Tópico 5 - Vento
VENTO
• O vento consiste na circulação, no movimento
•
da atmosfera.
Em meteorologia, costuma-se dividir o vento em
suas duas componentes:
– Horizontal
– Vertical
• A intensidade da componente horizontal do
•
vento geralmente é muito maior que a vertical.
A componente horizontal é representada por:
– Intensidade (ou velocidade do vento) e
– Direção/Sentido
• A componente vertical normalmente está
associada à estabilidade da atmosfera (ar
quente sobe, ar frio desce)
VENTO
• Atividade:
– Desenhar a rosa dos ventos com 16 direções
(colocar as siglas dos pontos cardeais,
colaterais e subcolaterais).
Direção do vento
O sentido do vento é indicado pela direção de onde o vento é proveniente, ou
seja, de onde ele vem. O sentido é expresso tanto em termos da direção de
onde ele provém como em termos do azimute, isto é, do ângulo que o vetor
da direção forma com o Norte geográfico local. Assim, um vento de SE terá
um ângulo de 135º.
0o
337,5o
Pontos:
22,5o
315o
45o
292,5o
-cardeais,
colaterais e
sub-colaterais
67,5o
270o
90o
247,5o
112,5o
135o
225o
157,5o
202,5o
180o
QUADRANTES E
OCTANTES
Intensidade
• Atividade:
– Conversão de unidades
Preencher a tabela abaixo:
nós
0,5399
1
1,9438
2
3
4
5
10
15
20
25
30
40
50
70
100
150
200
275
m.s-1
0,514
1
km.h-1
1
1,852
3,6
mph
1,1507
2,2369
Velocidade do vento
nós
0,5399
1
1,9438
2
3
4
5
10
15
20
25
30
40
50
70
100
150
200
275
m.s-1
0,3
0,514
1,0
1,0
1,5
2,1
2,6
5,1
7,7
10,3
12,9
15,4
20,6
25,7
36,0
51,4
77,1
102,8
141,4
km.h-1
1
1,852
3,6
3,7
5,6
7,4
9,3
18,5
27,8
37,0
46,3
55,6
74,1
92,6
129,6
185,2
277,8
370,4
509,3
mph
0,6
1,151
2,2
2,3
3,5
4,6
5,8
11,5
17,3
23,0
28,8
34,5
46,0
57,5
80,5
115,1
172,6
230,1
316,4
INTENSIDADE
Escala de Vento de Beaufort
Essa escala ajuda a interpretar os dados de velocidade máxima do vento (rajadas) medidos nas
estações meteorológicas convencionais (a 10 m de altura)
Grau
Descrição
Velocidade
(km/h)
0
Calmaria
0–2
1
Vento Calmo
2–6
2
Brisa Amena
7 – 11
3
Brisa Leve
12 – 19
4
Brisa Moderada
20 – 29
5
Brisa Forte
30 – 39
6
Vento Forte
40 – 50
7
Vento Muito Forte
51 – 61
8
Vento Fortíssimo
62 – 74
9
Temporal
75 – 87
10
Temporal Forte
88 – 101
11
Temporal Muito Forte
102- 117
12
Tornado, Furacão
> 118
Grau
Designação
nós
km/h
m/s
Aspecto do mar
0
Calmaria
<1
<2
<1
Espelhado
1
Bafagem
1a3
2a6
1a2
Pequenas rugas na superfície do mar
2
Aragem
4a6
7 a 11
2a3
Ligeira ondulação sem rebentação
3
Fraco
7 a 10
13 a 19
4a5
Ondulação até 60 cm, com alguns carneiros
4
Moderado
11 a 16
20 a 30
6a8
Ondulação até 1.5 m, carneiros frequentes
5
Fresco
17 a 21
31 a 39
9 a 11
Ondulação até 2.5 m, muitos carneiros
6
Muito Fresco
22 a 27
41 a 50
11 a 14
Ondas grandes até 3.5 m; borrifos
7
Forte
28 a 33
52 a 61
14 a 17
Mar revolto até 4.5 m com espuma e borrifo
8
Muito Forte
34 a 40
63 a 74
17 a 21
Mar revolto até 7.5 m com rebentação e faix
9
Duro
41 a 47
76 a 87
21 a 24
Mar revolto até 9 m; borrifos afectam visibili
10
Muito Duro
48 a 55
89 a 102
25 a 28
Mar revolto até 12 m; superfície do mar bran
11
Tempestade
56 a 63
104 a 117 29 a 32
Mar revolto até 14 m; pequenos navios sobe
12
Furacão
>64
>119
Mar todo de espuma; visibilidade nula
>33
Grau Designação
nós
km/h
m/s
Efeitos em terra
0
Calmaria
<1
<2
<1
Fumaça sobe na vertical
1
Bafagem
1a3
2a6
1a2
Fumaça indica direcção do vento
2
Aragem
4a6
7 a 11
2a3
As folhas das árvores movem; os moinhos com
3
Fraco
7 a 10
13 a 19
4a5
As folhas agitam-se e as bandeiras desfraldam
4
Moderado
11 a 16 20 a 30
6a8
Poeira e pequenos papéis levantados; movem-
5
Fresco
17 a 21 31 a 39
9 a 11
Movimentação de árvores pequenas; superfície
6
Muito Fresco 22 a 27 41 a 50
11 a 14 Movem-se os ramos das árvores; dificuldade em
7
Forte
28 a 33 52 a 61
14 a 17 Movem-se as árvores grandes; dificuldade em
8
Muito Forte
34 a 40 63 a 74
17 a 21 Quebram-se galhos de árvores; circulação de p
9
Duro
41 a 47 76 a 87
21 a 24 Danos em árvores; impossível andar contra o v
10
Muito Duro
48 a 55 89 a 102
25 a 28 Árvores arrancadas; danos na estrutura de con
11
Tempestade
56 a 63 104 a 117 29 a 32 Estragos abundantes em telhados e árvores
12
Furacão
>64
>119
>33
Grandes estragos
Definição de vetor
Vetor
É uma grandeza que possui
• uma direção,
•um sentido e
•um módulo.
Representação de um vetor

V=V
Módulo de um vetor

V = |V| = |V|
Observações da estação
automática do INMET – Mirante de
Santana
• No internet Explorer
• http://www.inmet.gov.br/sonabra/maps/a
utomaticas.php
• Dados para os dias 28 de fevereiro a 01
de março de 2010.
VENTO
• Atividade:
– Decompor o vento em suas componentes
zonal e meridional
HL
Vel
(m/s)
Direção
1
1
0
2
2
90
Atividade:
Quais as componentes
zonais e meridionais
dos ventos às 01 e
02HL?
Vetor vento
• Direção
• Velocidade
• Vento médio: soma de vetores
O que faz o ar entrar em
movimento?
Isacc Newton (1642-1727)
• 1ª. lei: Lei da inércia
– objeto em repouso continua em repouso, objeto em
movimento continua em movimento
• 2ª. lei: (força)
– Força causa aceleração (mudança na velocidade
e/ou direção com o tempo)
• Principais forças no sistema atmosférico:
– Força do gradiente de pressão
– Força de Coriolis
– Fricção
Analogia com a água
• Pressão exercida pela água ~ peso da
água acima.
• P na base de A > P na base de B.
• Movimento de A para B
• Quanto maior a diferença de P, maior a
força
Gradiente Horizontal de Pressão
• A mudança da pressão ao longo de uma
certa distância é denominada de
GRADIENTE DE PRESSÃO
• Dado um campo horizontal de pressão
(campo escalar), o vetor gradiente
horizontal de pressão é dado por:
• hp = (p/x, p/y)
• Este gradiente é gerado pelos centros de
alta (anticiclones) e baixa
pressão(ciclones)
Gradiente horizontal de pressão
• Calcule os
gradientes
horizontais de
pressão dos
esquemas ao lado:
100 km
Gradiente horizontal de pressão
• Alta pressão/Baixa pressão
• Isóbaras mostram a
•
•
•
100 km
variação horizontal da
pressão
Gradiente de pressão =
diferença de
pressão/distância
Aponta para as altas
pressões
Quanto mais próximas as
isóbaras, mais intenso o
gradiente de pressão
Força do Gradiente horizontal de
pressão
• Aceleração do ar
100 km
devido à diferença de
pressão:
• Fgp/m = -(1/ )*hp
• Mesma direção do
gradiente, mas com
sentido oposto
(perpendicular às
isóbaras)
• Fgpx/m= -(1/ )*(p/ x)
Força do Gradiente de Pressão
Força do Gradiente de Pressão
• Vai da alta para baixa
pressão
Quanto mais próximas as
isóbaras, maior o
Gradiente de pressão
Quanto maior o Gradiente
de pressão, maior a força
do gradiente de pressão
Quanto maior a força do
gradiente de pressão, mais
intenso o vento
Força do Gradiente
de pressão
• Isóbaras próximas 
força do gradiente de
pressão maior 
ventos mais fortes
• Isóbaras mais
espaçadas  menor
força do gradiente de
pressão  ventos
mais fracos
• Se apenas a força do
gradiente de pressão
atuasse, os ventos iriam
direto de centros de alta
para centros de baixa
pressão…
Força de Coriolis
Atividade
• Desenhe um círculo (o maior que couber na página)
• Trace algumas linhas passando pelo centro do círculo (O) e outros
•
•
círculos menores.
Escolha um ponto de destino e marque-o como “B”
Enquanto um colega gira o papel (sentido horário/anti-horário;
simulando a rotação da Terra), trace uma reta entre a origem (O) e o
ponto de destino “B”.
• Escolha um novo ponto de origem
B
A
“X” (fora do pólo) e um novo ponto
de destino “Y”, com mesma
“latitude”
•Enquanto um colega gira o papel
(sentido horário/anti-horário;
simulando a rotação da Terra), trace
uma reta entre a nova origem (X) e
o ponto de destino “Y”.
Coriolis Force
Corriolis Force
Força de Coriolis
• Força aparente devido à rotação da Terra, desvia para
•
•
a direita no HN, para a esquerda no HS
Analogia: Imagine tentando pegar uma bola num
carrossel. Desvio aparence causado pela força de
Coriolis.
Proporcional à velocidade do objeto
– Quanto mais forte o vento, maior o desvio.
• VÍDEO
Força de Coriolis
A Terra, quando vista de acima do PN, gira no
sentido anti-horário. Imagine 3 pontos no HN
todos na mesma longitude: A é o mais
próximo ao equador e C é o mais próximo do
PN. Cada ponto dá uma volta ao redor do
eixo da Terra em um dia: A percorre a maior
distância, portanto tem a maior velocidade. C
percorre a menor distância, portanto, tem a
menor velocidade.
Agora considere o ar ACIMA destes pontos.
Para uma parcela de ar em repouso, sua
velocidade para um observador fora da Terra
será a mesma da superfície abaixo dela,
entretanto, sua velocidade para um
observador NA superfície, será ZERO.
Suponha agora, que no ponto B a pressão
atmosférica comece a baixar, fazendo com
que o ar dos pontos A e C se dirijam ao ponto
B. Como a parcela de ar de C sai com
velocidade menor do que a velocidade de
deslocamento de B, ela tende a ir para a sua
direita. A parcela de ar de A se move mais
rapidamente do que a que estava em B,
portanto, também tem seu movimento
deslocado para sua direita.
http://www-istp.gsfc.nasa.gov/stargaze/Lrotfram.htm
Força de Coriolis
• Vento sofre um desvio para a direita no
•
Hemisfério Norte e para a esquerda no
Hemisfério SUL
O desvio depende da:
– Rotação da Terra
– Latitude (maior curvatura próximo aos pólos)
– Velocidade do objeto
• Só é aplicável para GRANDES DISTÂNCIAS!!!
– Não vale para tanques/pias/banheiras!!!
Força do Gradiente
de pressão
• Isóbaras próximas 
força do gradiente de
pressão maior 
ventos mais fortes
• Isóbaras mais
espaçadas  menor
força do gradiente de
pressão  ventos
mais fracos
• Se apenas a força do
gradiente de pressão
atuasse, os ventos iriam
direto de centros de alta
para centros de baixa
pressão…
Movimentos atmosféricos:
Supondo que a Terra não girasse...
• Aquecimento
diferencial...
Os movimentos
atmosféricos ocorrem em
resposta à diferença de
pressão entre duas regiões
Isso faz com que a
atmosfera seja mais
expandida no equador e
mais contraída nos pólos
As diferenças de pressão são
devidas à incidência e absorção
da radiação solar de maneira
distinta entre duas regiões
Na macro-escala, devido à
posição relativa Terra-Sol, os
raios solares são mais
intensos e mais absorvidos
na região Equatorial do que
nos Pólos
Movimentos atmosféricos:
Supondo que a Terra não girasse...
Temperatura menor,
Ar mais denso,
Pressão maior
• Transporte de
energia do
Equador para
os pólos
Temperatura maior,
Ar menos denso,
Pressão menor
Como a Terra gira...
EM
superfície
EM altitude
Como a Terra gira...
3 células de circulação em cada hemisfério
Movimentos Atmosféricos
Na macro-escala, os ventos de superfície estão associados à circulação geral da
atmosfera, a qual é resultado da ação das forças mencionadas anteriormente.
Ventos de E
Ventos de W
Alísios de NE
Alísios de SE
Ventos de W
Ventos de E
ZCIT – Zona de convergência inter-tropical – elevação do ar quente e úmido, formando
nuvens e chuvas convectivas
ZCET – Zona de convergência extra-tropical – encontro do ar frio e seco do Pólos com
o ar quente e úmido dos trópicos, formando os sistemas frontais frentes polares , que
causam perturbações atmosféricas em larga escala
Compare o modelo teórico da Circulação Geral da Atmosfera e o que realmente
ocorre. Veja que as duas condições são muito semelhantes.
(a) Modelo teórico da circulação geral da atmosfera
(b) Condição média observada da circulação geral da atmosfera
“Quebra" da distribuição zonal causada pela distribuição dos
continentes.
Ciclones e Anticiclones
Isóbaras
Os ciclones e anticiclones formados
na atmosfera são responsáveis pela
mudança na direção dos ventos
predominantes
Os ciclones são centros de baixa
pressão (L = Low). Os ventos
convergem para esse centro pela
força do gradiente de pressão e, em
seu movimento, têm seu
deslocamento desviado pela força de
Coriolis (para a direita no HN e para a
esquerda no HS)
Os anticiclones são centros de alta
pressão (H = High). Os ventos
divergem desse centro devido à
força do gradiente de pressão e, em
seu movimento, têm seu
deslocamento desviado pela força de
Coriolis (para a direita no HN e para a
esquerda no HS)
Vento de NE
Vento de SW
Vento de NW
Vento de SE
Vento de SW
Vento de NE
Vento de SE
Vento de NW
No seu deslocamento, os ciclones e os anticiclones promovem alteração na
direção dos ventos.
“Quebra" da distribuição zonal causada pela distribuição dos
continentes.
Como é o tempo nos centros de
alta e baixa pressão?
Ciclones
• Sistemas de baixa pressão na superfície
• Ventos fortes
• Movimentos ascendentes
• Nebulosidade/Precipitação
• Umidade relativa alta
Anticiclones
•
•
•
•
•
•
•
Sistemas de alta pressão na superfície
Sistemas de “bom tempo”
Movimento subsidente
Umidade relativa baixa
Céu limpo
Ventos leves
À noite, céu sem nuvens e ventos fracos
favorecem formação de inversões térmicas
próximas à superfície
Isóbaras ao nível do
mar na Am. do Sul
Centro de
Baixa Pressão
B
Centro de Alta
Pressão
A
Circulações e Ventos Locais
A circulação geral da atmosfera também se modifica acentuadamente tanto temporal
como espacialmente, devido ao aquecimento diferenciado entre continentes e
oceanos, configuração de encostas, sistemas orográficos e topografia, originando
circulações e ventos “locais”.
Brisas Terra-Mar
Dia
Brisa Maritima – ocorre durante o dia,
quando o oceano encontra-se relativamente
mais frio que o continente
Noite
Brisa Terrestre – ocorre durante a noite,
quando o continente encontra-se
relativamente mais frio que o oceano
Aquecimento diferencial da superfície – brisa
marítima
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5_Vento1-fabio