ID: 34490147
14-03-2011
Tiragem: 20102
Pág: 22
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 20,43 x 16,31 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Universidades de Lisboa
e Porto analisam fusões
A Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa estão a verificar
as vantagens e desvantagens de fundir serviços, como a acção social.
Ana Petronilho
[email protected]
Duas universidades de Lisboa e
duas do Porto estão a analisar a
possibilidade de fusão de serviços. A hipótese de juntar os
serviços de acção social foi
avançada pelo Ministério da
Ciência e Ensino Superior às
universidades.
A Universidade de Lisboa e a
Universidade Técnica de Lisboa
estão a verificar as vantagens e
desvantagens para avançar com a
união de vários serviços das duas
instituições, entre os quais os serviços de acção social. Esta é uma
medida que significa uma contenção nas despesas das instituições de ensino superior e que traz
uma racionalização de recursos.
Apesar de ainda não ser possível “adiantar datas ou mesmo limites temporais concretos” uma
das questões que tem vindo a estar “obrigatoriamente em cima
da mesa” nas reuniões que tem
vindo a decorrer entre os dois reitores é “a fusão dos Serviços de
Acção Social”, revela o reitor da
Universidade Técnica de Lisboa,
Fernando Ramôa Ribeiro. Uma
posição partilhada pelo reitor da
Universidade de Lisboa, António
Sampaio da Nóvoa, que sublinha
que “há uma atitude de abertura a
essa iniciativa” e acrescenta que,
O reitor da
Universidade
Técnica de Lisboa,
Fernando Ramôa
Ribeiro, revela que
a fusão dos
serviços sociais é
uma hipótese
“obrigatoriamente
em cima da mesa”.
em sua opinião, “há instituições e
serviços a mais e a fusão é uma
boa solução para prestar melhores
serviços aos estudantes”. Sampaio da Nóvoa sublinha mesmo
que “é preciso que as instituições
de ensino superior se entendam e
se dependesse de mim, a fusão
seria mais rápida porque o País
não pode adiar muito mais estas
soluções num contexto de crise”.
Os reitores sublinham que o
cálculo da poupança na despesa
das universidades ainda não foi
feito mas antecipam já algumas
vantagens desta fusão: “pode haver melhor distribuição e maior
disponibilidade de alojamentos e
cantinas, melhor apoio médico e
melhor utilização de serviços comuns, como limpeza e manutenção”, explica Ramôa Ribeiro.
Mas, para o reitor da UTL
também existem desvantagens
na fusão, que passam pela “gestão dos processos quando o grupo de estudantes cujas necessidades têm que ser satisfeitas
cresce para o dobro”.
A Universidade do Porto (UP)
também está a pôr em cima da
mesa a mesma iniciativa de fusão
com o Instituto Politécnico do
Porto (IPP). Segundo estas instituições de ensino superior a fusão
dos serviços de acção social foi
uma hipótese colocada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, a que a UP e o
IPP concordaram analisar conjuntamente. No entanto, a questão ainda não foi objecto de discussão profunda.
Segundo Sampaio da Nóvoa,
esta é uma iniciativa que o MCTES
tem conhecimento e á qual “já
manifestou o seu total apoio no
decurso de reuniões” com os reitores. O reitor da UL refere ainda
que “o Governo tem muitos instrumentos que podem ajudar, ou
travar, estas iniciativas”. Mas,
Ramôa Ribeiro explica que as
universidades portuguesas “têm a
autonomia necessária e suficiente
para poder propor decisões à tutela por sua iniciativa”.
Contactado pelo Diário Económico o MCTES não respondeu até à
hora de fecho desta edição. ■
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