Comunicado de imprensa
Dia da Mulher: Agir a nível pessoal, social e
político para capacitar mulheres através da
educação
Portugal - [11-03-2015 - 18:09]
As comemorações do Dia Internacional da Mulher, este ano dedicadas ao tema
"Capacitar as Mulheres e Raparigas através da Educação", reuniram em Lisboa
associações de direitos das mulheres e de desenvolvimento e eurodeputados na
busca de soluções para melhorar a vida das mulheres, dando-lhes mais
oportunidades através educação.
A iniciativa foi do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, em colaboração com as
agências europeias sediadas no país, e reuniu peritos e deputados europeus que
apresentaram testemunhos e caminhos para fazer do poder da educação uma arma para
a capacitação das mulheres.
Presentes, estiveram responsáveis da Associação das Mulheres Ciganas Portuguesas,
da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, do Instituto Marquês de Valle
Flôr e do Instituto Camões.
"É inadmissível que, no século XXI, ainda haja crianças meninas que não têm acesso à
educação. Para combater esta realidade, é preciso agir a nível pessoal, social e político",
afirmou Ana Isabel Castanheira, do Instituto Marquês de Valle Flôr.
Por seu lado, Maria Noel Gouveia, presidente da Associação das Mulheres Ciganas
Portuguesas (AMUCIP), fez o retrato das raparigas/mulheres de etnia cigana: "50% das
crianças ciganas na Europa não completam a escola primária. Por várias razões: desde a
atividade ambulante dos pais que as obrigam a uma mobilidade constante, que acontece
muito em Portugal, ao choque cultural com a cultura dominante ou à necessidade de
casar cedo".
Um dos objetivos da AMUCIP é, por isso, tentar conciliar a vida pessoal destas raparigas
com a vida profissional, tentando facilitar a ida à escola.
Aos eurodeputados, coube a responsabilidade de falar da estratégia da UE em matériade
educação das raparigas e mulheres.
Para Liliana Rodrigues (S&D), autora de um relatório de iniciativa sobre a capacitação de
raparigas e mulheres através da educação, é essencial "iniciar a educação pela igualdade
logo no 1º ciclo", criando assim uma "escola igualitária".
O relatório da eurodeputada socialista, que será apresentado a 14 de abril, defende
nomeadamente uma mudança na mentalidade dos professores e na elaboração dos
manuais escolares como via para uma escola igual para todos.
Sofia Ribeiro, do PPE, defendeu, por seu turno, que, embora a UE não tenha influência
nos currículos escolares, pode determinar a canalização de fundos europeus que
promovam essa igualdade no ensino.
Atuar no dia-a-dia para a igualdade de género é a melhor via, segundo o eurodeputado
António Marinho e Pinto (ALDE), que defendeu ainda um plano de efetivo combate à
pobreza que facilite o acesso ao ensino para todos.
Marisa Matias (GUE/NGL) apontou o dedo às políticas de austeridade que puseram em
causa "um dos pilares da sociedade, a educação". "As políticas económicas condicionam
PT
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domínios essenciais como a educação e é necessário evitar cortes em setores
fundamentais do Estado", afirmou numa mensagem gravada em vídeo.
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