QUARTA-FEIRA 20 JANEIRO 2016 www.imobiliario.publico.pt
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ANTONIO SACCHETTI
Mais um mês
para concorrer
ao Prémio
Nacional
de Reabilitação
Urbana
Termina a 22 de
fevereiro, o período
de candidaturas
à 4ª edição do
Prémio Nacional
de Reabilitação
Urbana. Em 3 anos,
este galardão já
recebeu mais de 140
projetos candidatos
em 34 concelhos
portugueses p04
Mercado doméstico vai fazer
mexer compra de casas este ano
O aumento do rendimento disponível deverá ter impacto no setor imobiliário já este ano,
esperando-se “bons sinais” para o mercado de venda de casas devido aos compradores
portugueses p06
Mil milhões
de euros de
investimento
imobiliário já
identificados
para 2016
Entre negócios
que transitam de 2015
e outros em curso
ou já assinalados,
estão já previstos para
este ano pelo menos
1.000 milhões de
euros de investimento
em imobiliário p03
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Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
02 Opinião IMOBILIÁRIO 20 JANEIRO 2016
Do que desenhamos
num papel ao que
concretizamos em obra
Luís Lima
O
s arquitetos sabem
como é difícil transformar em obra o
que desenhamos no
papel. Com a imensa admiração que tenho pelo Arq.º
Siza Vieira, aceito a ideia de que
desenhar a genial Pala do Siza, do
Pavilhão de Portugal da Expo 98,
terá sido mais fácil do que construir aquela folha de papel gigante
em cimento.
Isto é válido para edifícios como o
Pavilhão de Portugal, mas também
para outros edifícios mais abstratos
que igualmente carecem de concretizações difíceis como é sempre, ou
quase sempre, a de uma estratégia
para uma política habitacional de
um país, especialmente se esse país
não nada em dinheiro.
Se nos lembrarmos do Diagnóstico
e Proposta Para Uma Estratégia de
Habitação elaborado entre 2007 e
2008 para o período de 2008 a 2013,
sob responsabilidade do Instituto da
Habitação e da Reabilitação Urbana,
do ISCTE e na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, com
o apoio da A. Mateus & Associados,
vamos seguramente encontrar uma
forte justificação para a sua pouco
execução na crise financeira mundial que deflagrou em 2008 e teve
epicentro no sector.
Este cuidado e exaustivo documento preocupou-se em elaborar
“propostas estratégicas detalhadas,
para o desenho, implementação,
monitorização e avaliação de políticas habitacionais no campo do
alojamento social, da reabilitação
e arrendamento”. Nele refere-se o
“direito ao alojamento”, consagrado
em quase todos os direitos nacionais
ou universais, justifica-se pela falta
grave de alojamentos em resultado das destruições da guerra e em
nome de políticas de justiça social
com vontade de erigir uma sociedade mais justa, rumo à criação dos
Estados-Providência.
Regressando à questão central
deste problema, lembro de passagem uma conclusão deste trabalho
de 2007/08 onde está escrito - cito
- que “ao contrário de outros países
europeus, onde o apoio à reabilitação do parque é hoje uma prioridade com significado, em Portugal
as medidas legislativas sem grande
alcance, um processo burocratizado, o congelamento das rendas, a
inércia dos proprietários, etc. têm
impedido um progresso significativo
desta medida”.
Isso deve-se à carência de meios
que se traduzem quase sempre, como aliás também é referido no estudo para explicar a realidade do
sector, por uma ausência de uma
efetiva política de solos, uma forte
burocratização dos processos de
construção e um fraca cooperação
entre entidades que possam contribuir para solucionar este problema.
De lá para cá, algo se avançou mas
ainda, e sempre condicionados, aos
meios, às vezes às vontades.
Na última legislatura, seria só em
fim de mandato que foi aprovado o
diploma de Estratégia Nacional para a Habitação, em nome, cito, “do
desenvolvimento dos aglomerados
urbanos, da reabilitação urbana e da
revitalização demográfica e económica, enquanto partes integrantes
do universo da política de cidades”
- um documento que não chegou a
tempo de ser aplicado por quem o
aprovou e que é natural que tenha
pontos em comum com novas estratégias a elaborar por quem agora
deve enfrentar esta realidade.
Nesta breve viagem sobre esta
temática pelos últimos anos, tenho
de reconhecer que coube ao Poder
Local, onde destaco justamente
a Câmara Municipal de Lisboa, o
maior contributo para a resolução
do “direito ao alojamento” com a
inteligência de o transformar num
vector de desenvolvimento das cidades.
Presidente da CIMLOP
[email protected]
OE 2016 tem de assumir
Plano Juncker para dinamizar
a Construção e o Imobiliário
S
erá esta semana que o
Governo irá entregar
em Bruxelas as linhas
gerais da proposta de
Orçamento do Estado para 2016. “Mudar o rumo da política
Manuel Reis
económica em Portugal” é o objetiCampos
vo assumido. Porém, mais do que
princípios, há que contemplar medidas que, em concreto, permitam
a apresentação de uma estratégia
de efetivo crescimento económico
e de dinamização do investimento
e do emprego, elementos sem os
quais não conseguiremos afastar
as dificuldades que, coletivamente,
ainda atravessamos.
Já, por diversas vezes, afirmei que
o ano de 2016 deverá ser, para o setor da construção e do imobiliário, o
ano da estabilização. Esta é uma necessidade não só para as nossas empresas, mas, sobretudo para o futuro
de Portugal. Não
somos nós que o
“...2016 deverá ser, para afirmamos, mas
Europa Coo setor da construção amunitária,
que
e do imobiliário, o ano reconhece, em
uníssono, que
da estabilização. Esta
este setor, pelo
é uma necessidade
que continua a
não só para as nossas
representar ao
nível do investiempresas, mas,
e do emsobretudo para o futuro mento
prego, é impresde Portugal.”
cindível para a
implementação
de uma qualquer
política económica que vise alcançar
aqueles objetivos.
Recorde-se que grande parte do
trabalho prévio já se encontra realizado e consensualizadas as apreciações dos diversos quadrantes
da sociedade. Refiro-me ao Plano
Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+), que estabeleceu as prioridades em matéria
de projetos capazes de aumentar
a produtividade e de atrair mais e
melhor investimento, o qual, com
exceção do Túnel do Marão, con-
tinua sem conhecer quaisquer desenvolvimentos, parecendo, mesmo, ter sido abandonado. Veja-se
que a Comissão Europeia aprovou o
Fundo Europeu para Investimentos
Estratégicos, no valor de 315 mil milhões de euros, mais conhecido por
Plano Juncker. Com efeito, de acordo com o balanço oficial do Plano
Juncker, que se encontra operacional desde o Verão de 2015, Portugal
obteve financiamentos de apenas 42
milhões de euros, ou seja, 0.56% de
um total de 7,5 mil milhões apoiados
por Bruxelas, que irão concretizar
investimentos estruturantes na ordem dos 50 mil milhões. No domínio das infraestruturas e inovação,
é essa mesma Europa que nos alerta
para o facto de Portugal não ter incluído quaisquer projetos no âmbito
das Infraestruturas e Inovação. Na
verdade, a participação portuguesa
é, neste âmbito, nula e o nosso País nem sequer figura nos relatórios
individualizados, apresentados pela
Comissão.
A mobilização destes recursos é
fundamental e foi reconhecida por
este Governo, mas a dinamização
do investimento e do crescimento
económico exigem ambição e, sobretudo, uma estratégia de futuro,
enquanto instrumento catalisador
da confiança dos particulares e de
atração do investimento privado, nacional e estrangeiro, um dos pressupostos do próprio Plano Europeu.
O Orçamento do Estado para 2016
assume um papel preponderante.
A par da dinamização da Reabilitação Urbana, do mercado do arrendamento e da criação de um quadro
fiscal atrativo incidente sobre o património, cabe-lhe, em primeiro lugar, disponibilizar os instrumentos
financeiros e os incentivos ao pleno
aproveitamento das oportunidades
que nos estão a ser disponibilizadas
pela Europa.
Presidente da CPCI – Confederação
Portuguesa da Construção e do
Imobiliário
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IMOBILIÁRIO 20 JANEIRO 2016 Atualidade 03
Mil milhões de euros de
investimento imobiliário já
identificados para 2016
Construção
teme
agravamento da
crise no setor
Entre negócios que transitam de 2015 e outros em curso ou já assinalados, estão já
previstos para este ano pelo menos 1.000 milhões de euros de investimento em imobiliário.
A maior parte destes negócios poderá ser fechado ainda no 1º semestre.
RICARDO NOVAIS PEREIRA/VI
Ana Tavares
O ano começa com perspetivas
positivas para o investimento imobiliário em Portugal, depois de
um 2015 em que os níveis transacionados atingiram máximos de
2.100 milhões de euros, de acordo
com a CBRE. Estes bons resultados
“transportam muito otimismo para
2016” nas palavras de Neil Blake,
que deu nota de que “foi um ano
em que as yields continuaram a
crescer nos escritórios, já abaixo
dos níveis de 2007 em alguns casos”. A seu favor este ano Portugal
tem a recuperação do consumo, as
taxas de juro baixas e um “aumento
indiscutível” da concessão de crédito por parte da banca, bem como
uma crise bancária que “começa a
ir embora”, apontou o responsável
pela área research da consultora
CBRE para a região EMEA (Europa,
Médio Oriente e África). O especialista esteve em Lisboa num Almoço-Conferência da Vida Imobiliária,
que decorreu a 15 de janeiro no InterContinental Lisbon, para falar
das tendências mais marcantes do
mercado de investimento na Europa e em Portugal.
Nuno Nunes, que lidera a área de
investimento desta consultora em
Portugal, fez as contas e avançou
que cerca de 1.000 milhões de euros estão já identificados para serem transacionados este ano, entre
“negócios que resvalaram de 2015,
negócios em curso e outros que podem ser transacionados este ano,
grande parte deles ainda no primeiro semestre do ano”. Na sua perspetiva, só os escritórios “podem representar 35%. Sabemos de cerca
de 400 milhões de euros no Parque
das Nações que deverão ir para o
mercado este ano”, explicou Nuno Nunes. Os centros comerciais,
grandes protagonistas do volume
de investimento do ano passado,
poderão diminuir o seu peso, e a
hotelaria deverá manter-se um dos
setores de interesse, bem como
outros setores alternativos, já que
“quase todos os setores têm yields
abaixo dos valores históricos, e os
que não têm para lá caminham”,
explicou o responsável.
Neil Blake, Head of Research
da CBRE para a região EMEA,
antevê um bom ano pra o
investimento imobiliário em
Portugal
Para Nuno Nunes, apesar dos desafios, o”«catch up muito rápido”
do país faz acreditar que este ano
vai ser bom, já que se assiste em
Portugal a uma “recuperação rápida”, num contexto em que “os
preços são relativamente bons, é
um mercado da zona euro com confiança de mercado nas finanças públicas”, não esquecendo “as baixas
taxas de juro e as expetativas das
taxas de câmbio”, avançou.
Instabilidade política
é desafio
Entre os desafios que o mercado
português pode enfrentar destacamse “a possível incerteza política e a
ainda lenta recuperação”, de acordo com Neil Blake, o que pode vir
a “abanar” os resultados este ano.
Contudo, sobre estas incertezas,
Nuno Nunes disse que, apesar de
serem algumas das preocupações
apontadas, “não temos ainda ninguém (investidores) a mostrar-se
preocupado com estes fatores”.
Além do novo quadro político em
Portugal, o mercado de investimento
imobiliário poderá também ser influenciando pela conjuntura externa, num contexto muito dependente
dos acontecimentos internacionais.
Este ano, alguns dos desafios prendem-se com a possível crise e abrandamento da economia chinesa, com
a crise dos refugiados, o terrorismo,
a descida dos preços de alguns bens,
como o petróleo ou a alimentação,
ou as fricções com a Rússia, listou
Neil Blake.
O especialista acredita que o
abrandamento da China poderá ser
mais preocupante “para quem lê essas notícias sobre os mercados financeiros”. ”Podemos questionar-nos
se haverá ou não o incumprimento
de um mercado emergente este ano,
mas em relação à China e ao abrandamento do seu crescimento, o que
vamos ver é uma mudança radical na
procura derivada de uma economia
de consumo moderna”, sendo esta
a maior preocupação dos mercados
atualmente. E completa que “a China
é importante por si, mas o problema
é com todos os mercados emergentes”, salientando os níveis de “pouco
stress nos mercados financeiros”, sobretudo se compararmos estes níveis
com os da crise de 2008 ou com os
anos de 2012/2013, o que leva a crer
que não haverá causa para o alarmismo que alguns meios de comunicação social têm vindo a divulgar.
A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços
(AECOPS) alertou para a “ameaça
de agravamento da crise do setor”da
construção face às quebras registadas em 2015 quer no valor dos contratos públicos celebrados quer no
número de concursos promovidos.
No primeiro caso, a descida foi de
37% face a 2014, ficando abaixo dos
mil milhões de euros. A mesma tendência seguiu o número de concursos promovidos ao longo do último
ano, cujo valor atingiu os 1.245 milhões de euros, menos 310 milhões
do que no ano anterior, o que representa uma queda de 20% face ao período homólogo.
Em comunicado, a AECOPS assinala que este é um resultado “aparentemente incompreensível” e “preocupante”, porque “quando a economia
em Portugal dava os primeiros sinais
de recuperação (em 2015), o mercado das obras públicas era o espelho
de uma realidade bem diferente”.
Entre os “factos alarmantes”, a AECOPS destaca a “reduzida dimensão
dos contratos celebrados; a ausência
de projetos e investimentos estruturantes; uma significativa quebra do
investimento na área dos transportes
e da hidráulica; um menor número
de donos de obra; um aumento do
peso relativo dos ajustes diretos; um
acréscimo da concorrência; e uma
forte redução no volume da contratação por empresa”.
A Associação deixa o alerta: “no
seu conjunto estes fatores representam uma ameaça de agravamento da
crise no setor e de uma nova onda
de insolvências”. De acordo com
os dados mais recentes da IGNIOS,
empresa de gestão de risco, o setor
da construção continuou a liderar as
insolvências de empresas em Portugal em 2015, concentrando 17,5% das
7.288 empresas insolventes nesse ano
no nosso país. Ainda assim, de acordo com esta entidade, as insolvências
no setor recuaram 0,9% face a 2014,
o que se deveu sobretudo à descida
de insolvências nas atividades especializadas (-6,4%) e da engenharia civil (-8,4%), que mais que compensaram o aumento nas áreas de
construção de edifícios para (+3,2%),
que foi acompanhado pelo aumento
nas atividades imobiliárias (+18,9%).
04 Atualidade IMOBILIÁRIO 20 JANEIRO 2016
Mais um mês
para concorrer
ao Prémio Nacional
de Reabilitação Urbana
O Ouro Grand terá 55 apartamentos
Termina a 22 de fevereiro, o período de candidaturas à 4ª edição
do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana. Em 3 anos,
este galardão já recebeu mais de 140 projetos candidatos
em 34 concelhos portugueses
Susana Correia
Falta pouco mais de um mês para
encerrar o período de apresentação
de candidaturas à edição de 2016
do Prémio Nacional de Reabilitação
Urbana, iniciativa que assinala este
ano a sua 4ª edição e que, ao longo dos edições anteriores, recebeu
mais de 140 candidaturas de projetos e intervenções de reabilitação
urbana localizados em 34 concelhos
portugueses. Para a organização,
nomeadamente a Vida Imobiliária
e a Promevi, esta adesão é sinal de
que “a reabilitação urbana está em
definitivo a mudar as cidades portuguesas”, mas também confirma o
prémio como “o galardão de maior
prestígio no setor da reabilitação
urbana em Portugal”.
Termina a 22 de fevereiro esta fase de submissão de candidaturas, a
que podem concorrer todas as intervenções de reabilitação urbana
terminadas entre 1 de janeiro de
2014 e 31 de dezembro de 2015 e
que não se tenham candidatado em
edições anteriores desta iniciativa.
As candidaturas podem ser apresentadas por qualquer entidade interveniente nos projetos, desde que
devidamente autorizadas pelo proprietário, nota ainda a organização,
que dá nota de uma “importante
adesão” já registada nesta altura.
Os vencedores desta nova edição
vão ser conhecidos em abril, mais
concretamente na primeira semana
do mês no âmbito da Semana da
Reabilitação Urbana Lisboa 2016.
A cerimónia decorre este ano no
Palácio Nacional da Ajuda, cedido
pela Direção Geral do Património
Cultural, entidade através da qual
o Prémio Nacional de Reabilitação
Urbana recebe este ano, pela primeira vez, o Alto Patrocínio do Ministério da Cultura.
Outra novidade da edição de 2016
Termina a 22
de fevereiro a fase
de submissão
de candidaturas
ao Prémio Nacional
de Reabilitação
Urbana 2016.
Podem concorrer
todas as intervenções
de reabilitação
urbana terminadas
entre 1 de janeiro
de 2014 e 31
de dezembro de 2015
e que não se tenham
candidatado
em edições anteriores
desta iniciativa.
é a renovação do corpo de jurados.
Este ano, o painel integra pela primeira vez João Appleton, um dos
mais conceituados peritos portugueses na área da engenharia civil e
reabilitação urbana, e João Mendes
Ribeiro, arquiteto com um destaca-
do percurso profissional e professor
na Universidade de Coimbra. Estes
dois novos elementos juntam-se aos
restantes membros do júri, que
transitam da edição anterior: João
Pedro Falcão de Campos, arquiteto
e professor no Instituto Superior
Técnico; Manuel Reis Campos, engenheiro civil e presidente da AICCOPN e da CPCI; e Augusto Mateus,
economista e professor do Instituto Superior de Economia e Gestão.
Para António Gil Machado, diretor
do Prémio, a iniciativa “tem revelado a capacidade de manter um
núcleo restrito de personalidades,
mas que em cada ano se renova de
forma parcial, permitindo sempre
novas visões numa linha de grande
consistência”
Organizado pela Vida Imobiliária
e pela Promevi, o Prémio Nacional
de Reabilitação Urbana foi criado
para premiar a excelência na renovação das cidades portuguesas.
Distingue os melhores projetos nas
categorias Residencial, Comercial/
Serviços, Turismo e Impacto Social,
além de atribuir o prémio especial
do júri à Cidade de Lisboa, homenageando a melhor intervenção
realizada na cidade anfitriã, e as
Menções de Honra para a Melhor
Reabilitação Inferior a 1.000 m²,
Melhor Intervenção de Restauro e
Melhor Solução Eficiência Energética.
O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2016 tem já confirmados os patrocínios platina da
Schmitt+Sohn Elevadores e da
Aguirre Newman, bem como os
patrocínios ouro da Revigrés e da
Sanitana. Esta iniciativa conta ainda com os apoios da Luz e Som,
Publico Imobiliário, TSF, Ci e Impulso Positivo, e com os apoios institucionais do IMPIC, CPCI, AHP,
Ordem dos Arquitectos e da União
das Misericórdias Portuguesas.
Investimento chinês vai fazer
nascer habitação de luxo
na Rua do Ouro
Ana Tavares
Este é o segundo projeto
da Level Constellation
em Lisboa no espaço
de um ano. A empresa foi
fundada por um grupo
de investidores chineses
e espera que as vendas
do Ouro Grand totalizem
os 25 milhões de euros
Nascerá na confluência das ruas do
Ouro, da Conceição e do Crucifixo,
em pleno coração da Baixa Pombalina, e totalizará 55 apartamentos
classificados de luxo. O projeto Ouro Grand foi apresentado há dias
em Lisboa e é o segundo investimento na cidade da empresa de capitais chineses Level Constellation.
O edifício onde nascerá este projeto
de reabilitação tem cerca de 5.000
m2 e foi comprado recentemente
pela empresa em hasta pública à
Câmara de Lisboa, sendo anteriormente propriedade do Banco Totta
& Açores, depois Santander Totta.
A oferta residencial varia dos T0,
T1 e T2 aos T1 Duplex e T2 Duplex,
com preços a partir dos 198.800
euros, com a Level Constellation
a esperar realizar vendas no valor
de 25 milhões de euros. As perspetivas são animadoras tendo em conta
que já “começámos a vender esta
semana, já contratámos 6 apartamentos e vamos contratar outros
4, portanto temos 10 apartamentos
colocados, ainda todos em planta,
revelou na ocasião ao Público Imobiliário Pedro Vicente, diretor geral
da Level Constellation em Portugal.
O responsável acredita que “conseguiremos vender tudo até ao final
deste ano”. A empresa anunciou
entretanto que a comercialização
está a cargo das empresas CBRE,
Cobertura (parte do universo JLL),
Quintela & Penalva e Castelhana.
A oferta habitacional é complementada por duas lojas e a construção deverá arrancar ainda este mês,
com os trabalhos de reabilitação a
cargo da construtora Teixeira Duarte e o projeto de arquitetura assinado por Catarina Almada Negreiros.
A obra deverá ficar concluída em
julho do próximo ano.
Yong Wen, presidente da Level
Constellation, afirmou durante a
apresentação do projeto, que decorreu na Pousada de Lisboa, que
“sentimos a responsabilidade na reabilitação deste projeto, numa das
zonas mais antigas da cidade e um
dos edifícios mais importantes da
baixa”. E salientou que “queremos
contribuir para trazer as famílias
de volta para o centro da cidade.
Estamos honrados por poder fazer
parte deste processo”.
O primeiro investimento da Level
Constellation em Lisboa foi o Park
Avenue, localizado na rua Rodrigo
da Fonseca, no centro de Lisboa, e
que está 50% vendido e deverá ficar
concluído em julho deste ano. Estão
também a ser desenvolvidos e comercializados outros apartamentos
prontos para venda. Pedro Vicente
avançou ainda ao Público Imobiliário que a Level Constellation tem
“investimentos previstos de 100 milhões de euros em Lisboa nos próximos tempos. Estamos a dar passos
cuidadosos para o futuro”.
A Level Constellation foi fundada
em 2014 por um grupo de investidores chineses que se focam na
realização de investimentos imobiliários em Portugal, promovendo as vendas a partir de Portugal
e da China.
06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 20 JANEIRO 2016
Mercado doméstico
vai fazer mexer compra
de casas este ano
Tendências
para imobiliário
em 2016
Opinião
O aumento do rendimento disponível deverá ter impacto no setor imobiliário já este ano,
esperando-se “bons sinais” para o mercado de venda de casas devido aos compradores portugueses
ISTOCK.COM/M_1975
Susana Correia/Ana Tavares
“No imobiliário, penso que haverão
bons sinais para o mercado de compra de habitação este ano”, antecipa
João Duque, que explica que face
a um maior poder de compra “as
pessoas mudaram um pouco o seu
comportamento e isso atira-as para
a frente também para a compra de
bens duráveis, como uma casa”. O
economista falava num pequeno-almoço organizado ontem em Lisboa
pela revista Vida Imobiliária para
antecipar a evolução do mercado
imobiliário em 2016, onde marcaram presença banca, investidores,
promotores, consultores e mediadores imobiliários.
O último ano já começou a dar indicação nesse sentido, com “o mercado interno a crescer muito mais
em 2015 do que o mercado internacional”, disse na ocasião Ricardo
Sousa, Administrador da Century
21 Portugal, que acrescentou ainda
que tal situação tem já “impacto em
mercados como o da linha de Sintra, Grande Lisboa, Margem Sul e
até mais periféricos como Santarém,
por exemplo”.
A maior dinâmica do mercado de
venda de casas é visível nas operações realizadas e “hoje em dia, por
cada três transações residenciais,
uma é de arrendamento e duas de
vendas”, o que é “uma inversão face
ao que acontecia há três anos”, afirma Ricardo Guimarães, diretor da
Confidencial Imobiliário, entidade
que produz estatísticas e informação para o mercado residencial. Na
sua perspetiva, tal deve-se ao facto
de “hoje termos não só compradores como crédito”, embora José
Araújo, diretor da Direção de Negócio Imobiliário do Millennium bcp,
igualmente presente no encontro,
defenda que “os Bancos nunca deixaram de emprestar dinheiro para
comprar imóveis”, com especial foco “nos ativos das suas carteiras”,
onde o crédito encontrava “taxas
muito apelativas”.
Para este responsável, a dinâmica
do mercado doméstico deve ser vista não só nas perspetiva da compra
pelo utilizador final já que “o mercado doméstico está ativo também
para os pequenos aforradores que
encontram no imobiliário, alavan-
O mercado de compra e venda de casas deverá animar este ano devido à procura interna.
cado ou não, uma alternativa muito
mais apelativa para investimento que
os depósitos bancários.” E detalha:
“A compra de um T2 ou de um T3
permite a um pequeno investidor obter yields em torno de 5%, quando as
taxas de juro estão abaixo de 1%”.
Face a este cenário, os operadores de mercado estão otimistas e
esperam mesmo uma valorização
dos preços das casas de 4% ao ano
nos próximos cinco anos, de acordo com o PHMS, inquérito mensal
realizado pela Confidencial Imobiliário e citado por Ricardo Guimarães. Este inquérito mostra, aliás,
“uma consolidação do sentimento
positivo desde 2013”, disse aquele
responsável, que frisa que este otimismo é visível quer em termos de
evolução de preços quer de tendências de mercado.
Investimento estrangeiro
deve ser pensado
a longo-prazo
O investimento estrangeiro, quer
institucional quer particular, foi um
dos destaques do mercado imobiliário em 2015, com níveis recorde
de transações no imobiliário comercial e um crescimento importante na
procura internacional de imóveis por
particulares. Contudo, para Gilberto
Jordan, CEO do Grupo André Jordan,
“Portugal não tem conseguido atrair
investimento de longo-prazo” o que
no caso do imobiliário é crucial, já
que “temos sempre de pensar em ciclos longos, de pelo menos 10 anos”.
Também para Diogo Pinto Gonçalves,
da sociedade gestora de fundos de
investimento Selecta, “esta fase que
estamos a viver agora não é sustentável a prazo”, já que “vivemos sempre
dependentes do mercado externo”.
Eric van Leuven, managing partner da Cushman & Wakefield, explica que em 2015 o investimento
estrangeiro diversificou geografias
e também perfis de risco dos negócios, constituindo a “esmagadora
maioria do investimento transacionado em Portugal” no ano passado.
Apesar de ainda não se registar “nenhuma grande desaceleração do interesse dos investidores internacionais”, Eric van Leuven alerta para o
facto de o investimento estrangeiro
ser “algo muito dependente da confiança” e nesse âmbito, o profissional destaca a importância de ser
conhecido o Orçamento de Estado
(OE) 2016, o que aliás foi frisado por
muitos outros operadores presentes
neste encontro. “Há efetivamente
um sentimento de wait and see por
parte dos investidores”, refere José
Araújo, acrescentando que “a verdade é que em 2016 o OE ainda está
em fase de gestão”. Também João
Duque realçou a “ausência de um
elemento muito importante para
Economia, que é OE2016”. No âmbito imobiliário, este instrumento
será também especialmente relevante para as transações motivadas
pelo estatuto de residente não-habitual, no âmbito do qual os franceses têm vindo a destacar-se. “O
mercado francês é particularmente
sensível à questão dos direitos sucessórios” considera o presidente
da APPII, Polignac de Barros, que
considera que se tais direitos “lhes
vierem a ser impostos no OE 2016”
isso terá um impacto imediato neste mercado, “pois cria instabilidade fiscal e consequentemente uma
quebra rápida de confiança”. Por
isso, conclui, “será muito negativo
para a economia real”, pois “há uma
perda de investimento” e o “investimento estrangeiro é primordial para
desenvolver a economia portuguesa”, conclui. .
José Araújo
O
setor
imobiliário
tem vivido nos últimos 2 anos uma fase de clara recuperação, tendo o ano
de 2015 sido, certamente, um dos
melhores. Aliás, atrevo-me a dizer,
o melhor dos últimos 10 anos. Será
para continuar? Todos desejamos
que sim!
Sem o Orçamento de Estado divulgado e sem se saber o que muda ou
o que se mantém nesta legislatura
quanto ao setor imobiliário, é complicado prever os principais drivers
desta área para este ano. Os investidores estrangeiros aguardam com
expectativa, havendo algum “wait
and see”, pese embora na Europa,
face à elevada liquidez e poucas alternativas de rentabilidade, as transações continuem elevadas.
Os particulares não residentes vão
continuar interessados, mas vão arrendar mais do que comprar até perceberem se haverá imposto sobre
património e de sucessão, fatores
cuja ausência em Portugal trouxe
elevado investimento oriundo de
França e países do norte da Europa.
Esperamos também a manutenção
do dinamismo atual no setor turístico. Os golden visa oriundos da China
estão a deslocar-se para Espanha,
o que parece não relacionado com
alterações na legislação, mas porque
os vistos e suas renovações demoram menos tempo a serem analisados. Será que o mercado interno vai
conseguir ser o principal dinamizador do setor e compensar algum
abrandamento internacional?
Em suma, serão três as principais
tendências: nos particulares, a procura vai manter-se elevada, mas a
subida de preços pode abrandar face a menor procura em zonas prime
e no mercado médio-alto. Nos imóveis “não residenciais” a evolução
dependerá da Economia continuar
a crescer, mas para já há mais procura com interesse em armazéns
e lojas, e algum em terrenos para
construir habitações. No entanto, o
foco destes interessados centrar-se-á
no mercado da reabilitação com menor investimento e menor risco. Ao
nível do arrendamento, esperamos
a manutenção de procura em níveis
elevados, embora com estabilização
do valor das rendas.
Diretor da Direção de Negócio
Imobiliário do Millennium bcp
IMOBILIÁRIO 20 JANEIRO 2016 Oportunidades 07
Oportunidades
Imobiliário
Expetativas positivas para
evolução do preço das casas
Os resultados de novembro do
Portuguese Housing Market
Survey (PHMS) mostram que
os mediadores e promotores
imobiliários antecipam que, ao
longo dos próximos cinco anos,
os preços das casas aumentem,
em média, cerca de 4% por ano.
As expectativas são sustentadas
pela recuperação da atividade no
mercado de compra e venda, que
continuou a recuperar a um ritmo
constante em novembro.
De acordo com o inquérito de
novembro, a procura, medida
pela novas instruções de
compra, continuou a crescer,
uma tendência registada desde
final de 2013. Ainda assim, nos
últimos dois meses tem crescido
a um ritmo ligeiramente mais
moderado. Também as vendas
cresceram a um ritmo sólido e
as expectativas são para que o
volume transacionado continue
a crescer. O PHMS destaca ainda
que o crescimento da procura se
mantém superior ao crescimento
da oferta, o que tem sustentado
a tendência de recuperação
dos preços, embora também
a um ritmo menos acelerado
nos últimos meses. O índice de
confiança nacional mostrouse praticamente inalterado em
novembro, permanecendo em
terreno positivo há 25 meses
consecutivos.
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APARTAMENTO T3
Ref.ª: 55139 Valor: € 115.000 Concelho: Vila Franca de Xira
Freguesia: Vialonga Área: 118 m² Ano: 2003 Classe Energética: D
APARTAMENTO T3
Ref.ª: 88663 Valor: € 54.500 Concelho: Vila Nova de Gaia
Freguesia: Avintes Área: 101 m² Ano: 1998 Classe Energética: D
APARTAMENTO T2
Ref.ª: 88753 Valor: € 79.000 Concelho: Maia Freguesia: Cidade da
Maia Área: 102 m² Ano: 1996 Classe Energética: B-
MORADIA T3
Ref.ª: 67816 Valor: € 285.000 Concelho: Esposende Freguesia: Fonte
Boa e Rio Tinto Área: 212 m² Ano: 2007 Classe Energética: E
MORADIA T4
Ref.ª: 82420 Valor: € 229.000 Concelho: Caminha Freguesia: Moledo
e Cristelo Área: 184 m² Ano: 2012 Classe Energética: B
LOJA
Ref.ª: 37759 Valor: € 68.000 Concelho: Amadora Freguesia: Mina de
Água Área: 59 m² Ano: 2008 Classe Energética: G
ARMAZÉM
Ref.ª: 41376 / 41739 Valor: € 642.000 Concelho: Vila Franca de Xira
Freguesia: Alverca do Ribatejo e Sobralinho Área: 1.403 m²:
Ano: 2003 Classe Energética: A
LOJA
Ref.ª: 15425 Valor: € 68.000 Concelho: Oeiras Freguesia: Algés
Área: 105 m² Ano: 1987 Classe Energética: G
4%
...é o crescimento médio anual
que os inquiridos do PHMS
esperam que os preços das
casas registem nos próximos
cinco anos.
25
...meses consecutivos em
novembro de 2015 é há quanto
tempo o índice de confiança
nacional, que combina as
expectativas de vendas e
de preços de curto prazo, se
encontra em terreno positivo.
2013
...desde final desse ano
que as novas instruções de
compra, que são uma medida
da procura, apresentam uma
tendência de crescimento.
1900
1930
1960
Os designers
mudaram muito. Mas o design das
revistas Lácio e Crónica
Cinematográfica é intemporal.
1.ªS EDIÇÕES FAC-SIMILADAS EM FORMATO ORIGINAL
1980
2000
A revista Lácio, alia a qualidade literária à
artística.
Durante
as
suas
edições
destacaram-se os nomes de António Marques
Matias, Frederico George e Álvaro Salema
Magalhães Filho. Das inúmeras revistas
dedicadas ao cinema, a Crónica é uma das
mais relevantes, tanto pela qualidade dos
textos como pelo seu grafismo sofisticado.
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