santo andré, são Bernardo, são caetano, diadema, Mauá, rib.pires e r.g.da serra
ANO 3
Nº 92
27 a 30 de
março 2009
www.
abcdmaior.
com.br
INFORMAÇÃO
24 HORAS
POR DIA
O Tigre, que disputa a Série A2 do Paulista,
promove mais uma edição de sua peneira;
o atacante Raul (foto à esq.) foi revelado
nas categorias de base. Página 12
r$ 0,50
Irregularidade troca carne
por ovo frito na merenda
Dois contratos firmados na gestão do prefeito William
Dib, em São Bernardo, deixaram mais de 90 mil crianças
comendo ovo frito. O tCE (tribunal de Contas do Estado)
avaliou que houve irregularidade e cancelou os contratos, o
que deixou as escolas da rede municipal sem carne bovina
e de frango no cardápio. Os contratos foram assinados em
2004 e renovados sem licitação em 2006. nesse periodo,
dois secretários gerenciaram os contratos: Admir Ferro
e neide Felicidade. Sem ingredientes, as merendeiras
apelaram para a criatividade para alimentar as crianças e
serviram ovos, marcarrão com sardinha e verduras. Pág. 5
Luciano Vicioni
Amanda Perobelli
Atraso na aprovação da Lei Billings
emperra projetos habitacionais
A não aprovação da Lei Específica da Billings, que está na
Assembleia Legislativa desde outubro, atrasa o processo
de regularização fundiária em áreas de manancial. O
projeto criará diretrizes para regularizar a situação de
850 mil pessoas que vivem em ocupações irregulares nas
margens da represa. Página 9
Luciano Vicioni
Represa Billings, que banha cinco cidades do ABCD, completa 84 anos nesta sexta-feira
Criatividade culinária: merendeira de escola municipal em São Bernardo frita ovo porque não tem carne para servir
Caixa Econômica
investe na Região
na semana em que o
presidente Lula anuncia um
programa de construção de
1 milhão de casas populares,
a nova superintendente da
Caixa Econômica no ABCD,
Marjori Oliveira, fala como
pretende incentivar os
programas habitacionais da
Região e o acesso ao crédito.
Em entrevista exclusiva,
Marjori fala dos investimentos
no ABCD. Página 3
Alfabetização de adultos
perde verba em Sto. André
Professores do MOVA, curso de alfabetização
de adultos, dão aulas de graça em Santo
André, desde que a Prefeitura suspendeu o
repasse de verba. Alunos cirticam decisão do
prefeito Aidan Ravin. Página 4
Banco do Povo tem crédito
para pequenos comerciantes
O programa Banco do Povo - Crédito
Solidário empresta dinheiro para quem
não tem garantias, avalista ou fiador.
Inadimplência é de 0,5%. Página 6
Alma sustentável
Vanessa Selicani
Sandro Vinícius Ortega
Nicodemo, 28 anos, faz
parte de uma geração
que resolveu subverter os sonhos de quem
vira “gente grande”. Nem
mansão, nem carro importado, nem muito dinheiro.
Ele quer uma casa pequena no meio do mato, produzindo o que come e com
uma bicicleta na garagem.
Pendurada na bolsa, leva a
canequinha plástica para tomar água. Evita comer carne. “São dezenas de litros
d’água para se produzir um
quilo de carne”, justifica.
Utiliza transporte público.
Recicla papéis.
Em 2001, Sandro caminhava para outra direção,
cursando faculdade de Engenharia. Um ano em meio
aos números foi suficiente
para que percebesse estar
perdido.
Amanda Perobelli
Debaixo de protestos
dos pais, que aguardavam
a conclusão do curso, decidiu tentar gestão ambiental.
Mais pela curiosidade do
que por qualquer vocação
natural. Um acidente que se
transformou num dos maiores encontros dos vinte e
poucos anos de Sandro.
O ex-estudante de engenharia começava a receber
a conversão verde. E absorveu o que aqueles livros e
professores falavam sobre
consumo desenfreado, fim
da água potável, destruição
das áreas verdes e de todos
aqueles valores invertidos.
Sandro sabia, por experiência própria, que faltava
apenas uma mudança de
olhar, um novo ângulo sobre
as coisas para que as outras
pessoas percebessem o que
para ele era religião.
Dentro de ONGs (Orga-
nizações Não-Governamentais) e movimentos sociais,
o jovem ambientalista resolveu optar por um ativismo mais burocrático. Caçar
autoridades e políticos para
“vender” suas idéias verdes.
“Era a forma de mudar
o planejamento das coisas
de uma forma mais ampla.”
Nesta caminhada, Sandro
conseguiu o apoio de todos os candidatos a prefeito
da Região no ano passado
para a Agenda 21, documento que estipula o papel
de cada País para solucionar problemas sócio-ambientais. “Queremos regionalizar estes compromissos
para cada realidade dos municípios”, explica.
Sandro é inquieto. A paixão pelos desafios trouxe
vários empregos, projetos,
pessoas e ideias novas. O
ambientalista tem desejo de
semear. E quando fala de
sonhos, perde a subjetividade. “Queria mesmo perceber que o mundo caminha
para a sustentabilidade.”
Sandro Vinícius Ortega Nicodemo: ‘Desejo de semear’
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 02
Não ao desenvolvimentismo
Editorial
O ABCD MAIOR se
propõe contribuir para
que a Região encontre
o caminho do crescimento econômico,
com democracia, justiça
social e equilíbrio ambiental. Uma direção bastante
distinta do desenvolvimentismo pregado por alguns,
que só enxerga o crescimento econômico sem medir os meios utilizados para
alcançá-lo.
Esta edição é particularmente rica de conteúdos
que mostram esta orientação editorial: na pagina 3,
a nova superintendente regional da Caixa Econômica
Federal, Marjorie Soraia de
Oliveira, explica a proposta
do governo federal de construir um milhão de casas;
na página 9, e com artigo
do deputado Alex Manente
publicado nesta página, o
ABCD MAIOR discute a lei
específica da Billings, cujo
objetivo deveria ser a preservação de um dos principais patrimônios ambientais
da Região. Da mesma forma, discute também a falta
de recursos para o Mova
em Santo André (página 4).
O equilíbrio na cobertura
de projetos para tirar a Região e o País da crise e as
preocupações com o social
e o meio ambiente está no
cerne da proposta editorial
deste jornal.
Ao contrário de muitos
veículos, o que importa é
trazer ao leitor informações
que possam ajudá-lo a entender os vários ângulos da
realidade em que vive. Sem
preconceitos, sem partidarismo, sem encetar campanhas contra autoridades,
como a que vem vitimando
a Secretária de Educação de
São Bernardo, Cleusa Repulho, também ouvida nesta
edição (página 5).
A matéria sobre a crise da
merenda escolar, em São
Bernardo, que trazemos
em manchete, levanta um
pouco do véu que esconde
as verdadeiras razões desta campanha contra Cleusa
Repulho. E a irrregularidade na concorrência da merenda escolar em São Bernardo, responsabilidade do
governo Willian Dib, revelada nesta edição é apenas a
ponta de um iceberg.
Um iceberg que já mostrou sua extensão em CPI
realizada na Câmara Municipal de São Paulo e nas várias denúncias de corrupção
registradas em torno desta
questão. Responsável por
contratos milionários em
prefeituras de todo o País,
ele também exige a atenção
de quem quer pensar o desenvolvimento regional com
democracia e justiça social.
Antonio Ledes
Lei da Billings: responsabilidade de todos
Alex Manente*
Prioridade - A Prefeitura de Sto. André reforma calçada da av. Perimetral para aumentar
área de estacionamento dos carros. Mas esqueceu de olhar para os pedestres.
Mulher negra: sujeito de luta
Ivete Garcia*
Artigo
O debate sobre
machismo e
racismo tem no
mês de março
duas importantes
oportunidades: o Dia
Internacional da Mulher
(8) e o Dia Internacional
para a Eliminação da
Discriminação Racial
(21). A somatória
dessas datas
evidencia as múltiplas
desigualdades sofridas
pelas mulheres negras.
Embora no Brasil
o racismo seja
crime inafiançável e
imprescritível, comumente
os ‘lugares’ destinados
à população negra
são de sub-cidadania,
estabelecendo-se uma
ordem incontestável na
escala econômica e social
– homem branco, mulher
branca, homem negro
e mulher negra. Essa
ordem é expressa na vida
concreta das pessoas:
no corpo; no trabalho; na
cultura; nas oportunidades
sociais, políticas
e econômicas. No
universo de 6 milhões de
empregados domésticos,
por exemplo, 95% são
mulheres e 57%, negras.
As mulheres negras
se organizam nos mais
variados espaços, pelo
respeito à dignidade;
oportunidades enquanto
cidadãs e visibilidade
como sujeitos políticos.
Me chamou atenção o
livro Mulheres Negras
do Brasil, de Shuma
Schumaher e Erico Vital
Brazil. O livro recebeu
em 2008 o Prêmio Jabuti
(1o lugar na categoria
Direitos Humanos). A
pesquisa que embasou
o livro provocou um
profundo mergulho em
contundentes silêncios da
historiografia brasileira.
Segundo os autores,
com exceção dos
escritos sobre o sistema
escravocrata e, por vezes,
uma ou outra alusão ao
mito Chica da Silva, não
se encontraram muitas
outras informações
sobre mulheres negras
em nossos museus,
currículos escolares,
livros didáticos ou
narrativas oficiais.
As buscas por justiça
social e racial das
mulheres negras não
podem ficar restritas
apenas aos que de
alguma maneira foram
despertados para esse
tema. Em nome da
democracia, devemos
reforçar essas lutas em
nosso cotidiano, reforçar
e ampliar os apoios e
ações concretas dos
movimentos sociais e das
instituições públicas e
privadas. A superação do
racismo e do machismo
deve ser cada vez mais
uma responsabilidade de
toda a sociedade, e não
apenas das mulheres
e dos homens que
enfrentam diretamente
seus efeitos no dia-a-dia.
* Ivete Garcia é
socióloga, mestre em
administração e militante
feminista. Foi assessora
dos Direitos da Mulher
na Prefeitura de Santo
André; vereadora,
presidenta da Câmara e
vice-prefeita da cidade.
ABCD Maior – MP Editora Ltda. Endereço: Travessa Monteiro Lobato, 95, Centro, SBC – CEP 09721-140
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Finardi e Valéria Cabrera - Redação: Diego Sartorato, Júlio Gardesani, Liora Mindrisz, Renan Fonseca, Vanessa Selicani, Vinicius Morende e Walter Fernandes. Estagiários: Carol Scorce, Cinthia Isabel, Deise Cavignato,
Fabiola Andrade, Gustavo Pinchiaro e Paula Cristina. Fotografia: Luciano Vicioni, Amanda Perobelli e Antonio
Ledes- Diagramação e editoração: Guilherme Horta – Tratamento de imagem: Fabiano Ibidi - Secretaria:
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necessariamente a opinião deste jornal. Publicação bissemanal. Tiragem: 35 mil exemplares. Circulação em
Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Marcado historicamente
como maior polo
industrial do Brasil,
o ABCD assistiu na
década de 1950 ao
desenvolvimento urbano,
econômico e liderou a
lista de oportunidades
de empregos no país.
São Bernardo, berço do
setor automobilístico
que aqueceu a economia
regional, herdou não
apenas o bônus por se
tornar o município mais
industrializado, mas o
ônus por abrigar milhões
de trabalhadores que
migraram para suprir
a demanda da mãode-obra. Resultado: o
crescimento populacional
desordenado no entorno
da Represa Billings.
Devido à falta de
controle na ocupação da
cidade de forma acelerada
e irregular, a Billings tem
um quadro preocupante.
Embora protegida pela
Lei de Proteção de
Mananciais, estudo do ISA
(Instituto Socioambiental)
revelou que o maior
reservatório de água da
região metropolitana
perdeu 6,6% da cobertura
florestal nativa entre
1989 e 1999. A pesquisa
também apontou
que a represa sofreu
adensamento urbano de
quase 32% neste período.
Dez anos mais tarde,
retomamos o debate
sobre a necessidade de
mobilizar o poder público
e a sociedade civil para
reverter essa situação.
Chegamos ao limite das
discussões sobre a Lei
Específica da Billings,
a ser aprovada pela
Assembleia Legislativa
neste semestre. Em
tramitação na Casa desde
2008, a medida trata da
regulamentação fundiária
no entorno da represa,
a solução imediata para
evitar a total destruição
do principal tesouro
natural de São Bernardo.
Na análise mais simples
sobre a importância da
legislação ressalta-se o
poder que a Prefeitura
terá para aumentar a
fiscalização e evitar
novas ocupações
irregulares. O Executivo
terá ainda a capacidade
de medir o compromisso
ambiental das empresas
interessadas em investir
na cidade. Será possível
buscar parceiros que
apóiam a causa, rumo
ao desenvolvimento
sustentável. Evoluir sem
esgotar os recursos
naturais para o futuro.
Aprovar a Lei Específica
da Billings significa
garantir às famílias
a oportunidade de
regularizar os imóveis
em áreas de mananciais
e torná-las responsáveis
pela compensação
ambiental. A partir
daí, terão o direito
de exigir tratamento
e redirecionamento
do esgoto jogado
na represa e cobrar
saneamento básico.
Levando o discurso
adiante, esbarramos na
expansão urbana que
provocará o Trecho
Sul do Rodoanel. A via
acelerará a urbanização
da bacia e comprometerá
ainda mais o manancial.
Mais um motivo para
insistir na aprovação
da matéria antes da
conclusão das obras,
caso contrário, o avanço
populacional não será
contido e a Billings
sofrerá as consequências.
Por conta de
todos os pontos
expostos, o cidadão
terá deveres similares
para a manutenção e
aplicabilidade da lei, que
só será concretizada
com apoio da sociedade.
Para isso, a criação de
uma Escola de Educação
Ambiental em São
Bernardo também entra
na pauta de discussões.
A conscientização
é a melhor arma para
garantir o sucesso de
uma medida em favor
do meio ambiente e da
população. Tornar a Lei
Específica da Billings real
ao lado do beneficiado
direto é a única forma
de evitar a propagação
de novas residências
na área preservada,
liquidar a poluição da
bacia e salvar a represa.
* Alex Manente é
deputado estadual pelo
PPS e coordenador
da Frente Parlamentar
em Defesa da
Represa Billings.
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 03
Caixa discute projetos e
investimentos para a Região
PAC e habitação são prioridades da nova superintendente da Caixa Econômica Federal no ABCD
Fotos: Amanda Perobelli
Representantes da regional do ABCD
da Caixa Econômica Federal devem se
reunir na próxima semana para discutir
o programa Minha Casa, Minha Vida,
lançado esta semana pelo governo federal.
O objetivo é disponibilizar o acesso ao
programa, que deverá construir um milhão
de habitações em todo o País a partir de
abril. O ABCD MAIOR antecipa o debate
e traz a entrevista com a superintende
regional da Caixa no ABCD, Marjori Soraia
Oliveira. Defensora de investimentos sociais
e recém-empossada num dos cargos mais
estratégicos para a Região, Marjori falou
sobre o programa habitacional, acesso ao
crédito, crise financeira mundial e PAC.
vinicius morende
[email protected]
ABCD MAIOR – Em
quais áreas a Caixa
Econômica Federal investirá mais recursos no ABCD
neste ano?
Marjori Soraia de Oliveira – Principalmente nas
áreas de saneamento, habitação popular e nas áreas
de mananciais por meio do
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na
habitação, especialmente,
pois é um ramo que aquece
a economia e mantém empregos. Um pedido específico que fiz para a Região é
a implementação de ações
voltadas para indústria vin-
‘Ações voltadas apar a indústria’
culada às montadoras, setor com um cenário de risco
grande. Nós estamos trabalhando para fomentar o
crédito e aquecê-lo. Já conseguimos autorização para
atuar nos feirões de veículos
com uma linha bem simples
de financiamento. Estes são
os setores com mais atenção, mas todos vão receber.
Não vamos deixar ninguém
de fora.
ABCD – Quanto o PAC
deve investir na Região?
Marjori – Só no ABCD,
temos mais de R$ 500
milhões nas obras do PAC
para todos os municípios.
Lógico que as obras são
proporcionais à base territorial, ao número de habitantes e necessidades.
Temos obras fantásticas
para o ABCD. Você vê isso
pelo número de famílias
que vão auxiliar. Tenho
muito interesse em termos sociais e em termos
ambientais. Tem muita
verba do PAC para cuidar
da área de mananciais e
para regularizar a situação fundiária. Tem também um setor que desenvolvemos muito no ABCD,
que é a lucratividade da
área comercial, que neste
momento de crise é de ex-
fazer as mesmas exigências
que o Banco Central e isto
dificulta o crédito, principalmente em alguns setores
mais atingidos.
ABCD – Então o dinheiro
chega às empresas?
Marjori – Não tivemos
problema do dinheiro não
chegar ao empresário.
Desde que a gente perceba que é uma empresa
idônea, mesmo em dificuldade, e tem um projeto,
o crédito chega nas mãos
dela. Nós temos acompanhado esta evolução. Para
isso, temos o Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda) para apoiar
projetos. Mas tem de ter a
contrapartida de gerar os
empregos que promete.
Para segurar os efeitos da
crise, não adianta colocarmos um monte de crédito
na praça e as pessoas não
terem emprego para honrar o crédito. Então, tentamos manter este ciclo
aquecido.
Marjorie Soraia de Oliveira: ‘Temos R$ 500 mi do PAC para o ABCD’
trema importância.
ABCD – A Caixa participará do programa federal
para a construção de 1 milhão de residências (“Minha Casa, Minha Vida”).
Já há informações sobre o
programa no ABCD?
Marjori – O que sei dizer é
que as casas são para famílias com renda até R$1.370,
com grande parte da verba
subsidiada. As pessoas pagarão mensalidades de cerca de R$ 20 ou R$ 25. Mas
ainda não sabemos orçamento para a Região, quantidades por municípios, se
vai ser adequado ao déficit
local etc. De qualquer maneira, como a habitação é
uma de nossas prioridades,
aumentamos o orçamento
de R$ 19 milhões em 2008
para R$ 22 milhões neste
ano. De acordo com nossos
estudos, esta verba gera
mais de 370 mil empregos.
Mas o orçamento é ilimitado. Aumenta conforme a
demanda. No ano passado,
oferecemos R$ 31 milhões.
A expectativa para este ano
é que o resultado será muito maior.
ABCD – Com a crise financeira mundial, ficou
mais difícil acessar o crédito?
Marjori – Nós não alteramos a configuração da análise de risco do tomador. Na
verdade, nem o Banco Central exige hoje uma capacidade maior em termos de
garantias para as empresas.
O que acho é que os bancos privados começaram a
ABCD – Nestes últimos
meses, a Caixa recebeu
mais solicitações de crédito?
Marjori – Estamos analisando diversas solicitações
de crédito para empresas
da Região. Após o início da
crise, houve uma procura
maior por conta do aumento
do risco de crédito nos bancos privados. Nós conseguimos aplicar no ano passado
R$ 50 milhões para pessoas
jurídicas. Para o ABCD, isso
é pouco. Podemos aplicar
muito mais. Para este ano,
temos orçamento de R$ 70
milhões, mas ele também
não tem limite.
ABCD – Quais serão as
prioridades de sua gestão
na superintendência da
Caixa no ABCD?
Marjori – Em qualquer
regional, quem vai assu-
mir recebe diretrizes da
vice-presidência e da superintendência nacional.
No ABCD como nas outras
regionais, nós temos de
fomentar, principalmente,
o desenvolvimento local
em habitação, na área social, fazer saneamento. São
obras que não aparecem,
mas que melhoram a saúde dos moradores. Hoje
temos o PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento) como facilitador. O
programa mostrou para os
prefeitos que é importante
fazer estas obras, pois por
meio do saneamento você
vai economizar futuramente na saúde, por exemplo.
ABCD – Qual o papel da
Caixa no PAC para a Região?
Marjori – Além da superintendência, a área técnica,
de engenharia (ambiental,
civil etc), está muito envolvida. Funciona da seguinte
maneira: o município apresenta sua capacidade técnica e financeira, pois há
a exigência de que dê contrapartida do orçamento, e
as obras são habilitadas.
Então, o recurso chega e
fica bloqueado. Os engenheiros da Caixa vão até as
obras e verificam se está
tudo em ordem, se a etapa
foi cumprida. Para isso, há
cronogramas físico e financeiro. Caso cumpra a etapa, recebe o valor; se não,
o dinheiro fica bloqueado.
Nós ainda damos a chance
para regularizar. Por exemplo, em São Bernardo, não
tinha nenhuma obra iniciada e agora já caminhamos com dois projetos que
priorizamos, o do ribeirão
dos Couros, para evitar as
enchentes na Anchieta, e o
Três Marias, para transferir 3 mil famílias de barracos em áreas de manancial
para casas de alvenaria em
outro lugar.
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 04
Aidan corta verba, mas
MOVA resiste em Sto.André
Número de alunos dosc cursos de alfabetização caiu pela metade; educadores mantêm aulas sem salários
Júlio Gardesani
[email protected]
Desde que o prefeito de Santo André,
Aidan Ravin (PTB), desistiu
de pagar todos os contratos
da Administração em seu
15º dia de governo, o MOVA
(Movimento de Alfabetização
de Jovens e Adultos) resiste
para manter suas atividades
no município. Sem o repasse, o MOVA passou de 105
turmas em dezembro para
menos de 50 em março. As
que continuam, contam com
o trabalho voluntário dos
educadores, que decidiram
manter as aulas mesmo sem
receber salário.
Mensalmente, Aidan deveria repassar R$ 45 mil ao
MOVA-ABC, que possui contrato com a Prefeitura até dezembro deste ano. Sem o repasse referente aos meses de
janeiro e fevereiro (não existe
sinalização de que a Administração pagará o contrato em
março), quase 900 pessoas
deixaram de receber a alfabetização. Até dezembro, cerca
de 1.600 pessoas frequentavam as aulas; atualmente não
chega a 800 alunos.
A verba deveria ser usada para o pagamento dos
educadores, que recebiam
R$ 618 por mês, compra de
materiais escolares (canetas,
lápis, cadernos e borrachas),
manutenção das salas de aula
e compra de lanches para as
aulas realizadas nos bairros
mais carentes. Além disso,
o auxílio prestado pela Administração passada ao MOVA
foi completamente cancelado: os alunos deixaram de
ter aulas de computação e
os educadores não possuem
mais a assessoria da Secretaria de Educação.
Dulceli Aparecida Moura, 39 anos, é um exemplo
de educadora do MOVA que
decidiu resistir. Mesmo sem
receber um real, continua
lecionando para cerca de 20
alunos, a maioria idosos, na
sede da Sociedade Esportiva
Colorado, na Vila Lutécia.
“Acredito que o Aidan está
com uma política de gueto:
todos os programas que o PT
abraçou ele quer cortar. Mas
o MOVA não é isso e por isso
continuo dando minhas aulas
como voluntária”, diz Dulceli.
Entre as alunas que assistem à aula de Dulceli, está
Celina Rodrigues de Lima, 65
anos. Há um ano e três meses
participa das aulas, aprendeu
a ler, escrever e fazer contas
no MOVA, mas está decepcionada.
“Antes tinha lanche. Não
tem mais. Não temos mais
os cadernos, nem lápis, nem
nada. Eu votei no Aidan, mas
me arrependo. Fui pela cabeça dos outros. O prefeito
precisa saber que não somos
burros. Ah, se eu pudesse falar com esse homem!”, fala
Celina, em tom desafiador.
Ao lado de Celina, Marta
André Domingos, 64 anos,
também se revolta. “Eles vieram falar que quem tem até
50 anos deve ir para escola
municipal e quem tem mais
de 60 deveria ficar em casa.
Com 60 anos aprendi a ler,
escrever, nadar e bordar. Não
somos burros, senhor prefeito”, desabafa.
A Prefeitura de Santo André foi procurada, mas não
respondeu à reportagem do
ABCD MAIOR.
Fotos: Luciano Vicioni
“Antes tinha
lanche. Não
tem mais. Não
temos mais
os cadernos,
nem lápis,
nem nada”.
Aula do Mova em Santo André:professores dão aula sem recursos da Prefeitura
Decisão caminha na contramão do ABCD
Um dos coordenadores
da Comissão Nacional do
MOVA, Ionildo Gomes de
Aragão, acredita que Aidan
caminha na contramão dos
demais municípios do ABCD
ao suspender o repasse.
“Não havia a necessidade de parar o atendimento e
o repasse. O que acontece é
que o Aidan tem o entendi-
mento que o MOVA é uma
prática de partido, mas não é.
As pessoas que estudam no
MOVA não têm partido, são
moradores que o elegeram”,
afirmou Aragão.
Em São Bernardo, a nova
Administração já deu início
ao projeto e até o final do ano
deverá firmar a parceria com
a instituição. De acordo com
Aragão, existem 30 turmas
em São Bernardo, mantidas
pelo MOVA-ABC, que recebe
verbas da iniciativa privada.
Em Diadema, são 70 salas
mantidas com apoio da Prefeitura. Mauá já deu início ao
processo contratual: 30 salas
serão abertas até o final do
ano. Para 2009, a meta é aumentar para 90. (JG)
Iniciativa privada poderá ajudar projeto
Para tentar impedir que as
aulas sejam paralisadas em
Santo André, o coordenador
do MOVA-ABC, Francisco
Duart de Lima, o Alemão,
pretende buscar parcerias
com a iniciativa privada através do programa de adoção
de alunos ou salas.
“Estamos tentando, as-
sim como durante a gestão
do ex-prefeito William Dib
(PSB), em São Bernardo, que
impediu a implementação do
MOVA, verbas de empresas
e comerciantes. É uma lástima a decisão de Aidan. Para
se ter uma idéia, a cidade de
São Paulo tem 500 turmas
do MOVA”, garantiu Alemão.
Celina Rodrigues
de Lima, 65 anos
Um aluno adotado pode
custar até R$ 72 mensais.
Para adotar uma sala inteira, com toda a estrutura, são
quase R$ 700 por mês; também existe a possibilidade de
adotar uma sala por R$ 300,
custeando apenas os materiais didáticos e um pequeno
auxílio para o educador. (JG)
Com 60 anos
aprendi a
ler, escrever,
nadar e bordar.
Não somos
burros, senhor
prefeito”.
Marta André
Domingos, 64 anos
ONG recebeu de Damo tratamento privilegiado
Ex-prefeito de Mauá encerrou mandato com dívidas, mas não deixou de pagar Instituto Sorrindo para a Vida
Gustavo Pinchiaro
[email protected]
O ex-prefeito de Mauá Leonel Damo (PV) encerrou
o mandato em 2008 com
R$ 217 milhões em dívidas,
sendo R$ 17 milhões em
contratos e convênios não
pagos. Entre os débitos com
terceiros, entretanto, o Instituto Sorrindo para a Vida,
uma ONG (Organização Não
Governamental), foi o único
a ser privilegiado, de acordo
com o secretário de Saúde e
vice-prefeito da Cidade, paulo
Eugênio (PT). A instituição,
que recebeu cerca de R$ 76
milhões da Prefeitura, teve
todas as parcelas pagas.
A última parcela paga ao
instituto foi na gestão do
prefeito Oswaldo, sob pressão de cortar os serviços na
Saúde, caso o valor não fosse acertado. O valor cobrado
pelo instituto era de R$ 3,2
milhões. Questionada por
Paulo Eugênio, a entidade
não teve como justificar todos os gastos. “Representantes do instituto chegaram
na Prefeitura com uma folha
sulfite e justificaram apenas
metade dos gastos”, contou
o secretário.
De acordo com Paulo Eugenio, ainda assim, o Sorrindo para a Vida tentou receber
os R$ 3,2 milhões, alegando
que a metade do montante,
não gasta, ficaria armazenada em uma espécie de “fundo”, para caso a Prefeitura
quisesse executar outros
projetos e programas. “Disseram que aquele dinheiro
ficaria na reserva técnica.
Sabendo da dificuldade financeira da nossa cidade,
onde o ex-prefeito (Leonel
Damo, PV) não pagou sequer o salário de dezembro
do funcionalismo, pagamos
só a metade, os encargos, e
mandamos um oficio dizen-
do que não tinha mais projetos e programas”, explicou
Paulo Eugenio.
Em 2007, Paulo Eugênio
chegou a denunciar que o
endereço declarado da ONG
era, na verdade, um sex shop
na Zona Leste da Capital.
Outra questão diferenciada
dos demais contratos do Executivo foi o prazo de execução dos serviços. De acordo
com Paulo Eugenio, o Instituto tinha compromisso com a
Prefeitura por 24 meses e receberia os R$ 76 milhões, no
entanto, seis meses antes do
final do contrato a verba paga
pela Prefeitura já havia acabado. Com o fato, o contrato
ficou oficialmente encerrado
e não cancelado, como foi
colocado pela oposição. “No
dia 15 de fevereiro, o secretário de Finanças me liga e fala
o seguinte: ‘o empenho desse contrato está esgotado’.
Era um contrato de R$ 76 mi-
Divulgação
Sex shop: endereço foi delcarado como sede da ONG que prestava serviços à Prefeitura de Mauá
lhões para ser executado em
24 meses, mas em 18 meses
já havia sido gasto tudo. De
fevereiro a outubro, o valor
desse contrato foi de R$ 5,07
milhões. A sobra permitiu pagar o mês de fevereiro”, detalhou.
O Instituto Sorrindo para
a Vida foi procurado para
esclarecer o caso, pelo telefone fixo da entidade, localizada na Avenida São Luis,
112, República, São Paulo.
De acordo com a funcionária identificada pelo nome de
Silvania, a entidade só fornece informações técnicas por
meio de uma assessoria de
imprensa. A assessoria ter-
ceirizada da empresa foi procurada diversas vezes pelo
telefone, mas não retornou
as ligações.
Já o ex-prefeito Leonel
Damo apenas informou, por
meio de sua assessoria de
imprensa, que esse não foi o
único contrato honrado durante a gestão.
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 05
Sem carne, alunos se viram
com ovo frito na merenda
Administração William Dib deixou como herança a São Bernardo contratos cancelados por irregularidades
DIEGO SARTORATO e
CAROL SCORCE
Os mais de 90 mil
alunos da rede municipal de ensino de São
Bernardo, que conta com
155 escolas de 1ª a 8ª séries, estão desde o início
do ano letivo, em fevereiro,
comendo ovo frito na merenda por falta de carne.
Isso porque dois contratos
da Secretaria de Educação para compra de carne
bovina e de frango, feitos
na gestão do ex-prefeito
William Dib (PSB, 20022008), foram considerados
irregulares pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e
tiveram de ser cancelados
pela atual Administração. O
o problema foi o critério de
julgamento para avaliação
dos preços, que teria priorizado o preço da arroba do
boi do dia, e não um valor
fixo como determina a lei
de licitações.
Os contratos foram celebrados em 2004 e renovados, sem nova licitação, em
2006, com a empresa New
Quality, de Varginha (Minas Gerais). Ao longo desse período, dois secretários
de Educação passaram pela
Pasta: Admir Ferro (PSDB),
atualmente exercendo mandato de vereador, e Neide
Felicidade, considerada, à
época, braço direito de Ferro na Prefeitura.
A reportagem tentou entrar em contato com a empresa, mas o único telefone
encontrado estava fora de
serviço. Neide Felicidade
também não foi localizada
para comentar o assunto. Já
Ferro, que, como integrante
da Comissão de Fiscalização de Contratos e Convênios da Câmara foi obrigado a pedir esclarecimentos
ao prefeito Luiz Marinho
(PT) sobre o contrato que
ele mesmo deixou irregular
quando saiu da Administração, preferiu desconversar:
“Eu? Eu não era secretário
nessa época. Não sei de
nada disso”, resumiu.
De acordo com a atual secretária de Educação, Cleuza
Repulho, há problemas de
Fotos: Amanda Perobelli
Merendeira frita ovo em escola municipal de São Bernardo: crianças não tiveram cardápio variado
fornecimento e reclamação
por parte dos pais de alunos. “Estamos enfrentando
essa dificuldade, sim. Recebemos a notificação do TCE
e fomos obrigados a cortar
a compra de carne e de frango. Já fizemos nova licitação
e resolvemos o problema
do frango, e agora faremos
um novo contrato de compra de carne. Publicamos o
edital e faremos o pregão na
sexta-feira (27/03). Se tudo
der certo, em 15 dias a rede
deve voltar a ter carne”, explica a secretária. De acordo com Cleuza, um acordo
com os fornecedores de
hortifrutigranjeiros garantiu
aumento dos estoques de
ovos e frutas para balancear
a alimentação dos alunos.
“Garantimos que, nutritivamente, os alunos não perdessem nada”, avalia.
Quem não gostou do
corte da carne na merenda
foram pais e alunos. Uma
das escolas que notificou
reclamações para a Secretaria foi a EMEB Graciliano
Ramos, no Riacho Grande.
A diretora da unidade, Elenir Fagundes Santos, disse
que as cozinheiras arriscam
a criatividade para driblar o
problema. No lugar da carne
bovina entram ovos, macar-
rão de sardinha e verduras.
“Nós nos viramos com o
que tem e não deixamos a
quantidade de comida diminuir, mas é claro que não
substitui. No conselho de
educação deixei claro aos
pais o problema. Estamos
todos ansiosos por mudanças”, conta a diretora, que
serve oito refeições por dia
nos três turnos da escola aos 362 alunos. Com o
frango de volta à mesa, a
alimentação dos alunos começa a retonar ao normal,
mas a expectativa de pais,
alunos e professores é que
a situação seja regularizada
o quanto antes.
A mesma empresa que
teve o contrato cancelado
em São Bernardo, a New
Quality, também está envolvida em uma irregularidade
de licitação em Ribeirão Pires, de 2007, que ainda não
foi julgada pelo TCE. A Prefeitura de Ribeirão foi procurada para dar mais detalhes sobre o contrato, mas
não deu resposta à reportagem sobre o assunto.
Fórum Social discutirá Suspensão judicial não
salários dos médicos intimida vereadores
Encontro de movimentos sociais discutirá valorização
do serviço público e do funcionalismo na Região
Parlamentares de Diadema vão recorrer até
últimas instâncias para garantir benefícios
DIEGO SARTORATO
[email protected]
Karen Marchetti
[email protected]
O encontro setorial de
saúde do Fórum Social do
ABCD, que acontece neste
sábado (28/03), em Mauá,
terá, entre os itens da pauta, os baixos salários pagos aos médicos na rede
pública da Região. De acordo com levantamento do
Sindicato dos Servidores
Públicos de São Bernardo
(Sindserv), publicado com
exclusividade pelo ABCD
MAIOR na última terça-feira (24/03), São Bernardo
paga os piores salários para
médicos da Região – o piso
é de apenas R$ 22 por hora
–, menos de metade do que
paga Ribeirão Pires (R$ 50
por hora), apesar de ter um
orçamento municipal 20
vezes maior que o da cidade vizinha. Ainda assim, os
salários das duas cidades
estão bem abaixo do que
se paga no setor privado.
No Hospital Assunção, em
São Bernardo, os médicos
recebem cerca de R$ 68
por hora.
“Vou colocar essa questão lá sim, já que discutiremos qualidade de serviço e
terceirização. É um espaço
para lidar sobre a valorização do servidor também.
Vemos, com os dados que
levantamos, que o funcio-
Os 17 vereadores de Diadema não se intimidaram
com a liminar da Justiça que
suspende o pagamento do
vale-refeição, de R$ 18 por
dia e o 13º salário, de R$
7.480, e vão recorrer, se necessário, até o STF (Supremo
Tribunal Federal). Os benefícios, mesmo sob protestos,
foram aprovados nas primeiras sessões deste ano.
A liminar é fruto de ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça de Diadema
Jairo Edward De Luca. O promotor questiona a legalidade
de os parlamentares aprovarem benefícios para si mesmos, já que os vereadores
não têm direito a nenhuma
nário público ganha infinitamente menos que no
setor privado. Isso causa
um custo alto para a população nos convênios fechados pelas prefeituras e
dificuldade em preencher
as vagas no concurso público. Ninguém quer vir
trabalhar por esse valor, aí
falta atendimento”, resume o presidente do Sindserv, Carlos Alberto da Silva, o Ketu.
A discussão que se iniciará no Fórum Social do
ABCD sobre os baixos salários será levada também
à Mesa de Negociação Permanente instituída pelo
prefeito Luiz Marinho (PT)
na próxima segunda-feira
(30/03) e à comissão municipal de trabalhadores
da Saúde na quarta-feira
(01/04), como forma de
encontrar saída consensual e pacífica para a questão.
“Vamos ver o que é que
pode ser feito de uma forma que as coisas estejam
menos tensionadas possível”, avalia Ketu.
O encontro do Fórum
Social do ABCD será no
Teatro Municipal de Mauá,
no Paço Municipal (avenida João Ramalho, 306, Vila
Noêmia), a partir das 9h.
Mais informações podem
ser requisitadas pelo email jornada@abcdmaior.
com.br. Participarão sindicatos, movimentos sociais
e secretários municipais
de Saúde, como representantes das prefeituras da
Região.
outra verba além do subsídio.
De Luca ainda defende que a
fixação do valor do subsídio
somente vale para a legislatura subseqüente.
A justificativa da Câmara
foi embasada em artigos da
Constituição e citou como
exemplos outras cidades do
País onde os vereadores recebem o 13º salário.
“Não posso fazer juízo de
valor na justificativa apresentada pela Câmara. Posso dizer que o Legislativo tem um
posicionamento jurídico diferente do Ministério Público”,
explicou o promotor.
O secretário de Assuntos
Jurídico da Câmara, Roberto
Viola, disse que depois de todos os vereadores serem notificados entrará com recurso
de agravo. Questionado se o
processo na Justiça deverá
demorar anos para chegar
a uma conclusão, Viola foi
enfático: “Geralmente, o recurso de agravo não demora
muito. Mas até o julgamento
os vereadores não têm direito a nenhum dos benefícios”,
avaliou.
Entretanto, a liminar da
Justiça estabelece multa de
R$ 1 mil para cada vale-refeição pago a partir da notificação. Provavelmente os
parlamentares terão de prestar contas à Justiça, já que o
presidente da Casa foi notificado na última segunda-feira
(23/03) e dois dias depois,
alguns vereadores teriam recarregado o cartão de valerefeição.
Vereadores em Diadema: parlamentares vão recorrer pelo 13º salário e vale refeição de R$ 18,00
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 06
Empreendedores da periferia
têm crédito no Banco do Povo
Modalidade de concessão de empréstimos, comum no Nordeste brasileiro, reduz inadimplência
Amanda Perobelli
Vinicius Morende
[email protected]
Uma modalidade boliviana de concessão
de crédito solidário, também
muito comum no Nordeste brasileiro, ajuda cada vez
mais moradores das periferias do ABCD a melhorarem
de vida. São os grupos solidários, formados geralmente
por pequenos comerciantes
informais que se unem para
tomar empréstimos enquanto cooperam entre si.
O programa é desenvolvido pelo Banco do Povo Crédito Solidário e a ideia é
simples: emprestar dinheiro
para quem não tem garantias, avalista ou fiador. O interessado, então, forma um
grupo com outras pessoas
com o mesmo objetivo e
compartilha a responsabilidade de quitar as parcelas
da dívida em dia, nem que
tenha de ser socorrido pelos parceiros.
A instituição financeira
aponta que, em pouco mais
de um ano e meio de implementação, os grupos solidários se tornaram a “menina dos olhos” do banco. Só
em 2008, o Banco do Povo
– Crédito Solidário realizou
1.364 operações do tipo
num total de R$ 1,06 milhão emprestados, cerca de
43% das operações do ano
passado.
Para o coordenador do
banco, Almir Pereira, a instituição deve reforçar a atuação com os grupos solidários nos próximos anos.
“Pois, assim, temos certeza
que estarmos atendendo os
mais pobres”, afirma.
Como funciona
A concessão de crédito é
gradativa, de acordo com o
histórico do credor, e restrita aos empreendimentos
com seis meses de atividade. Os limites individuais
são de R$ 50 e R$ 5 mil. Ao
receber um pedido de financiamento, o Banco do Povo
realiza o levantamento do
empreendimento. A comparação das análises entre
empréstimos fez a instituição verificar que a maioria
das pessoas dobra a renda
após tomar dinheiro emprestado.
O gerente operacional do
banco, Fábio Maschio, cita o
caso de uma confeiteira que
vendia bolos para a comunidade e, com o apoio do grupo, montou um estabelecimento aberto ao público,
aumentando o movimento.
“Isso melhora a autoestima
das pessoas. Notamos que
eles se alimentam melhor,
comem melhor e investem
melhor na educação dos filhos”, afirmou.
Empreendedores
De acordo com o gerente
80% dos participantes dos
grupos solidários são proprietários de pequenos comércios.
Um deles é Rafael Chaves, dono de mercearia no
Jd. do Estado, em Santo
André, que dobrou as vendas com os empréstimos do
Banco do Povo comprando
mercadorias. “Vendo doces, sorvetes, gelinho, etc.
Os empréstimos estão vindo muito bem”, afirma.
Inadimplência
Se considerarmos que
os grupos do ABCD são
formados por pessoas físicas, por serem informais, a
inadimplência deles, cerca
de 0,5%, é 14 vezes menor
Divulgação
Para o grupo de quatro empreendedores do Nova Harmonia verba gera renda e novos negócios
Empréstimos de grupos solidários podem ser utilizados para compra de mercadorias e geram renda
do que a média do mercado.
Ao levar em conta que são
pessoas jurídicas, o resultado é que emprestar dinheiro
para os grupos solidários é
quatro vezes menos arriscado que para pessoas jurídicas formais. Vale lembrar
que a alta inadimplência de
proprietários norte-americanos desencadeou a crise
financeira mundial.
Divulgação
Para gerente do Banco do Povo crédito muda realidade da Região
Nova Harmonia: cooperação bem-sucedida
Entre mais de uma centena de grupos solidários
ligados ao Banco do Povo
– Crédito Solidário, está o
Nova Harmonia, de Santo
André. Um dos quatro pequenos empreendedores,
Rafael Chaves, vendia seus
produtos na rua quando
passou em frente da unidade Vila Luzita da instituição financeira, próxima ao
terminal de ônibus. Entrou
para ver se vendia algo e
saiu com uma ideia. Pouco
depois retirava o empréstimo de R$ 1,9 mil, que beneficiou outros três conhecidos seus.
Na ocasião da reporta-
gem do ABCD MAIOR, o
grupo acertava os detalhes
do terceiro acordo, num
total de R$ 8,4 mil em empréstimos em pouco mais
de 11 meses de união.
Além de Rafael, os outros dois integrantes do
Nova Harmonia, José Maria de Moraes e Júlio Carlos dos Santos têm pequenas lojas de variedades em
seus bairros.
No caso de Moraes, que
vendia produtos nas ruas
antes de montar seu negócio, os empréstimos foram
utilizados para capital de
giro. “Hoje, compro mais
mercadorias, vendo e ainda
sobram produtos”, afirma.
Para o pintor Laerte Antonio da Silva, o dinheiro
serviu para comprar um
compressor para pintura
com revólver, outros equipamentos e ferramentas.
“Também montei um showroom, no Jardim Santa Cristina (Santo André).
Agora fico na rua e minha
esposa na loja”, contou.
Dono de uma mercearia,
Rafael afirma ter sentido
uma boa diferença depois
dos empréstimos. “Espero
que melhore mais ainda.
Não tomo mais empréstimos em outros bancos”,
afirmou.
Nós Mulheres concorre ao Prêmio Sebrae
Projeto de economia solidária gera renda para mulheres do Jardim Las Palmas, em São Bernardo; objetivo agora é exportar os produtos
DEISE CAVIGNATO
[email protected]
O projeto Nós Mulheres,
que conta com o trabalho de
25 artesãs, está concorrendo ao Prêmio Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas). O concurso reune 100
entidades que trabalham
com artesanato e está em
fase de escolha das finalistas. O Nós Mulheres já está
entre as 20 melhores.
A sede do Nós Mulheres
é a a garagem da coordenadora Lena Célia Auto,
no Jardim Las Palmas, em
São Bernardo. “O objetivo
deste ano é ter uma sede.
Há mais de dois anos que
estamos guardando recursos, buscando verbas para
comprar uma casa, porque
aqui na garagem já não dá
mais”, contou.
O Nós Mulheres começou em 2000 com um grupo de amigas que ajudavam pessoas mais carentes. Algumas mulheres já
faziam artesanato e ensinavam outras a fazer fuxico,
crochê, tricô, cestaria de
jornal. Mais de 200 mulheres passaram pelo projeto.
A artesã Ângela Maria de
Araújo faz presilhas de crochê e acredita que cada um
é uma obra de arte: “Fazer
objetos baratos e bonitos é
o segredo”, falou.
A venda dos produtos
é o sustento de algumas
mulheres. Trinta por cento do que é vendido é destinado para a compra de
matéria prima, mas o dinheiro também serve para
ajudar pessoas do bairro,
como na compra de cestas básicas. “A gente cuida
das mulheres que necessitam. Encaminhamos para
o programa Brasil Alfabetizado, participamos do
programa Jovem Dentista
da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) que dá tratamento
dentário gratuito e fazemos captação de vagas de
trabalho”, contou.
O Nós Mulheres não recebe ajuda financeira de
nenhuma empresa, mas
ganha matéria-prima como
cola e lã. Caso consiga
mais parceiros, um outro
sonho poderá ser realizado
no futuro. A coordenadora do projeto quer exportar
as tiaras, os cachecóis, os
broches, colares e blusas.
Esse exemplo de economia
solidária mudou até o dia a
dia das pessoas do bairro.
Quem quiser ajudar o projeto pode ligar no telefone
4342-3136.
Luciano Vicioni
Lena Célia Auto, coordenadora do Nós Mulheres
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 07
Greve na Petrobras deve
terminar nesta sexta-feira
Movimento foi deflagrado na segunda-feira por tempo determinado; mais segurança é uma das reivindicações
Fotos: Amanda Perobelli
Deise Cavignato
[email protected]
A greve dos 650
funcionários da Recap (Refinaria Capuava),
em Mauá, e do Terminal
de Distribuição de São
Caetano deve terminar
nesta sexta-feira (27/03).
Os trabalhadores entraram em greve por tempo
determinado (cinco dias)
na segunda-feira (23/03)
para protestar pela garantia dos postos de trabalho
nas empresas contratadas pela Petrobras, acabar com a precarização
das condições de trabalho,
garantir o pagamento das
horas extras dos feriados
trabalhados e estabelecer
a distribuição justa da participação nos lucros e resultados.
“Precisamos principalmente de segurança, pois
desde 2000 aconteceram
165 mortes. São quase dois
mortos por mês”, justificou
o diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros do
Estado de São Paulo, Laércio Borges Longo.
Divulgação
Refinaria Capuava: greve começou na segunda-feira
Nesta sexta-feira (27/03) termina a eleição para a presidência do Sindicato dos Químicos do ABC. O
atual presidente, Paulo Lage, encabeça a chapa única.
Em São Caetano, o trabalho é feito com operação reduzida e por isso a
fábrica não está totalmente parada. Na terça-feira
(245/03), o juiz determinou que os trabalhadores
da Recap fossem liberados
após a emissão de habeas
corpus.
Os funcionários que estavam dentro da companhia foram considerados
em cárcere privado e não
podiam sair porque seria
considerado abandono de
Trabalhadores da construção civil foram flagrados nesta semana vivendo em condições sub-humanas e com salários atrasados em obra da CDHU, em São Bernardo. A denúncia partiu do Sintracon.
trabalho e daria demissão
por justa causa.
“Entrei na empresa às
10h de domingo e sai às
22h da segunda-feira. Minha pressão subiu e quatro colegas passaram mal,
mas não puderam sair da
fábrica”, contou o técnico
de operação sênior Paulo
Pessoa.
De acordo com informações da Petrobras, os trabalhadores da Recap foram
liberados antes do habeas
corpus.
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 08
Fundação Casa inicia obra
em Diadema até dezembro
ABCD mantém 348 jovens internados em unidades espalhadas pelo Estado; só em Diadema são 86 menores
Renan Fonseca
[email protected]
A Fundação Casa (antiga Febem) confirmou que começará a construir uma unidade em Diadema até o fim deste ano. O
município possui 86 jovens
internados em unidades espalhadas pelo Estado. De
acordo com a assessoria de
imprensa da instituição, no
momento Prefeitura e Estado dialogam sobre o terreno escolhido para a obra.
Na Região, a cidade está em
terceiro lugar no ranking de
municípios que mais possuem jovens infratores dentro da Fundação.
A vinda de um novo internato fará Diadema ter duas
unidades da instituição. Atualmente, o município comporta a instalação de uma
casa para jovens que cumprem a semiliberdade, onde
estão 19 garotos. O prédio
foi inaugurado em agosto
de 2007. A Prefeitura preferiu não comentar o assunto
e enviou nota informando
que “não vai se pronunciar
neste momento, enquanto
aguarda o resultado de negociações”. A nova unidade
terá capacidade para 56 menores infratores.
Todas as cidades do
ABCD possuem adolescentes que cumprem sentença em outras unidades de
internação do Estado. São
348 jovens internados em
várias unidades da Fundação. Liderando a lista, San-
to André e São Bernardo,
que possuem 91 menores
infratores cada. Ribeirão
Pires tem 11; São Caetano
nove; e Rio Grande da Serra, sete. Os dados foram
atualizados este mês pela
Fundação Casa. Na Região,
apenas Mauá comporta um
internato, com capacidade
56 jovens, inaugurado em
agosto de 2006.
A ideia de uma unidade
de internação sempre causa
polêmica e divergência no
diálogo entre os governos
estadual e municipal. Desde 2006, a Fundação tenta
abrir um internato em Santo
André. Depois de meses de
discussão a respeito da área
para iniciar as obras, foi feito um acordo para que a
unidade ocupasse uma área
Luciano Vicioni
Unidade da Fundação Casa em Mauá, única do ABCD: capacidade para atender 56 menores infratores
às margens da avenida dos
Estados, próximo ao Complexo Cassaquera. Entretanto, a Fundação aguarda um
laudo sobre contaminação
da área, que pode inviabilizar a obra.
A princípio, em São Bernardo, o Estado ergueria
duas unidades em um terreno na altura do km 23
da rodovia dos Imigrantes, área de 15 mil metros
quadrados na região do
Alvarenga que pertence ao
Estado. No começo deste
mês, o prefeito Luiz Marinho apresentou outras áreas à Fundação que considera mais adequadas para
receber as unidades. Uma
definição poderá surgir na
reunião entre a presidente
da Fundação Casa, Berenice Gianella, e integrantes
do Consórcio Intermunicipal, que ocorre nesta sexta-feira (27/03).
Descentralização
Para o presidente da
Fundação Criança e São
Bernardo, Ariel de Castro
Alves, a descentralização
do atendimento é um dos
pontos positivos de a cidade receber uma unidade
de internato da Fundação
Casa. “O adolescente infrator é fruto da sociedade e
deve ser atendido pela comunidade de onde veio”,
defende Ariel.
No encontro desta sexta-feira no Consórcio Intermunicipal, que deve reunir
secretários de Inclusão Social dos sete municípios do
ABCD, Alves apresentará
algumas ressalvas quanto ao modelo da Fundação
Casa. “Temos de discutir o
projeto arquitetônico e pedagógico dos novos internatos”, disse
Na visão de Ariel, todas
as cidades são favoráveis a
instalação das novas unidades. “Atualmente, todos os
dirigentes públicos entendem a importância de atender o menor infrator dentro
do município, mas é necessário que o Estado apresente projetos sociais que
atendam os bairros que vão
sediar as novas unidades de
internação.”
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ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 09
Projetos habitacionais param
à espera da Lei Billings
Projeto daria mais agilidade em processos de regularização fundiária e desapropriações
Fotos: Luciano Vicioni
VANESSA SELICANI
[email protected]
A demora na aprovação da Lei Específica
da Billings, que desde outubro aguarda votação na Assembleia Legislativa, atrasa
o processo de regularização
fundiária em áreas de manancial nos municípios da
Região. Tida pelos ambientalistas mais críticos como a lei
da anistia, o projeto irá criar
diretrizes para regularizar a
situação de cerca de 850 mil
pessoas que vivem em ocupações irregulares nas margens da Billings.
Diadema e São Bernardo
trabalham em projetos que
poderiam ser acelerados
com a aprovação do marco
legal. São Bernardo avança
nesta sexta-feira (27/03) com
a assinatura de um convênio
com o Ministério das Cidades
de R$ 145,5 milhões para a
construção de um conjunto
habitacional e urbanização de
quatro bairros do Alvarenga.
Serão 1.236 famílias removidas para o futuro Conjunto
Três Marias e outras 1.488
que terão as casas reurbanizadas. “Tenho certeza de que
se a lei já estivesse sido aprovada, o processo de aprovação do projeto teria sido bem
Entenda a Lei Específica da Billings
A represa Billings completa 84 anos nesta sexta-feira (27/03) sem a aprovação da Lei Específica
mais rápido. Tivemos de nos
basear em legislação antigas.
Para planejarmos novos projetos, a nova lei será essencial”, afirmou a secretária de
Habitação e Meio Ambiente
de São Bernardo, Tássia de
Menezes Regino.
Já a vizinha Diadema
planeja um audacioso PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento) para áreas de
manancial, com investimento de R$ 33 milhões, que vai
afetar quem vive no Sítio Joaninha, na rua Iguaçu e no
Núcleo Caviuna. As 2 mil
famílias que moram nestas
áreas no entorno da Billings serão removidas para um
único local ainda não definido. O espaço deixado pelas
antigas habitações será reflorestado. Ainda sem licenciamento, a aprovação também
depende de leis anteriores e
poderia ser agilizada pela Lei
Específica. “Sem ela, temos
de manter negociação com
Ministério Público e Secretaria de Meio Ambiente do
Estado para ter certeza de
não estar fazendo uma urbanização ilegal”, lembrou
o secretário de Habitação de
Diadema, Márcio Vale.
Votação
A Lei Específica da Billings
encontra-se com a Comissão de Constituição e Justiça
da Assembleia para parecer
Principais pontos
Divide o entorno da represa em seis áreas: Área de Intervenção,
Área de Restrição à Ocupação, Área de Ocupação Dirigida,
Área de Recuperação Ambiental e Área de Estruturação
Ambiental do Rodoanel
Áreas que forem regularizadas precisarão de programas
de recuperação como coleta de esgoto, energia elétrica e
abastecimento de água
Imóveis regularizados, acima de 250 m², precisarão também
apresentar compensação ambiental ou financeira de acordo
com o tamanho do local
Estipula metas de redução de fósforo na bacia (a substância
é indicadora de poluição). As metas devem ser atendidas até
2015.
Pede a elaboração de um PDPA (Plano de Desenvolvimento e
Proteção Ambiental)
Determina um programa de monitoramento da qualidade da
água
Determina ampliação do sistema de coleta de esgoto
Permite que indústrias lancem líquidos orgânicos na represa,
desde que se comprovada inviabilidade técnica de instalação
de rede coletora e que não comprometa qualidade da água
técnico. Precisa ainda passar
pela Comissão de Defesa do
Meio Ambiente antes de entrar em votação. Foram sugeridas 63 emendas. A expectativa é que a lei seja aprovada
até o fim deste semestre.
Apesar das diversas audiências públicas, a Lei Específica da Billings ainda é
uma grande desconhecida
do grande público. O sogro
do comerciante Egídio Gaspar de Souza, 65 anos, tem
um imóvel no Parque Los
Angeles desde que a represa nem existia. Às margens
da Billings, Souza desconhece a lei, mas espera que
venha para ajudar. “A gente
vive há muito tempo aqui,
mas se a lei disser que temos de sair, não tem problema”, afirmou.
Você sabe o que é a Lei Específica da Billings ?
“Desconheço. Mas é
preciso fazer alguma coisa
para que o volume de água
da Billings volte a subir.
Quando cheguei aqui,
tinha muito mais água.
Além disso, será muito
melhor se conseguirmos
a regularização”
“Não sei o que é. Espero
que não nos tirem daqui. O
bairro já está urbanizado,
apesar de tão próximo da
represa. Tem gente aqui
há mais de 20 anos. Se
regularizarem, podemos
buscar nossos direitos”
Lucinéia de Souza Tenório,
29 anos, moradora do
Parque Los Angeles
Irene Alves Ramos, 62 anos,
moradora do Las Palmas
Egídio Gaspar de Souza,
65 anos, morador do
Parque Los Angeles
São Bernardo ganha Base
Ambiental da Guarda Civil
MDV vai ao
MP contra
prefeituras
O MDV (Movimento em
Defesa a Vida) promete entrar
nesta sexta-feira (27/03) com
uma representação no Ministério Público Federal contra
cinco prefeituras do ABCD e a
Capital, municípios banhados
pela Billings. O movimento
acusa os gestores públicos
do passado e atuais de arbitrariedades e ilegalidades em
ralação ao Código Florestal
Brasileiro e pede a realização,
em conjunto com o Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis), de um
levantamento da real situação das áreas de preservação
permanente.
O diagnóstico indicaria
quais regiões estão preservadas ou poluídas. O pedido
dos ambientalistas requer
ainda a instauração de um
“Ouvi dizer alguma coisa
sobre regularização dessa
região, mas achei que era
o projeto dos japoneses.
Se disserem que temos de
sair daqui, paciência, a
gente sai. Mas gosto muito
de viver perto do mato.
Não queria ir embora”
Ocupação irregular às margens da represa Billings: para MDV, Prefeituras são principais inimigos
inquérito público que identifique e puna os poluidores.
A denúncia será a forma da
ONG (Organização Não-Governamental) lembrar os 84
anos da represa Billings. No
ano passado, ambientalistas
da Região entregaram uma
carta para os representantes
dos comitês de bacia com
pedidos de remuneração aos
municípios e proprietários por
serviços ambientais e ampliação de criação de parques.
Mas não tiveram retorno.
O ambientalista Virgílio de
Farias, do MDV, disse que
tentou várias vezes uma reunião com os prefeitos da Região, sem sucesso. Para ele,
os maiores inimigos da represa são as prefeituras. “Os
municípios são os responsáveis pelo uso do solo e induziram a ocupação irregular.
São eles quem desmatam e
jogam esgoto na represa.
Mas, como me disse uma vez
um político, peixe e macaco
não votam”, afirmou.
São Bernardo ganha nesta sexta-feira (27/03) uma
Base Ambiental da Guarda
Civil, no Riacho Grande. Serão disponibilizados inicialmente 20 GCMs (Guardas
Civis Municipais) para fiscalizar as áreas de manancial
da cidade, que contarão com
cinco viaturas e uma lancha.
No próximo semestre, uma
segunda base será inaugurada dentro do Parque Estoril,
com mais 80 GCMs.
São Bernardo receberá
ainda dois postos da Polícia
Militar Florestal, que foram
estipulados como compensação ambiental no EIARima (Estudo e Relatório de
Impacto Ambiental) do trecho Sul do Rodoanel. Uma
delas ficará nas margens da
via Anchieta, no lado oposto da Estação de Tratamento
da Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Es-
tado de São Paulo). A outra
deve ser instalada no Parque
Los Angeles. Não há previsão de data para início da
construção. “Nos preocupamos com as compensações
do Rodoanel, porque a obra
já está terminando e nada
foi feito na cidade”, afirmou
o futuro secretário de Meio
Ambiente de São Bernardo,
Giba Marson.
O aumento da fiscalização,
com quatro futuras bases,
deve auxiliar a reduzir as ocupações irregulares e degradações ao meio ambiente no
entorno da represa Billings.
“Queremos um projeto moderno de fiscalização. Serão
100 guardas ambientais com
uniforme especial, lanchas e
viaturas para que o trabalho
seja eficiente. Negociamos
agora com a Dersa também
para as bases do Rodoanel ”,
explicou Marson.
ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 10
Luciano Vicioni
Wrap-árabe, prato feito com exclusividade às terças-feiras: frango, carne, calabresa, cogumelo ou queijo
Sabores do
mundo em
São Bernardo
Restaurante e Bar Giramundo promove toda terça-feira
a noite árabe, com prato exclusivo e dança do ventre
KAREn MARChEttI
[email protected]
O Restaurante e Bar
Giramundo, em São
Bernardo, é um local para
conhecer e degustar diversos sabores do mundo. Porém, todas as terças-feiras,
a Casa organiza uma noite
árabe. Neste dia é incluso
no cardápio um prato típico:
wrap-árabe.
A novidade na Região
tem nome americano Wrap
(em inglês significa embrulho ou enrolado), mas na
verdade é um prato das culturas Síria e Libanesa. O delicioso petisco, ou pode-se
chamar de um lanche, serve
uma pessoa.
O sanduíche enrolado é
feito com pão folha. São
cinco opções de recheios:
frango, carne, calabresa, cogumelo e queijo. Entretanto,
o chefe de cozinha da casa,
Anderson Henrique, afirmou
que o cliente pode incrementar o prato. “Com isso,
o número de opções aumen-
ta. Por exemplo, o que apresentamos ao ABCD MAIOR é
o tradicional, feito de carne
moída, tomate e temperos
árabes”, ressaltou.
De acordo com o chefe
de cozinha, o wrap-árabe é
assado em um forno típico
do Líbano, conhecido como
say. “A casa faz questão de
manter a tradição. O cliente
pode conferir o assar do sanduíche, que é uma novidade
na Região”, acrescentou.
Às terças-feiras, além de
conhecer um pouco da culinária árabe, os interessados
podem apreciar dança do
ventre e música ao vivo. “O
Giramundo é mágico. É um
pequeno lugar no paraíso.
A casa é um espaço para os
apaixonados, para a família
e para os jovens. Todas as
idades têm espaço e conforto aqui”, disse o gerente Luiz
Carlos Sanches.
A idéia de inaugurar um
bar onde oferece pratos de
todas as culturas do mundo
surgiu de uma das viagens
ao exterior do proprietário
Cristian El Chayb. O empresário trouxe idéias inovadoras no cardápio e na decoração. Depois de seis anos de
sucesso em São Bernardo, o
Giramundo terá uma unidade na rua das Figueiras, em
Santo André, que deverá ser
inaugurado no segundo semestre deste ano.
Serviço
O Giramundo, localizado à rua Olegário Herculano, 235 (travessa da avenida Kennedy), abre todos
os dias a partir das 18h. O
wrap-árabe custa entre R$
9 e R$ 22. A casa aceita todos os cartões de crédito e
débito e oferece em seu cardápio cervejas nacionais e
importadas, além de chope
e caipirinhas. De domingo a
quinta-feira, a entrada custa R$ 5; de sexta e sábado,
mulher paga R$ 7 e homem
paga R$ 10. O telefone para
reservas e mais informações é o 4123-3343.
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ABCD MAIOR na TV
O programa ABCD MAIOR em Revista deste sábado (28/03) mostra os reflexos da ditadura
militar brasileira na Região. Depoimentos de trabalhadores perseguidos fazem parte da
reportagem. O ABCD MAIOR em Revista é exibido, às 20h, aos sábados no canal 48, Rede
NGT (com reprise aos domingos, às 11h), e no canal 8, TV+. Também fica disponível no site
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ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 11
Divulgação
Evento discute
Cultura em
São Bernardo
Poder público quer ouvir os anseios dos produtores
culturais da cidade e dos consumidores de cultura
Liora Mindrisz
[email protected]
São Bernardo promove neste domingo
(20/03) o 1º Encontro Municipal de Cultura, que reunirá
artistas, governantes e interessados no tema. Será o primeiro passo na organização
da Conferência Municipal de
Cultura, que tem como principal objetivo ouvir os anseios dos agentes e produtores culturais da cidade. Além
disso, na Conferência, que
deve acontecer no fim deste
ano, será instituído o novo
Conselho de Cultura, formado por representantes da Administração e da comunidade
civil. O evento deste domingo
será no Pavilhão Vera Cruz,
das 8h às 17h.
“O primeiro encontro tem
basicamente três objetivos.
O primeiro é tornar públicas
as diretrizes da Secretaria de
Cultura que foram formula-
das de acordo com o programa de governo. A segunda é
ouvir os atores sociais, saber
quais os interesses e as sugestões por meio do diálogo.
E a última é preparar a realização da Conferência Municipal”, explicou o diretor
de Cultura, Júlio Mendonça.
Desde o começo do novo
governo, uma equipe começou a percorrer os bairros da
cidade, levantando a produção local. “Esses encontros
por setor artístico também
colaboram para a divulgação, embora não tenha apenas essa função. É o inicio
de um diálogo”, disse.
Participam do encontro o
prefeito Luiz Marinho, o secretário de Cultura, Celso Frateschi, vereadores, sindicatos, grupos artísticos de São
Bernardo e de outras cidades.
“Também enviamos convites
para as secretarias das outras cidades do ABCD”, disse
Mendonça. “A participação é
interessante porque os municípios do ABCD são próximos
e muitos dos problemas são
comuns. Essa será uma forma de trocar experiências”,
acrescentou o diretor
O evento começará às 8h
com o credenciamento dos
participantes. O período da
manhã será reservado para
a apresentação do Programa de Governo, com espaço
para perguntas e opiniões.
À tarde, os participantes se
dividirão em seis eixos: descentralização e gestão participativa, memória e patrimônio, cultura e educação,
economia da cultura, desenvolvimento das artes e cultura digital. Das 13h30 às 15h
será feita a apresentação dos
eixos orientadores e encaminhamentos para as pré-conferências e Conferência Municipal. O encerramento do
encontro será às 17h.
Santo André
São Caetano
Diadema
Teatro
Após passar por São Bernardo, o espetáculo “A Invenção de Loren”, da Cia. Delas
de Teatro chega ao Sesi Santo André (praça. Dr. Armando
de Arruda Pereira, 100, Santa
Terezinha). A peça é inspirado em A Invenção de Morel,
do argentino Bioy Casares.
A comédia é centrada numa
empresa que “vende” amigos imaginários para pessoas solitárias. As apresentações acontecem neste sábado
(28/03) e domingo (29/03),
às 20h. A entrada é franca.
Música
A Cia. Filarmônica leva ao
Teatro Paulo Machado de
Carvalho (alameda Conde de
Porto Alegre, 840, Santa Maria) o espetáculo The Beatles’
Songs neste sábado (28/03),
às 21h. Com nova formação,
a Cia agita o público com músicas como “Help, Hey Jude”
e “I Wanna Hold Your Hand”.
Os ingressos custam R$ 50
(inteira), R$ 40 (antecipado)
e R$ 25 (meia entrada para
estudantes, idosos acima de
60 anos, e professores da
rede municipal e estadual).
Música
O Teatro Clara Nunes (rua
Graciosa, 300, Centro) recebe nesta sexta-feira (27/03),
às 20h, a Banda Jazz Sinfônica com sua apresentação
mensal. O toque especial do
show fica por conta da participação da cantora paulistana Patty Ascher.Os músicos
apresentam o show “Big
Rock Band”, onde pretendem reviver clássicos que
marcaram o cenário do Rock
Brasileiro nos anos 80 e consagraram compositores do
gênero. A entrada é franca.
Luciano Vicioni
Comemoração – O Dia do Circo é celebrado no Brasil nesta sexta-feira (27/03) em homenagem
ao nascimento do palhaço Piolim, que comandou o circo Piolim por mais de 30 anos. No ABCD,
algumas comemorações estão programadas. O Sesc Santo André (rua Tamarutaca, 302, Vila
Guiomar) apresenta neste domingo (29/03), às 15h, o espetáculo Le Cirque Magique, da Cia.
dos Arlequins. Os ingressos custam R$ 2 e R$ 4. Em Diadema, o Circo Escola (avenida Afonso
Monteiro da Cruz, 259, no Jardim Inamar) também festeja com apresentações. Nesta sexta, às
16h, a Companhia Tápias Voadores mostra seu espetáculo e ainda homenageia os personagens
do mundo do circo, entre eles o palhaço Picolino, com mais de 90 anos. A entrada é franca. Ainda
em Diadema, a Santa Casa (rua Dois de Julho, 465, Jardim Canhema) apresenta neste sábado
(28/03), às 10h, o espetáculo Transformação, que mostra como a arte pode transformar a vida
das pessoas. A apresentação faz parte do Projeto Trupe Santa Casa: Magia, Cidadania e Alegria.
Espetáculo de humor com improvisações em que a platéia interage na criação das cenas
Fenômeno na internet
chega ao ABCD
Com quatro sessões extras, o espetáculos Os Improváveis
está neste fim de semana no Teatro Lauro Gomes
Paula Cristina
[email protected]
Um show de improvisação
que virou mania na internet
chegou a São Bernardo como
um furacão. A apresentação
do espetáculo Os Improváveis, que ocorreria apenas
neste sábado (28/03), teve
os ingressos esgotados em
três horas, e quatro sessões
extras foram abertas para o
público da Região.
“Essa vendagem tão grande, num período tão curto, é
algo inédito no ABCD. É um
recorde para a produtora
na Região”, explicou Luana
Maharyshe, umas das organizadoras do evento. “Se
pensarmos que são artistas
da internet, e que não são tão
conhecidos do grande público, o fenômeno torna-se
maior ainda”, completou.
A peça teatral que inova
com jogos de improvisação sempre atrai o público.
“Começamos na internet,
sem muitos contratos com
teatros, e agora temos uma
agenda lotadíssima”, afirma
Elídio Sanna, um dos protagonistas da peça.
De acordo com o ator, as
quatro sessões extras aqui
na Região não vão fazer com
que o pique diminua. “Nós
somos criativos e vamos nos
esforçar para fazer todo mundo rir bastante”, garante. Com
a maior parte dos ingressos
Teatro – O espetáculo “O dono
da videolocadora”, da Cia Grite de
Teatro, encerra neste fim de semana a temporada no Teatro da
Universidade Municipal de São
Caetano (avenida Goiás, 3.400).
As ultimas apresentações serão
na sexta-feira (27/03) às 21h, no
sábado (28/03), às 20h, e no domingo (29/03), às 19h. A comédia
dramática tem como tema a discussão sobre a crise de nossos
valores culturais, como a falta de
tempo e a desvalorização da arte.
A montagem, em parceria com a
universidade, dá inicio as comemorações de 15 anos da Companhia. Os ingressos custam R$ 14
(inteira) e R$ 7 (meia).
esgotados, quem não conseguir ir ao teatro pode acessar
o site www.youtube.com/improváveis. Até o fechamento
desta edição, havia entradas
para a sessão desta sexta-feira (27/03), às 21h, no teatro
Lauro Gomes, no Rudge Ramos, em São Bernardo.
Criado, produzido e encenado pela Cia. Barbixas
de Humor, o espetáculo “Os
Improváveis” conta com improvisações em que a platéia
interage na criação das cenas. Com influência do programa inglês “Whose Line is
it Anyway?”, os improváveis
já atingiram, em um portal
da internet, a marca de 4 milhões de acessos por mês.
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ABCD MAIOR - Edição No 92 - 27 a 30 de março de 2009 - Pág. 12
NOTAS
Série A2
Tigre espera por 800
garotos em peneiras
Após garantir a
reabilitação no
Campeonato Paulista
da Série A2, o Tigre,
nono colocado
com 19 pontos,
tenta entrar no G8
na partida contra
a Catanduvense,
sábado (28/03), às
19h, em Catanduva.
Clube do ABCD tenta angariar novas promessas para as categorias sub-15 e sub-17
Luciano Vicioni
Walter Fernandes
[email protected]
O atacante Raul, revelado pelas categorias de base do São Bernardo: sonho de milhares de garotos
São Bernardo, Edgar Montemor, acredita em uma presença maciça de interessados. “Acredito que venham
cerca de 200 garotos por
dia, cerca de 800 no total.”
O dirigente afirma ainda que
gostaria de escolher muitos
meninos para as categorias
de base, mas haverá uma
seleção bastante criterio-
sa. “Teremos muitos aqui e
precisamos analisar corretamente”, pondera.
Dois ex-jogadores do Corinthians estão entre os responsáveis pela seleção de
novas promessas. Edson
Boaro comanda as categorias de base do time da Região, enquanto Juninho Fonseca, que já dirigiu o Timão,
1
GUARDA-ROUPA BÚZIOS
6 portas, 2 gavetas, 1 sapateira. Prateleiras
internas. Produzido em MDP.
Nos padrões: maple/tabaco, mogno,
marfim, tabaco/branco e branco/maple.
6
portas
gavetas
1
sapateira
COZINHA LAURA
Vôlei
O Santander/São
Bernardo tenta vaga
nas semifinais da
Superliga masculina
de vôlei neste
sábado (28/03)
contra o Tigre/
Unisul/Joinville,
às 13h, no ginásio
Poliesportivo, em
São Bernardo.
2
132
3
4
4 peças e 9 portas.
1
2
3
4
Paneleiro simples
Armário triplo
Armário de geladeira
Armário duplo
Noo padrão:
mel/branco
4
peças
399
à vista
,00
00
à vista
,00
O
NT
699
•M
R$
M
ÇA E
Z•
R$
2
9
Em busca do G4, o
Santo André, sexto
colocado com 27
pontos, joga em
casa neste sábado
(28/03), às 19h10,
contra o Oeste. Já
o São Caetano pega
o Bragantino, às
20h30, do mesmo
dia, no interior.
AR
AB R
A
às 12h ou das 14h às 18h.
Os garotos precisam estar
acompanhados dos pais ou
responsáveis, levar documento de identidade e atestado certificando que estão
aptos para a prática esportiva. O clube aconselha que
usem meiões, calção preto e
camiseta branca.
O diretor de futebol do
Paulistão
LAN
Não é novidade alguma que milhões
de garotos espalhados pelo
Brasil têm o sonho de tornar-se jogador de futebol.
Esses meninos buscam
oportunidades nos principais clubes profissionais e
precisam de muita força de
vontade, técnica e raça para
conquistar um espaço neste
seleto grupo.
O São Bernardo Futebol
Clube, que disputa a Série A2
do Campeonato Paulista, realiza nos próximos dias mais
uma edição de sua peneira,
o que pode ser um impulso
para o início da carreira desses garotos.
O Tigre promove a avaliação nos dias 30 e 31 de
março para a equipe sub-15
(nascidos em 1994 e 1995),
e nos dias 5 e 6 de abril
para o sub-17 (1991, 1992
e 1993). As peneiras serão
realizadas no estádio do Baetão (avenida Armando Ítalo
Setti, 901).
Os interessados devem
comparecer ao local das 8h
toma conta dos juniores que
disputam a próxima edição
da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Com vasta experiência
na observação de jovens
talentos, Airton Gonçalves,
presidente da Sociedade Esportiva Jardim do Lago, em
São Bernardo, aconselha os
garotos que disputarão a peneira a irem para o campo
com uma chuteira bastante
confortável. Outra dica é que
mostrem versatilidade. “Se
tiverem muitos atacantes,
eles podem mostrar que sabem jogar também em outras posições”, esclarece.
Gonçalves também reconhece uma nova jóia para
ser lapidada. “A gente sabe
quem é talentoso pela maneira como se posiciona em
campo. Sabemos se vai ser
um jogador ou simplesmente um atleta.”
No time profissional do
Tigre, diversos jogadores saíram das categorias de base
para integrar o elenco profissional. Destaques para o goleiro Igor e para os atacantes
Raul, Danielzinho e Diogo.
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