, controle de contenção e controle de
pós contenção. Concluindo que os dados obtidos com a análise de modelo constituem uma
parcela de informação indispensável para se chegar ao diagnóstico. Dentre os métodos de
análise de modelo, a análise de Bolton foi considerada eficaz, havendo uma discursão sobre o
real impacto das discrepâncias de tamanho dentário sobre diferenças de proporção entre os
diversos grupos raciais. (LEAL et. al., 2006).
Os modelos de gesso representa uma visão tridimensional da má oclusão e permitem
análise criteriosa dos arcos dentários superiores e inferiores, bem como da oclusão nos
aspectos vertical, transverso e Antero posterior. Tais informações são fundamentais
fornecendo detalhes em uma visão oclusal tal como: a forma do arco dentário, alinhamento
dos dentes, más posições individuais dos dentes, forma do palato, diastemas, apinhamento
dentário, e curva de spee .Entretanto o modelo de gesso em oclusão permite observar a
relação inter-arcos como ; assimetria, sobre mordida, sobressaliência, mordida aberta anterior,
mordida cruzada ,linha média, a relação molar (Classificação de Angle I, II, III). Além disso o
modelo de gesso é o único que fornece uma vista lingual da oclusão dos dentes, e constituem-
se em valiosa forma de registro legal. O modelo de gesso Permitem diferentes análises
ortodônticas, tais como as de Bolton, Moyers, Steiner e Tweed. (LEAL et al., 2006).
Recebem também uma conformação geométrica em suas bases. Conformação está em
que os modelos devem ser recortados de modo que uma base simétrica seja obtida a partir da
linha média do palato, ficando mais fácil analisar a forma dos arcos e detectar assimetrias
intra– arcos; e modelos cuidadosamente recortados e polidos com padrão estético são mais
aceitáveis para apresentação ao paciente causando um entendimento, e uma percepção
favorável, o que poderá ser necessário durantes consultas no decorrer do tratamento
ortodôntico. (LEAL et al., 2006).
Por meio dos modelos de gesso ortodônticos de pacientes, Facholli et al. (2006)
empregou uma ferramenta auxiliar, utilizando recursos da informática para facilitar e
melhorar o trabalho de planejamento ortodôntico, elucidando a presença de discrepância de
tamanho dentário, por meio da qual se pode ter a indicação direta do problema, seja na região
anterior ou posterior e precisar em qual dente está a discrepância, permitindo a planificação
das estratégias para resoluções dos mesmos e levar para um tratamento ortodôntico de
sucesso. Foi desenvolvido um programa de computador, onde se realizou a parti de medição
do modelo de gesso do paciente, com auxílio de paquímetro digital, aferindo em suas maiores
larguras mésiodistais de (primeiro molar ao incisivo central) de ambos os lados e em ambos
os arcos. Estes dados foram inseridos no programa de computador, onde o mesmo calcula a
discrepância de modelo. Apresentando a discrepância por segmento total, anterior, e posterior
e individual por elemento dentário.
Os modelos confeccionados para fins ortodônticos, devem reproduzir com precisão
uma cópia fiel detalhada de todas as estruturas anatômicas seja do ponto de vista dimensional,
seja dos detalhes resultante da boca. Precisam ser obtidos com a observação cuidadosa dos
preceitos da técnica, principalmente no quesito; o tempo decorrido entre da obtenção do
molde e seu preenchimento com gesso. Torna-se, em decorrência desse fenômeno fator
importante para a fidelidade de reprodução do modelo de gesso e consequentemente a
fidelidade para a análise a ser executada sobre ele. (HABIB et al., 2007).
Portanto para que a avaliação em modelos de gesso seja confiável, os modelos devem
apresentar fidelidade da porção anatômica- dentárias, vestíbulo bucal, freios e bridas e estar
corretamente recortados, com suas bases paralelas ao plano oclusal do arco superior e
perpendicular à rafe palatina mediana. Por conseguinte em assimetrias dentárias e esqueléticas
severas, nem sempre é possível obter a proporcionalidade ideal. Competindo ao profissional
nestas ocorrências prudência, ponderação. (HABIB et al., 2007).
2.2 ETIOLOGIA DAS MALOCLUSÕES
Muitas maloclusões são simplesmente variações clínicas significantes do crescimento
normal e da morfologia. Ao contrário das enfermidades ou lesões patológicas, a maloclusão
pode ser resultados da combinação de pequenas variações do normal, cada qual demasiado
suave para ser classificada como anormal, mas sua combinação ajuda a produzir um problema
clínico. Devido aos diferentes locais etiológicos primários :maloclusão (dentes), mal função (a
neuromusculatura) e displasia ou disgnatia óssea (o esqueleto craniofacial). (MOYERS,
1991).
Nos estudo de Moyers, este identificou que Angle em 1899 descreveu a maloclusões
de classe I (netroclusão); “oclusão normal” onde os primeiros molares permanentes estão
normalmente em oclusão normal, e definiu três classes de maloclusões baseadas na relação
ântero-posterior normal dos maxilares, o primeiro molar superior onde a cúspide
mésiovestibular deste molar deveria ocluir entre as cúspides mesial e distal do primeiro molar
inferior. (MOYERS, 1991).
Um dos fatores etiológicos da má-oclusão é a falta de uma perfeita correlação entre o
tamanho dos dentes superior e inferior, ocasionando uma relação desarmônica entre os arcos
dentário. É necessário captar a complexidade real e encarar a oclusão como relação plural
identificada como a relação mutua em todos os elementos que compõem o sistema
estomatognático. Para Cabrera e Cabrera (1997) a etiologia da má oclusão está dividida em
fatores intrínsecos e extrínsecos sendo este o método ou a classificação mais aceita hoje em
dia. (CABRERA; CABRERA, 1997).
A publicação da classificação de Angle, foi importante no desenvolvimento da
ortodontia não apenas por classificar as maloclusões mas também por incluir a primeira
definição clara e simples de oclusão normal da dentição natural. Esta classificação tem se
mostrado muito útil, para os propósitos a que se destina: ideias da etiologia, plano de
tratamento, objetivos a serem alcançados e facilitar a comunicação de uma maneira simples e
objetiva, é de fácil execução são necessários os modelos de gesso adequadamente obtidos, um
grafite e uma régua milimétrica, podendo ser efetivada rápida com exatidão. (MIGUEL
NETO; MUCHA, 2000).
As posições do dente não são determinadas ao acaso, mas por numerosos fatores
controladores, tal como a largura do arco e o tamanho do dente. O alinhamento da dentição
nos arcos dentários ocorre como resultado de forças multidirecionais complexas atuando nos
dentes durante e após a erupção. (0KESON, 2008).
Segundo Pinto, Gondim e Lima (2008) a Organização Mundial de Saúde, inclui a má
oclusão como, “conjunto de anormalidades dento faciais,” as quais são definidas como
anormalidades que causam deformação ou que impedem a função e que, portanto, requerem
tratamento. Atualmente essa incidência tem aumentado progressivamente alcançando um
número preocupante para a população. Este fato deve-se principalmente a evolução do
homem, na escala filogenética, em relação ao desenvolvimento craniofacial.
2.3 AS MÁS OCLUSÕES DE ANGLE
A má oclusão de classe I, II, III, foi inicialmente descrita por Angle, em 1899, através do
seu sistema de classificação simplificada com apenas três classes e suas divisões e subdivisões
e de fácil compreensão. Tornou-se e ainda é hoje, a mais tradicional e utilizada na ortodontia
por ser didática,e prática. (MOYERS, 1991).
CLASSE I
A base óssea que sustenta a dentição mandibular está diretamente abaixo do osso
maxilar e nenhuma delas está muito distante anterior ou posterior em relação ao crâneo.
Portanto, a maloclusão está restrita às mal posições dos próprios dentes em suas bases ósseas.
(MOYERS, 1991).
As maloclusões de classe I, são originadas por desarmonia entre os volumes ósseo
dentário. Consequentemente, podem haver problemas oclusais combinados ou isoladamente,
proporcionando apinhamentos
diastemas, giroversões, sobremordida exagerada, mordida
aberta, cruzamento de mordida ou ainda biprotrusão dos dentes anteriores superiores e
inferiores, com o segmento posterior bem relacionado.
Frequentemente, as funções musculares responsáveis pelo equilíbrio ortogonal dos
dentes estão normais. Apresentam perfil reto e ou convexo em geral nos casos de mordida
aberta ou biprotrusão. A maloclusão está geralmente confinada aos dentes anteriores e restrita
essencialmente a má posição dentária. Apesar de apresentarem maior incidência de
maloclusão, não são as mais tratadas, pois comumente a estética não é tão comprometida.
(FERREIRA, 1998).
Angle denominou chave molar a oclusão correta entre os molares permanentes
superior e inferior, na qual a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior oclui no
sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior.(FERREIRA, 1998).
CLASSE II
Seis tipos horizontais de mal oclusão de classe II foram identificados, bem como cinco
tipos verticais.
Procedendo em uma diversificação de problemas que vai do mais simples ao mais difícil cada
uma apresentando características própria em um contexto que define-se cada tipo de classe II
com suas anomalias.
Resultando numa relação molar semelhante mas com cacterística dentária diferentes Angle
criou divisões classe II divisão I e classe II divisão II, e as subdivisões por apresentarem
distoclusão somente de um lado do arco dental. (MOYERS, 1991).
Na classe II Angle enfatiza a distoclusão, posição da mandíbula distal em relação a
maxila.Enquanto que a relação do 1° molar permanente inferior situa-se distalmente ao 1°
molar superior. Portanto a distoclusão do 1° molar inferior permanente é uma característica
determinante da classe II de Angle.
Se enquadra também uma morfologia
craniofacial
diferente originando uma classe II dentária ou esquelética. (FERREIRA, 1998).
CLASSE II divisão 1
Na classe II divisão 1 Angle situou a distoclusão na qual os incisivos superiores estão
tipicamente em labioversão extrema. (MOYERS, 1991).
São frequentes nestes pacientes de classe II divisão 1 os problemas de desiquilíbrio da
musculatura facial, decorrentes do distanciamento vestíbulolingual entre incisivos superiores
e inferiores. O perfil destes pacientes é em geral convexo. Observa-se a presença de mordida
profunda;
Pois o contato oclusal dos incisivos está alterado pela sobressaliência ou ¨overjet, e ou
mordida aberta presente nos pacientes que possuem hábitos inadequados. Falta ou excesso de
espaço no arco, cruzamentos de mordida e más posições dentais individuais. (FERREIRA,
1998).
A má oclusão de classe II divisão 1 de Angle apresenta diversas caracterizações, e a
determinação do planejamento mais adequado deve ser em função do problema específico do
paciente, com base em suas evidências clínicas e cefalométricas. (GIMENEZ et al., 2007)
Ainda que a má oclusão de classe II divisão 1 de Angle seja encontrada em
aproximadamente um terço da população, seu prejuízo estético talvez responda pela alta
prevalência desta má oclusão entre os indivíduos que procuram a correção ortodôntica.
(CALHEIROS et al., 2008).
A má oclusão de casse II divisão 1 de Angle apresenta uma discrepância dentária
antero- posterior, agravando-se quando se associa a uma desarmonia esquelética que pode ser
decorrente de uma deficiência mandibular, ou protrusão maxilar ou combinação de ambas. O
perfil facial muitas vezes acarreta consequências psicossociais. (FREITAS, 2009).
Classe II divisão 2
É ressaltado na classe II divisão II apenas os incisivos laterais superiores se encontram
projetados, ao contrário dos incisivos centrais superiores que apresenta uma inclinação axial
verticalizados ou lingualizados. Os perfis faciais mais comuns a esta má oclusão são o perfil
reto e o levemente convexo, associados respectivamente à musculatura equilibrada ou aquela
com suave alteração.
Normalmente é possível encontrar uma sobre mordida vertical excessiva anterior, e
uma curva de spee acentuada com extrusão dos incisivos inferiores. (FERREIRA, 1998).
CLASSE III
Na classe III evidenciamos a mal oclusão em mesioclusão na qual o 1° molar
permanente inferior relaciona-se mesialmente com a cúspide meseiovestibular do 1° molar
permanente superior.
A literatura fala geralmente sobre prognatismo mandibular (classe III resultante da
hiperplasia mandibular), deficiência da face média (classe III resultante de um relativo
encurtamento AP da região maxilar) e “pseud. o funcional” classe III (relação molar classe III
resultante, em parte, do deslocamento funcional da mandíbula em fechamento para oclusão.
(MOYERS, 1991).
O aspecto esquelético em que a maxila está deficiente em sua face média ou seja
retruída e há um prognatismo mandibular; caracteriza um perfil facial predominantemente
côncavo, com uma musculatura em geral desequilibrada, mordida cruzada posterior ou
anterior são frequentes, problema de espaço (falta ou excesso), mordidas abertas ou profundas
e más posições dentais individuais. (FERREIRA, 1998).
A má oclusão de classe III pode ser definida como discrepância esquelética facial
caracterizada por uma posição anteriorizada da mandíbula em relação a base do crâneo e da
maxila. Essa discrepância facial pode resultar de uma diversidade de combinações
morfológicas entre as bases apicais maxila e mandíbula, tanto no sentido sagital como no
vertical. (PITHON; BERNADES, 2004).
Existem outras características clínicas que podem associar à classe III esquelética, tais
como: assimetria facial, mordida cruzada anterior, com desvio funcional, o que resulta numa
mordida cruzada posterior; ângulo goníaco aumentado; altura facial inferior aumentada e
vestíbulo-versão dos incisivos inferiores. A mesioclusão do primeiro molar permanente
inferior é a cacterística determinante da má oclusão de classe III. Nota-se que o sulco mésio
vestibular do primeiro molar inferior está mesializado em relação a cúspide mésio-vestibular
do primeiro molar superior. (MARTINS; FERREIRA, 2004).
Para (PITHON; BERNADES, 2004), na pseudo-classe III, o paciente apresenta um
pseud. prognatismo. A mandíbula e a maxila são de tamanho e proporções normais, as
inclinações dentárias são adequadas e os tecidos moles equilibrados, contudo o reflexo
postural faz o paciente deslizar a mandíbula anteriormente para desviar uma interferência
oclusal, dando a aparência que o paciente é prognata.
Segundo Araújo e Araújo (2008) a correção da grande maioria dos casos de classe III
incidirá por uma intervenção orto- cirúrgica, após o período de crescimento. Porém há aqueles
que, mesmo concordando com o peso da hereditariedade na etiologia
da classe III,
entendam ser possível modificar o padrão e a direção do crescimento através de um
tratamento não cirúrgico. A abordagem da classe III demanda cuidados especiais no
diagnóstico e nas decisões quanto ao período de intervenção e o tipo de tratamento.
As características do perfil da classe III conduzem a necessidade de uma abordagem
terapêutica precoce. O tratamento do paciente deve ser acompanhado no decorrer do seu
crescimento, tendo em vista que o crescimento maxilar dos portadores de classe III tende a ser
deficiente, não descartando um tratamento orto-cirúrgico. (MENDONÇA, 2009).
O diagnóstico adequado é indispensável para a decisão do tratamento, uma vez que
pode ser observado o envolvimento de vários tecidos tais como dentes, ossos, e musculatura,
que caracterizam, respectivamente os tipos de classe III dentária, esquelética e funcional. O
retrognatísmo maxilar, o prognatismo mandibular e a combinação destas discrepâncias são
frequentes nos problemas esqueléticos. (SOUZA; GONÇALVES; PINHEIRO, 2010).
2.4 A IMPORTÃNCIA DA ANÁLISE DE BOLTON
Somados ás observações visuais diretas dos modelos dentários do paciente, são usados
radiografias, cefalogramas e fotografias na análise do desenvolvimento oclusal e dental. O
exame da dentição durante o tratamento deve incluir a identificação dos efeitos do tamanho
dentário através da análise de Bolton, para propósitos de diagnóstico e prognóstico
ortodôntico, obtendo-se um alinhamento preciso dos dentes. (MOYERS, 1991).
Bolton em 1958, estudou os efeitos interarcos de discrepâncias no tamanho dentário
para planejar um procedimento com vistas a determinar a proporção total do diâmetro dos
dentes inferiores versos superior. O estudo dessas proporções ajuda a avaliar as relações de
sobre mordida e sobressaliência que serão obtida ao final do tratamento, os efeitos das
extrações consideradas na oclusão posterior e nas relações incisais, e a identificações e
desajustes oclusais produzidos pelas incompatibilidades do tamanho dentário interarcos.
Realizou um estudo no qual foram avaliados 55 pacientes com oclusão excelente, sendo que
44 já haviam sido tratados ortodonticamente e os demais não. Foram utilizados modelos de
gesso para avaliar o diâmetro mesiodistal de cada dente, dos 12 dentes superiores e dos 12
dentes inferiores, excluindo os segundos molares. Posteriormente, ele dividiu o comprimento
total do arco mandibular pelo comprimento total do arco dentário maxilar, multiplicando o
resultado por 100. Obteve-se uma razão entre os arcos, a qual ele denominou de “proporção
total”. Do mesmo modo, foi relacionado o segmento anterior entre os arcos maxilar e
mandibular, compreendendo as dimensões dentárias de distal a distal de canino e o resultado
foi denominado de “proporção anterior”, com uma equação para os seis dentes. (BOLTON ,
1958 apud BORGES, 2011).
Não apenas uma única discrepância no tamanho do dente pode ser impertinente, mas o
acúmulo de pequenas diferenças por todo arco pode produzir dificuldades na obtenção de uma
oclusão perfeita. Estão disponível dos métodos práticos: a análise da proporção dentária de
Bolton e a análise do tamanho mesiodistal coronário de Sanin-Savara. (MOYERS, 1991).
Neff, estabeleceu pela primeira vez um coeficiente desta proporção. Limitando-se a
região anterior. Avaliando 200 casos, mediu a soma dos diâmetros mésiodistais dos seis
dentes anteriores superiores e dividiu pela soma dos diâmetros mésio-distais dos seis dentes
inferiores, e observou que os dentes anterossuperiores devem se apresentar cerca de 20%
maiores que os inferiores para que as relações vertical e horizontal sejam adequadas. (NEFF
apud RAMOS et al., 1996).
Motta et al. (2004) No intuito de avaliar a ocorrência das desarmonias de tamanho
dentário, selecionaram 161 pacientes, preenchendo os pré-requisitos estabelecidos.
Observando, ainda a existência de diferenças por gênero e por grupos de má oclusão, neste
estudo o grupo foi dividido em três subgrupos de má oclusão, baseado no tipo de relação
molar. Determinaram neste estudo que as médias encontradas para as más oclusões de classe
I, II e III foram significativamente maiores que aquelas descritas por Bolton em 1958.Porém
as comparações das médias obtidas para a razão total e a razão anterior de homens e mulheres
entre si, das médias dos três subgrupos de má-oclusão entre si e entre gêneros masculino e
feminino, separadamente, dentro de cada subgrupo de má-oclusão, não demonstraram
diferenças significativas.
Em casos cirúrgicos a incompatibilidade entre as arcada dentárias e bases ósseas torna
a discrepância entre o tamanho dos dentes difícil de ser diagnosticada pelo método visual.
Sendo imprescindível a mensuração para obter-se o diagnóstico correto. Assim em pacientes
com deformidades dento faciais, essa desproporcionalidade dentária torna-se um desafio
complementar na correção da má oclusão, na qual o índice de Bolton constitui uma
ferramenta valiosa para identificar desarmonias de tamanho dentário entre os arcos, as quais
poderiam inviabilizar um correto relacionamento oclusal, tão almejado durante o tratamento.
(CARREIRO et al., 2005).
Sendo assim, é importante que a avaliação da discrepância de tamanho dentário seja
aplicada a todos os casos ortodônticos. Embora o índice de Bolton seja amplamente difundido
e relativamente simples de ser aplicado, muitos profissionais não o utilizam durante a
avaliação clínica, uma vez que o método requer cálculos e a utilização de tabelas que nem
sempre estão disponíveis no momento do atendimento paciente.
Ocasionalmente dentes
com tamanhos desproporcionais são facilmente detectados; entretanto, discrepância
significativas podem ocorrer no conjunto total dentário das arcadas sendo de difícil
visualização clínica. (PIZZOL et al., 2005).
Deste modo, alguns estudos propuseram, a partir de análise de oclusões normais,
proporções ideais entre o tamanho dos dentes superiores e inferiores. (CARREIRO et al.,
2005).
No intuito de avaliar a discrepância de tamanho dentário, nas diferentes oclusões
dentárias e sua relação com os parâmetros que determinam a forma de arco e o
posicionamento dentário na região anterior e a ocorrência de dimorfismo sexual, foram
avaliados 185 pares de modelos de gesso de indivíduos do gênero masculino e do gênero
feminino, portadores de oclusão normal e de más oclusões. Na condição que foi desenvolvido
este estudo o resultado e a conclusão em relação a razão do somatório de todos os dentes não
houve diferenças significante entre os portadores de oclusão normal, de classe I (CL I), de
classe II (CL II) e de classe III (CL III), indicando que a relação entre dentes superiores e
inferiores não influência na ocorrência das más-oclusões. No entanto na razão entre o
somatório dos dentes anteriores superiores e dos dentes inferiores apresentaram diferença
estatística significantes principalmente os portadores de classe II e III, que implica num maior
diâmetro mesiodistal dos dentes anteroinferiores. De acordo com o estudo realizado sobre a
influência dos gêneros sobre as medidas, as médias adquiridas foram estatisticamente iguais
entre o gênero masculino e feminino, apenas houve um acréscimo significativo no gênero
masculino na relação entre as dimensões dos arco dentário. (CARREIRO et al., 2005).
De acordo com Yamuguto e Vasconcelos (2005), a determinação das medidas dos
diâmetros meseiodistais são fundamentais no momento do diagnóstico e planejamento
ortodôntico. Realizaram um estudo no qual foram avaliados 60 modelos de gesso ortodônticos
de indivíduos do gênero masculino e feminino, aferiu as medidas da largura mésio-distais dos
dentes, determinou o valor médio para largura de cada dente e observou a presença de
dimorfismo sexual, em indivíduos brasileiros leucodermas, na faixa etária de 12 e 21 anos de
idade, que apresentavam no mínimo quatro chaves de oclusão. Observaram a presença de
dimorfismo sexual, em todas as distancias mesiodistais dos dentes; dos indivíduos do gênero
masculino foram maiores que as dos dentes do indivíduos do gênero feminino. Deste modo,
atribuir a real importância do cálculo da discrepância do tamanho dentário entre os arcos
superior e inferior, torna-se relevante para o ortodontista, no entendimento das limitações da
terapia ortodôntica e consequente sucesso do tratamento.
Segundo Souza et al. (2006), quando a discrepância de tamanho dentário acontece por
redução da largura mesiodistal, verifica-se a presença de diastemas generalizados, e de forma
mais comum entre os incisivos superiores. Nestes casos consideram-se estes espaços, ou
ausência de contato entre dois ou mais dentes consecutivos, uma condição patológica.
Desde meados do século XX as discrepâncias entre o tamanho mésio-distal dos dentes
superiores e inferiores bem como seus efeitos sobre a oclusão, tem sido relatados. Sendo
Black um dos pioneiros na pesquisa sobre o tamanho dentário. Vários autores afirmaram que
discrepâncias individuais ou em grupos de dentes podiam estar associados ao surgimento de
diastema ou apinhamentos, falta de intercuspidação dos dentes, alterações na sobressaliência,
na sobremordida e na curva de spee. (FACHOLLI et al., 2006)
Para Facholli et al. (2006) a tecnologia da informática, veio facilitar e melhorar o
trabalho de planejamento ortodôntico, elucidando a presença de discrepância de tamanho
dentário, através de recursos registrando diretamente onde se encontra o problema, seja na
região anterior ou posterior e precisar em qual dente está a discrepância. Foi desenvolvido um
programa de computador, onde se realizou a partir de medições de modelo de gesso do
paciente, das maiores larguras mesiodistais dos dentes permanentes de ambos os lados e em
ambos os arcos, da direita para a esquerda, realizando com auxílio de um paquímetro digital,
obtém-se os dados para serem inseridos no programa de computador desenvolvido. As
medições devem ser com as pontas do paquímetro digital, colocadas o mais paralelamente
possível em relação às superfícies oclusal e vestibular, em suas maiores larguras mesiodistais.
Após serem preenchidos os campos do programa com os dados de identificação do paciente e
as medidas das larguras mesiodistais, o mesmo calcula a Discrepância de Tamanho Dentário
de Bolton. Simplificando para o ortodontista, pois não é necessário realizar nenhum cálculo
matemático ou auxiliar-se de nenhuma tabela de valores, eliminando a probabilidade de erros.
Leal et al. (2006) estudaram as análises de modelos mais utilizadas nos processos de
diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico, realizando uma revisão de literatura
com preferência pelos estudos publicados em pesquisa de populações diferentes daquelas que
originaram os métodos descritos. Concluíram que a análise de Bolton demonstrou eficácia.
Conforme Ribeiro (2007) esse estudo foi para avaliar a distribuição das proporções
interarcos de Bolton numa população brasileira do Vale do Paraíba, pois a avaliação deste
padrão de numa amostra de pacientes brasileiros apresenta poucos estudos. Originalmente o
trabalho de Bolton foi realizado com pacientes brancas americanas com oclusão normal.
Foram selecionados 91 medições em modelos de gesso através do paquímetro digital, sendo
37 modelos de pacientes do gênero masculino e 54 modelos do gênero feminino portadores
de diferentes tipos de má-oclusão e de diferentes etnias; o padrão facial também foi avaliado.
As médias encontradas para a razão total foram muito semelhantes comparadas com as
encontradas por Bolton; para homens e mulheres separadamente. Entretanto para a razão
anterior, na amostra total e também no sexo feminino e masculino separadamente,
comparadas com as obtidas por Bolton, observou-se uma diferença significativa, com valores
maiores. Concluindo-se que a análise de Bolton pode ser usada em pacientes brasileiros do
Vale do Paraíba tanto no sexo feminino como no masculino com segurança se for levado em
consideração a razão total dos 12; e se for considerada apenas os 6 dentes anteriores a
variação encontrada é muito alta e boa parte dos pacientes não terá uma relação anterior na
média ;na razão anterior e na razão total apresentaram discrepância maiores do que 2 desvio
padrão do estudo de Bolton e a relação entre os tamanhos dos dentes da maxila e da
mandíbula depende da população analisada. No tratamento ortodôntico busca-se o correto
alinhamento e nivelamento, a oclusão perfeita entre os arcos superiores e inferiores. Para se
obter esses resultados é essencial a harmonia do tamanho dentário.
De-Marchi e Ramos (2010) pesquisaram a incidência da proporção anterior e total de
Bolton em jovens e adultos e testou a hipótese de que a história odontológica (restaurações
proximais) pode gerar maior prevalência de discrepância inter-arcos. Analisou 60 modelos de
estudo obtidos previamente ao tratamento, constituído em dois grupos: composto por
pacientes jovens de 12 e 18 anos de idade (grupo controle); ao grupo de adulto acima de 20
anos de idade, incluindo pacientes com restaurações proximais. As médias das proporções
encontradas para o grupo controle e para o gupo adulto não apresentaram diferenças
estatisticamente entre si e em relação aos parâmetros determinados por Bolton. No grupo
adulto com restaurações proximais,21,5% da amostra considerando-se a proporção total e
31,58% considerando-se a proporção anterior, apresentaram. Valores maiores que mais ou
menos dois desvio padrão. Foi demonstrado que o histórico odontológico pode interferir na
variabilidade da discrepância inter-arcos. Deste modo entre os objetivos do tratamento
ortodôntico destacam-se a correta intercuspidação e adequada sobremordida e sobressaliência.
Para obter estes resultados é necessário uma relação harmoniosa entre as dimensões
mesiodistais dos dentes superiores em relação aos dentes inferiores.
Entretanto Pizzol et al. (2011), afirma que para Bolton, essa proporcionalidade se dá
pelo somatório do diâmetro mesiodistal dos dentes da arcada inferior em relação aos dentes da
arcada superior. Contudo, alguns fatores (como dimorfismo sexual, variações raciais e étnicas,
tipo de má oclusão, inclinação dos dentes anteriores, espessura das bordas incisais e curvatura
do segmento anterior) podem afetar essa proporcionalidade, normalmente requerendo ajustes
da proporção anterior, como descrito por Bolton. O método proposto por Bolton é,
inegavelmente um dos mais difundidos no meio ortodôntico devido à sua respectiva
simplicidade. Porém, a aplicação desse método demanda cálculos matemáticos e o uso de
tabelas, dificultando a sua utilização durante a avaliação clínica.
Borges (2011) Realizou uma revisão de literatura sobre a discrepância de Bolton na
qual observou que não houve diferenças significativas entre tipos de más oclusões de Angle
classe I, II e III; no somatório da razão total, portadores de classe I e III apresentaram maior
prevalência de discrepância de tamanho dentário do que portadores de classe II, e na razão
anterior a discrepância foi significativamente maior para as maloclusões de classe II e III,
sendo os fatores de maior relevância a espessura do incisivo central superior, a curvatura do
arco e as angulações, a maioria dos excesso são mandibulares com exceção na classe II; não
houve dimorfismo sexual. Conclui que os casos com discrepância de Bolton deve ter um
tratamento com desgaste interproximais, extrações dentárias de pré-molares ou de incisivo
inferior ou através da interação de especialidades.
Segundo Gonçalves Junior (2012), no estudo sobre a avaliação da incidência da
discrepância de tamanho dentário foi realizado uma pesquisa por: Araújo e Wilhelm (1986
apud GONÇALVES JUNIOR, 2012) na qual analisou 195 modelos de estudo, sendo 70 do
gênero masculino e125 do gênero feminino, portadores de classe I e II de Angle. Ocorreu
discrepância de Bolton em todos os modelos estudados, sendo que 36% dos mesmos
apresentaram excesso dentário maior que 2mm, o excesso dentário foi maior no arco inferior
em relação ao arco superior tanto na região anterior como posterior, e não houve diferença
significante entre as más oclusões de classe I e II de Angle. Não houve diferença entre os
gêneros.
De acordo com Godoi (2012) é importante individualizar os casos avaliando o
diâmetro mesiodistal, para posteriormente indicar qual dente deve ser extraído ou ser
desgastado, para uma correta oclusão na fase final do tratamento. O ortodontista, ao planejar o
tratamento do paciente, deve estar atento a alta prevalência de segundos pré- molares
superiores menores que os primeiros pré- molares superiores, incorporando a análise de
Bolton no diagnóstico, independente de sexo, etnia ou tipo de má oclusão.
Gonçalves Junior (2012) avaliou 711 modelos de estudo de pacientes brasileiros prétratamento ortodôntico, com o objetivo de comparar a discrepância das maloclusões de Angle
na razão total comparando com a razão anterior. A amostra abrangeu 711 pacientes brasileiros
os quais foram divididos em três grupos, de acordo com suas más oclusões classeI;321
pacientes, classe II divisão 1 :306 pacientes, classe II divisão 2: 18 pacientes, classe III: 66
pacientes, composta por gênero masculino e feminino. Conluio que não existem diferenças
estaticamente significante na proporção total e anterior entre os grupos de má oclusão (c I, c
II-1 e2 e classe III). A seguinte hipótese de nulidade (Ho) foi testada: não há diferença entre
as discrepância de tamanho dentário (total e anterior) entre as más oclusões de Angle,a
hipótese de nulidade foi aceita. O nível de significância adotado foi de 5%, ou seja P> (0,05).
De acordo com este estudo, não existe correlação entre o tipo de má oclusão e a presença de
discrepância de tamanho dentários entre os arcos para a população brasileira.
3 OBJETIVO
Identificar em qual classe de Angle acomete a maior e menor discrepância de Bolton.
4 MATERIAS E MÉTODOS
Para a elaboração deste trabalho, foram selecionados trinta modelos de gesso de
arcadas dentárias de indivíduos de ambos os gêneros, na faixa etária de quinze à trinta anos de
idade. Baseado na classificação de Angle foi escolhido dez modelos de gesso de classe I, II e
III por meio dos arquivos dos cursos de ortodontia do núcleo Funorte da cidade de Feira de
Santana / BA.
Os modelos de gesso dos indivíduos desses arquivos foram selecionados seguindo os
seguintes critérios de inclusão:
Indivíduos do gênero masculino e feminino residentes no município de Feira de
Santana /BA.
Apresentar idade de quinze à trinta anos de idade.
Presença de todos os dentes permanentes totalmente irrompidos até os primeiros
molares.
Os modelos de gesso, obtidos da documentação ortodôntica, não apresentavam
distorções, bolhas ou fraturas que dificultassem as medições.
Ausência de tratamento ortodôntico anterior.
A amostra compreendeu de trinta modelos de gesso de indivíduos, os quais foram
divididos em três grupos; dez modelos de classe I, dez de classe II e dez de classe
III de Angle.
Após a seleção dos indivíduos e separados os modelos de gesso (de estudo) foi
elaborado em seguida a classificação de Angle em classe I, II e III utilizando critérios
necessários através da análise de Bolton com o propósito de comparação com o fim de
encontrar a maior divergência dentre as classes de Angle. Todas as medições foram realizas
por um único examinador, com o uso do compasso de ponta seca e régua milimétricas foi
mensurada e registrado o diâmetro mesiodistal de cada dente a partir do primeiro molar
permanente até o outro segmento da mesma arcada, tanto na superior como na inferior e
registrado o resultado obtido na fixa de anotações do próprio indivíduo. Efetivado isto usou a
equação e a tabela de Bolton, para obtenção da proporção total e anterior (caninos e
incisivos), respectivamente no qual o resultado foi comparado com o fator considerado
normal. Os modelos de gesso dos indivíduos analizados, tiveram cem por cento de
discrepância de Bolton.
Segundo Bolton se a relação total exceder a (91,3+ o desvio padrão de 1,91), a
discrepância será devido a um excesso de material dental inferior. Na tabela localizaremos o
valor correspondente ao diâmetro dos dentes superiores do paciente. Na coluna ao lado estará
a medida dos inferiores desejada. A diferença entre a medida dos inferiores real e a desejada é
a quantidade excessiva de material dental inferior. Se a relação for menor que 89,39(91,3- o
desvio padrão de (1,91), a discrepância será devida a um excesso de material dental superior.
O mesmo procedimento é realizado só para os seis dentes anteriores (caninos e incisivos). A
relação centesimal média desejada é de 77,2 com desvio padrão de 1,65. Se a proporção
anterior exceder a (77,2+ o desvio padrão de 1,65) haverá excesso de material dental inferior;
se for menor que 75,55(77,2- desvio padrão de 1,65) haverá excesso de material dentário
superior. (FERREIRA, 1998).
Equação de Bolton.
Soma dos mandibulares (“12”)
Total
__________________________x 100 = proporção
Soma dos maxilares (“12”)
Soma dos mandibulares (“6”)
Parcial anterior
________________________x 100 = proporção
Soma dos maxilares (“6”)
TABELA 1- Análise de Bolton das discrepâncias de tamanho dentário
Fonte: Leal et al.,2006.
Para quantificar a discrepância, após localizar em qual arco está o problema, procurase na tabela o valor correspondente ao diâmetro do arco sem excesso, seja ele superior ou
inferior e ao lado estará o valor ideal para o arco oposto, a diferença entre a medida ideal e a
do paciente será a quantidade excessiva de material dentário. Comparando-se o cálculo de 12
e de 6 dentes pode-se também localizar se a discrepância está situada apenas na região
anterior, apenas na posterior ou distribuída por todo o arco. (LEAL et al., 2006).
5 RESULTADO
A análise foi realizada através da mensuração do maior valor de dimensão mesio distal
dos dentes utilizando o método de Bolton; no qual 100% dos modelos de gesso dos indivíduos
analisados apresentaram Discrepância de Bolton. Foram obtidas as médias para as razões total
e anterior e então avaliadas as diferenças entre os grupos de más-oclusões de classe I, II, e III
de Angle.
Foi encontrado maior discrepância nos indivíduos do grupo de classe III seguido pelo
grupo de classe I na razão total.
No grupo de indivíduos da classe II foi constatada a menor discrepância das classes,
estes resultados estão representados nos gráficos abaixo.
Figura 1 – Análise descritiva ( Discrepâncias)
Razão Total
2,46
3,48
Razão Anterior
Classe I
Classe II
2,22
3,37
Classe II
Classe III
2,04
Classe I
Classe III
2,82
Os resultados mostram que as médias encontradas para discrepância de tamanho
dentário em todos os grupos não constituíram diferenças significativa; e que a média dos
valores da discrepância total e da discrepância anterior aproximam-se da médias de Bolton.
Isto é ressaltante clinicamente, pois a finalização do caso exige que a relação entre o tamanho
dos dentes superiores e inferiores seja de alguma forma proporcional.
6 DISCUSSÃO
Neste estudo, foi empregado uma amostra composta de 30 modelos de estudo
portadores de diferentes tipos de más oclusão, sendo classificados 10 de cada. Entretanto
mesmo diante destas amostras estas precisam ser considerada na elaboração do diagnóstico e
plano de tratamento, pois pode comprometer os objetivos e resultados do tratamento
ortodôntico.
A importância da análise da proporção do tamanho entre os dentes superiores e
inferiores nas más oclusões de classe I, classe II e classe III vem fornecer um planejamento
mais seguro, para a realização de um correto diagnóstico e prognóstico, para a excelência da
finalização do tratamento ortodôntico. O não cumprimento impossibilita o ortodontista de
alcançar os objetivos proposto. Moyers (1991) afirma que a localização das desarmonias intra
e interarcos e suas implicações no plano de tratamento são auxiliadas pelo uso da análise da
proporção dentária de Bolton
Os critérios de inclusão deste estudo estão de acordo com os utilizados em inúmeros
trabalhos já publicados tais como: De-Marchi e Ramos (2010), Motta et al. (2004) e Ribeiro
(2007).
Estes critérios são importantes para se evitar alterações nas mensurações mesiodistais
dos dentes, que poderiam interferir nos resultados, e possibilitar a análise de Bolton nos
modelos de gesso.
Para a população brasileira, estudos de, Motta et al. (2004), De-Marchi e Ramos
(2010) e Ribeiro (2007) e utilizaram respectivamente amostras com 161, 91, e 60 pares de
modelos de pacientes. Uma amostra maior resulta em uma grande variabilidade de pacientes,
aumentando a confiabilidade dos resultados.
Foi identificado neste estudo que indivíduos de classe III, acompanhado de indivíduos
de classe I de Angle apresentaram prevalência significativamente maior de discrepância de
tamanho dentário em relação a indivíduos com classe II, no somatório da razão total, e
discrepância de tamanho dentário na razão anterior por indivíduos com classe III foi
significativamente maior que a de casse I e classe II. Em relação a esses achados; concordam
com os de, Borges (2011), Carreiro et al. (2005) e Pizzol et al. (2005).
As médias encontradas para a razão total e a razão anterior da amostra dos modelos de
gesso dos indivíduos dos cursos de ortodontia do núcleo Funorte da cidade de Feira de
Santana /BA foram comparadas com as médias encontradas por Bolton observou serem estas
muito semelhantes. Tal achado está de acordo com Carreiro et al. (2005), Motta (2004) e
Ribeiro (2007), que também encontraram médias muito similares a de Bolton.
Carreiro et al. (2005) concluíram que as proporções estabelecidas por Bolton não se
aplicaram perfeitamente ao grupo de oclusão normal e sugeriram o estabelecimento de um
padrão para brasileiros lecodermas.
Para De-March e Ramos (2010) as médias das proporções total e anterior entre o
grupo controle jovem, o grupo de adultos e as médias descritas por Bolton não apresentaram
diferenças estaticamente significantes. Portanto, sugerindo que a análise de Bolton é aplicável
para pacientes brasileiros jovens e adultos, sem dimorfismo sexual.
Yamaguto e Vascuncelos (2005) observou a presença de dimorfismo sexual em todas
as distâncias mesio-distais dos dentes do gênero masculino maiores que as do gênero
feminino, e Ribeiro (2007) encontrou valores maiores no sexo masculino e feminino para a
razão anterior em indivíduos do vale do Paraíba.
Ribeiro (2007) Conclui-o que a análise de Bolton pode ser usada em pacientes
brasileiros do Vale do Paraíba tanto no sexo masculino como no sexo feminino com
segurança se for levada em consideração a razão total dos 12; se for considerada apenas os 6
dentes anteriores as médias encontradas permitem concluir que a discrepância anterior é uma
referência segura, mas a variação encontrada foi muito alta e boa parte dos pacientes não terá
uma relação anterior na média. A relação entre os tamanhos dos dentes da maxila e mandíbula
depende da população analisada.
Resultados semelhantes ao deste trabalho para a relação total e anterior foram
encontrados na população do Vale do Paraíba no estudo feito por Ribeiro (2007).
Leal et al. (2006) estudaram as análises de modelos mais utilizadas nos processos de
diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico, realizando uma revisão de literatura
com preferência pelos estudos publicados em pesquisa de populações diferentes daquelas que
originaram os métodos descritos. Concluíram que a análise de Bolton demonstrou eficácia.
Essa pesquisa teve como um dos objetivos, colaborar por meio das medições dentárias
mesio-distais, obter a determinação da discrepância dentária em modelos de gesso, afim de
contribuir com informações cabíveis ao diagnóstico ortodôntico pois o diagnóstico é um fator
essencial para elaboração de um plano de tratamento. Concordando com os estudo de Godoi
(2012) no qual cita a importância de individualizar os casos medindo o diâmetro mesio-distal,
para posteriormente indicar qual dente deve ser extraído ou desgastado, para uma correta
oclusão na fase final do tratamento. Confirmando a importância do diagnostico através das
medições dentárias mesio-distais.
Borges (2011), realizou uma revisão de literatura, no qual concluiu que o tratamento
para os casos com discrepância de Bolton, são extração desgaste interproximais, extrações
dentárias de pré-molares ou incisivos inferiores ou através da interação de especialidade.
De acordo com Pizzol et al. (2011) o método proposto por Bolton para aferir a
discrepância de tamanho dentário, é o mais difundido no meio ortodôntico devido a sua
respectiva simplicidade, contudo, a aplicação desse método requer cálculos matemáticos e o
uso de tabelas que muitas vezes inviabiliza a sua utilização durante a avaliação clínica. No
entanto Facholli et al. (2006) demonstrou que o desenvolvimento de uma ferramenta auxiliar,
usando recursos da informática, facilita o trabalho de planejamento ortodôntico e que o
método digital proporciona resultados comparáveis com os da técnica tradicional.
7 CONCLUSÃO
Indivíduos com classe I e classe III de Angle apresentam prevalência significativamente
maior de discrepância de tamanho dentário em relação a indivíduos com classe II.
Foi identificado que acometeu a maior discrepância de tamanho dentário nos indivíduos
de calasse III.
A menor discrepância de tamanho dentário nos indivíduos de classe II.
Na razão anterior a discrepância foi significativamente maior para as más oclusões de
classe II e III.
Constatou-se que na classe I, II, e III, ocorreu um predomínio de excesso dentário total no
arco inferior em relação ao arco superior.
Não houve uma discrepância significativa entre as classes I, II, e III de Angle nestes
grupos analisado.
O ortodontista consciente deve incorporar a análise da discrepância de Bolton no
diagnóstico de todos os pacientes, independente de etnia, sexo, ou tipo de más oclusão;
para precaver dificuldades, e erros nas finalizações comprometendo o objetivo do
tratamento ortodôntico.
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Estudo comparativo das classes de Angle com a análise de