Ao visualizar um mapa da África,
pode-se ver que dividir o mesmo
por regiões a partir da sua
localização espacial nos sentidos
Norte, Sul, Leste e Oeste é bem
possível. Dessa forma, classificase o continente em cinco regiões
distintas quanto a sua posição
geográfica: Norte da África,
Oeste da África, África Central,
Leste da África e Sul da África.
Norte da África: como o
próprio nome já diz, é a
área situada ao norte do
continente e que vem a ser
banhado pelo Mar
Mediterrâneo, em sua
maioria, fazendo parte
desta região cinco países.
Também não se pode
esquecer que ao sul desta
região se encontra o
deserto do Saara.
África Central:
caracterizada pelos
inúmeros conflitos da
década de 90 que marcaram
profundamente a região, a
África Central ficou
conhecida no mundo pelos
conflitos no Zaire que o
transformaram em
República Democrática do
Congo. Oito países fazem
parte desta região,
destacada por grandes
florestas tropicais em
razão de estar na latitude 0
do globo.
Leste da África: também conhecida
como “Chifre da África”, por sua
forma física do extremo leste
africano, é uma área bem
diversificada por ter países bem
estruturados e urbanizados, como é
o caso do Quênia, e em contraponto
a isto, existe à Somália e Etiópia,
nações mergulhadas em problemas
gerados pelas suas guerras civis.
Nesta região encontram-se dez
países bem distintos, tantos nos
aspectos físicos como humanos. É na
divisa entre Uganda, Tanzânia e
Quênia que existe o lago Vitória,
que é considerado a nascente do rio
Nilo.
Sul da África: o extremo sul africano é representado pelas
diferenças existente ente os onze países no campo sócioeconômico, principalmente, pois o contraste entre a África do
Sul, nação bem desenvolvida, se comparada aos outros países
africanos, em relação aos demais é visivelmente percebido.
Este país exerce um poder centralizador nesta região, onde a
economia é seu ponto forte. Observa-se também uma
diversidade natural neste espaço, em razão de possuir grandes
vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo no
delta do Okavango (Botsuana) acontece uma das maiores e
mais impressionantes migrações do mundo, a dos gnus.
A África é um continente relativamente
pouco povoado: sua densidade demográfica
é de cerca de 17 habitantes por quilômetro
quadrado, só superior à da Oceania. As
zonas desérticas, as montanhas da África
oriental e o litoral ocidental sul são regiões
praticamente desabitadas, enquanto que as
costas mediterrâneas e do golfo da Guiné,
os planaltos orientais e os litorais do sul e
do sudeste do continente abrigam as
maiores concentrações humanas, com
densidades que, no entanto, quase nunca
ultrapassam cem habitantes por quilômetro
quadrado.
A estrutura demográfica do continente
africano se caracteriza pela alta taxa de
natalidade, parcialmente compensada por
uma mortalidade infantil também bastante
elevada, embora esta tenda a diminuir com
a progressiva introdução de medidas
higiênicas e de assistência médica. Por
conseguinte, o crescimento vegetativo é
rápido (cerca de três por cento ao ano).
A população do continente se divide étnica e
culturalmente, em dois grandes grupos, separados pela
barreira geográfica do Saara.
Ao norte fica a África branca, composta de povos de
raça mediterrânea misturados em alguns casos com
elementos negróides; as principais sub-raças brancas
são os grupos caucasóides (berberes do Atlas, cuchitas
etíopes) e os semitas (árabes).
Ao sul do Saara, a África negra compreende vários
grupos principais: os pigmeus das selvas equatoriais, de
baixa estatura (menos de um metro e meio) e traços
mongolóides; o grupo khoi-san, localizado nos desertos e
planaltos meridionais e compostos por bosquímanos e
hotentotes, também com traços mongolóides; os
sudaneses das savanas da zona boreal, altos e esbeltos;
e os bantos da África central e austral, que são os mais
numerosos.
Outras sub-raças locais são as dos guinéus, baixos e de
pele clara, os nilóticos, muito altos, e os etíopes, fruto
de uma antiga mestiçagem entre povos de raças branca
e negra.
No continente africano há também vários milhões de
habitantes de origem européia, localizados sobretudo na
África do Sul, no Zimbábue e na zona mediterrânea.
O continente africano é
amplamente conhecido pelas
suas belezas naturais,
principalmente quando se
refere à grandiosa vida
selvagem. Porém, o que
encontramos de imenso neste
continente é uma enorme
diversidade física e sócioeconômica, pois existe neste
espaço desde extensos vales
férteis, aonde a vida parece
não ter fim, até desertos
gigantes, como é o caso do
Saara, o maior do mundo.
O contraste da pobreza e
riqueza também é muito
visível por toda sua
extensão continental,
sendo caracterizado
principalmente pelas
péssimas condições de
vida em muitos países.
O termo “berço da
humanidade” é dado em
razão da África abrigar
uma das civilizações mais
antigas e intrigantes do
globo, os egípcios, que
formaram um poderoso
“império” a 4 mil anos
atrás.
A maior parte da África vive em situação de
subdesenvolvimento e pobreza, por várias
causas: condições climáticas de extrema
aridez ou umidade, pobreza dos solos,
técnicas tradicionais, má administração e
uma infra-estrutura econômica herdada do
colonialismo. A agricultura e a criação de
gado são as atividades mais importantes,
embora, à exceção das grandes plantações
controladas por proprietários locais ou por
empresas estrangeiras, a renda seja escassa
e a produção não satisfaça as necessidades
alimentares da população. O clima é o fator
determinante do tipo de lavoura de cada
região. Nas zonas de clima mediterrâneo
pratica-se a característica agricultura de
cereais, oliveiras, videiras, frutas, legumes
etc.
A maior riqueza da
África são os
recursos minerais,
explorados sobretudo
na República da
África do Sul (ouro,
diamantes, urânio,
vanádio, níquel etc.) e
no planalto de
Katanga, no Zaire
(cobre, zinco,
chumbo, estanho), o
que favoreceu um
importante
desenvolvimento
industrial nessas
regiões.
Outros abundantes recursos do subsolo
africano são o ferro, a bauxita, o
manganês e o cobalto. O Saara possui
grandes reservas de fosfatos, petróleo e
gás natural. O continente é pobre em
jazidas de carvão, mas o enorme
potencial hidrelétrico de seus rios e
lagos constitui importante fonte de
energia, capaz de impulsionar o
desenvolvimento industrial; as principais
represas são as de Assuã, no rio Nilo
(Egito), Owen Falls, na cabeceira do
mesmo rio (Uganda), Akosomba, no Volta
(Gana), e Kariba, no Zambeze (ZâmbiaZimbábue).
A indústria só está desenvolvida na
África do Sul, o país mais rico do
continente (siderurgia, têxteis, produtos
alimentícios), no Zimbábue e em alguns
países árabes. Zaire e Zâmbia têm
algumas indústrias de mineração.
Ao tentar falar da cultura e dos rituais africanos, começamos a falar
do seu mais divergente elemento: os tambores, e falar deles é uma
tarefa difícil. Os tambores não são apenas tal como os vemos, têm em
si conotações naturais e sobre naturais. Estão ligados aos rituais que se
relacionam às danças, à música e à literatura.
Lendas e folclores na cultura
africana
As lendas e folclores representam a
variedade de facetas sociais da
cultura africana. Como em quase
todas as civilizações e culturas, mitos
de inundação circulam em diferentes
partes da África.
Por exemplo, de acordo com um mito
pigmeu, Chameleon escutou um
barulho estranho em uma árvore,
cortou seu tronco e então de dentro
dela saiu água em uma grande
inundação que se espalhou por todo o
mundo. O primeiro casal humano
emergiu com a água.
Música na cultura africana
A cultura musical africana tem
grande importância mundial.
Ritmos originários da África
subsaariana, em particular no Oeste
da África, foram transmitidos
através do tráfego de escravos pelo
Atlântico e resultaram em estilos
musicais como o samba, blues, jazz,
reggae, rap, e rock e roll.
A tradição é a força
cultural dos povos
africanos em plena festa
de ritmos, transmissão
da cultura dos
antepassados e o retrato
do dia-a-dia nas aldeias
africanas e não só a
dança como força de
expressão dos rituais,
era chamada em todas as
ocasiões, como ponto de
partida para qualquer
cerimônia.
A origem e importância da dança africana
A dança originou-se na África como parte
essência da vida nas aldeias. Em sua maioria,
todos os homens, mulheres e crianças
participam da dança, batem palmas ou
formam círculos em volta dos bailarinos. Em
ocasiões importantes, danças de rituais
podem ser realizadas por bailarinos
profissionais. Todos os acontecimentos da
vida africana são comemorados com dança,
nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é
a parte mais importante das festas
realizadas para agradecer aos deuses uma
colheita farta.
As danças africanas variam muito de região
para região, mas a maioria delas tem certas
características em comum. Os participantes
geralmente dançam em filas ou em círculos,
raramente dançam a sós ou em par. As
danças chegam a apresentar algumas vezes
até seis ritmos ao mesmo tempo e seus
dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar
o corpo com tinta para tornar seus
movimentos mais expressivos.
As influências
Sabe-se que desde a invasão dos
colonizadores, a partir do século XIV e
XV em África, tudo sofreu alterações
desde os nomes usados até à própria
civilização isto devido à permanência dos
colonos desde essa data até aos nossos
dias, com a entrada de outras culturas.
Ritmos
Ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro,
Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons
da música folclórica, são dançadas em
pequenas coreografias, trabalhando
assim os movimentos da anca, o rebolar e
a facilidade de juntar a agilidade dos
braços, pernas e cabeça, num só
movimento culminando num trabalho de
ritmo corporal.
Capoeira
A Capoeira é uma luta disfarçada em
dança, criada pelos escravos trazidos
da África nos navios negreiros para o
Brasil.
Dentro das Senzalas após a mistura
das culturas das diversas tribos
africanas que aqui se encontraram,
foi-se ao poucos somando o Ngolo
que era um jogo de luta praticado
nas tribos africanas, o qual o
vencedor escolheria uma mulher da
tribo a qual seria sua esposa; a ânsia
de liberdade dos escravos que
sofriam presos nas senzalas,
trabalhando o dia todo ou apanhando
e resultando na primeira forma de
defesa dos escravos contra as
maldades que sofriam o qual
começaram a ocorrer as primeiras
fugas dos negros e a fundação dos
Quilombos.
Na época da escravidão toda
cultura negra era reprimida,
principalmente se tivesse uma
conotação de luta, então para
poder ser disfarçada a sua
prática entre os negros, foi
adicionado os instrumentos
musicais que deram uma imagem
de dança a Capoeira, com músicas
que falam de Deuses africanos,
Reis das tribos a qual vieram,
fatos acontecidos na roda de
Capoeira, acontecimentos e
sofrimentos do dia-a-dia dos
escravos e etc...!
Como ninguém tinha interesse
sobre a cultura negra, ninguém
notava que aquela simples dança,
brincadeira e ritual era na
verdade a luta marcial dos
escravos, que se camuflava para
poder permanecer ativa.
A cultura africana tem uma rica tradição
artística representada por uma variedade
de entalhos em madeira, trabalhos em
bronze e couro. As artes africanas
incluem esculturas, pinturas, cerâmica,
máscaras cerimoniais e vestimentas
religiosas. A cultura africana sempre deu
ênfase na aparência das pessoas, e as
jóias, colares, braceletes e anéis
permaneceram como um acessório pessoal
importante. De maneira similar, máscaras
são feitas com desenhos elaborados e
constituem parte importante da cultura
africana. Máscaras são usadas em uma
variedade de cerimônias e rituais.
Na maioria da arte tradicional da
cultura africana certos temas são
recorrentes, como um casal,
mulher com criança, homem com
arma ou animal, e um forasteiro. O
casal raramente exibe intimidades
e pode representar ancestrais e
fundadores da comunidade.
A mulher com a criança retrata o
desejo intenso das africanas
terem filhos. O tema também
pode representar a Mãe Terra e
as pessoas como sua criança. O
homem com arma ou animal
simboliza honra e poder. O
forasteiro pode ser alguém de
outra tribo ou outro país, sendo
que quanto mais distorcido ele for
maior tenderá a ser suas
diferenças com a cultura que o
retratou.
A arte africana representa os usos e
costumes das tribos africanas. A arte
expressa muita sensibilidade.
Nas pinturas, assim como nas esculturas, a
presença da figura humana identifica a
preocupação com os valores étnicos,
morais e religiosos.
A escultura foi uma forma de arte muito
utilizada pelos artistas africanos usandose o ouro, bronze e marfim como matéria
prima.
As máscaras têm um significado místico e
importante na arte africana sendo usadas
nos rituais e funerais. Elas são
confeccionadas em barro, marfim, metais,
mas o material mais utilizado é a madeira.
Visitando os museus da Europa Ocidental
é possível conhecer o maior acervo da arte
antiga africana no mundo.
A pintura é empregada na
decoração das paredes dos
palácios reais, celeiros, das
choupas sagradas. Seus
motivos, muito variados, vão
desde formas essencialmente
geométricas até a reprodução
de cenas de caça e guerra.
Serve também para o
acabamento das máscaras e
para os adornos corporais. A
mais importante manifestação
da arte africana é, porém, a
escultura. A madeira é um dos
materiais preferidos. Ao
trabalhá-la, o escultor associa
outras técnicas (cestaria,
pintura, colagem de tecidos).
A maior parte da população
africana constituída por
diferentes povos negros, mas é
expressiva quantidade de
brancos, que vivem
principalmente ao norte do
Deserto do Saara.
Sudaneses: em sua maior parte
habitam as savanas que se
estendem do Atlântico ao vale
superior do Rio Nilo. Vivem
basicamente da agricultura;
Bantos: habitam a metade do
sul do continente e têm como
atividades principais a criação
gado e a caça;
Nilóticos: são encontrados na
região do Alto do Nilo e
caracterizam-se pela estatura
elevada.
Pigmeus: de pequena estatura,
vivem principalmente na selva do
Congo e em seus arredores, onde
baseiam sua subsistência na caça
e na coleta de raízes;
Bosquimanos e hotentotes:
habitam a região do Deserto de
Calaari, distinguem-se como
grandes caçadores de antílopes
e avestruzes.
Em correspondência com os três
diferentes ramos étinicoculturais, encontram-se na
África três regiões principais: o
islamismo, que se manifesta
sobretudo na África Branca, mas
é também professado por
numerosos povos negros; o
cristianismo, religião levada por
missionários e professada em
pontos esparsos da continente; o
animismo, seguindo por toda
África Negra.
No continente africano, o
traje típico é o quimono
usado com pano amarrado à
volta da cintura.
Atualmente, este hábito de
se vestir com trajes típicos
vem perdendo adeptos em
detrimento das típicas
roupas europeias e
americanas(calça, camisa,
blusa, saia, vestido,
bermuda, short).
Com o advento da
televisão, os jovens
como que se
tornaram adeptos
de todo tipo de
roupa que vêm com
personagens de
novelas(da GLOBO )
que chega ao
continente, e
especificamente na
Angola por meio das
chamadas
muambeiras.
É uma mistura interessante
de trajes meio africanos,
meio europeus e americanos
e das roupas comuns (saia,
vestido, terno, camisa,
calça social, calça jeans,
shortinhos etc.).
Adversidades climáticas
somente ampliam a miséria
de milhares de africanos,
que vivem abaixo das
condições mínimas de
sobrevivência.
Com a agricultura extensiva,
matas são derrubadas e em
seus limites o deserto
avança.
Outro problema é o
descompasso existente entre
o enorme crescimento
populacional eo reduzido
crescimento populacional e o
reduzido crescimento, ou
mesmo estagnação, da
agropecuária.
Conflitos de um continente mal
dividido - A atual divisão política da
África somente se configurou nas
décadas de 60 e 70.
Durante séculos, o continente foi
explorado pelas potências européias
- Inglaterra, França, Portugal,
Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha,
em zonas de influencia adequadas
aos seus interesses.
Ao conseguirem a independência, os
países africanos tiveram de se
moldar às fronteiras legadas pelos
colonizadores. Estas, por um lado,
separavam de modo artificial grupos
humanos pertences às mesmas
tribos, falantes dos mesmos
dialetos e praticantes dos mesmos
dialetos e praticantes dos mesmos
costumes, submetia-os, por outro
lado, à influencia de valores
europeus.
Várias regiões de África são assoladas com frequência por crises de falta de
alimentos, principalmente nas zonas rurais.
Nestas áreas sucedem-se anos de seca, por vezes alternando com inundações que
também destroem culturas, para além de obrigarem as populações a deslocar-se das
suas zonas habituais.
Além do fator climático, que alguns cientistas afirmam agravar-se com o
aquecimento global, existem ainda causas culturais, que se podem associar à
colonização do continente pelas potências europeias no final do século XIX.
Por um lado, a urbanização associada ao abandono das zonas rurais, onde não se
promoveu o desenvolvimento econômico e social, diminuiu a capacidade de produção
agrícola, que era fundamentalmente de subsistência; por outro lado, os governos
coloniais introduziram no campo a obrigatoriedade das culturas de produtos para
exportação, que contribuíram, não só para a diminuição das áreas e da capacidade de
cultivo de produtos alimentares, mas também para o empobrecimento dos solos.
Durante os últimos 30 anos do século XX, a seguir à
descolonização da África, poucos governos souberam
reverter a economia extrativista, que era sua a
principal fonte de rendimento, além de incentivada
pelos países ocidentais e pelo bloco socialista durante a
guerra fria, que necessitavam desses produtos para o
seu desenvolvimento. A fraca capacidade de
investimento em infraestruturas, apenas parcialmente
sanada nos primeiros anos do século XXI pela mudança
de políticas das instituições financeiras internacionais,
eternizou a falta de condições em termos de saúde e
educação, mantendo assim as populações sem
capacidade para produzir o suficiente para alimentar
todo o país.
Por outro lado, com a agricultura extensiva, matas são
derrubadas e em seus limites o deserto avança. A
necessidade de produzir para exportação impede que se
pratique o sistema de descanso da terra, que se esgota
rapidamente e nem mesmo o uso de fertilizantes
consegue recuperar. A pecuária extensiva e o
nomadismo, tradicionalmente praticadas no continente,
também causam danos às paisagens africanas, pois os
rebanhos acabam com as já reduzidas pastagens, sendo
atingidos pela fome, da mesma forma que a população.
Finalmente, os conflitos armados
que assolam o continente são
outro fator de empobrecimento,
resultando em milhões de
deslocados e refugiados sem
capacidade produtiva; nas
regiões em guerra, são as
agências internacionais e as
organizações não-governamentais
que tentam assegurar as
condições mínimas de saúde e
alimentação, ao invés de se fazer
um verdadeiro esforço para
sanar as causas dos conflitos
que, muitas vezes, estão
associados à injustiça na
propriedade dos recursos
naturais e na distribuição da
riqueza proveniente da sua
exploração.
A cozinha africana,
ainda bastante
desconhecida, oferece
um leque muito amplo de
pratos de grande sabor
e variedade.
Na África, as refeições,
mais do que a satisfação
de uma necessidade
fisiológica, traduzem um
momento de encontro,
de celebração, de festa,
de homenagem.
Saborear as iguarias típicas de um
país é entrar na sua cultura, na sua
história e na sua tradição através do
paladar, do olfato, e até do tato, uma
vez que a maioria dos petiscos
africanos se comem com a mão. Além
disso, partilhar a mesa é a maneira
mais usual de brindar a generosa
hospitalidade africana, sempre
disposta a repartir do que há com os
convidados, os peregrinos, os
estrangeiros.
A tradição culinária da África
Ocidental assenta em produtos
básicos, que incluem a mandioca, o
milho e as especiarias, e no uso
abundante de pimentão. Em toda a
região está muito difundido o maffè,
típico do Mali, que consta de carne
picada com verdura e molho de
amendoim.
Em virtude da localização geográfica do
continente, existe uma diversidade de
climas, desse modo é possível encontrar
tropical ou intertropical, mediterrâneo e
semi-árido entre outras variações
climáticas. No entanto, o que predomina é
o clima intertropical, dessa forma, as
temperaturas na região são quase sempre
elevadas (superiores a 20ºC). Essa
característica climática é determinada
pelo relevo presente na costa, as
montanhas impedem a entrada de massas
de ar no centro do continente.
As disparidades climáticas
existentes na África são
responsáveis pelos índices
pluviométricos que variam de
acordo com as regiões, nas
áreas intertropicais onde
concentram as grandes
florestas ocorre uma grande
incidência de precipitação, já
em outros lugares praticamente
não se desenvolve chuvas, por
exemplo, nos desertos.
A partir do contexto climático
podemos constatar os seguintes
tipos de clima no continente
africano.
Clima equatorial: se apresenta na
parte central do continente, com
temperaturas que variam entre 25ºC
e 30ºC e índices pluviométricos que
atingem até 3.000 mm ao ano. Em
razão das altas taxas de umidade
relativa do ar e da abundância de
chuvas, praticamente não existe
estiagem, o que proporciona a
proliferação de florestas
equatoriais.
Clima Tropical: essa
característica climática
predomina ao redor das
áreas equatoriais, as
temperaturas médias
presentes oscilam entre
22ºC e 25ºC com índices
pluviométricos que
atingem até 1.400 mm ao
ano. Nas regiões onde
esse clima predomina
existem duas estações
bem definidas, sendo uma
seca e uma chuvosa, a
cobertura vegetal
encontrada nesses locais
é a savana.
Clima desértico: predomina em um
terço de todo território africano, no
qual se encontram os desertos do
Saara ao norte e Namíbia e Calaari a
sudoeste.
Clima subtropical: como o território
africano está situado também no
hemisfério norte, o continente sofre
influência do clima temperado e
apresenta temperaturas mais
amenas. Essa característica
climática predomina no extremo
norte e sul, nessas áreas as
temperaturas variam entre 15ºC e
20ºC. No extremo norte, até mesmo
os aspectos da vegetação são
diferentes do restante do
continente, assim, há formação de
plantas com características
mediterrâneas.
A África possui um dos maiores rios
do mundo, além de importantes
lagos, nesse sentido a seguir alguns
dos principais existentes no
continente:
Vitória: corresponde a um lago que
configura como o maior do
continente, banha os territórios da
Tanzânia, Quênia e Uganda.
Tangancia: é um lago que banha
as nações do Burundi, Tanzânia,
Zâmbia e a República
Democrática do Congo, é um dos
mais profundos do mundo com
cerca de 1.435 metros.
Niassa: lago que ocupa áreas em
países como Malavi, Tanzânia e
Moçambique.
Turkana: lago de água
salgada que abrange o
território do Quênia e
Etiópia.
Alberto: lago que está
localizado ao norte do
continente onde estão
situadas áreas dos países
de Uganda e a República
Democrática do Congo.
Rio Nilo: segundo maior em extensão no mundo, com 6. 695 km, e
primeiro no Continente Africano, desenvolve uma grande
influência nos países por onde passa, especialmente o Egito.
A hidrografia do continente africano não se restringe somente
aos lagos, uma vez que existe uma grande quantidade de rios de
suma importância paro o povo.
A partir dessa consideração conheça alguns dos rios que mais se
destacam nessa parte do planeta:
O Rio Níger possui 4.184 km de
extensão, nasce no leste da
África e corta Mali, Níger e
Nigéria.
Rio Zambeze: rio de grande
importância, especialmente no sul
do continente, sua nascente está
localizada no Zâmbia e percorre
as terras de Moçambique até
atingir o Oceano Índico.
Rio Congo-Zaire: possui 4.600
quilômetros que nasce no Zâmbia
e corta a República Democrática
do Congo e deságua no Golfo da
Guiné.
A formação geológica, mais
precisamente do relevo, é bastante
antiga e passou por grandes processos
erosivos ao longo do tempo. Em geral, o
relevo que predomina na África é o
planalto de forma aplainada devido os
processos erosivos.
O planalto é cercado por um conjunto
montanhoso que apresenta ora em
forma de cadeias ora em forma de
maciços.
Nesse sentido, os relevos são
classificados em compartimentos, no
qual os principais são respectivamente:
Cadeia do Atlas: conjunto
montanhoso localizado ao
norte do continente, lugar
onde se encontra o Marrocos
até a Tunísia. Essa
característica de relevo
corresponde a um
dobramento moderno, isso
resulta em grandes altitudes,
uma vez que não passaram
por processos erosivos,
desse modo em alguns pontos
a elevação pode alcançar 4
mil metros.
Ao norte e ao sul da selva equatorial,
estendem-se as savanas, com sua
vegetação herbácea e árvores de
grande porte, como o baobá. Nos
desertos, a cobertura vegetal é
escassa, exceto nos oásis, onde
crescem palmeiras. Nas zonas
temperadas há bosques baixos de
pinheiros e carvalhos e vegetação de
arbustos (maquis). A fauna é uma das
mais ricas do mundo. Na floresta
equatorial há muitas aves, símios
(chimpanzés e gorilas), répteis e
anfíbios. Na savana, rinocerontes,
girafas, elefantes, hipopótamos,
leões, leopardos e hienas. No
deserto, chacais, insetos e répteis.
Na zona mediterrânea, lebres,
cabras, raposas e aves de rapina.
A distribuição climática do continente
africano determina diretamente a
configuração de suas zonas de vegetação
e fauna.
A selva equatorial, frondosa e
exuberante, abriga numerosas espécies de
aves, símios -- chimpanzés e gorilas --,
répteis, anfíbios e insetos.
Nas zonas tropicais estende-se a savana,
paisagem de vegetação herbácea, com
árvores de folhas caducas (baobá,
sicômoro) isoladas ou em bosques; nas
savanas abundam os grandes mamíferos
herbívoros (elefantes, rinocerontes,
hipopótamos, girafas, búfalos, antílopes,
gazelas) e os carnívoros (leões, leopardos,
hienas, chacais).
As grandes zonas desérticas do
Saara e do Kalahari apresentam
vegetação muito escassa, de
plantas espinhosas, exceto nos
oásis, onde crescem formações
de palmeiras; insetos, répteis,
roedores e alguns mamíferos de
grande porte, como os chacais,
constituem a fauna adaptada a
essas regiões. Nas zonas
mediterrâneas cresce o típico
bosque baixo, combinado com
maquis, garrigue e bosques de
pinheiros e carvalhos, onde
habitam numerosas espécies
animais de clima temperado:
lebres, cabras, raposas, aves de
rapina, pombas, perdizes,
répteis etc.
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