TEATRO AVULSO
MOSTRA DE TEATRO
8 NOV A 15 DEZ
SALA ESTÚDIO
Sermão aos peixes
8 - 10 nov 2013
Sala Estúdio
6.ª e sáb. 21h15 | dom. 16h15
O "Sermão de Santo António aos peixes” foi proferido pelo Padre António Vieira em 1654 mas mantém
ainda toda a atualidade. As críticas que o autor faz ao ser humano através da alegoria dos peixes é tão
notável e acutilante que, infelizmente, continuam a fazer todo o sentido.
No espetáculo do Trigo Limpo teatro ACERT, um casal de sem-abrigo dá voz ao texto do Sermão.
Principalmente ele, uma vez que de cada vez que ela tenta falar se vê impossibilitada de o fazer.
O casal acorda frente ao público e paralelamente ao ritual diário, mínimo no caso deles, vai proferindo
as palavras do Sermão, como se da sua verdade se tratasse. De exemplo em exemplo desferem a sua
raiva e encontram as razões da sua miséria. Ironizam sobre a sua situação através da situação atual de
toda a humanidade. Perdão, através do louvor das virtudes e da repreensão dos vícios, não dos
homens mas dos peixes…
a partir de "Sermão de Santo António aos peixes” de Padre António Vieira e "O Aquário” de Karl
Valentin
conceção Pompeu José
dramaturgia, encenação e interpretação Pompeu José, Raquel Costa
cenografia Zétavares, Pompeu José
colaboração no cenário Cláudio Lima, Rui Ribeiro
desenho de luz Luís Viegas
música Gustavo Dinis
técnico Paulo Neto
carpintaria Carmoserra
produção executiva Marta Costa
produção Trigo Limpo teatro ACERT
M/12
2
Pessoa - O Grande ausente
13 - 14 NOV 2013
Sala Estúdio
4.ª 19h15 | 5.ª 21h15
É noite de Sto. António. Duas velhotas chegam ao Cais das Colunas com o manequim de um homem.
Pelos vistos, consideram aquele local o mais apropriado para o ritual que pretendem realizar.
Usando sempre e só palavras do autor, vão rememorando o seu próprio passado. Ou reinventando-o
ou até talvez sonhando um novo como tão bem fez o Marinheiro. Elas sabem-no. E enquanto o dia
nasce à beira-rio, viajam pelas suas memórias na companhia daquele estranho homem. São Pessoas
que acabam por ficar sozinhas consigo próprias, frente ao mar, na celebração de uma portugalidade
ancestral que habita cada um de nós.
a partir da obra de Fernando Pessoa
encenação Pompeu José, Raquel Costa
dramaturgia Ilda Teixeira, Pompeu José, Raquel Costa, Sandra Santos
cenografia Marta Fernandes da Silva, Zétavares
figurinos José Rosa
desenho de luz Luís Viegas
música Lydia Pinho
com Ilda Teixeira, Sandra Santos
produção Trigo Limpo teatro ACERT
M/12
3
20 Dizer
15 NOV 2013
Sala Estúdio
6.ª 21h15
A mestiçagem da declamação poética-teatral com a música, celebrando viagens cruzadas de afetos
emotivos. Uma viagem de encantamentos guiada pelos textos de autores de língua portuguesa. José
Rui Martins e Luísa Vieira partilham o palco num exercício de comunicação, explorando a musicalidade
da palavra e a simplicidade de dar voz a seduções. Oportunidade para certificar o sábio pensamento
de Millôr Fernandes: "Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz".
Um espetáculo poderoso, a partir de textos poéticos originais e de autores de muitas geografias e
sentidos. Da sensualidade do Brasil e do calor de África ao Portugal do povo. A boa disposição,
entremeada com a eloquência, a tenacidade e a singeleza, fazem deste um espetáculo da
portugalidade. "Impressionam as palavras, e impressionam quando tantas são tão rapidamente soltas
e engrenam na seguinte sem esquecer a importância da anterior".
direção e declamação José Rui Martins
arranjos, voz, flauta e m’bira Luísa Vieira
som e luz Luís Viegas
produção Trigo Limpo teatro ACERT
M/12
4
Fil'mus
16 - 17 NOV 2013
Sala Estúdio
sáb. 21h15 | dom. 16h15
Fil'mus - Filme e não só musicado ao vivo
Fil'mus é um espetáculo diferente e completo que promete encantar públicos de todas as idades.
A fusão de uma sessão de cinema com o universo televisivo permite reavivar memórias, reviver
momentos que estavam no baú do esquecimento. Associada à imagem, a música, interpretada ao vivo,
terá um papel essencial na viagem ao encontro dessas recordações, numa sessão de
cinemamusicofonia.
Cinco músicos usam a sua arte ao serviço da sétima arte e pintam de sons as cores (ou o preto e
branco) do grande ecrã.
Acolhido com um sorriso musical, o público desliga o telemóvel ao som do célebre "Tou xim" e, antes
que se aperceba, já cantarola jingles inesquecíveis. É então lançado numa queda vertiginosa por uma
odisseia do tempo, passando por agentes secretos, intrépidos aventureiros e personagens
memoráveis, que desemboca no barco a vapor onde se estreou o rato mais famoso do mundo. Nesta
animação, consegue-se o tributo ao cinema e à música, objetivo principal do espetáculo. Por fim, mas
não por último, vê-se e ouve-se Chaplin, numa peça que, entre risos e emoções, prende a assistência
até ao acorde final. Quem assiste sai da sala com vontade de segurar cadeiras com os dentes, cantar a
plenos pulmões e trautear excertos musicais que teimam em ficar no ouvido e na retina.
conceção e direção Miguel Cardoso
guitarra André Cardoso violino Manuel Maio contrabaixo Miguel Cardoso acordeão Nuno Silva percussão Rui Lúcio composição musical ‘Rua da Paz’ Manuel Maio (apoio à execução de André Cardoso)
arranjo musical ‘Steamboat Willie’ Rui Lúcio
outros arranjos Miguel Cardoso
vídeo Zito Marques
som Luis Viegas
desenho de luz Paulo Neto
desenho gráfico Zétavares
fotografia Carlos Fernandes
produção Trigo Limpo teatro ACERT
M/4
5
Metastasipolis
22 - 23 NOV 2013
Sala Estúdio
6.ª e sáb. 21h15
“…Querem ser o que não são mas gostariam de ser o que pensam que são”. É Metrastasipolis, uma
farsa de equívocos.
Em Metastasipolis das sombras renascem novos e caducos imbecis do poder. Reorganiza-se a riqueza
glutona e constroem-se novos altares contraditórios. Alteram-se os comportamentos e modificam-se
correntes do natural. Gentes e bichos assumem vivências patéticas, psicóticas. A informação
redescobre novos entretenimentos apelativos à vulgaridade, e semeia noticiários de políticos pueris
mas perigosos.
A festa é a guerra ao longe, por enquanto, nesse frenesim de tontas criaturas em que o tempo/espaço
se confunde com o que é ou não é, e o insólito acontece.
Metastasipolis é uma farsa que não pretende formar ou informar, nem mesmo atirar exemplos. É
apenas um exercício coloquial para diversão dos bem formados.
Metastasipolis, escrita em 1997 num momento de exuberância festiva, picou a época. Entretanto, a
farsa continua…
João Silva
texto e encenação João Silva
cenografia Rui Francisco
figurinos Joana Gomes
desenho de luz Carlos Gonçalves
ambiente sonoro e vídeo Adriano Filipe
com Ana Paula Bastos, André Carvalho, António Pestana, Carlos Neves, Estela Augusto, Filipe Carmo,
Manuela Borges, Maria José Santos, Nuno Monteiro, Olga Varanda, Pascoal Barros, Rita Fernandes,
Ariana Santos
área da saúde mental - terapeuta Isabel Cristina Calheiros
área da saúde mental - dança/movimento terapia Liliane Viegas
caraterização e cabelos Nuno Gomes
imagem Pedro Meireles
fotografia Miguel Machado
produção Joana Freitas
apoio e colaboração de palco António Vicente, Ariana Santos
produção Grupo de Teatro Terapêutico Hospital Júlio de Matos
6
Materiais Diversos
29 NOV - 1 DEZ 2013
Sala Estúdio
6.ª e sáb. 21h15 | dom. 16h15
"Ao tentar afastar-me cada vez mais de um espetáculo coreográfico, continuando o meu trabalho à
volta dos materiais plásticos e da relação intérprete/função, uma inesperada aproximação à
coreografia se revelou...
De que forma e de onde se pode ainda extrair coreografia? Como é que, a partir de uma partitura à
volta dos materiais, se pode reinventar essa mesma partitura e transformá-la em algo tão abstrato
quanto possível? Como é que estes Materiais Diversos (plásticos e coreográficos) se influenciam, se
interligam e estabelecem relações entre si?”
Tiago Guedes
Ciclo 2003 – 2013 | 10 anos Tiago Guedes & Materiais Diversos
Tomando o 10.º aniversário do emblemático solo Materiais Diversos de Tiago Guedes como mote,
coincidente com os 10 anos da associação cultural do mesmo nome, a MD desenhou um ciclo
comemorativo da obra coreográfica do seu diretor artístico. Este inclui a reposição de dois solos e de
uma criação para públicos jovens – Um Solo (2002), Materiais Diversos (2003) e Matrioska (2007), a
estreia absoluta da sua nova criação Hoje e a apresentação da monografia que lhe foi dedicada pelo
Centre Pompidou-Metz, acompanhada de uma nova publicação sobre os 10 anos de atividade do
coreógrafo.
Contam-se entre os espaços de acolhimento espaços de referência na cultura nacional, firmes
parceiros no acompanhamento das criações de Tiago Guedes: a Culturgest, o Teatro Nacional D. Maria
II, o Teatro Nacional São João e o Teatro Virgínia.
conceção, coreografia Tiago Guedes
desenho de luz Caty Olive
música Raymond Scott
assistente de direção e consultor artístico Marcelo Costa
assistente de ensaio Inês Jacques
acompanhamento artístico João Fiadeiro (coreografia e conceção), Walter Lauterer (espaço), Marta
Wengorovius (no âmbito do LAB 10)
interpretação/performance David Marques (29 e 30 nov), Tiago Guedes (1 dez)
produção Materiais Diversos
coprodução Lille 2004, Capital Europeia da Cultura, Le VIVAT (Armentières) e Dança para 4
Estações/Chão de Oliva
M/4
7
1325
5 - 8 DEZ 2013
Sala Estúdio
5.ª a sáb. 21h15 | dom. 16h15
Em 1325, três Avós vivem num espaço habitado por roupa e memórias: roupas penduradas, memórias
guardadas, roupas em fardos, memórias a monte, roupas coloridas, trágicas memórias.
São as Avós quem nos guiam pelo universo da Mulher e sua relação com a Paz, numa narrativa
formada por vários quadros que se centram no ativismo de uma mulher ou conjunto de mulheres.
Cada quadro aflora com uma forma narrativa própria, a partir daquilo que é sugerido pelas ações e
sensibilidades geralmente associadas ao universo feminino. A partir de atividades domésticas, canções
de embalar e jogos de criança, emergem personagens como Rosa Parks, Aung San Suu Kyi, Aminetu
Haidar, Wangari Maathai ou Graça Machel.
O tom narrativo de 1325 está intrinsecamente associado à ternura e ao humor, procurando intensificar
o espírito de positivismo que dá força a estas mulheres que, por todo o mundo, vão tecendo, com
paciência, um vestido branco do tamanho da Terra.
criação* e interpretação Ángel Fragua, Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho
cocriação, dramaturgia e direção José Carlos Garcia
iluminação Paulo Neto
máscaras, design gráfico Zétavares
arranjos musicais e interpretação Plácido Carvalho, Luís Filipe Santos
som (captação e edição) Paulo Almeida
adereços de figurinos Sara Casal
fotografia Miguel Meireles
produção executiva Sara Casal
produção Peripécia Teatro
M/12
*Livremente inspirada em 1325 Mujeres Tejiendo la Paz, obra coletiva dirigida por Manuela Mesa
Peinado, editada pela Fundación Cultura de Paz, Madrid.
8
A Visita
12 - 15 DEZ 2013
Sala Estúdio
5.ª a sáb. 21h15 | dom. 16h15
Quando um homem do campo, carregado de memórias, caminha solto no espaço, os seus pés de barro
misturam-se com os dedos que se cavaram na terra. A harmonia é dissonante, no equilíbrio ele parece
cambalear, como se fosse voar. Como marinheiro sem mar. A melodia desse movimento encontra o
compasso no tropeço, como um corpo suspenso, que procura o gesto para sintetizar a ideia que se
perde no meio da palavra. O ritmo determina o seu andamento pela ansiedade e a respiração queima
o ar.
O texto serve apenas como ferramenta para uma construção ou desconstrução de qualquer lógica
naturalista. O texto vai ao encontro da poética das sonoridades mais rurais.
Que espera este homem? Que podem esperar os homens? Que se pode esperar encontrar dentro das
invenções que se reinventam para acreditar que se vive... Ou não se vive.
As aldeias morrem, de gentes, de bichos, e depois, de memórias que se escondem no vazio onde
dorme a essência daquilo que somos e não somos.
Um homem dentro da mais absoluta solidão de uma aldeia de Portugal, igual a todas as aldeias onde já
ninguém vive, nessa aldeia vazia de gente, só um ser inventado, pode contar, ou inventar histórias que
talvez, nunca existiram.
As aldeias... Realidade abandonada à própria sorte... Realidade perdida... Desconexa. Mítica paisagem
que a todos parece envergonhar e que todos procuram ignorar, desconhecendo que mesmo desertas
elas existem, mesmo sem habitantes, elas resistem, mesmo sem existirem, elas teimosamente
resistem... Lugar para onde não se volta mais.
texto e encenação Moncho Rodriguez
espaço sonoro Narciso Fernandes
cenário e adereços Lino Gonçalves / CCPL
execução de figurinos Marília Martins, Lurdes Dourado
desenho de luz Ramon Barreto
coordenação de pesquisa Ana Gonçalves
com Pedro Giestas
produção Teatro Invisível / ACNF
M/12
9
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