IV SEMINÁRIO DE PRÓPOLIS DO NORDESTE
III ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTORES DE PÓLEN
I SEMINÁRIO DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS
I FEIRA DE PRODUTOS APICOLAS
24 A 26 DE OUTUBRO DE 2007
ANAIS
PROGRAMAÇÃO E ANAIS DE RESUMO
COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC
ILHÉUS - BAHIA
V SEMINÁRIO DE PRÓPOLIS DO NORDESTE
III ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTORES DE PÓLEN
I SEMINÁRIO DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS
I FEIRA DE PRODUTOS APICOLAS
24 A 26 DE OUTUBRO DE 2007
PROGRAMAÇÃO E ANAIS DE RESUMO
COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA – CEPLAC
CENTRO DE PESQUISA DO CACAU – CEPEC
Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia - CRASB
ILHÉUS – BAHIA
2007
Republica Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Reinhold Stephanes - Ministro
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC
- Diretor
Superitendecia Regional da Bahia – SUEBA
Antônio Zózimo – Superintendente
Centro de Pesquisa do Cacau – CEPEC
Adonias de Castro Virgens - Chefe
638.16063
S 471
2007
SEMINÁRIO DE PROPOLIS DO NORDESTE, 4., ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTORES
DE PÓLEN, 3., SEMINÁRIO DE COMPRARS GOVERNAMENTAIS, 1., FEIRA DE PRODUTOS
APÍCOLAS, 1. Ilhéus, 2007. Livro de Resumos. Ilhéus, CEPLAC/CEPEC/CENTRO
REGIONAL DE APICULTURA DO SUL DA BAHIA.
Inclue bibliografias.
1. Própolis – Seminário. 2. Apicultura – Seminário. 3. Pólen – Produtores – Encontro. 4.
Comprars – Seminário. 5. Produtos Apícolas – Feira. I. Título: Magalhaes, E. de O. et al
Eds.II. Título.
Todos os trabalhos apresentados neste seminário e publicados no livro de resumos
são de inteira responsabilidade dos seus autores.
IV Seminário de Própolis do Nordeste
III Encontro Nacional de Produtores de Pólen
I Seminário Setorial de Compras Governamentais
I Feira de Produtos Apícolas
LIVRO DE RESUMOS
Editores:
Eng. Agro.Ms Ediney de Oliveira Magalhães
Enga Agro. Ivana Leite Borges
Enga. Agro. Tacila Ribeiro Santos
Enga. Agro. Alyne Oliveira Lavinsky
Eng. Agroa. Júnea Leandro Nascimento
Marilia Leniuza S. Ribeiro - Economista
Realização:
MAPA/CEPLAC
Apoio:
SEBRAE
CBA
SENAR
BNB
CONSULCOOP
EBDA
ADAB
APACAME
Comissão Organizadora
Coordenação:
Ediney de Oliveira Magalhães – MAPA/CEPLAC
COMISSÃO CIENTÍFICA:
Alyne Oliveira Lavinsky,
Tacila Ribeiro Santos,
Júnea Leandro Nascimento
Ediney de Oliveira Magalhães
SECRETARIA:
Paulina Ramalho Sicupira - CEPLAC
Rita Lavinsky - CEPLAC
Orlando Paternostro. - CEPLAC
COMISSÃO DE CONCURSOS
Fernanda Ferreira Mendonça - ADAB
Katarina Cotrim de Matos Sobrinho - ADAB
Ivana Leite Borges - UESC
Antônio Jorge de Menezes - EMARC
COMISSÃO SOCIAL
Erivaldo Souza - CEPLAC
Selma Dantas Silva D’Alencar
Ana Paula de Souza Barbosa e Souza
COMISSÃO DOS MINI-CURSOS
José Raimundo Maia - CEPLAC,
Carmem Lúcia Cardoso – Assoc. de Apicultores de Itaju do Colônia
Naiara Marta Conceição - UESC
Rebeca Pereira dos Santos –UESC
I SEMINÁRIO SETORIAL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS
Coordenação:
Adriana Moura - SEBRAE
Nivaldo Trindade – BNB
IV Seminário de Própolis do Nordeste
III Encontro Nacional de Produtores de Pólen
I Seminário Setorial de Compras Governamentais
I Feira de Produtos Apícolas
APRESENTAÇÃO
O interesse pela apicultura no Brasil e em especial no sul da Bahia vem
aumentando continuamente, sobretudo após a crise da lavoura cacaueira
desencadeada pela doença vassoura-de-bruxa, que assola a região desde 1989.
Como resultado do desenvolvimento da apicultura nessa importante região baiana
realizou-se, com grande sucesso, vários eventos nacionais e regionais entre eles o I, II
e III Seminário de Própolis do Nordeste e o I Congresso Baiano de Apicultura.
Agora, vê-se, com grande satisfação, que a apicultura do sul da Bahia atinge
nível de maturidade que permitir reunir profissionais desta atividade de todas as partes
do Brasil em mais um evento de âmbito nacional de forma dinâmica e inovadora.
Preocupou-se a organização do evento em possibilitar aos participantes
contato com o que há de melhor na apicultura brasileira, escolhendo conferencistas e
palestrantes de renome e programado mini-cursos variados, a cargo de especialistas
altamente conceituados.
Por entender que a COMERCIALIZAÇÃO ainda um dos entraves para o
desenvolvimento pleno da apicultura é que a comissão organizadora escolheu como o
grande tema das discussões do evento. Abre-se também espaço no evento para que
pesquisadores de todo o Brasil possa expor seus trabalhos científicos em forma de
pôsteres.
Esperam os organizadores que o evento tenha atingindo seus objetivos e
contribuo para a consolidação da produção de própolis e pólen no Brasil e em especial
no Nordeste.
Ediney de Oliveira Magalhães
Coordenador Geral
ÍNDICE
Local do Evento ......................................................................................................
Programa ................................................................................................................
Comissão Organizadora ........................................................................................
RESUMOS DA PALESTRAS
QUALIDADE E COMERCIALIZAÇÃO DO PÓLEN APÍCOLA - Profa. Dra. Lídia Maria Ruv
Carelli Barreto ...............................................................................................................................
EMPRESARIAMENTO DOS PRODUTOS APÍCOLAS - José Alexandre Silva de Abreu
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRÓPOLIS BRASILEIRA - Ligia Bicudo de Almeida
Muradian & Adriana Hitomi Matsuda ..............................................................................
APICULTURA: PROJETOS HUMANITÁRIOS NO SUL DA BAHIA - Ediney de Oliveira
Magalhães .........................................................................................................................
A PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS NO BRASIL- Armindo Nascimento V.Junior .............
FEBAMEL – Apresentação - Pedro Constam ..............................................................
RESUMO DE MINI-CURSOS
CERA DE ABELHA DO GÊNERO APIS: BENEFICIAMENTO E PROCESSAMENTO Ediney de Oliveira Magalhães.1 ; Ivana Leite Borges2, Danilo Viana Magalhaes3 ......................
APICUPUNTURA: UM TRATAMENTO NATURAL PARA A DOR - Edivaldo Ferreira
Pacheco Filho ..................................................................................................................
RESUMOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
PÓLEN
Teores de Sacarose em Amostras de Pólen Apícola Desidratado Originado de
Coqueiro (Cocos nucifera L.) Provenientes do Sul da Bahia
1
2
3
Borges, I. L., Magalhaes, E. O., Magalhães, D. V.
Teores de Açúcares não Redutores em Amostras de Pólen Apícola no Sul da
Bahia
1
2
3
Santos, N. M., Magalhaes, E. O. de., Souza, S. M. M. de
Análise físico-química de amostras de pólen seco de Apis mellifera L.
(Hymenoptera: Apidae) colhidas na região sul da Bahia.
2
3
4
Lavinsky, A. O.¹; Magalhães, E. ; Lavinsky, R. C. O. ; Lavinsky, M. O. ; Santos, T.
1
R. .
Produção de Pólen Apícola com Coletor nos Horarios de Disponibilidade de
Alimento no Pico da Florada Da Bracatinga (Mimosa Scabrella)
1
2
J.Moura , A. Pegoraro , L.P.M.Pontara
3
Determinação de Frutose em Amostras de Pólen Apícola Desidratado
2
3
4
D´alencar, S. S., Magalhães, E. O. de, Couto , M. F., Souza, M. M. de.
1
Determinação de Cinzas em Amostras de Pólen Apícola Desidratado
2
3
4
D´alencar, S. S., Magalhães, E. O. de, Couto , M. F., Souza, M. M. de.
Avaliação Degustativa de Pólen Apícola Sergipano
A.F. Ferreira; M.E.C. Oliveira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso; M.P. Santos; E.D.
Araújo; G.T. Ribeiro;
Estudo Palinológico de Pólens Apícolas Produzidos nos Municípios de Brejo
Grande e Pacatuba, SE
M.E. Correia-Oliveira; A.F. Ferreira; M.P. Santos; A.C.V. Lessa; G.T. Ribeiro; E.D.
Araújo; J.M.E. Araújo; J.C.M. Poderoso; R.M. Santana
PESQUISA DE SUJIDADES MACROSCÓPICAS EM PÓLEN APÍCOLA PRODUZIDO
NO ESTADO DE SERGIPE/BR
A.F. Freitas; M.E. Correia-Oliveira; A.C.V. Lessa; G.T. Ribeiro; J.C.M. Poderoso; M.P.
Santos. E.D. Araújo. Departamento de Engenharia Agronômica
BISCOITO SEQUILHO COM PÓLEN APÍCOLA
A. L. Silva, D. M. Pimentel, D. S.Pereira
TEORES DE CÁLCIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA COLETADOS NA
REGIÃO SUL DO ESTADO DA BAHIA
1
2
3
Junea L. Nascimento ; Ediney O. Magalhães ; Soraya M. M. de Souza , Ivana L.
4
Borges
TEORES DE FÓSFORO EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA COLETADOS NA
REGIÃO SUL DO ESTADO DA BAHIA
2
1
3
Ediney O. Magalhães , Júnea L. Nascimento ; Soraya M. M. de Souza , Ivana L.
4
Borges
TEORES DE MAGNÉSIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN COLETADOS NA REGIÃO
SUL DO ESTADO DA BAHIA
1
2
3
Junea L. Nascimento ; Ediney O. Magalhães ; Soraya M. M. de Souza , Ivana L.
4
Borges
TEORES DE POTÁSSIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN COLETADOS NA REGIÃO
SUL DO ESTADO DA BAHIA
2
1
3
Ediney O. Magalhães , Junea L. Nascimento ; Soraya M. M. de Souza , Ivana L.
4
Borges
EFEITO DO TRATAMENTO COLETOR DE PÓLEN SOBRE O DESENVOLVIMENTO
DAS COLÔNIAS DA ABELHA AFRICANIZADA
3
A.Pegoraro¹, S.M.N.Lazzari ², A.Chaves Neto
TEORES DE PROTEÍNAS EM DIFERENTES AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLAS
DESIDRATADOS DO SUL DA BAHIA
3
1
2
4
BORGES, I. L , MAGALHÃES, E. O. ; MAGALHÃES, D. V. ; SICUPIRA, P. R.
TEORES DE GORDURA EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
PRODUZIDAS NO SUL DA BAHIA
3
1
2
4
BORGES, I. L , MAGALHÃES, E. O. ; MAGALHÃES, D. V. ; SICUPIRA, P. R.
A INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE PÓLEN APÍCOLA EM RATOS
SUBMETIDOS AO EXERCÍCIO EXAUSTIVO.
W. da Silva Gonzaga &. Divino Araújo
RECURSO POLINÍFERO UTILIZADO POR Melipona scutellaris LATREILLE, 1811
(APIDAE: MELIPONINA) NO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
1
2
P. de A., Melo ; L. L., Pereira; C. A. L. de, Carvalho ; A. S. do, Nascimento; L. A.,
3
Nunes
O PÓLEN COMO INDICADOR DA ORIGEM BOTÂNICA EM AMOSTRAS DE MEL
DA REGIÃO LITORAL DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO
M.E. Correia-Oliveira; M.P. Santos; A.F. Ferreira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso;
J.M.E. Araújo; G.T. Ribeiro; E.D. Araújo
IDENTICAÇÃO DE FAMÍLIAS BOTÂNICAS EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA
PRODUZIDO NO MUNICÍPIO LITORÂNEO DE SALGADO – SE
M.P. Santos; M.E. Correia-Oliveira; A.F. Ferreira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso;
J.M.E. Araújo; G.T. Ribeiro; E.D. Araújo.
ADEQUAÇÃO TECNOLÓGICA PARA A PRODUÇÃO DE PÓLEN APÍCOLA COMO
INSTRUMENTO DE GERAÇÃO DE RENDA FAMILIAR PARA COMUNIDADES DA
REGIÃO DA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
1
1
2
3
3,4
A.S. Santana , M.O. Barros , J.S. Santos , Y.L.F. Maia-Araújo , L.S. Mendonça &
3
E.D. Araújo
EFEITO DO TRATAMENTO COLETOR DE PÓLEN SOBRE O DESENVOLVIMENTO
DAS COLÔNIAS DA ABELHA AFRICANIZADA
1
2
3
A.Pegoraro , S.M.N.Lazzari , A.Chaves Neto
AVALIAÇÃO QUALITATIVA EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
3
SOUZA, A. P. de S. B e ¹ MAGALHÃES, E. O. ², Souza, S. M. M. de
ANÁLISE DE TRILHA EM AÇÚCARES SOLÚVEIS TOTAIS DE AMOSTRAS DE
PÓLEN DE APIS MELLIFERA L. (HYMENOPTERA: APIDAE) NA REGIÃO SUL DA
BAHIA.
Santos, T. R.¹; Lavinsky, A. O.¹; Magalhães, E.²; Lavinsky, R. C. O.³; Lavinsky, M. O.
PRÓPOLIS
ANALISE DO TEOR DE FLAVONÓIDES E DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA EM
IFERENTES MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE UMA VARIEDADE DE PRÓPOLIS DA
BAHIA
1,4
1
3
1
2
L.S. Mendonça ; Y.L.F.M. Araujo ; S.C.Orellana ; E.D. Araujo ; J.C. Cardoso ;
2
F.F.Padilha
AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE COLHEITA DE GEOPRÓPOLIS EM COLÔNIAS DE
Melipona quadrifasciata anthidioide LEPELETIER (HYMENOPTERA: APIDAE)
1
2
3
P. de A., Melo ; J. L. L. da Silva; C. A. L. de Carvalho ; R. M. de O. Alves ; G. da S.
4
Sodré
EFEITO DO TEMPO DE MACERAÇÃO NA EXTRAÇÃO AQUOSA DE PRÓPOLIS
A. L.Silva; D. M. Pimentel; N. M. V. Júnior
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum
officinarum L.) COM ADIÇÃO DE PRÓPOLIS
3
4
5
6
W.P.SPARENBERG , F.J.DIAS , J.L.SORIANI FILHO , C.C. JOBIM ,
7
8
9
L.P.M.PONTARA ; S.L.FRANCO ; C.R.NOVELLO
DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA E DE PELE DE COELHOS
EM CRESCIMENTO UTILIZANDO O PRODUTO SL49*, À BASE DE PRÓPOLIS
L. P. M. Pontara, A. S. Nakano, C. Scapinello, M. L. R. Souza, A. A. Silva, A. R. Lobo
Junior, V. Bett, S. L. Franco; C. R. Novello, R. Alvarez.
DIGESTIBILIDADE IN VITRO DA MATÉRIA SECA DE RAÇÕES COM NÍVEIS DE
VOLUMOSO E CONCENTRADO E ADIÇÃO DE PRODUTOS LLOS* À BASE DE
PRÓPOLIS OU IONÓFORO
O.P.P.Prado; L.M.Zeoula; L.P.M.Pontara; S.L.Franco; C.R.Novello; R.G.Santana; V.
Bett; I.N.Prado
DIGESTIBILIDADE “IN VITRO” DA MATÉRIA SECA DE RAÇÕES COM 50% DE
VOLUMOSO E 50% DE CONCENTRADO E ADIÇÃO DE PRODUTOS LLOS À BASE
DE PRÓPOLIS OU IONÓFORO¹.
4
5
6
7
O. P.P.Prado²; L.M.Zeoula³; L.P.M.Pontara ; S.L.Franco ; C.R.Novello ; V. Bett ;
8
9
R.G.Santana ; M.A.Boza
OCORRÊNCIA DE ECTOPARASITAS DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis
niloticus) ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE SL*492 (PRODUTO À
BASE DE própolis)
L.P.M.Pontara; M.Digmayer; J. M.Galo; L.Vargas; R.P.Ribeiro; G.L.Braccini; S.L.
Franco; C.R.Novello.
ANORMALIDADES ESPERMÁTICAS DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis niloticus)
ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DO PRODUTO SL492* (À BASE DE
PRÓPOLIS)
*
J. M.Galo ; M.Digmayer; D.P.Streit Jr.; G.V.Moraes; R.P.Ribeiro; L.P.M.Pontara;
M.Mataveli; L.Vargas; S.L. Franco; C.R.Novello
DESEMPENHO E SOBREVIVÊNCIA DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis niloticus)
DURANTE E APÓS A FASE DE REVERSÃO SEXUAL ALIMENTADOS COM
RAÇÕES CONTENDO SL491* À BASE DE PRÓPOLIS.
R.Y., Kuradomi, L.P.M. Pontara, J.A. Povh, L.D.V. Mendez, A. C. Furlan, R. M. Amaral,
M.E. Hata, S. L. Franco, C.R. Novello, R.P. Ribeiro
QUALIDADE DO COURO DE TILÁPIA DO NILO (Oreochromis niloticus)
ALIMENTADAS COM RAÇÃO CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE SL491* À
BASE DE PRÓPOLIS
1
2
3
4
5
6
M.L.R.Souza , R.S.Kioshima , L.P.M.Pontara , S.L.Franco , C.R.Novello , N.P.Franco ,
7
W.M.Furuya .
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO LLOS* À BASE DE PRÓPOLIS NO DESEMPENHO DE
1
BEZERRAS LACTANTES
2
3
2
4
5
L.P.M.Pontara , T.R.Casimiro , L.M.Zeoula , S.L.Franco , O.L.Ribeiro ,
4
C.R.Novello
NÍVEIS DE SL491* (À BASE DE PRÓPOLIS) SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO
SÊMEN DE COELHOS
G.V.Moraes1, M.Mataveli3, F.A.Bertaglia4, L.P.M.Pontara1, C.Scapinello1, S.L.Franco2
OUTROS
ANÁLISE POLÍNICA DE AMOSTRAS DE MÉIS DE Apis mellifera L. EM JEQUITIBÁ,
MUNICÍPIO DE MUNDO NOVO, BAHIA.
1
2
3
4
P. de A., Melo ; C. A. L. de, Carvalho ; G. da S., Sodré ; R. M. de O., Alves ; K. V. dos
3
3
Santos ;A. L. A. Santana
GEOTECNOLOGIAS E ANÁLISE ESPACIAL NO ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE
ENXAMES MIGRATÓRIOS DA ESPÉCIE APIS MELLIFERA NA CIDADE DO
SALVADOR, BAHIA, BRASIL
R. L. Sandes Jr.; C. L. Oliveira; E.S. Ferreira; E.C. Da Silva; A.C.Q. Tavares; A.C.B.
Santos; C.R. Franke; M. E. Bavia.
PERCEPÇÃO DOS APICULTORES EM RELAÇÃO AO APOIO DO BANCO DO
NORDESTE A ATIVIDADE APÍCOLA NO SUL DA BAHIA
1
2
3
4
MAGALHÃES, E. O. SILVA, A. C. B. ; BORGES, I. L , MAGALHÃES, D. V. ;
,
5
D`ALENCAR S.
DIAGNÓSTICO DA APICULTURA NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DA VITÓRIA,
BAHIA - BRASIL.
1
2
3
4
MAGALHÃES, E. O. ; SOUZA, A. P. de ;, MAGALHÃES, D. V. ; BORGES, I. L
EXPORTAÇÃO DE MEL E DERIVADOS PARA ALEMANHA
10
11
12
13
14
Possetti ; A. Lima Jaques ; A. C. Berezoski ; B. A. Araújo Diniz ; C. Santos ;
15
E. C. Neotti , J. Chaves
Local do Evento:
Auditório Hélio Reis
CEPLAC - CEPEC Rod. Ilhéus – Itabuna km 22
Período: 24 a 26 de outubro de 2007
Sobre a CEPLAC
A missão da CEPLAC é promover a competitividade e sustentabilidade dos
segmentos agropecuário, agroflorestal e agroindustrial para o desenvolvimento das
regiões produtoras de cacau, tendo o cliente como parceiro.
A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, órgão do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atua em seis estados do Brasil:
Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Criada em 20 de fevereiro de 1957, época em que a economia cacaueira
atravessava uma grave crise, teve sua atuação, nos seus primórdios, centrada
basicamente no apoio à cacauicultura. Desde a sua criação, a CEPLAC vem
acumulando inúmeras conquistas, graças ao seu modelo de atuação integrada, onde
num só Órgão, desenvolve-se atividades de pesquisa, extensão rural e ensino
agrícola.
PROGRAMA
Dia 24/10/2007
10 às 11 horas – ABERTURA
Apresentação do Coral da CEPLAC
Composição da Mesa
11 às 12 horas – Conferências
TEMA: “PERSPECTIVA DA APICULTURA NO BRASIL”
PALESTRANTE:
José Gumercindo Correia Cunha - RS
Confederação Brasileira de Apicultura – CBA
TEMA: “APRESENTAÇÃO DA FEBAMEL - FEDERAÇÃO BAIANA
DE APICULTURA e MELIPONICULTURA".
PALESTRANTE: Pedro Constan – Presidente da FEBAMEL
14 às 15 horas - PALESTRA
TEMA: “EMPRESARIAMENTO DOS PRODUTOS APÍCOLAS”
PALESTRANTE:
Dr. José Alexandre Silva de Abreu
Néctar Farmacêutica Ltda. – MG
MODERADOR: Luiz Antonio Sosnowski – SERAPIS - SP
15 às 15 horas – Intervalo
15h30min às 16 horas - PALESTRA
TEMA: “RASTREABILIDADE DE PRODUTOS APÍCOLAS”
PALESTRANTE:
Dr. Ricardo Costa Rodrigues de Camargo
Embrapa Meio – Norte – PI.
MODERADORA:
Vandira Pereira da Mata – EBDA – BA.
16h30min às 18 horas – Abertura Oficial da Feira de Produtos Apícolas
Coquetel de Confraternização
Dia 25/10/2007
8 horas às 9h45min – Mini-Cursos
MC - 01
Processamento e Beneficiamento de Cera
Eng° Agrônomo Ms Ediney de Oliveira Magalhães
MAPA/CEPLAC/CEPEC - Bahia
MC – 02
Manejo para Produção Intensiva de Pólen
Eng° Agrônomo Ivan Costa
MAPA/CEPLAC/CENEX - Bahia
MC – 03
Produção e Seleção de Abelhas Rainhas
Bióloga Dra. Etelvina Conceição de Almeida
Apiário Etron - Bahia
MC – 04
Manejo para Produção Intensiva de Própolis
Armindo Junior – Cia. da Abelha – MG
MC - 05
Criação de Abelhas Indígenas – Meliponicultura
Dr. Breno Magalhães Freitas – UFC – CE
Bióloga Ms. Paulina Ramalho Sicupira - CEPLAC - BA
MC – 06
Utilização Prática do Georeferenciamento na Apicultura
Méd. Veterinário Ms Gabriel Lisboa Bacha Júnior - BH
MC – 07
Agregar Valor aos Produtos Apícolas e sua Comercialização. Experiências com
Própolis na Área Animal
Dra. Lucimar Pontara Peres - Departamento de Zootecnia - Universidade Estadual de
Maringá, Paraná.
Dra. Selma Lucy Franco - Departamento de Farmácia e Farmacologia- Universidade
Estadual de Maringá, Paraná
MC – 08
APITERAPIA – Uso de Apitoxina (veneno das abelhas) no tratamento de
enfermidades humana
Edvaldo Pacheco – Apiário Edmel – PB
10 às 11 horas – PALESTRA
TEMA: “IMPORTÂNCIA DO ASSOCIATIVISMA APÍCOLA COMO FERRAMENTA
DA COMERCIALIZAÇÃO”
PALESTRANTE: Dra. Lucimar Pontara Peres – Universidade Estadual de Maringá,
Paraná
MODERADORA: Marivanda Eloy – SEAGRI/BA
11 às 12 horas – PALESTRA
TEMA: “APICULTURA: PROJETOS SOCIAIS „CAMINHOS PARA A CIDADANIA‟”
PALESTRANTE: Eng° Agrônomo Ms Ediney de Oliveira Magalhães ––MAPA/CEPLAC
– BA
MODERADOR: Dr. Ricardo Costa Rodrigues de Camargo – EMBRAPA
13h30min PALESTRA
TEMA: “QUALIDADE E COMERCIALIZAÇÃO DO PÓLEN BRASILEIRO”
PALESTRANTE: Dra Lídia Barreto – UNITAU – SP
MODERADOR: Ivan Souza Costa – CEPLAC – BA
14h30min PALESTRA
TEMA: “CONTROLE DE QUALIDADE DA PRÓPOLIS BRASILEIRA”
PALESTRANTE: Dra. Ligia Bicudo de A.Muradian - USP/SP
MODERADORA: Dra. Etelvina Conceição de Almeida – Apiário Etron - BA
15h30min MESA REDONDA
TEMA: “PRODUTOS COM QUALIDADE: EXIGÊNCIA DO MERCADO”
PARTICIPANTES:
Dr. José Alexandre Silva de Abreu – MG
Dr. José Gumercindo Correia Cunha - RS
Dr. Ricardo Costa Rodrigues de Camargo - PI
Dra. Lídia Barreto - SP
Dra. Esther M. Bastos - MG
MODERADOR:
Marcos Dantas – SEBRAE - BA
26/10/2007
8 às 9h50min Mini - Cursos
10 horas PALESTRA
TEMA: “MELIPONICULTURA: OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS”
PALESTRANTE: Dr. Breno Magalhães Freitas – UFC – CE
MODERADOR: Paulina Ramalho Sicupira – CEPLAC – BA
11 horas PALESTRA
TEMA: “CENÁRIO DA PRODUÇÃO DA PRÓPOLIS BRASILEIRA”
PALESTRANTE: Armindo Júnior – CIA da Abelha – MG
MODERADOR: Dr. José Gumercindo Correia da Cunha – CBA – RS
13h30min MESA REDONDA
TEMA: “PERSPECTIVA COMERCIAL E TÉCNICA DA PRÓPOLIS
VERMELHA E VERDE NO CENÁRIO BRASILEIRO E MUNDIAL”
PARTICIPANTES:
Dr. José Alexandre Silva de Abreu - MG
Armindo Júnior - MG
Edivaldo Pacheco - AL
MODERADOR: Dr. Breno Magalhães Freitas - CE
14h30min RESULTADOS DOS CONCURSOS
17 horas ENCERRAMENTO E ENTREGA DE CERTIFICADOS
PROGRAMAÇÃO PARALELA.
“I SEMINÁRIO SETORIAL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS”
Local: Auditório Hélio Reis
Data: 25/10/2007
Horário: 8 às 10 Hs
REUNIÕES
REPOL – Rede de Polinizadores
Reunião com Membros
Local: Sala de Treinamento do Centro de Apicultura do Sul da Bahia (CRASB)
Data: 25/10/2007
Horário: 17 horas
"FEBAMEL – Federação Baiana de Apicultores e Meliponicultura
Reunião aberta da Diretoria
Local: Auditório Hélio Reis
Data: 25/10/2007
Horário: 17 horas
INAUGURAÇÕES
Dia 24/10/2007
11h30min
1a Etapa do Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia – CRASB
- Laboratório de Meliponicultura
- Laboratório de Produção de Abelhas Rainhas do Gênero Apis
- Sala de Envase de Mel em Sachê
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO: Ediney de Oliveira Magalhães – MAPA/CEPLAC
COMISSÃO CIENTÍFICA:
Alyne Oliveira Lavinsky
Júnea Leandro Nascimento
Tacila Ribeiro Santos
SECRETARIA: Orlando Paternostro. - CEPLAC
Paulina Ramalho Sicupira - CEPLAC
Rita de Cássia Oliveira Lavinsky - CEPLAC
COMISSÃO DE CONCURSOS: Antônio Jorge de Menezes - EMARC-IT
Fernanda Ferreira Mendonça - ADAB
Ivana Leite Borges - UESC
Katarina Cotrim de Matos Sobrinho – ADAB
COMISSÃO SOCIAL: Ana Paula de Souza Barbosa e Souza
Erivaldo Souza - CEPLAC
Selma Dantas Silva D’Alencar
COMISSÃO DOS MINI-CURSOS: Carmem Lúcia Cardoso – Assoc. de Apicultores de
Itaju do Colônia
José Raimundo Maia - CEPLAC,
Naiara Marta Conceição - UESC
Rebeca Pereira dos Santos - UESC
I SEMINÁRIO SETORIAL DE COMPRAS GOVERNAMENTAIS
Coordenação: Adriana Moura - SEBRAE
Nivaldo Trindade – BNB
PALESTRAS
QUALIDADE E COMERCIALIZAÇÃO DO PÓLEN APÍCOLA
Profa. Dra. Lídia Maria Ruv Carelli Barreto
Universidade de Taubaté-(12) 36353603
[email protected]
[email protected]
Analisando-se a evolução do processo de comercialização passou-se de uma simples troca de
mercadoria, onde, por exemplo, ovos eram trocados por ferraduras ou gados por escravos, para se
chegar aos dias atuais, em que se deve agregar valores a um dado produto como diferencial para
incremento das vendas frente à disputa do mercado. De maneira não diferente pode-se afirmar sobre o
seguimento apícola que busca pela excelência da qualidade na produção e de seus produtos.
Com muita freqüência constata-se entre os apicultores um grande orgulho em sua produção,
sendo uma profunda ofensa duvidar desta qualidade. As tarefas que o apicultor tem de realizar para
obter uma produção são reconhecidamente árduas, porém isto pode não significar que tais tarefas
tenham como resultado um produto de qualidade.
A etapa mais frágil para se manter a qualidade da produção apícola certamente inicia-se com a
colheita e posterior processamento. A busca da qualidade é antes uma filosofia de vida, que passa por
mudanças de valores pessoais, aprimoramento das técnicas, conhecimento das boas práticas de
elaboração e, na escala final destas mudanças, a adoção de práticas permanentes e rotineiras de controle,
que se mantenham para assegurar a qualidade do produto. Não existem atalhos para este longo caminho
a percorrer, o apicultor deverá se conscientizar diariamente se esforçar para atingir tais objetivos.
QUALIDADE: “Numa escala de valores, a qualidade permite avaliar e, conseqüentemente, aprovar,
aceitar ou recusar um atributo, um serviço, um produto.
QUALIDADE DO PÓLEN APÍCOLA : Para avaliar-se a qualidade do pólen apícola, pode-se descrever o
caminho da produção até sua distribuição através de um fluxograma:
FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO, PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO PÓLEN APÍCOLA:
APIÁRIO
COLHEITA
TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA
CONGELAMENTO
LIMPEZA GROSSEIRA
DESIDRATAÇÃO
TAMIZAÇÃO I
AERAÇÃO
LIMPEZA MANUAL
DESIDRATAÇÃO II
TAMIZAÇÃO II
ENVASE
ROTULAGEM
ARMAZENAMENTO
EXPEDIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
Na descrição a seguir todas as respostas deverão ser afirmativas. Caso ocorra o contrário, mudanças
deverão ser realizadas:
Apiário
1.
2
3
4
5
6
7
8
Área livre de agrotóxico, acima de 3km, há segurança quanto as possíveis derivas dos
agrotóxicos ?
Área livre de granjas, pocilgas e demais criações e outras fontes
possíveis de
contaminações?
Área livre de indústrias poluidoras?
A flora apícola está disponível?
O manejo específico para a referida produção é realizado?
A caixa receptora do pólen apícola é substituída diariamente?
O Apicultor tem roupa apícola, pincel, formão e luvas higienizados
Usa fumaça fria, sem cheiro e indireta no momento da coleta?
Colheita do pólen
1 As embalagens para receber pólen verde são apropriadas, herméticas (para evitar perdas
aromáticas), e são higienizadas e sanificadas?
2 Utiliza-se caixa secundária de isolamento térmico (isopor) limpa, para transporte da matéria
prima até o congelamento ?
Transporte
1
2
3
4
5
O veículo foi previamente sanificado, principalmente onde se depositará as embalagens
contendo a matéria-prima?
O veículo está livre de odores indesejáveis?
A área de carga do veículo é coberta ou passiva de se lonar?
O transporte da matéria-prima se dará sem interrupções do apiário até ao setor de
processamento?
Quando o transporte for realizado por motocicleta, existe caixa transportadora própria
(fechada) anexa ao veiculo com capacidade suficiente ao volume coletado?
Limpeza Grosseira
1O apicultor faz uma catação grosseira para remover pedaço de folhas madeira e outras
sujidades maiores antes do congelamento?
Congelamento
1 O pólen colhido é congelado no mínimo 48 h antes do início de seu processamento, para
matar microrganismos, ácaros e ovos de traças?
Higienização da Área de Processamento:
1 As dependências do setor de processamento são previamente higienizadas e
sanificadas?
2
3
Os materiais, equipamentos e acessórios que estarão em contato direto com o pólen são
previamente higienizados e sanificados?
O ambiente da sala de processamento tem temperatura e umidade relativa do ar controlada?
Higiene do Manipulador:
1- O manipulador está apto para realizar o processamento, tomou banho, tem barbas e unhas
aparadas, mãos e ante-braços higienizados corretamente, dentes escovados, esta usando
cabelos presos por rede e gorro, usa máscara, camiseta branca, jaleco manga comprida e até
os joelhos, calças e botas brancas?
2- O manipulador, após utilização de sanitários, higieniza mãos, braços e unhas?
3- O manipulador goza de plena saúde?
4- O manipulador tem bons hábitos higiênicos, não espirrando ou tossindo diretamente na matériaprima, não se coça ou apresenta cacoetes anti-higiênicos durante manipulação?
Limpeza Grosseira
1 Após o congelamento, o manipulador remove os possíveis contaminantes e sujidades
acidentalmente e inerentes à produção de pólen?
Desidratação I e II
1 A temperatura quando utilizada no processo é de no máximo de 42 oC?
2 A umidade ambiente é de no máximo 45%?
3 A segunda (rápida) desidratação do pólen é adotada para remoção de pequenos ganhos de
umidade após o beneficiamento total do pólen apícola?
Peneiramento ou Tamização
1 Esta fase do processamento é utilizada, objetivando a remoção do pó de pólen e desgrudar
grumos de bolotas de pólen formadas no processo de desidratação. Este processo é
realizado?
Aeração
1 Esta etapa é realizada para separar sujidades leves. O beneficiamento inclui esta ação?
Limpeza Manual ou fina
1
A catação é um processo minucioso de limpeza, que remove principalmente bolotas de própolis
e resíduos restantes. Esta ação é realizada ?
Envase e Embalagem
1
2
As embalagens em que o produto será armazenado são previamente
esterilizadas e secas, prontas para o uso?
As normas de pesos e medidas são respeitadas no momento do envase?
higienizadas,
Rotulagem
1- Existe uma rotina de rotulagem segura contra possíveis trocas de rótulos, para cada medida de
embalagem?
2 O conteúdo dos rótulos respeitam as Instruções Normativas vigentes no para rotulagem país?
Armazenamento:
1
2
3
Nota:
Existe um depósito específico para serem guardados os produtos acabados?
O tempo de estocagem do produto está seguramente abaixo de seu prazo de validade ou em
torno de 8 meses?
Os produtos com validade vencida são descartados?
No caso de estocagem do pólen apícola sob congelamento, deverá ser evitado ultrapassar 30 dias, uma
vez que o mesmo começa a sofrer os fenômenos típicos da conservação sob baixas temperaturas. A
principal característica é o escurecimento das bolotas e acentuação do sabor amargo no mesmo. O
pólen apícola, armazenado em baixas temperaturas, se mantêm íntegro quimicamente durante 12
meses, porém, começa sofrer perdas em suas características organolépticas a partir de 30 dias
(BARRETO et.al., 2006)
Expedição / Distribuição:
1
2
3
4
5
Existe livro de controle, laudos de análises laboratoriais dos lotes expedidos?
Existe amostras dos lotes para eventuais contra-provas ?
Existe acompanhamento da distribuição de pontos de venda do seu produto?
O consumidor consegue se contactar facilmente com sua empresa?
Em caso de detecção de algum problema nos lotes expedidos, sua empresa consegue
ágil e facilmente, recolher os referidos lotes do mercado, existindo um plano traçado para
este fim?
Outras etapas seguintes ao beneficiamento, não menos importantes, devem ser registradas. A
escolha da embalagem, que preferencialmente adotada em função da facilidade de esterilização, vedação,
que do ponto de vista do marketing tem por finalidade “vender o que protege e proteger o que vende”
(Evangelista, 1994).
Após o cuidadoso envase, o produto receberá um rotulo com finalidade de esclarecer ao
consumidor a procedência do produto, data da produção, composição nutricional bem como divulgar o
apicultor para novas encomendas, as normas vigentes deverão ser atendidas pela Instrução Normativa
do Ministério da Agricultura e Abastecimento para produtos de origem animal N°. 22 de 24/11/2005.
Um país com dimensões continentais como o Brasil, com parte de sua cobertura vegetal ainda
desconhecida, onde certamente toneladas de pólen são perdidas anualmente por falta de exploração,
esconde poderosa e incalculável riqueza. Se de um lado é real o potencial da produção de pólen apícola
brasileiro, do outro a ciência e a tecnologia voltadas à produção, processamento, e legislação, ainda
necessitam de atualizações, fatos estes que acabam por diminuir o ritmo de crescimento deste
importante seguimento da cadeia apícola.
Não há segredos na produção, existindo, sim, demandas no sentido de se regionalizar
algumas ações de manejo e alimentação. Os coletores de pólen brasileiros são excelentes em sua
função de reter e coletar as bolotas de pólen, e cada região demonstra sua preferência por um
determinado modelo entre os de coleta frontal; de fundo; de alvado secundário; localizado sobre o
ninho; com telas de retenção reclinadas ou retas; com perfurações de espessuras grossas, fina ou
medianas. Neste item do processo, a grande novidade é o inicio dos testes de um coletor de pólen em
plástico injetado brasileiro, que é a melhoria recomendada, e esperada oferecendo excelentes
condições de higienização, sanificação e durabilidade. Quanto ao processamento, não são todos os
produtores de pólen que terão, no momento, condições de processá-lo em padrões viáveis para
comercialização. Não existe “jeitinho brasileiro” para se contornar o setor de processamento do pólen
apícola.
No Brasil são quase que exceções os setores de processamentos apropriados. Por ser uma
atividade ainda não tão popular como a produção de mel, e muito mais exigentes em ambientes,
equipamentos de processamento e recursos humanos, os investimentos encarecem o produto.
Para que seja viabilizada a referida produção, a adoção de Centrais de Processamentos é a
saída mais econômica e responsável nos dias atuais, porém, o setor da cadeia de produtiva deverá
aplicar-se no conhecimento de custos para a formação de preços justos, para não imitarem outros
setores produtivos que asfixiam o produtor com seus estoques reguladores, ou a simples tendências a
“grandes” ganhos, é preciso sim consolidar um excelente mercado interno com uma relação fidelizada
entre consumidores e fornecedores. A indústria de equipamentos processadores encontram-se com
importantes desafios, tais como a construção de desidratadores de pólen de secagem rápida e baixos
índices de perda do produto por esfarelamento, ou de suas qualidades físico-químicas e,
principalmente, sensoriais, atendendo também a uma excelente facilidade de higienização e
sanificação. A automação de fases do processamento será de grande significado para diminuição do
preço final do produto. Campanhas educativas para consumo, deverão ser programadas, de forma
regional, ou em função ao mercado alvo, com bases científicas, sem tendências e mitos, como as já
existentes no mel, que aumentam o consumo em função da sazonalidade, período de inverno, pois a
maioria dos consumidores o tem como remédio e não como alimento. O rico alimento pólen está
sendo consumido nas classe de maior poder aquisitivo, fato auto explicativo, pelo seu preço final.
Testes de consumo realizados por Bareto e Funári (2005) em classes com poder aquisitivo
menores, indicam o desejo de consumir o produto, tendo como fator limitante o preço.
Questões importantes quanto à legislação deverão ser atualizadas como, por exemplo: a
validade do produto para o consumo; os índices calóricos; sujidades e contaminantes presentes no
produto. Em trabalhos realizados por Barreto et al. (2004), verificaram que a integridade do pólen
apícola pode ser mantida por um período de até oito meses em temperatura ambiente. No mercado
brasileiro encontra-se um prazo de validade variável de um até três anos.
Quanto aos índices calóricos, Barreto e Funari, 2004, verificou também que o pólen brasileiro
apresenta uma média de 247 Kcal, inferior a média utilizada, em torno de 315 kcal.
Os mesmos autores constataram a inexistência de limites na legislação quanto aos
contaminantes e sujidades, tendo obtidos em análises uma grande variação de contaminates com
espectros de 0% até 25% do peso da amostra em sujidades. Para se produzir bem e com qualidade o
pólen apícola, deve-se aprender muito com os erros e acertos anteriores da produção apícola.
Implementar o consumo e desenvolver preços justos em toda escala produtiva até o consumo. Não
depender de políticas públicas, mas partir para outras iniciativas, privada ou em modelos
cooperativistas, em menor ou maior escala. O mais importante é a capacitação que permita a
excelência nas etapas produtivas e de processamento para garantir a qualidade do produto final.
Referências Bibliográficas:
BARRETO,L.M.R.C. Pólen apícola brasileiro: perfil da produção,qualidade e caracterização
organolépticas.2004, 150p. (Tese Doutorado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Universidade Estadual Paulista. Botucatu, SP.
BARRETO, L.M.R.C.; FUNARI, S.R.C; ORSI, R.O.; DIB, A .P.S. Produção do Pólen Apícola. Cabral Editora e
Livraria Universitária, 2006. 100 p.
BARRETO, L.M.R.C.; DIB, A .P.S.; PEÃO, G.F.R. Higienização e sanitização na produção apícola. Cabral
Editora e Livraria Universitária, 2006. 137 p.
o
BARRETO ,L.M.R.C.& FUNARI, S.R.C . Pólen apícola perfil de la producion no Brasil 1 Congreso de
Apicultura Del MERCOSUR. 21pp. 2005
BRASIL, Portaria do Ministério da Agricultura nº 368, de 4 de setembro de 1997 Nº 172 segunda-feira, 8
de setembro de 1997 Seção I “Regulamento técnico sobre condições higiênico-sanitárias e de boas
práticas de elaboração para estabelecimentos elaboradores/ industrializadores de alimento”.
BRASIL, Instrução Normativa do Ministério da Agricultura nº 3, de 19 de janeiro de 2001 Regulamentos
técnicos de identidade e qualidade de apitoxina, cera de abelhas, geléia real, geléia real Liofilizada,
pólen apícola, própolis e extrato de própolis.
BRASIL, Ministério da Saúde, Resolução RCD no. 360, de 23 de dezembro 2003.Regulamento técnico
sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados,tornando obrigatória a rotulagem nutricional.
BRASIL, Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Instrução Normativa do nº .22, de 24 de
novembro de 2005. Regulamento Técnico para rotulagem de produto de origem animal embalados
a
EVANGELISTA, J. Tecnologia de Alimentos. 2 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1994. 674p.
“EMPRESARIAMENTO DOS PRODUTOS APÍCOLAS”
*José Alexandre Silva de Abreu
A atividade apícola assim como qualquer outra atividade humana está inserida no ambiente sócioeconômico e demanda grande visão empreendedora para ser bem sucedida. A obtenção de informações, o
estabelecimento de metas e o compromisso com os resultados são fundamentais para o sucesso do
empreendimento apícola. Um bom plano de negócios, torna-se mais que um documento para captação de
recursos, mas uma ferramenta de gestão empresarial; um mapa que guiará a empresa ao seu destino e ao
cumprimento de seus objetivos. Alguns requisitos vestibulares do sucesso são abordados como
indispensáveis aos empreendedores apícolas: 1. Assumir riscos é a primeira e uma das maiores qualidades
do verdadeiro empreendedor. 2. Identificar oportunidades Ficar atento e perceber, no momento certo, as
oportunidades que o mercado oferece. 3. Conhecimento, organização e independência Quanto maior o
domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. 4. tomada de
decisões corretas e na hora certa. 5. Liderança, dinamismo e entusiasmo o empresário de sucesso sabe
olhar além e acima das dificuldades. 6. Tino empresarial O que muita gente acredita ser um "sexto
sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, a soma de
todas as qualidades acima descritas. A "sorte" é na verdade 90% de transpiração e 10% de convergência.
* Diretor da Pharmanectar, W Moura e Apiários Néctar, grupo apícola e farmacêutico com certificação
ISO 9001 e GMP, homologada por 5 instituições acreditadoras internacionais. Idealizador, fundador e
presidente da Conap por 9 anos. Sócio fundador da SBA – Sociedade Brasileira de Apiterapia e membro
da câmara de assessoramento técnico de produtos apícolas do Ministério da Agricultura.
CONTROLE DE QUALIDADE DE PRÓPOLIS BRASILEIRA
Ligia Bicudo de Almeida-Muradian - USP/SP
Adriana Hitomi Matsuda
A própolis é uma resina de coloração e consistência variada coletada por
abelhas da espécie Apis Mellifera de diversas partes da planta como brotos,
botões florais e exsudados resinosos, sendo transportados para a colméia com
a finalidade de defesa e vem se destacando por suas atividades terapêuticas,
como antimicrobiana, antiinflamatória, cicatrizante, anticaríogênica e
anticancerígena. Estudos realizados com a própolis brasileira mostraram a
presença de muitos compostos fenólicos e dentre estes, o Artepillin-C (ácido
3,5-diprenil-4-hidroxicinâmico), separada da própolis produzida em áreas cuja
flora é rica em espécies de Baccharis, é o mais estudado. A sua quantificação
tem se tornado um fator importante como indicador da qualidade da própolis
brasileira. O objetivo do presente trabalho foi o de caracterizar e quantificar os
principais parâmetros relacionados ao controle de qualidade da própolis,
utilizando-se amostras originárias de diversas regiões brasileiras, assim como
validar o método e quantificar o composto Artepillin-C. Foram obtidas, de
apicultores e entrepostos, 33 amostras de própolis das regiões Nordeste,
Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, no período de 2003 a 2005. Foram
realizadas as análises de controle de qualidade indicadas pela Legislação
Brasileira (umidade, cinzas, teor de cera, teor de massa mecânica, teor de
sólidos solúveis em etanol, índice de oxidação, flavonóides totais e fenólicos
totais), complementando-se com determinações de atividade antioxidante e
determinação de Artepillin-C. As amostras de própolis analisadas apresentaram
resultados, em sua maioria, de acordo com os limites estabelecidos pelo
Ministério da Agricultura sendo que a maioria das amostras apresentou alta
atividade antioxidante. O método de análise de Artepillin C atendeu a todos os
parâmetros preconizados para a validação do método cromatográfico, podendo
ser recomendado para análise de rotina em laboratórios de controle de
qualidade de produtos apícolas.
Apicultura: Projetos Humanitários no sul da Bahia
*Ediney de Oliveira Magalhães
*Eng. Agrônomo – Ms – Pesquisador do MAPA/CEPLAC - Responsável pelo Centro Regional de
Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC - E-mail: [email protected] Tel: (73) 32143250
A apicultura, criação de abelhas do gênero Apis, é considerada uma das grandes opções para a agricultura
familiar, possibilitando aumento de renda por meio do aproveitamento dos diversos produtos como mel,
pólen, própolis, geléia real, apitoxina (veneno da abelhas) e da polinização. Essa atividade vem
despertando o interesse de diversos segmentos da comunidade do sul da Bahia que com a queda das
cotações internacionais do preço do cacau e a ocorrência da vassoura-de-bruxa, enfermidade causada pelo
fungo Crinipellis perniciosa, que assolou as roças de cacau nos anos de 1990, atravessa grandes
dificuldades econômicas, tendo conseqüências sociais enormes para uma região dependente da cultura do
cacau, trazendo desemprego e caos social. As populações dos municípios mais pobres desta região foram
as que mais sentiram a crise, pois grande parte da população dependia dos empregos gerados pelas
diversas atividades inerentes a cultura do cacau. Com o desemprego, grande parta da população ficou
dependente das prefeituras locais e dos recursos gerado pelas aposentadorias, isto quando não ocorria o
êxodo rural. O Município de Santa Cruz, localizado no sul da Bahia, a 507 quilômetros da capital do
Estado da Bahia, Salvador, com uma população de 8.100 hab (IBGE 2002), não fugiu desta situação.
ONU/FAO
Baseado nestas características sociais e pelo fato da vocação natural para a criação de abelhas, voltada
para a produção de mel, foi que no ano de 2002 a FAO – Food and Agricultures Organization of the
United Nations, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentações liberou recursos da
ordem de U$ 10 mil, que foram aplicados no município citado acima. O projeto elaborado pela CEPLAC
beneficiou 20 famílias que viviam abaixo da linha de pobreza, fornecendo um total de 100 colméias
habitadas, cinco por família, para a produção de mel, as quais foram divididas e instaladas em quatros
apiários. A escolha dos participantes se deu por processo seletivo, em que foi levada em consideração a
renda familiar, a vocação a aptidão pela atividade. Os resultados ocorreram nos primeiros seis meses após
a instalação do projeto com a produção de 1.200 quilos de mel e no ano seguinte a produção saltou para
4.600 quilos. Renda, trabalho, aumento da auto-estima, vivencia associativista, união. Estes foram os
resultados práticos do projeto que teve na sua essência na melhorara a vida de pessoas pobres, onde os
mesmos ganharam e continua ganhando seus sustentos com trabalho na apicultura através deste projeto
social.
Figura 01: Apiário do Projeto Humanitário da FAO em Santa Cruz da Vitória
Figura 02: Coleta do mel do Apiário Humanitário
NOVA ZELANDIA/FUNDO DE ASSTENCIA
Diante dos benéficos sociais e econômicos do projeto descrito acima foi que a Embaixada da Nova
Zelândia no Brasil através da Agência de Desenvolvimento a Nova Zelândia (NZAID), através de projeto
elaborado pela CEPLAC, aprovou no ano de 2006 projeto intitulado Apicultura: Alternativa de
alimentação, emprego e renda no município de Itaju do Colônia. O principal objetivo da Agência de
Desenvolvimento a Nova Zelândia (NZAID) é o de ajudar a promover o desenvolvimento econômico e
social sustentável nos países em desenvolvimento. Para a aprovação do projeto o mesmo tinha que está
inserido nos seguintes contextos:
Que encorajem mulheres e homens a mostrarem sua iniciativa;
Em que os requerentes estejam fazendo uma contribuição significante, sejam na forma de
trabalho, materiais, e /ou em espécie;
Que apresentam objetivos claramente definidos e um plano de implementação idôneo;
Que abranjam práticas ambientais e ecológicas; e
Cujos custos estejam de acordo com os benefícios.
Da mesma forma do projeto anterior, a seleção foi realizado, os participantes foram capacitados com o
apoio do Sindicato Rural de Itaju do Colônia e o SENAR e os resultados apareceram em três meses após a
instalação do projeto.
MULHERES PRODUTORAS DE PÓLEN
Diante do sucesso dos dois projetos descritos acima, houve uma grande procura pelas comunidades
carentes visando a implantação de projetos apícolas nos mesmos moldes. Em Serra Grande, município de
Uruçuca, sul da Bahia o projeto foi implantado visando a produção de pólen apícola e a seleção foi
realizada com 10 famílias, onde as pessoas escolhidas foram mulheres pobres e desempregada e os
recursos foram oriundos do BNB – Banco do Nordeste do Brasil através da linha de financiamento
PRONAF – B. Foram implantadas 50 colméias e a produção média por caixa ultrapassa a 100 gramas. O
pólen estar sendo beneficiado no Centro Regional de Apicultura do sul da Bahia da CEPLAC.
CONCLUSÃO
São projetos simples, aplicáveis em qualquer região do Brasil, e que tem contribuído de forma
significativa com a melhoria econômica e social de pessoas carentes. Essa é mais um contribuição que a
CEPLAC, através do seu corpo técnico, proporciona a uma região que atravessa momentos de crise na
sua principal fonte econômica e empregatícia que é a lavoura de cacau.
A Produção de Própolis no Brasil
NASCIMENTO JUNIOR, A. V.
Apicultor e consultor da Companhia da Abelha Ltda - Contagem/MG
Palavras chave: própolis verde, própolis vermelha, Baccharis dracunculifolia, Dalbergia ecasthophilum
Introdução
A própolis é uma resina coletada pelas abelhas nos vegetais cujo principal objetivo biológico é a
vedação de frestas para a completa segurança da colônia em relação ao meio ambiente externo onde
habita. Colônias selvagens não produzem própolis em escala, como vemos em apiários comerciais
voltados à produção da própolis, mas tão somente produzir o suficiente para as necessidades de assepsia,
vedação e segurança momentâneas. Aquela própolis produzida ficará ali por anos, enquanto não oxidar,
esfarinhar ou algum apicultor venha capturar aquela colônia. A própolis não é produzida pelas abelhas
com objetivo de estoque, produção ou para alimentação. Biologicamente é produzida para atender
pequenas necessidades totalizando quantidades ínfimas de produção quando não estimuladas a tal serviço.
As necessidades de alimentos saudáveis são cada vez mais urgentes à sociedade moderna. É
perceptível a falta de tempo cada vez maior em conseguirmos realizar as atividades que propomos no
início do dia ou mesmo tempo para usufruirmos do benefício que o dia a dia do trabalho nos proporciona.
Vivemos cada vez mais inseridos em um contexto de 14 horas por dia de trabalho mais 4 a 5 horas de
diversas atividades noturnas sobrando, na verdade, de 6 a 8 horas de tempo livre onde (mal) dormimos.
Essa nova sociedade trouxe à tona novas doenças ligadas ao ritmo alucinante de vida do ser
humano como o stress, a depressão, o esgotamento físico e mental, aos tumores, às doenças do coração,
rins e hepáticas, ao Mal de Parkison, ao Mal de Alzheimer, causados, principalmente pela oxidação das
células com a conseqüente produção excessiva de radicais livres e daí ao surgimento de todas as doenças
citadas pelo desequilíbrio orgânico de nosso metabolismo.
Dessa maneira grande parte da população mundial busca hoje em dia produtos fármacos ou
alimentícios capazes de “seqüestrar” ou expulsar tais radicais livres do organismo e diminuir os efeitos do
dia a dia na cabeça e no corpo do ser humano. A própolis é vista como um dos produtos neste início de
século com maior capacidade de retirar tais radicais do organismo e devolver a vitalidade e a energia
fundamentais as atividades do dia a dia.
A própolis, assim, como o mel, é citada em toda a história da humanidade. Hipócrates, Virgílio e
Galeno já citavam o uso do produto e suas atividades terapêuticas. Na Bíblia não é raro encontrarmos
citações sobre o uso de uma tal de “resina” contra feridas de difícil cicatrização. Entretanto, somente nos
últimos 30 anos a humanidade de fato se deu conta das propriedades terapêuticas da própolis. Os
japoneses foram os pioneiros a buscar na resina as substâncias necessárias para a cura de diversos males
do organismo humano através de milhares de pesquisas e ensaios clínicos.
Hoje a própolis representa mais de 3000 artigos científicos na comunidade científica segundo a
APIMONDIA e mais de 2000 artigos científicos indexados, em 2006 o Brasil produziu 7 de cada 10
artigos científicos sobre própolis no planeta, assumindo, definitivamente, sua liderança na produção
científica mundial sobre temas referentes a própolis, comprovando cientificamente a eficácia terapêutica
da própolis nos mais diversos males que afligem a população humana além de possibilitar um uso
sistêmico do produto na forma de extrato, apresentando efeitos colaterais baixos, toxicidade rara, prática
clínica testada, efeitos terapêuticos complementares e sinérgicos à um custo acessível e a garantia de um
tratamento natural altamente eficaz.
Conceitos:
Colméia: É o local onde as abelhas nidificam, desenvolvem, reproduzem e estocam os alimentos
coletados no campo.
Melgueira: Uma das peças que compõe a colméia destinada ao armazenamento de mel pelas abelhas
Colônia: É a família das abelhas em si. Consiste, basicamente de: 80.000 abelhas, 400 zangões e 1
rainha.
Super-colônia: Família de abelhas com mais de 100.000 indivíduos e número de 3 melgueiras
armazenadas de mel.
Coletor de própolis CPI: Trata-se de um dos modelos de coletores de própolis utilizados pelos
apicultores para produção de própolis em larga escala pelos apicultores. Possui as dimensões reais de uma
melgueira de colméia normal, mas com frestas em suas laterais para que as abelhas possam vedar com a
resina
Própolis verde: Tipo de própolis de coloração esverdeada coletada pelas abelhas no alecrim do campo:
Baccharis dracunculifolia.
Própolis vermelha: Tipo de própolis de coloração vermelha, coletada pelas abelhas do Rabo de Bugio,
Dalbergia ecasthophilum. O rabo de Bugio é uma das origens botâncias de própolis vermelha produzidas
no Brasil. Remontam outras áreas, como o sertão da Bahia e o interior do Paraná onde ocorre produção de
própolis vermelha com outra origem botânica ainda não identificada.
Própolis escura: Outros tipo de própolis produzidas no planeta representados especificamente pela
própolis de Álamo, com origem botânica no Populus álamo, a própolis de nigra, cujo origem botânica é o
Populus nigra, e a própolis escura de Minas oriunda do Baccharis dracunculifolia e Vernonia polyanthes
(Assa-peixe)
Classificação:
Existem basicamente, três tipos diferentes de própolis quanto à forma de obtenção e construção:
a geoprópolis produzida pelas abelhas nativas, a própolis obtida de troncos e caules de vegetais
representada principalmente pela própolis de álamo e nigra produzidas no sul do Brasil, Europa e Ásia e a
própolis de Baccharis dracunculifolia, única própolis do planeta obtida do broto de uma planta. Todas as
outras própolis são obtidas exclusivamente de troncos e caules de vegetais.
Entre todas as própolis obtidas pelas abelhas com ferrão é possível dividi-la em três grandes
grupos quanto à região de obtenção e tipo de vegetação: a própolis de álamo no continente europeu; a
própolis de nigra na Ásia e a própolis de países tropicais entre elas a própolis brasileira.
História:
Na década de 80 uma importante cooperativa de apicultores, a CONAP apresentou aos japoneses
uma nova própolis, a própolis verde. Com uma estratégia de marketing agressiva aliada a pesquisas ainda
bastante rudimentares, levando-se em consideração as pesquisas que hoje são realizadas, a CONAP foi
uma das pioneiras na exportação do produto e na viabilização da própolis no exigente mercado japonês.
Em 1990, Dra. Esther Bastos da Fundação Ezequiel Dias de Minas Gerais, através de técnica de
comparação de substâncias entre a própolis e a planta visitada determinou o alecrim do campo ou
Baccharis dracunculifolia como a planta fornecedora de mais da matéria prima componente da própolis
verde. Através deste trabalho foi possível para os apicultores entender melhor a dinâmica existente nas
abelhas que a levavam a produzir a própolis verde e caracterizar com mais clareza as variáveis
necessárias para a produção da própolis verde.
Em 2000, Dr. Masaharu e Dr. Park da UNICAMP expandiram os horizontes da própolis
brasileira e classificaram 12 diferentes grupos de própolis em nosso país, alguns com potencial atividade
biológica e terapêutica, e alta concentração de substâncias capazes de expandir as fronteiras da própolis
dominada até então, exclusivamente, pela própolis verde de Baccharis.
Pacheco et al. (2007) identificaram a origem botânica de uma das variedades de própolis
vermelha do Nordeste cujo a origem botânica remonta ao Rabo de Bugio, cujo nome científico é a
Dalbergia ecasthophilum
As pesquisas efetuadas pelos japoneses a partir da década de 80 a partir da determinação de
substâncias, ensaios clínicos com animais, seres humanos e a publicação de tais trabalhos levaram a
comprovações da ação da própolis brasileira, em especial a do tipo de verde de alecrim, como agente
antimicrobiano, antitumoral, antioxidante, antiinflamatório, além da ação imunoestimulante e
hepatoprotetora. Em todas estas áreas a própolis verde de Baccharis ganha em todas as pesquisas em
comparação com outras própolis. Abreu (Pharma Néctar) e colaboradores mostram um exemplo disso
com um interessante artigo que corrobora esta realidade. Cita Abreu: “Citotoxic, hepatoprotective and
free radical scavenging effects of própolis from Brazil, Peru, the Nederlands and China”, publicado pela
Editora Eselvier, no jornal de Ethno Pharmacology. Olhem só a universalidade deste artigo. Os autores:
um japonês, um nepalês, um indiano e uma chinesa publicado numa revista irlandesa e conduzido na
Toyama Medical and Pharmaceutical University do Japão. Eles compararam a própolis verde de
Baccharis com outros 3 tipos da China, Peru e países baixos. A comparação foi a capacidade antioxidante das própolis citadas em seqüestrar radicais livres, avaliar a atividade hepatoprotetora e a
atividade antitumoral contra 2 tipos graves de câncer: o fibrosacoma de colon e o câncer de pulmão. O
teste foi feito utilizando extrato alcoólico e aquoso. Imaginem o resultado: A própolis verde ganhou em
todas as comparações e provou ser mais eficaz que as concorrentes nos males orgânicos acima citados”.
Estes e outros resultados levaram a uma realidade surpreendente: a impossibilidade da
reprodução de princípios terapêuticos em diferentes tipos de própolis de diferentes origens. Os princípios
terapêuticos de um determinado tipo de própolis podem não valer para outro tipo de uma outra fonte
vegetal ou simplesmente ter uma eficácia propoterápica menor.
Isso remete à hipótese já confirmada de que a própolis possui os princípios fitoativos da planta
visitada e que a referência generalista à uma determinada própolis como apenas “própolis” reduz e muito
as possibilidades de determinadas própolis específicas de determinadas plantas. Tanto é verdade esta
afirmação que os mais recentes trabalhos científicos publicados referentes à própolis verde não mais se
referem à própolis ou à própolis brasileira, mas à “própolis de determinada cor de determinada origem
botânica”.
Certo é que a própolis verde de Baccharis ganhou o mundo. Considerada a melhor do planeta,
possui mercado consolidado no Japão e galga novos países, principalmente o americano e o europeu. Em
nosso país já são mais de 10.000 produtores de própolis, sendo mais de 4000 produtores da resina verde
exportando em torno de US$ 30.000.000,00 de dólares de própolis na forma de extrato alcoólico ou
aquoso, encapsulado, associado à outros vegetais também anti-oxidantes ou simplesmente na forma bruta.
No Brasil, o mercado envolvendo produtos à base de própolis movimenta R$ 80.000.000,00 de reais por
ano. Somente no Japão, o mercado que envolve produtos com própolis representa 700 milhões dólares,
mercado este abastecido 90% pela própolis de Baccharis.
Hoje muitos apicultores estão abandonando definitivamente o mel e dedicando-se
exclusivamente à própolis pelas suas potencialidades econômicas, gerenciais e terapêuticas do produto.
Variáveis para a produção de própolis.
Super-colônias: Projetos para produção de própolis prevêem a instalação de 50 super-colônias com mais
de 100.000 abelhas para a produção da própolis verde. Colônias com menor população que isto não
produzem em grande quantidade e não justifica o alto custo operacional do processo. 50 colônias pagam
todo o custo do investimento além de proporcionarem sobras consideráveis no processo, inclusive no
início da atividade quando o apicultor ainda não está bem definido ou seguro quanto às variáveis de
produção. Conseguir 50 super-colônias é trabalho duro, com grande despesa de alimentação e utilização
de melgueiras que, no lugar das tradicionais para produção de mel, usaremos as chamadas CPI’s,
coletoras de própolis inteligente, onde a produção ocorre em grande quantidade em relação ao método
tradicional de raspa. A meta do apicultor é fazer com que suas colônias atinjam o patamar de 5 CPI’s
lotadas de mel ou filhotes, não importa.
Distância entre as colméias inferior a 1,5 metros: Super-colônias instaladas próximas umas as outras
entrarão em pequena condição de pilhagem (tentativa de saque de alimento de uma colônia em outra).
Esta pilhagem levará as colônias a produzir própolis com mais intensidade com objetivo de proteger a
colônia contra invasão da colônia vizinha e vice-versa.
Presença da planta fornecedora da resina específica: Para produzir própolis é necessária a presença da
planta que fornece a matéria prima específica da própolis que se deseja produzir. Para a própolis verde a
área de ocorrência compreende uma faixa geográfica do país que inclui o Centro, Sul e Zona da Mata
mineira, a região serrana dos estados do Rio e Espírito Santo, o estado de São Paulo, exceto a faixa
litorânea e a região de cerrado, além do norte do Paraná. Para a própolis vermelha de Dalbergia
compreende a região situada no litoral entre o estado da Bahia e o estado do Ceará.
Sombreamento: Para a produção da própolis verde é necessário que se faça a instalação dos apiários em
áreas sombreadas. Áreas a pleno sol produzem pouco ou nada de própolis. Fatores como clima, tempo,
umidade do ar, temperatura, propensão ao ataque de predadores são mais estáveis e presentes em áreas
com sombra de floresta levando as abelhas coletarem mais resina no campo visando a proteção da colônia
frente a estas intempéries.
Água: A presença da água é imprescindível para a boa produção de própolis. Haver um curso d’água a
uma distância de pelo menos 500 metros do apiário é fundamental. A água é o princípio da vida como a
conhecemos. Para a boa produção da própolis a água é um elemento fundamental no processo.
Vento: Fortes correntes de vento incidindo diretamente sobre o apiário podem contribuir para uma baixa
ou nula produção de própolis verde. Conseguir áreas com baixas correntes de vento favorecem a boa
produção. O fator vento contribui sobremaneira, também, para a quebras generalizadas de safras de mel e
pólen. Toda e qualquer corrente de vento acima de 20 km/h pode contribuir para uma maior dificuldade
por parte das abelhas na coleta da resina do alecrim do campo.
Acesso: Preferencialmente o carro deve ter acesso ao apiário. A necessidade de materiais no apiário é
grande, além da própria visitação, que é intensiva; dessa maneira é fundamental o rápido acesso ao
apiário quando necessário. Não podemos ainda deixar de citar que, normalmente a época de produção de
própolis ocorre no período mais chuvoso levando assim a necessidade de estrada com bom acesso para os
apicultores.
Concorrência de outros apiários próximos: A presença de outros apiários produtores de própolis num
raio de até 1000 metros inviabiliza a instalação de outro com as mesmas características. Procurar saber se
seu apiário será o único é fundamental para uma boa produção de própolis.
Influência das demais florestas na produção do tipo específico de própolis: É comum em áreas com
grande densidade de florestas a ocorrência de outros tipos de plantas resinosas prejudicando assim a
coleta do tipo específico de própolis de determinada origem botânica. A produção de própolis de
determinada origem botânica será viável quando a planta que origina a resina em questão estiver
dominando o ambiente em que a abelha trabalha e que a quantidade de floresta nativa seja a menor
possível em relação a quantidade de planta.
Alimentação: O apicultor deve se preocupar com a criação de uma área para a instalação de cochos
coletivos para a alimentação das abelhas. Essa área deve estar localizada a 20 metros do apiário e ser
bastante ensolarada. Esse cocho deve ser grande, em torno de 2 x 0,6 m. para atender à necessidade de
alimento das abelhas. Os cochos de alimento para ração são as próprias melgueiras com uma tábua
atravessada na diagonal em seu interior. Devemos lembrar que a alimentação das abelhas deve ser de
ordem energética e protéica, ou seja, à base de xarope de açúcar e ração em pó à base de farinha de soja.
Caso o apicultor não tenha condições de fornecer alimentação coletiva a utilização dos alimentadores de
alvado e alimentadores de cobertura substituem com eficiência a aplicação coletiva do alimento.
A necessidade de alimento remete à aplicação de xarope água com açúcar 40% e ração em pó.
Essa aplicação é coletiva em cochos instalados a 20 metros do apiário aproximadamente. A fabricação do
xarope é simples. Em 1 litro de água limpa acrescente 400 gramas de açúcar e mexa até dissolver por
completo. Despeje no cocho para alimento líquido e dê para as abelhas beberem. Para 50 colônias o
consumo gira em torno de 450 litros por semana do xarope.
Quanto à ração esta já vem pronta. A Cia da Abelha desenvolveu uma ração apropriada para fins
de alimentação de abelhas produtoras de própolis verde. Sua aplicação é coletiva. Para 50 colônias o
consumo gira em torno de 50 a 70 quilos por mês.
A colheita:
O período de produção acontece normalmente nos períodos de maior incidência pluviométrica. Nesta
época, que coincide com o período de brotação das plantas, o alecrim do campo e o Rabo de Búgio soltam
brotos e folhas novas que levam consigo a resina que é coletada pelas abelhas para a produção da própolis
verde. A colheita do produto ocorre semanalmente, obrigatoriamente de 7 em 7 dias e cabe ao produtor
simplesmente cortar a própolis das ranhuras do coletor CPI e depositá-las em uma bandeja asséptica com
tampa de pressão para a proteção do produto.
Para colônias sem melhoramento genético e sem troca de rainhas a produção varia de 150 a 300
gramas por mês no período da safra. Para colônias onde são feitos constantes melhoramentos genéticos e
com trocas constantes de rainhas a produção pode chegar a mais de 500 gramas por mês por colméia ou
até mais, basta que o apicultor substitua padrões ruins de produtividade por padrões adequados de
produção de própolis verde.
O armazenamento:
A Própolis deve ser armazenada em freezer (-5º), em sacos plásticos virgens, transparentes, de
preferência à vácuo ou com a boca bem fechada. Nestas condições a própolis verde permanece em
condições de conservação por anos. Assim que o apicultor chegar do apiário com a própolis recémcolhida, esta deve ficar 24 horas em ambiente arejado para a perda do excesso de umidade, somente após
deverá ser ensacada e refrigerada.
O mercado:
O mercado de própolis vem evoluindo progressivamente nos últimos anos. A produção de própolis no
Brasil atingiu ápice em 2004 com mais de 250 ton produzidas em todo Brasil, levando a uma super oferta
do produto frente a procura de mercado. Nos anos posteriores, 2005 e 2006, a queda no preço da própolis
associado a queda do preço do dólar levaram as menores cotações do produto em reais e em dólar de
todos os tempos. O mercado japonês reduziu seu ritmo de crescimento para a própolis. Ainda é o maior
destino da própolis brasileira, é o maior consumidor, é o país que mais usa própolis no dia a dia como
alimento funcional, mas sua participação no mercado vem diminuindo ano a ano pelo incremento de
outros países na aquisição da própolis brasileira e por uma menor procura pelos consumidores japoneses
pelo produto, embora o mercado ainda acuse crescimento pela procura.
O mercado interno para a própolis brasileira, voltado ao consumidor final é o que mais cresce em todo
mundo. Com os recentes ensaios clínicos com pacientes na área odontológica promovida pela equipe do
prof Wagner dos Santos (UFMG/MG), a procura por produtos de qualidade por profissionais de área
médica cresceu substancialmente determinando um novo padrão de comportamento de consumo da
própolis brasileira em nosso país. Este comportamento não é mais pautado pela simples apresentação do
produto na forma de extrato simples colocados na prateleira visando atingir o consumidor comum, mas
pautado sim pela garantia da atividade biológica respaldada pelo ensaio clínico atingindo este mesmo
consumidor comum via profissional da área da saúde. Esse mercado voltado a área de profissionais da
saúde tem apontado um valor significativamente expressivo no que tange ao valor agregado dos produtos
finais elaborados, com acréscimo de até 1000% de lucros brutos em relação aos produtos
tradicionalmente elaborados no mercado constituindo assim tendência real de crescimento de venda de
produtos elaborados com própolis para a área de profissionais da saúde sempre com respaldo técnicocientífico validando os produtos.
Outro interessante ponto a ser destacado é a validação destes produtos junto a área dos profissionais da
saúde respaldados sempre por programas de segurança alimentar (HACCP-RASSAP) que ofereçam 100%
de garantia de uso do produto sem risco iminente de contaminação ou morte de quem faça uso do mesmo.
Observa-se que profissionais de área da saúde não adquirem produtos a base de própolis sem garantias
mínimas certificadas de qualidade total de processamento, segurança alimentar e respaldo científico do
uso do produto.
Recuperação de preço:
Em 2007 observa-se uma queda na oferta e um aumento na demanda levando a uma recuperação do
preço do produto em dólar: US$ 20,00 o quilo em 2005 – US$ 50,00 em 2007. Espera-se para a safra
2007/2008 de própolis verde a manutenção deste preço em dólar. Vale salientar que o atual preço do
dólar, aproximadamente R$ 1,82 é, atualmente, o exclusivo fator que não colabora para uma melhor
remuneração do produto ao apicultor. Dessa maneira, a lucratividade para o produtor, o aumento da
produtividade em colméias, a implementação dos sistemas de programas de segurança alimentar
(HACCP-RASSAP) e a própria recuperação do preço do dólar no mercado, política essa atrelada ao
Ministério da Fazenda e ao Banco Central do Brasil, são fatores não dependentes de ações de políticas do
segmento apícola brasileiro.
Própolis vermelha de Dalbergia
Recentemente, Pacheco e colaboradores descobriram e confirmaram que a origem botânica da própolis
vermelha é a Dalbergia ecasthophilum ou Rabo de Bugio, como é popularmente conhecida no nordeste.
A esse tipo de própolis são atribuídos elevadas atividades biológicas, confirmadas in-vitro e que tem
despertado na comunidade científica interesse pelo aprofundamento das pesquisas in vivo com cobaias.
O preço pago por algumas empresas de apicultura chega a US$ 170,00 por quilo da própolis vermelha.
Longe desse valor, representar ou expressar o real valor do produto perante o mercado, vale salientar que
a produção ainda é pequena e quase insignificante quando comparado à própolis verde de alecrim do
campo. Assim o preço do produto, devido a quase ausência de produção em maior escala, eleva
conseqüentemente seu preço. Não se sabe ao certo como se comportará o mercado se a produção dobrar
ou quadruplicar, se o preço da própolis vermelha, se manteria nos preços atuais ou cairia diante da oferta
imediata.
Fatores contribuem para que a produção de própolis vermelha não cresça como a concorrência para a
produção de pólen, cujo a produção de amos os produtos ocorre na mesma faixa geográfica com ganhos
substanciais ao produtor no que tange aos custos operacionais de produção de pólen e própolis,
amplamente favoráveis a produção de pólen e a própria existência, ainda, de grandes faixas de florestas
de mata atlântica situadas no litoral brasileiro reduzindo o interesse das abelhas pelo rabo de bugio. É
comum observar-se uma inconstância no processo produtivo, com variação do vermelho ao marrom em
questão de dias e novamente do marrom ao vermelho e ainda com maior parte das colônias produzindo
outras variedades de própolis que não a vermelha, dado exatamente a concorrência exercida por outras
variedades de plantas reduzindo o interesse das abelhas pelo rabo de bugio.
Todos esses fatores, de mercado a processos produtivos ainda se apresentam obscuros ao produtor,
exatamente pela ausência de transparência no que tange ao futuro do processo produtivo deste tipo de
própolis. A evolução do mercado produtor de própolis vermelha passa pelo incremento técnico científico
de pesquisas in-vivo com cobaias que possam alicerçar o setor produtivo, abrindo, consequentemente
novos mercados e gerando a demanda necessária junto ao setor produtivo.
Conclusão:
Própolis é um importante produto produzido pelas abelhas a partir de plantas específicas da flora
brasileira com elevadas atividades biológicas terapêuticas e preventivas. É produzida em grande
quantidade na região Sudeste a do tipo verde de Baccharis dracunculifolia e mais recentemente no litoral
do nordeste a de Dalbergia ecasthophilum. O mercado vem crescendo sob bases alicerçadas após a
euforia da produção nos anos de 2002-2004 derivadas da forte demanda pelo produto e pela elevada
cotação do dólar que geraram fortes distorções no mercado e o enxugamento do número de produtores.
O mercado consumidor que mais cresce é o voltado aos profissionais da área da saúde, desde que o
processo produtivo esteja pactuado em programas de segurança alimentar HACCP-RASSAP e
referendado por ensaios clínicos com pacientes.
A própolis vermelha ainda representa uma promessa em termos de futuro de mercado faltando pesquisas
in-vivo com cobaias com este tipo de própolis e o aperfeiçoamento de metodologias de produção que
possam elevar a produtividade nas colônias.
Referências:
PARK, Y. K.; IKEGAKI, M.; ALENCAR, S. M. Classificação das própolis brasileira a partir de suas
características físico-químicas e propriedades biológicas. Universidade Estadual de Campinas –
UNICAMP,
Faculdade
de
Engenharia
de
Alimentos.
Disponível
em:
http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/58/artigo.htm
SILVA, B. B.; ROSALEN, P. L.; CURY, J. A.; IKEGAKI M.; SOUZA, V. C.; ESTEVES, A.;
ALENCAR, S. M. Chemical composition and biological activity of a new type of brazilian propolis:
red propolis. ECAM Advance Access published on July 7, 2007, DOI 10.1093/ecam/nem059.
Disponível em: http://ecam.oxfordjournals.org/cgi/citmgr?gca=ecam
DAUGSCH, A.; MORAES, C.S.; FORT, P.; PACHECO, E.; LIMA, I.B.; ABREU, J.A.; PARK, Y.K.
Própolis vermelha e sua origem botânica. Disponível em:
http://www.pharmanectar.com.br/propolisvermelha.html
MALCOLM T. SANFORD. Apicultura no Brasil: um gigante adormecido desperta. parte
I."Contribuição de Tiago M. Francoy e Lionel S.Gonçalves (FFCLRP-USP-Ribeirão Preto-SP). Tradução
do original publicado em "American Bee Journal (2004), 144:696-698. Disponível em:
http://apis.shorturl.com
ALENCAR, S. M.; PARK, Y. K. Estudo fitoquímico da origem botânica da própolis e avaliação da
composição química de mel de Apis mellifera africanizada de diferentes regiões do Brasil. Tese
apresentada à Faculdade de Engenharia de Alimentos da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas – São Paulo 2002
NASCIMENTO JUNIOR, A. V. Material Didático do Curso de Produção de Própolis Verde Tipo
Exportação da Cia Da Abelha/MG. Contagem, 2002.
FEBAMEL – Apresentação
Pedro Constam
A FEBAMEL – Federação Baiana de Apicultura e Meliponicultura foi fundada no dia 17 de
agosto de 2007, em Porto Seguro, durante o IV Congresso Baiano de Apicultura. Um Workshop realizado
pela CBA, nas pessoas do Secretário para Assuntos associativistas, Prof.Silvio Lengler, e do Presidente,
José Cunha, discutiu a pouca ação e representatividade da FAABA – Federação das Associações de
Apicultores do Estado da Bahia, cujos Diretores participaram do debate.
A plenária, composta por mais de 50 Entidades de todas as Regiões do Estado, após uma hora de
discussão, votou com 45 votos a favor, 03 votos contrários e 07 abstenções pela Fundação da nova
Federação FEBAMEL.
Em seguida foi discutido e aprovado o Estatuto da FEBAMEL. Os objetivos principais da
Entidade são:
a) Estimular, tanto a produção com qualidade, quanto o consumo dos produtos oriundos das
abelhas Apis Mellíferas e dos Meliponídeos, através de exposições feiras, encontros e meios de
comunicação;
b) Representar, coordenar, orientar, defender em todos os níveis e perante os poderes constituídos,
os interesses das entidades de apicultura e meliponicultura filiadas e associadas existentes no estado
da Bahia;
c) Articular com entidades apícolas de outros estados, para promover, pela absorção de técnicas
modernas, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da apicultura baiana;
d) Cooperar com entidades federais, estaduais, e municipais, públicas ou privadas, como órgão
técnico, colaborando na organização das programações especificas e na instituição de diretrizes,
procurando a solução de problemas que obstaculizem o pleno desenvolvimento da apicultura e da
meliponicultura;
e) Proporcionar com os meios ao seu alcance, a plena valorização das atividades específicas, quer
através da divulgação de métodos técnicos de comprovada eficácia para melhoria da produtividade
apícola, como pela concessão de incentivos para a concretização de estudos inerentes, mediante o
engajamento de instituições nacionais de investigação cientifica;
f)
Estimular e organizar a atividade apícola através de palestras, reuniões, conferências, cursos e
congressos;
g) Promover e participar de exposições e eventos que visem difundir a apicultura e meliponicultura
e seus produtos, concedendo certificados, medalhas e/ou troféus;
h) Promover medidas de defesa para, em conjunto com as entidades filiadas associadas, evitar a
propagação de moléstias parasitárias, doenças infecto-contagiosas e pragas que possam causar
mortandade ou afetar as abelhas;
i)
Atuar como fiel através da Câmara Técnica da Apicultura do Estado da Bahia no sentido de
possibilitar o desenvolvimento da apicultura e meliponicultura sustentável;
j)
Organizar e aplicar instrumentos certificadores de qualidade dos produtos, insumos e
equipamentos apícolas;
k) Criar clima propício à cooperação e à troca de idéias e informações, visando conseguir ação
conjunta das organizações voltadas para a Apicultura e Meliponicultura nos estudos e defesa de seus
problemas peculiares, difundindo suas soluções às entidades associadas;
l)
Promover ações articuladas entre os diferentes elos da cadeia produtiva da apicultura e
meliponicultura;
m) Desenvolver estudos, pesquisas, e tecnologias alternativas de produção apícola, bem como
divulgar informações, conhecimentos técnicos e científicos que contribuam para o desenvolvimento
sustentável.
n) Promover e estimular a capacitação profissional para a apicultura e meliponicultura racional e
sustentável podendo, para tanto, formar parcerias com outras entidades e instituições;
o) Participar como membro de qualquer órgão colegiado, público ou privado, para o qual venha a
ser convidada ou designada representando a Apicultura;
p) Realizar esforços no sentido de regular as atividades envolvidas na cadeia apícola;
q) Promover iniciativas de defesa, preservação e conservação do meio ambiente que busquem o
desenvolvimento sustentável por meio da apicultura racional;
r) Manter intercâmbio com entidades apícolas do Brasil e do Exterior;
s) Prestar outros serviços e tomar iniciativa além das aqui mencionadas, úteis ao desenvolvimento
da Apicultura e Meliponicultura;
t)
Realizar bienalmente com outras entidades o Congresso Baiano de Apicultura.
u) Aplicar, cumprir, e fazer cumprir, através de cooperação as determinações e diretrizes
emanadas da Confederação Brasileira de Apicultura e demais órgãos oficiais dirigentes da política
apícola brasileira.
Foi definido que podem fazer parte com direito a voto Associações e Cooperativas apícolas e
meliponícolas. Exige-se para a efetiva filiação cópia das atas de fundação e última eleição de Diretoria,
do CNPJ e do Estatuto social, bem como Xerox de RG e CPF do Representante, legitimado pelo cargo
que ocupa na sua entidade ou indicado pela Diretoria.
Discutimos, elegemos e empossamos a primeira Diretoria, para o Biênio 2007/08, cuja
composição ficou assim:
Diretoria Executiva:
Presidente:
Pedro Constam
Vice-Presidente:
Jorge Britto
Diretor Administrativo:
José Danilo Bitencourt de Santana
Diretor Financeiro:
Diretor de Comunicação:
Sérgio Ricardo Bremer de Oliveira
Idalício Martins Viana
Diretor de Meliponicultura:
Alberto Gilson Barbosa Oliveira
Diretor de Apicultura:
Dir.Assuntos Mercadológicos:
Etelvina Conceição Almeida da Silva
Luiz Jordans Ramalho Alves
Dir.Desenvolvimento sustent.:
Artur Lúcio Mergulhão Neto
Conselho Consultivo:
Péricles Antonio Oliveira Matos
Pedro Luis Alves da Silva
Fernando Antonio dos Santos
David Gonçalves de Souza
Osmar Mutti Leite de Almeida Junior
Geraldo José Murta
José Carlos Santos da Fonseca
Reginaldo Sobrinho Nascimento
Roque Borges do Nascimento
Basílio Gomes de Araújo Junior
Conselho Fiscal (Efetivo):
Germino Barbosa Filho
Elinaldo Santiago Santos
Aprígio Rocha dos Santos
Conselho Fiscal (Suplente):
José Ferreira Varjão
José Venâncio da Silva
Wilton Gonçalves dos Santos
A Assembléia, em caráter extra-ordinário, definiu a Anuidade da FEBAMEL para R$ 100,00 por
Entidade associada, e decidiu ainda, caso a situação jurídica assim determinar, arcar com todas as
responsabilidades decorrentes de uma eventual liquidação da antiga FAABA.
Ao total, 35 Entidades participaram da Reunião de Fundação da FEBAMEL:
1
Araci
COOAMEL
2
Banzaê
APAB
3
Biritinga
AMBIR
4
Camamu
APIME
5 Campo Alegre de Lourdes
COAPICAL
6
Canavieiras
ACAP
7
Condeúba
APIC
8
Eunápolis
ASOAPE
9
Guaratinga
ASAPMAG
10
Heliópolis
APIHPOLIS
11
Heliópolis
COMFUTURO
12
Itabela
APISBELA
13
Itanhem
AAMI
14
Ituaçu
AAEMI
15
Jeremoabo
AAMJ
16
Juazeiro / Jaguarari
COOPASM
17
COPMRRG
18
Licínio de Almeida
Monte Santo
AMAMOS
19
Mucuri
APICOM
20
Mucuri
COOPAMEL
21
Nova Ibiá
AANIB
22
Nova Souré
APINS
23
Nova Viçosa
APISNOVA
24
Palmeiras
FLOR NATIVA
25
Paulo Afonso
AAPA
26
Pindaí
ACRIAL
27
Potiraguá
APIS-APIL
28
Quijingue
AAFS
29
Ribeira do Amparo
APIRA
30
Ribeira do Pombal
AASCOMP
31
Ribeira do Pombal
COOARP
32
Ribeira do Pombal
CECOAP
33
Sento Sé
AAPS-SE
34
Teixeira de Freitas
APIEXSU
35
Vitória da Conquista
APIS
No dia 28 de setembro de 2008, na SEAGRI em Salvador, foi realizada a primeira Reunião de
Diretoria, na qual expomos e discutimos as idéias em torno das Estratégias de atuação da FEBAMEL.
Priorizamos a participação em todos os eventos apícolas e meliponícolas no Estado, bem como nas
principais Exposições agropecuárias. Continuaremos fazendo campanha para mais Entidades se filiaram a
FEBAMEL, pois uma colméia populosa produz proporcionalmente muito mais do que um Enxame fraco.
A capitalização da nova Federação pelas próprias Entidades é muito importante para a Entidade começar
a trabalhar, podendo desta forma efetuar pequenas despesas com autonomia. Ficou definido também a
elaboração de um Projeto maior, que visa complementar os Projetos em desenvolvimento no Estado, e
para cuja realização captaremos recursos a diversas instituições.
Através da participação nos Seminários regionais propostos pela SEAGRI para o ano de 2008,
conseguiremos cobrir boa parte do Estado e chegar junto às Entidades que encontram dificuldades para
participar das Reuniões da FEBAMEL em Salvador. Estas, por sua vez, acontecerão geralmente no
mesmo dia da reunião da Câmara Técnica de Apicultura – CTA, visando uma economia de viagem dos
Conselheiros, e o fortalecimento da CTA com a maior presença dos Produtores. Os primeiros momentos
de Divulgação, onde a Federação marcará presença com Stand, serão no IV Seminário de Própolis e
Pólen, em Ilhéus, e na FENAGRO, em Salvador (24/11-02/12/2007). Haverá Reuniões abertas da
Diretoria no dia 25/10/2007, durante o Seminário, e no dia 07/12/2007, na tarde da reunião da CTA, na
SEAGRI em Salvador.
RESUMO DE MINI-CURSOS
Cera de Abelha do Gênero Apis: Beneficiamento e Processamento
Ediney de Oliveira Magalhães.1 ; Ivana Leite Borges2, Danilo Viana Magalhaes3
1- Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e
Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod.
Ilhéus/Itabuna km 22, Caixa Postal 07 – Itabuna, Bahia. Tel: (73) 3214-3250 E-mail:
[email protected] ; 2 – Graduando da Faculdades Reunidas de Uberaba. MG; 3 - Graduanda
da Universidade Estadual de Santa Cruz. BA e Bolsistas do CIEE.
Resumo
A cera e abelha é um produto fisiológico produzido dentro da colméia pelas abelhas cerígenas (abelhas
operarias que tem de 12 a 18 dias de existência), para a sua elaboração as abelhas engolem e digerem o
mel; transformam o alimento em gordura e, em 24 horas, já estarão fornecendo cera. Existe varias formas
de extrai e beneficiar a cera das abelhas do gênero Apis. A cera proveniente dos opérculos é a que oferece
a melhor qualidade e o menor índice de impurezas. Existem varias formas da cera de abelha ser
beneficiada: através de derretedor Solar, derretedor por fervura, derretedor por fervura e filtragem por
peneiras, derretedor por vapor, Prensa. Na conservação e armazenamento deve-se ter cuidado na
conservação da cera evitando que mariposas como a Galleria mellonella e Achroia grisella popularmente
conhecida como traça que penetrem na cera e a utilizem como alimento.
Palavras-Chave: cera de abelha, apis mellifera, derretedor de cera, beneficiamento de cera.
História e Origem
Na idade média usavam tabletes de madeira
recobertos com uma leve camada de cera, onde
escreviam com estiletes. Os Egípcios conservavam
o corpo de pessoas ilustres depois de falecidos,
tirando as víceras introduzindo em seu lugar uma
massa contendo própolis e cera, posteriormente
colocavam em seu corpo pano impedindo o contato
com o ar, criando a múmia, dessa forma mantinham
2 – Derretedor por fervura:- Coloca-se favos de
cera dentro de um saco de aniagem com um peso
para que o mesmo fique submerso dentro de um
recipiente com água. A água fervendo fará com
que a cera se desprenda das impurezas e passe a
boiar. Infelizmente a
perda é ainda considerável visto que muita cera
não se desprende das impurezas.
3 – Derretedor por fervura e filtragem por
peneiras:- Método muito trabalhoso, porém com
o corpo intacto. A palavra Múmia, não é
precisamente de origem Egípcia e sim da palavra
“moum” de origem persa que significa cera. Entre
os Romanos fazia-se o uso da cera para modelar o
perfil humano. Praticamente todos os povos da
Antigüidade usavam cera nas cerimônias religiosas.
No mundo moderno a cera continua a ter uma
aplicação muito diversificada, justamente porque
ainda não foi descoberto um outro material que
apresente as propriedades emoluentes, amaciantes,
moldantes, e impermeabilizantes que a cera de
abelha contém.
O Regulamento Técnico, do Ministério da
Agricultura, que fixa a identidade e qualidade de
cera de abelhas defina a mesma como um produto
de consistência plástica, de cor amarelada, muito
fusível, secretado pelas abelhas para formação dos
favos nas colméias.
A cera é uma mistura de Ésteres de Ácidos
Orgânicos, Ácidos Cêricos Livres, Hidrocarbonetos,
Álcoois Livres, Minerais, Água e outros
componentes orgânicos. A grande particularidade
da cera de abelha é que apesar da complexidade de
sua composição as suas características físicas são
estáveis, possibilitando a fácil detecção de algumas
fraudes ( na amostra analisada), assim como a
identificação da sua origem geográfica. A cor da
cera pode variar formando várias tonalidades, do
amarelo, alaranjado, castanho, esverdeado, cinza,
etc. O seu aroma é floral sendo influenciado pela
florada que a origina.
A cera e abelha é um produto fisiológico produzido
dentro da colméia pelas abelhas cerígenas (abelhas
operarias que tem de 12 a 18 dias de existência),
para a sua elaboração as abelhas engolem e digerem
o mel; transformam o alimento em gordura e, em 24
horas, já estarão fornecendo cera. Para que se
realize essa função orgânica é preciso que as
cerígenas tenham enchido o papo de mel e pólen e
que disponham de número suficiente de abelhas,
para assegura o calor necessário.
resultado satisfatório. Derretem-se os favos com
água. Após iniciar o processo de fervura, transferir
a cera para um outro recipiente com água fria
passando por uma peneira com malha 2 a 3 mm.
Pode-se prensar o bagaço na peneira ou mesmo
jogar água quente para o melhor aproveitamento
da cera. Após esse processo leva-se novamente a
cera com água ao fogo e assim que diluir deixar
esfriar naturalmente.
Nas duas formas de derreter a cera por fervura,
quando esfriar poderá apresentar um teor de sujeira
grande, caberá ao operador refazer novamente o
processo raspando o excesso.
4 – Derretedor por vapor:- O sistema tem uma
atuação mais rápida. Tanto a cera de opérculo
como os favos velhos são introduzidos em um
recipiente colocado em cima de uma caldeira cujo
vapor atravessa. O aquecimento da cera é rápido e
ela se desliza para um compartimento externo que
recebe o material. É aconselhável dentro do
dispositivo que receberá a cera colocar uma
peneira com malha de 2 a 3 mm, evitando dessa
forma que o bagaço saia junto com a cera. Modelo
abaixo.
Quando as abelhas se entrelaçam, agarradas umas às
outras pelas patas, formando colares e bolos cada
vez mais compactos e é uma forma de provocar
calor necessário à confecção da cera.
5 – Prensa:- A cera também pode ser obtida pela
prensagem dos favos, após o aquecimento com
água joga-se na prensa, que por um processo
manual ou hidráulico a cera e água separam-se do
bagaço prensado no sistema. A recuperação dos
favos velhos é melhor nesse sistema.
A uma temperatura de 33 a 350C o fenômeno se
processa normalmente, onde os hidratos de carbono
se transformam em éteres complexos, em ácidos
gordurosos e hidrocarburetos saturados, desta forma
Conservação e Armazenamento: Deve-se ter
cuidado na conservação da cera evitando que
o mel, alimento principal das abelhas, se transforma
assim em material de construção.
A secreção da cera é feita por quatro pares de
glândulas cerígenas, localizadas nos segmentos
ventrais do abdômen, pela parte de baixo. È
segregada em forma de líquido, aflorando nos
tergitos do abdômen, onde se acumula e se
solidifica em pequeninas escamas transparentes ou
placa branco-marfim. Estas são retiradas
pela própria abelha cerígenas por meio das garras e
esporões das patas intermediaria e levadas à boca,
onde são amassadas pelas mandíbulas rasas em
conjunto com as patas dianteiras. A ciência já
demonstrou que a produção de um 1 (um) quilo de
cera corresponde a 6 ou 7 kg de ingestão de mel,
onde é possível o apicultor analisar as vantagens ou
não da produção de cera.
Extração e Beneficiamento da Cera
O apicultor pode aproveita a cera de opérculo, de
raspa das tampas e quadros e de favos velhos.
A cera de opérculo é a que oferece a melhor
qualidade e o menor índice de impurezas. A cera de
favos velhos é a que oferece o maior trabalho para
beneficiá-la, isto porque a quantidade de impurezas
é muito grande. Os favos se tornam escuros por
causa da saliva das abelhas, da própolis e de
fragmentos deixados pelas crias por ocasião das
mudas da pele, dejeções das crias e emanações do
corpo das abelhas adultas. Um favo novo após a 1ª
cria aumenta 25% o peso. Após a 5ª cria o peso
dobra, na 15º cria o peso triplica e após a 30º cria o
peso aumenta 4 vezes. O melhor aproveitamento se
dá entre os 15 a 18 meses de uso.
Existem varias formas da cera de abelha ser
beneficiada, citaremos as mais comuns, que são:
mariposas como a Galleria mellonella e Achroia
grisella popularmente conhecida como traça que
penetrem na cera e a utilizem como alimento. Para
evitar existem alguns produtos como enxofre,
naftalina e outros, porem podem ser tóxicos e
prejudicar o produto. O ideal é manter a cera bruta
armazenada em lugar arejado com pouca
luminosidade e em sacos plásticos (de primeiro
uso) fazendo observações periódicas. Se encontrar
algum vestígio eliminar através de raspa ou
derrete-la novamente. A conservação dos favos
velhos deve ser feita acondicionando-os em
tambor que possam ser bem fechados. Essa guarda
é feita em camadas, que após ser depositada devese acender um fogareiro a álcool e fechar o
tambor. Dentro de alguns minutos o fogo se apaga
uma vez que consumiu todo oxigênio existente
formando o gás carbônico CO2, que elimina os
insetos contidos na cera sem prejudica-la. A cera
alveolada se guardada por muito tempo ou mesmo
em uma temperatura mais baixa, pode-se tornar
quebradiça. Para voltar ao estado natural deve-se
deixa-la ao sol por um período de 10 minutos,
tornando-se novamente maleável.
Falsificações: A falsificação da cera se dá com a
adição de parafina, sebo, farinha de milho, breu,
cera vegetal (carnaúba) etc.. Essa falsificação na
maioria das vezes só é perceptível em analises
laboratoriais, a qual tem um grau de dificuldade
em detectar porque normalmente as análises são
feitas por amostragem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Weise. H. Nova Apicultura – Livraria Editora
Agropecuária Ltda
Couto, R. H. N. e Couto L. C. Apicultura –
Manejos e Produtos – Funep
1 – Derretedor Solar:- Trata-se de uma caixa de
madeira, pintada internamente em preto para
absorver o calor. É coberta com uma tampa com
dois vidros planos e paralelos, distantes um do outro
1 cm. Internamente deve possuir um recipiente onde
se coloca a cera e outro mais abaixo para receber a
cera derretida. Seu posicionamento é com vidros de
frente para o sol e com pequena declividade de l5 a
Zovaro, Radamés. Cera :- Seu Beneficiamento e
Utilização. Anais do XIII Congresso Brasileiro de
Apicultura de 14 a 17/11/2000 – Florianópolis –
SC
Magalhães, E. O. Manual e Apicultura – Modulo
I. CD p/ ADRs/Ba. 2004.
20% para que a cera derretida possa escoar. Para
favos velhos a perda de cera é muito grande, visto
que haverá necessidade de mais calor para derretêlos. È mais indicado para cera proveniente de
opérculo.
Curso de Apiterapia com Apitoxina
APICUPUNTURA: UM TRATAMENTO NATURAL PARA A DOR
APITERAPEUTA:
EDIVALDO FERREIRA PACHECO FILHO
CRT nº 033 - SINTE/PB – CRT nº 42688
Delagado Regional da Sociedade Brasileira de Apiterapia – Secção Paraíba
ONG de Apoio e pesquisa: APIÁRIO EDIMEL – Apicultura e Apiterapia
83 32451964 / 99825976
[email protected]
APITERAPIA
Api = abelha do gênero apis + terapia = tratamento
Apiterapia é um método de tratamento alternativo que usa as abelhas e seus produtos (mel, própolis,
pólen, cera, geléia real, larva de zangão e o veneno), para fins terapêutico e estético.
A MISTERIOSA MEDICINA "strange and mysterious medicine"
Hippocrates (460-377 AC)
“A diferença entre veneno e medicamento está na dose”. (Paracelso)
APICUPUNTURA:
É A CONCILIAÇÃO ENTRE APITERAPIA COM AS TÉCNICAS DA ACUPUNTURA.
OBSERVADA A INDEPENDÊNCIA COM ESTA ÚLTIMA, PORQUE SE PRIORIZA O LOCAL DA
DOR PARA O TRATAMENTO.
VENENO DA ABELHA
- Líquido transparente, com cheiro acentuado de mel e de sabor amargo.
- Cada ferroada: ca. 1 mg (1ul)
- Água: 85 – 91%
- Componentes ativos:
- Abelhas européias: 0,15 mg
- Abelhas africanas: 0,09 mg
DOSE LETAL (LD50)
- Homem com 70 kg de peso:
- Abelhas africanas: 200 mg
200 a 300 picadas simultâneas
DOSE TERAPÊUTICA
1 g de veneno seco:
- Requer o veneno de cerca de 10 mil abelhas;
- É suficiente para tratar cerca de 800 pacientes de artrite.
Dosagem terapêutica:
- Equivale ao veneno de 12 abelhas (12 mg, base úmida: ca. 1,2 mg base seca).
ANÁLISE QUÍMICA DO VENENO
-
Água;
Histamina (melitina), que é uma proteína relativamente simples;
Lisolecitina;
Apamina;
Adolapina; e
Duas enzimas (fosfolipasa A2 y hialuronidase).
Contém também:
-Ácido fórmico;
-Ácido clorídrico;
-Oligoelementos como: ferro, yodo, potássio, enxofre, cloro, cálcio, magnésio, manganês, cobre e zinco; e
-Substâncias nitrogenadas, na forma de ácidos voláteis.
AÇÕES TERAPÊUTICAS
Resultante da soma de propriedades e das frações que a compoem, e mais pela interação de todas elas
juntas, e do equilíbrio biomolecular que existe entre todos seus componentes.
ANALGÉSICA;
ANTINFLAMATÓRIA;
VASOMOTORA;
ANTI ANÊMICO;
HIPOTENSORA;
FIBRINOLÍTICA;
ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO;
ANTIBIÓTICA, ANTIVIRAL E ANTIMICÓTICA;
ANTITUMORAL.
AÇÕES ANALGÉSICAS
Equivalente a 80 vezes o poder do Ópio e da Morfina.
A substância Adolapina é a responsável pela ação analgésica da Apitoxina.
Sua ação se deve pela inibição da biosíntese das prostaglandinas e pela liberação de endorfinas
produzidas por essa fração.
AÇÕES ANTINFLAMATÓRIAS
A apitoxina estimula as glândulas hipofisis e suprarrenais para elevar a produção de cortisol
endógeno (do próprio organismo).
Esta ação antinflamatória natural evita os problemas colaterais dos corticóides medicamentosos,
tais como: disfunção glandular, úlcera, hepatitis, focos de acumulação de gorduras, inchaços, entre
outras.
AÇÃO VASOMOTORA
O veneno atua com seus componentes químicos biologicamente ativos, como a melitina, nas paredes dos
vasos arteriais e as substâncias que eliminam os tecidos como a Histamina, melhorando a microcirculação dos capilares e a circulação sanguínea em geral nos tratamentos com Apitoxina.
EFEITOS RÁPIDOS PARA DOR
-Inflamações de origem traumática: Hematomas, contusões, edemas, tendinitis, contraturas musculares,
distensões de ligamentos, espasmos musculares, lesões desportivas em geral.
-Afecções reumáticas: Artritis, osteoartritis, artritis reumatoide, artrosis, espondiloartritis deformante,
dores cervicais e lombares.
-Afecções de tipo viral: Herpes Zoster, alivia eficazmente a dor.
-Afecções do sistema nervoso periférico: Inflamações do nervo ciático, facial, neuralgias intercostais,
neuralgias.
-Tratamento de celulitis: Atua através da hialuronidase, hidrolizando os polímeros do ácido hialurónico,
promovendo uma diminuição da viscosidade do líquido intracelular.
-Ativa a circulação local: Possibilitando a dissolução dos nódulos gordurosos. Varizes: Alivia a dor.
Verrugas, calos.
E em todos aqueles quadros que se necessite de analgesia antinflamatória sem compromisso do sistema
imune por tratar-se de um producto 100% natural.
MAS NEM TUDO SÃO FLORES...
CONTRA-INDICAÇÕES I
DOENÇAS AGUDAS INSTÁVEIS
Insuficiências:
-Cardíaca / Renal / Pulmonar
-Doenças Endócrinas:
-Hypo Adrenais / Hyper Tiroidiais
-Doenças Psiquiátricas
-Infecções agudas locais sistêmicas
CONTRA-INDICAÇÕES II
DOENÇAS CRÔNICAS
Diabetes (insulino dependente)
Depressões graves
Tendências suicidas
Cirrose hepática
Ansiedade
(Uso de B-bloqueadores)
CIRCUSNTÂNCIAS QUE PODEM CAUSAR REAÇÕES ADVERSAS
Pessoas de face e olhos avermelhados
Pessoas que não gostam de massagem
Pessoas excitadas e impulsivas
Febre
Pessoas que sentem ódio
Constipação agravada
Pessoas com sudorese
Distúrbios urinários
Pessoas com dores abdominais à tarde
Distúrbios degustativos
ALERGIA A APITOXINA I
Para comprovar a reação anafilática aplicamos apitoxina intra-dermicamente, através do ferrão,
no antebraço, com 4 a 5 beliscadas. Aguardamos por 20 minutos a ocorrência.
Se não houver reação alérgica, pode realizar o tratamento em seguida, dependendo da anaminese,
ou em 24 horas.
De 0,4 a 2% dos pacientes sofrem uma elavada sensibilidade ao veneno.
ALERGIA A APITOXINA II
Ainda que ocorra muito raramente, se conhecem três efeitos nocivos graves das picadas de abelhas.
1 Neurotóxico (paralisia do sistema nervoso).
2 Hemorrágico (aumento da permeabilidade vascular dos capilares sanguíneos)
3 Hemolítico (destruição dos glóbulos vermelhos)
PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO
Uma vez que você se certificou de não ser alérgico à apitoxina, sem nenhum efeito colateral adverso...
Não importa o tempo que tenha usado...
É sempre segura, efetiva e custa pouco...
Se pode aplicar uma dose terapêutica todos os dias.
NOTA
Os efeitos da Apitoxina eram plenamente conhecidos na antiguidade. A literatura fala que Carlos
Magno a utilizava para aliviar seus ataques de gota, e Hipócrates tratava com ela seu reumatismo
deformante.
BIBLIOGRAFIA
-
3ª Conferência Internacional de Propoterapia e Apicupuntura da Pharma Néctar (2005);
Conferência Propoterapia - Abardagem Contemporânea de uma Ciência Médica Ansestral
(Protocolos de Propoterapia e Apicupuntura) – Pharmanectar (2006);
AIC – Apitherapy Internet Curse – Dr Stefan Stangaciu (2006-2007);
Curso de Apiterapia – CPT (2007) – Cord. Carlos Eduardo Carvalho dos Santos - Apiterapeuta,
pela Comisión Apiterapía Apimondia, e Naturoterapeuta;
Apiterapia 101 para todos – Como usar los siete productos de la colmena para curar a uma
comunidad - Moisés Asís – 2007
Portal Periódicos – CAPES (www.periodicos.capes.gov.br - base de dados Ciências da
saúde/MEDLINE/PubMed (via BIREME);
Bee Venom Terapy (www.direct.ca/beevenom/);
Portal El Mojon Formosa (www.elmojonformosa.com.ar);
www.apitherapy.com
www.curandote.com
www.beesforlife.org
www.beevenom.com
Edivaldo Ferreira Pacheco Filho - EDIMEL
[email protected]
RESUMOS
TRABALHOS CIENTÍFICOS
PÓLEN
Teores de Sacarose em Amostras de Pólen Apícola Desidratado Originado de Coqueiro (Cocos nucifera
L.) Provenientes do Sul da Bahia
1
2
3
4
Borges, I. L., Magalhaes, E. O., Magalhães, D. V.; Almeida, C. P.
Introdução: O pólen apícola é o produto obtido da aglutinação de diferentes grãos de pólen colhidos
pelas abelhas e adição de suas secreções salivares e pequenas proporções de néctar, o que o torna
diferente daqueles colhidos diretamente das plantas (MUNITAEGUI et al, 1993 apud VILLANUEVA et al,
2002). Esse produto é utilizado na alimentação humana como um suplemento alimentar por conter
substâncias essenciais como carboidratos, proteínas, aminoácidos, lipídios, vitaminas, minerais e traços
de outras substâncias que podem compor a dieta da abelha mellífera, em função da vegetação presente
na região, já que sua composição química e bioquímica é determinada pela origem vegetal (ESCRIBANO
et al, 1999; KROYER e HEGEDUS, 2001). Sacarose é um dissacarídeo composto por uma molécula de
glicose e uma de frutose. Todas as plantas produzem sacarose pela fotossíntese, um processo natural
que transforma a luz do sol em energia vital. O Objetivo do trabalho foi conhecer os teres de sacaroses
em amostras de pólen apícola desidrata cuja oriegm botânica foi plantações de coqueiros. Metodologia:
As amostras foram obtidas in natura de produtores de Olivença (município de Ilhéus), Belmonte, Itacare,
Serra Grande (município de Uruçuca), Canavieiras e Itapetinga e levadas ao Centro Regional de
Apicultura da CEPLAC, localizado no Rod. Ilhéus/Itabuna km 22, Ilhéus, Bahia onde foram desidratadas
em estufa apropriada e em seguida feita à limpeza mecânica e manual. As analises foram feitas
utilizando cromatográfo em fase liquida (HPLC) com as seguintes condições cromatográficas: Coluna:
Organic acid analysis column - Aminex Ion Exclusion HPX-87H 300x7,8mm, Vazão : 0,7ml/min, Temp. :
o
25 C (ambiente), Detetor : IR, Sistema Isocrático. O volume injetado foi de 20 l (loop). O Preparo da
mistura padrão foi na concentração de 0,5 % p/p. Preparo da amostra – A amostra foi triturada no
mutiprocessador , pesou-se +/-5g desta em um béquer de 300 ml , adicionou-se a este 200ml de água
destilada. A mistura foi pesada e levada ao homogeneizador, em seguida centrifugada a 3500 RPM por
10 min. a 20°C. Foi retirada +/ - 4 ml do sobrenadante e colocada em 2 tubos de eppendorf de 2ml e
centrifugada novamente a 14000 RPM a 4°C por 10 min., filtrou-se com filtro apropriado de 0,45 m e
injeta-se 20
l deste no HPLC. Para calcular a concentração de sacarose utilizou-se a seguinte
formula:Conc.(%) =Conc.(%) x Fd onde Conc.(%) = concentração da amostra obtida na curva e Fd = fator
de diluição.Resultados: Foram encontrados os seguintes teores de sacares nas amostras analisadas:
pólen de Olivença - 41,50 mg/g., Belmonte – 37,78 mg/g., Itacaré – 51,03 mg/g., Serra Grande – 56,72
mg/g., Canavieiras – 44,64 mg/g., Itapitanga – 46,17 mg/g.. Considerações Finais: Apesar da origem
botânica das amostras do pólen analisadas serem da mesma vegetação (Cocos nucifera L. ) existe
diferença quantitativa em seus teores, sendo que o pólen originado do município de Belmonte e de
Serra Grande, apresentaram os menores e maiores concentrações de sacarose respectivamente.
1
Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz. BA e Bolsistas do CIEE. 2 Centro Regional de Apicultura do
Sul da Bahia/CEPLA/CEPEC; Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da
Agricultura e Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna
km 22, Caixa Postal 07 – Itabuna, Bahia. Tel: (73) 3214-3250 E-mail: [email protected] ; 3Graduando da
Faculdades Reunidas de Uberaba (FAZU). MG. 4 Graduanda em Biologia/UESC
Teores de Açúcares não Redutores em Amostras de Pólen Apícola no Sul da Bahia
1
Santos, N. M., 2Magalhaes, E. O. de., 3Souza, S. M. M. de, 4Almeida, C. P.
O pólen apícola é o produto obtido da aglutinação de diferentes grãos de pólen colhidos pelas
abelhas e adição de suas secreções salivares e pequenas proporções de néctar, o que o torna
diferente daqueles colhidos diretamente das plantas (MUNITAEGUI et al, 1993 apud
VILLANUEVA et al, 2002). Esse produto é utilizado na alimentação humana como um
suplemento alimentar por conter substâncias essenciais como carboidratos, proteínas,
aminoácidos, lipídios, vitaminas, minerais e traços de outras substâncias que podem compor a
dieta da abelha mellífera, em função da vegetação presente na região, já que sua composição
química e bioquímica é determinada pela origem vegetal (ESCRIBANO et al, 1999; KROYER e
HEGEDUS, 2001).Uma característica comum das regulamentações de alimentos em diversos
países, é a especificação de padrões que estabelecem valores mínimos e máximos de água,
açúcares redutores, sacarose, minerais e hidroximetilfurfural. O pólen para ser comercializado
no Brasil deve ter os seguintes requisitos físico-químicos: umidade máxima de 30% ( pólen in
natura); cinzas máximo de 4%; lipídeos, mínimo de 1,8%; proteínas, mínimo de 8%; açúcares
totais de 14,5% a 55,0%; fibra bruta, mínimo de 2% e pH de 4 a 6 (BRASIL, 2001). O objetivo
deste trabalho foi determinar os teores açúcares não redutores no pólen apícola produzido na
região Sul do estado da Bahia. As analises para verificação da quantidade de açúcares não
redutores foram realizadas entre 18 e 21 de setembro de 2007, no Centro Regional de
Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA – Seção de Tecnologia e
Engenharia Agrícola do CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na Rodovia
Ilhéus/Itabuna km 22. As amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados nos
municípios de Belmonte, Itacaré, Canavieiras, Ilhéus, distrito de Serra Grande (município de
Uruçuca) e Itapitanga, por volta das 17:00 h sendo acondicionadas em potes plásticos e
armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em seqüência, as amostras foram
desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e em seguida analisadas
conforme as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985 ). Foram analisadas amostras de
pólen nos municípios de Belmonte, Itacaré, Canavieiras, Ilhéus, distrito de Serra Grande
(município de Uruçuca) e Itapitanga. Foram obtidos os seguintes resultados:37,78g; 51,03g;
44,64g; 28,45g; 59,53g; 46,17g respectivamente. Pode-se concluir que pelos parâmetros
analisados, as amostras estavam de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação
vigente.
1
2
Graduanda do curso de Agronomia/UESC,
Engenheiro Agrônomo, Mestre em
Desenvolvimento
e
Gestão
Ambiental
–
Pesquisador
do
MAPA/CEPLAC
3
4
([email protected]); Quimica/MAPA/CEPLAC/CEPEC. Graduanda em Biologia/UESC
Análise físico-química de amostras de pólen seco de Apis mellifera L.
(Hymenoptera: Apidae) colhidas na região sul da Bahia.
Lavinsky, A. O.¹; Magalhães, E.2; Lavinsky, R. C. O.3; Lavinsky, M. O.4; Santos,
T. R.1. 1- Eng° Agrônoma, Discente do Programa de Pós Graduação em Produção
Vegetal da UESC ([email protected]; [email protected]); 2 – Eng°
Agrônomo, Setor de Apicultura da CEPLAC ([email protected]); 3 - Economista,
Técnica em Alimentos, Setor de Apicultura da CEPLAC ([email protected]); 4 –
Médica Veterinária, Discente do Programa de Pós Graduação em Ciência Animal da
UESC ([email protected]).
Embora o pólen apícola tenha seu uso recomendado como suplemento alimentar,
informações sobre a qualidade da composição físico-química e condições higiênicosanitárias das instalações para seu beneficiamento ainda são escassas. O pólen para ser
comercializado deve obedecer a Legislação vigente, sendo sua qualidade em função dos
requisitos sensoriais e físico-químicos. Dentre os requisitos físico-químicos: umidade
máxima de 30%; cinzas máximo de 4%; lipídeos, mínimo de 1,8%; e pH de 4 a 6
(BRASIL, 1997). O presente estudo teve como objetivo analisar os requisitos físicoquímicos de amostras de pólen seco de Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae)
colhidas na região sul da Bahia. Para tal, foram determinados o pH, umidade, cinzas e
lipídeos de seis amostras de pólen seco, seguindo as normas analíticas do Instituto
Adolf Lutz. Os resultados foram submetidos à Estatística Descritiva. Os valores médios
e de erro padrão para a umidade (12,52 ± 2,95), o pH (4,01 ± 0,15), as cinzas (2,76 ±
0,24) e os lipídeos (2,58 ± 0,51) estão em conformidade com o estabelecido na
Legislação vigente. Elevados valores de umidade indicariam a existência de falhas no
processo de desidratação e/ou armazenamento das amostras. O pólen apícola produzido
na região sul da Bahia pode ser utilizado como suplemento alimentar tendo em vista seu
alto teor de lipídeos, desde que as condições higiênico-sanitárias estejam adequadas.
Palavras-chave: Condições higiênico-sanitárias, qualidade, beneficiamento.
PRODUÇÃO DE PÓLEN APÍCOLA COM COLETOR NOS HORARIOS DE
DISPONIBILIDADE DE ALIMENTO NO PICO DA FLORADA DA BRACATINGA (Mimosa
scabrella)
J.Moura1, A. Pegoraro2, L.P.M.Pontara3. Estudante de graduação do curso de Medicina Veterinária da
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, PR. 2 Engenheiro Agrônomo, Doutor, Departamento de
Zootecnia, SCA - UFPR. 81531-990, Curitiba, PR.3 Zootecnista, Doutora, Departamento de Zootecnia,
UEM. 87020-900 Maringá. PR. email: [email protected]
O pólen apícola é o produto obtido da aglutinação de diferentes grãos de pólen colhidos pelas abelhas e
adição de suas secreções salivares e pequenas proporções de néctar, o que o torna diferente daqueles
colhidos diretamente das plantas. A atividade de forragear pólen é um dos comportamentos mais
importantes das colônias de Apis mellifera. No entanto, deficiências no estoque ocorrem devidas à
sazonalidade da oferta desse recurso alimentar A pesquisa foi realizada em um apiário localizado em
Lagoa dos Ferreira, a 30 Km da sede do Município de Mandirituba, situado na região sul do Brasil, no
primeiro planalto do Paraná, longitude 49º19'34” W, latitude 25º19'44”S e altitude em torno de 840 m. De
acordo com o sistema de classificação climática de Köeppen, a região pertence ao clima Cfb, subtropical
úmido, sem estação seca definida, com temperaturas médias do ano e dos meses mais frios e quentes,
respectivamente, de 20ºC, 13ºC e 23ºC e precipitação pluviométrica média anual de 1400 mm (IAPAR,
1994). O objetivo deste estudo foi observar o período do dia que ocorre esta coleta pelas abelhas Apis
mellifera L. associada á temperatura ambiente e umidade relativa no ar. Neste experimento foram
utilizadas 12 colônias de abelhas africanizadas pré-selecionadas, sendo que as rainhas possuíam a mesma
idade (nove meses) e foram renovadas pelo método de desenvolvimento natural de realeiras. Não foi
utilizada a alimentação artificial e os únicos alimentos fornecidos às colônias foram néctar e pólen,
principalmente oriundos da florada de Bracatinga (Mimosa scabrella Benth.). A coleta de pólen foi
realizada somente em dias ensolarados com coletor de pólen que substituiu o fundo da colméia Langstroth
e com tela, em uso não continuo durante nove dias no intervalo de 03 a 23 de agosto de 2005. No
momento que as operárias forrageiras iniciavam a coleta de pólen foi marcado o horário e os coletores
eram ativados. Quando a entrada de pólen nas colônias era finalizada os dados ambientais eram
mensurados e os coletores de pólen eram desativados e a produção de pólen quantificada em mL em cada
colônia. O experimento foi delineado em Blocos Inteiramente Casualizados e utilizado ANOVA. Para os
cálculos estatísticos da média, desvio padrão e a ANOVA foi utilizado o aplicativo Statgraphics. A
produção média de pólen observada nas colônias foi de 42,70 24,34 mL e a diferença de produção entre
as colônias é devido á aptidão das abelhas coletar pólen. Em dias ensolarados, os coletores de pólen foram
ativados das 09:46 ás 14:26, obtendo-se uma excelente produção, sem a necessidade de aplicar
alimentação artificial. As abelhas africanizadas são diferentes quanto á aptidão de coletar pólen e que é
possível a seleção para essa aptidão. Ë necessário estudos de métodos de coleta, pois a coleta do mesmo
em abelha africanizada com coletor em uso continuo, durante 21 dias, reduz significativamente a
quantidade de cria e alimento para a colônia. Existe a possibilidade de coletar pólen de bracatinga nas
colônias de abelha africanizada com coletor de pólen em uso não continuo e sem alimentação artificial
com abelha africanizada na florada da bracatinga durante o mês de agosto. Em florada da Bracatinga os
coletores de pólen podem ser ativados em dias ensolarados das 10:00 to 14:30.
DETERMINAÇÃO DE FRUTOSE EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
1
2
3
4
D´alencar, S. S., Magalhães, E. O. de, Couto , M. F., Souza, M. M. de.
1
Eng. Agrônoma, estagiaria da CEPLAC/CEPEC ([email protected]) – Centro Regional de
2
Apicultura;
Eng. Agrônomo Ms, pesquisador CEPLAC/CEPEC – Centro Regional de
3
Apicultura do Sul da Bahia ([email protected]); Granduando em agronomia/UESC;
4
Química Analista Industrial,
Define-se pólen apícola como o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas
abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no
ingresso da colméia. No final da coleta encontram-se reunidas às bolotas no interior de grãos
de coloração variável, indicando as diversas comunidades botânicas colecionas pelas abelhas,
formando uma mistura conhecida por um “mix” polínico, sendo esse material removido pelo
apicultor para o beneficiamento, comercialização e consumo animal e humano. Para o homem
muitos benefícios ao atribuídos ao consumo do pólen, como fortificante extraordinário do
organismo, estimulante e gerador de bem estar e vigor físico, além de corrigir a alimentação
deficiente o que resulta em equilíbrio funcional (kroyer & Hegedus,2001).O pólen contém
proteínas, lipídios incluindo esteróis, amido, açúcar, vários minerais e vitaminas (Goodman,
2003). Segundo Almeida-Muradian (2005) encontram-se lipídios, proteínas, cinzas e
carotenóides totais. Os tipos polínicos podem variar conforme a região ou a época do ano em
que estão ofertados. Para Almeida-Muradian et al.(2005), o conhecimento nutricional do pólen
apícola pode ser utilizado no controle da qualidade deste produto, principalmente para
direcionar a produção comercial do pólen monofloral, ou seja, proveniente de uma mesma
espécie de planta. O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de frutose no pólen
apícola produzido na região sul do estado da Bahia em comparação aos teores de cinzas da
região Sudeste. As análises foram realizadas entre 06/03/2007 a 05/06/2007, no Centro
Regional de Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA – Seção de
Tecnologia e Engenharia Agrícola do CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na
Rodovia Ilhéus/Itabuna km 22. As amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados
nos municípios de Belmonte, Itacaré, Canavieiras, Distrito de Olivença (município de Ilhéus),
distrito de Serra Grande (município de Uruçuca) e São Paulo, por volta das 17:00 hs sendo
acondicionadas em potes plásticos e armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em
seqüência, as amostras foram desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e
em seguida analisadas conforme as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Foram
encontrados os seguintes resultados em mg/g: 221,06, 190,65, 217,11, 187,37, 232,08, 226,99
respectivamente. Conclusão: Quando se compara a porcentagem de frutose na região sul da
Bahia com a região Sudeste representado pelo município de São Paulo, encontra-se uma
variação de 17.34% nas amostras analisadas.
DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
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D´alencar, S. S., Magalhães, E. O. de, Couto , M. F., Souza, M. M. de.
1
Eng. Agrônoma, estagiaria da CEPLAC/CEPEC ([email protected]) – Centro Regional de
2
Apicultura;
Eng. Agrônomo Ms, pesquisador CEPLAC/CEPEC – Centro Regional de
3
Apicultura do Sul da Bahia ([email protected]); Granduando em agronomia/UESC;
4
Química Analista Industrial,
Define-se pólen apícola como o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas
abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no
ingresso da colméia. No final da coleta encontram-se reunidas às bolotas no interior de grãos
de coloração variável, indicando as diversas comunidades botânicas colecionas pelas abelhas,
formando uma mistura conhecida por um “mix” polínico, sendo esse material removido pelo
apicultor para o beneficiamento, comercialização e consumo animal e humano. Para o homem
muitos benefícios ao atribuídos ao consumo do pólen, como fortificante extraordinário do
organismo, estimulante e gerador de bem estar e vigor físico, além de corrigir a alimentação
deficiente o que resulta em equilíbrio funcional (kroyer & Hegedus,2001).O pólen contém
proteínas, lipídios incluindo esteróis, amido, açúcar, vários minerais e vitaminas (Goodman,
2003).Segundo Almeida-Muradian (2005) encontram-se lipídios, proteínas, cinzas e
carotenóides totais. Os tipos polínicos podem variar conforme a região ou a época do ano em
que estão ofertados. Segundo Almeida-Muradian et al.(2005), o conhecimento nutricional do
pólen apícola pode ser utilizado no controle da qualidade deste produto, principalmente para
direcionar a produção comercial do pólen monofloral, ou seja, proveniente de uma mesma
espécie de planta. O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de cinzas no pólen apícola
produzido na região sul do estado da Bahia em comparação aos teores de cinzas da região
Sudeste. As análises foram realizadas entre 06/03/2007 a 05/06/2007, no Centro Regional de
Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA – Seção de Tecnologia e
Engenharia Agrícola do CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na Rodovia
Ilhéus/Itabuna km 22. As amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados nos
municípios de Belmonte, Itacaré, Canavieiras, Distrito de Olivença (município de Ilhéus), distrito
de Serra Grande (município de Uruçuca) e São Paulo, por volta das 17:00 hs sendo
acondicionadas em potes plásticos e armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em
seqüência, as amostras foram desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e
em seguida analisadas conforme as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). Foram
encontrados os seguintes resultados em 2,71 g/100gr: 2,59 – Belmonte, 2,71- Itacaré, 3,18 –
Canavieiras, 3,59 - Olivença, 3,31 - Serra Grande, 2,07 – São Paulo. Conclusão: os teores em
porcentagem de cinzas ficaram abaixo do máximo permitido pelo Ministério da Agricultura e do
Abastecimento, que estabelece um máximo de 4%.Quando se compara a porcentagem de
cinzas da região Sul da Bahia com a Região sudeste representado pelo município de São
Paulo encontra-se uma variação de 1% de cinzas nas amostras analisadas.
AVALIAÇÃO DEGUSTATIVA DE PÓLEN APÍCOLA SERGIPANO
A.F. Ferreira; M.E.C. Oliveira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso; M.P. Santos; E.D. Araújo; G.T. Ribeiro;
R.M. Santana. Departamento de Engenharia Agronômica – Universidade Federal de Sergipe
O pólen é o gameta masculino das plantas que as abelhas coletam e utilizam como fonte protéica. Para
que uma dieta seja considerada sadia, equilibrada e de boa qualidade é necessário que sua composição
contenha substancias nutritivas necessárias e indispensáveis para suprir as necessidades biológicas do
corpo humano. O pólen apícola é considerado um dos alimentos mais completos, pois apresenta na sua
composição aminoácidos essenciais, ácidos graxos, vitaminas, fibras vegetais, minerais e moléculas
protéicas. Essas substancias estimulam o metabolismo celular, reforça a imunidade, neutraliza os radicais
livres, age no aparelho digestivo, regulando e equilibrando a flora intestinal. Porem além de apresentar
ótimas características nutricionais um produto deve ter boa palatabilidade, facilitando uma melhor
aceitação de consumo pela população. Sendo o objetivo deste, avaliar o conhecimento e aceitabilidade do
pólen apícola pela população do Campus Universitário de São Cristóvão/SE. A avaliação foi realizada na
Universidade Federal de Sergipe, no mês de setembro de 2007. Foram aplicados 100 questionários semiestruturado e oferecido juntamente uma amostra de 2g do pólen apícola para a degustação, procurando
conhecer a opinião do entrevistado sobre o produto com relação à aparência, aroma, sabor e intenção de
consumo. Foi observado que apenas 30% dos avaliados conheciam o pólen apícola, deste, 17% já
conheciam este produto de locais que não lojas de produtos naturais (10%), reportagem e ou propagandas
de revistas (2%) e televisão (1%). 57% dos avaliados acharam o produto com boa aparência, 33% ótima e
10% regular. 85% dos entrevistados acharam o aroma do pólen agradável. Na avaliação degustativa,
apenas 13% dos avaliados não gostaram do produto, enquanto que 40% gostaram 11% gostaram muito e
36% acharam o sabor razoável. Com relação à intenção de consumo dos entrevistados 64% afirmaram
que poderiam introduzir o pólen em sua dieta puro ou adicionado em alimentos. A pesquisa evidenciou
que pólen e o seu consumo como alimento é pouco conhecido, pois, apenas uma pequena porcentagem
dos entrevistados afirmaram que conheciam o produto, mostrando com isso, a necessidade de uma maior
divulgação visando a melhoria da qualidade alimentar da população e consequentemente o aumento na
produção do pólen apícola nacional.
ESTUDO PALINOLÓGICO DE PÓLENS APÍCOLAS PRODUZIDOS NOS MUNICÍPIOS DE
BREJO GRANDE E PACATUBA, SE
M.E. Correia-Oliveira; A.F. Ferreira; M.P. Santos; A.C.V. Lessa; G.T. Ribeiro; E.D. Araújo; J.M.E.
Araújo; J.C.M. Poderoso; R.M. Santana. Departamento de Agronomia – Universidade Federal de Sergipe
Acredita-se que o surgimento das abelhas está diretamente correlacionado à evolução das angiospermas.
Inicialmente a alimentação das abelhas era constituída por néctar floral como fonte energética e pequenos
animais como fonte protéica. As abelhas utilizam o pólen na alimentação das crias e nutrição das abelhas
jovens. O pólen apícola é coletado por meio de uma grade de retenção, caindo em um coletor específico.
Ao final da coleta, encontram-se reunidas bolotas de coloração diversificada, indicando a variedade de
espécies botânicas coletadas pelas abelhas. Esse material é coletado pelo apicultor, beneficiado e
comercializado para consumo humano e animal. Para o homem o pólen apícola é indicado para o
equilíbrio funcional e harmonioso do organismo. O objetivo deste foi identificar quantitativamente as
famílias de espécies vegetais mais visitadas A. mellifera em dois municípios do litoral sergipano. As
amostras foram obtidas em triplicada nos municípios de Brejo Grande e Pacatuba em março de 2007, a
avaliação quantitativa, com a contagem de 300 grãos por repetição de lâmina e identificação de famílias
botânicas foi realizada de acordo com a metodologia de Erdtman (1952, 1965) e Louveaux et al. (1978),
modificada por Barth (1989). O estudo evidenciou que no município de Brejo Grande a famílias botânicas
mais visitadas foram Aracaceae, Mimosaceae e Compositae, já em Pacatuba além de Aracaceae e
Compositae apareceram representantes da família Moraceae. Em Brejo grande não foi encontrado pólen
dominante, sendo encontrado apenas pólen acessório com as famílias Aracaceae (45%), Mimosaceae
(18%) e Compositae (16%), e polens em menores quantidades (3%) como pólen isolado ocasionais. Em
Pacatuba, o pólen dominante pertencia à família botânica Aracaceae (61%), o pólen acessório à Moraceae
(16%), e pólen isolado importante à família Compositae (12%) e 11% foram classificados como pólen
isolado ocasionais. A Apis mellifera L. visita nas cidades estudadas diversas espécies vegetais,
contribuindo assim para a perpetuação de diversas espécies plantas através da polinização, produzindo
com essa diversidade alimentos ricos em nutrientes e consequentemente a melhoria da qualidade de vida
dos apicultores que sobrevivem dos rendimentos obtidos com a venda do pólen apícola.
PESQUISA DE SUJIDADES MACROSCÓPICAS EM PÓLEN APÍCOLA PRODUZIDO NO
ESTADO DE SERGIPE/BR
A.F. Freitas; M.E. Correia-Oliveira; A.C.V. Lessa; G.T. Ribeiro; J.C.M. Poderoso; M.P. Santos. E.D.
Araújo. Departamento de Engenharia Agronômica – Universidade Federal de Sergipe
O pólen é um alimento protéico importante para o desenvolvimento de larvas e abelhas recém-nascidas.
Para o homem é um alimento que apresenta numerosas propriedades terapêuticas e medicinais, pois
contêm em sua composição aminoácidos, minerais, ácidos graxos essenciais, enzimas e substâncias
bioativas. A presença em grande quantidade de elementos estranhos no pólen apícola pode comprometer
suas características organolepticas e seu sabor. O objetivo deste trabalho foi avaliar e quantificar a
existência de sujeira em pólen apícola processado oriundo dos municípios de Brejo Grande, Pacatuba,
Salgado e Neopólis. As amostras foram obtidas no mês de março de 2007, em triplicata e pesando 100g
cada, as mesmas foram submetidas a uma catação manual, as partículas encontradas foram pesadas e
relacionadas com o peso total da amostra para estimativa da porcentagem de sujeiras encontradas, que
foram classificadas de acordo com a escala desenvolvida por BARRETO, et al. (2006), onde os níveis de
partículas iniciam do zero com escala de dois, até atingir 100% da amostra. Todos os municípios
avaliados apresentaram baixos índices de partículas estranhas em suas amostras. O município de Pacatuba
foi o que apresentou os menores índices de sujeiras no pólen, com o máximo de 0,0006µg, os demais
municípios apresentaram sujidades, porém, os índices eram menores que 0,5 g, enquadrando-se na faixa
que vai de 0,1 a 2%. As partículas encontradas eram fragmentos de abelhas, bolotas de própolis e fibras
de tecidos. As amostras de pólen analisadas apresentam um índice de sujidade muito baixa, evidenciando
a preocupação com a qualidade, desses produtores ao beneficiamento o pólen apícola e a busca por
oferecer produtos alimentícios com alta qualidade.
BISCOITO SEQUILHO COM PÓLEN APÍCOLA
A. A. L. Silva, D. M. Pimentel, D. S.Pereira. Departamento de Tecnologia Rural e Animal - UESB
Este estudo foi realizado para gerar informações tecnológicas que contribuam para a exploração do pólen
por indústrias de biscoitos. Entre os produtos apícolas, o pólen se destaca por sua qualidade nutricional e
propriedades terapêuticas. Portanto, a utilização de pólen em produtos alimentícios trará ganhos
nutricionais, além de proporcionar sabor diferenciado ao paladar do consumidor. O objetivo desta
pesquisa foi testar a aceitação de biscoito tipo sequilho contendo diferentes proporções de pólen. Na
metodologia, utilizou-se uma formulação de biscoito contendo 39% de amido de milho, 12% de gema de
ovo, 20% de manteiga, 19% de açúcar refinado, 10% de leite tipo C. Sobre a massa total da mistura
desses ingredientes, calculou-se a massa de pólen a ser adicionado à mistura. O pólen de Apis mellifera
foi adicionado nas proporções de 0, 1,5 e 3% p/p (três tratamentos estatísticos). Foi utilizado pólen na
forma granular desidratado produzido na região de Olivença-BA, cujo teor de umidade estava a 3,5%
base úmida. Seguiu-se às etapas de mistura, corte, moldagem, assamento (120 C), resfriamento e
embalagem. Todo esse processo foi repetido por três vezes (repetições estatísticas). As repetições por
tratamento foram reunidas em amostras compostas e foram então submetidas às análises físico-química
(teor de umidade) e sensorial. A umidade foi determinada em estufa a 80°C, até peso constante. A análise
sensorial foi por meio de Teste de Aceitação em que 63 provadores avaliaram as três amostras de biscoito
e deram notas utilizando a Escala Hedônica de nove pontos, de 1 (desgostei muitíssimo) a 9 (gostei
muitíssimo). Os dados foram submetidos à Análise de Frequência e à Análise de Regressão. Obteve-se os
seguintes resultados: o teor de umidade final dos biscoitos não variou significativamente com a % de
pólen e foi de 3 %, base úmida. Com a análise das freqüências, verificou-se índice de aceitação (soma das
freqüências das notas de 6 a 9) de 100%, 85,7% e 71,4% para 0%, 1,5% e 3% de pólen respectivamente.
Ajustou-se um reta y = -0,7041x + 8,3. A nota de aceitação (y) caiu com o aumento da proporção de
pólen (x), variando de 8,3 (gostei muito) para o biscoito com 0% de pólen até 6,2 (gostei ligeiramente)
para o biscoito com 3% de pólen. Segundo o modelo, pode-se adicionar até 0,4% de pólen sem que a nota
de aceitação do biscoito caia de 8 (Gostei muito). Concluiu-se que a aceitação do biscoito cai com a
adição de pólen, mas pode-se adicionar até 0,4% de pólen sem prejudicar a aceitação e ao mesmo tempo
produzir um produto de sabor diferenciado, inovador e mais nutritivo.
TEORES DE CÁLCIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA COLETADOS NA REGIÃO
SUL DO ESTADO DA BAHIA
Junea L. Nascimento1; Ediney O. Magalhães2; Soraya M. M. de Souza3, Ivana L. Borges4
Define-se pólen apícola como o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas
operárias, mediante pequenas proporções de néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no
ingresso da colméia (BRASIL, 2001). O período de produção de pólen é diversificado e varia entre os
estados. Na Bahia, os apiários permanecem produtivos durante todo o ano. Seu valor nutritivo depende
das condições de secagem, temperatura e duração de armazenamento e da planta de origem, pois varia
entre espécies de plantas (HERBERT e SHIMANUKI, 1978; MARCHINI et al., 2006)O pólen apícola
tem sido utilizado na alimentação humana como um suplemento alimentar por conter substâncias
essenciais na sua composição, aminoácidos, ácidos graxos, vitaminas, oligo-elementos, fibras vegetais,
minerais e moléculas protéicas como flavonóides (ESCRIBANO et al, 1999; PEGORARO e MOURA,
2006). Os minerais são necessários ao organismo em quantidades que variam de gramas a miligramas,
desempenham suas funções na forma iônica, em solução nos fluidos corporais e, também, como
constituintes de compostos vitais. O cálcio é um mineral de extrema importância para o organismo,
sobretudo para a mineralização óssea, sendo que as necessidades deste mineral são relativamente maiores
nos períodos de gestação, lactação, adolescência e senescência (WEAVER e HEANEY, 2003; NAVES et
al., 2007). O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de cálcio no pólen produzido na região Sul
do estado da Bahia. As analises foram realizadas entre 18 e 21 de setembro de 2007, no Centro Regional
de Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA – Seção de Tecnologia e
Engenharia Agrícola do CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na Rodovia Ilhéus/Itabuna km
22. As amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados nos municípios Belmonte, Itacaré,
Canavieiras, Ilhéus, Serra Grande distrito de Uruçuca e Itapitanga por volta das 17:00 h sendo
acondicionadas em potes plásticos e armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em seqüência,
as amostras foram desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e em seguida analisadas
conforme as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985), utilizando Absorção Atômica e
Fotômetro de Chama. Os teores de cálcio encontrados no pólen variaram entre 0,46 e 5,91 mg/Kg, sendo
que os maiores teores foram encontrados nos municípios de Ilhéus, Canavieiras e Serra Grande distrito de
Uruçuca e os menores nos municípios de Itapitanga, Belmonte, Itacaré. Verificou-se que os polens
coletados formam um grupo heterogêneo, com teores variáveis de cálcio entre os municípios.
1
Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal, UESC, Ilhéus, BA; 2Eng. Agr. MSc, CEPLAC - Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ilhéus, BA ([email protected]); 3Química Analista
Industrial, 4Graduanda em Agronomia, UESC, Ilhéus, BA e Bolsistas do CIEE 4
TEORES DE FÓSFORO EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA COLETADOS NA REGIÃO
SUL DO ESTADO DA BAHIA
Ediney O. Magalhães2, Junea L. Nascimento1 ; Soraya M. M. de Souza3, Ivana L. Borges4
O pólen apícola é o resultado da aglutinação do pólen das flores efetuada pelas abelhas, mediante
acréscimo de substâncias salivares e pequenas quantidades de néctar ou mel (BRASIL, 2001).
Atualmente, o mercado é favorável ao consumo de produtos naturais, complementares à dieta ou com
efeitos terapêuticos, vem estimulando e promovendo essa modalidade da cadeia produtiva apícola. Sua
utilização como suplemento nutricional é caracterizado pela necessidade diária humana de complementos
minerais, isto devido o pólen ser uma fonte protéica, apresentando também carboidratos, lipídeos e
minerais em sua composição (ESCRIBANO et al, 1999; PEGORARO e MOURA, 2006). Os minerais
são necessários ao organismo, pois de modo geral, regulam o metabolismo de diversas enzimas,
mantendo o equilíbrio ácido-básico e a pressão osmótica, facilitam a transferência de compostos
essenciais através das membranas e mantêm a excitabilidade muscular e nervosa (WEAVER e HEANEY,
2003; NAVES et al., 2007). O fósforo é um dos minerais mais importantes do ponto de vista fisiológico e
bioquímico. Possui numerosas funções no organismo. Está presente em todas as membranas celulares do
organismo; integra a estrutura dos ossos e dentes, dando-lhes maior solidez; participa ativamente do
metabolismo dos glicídios; atua na contração muscular, entre outras (KRAUSE e MAHAN, 1991). O
objetivo deste trabalho foi determinar os teores de fósforo no pólen apícola produzido na região Sul do
estado da Bahia. As analises foram realizadas entre 18 e 21 de setembro de 2007, no Centro Regional de
Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA – Seção de Tecnologia e Engenharia
Agrícola do CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na Rodovia Ilhéus/Itabuna km 22. As
amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados nos municípios de Belmonte, Itacaré,
Canavieiras, Ilhéus, distrito de Serra Grande (município de Uruçuca) e Itapitanga, por volta das 17:00 h
sendo acondicionadas em potes plásticos e armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em
seqüência, as amostras foram desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e em seguida
analisadas conforme as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985), utilizando Absorção Atômica
e Fotômetro de Chama. Os teores de fósforo encontrados variaram entre 1,66 e 9,20 (mg/Kg), sendo os
maiores teores encontrados no município de Ilhéus e os menores no município de Itapitanga. Os demais
municípios apresentaram teores maiores ou iguais à média de todos os polens analisados. Verificou-se a
formação de grupos homogêneos dentro de cada município, não havendo grandes variações nos teores de
fósforo dentre eles.
1
Eng. Agr. MSc, CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ilhéus, BA
([email protected]); 2Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal, UESC, Ilhéus, BA; 3Química
Analista Industrial, 3 Graduanda em Agronomia, UESC, Ilhéus, BA e Bolsistas do CIEE 4
CEPLAC/CEPEC/CRASB – Centro Regional de Apicultura do sul da Bahia – Rod. Ilhéus/Itabuna Km
22, Tel.: (73) 32143253
TEORES DE MAGNÉSIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN COLETADOS NA REGIÃO SUL DO
ESTADO DA BAHIA
Junea L. Nascimento1; Ediney O. Magalhães2; Soraya M. M. de Souza3, Ivana L. Borges4
O período de produção de pólen é diversificado, porém no estado da Bahia, os apiários permanecem
produzindo de forma intermitente. Sua produção é muito rentável, principalmente se comparada ao mel, o
que torna a atividade altamente atrativa (Magalhaes, 2006). Nutricionalmente destacam-se as vitaminas,
aminoácidos essenciais, carboidratos, proteínas, lipídios e sais minerais, sendo considerando como um
suplemento na alimentação humana. Os minerais são necessários ao organismo em quantidades que
variáveis, desempenham suas funções regulando o metabolismo de diversas enzimas, e entre outras
funções fazem parte dos elementos constituintes dos tecidos do organismo (WEAVER e HEANEY, 2003;
NAVES et al., 2007). O magnésio é um importante mineral, pois permite a utilização da energia solar e
síntese das substâncias orgânicas indispensáveis à vida vegetal e animal, além de exercer papel de
coenzima em diversos processos metabólicos. Está envolvido na formação de ossos e dentes, no
funcionamento do sistema nervoso e dos músculos, na síntese dos ácidos graxos e proteínas, entre outras
funções (KRAUSE e MAHAN, 1991). O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de magnésio no
pólen produzido na região Sul do estado da Bahia. As analises foram realizadas entre 18 à 21 de setembro
de 2007, no Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC e no Laboratório do SETEA –
Seção de Tecnologia e Engenharia Agrícola do CEPEC/CEPLAC, localizado na Rodovia Ilhéus/Itabuna
km 22. As amostras de pólen foram coletadas em apiários localizados no sul da Bahia nos municípios de
Belmonte, Itacaré, Canavieiras, Ilhéus, Uruçuca e Itapitanga por volta das 17:00 h sendo acondicionadas
em baldes plásticos e armazenadas em freezer por um período de oito dias. Em seqüência, as amostras
foram desidratadas em estufa com temperatura controlada de 43 ºC, e em seguida analisadas conforme as
Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985), utilizando Absorção Atômica e Fotômetro de Chama.
Os teores de magnésio encontrados variaram entre 0,3 e 2,12 (mg/kg), sendo os maiores teores
encontrados nos municípios de Ilhéus, Uruçuca e Canavieiras e os menores teores no município de
Itapitanga. Verificou-se que mesmo havendo uma grande variação entre os teores de magnésio, estes não
se diferiram dentro dos municípios de origem, formando grupos homogêneos de acordo com o local de
origem da coleta.
1
Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal, UESC, Ilhéus, BA; 2Eng. Agr. MSc, CEPLAC - Comissão
Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ilhéus, BA ([email protected]); 3Química Analista
Industrial, 3 Graduanda em Agronomia, UESC, Ilhéus, BA e Bolsistas do CIEE 4
TEORES DE POTÁSSIO EM AMOSTRAS DE PÓLEN COLETADOS NA REGIÃO SUL DO
ESTADO DA BAHIA
Ediney O. Magalhães2, Junea L. Nascimento1 ; Soraya M. M. de Souza3, Ivana L. Borges4
O pólen é o elemento masculino das flores, se apresenta sob a forma de grãos microscópicos contidos
dentro das anteras dos estames. As abelhas o coletam, umedecendo-os com saliva e os aglutinam
formando uma pelota. Cada pelota possui mais de 20.000 grãos de pólen, de coloração variável, indicando
as diversas comunidades botânicas visitadas pelas abelhas, formando uma mistura conhecida por “mix”
polínico (BARRETO, 2002). A produção de pólen é muito rentável, principalmente se comparada ao mel,
sendo os maiores estados produtores a Bahia, Santa Catarina e Paraná. O pólen apícola é considerado, na
área da nutrição e terapêutica, um produto rico em vários nutrientes. Como suplemento alimentar é fonte
de proteínas, lipídios, vitaminas, sais minerais, carboidratos e aminoácidos essenciais (ESCRIBANO et
al, 1999; PEGORARO e MOURA, 2006). Um importante mineral encontrado no pólen apícola e o
potássio, considerado o principal cátion do fluido intracelular, participando da manutenção do equilíbrio
hídrico normal. Juntamente com o cálcio, o potássio é importante na regulação da atividade
neuromuscular e promove o crescimento celular (KRAUSE e MAHAN, 1991). Junto ao magnésio podem
promover aumento da densidade mineral dos ossos em homens e mulheres idosos, suscetíveis à
osteoporose (CARVALHO et al., 2006; TUCKER et al., 1999; KRAUSE e MAHAN, 1991). Assim, o
objetivo deste trabalho foi determinar os teores de potássio no pólen produzido na região Sul do estado da
Bahia. As analises foram realizadas entre 18 e 21 de setembro de 2007, no Centro Regional de Apicultura
do Sul da Bahia da CEPLAC no Laboratório do SETEA – Seção de Tecnologia e Engenharia Agrícola do
CEPEC – Centro de Pesquisa do Cacau, localizado na Rodovia Ilhéus/Itabuna km 22. As amostras de
pólen foram coletadas em apiários localizados nos municípios Belmonte, Itacaré, Canavieiras e Ilhéus,
Uruçuca e Itapitanga por volta das 15:00 h sendo acondicionadas em potes plásticos e armazenadas em
freezer por um período de oito dias. Em seqüência, as amostras foram desidratadas em estufa com
temperatura controlada de 43 ºC, e em seguida analisadas conforme as Normas Analíticas do Instituto
Adolfo Lutz (1985), utilizando Absorção Atômica e Fotômetro de Chama. Os teores de potássio variaram
entre 1,65 e 8,85 (UNIDADE???), sendo o município de canavieiras o que apresentou menor variação nas
amostras analisadas e os municípios de Uruçuca e Ilhéus apresentaram grandes variações entre suas
amostras. Os menores teores de potássio foram encontrados no município de itapitanga e nos polens de
abelhas urucu e tiúba e os maiores teores no município de Ilhéus. Verificou-se teores variáveis de potássio
nos polens coletados nos diversos municípios.
1
Eng. Agr. MSc, CEPLAC - Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira, Ilhéus, BA
([email protected]); 2Eng. Agr. Mestranda em Produção Vegetal, UESC, Ilhéus, BA; 3Química
Analista Industrial, 3 Graduanda em Agronomia, UESC, Ilhéus, BA e Bolsistas do CIEE 4
CEPLAC/CEPEC/CRASB – Centro Regional de Apicultura do sul da Bahia – Rod. Ilhéus/Itabuna Km
22, Tel.: (73) 32143253
EFEITO DO TRATAMENTO COLETOR DE PÓLEN SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS
COLÔNIAS DA ABELHA AFRICANIZADA
A.Pegoraro¹, S.M.N.Lazzari ², A.Chaves Neto3 1 Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor, Departamento
de Zootecnia, SCA - UFPR. 81531-990, Curitiba, PR. 2 Bióloga, Ph.D., Professora, Departamento de
Zoologia – UFPR, 3 Engenheiro-Civil, Doutor, Professor do Departamento de Estatística da Universidade
Federal do Paraná. E-mail: [email protected], [email protected]
O pólen utilizado pelas abelhas é para sua manutenção e o desenvolvimento das larvas, cujo
desenvolvimento das abelhas africanizada são mais velozes as abelhas de origem européia. A quantidade
e a qualidade do pólen consumida pelas larvas e operárias jovem influência na longevidade das operárias
e no desenvolvimento das colônias. Resultados de pesquisas sugerem que a atividade da Apis mellifera
forragear pólen está diretamente associada ao suprimento ou esvaziamento das células de pólen nas
colônias (estoque) e a quantidade de larvas na colônia. A pesquisa foi realizada em um apiário localizado
em Lagoa dos Ferreira, a 30 Km da sede do Município de Mandirituba, situado na região sul do Brasil, no
primeiro planalto do Paraná, longitude 49º19'34” W, latitude 25º19'44”S e altitude em torno de 840 m. De
acordo com o sistema de classificação climática de Köeppen, a região pertence ao clima Cfb, subtropical
úmido, sem estação seca definida, com temperaturas médias do ano e dos meses mais quentes,
respectivamente, de 20ºC, 13ºC e 23ºC e precipitação pluviométrica média anual de 1400 mm (IAPAR,
1994). No início do experimento as rainhas tinham três meses de idade foram criadas pelo o método de
desenvolvimento natural de realeiras. A renovação de 50% dos favos nos ninhos das colônias ocorreu
durante as floradas de Bracatinga, em agosto de 1998. A coleta de pólen foi realizada no período entre 14
de janeiro e 04 de fevereiro de 1999. Esse experimento foi realizado com 23 colônias de abelha
africanizada (12 colônias com coletor de pólen de fundo e 11 sem coletor). Analisaram-se as variáveis
respostas: diferença na quantidade de ovos e larvas, pupas, mel e pólen. Têm-se, então, quatro
experimentos e os mesmos estão delineados em Blocos Inteiramente Casualizados. Para analisar esses
dados foi utilizado o teste “t“. As avaliações das quantidades de cria: ovos e larvas e pupas; e do mel e
pólen foram realizados com a metodologia proposta por AL-TIKRITY (1971). No início do tratamento, a
média de ovos e larvas eram de 4.034,40  1.943,36 cm2 e após este tratamento, a média diminuiu para
3.421,28  1.477,44 cm2, com diferença estatisticamente significativa na quantidade. No início do
experimento a quantidade média de pupas era de  = 6.352,84  3.248 cm2, e no final, µ = 5.899,04 
2.978,24 cm2 demonstrando que o tratamento de coleta de pólen reduziu significativamente a quantidade
de pupas embora sete colônias tenham aumentado a quantidade de pupas. A variável aleatória diferença
na quantidade de mel estocado apresentou média inicial de 16.272  8.200,64 cm2, e de 2.564,32 
2.224,48 cm2 no final, com resultados significativos estatisticamente. A variável aleatória quantidade de
pólen estocado, em colônias da abelha africanizada, anterior e posterior ao tratamento com coletor de
pólen apresentaram médias e desvio padrão, respectivamente, de 1.777,69  926,49 cm2 e 1.315,49 
752,25 cm2. A coleta de pólen reduziu estatisticamente a quantidade de ovos e larvas, pupas, mel e pólen
estocado; Quando for coletado pólen, com coletor em uso continuo, as colônias necessitam de
alimentação suplementar, considerando o comprometimento das mesmas.
Palavras chaves: abelha africanizada, coletor de pólen.
TEORES DE PROTEÍNAS EM DIFERENTES AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLAS
DESIDRATADOS DO SUL DA BAHIA
BORGES, I. L3, MAGALHÃES, E. O.1 ; MAGALHÃES, D. V.2; SICUPIRA, P. R.4
O pólen (do grego "pales" = "farinha" ou "pó") é o conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores
das plantas angiospérmicas que são os elementos reprodutores masculinos ou microgametófitos, onde se
encontram os gâmetas que vão fecundar os óvulos, para os transformar em frutos. O pólen é o elemento
masculino da flor e tem sido utilizado há muito tempo, principalmente entre adeptos da alimentação
natural, como um suplemento da dieta humana (Dadant, 1966), provavelmente pela riqueza em relação a
proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais (Schause, 1998, Silveira, 1996). O pólen da espécie A.
mellifera da região de Piracicaba, SP da mesma forma que as abelhas sem ferrão contém quantidades
apreciáveis de proteína: 21,3%, lipídios 3,4% e cinzas 2,9% (Reis & Marchini, 2000). O mesmo é
extensivo às amostras de pólen apícola desidratado brasileiro com um teor de proteína na ordem de
21,58±6,26%, lipídeos 7,46±2,81%, cinzas 2,18±0,65% e carboidratos 56,50±10,11% (AlmeidaMuradian & Presoto, 2000), demonstrando que independente das espécies, o pólen é detentor de
nutrientes essenciais como a proteína e energia. O objetivo do trabalho em questão foi identificar os
teores de proteínas em amostras oriundas de apiários de diversas cidades do sul da Bahia, cuja vegetação
polinifera predominante são as palmáceas, em especial os coqueiros (Cocos nucifera – Arecaceae),
grande fornecedora de pólen. As amostram de pólen in natura foram desidratadas no laboratório do
Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC, localizado na Rod. Ilhéus/Itabuna km 22,
sul do Estado da Bahia, onde se utilizou estufa com temperatura de 45 oC. Foi usado o método
preconizado pelo Instituto Adolfo Lutz. As analises foram realizadas no período de 24 a 28 de abril de
2007. Foram analisadas amostras de pólen originado dos municípios de Canavieiras, Serra Grande
(distrito de Uruçuca), Itacaré e Belmonte. Resultados: Foram encontrados os seguintes teores de proteínas
na amostras analisadas: Pólen originário do município de Canavieiras, 21,44%, do distrito de Serra
Grande, município de Uruçuca, 20,56, do município de Itacaré, 24,06 e do município de Belmonte,
29,09%. Conclusão: O pólen da espécie A. mellifera da região do sul da Bahia contém quantidades
apreciáveis de proteína, sendo que das amostras analisadas, o pólen proveniente do município de
Belmonte (Ba) foi a que teve o maior teor. O Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e
Qualidade de Pólen Apícola do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, estabelece o valor
mínimo de 8% de proteínas no pólen. O pólen tem despertado a atenção do homem pela riqueza dos seus
constituintes nutricionais, a fim de que haja um aproveitamento de suas propriedades alimentícias na dieta
humana. Portanto, estudos da incorporação destes produtos na dieta humana devem ser implementados,
possibilitando uma nova fonte alternativa de alimento potencialmente nutritivo e saudável aos brasileiros.
1Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e
Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna
km 22, Caixa Postal 07 – Itabuna, Bahia. Tel: (73) 3214-3250 E-mail: [email protected] ; 2Graduando
da Faculdades Reunidas de Uberaba (FAZU). MG; 3Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz.
BA e Bolsistas do CIEE. 4 Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia/CEPLA/CEPEC
TEORES DE GORDURA EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
PRODUZIDAS NO SUL DA BAHIA
BORGES, I. L3, MAGALHÃES, E. O.1 ; MAGALHÃES, D. V.2; SICUPIRA, P. R.4
O pólen apícola, segundo Peris aput Simal et al. (1988), é o resultado da aglutinação do pólen das flores
efetuado pelas abelhas operárias mediante néctar e suas substâncias salivares. Para muitos insetos, e
especialmente para as abelhas, o pólen é a principal fonte de alimento não líquido. O pólen contém a
maioria, se não todos, os nutrientes essenciais para a produção de geléia real, com a qual são nutridas as
larvas de rainha e as larvas jovens de operárias. O pólen é a principal fonte de proteínas e lipídios para as
larvas, talvez para todas as espécies e gêneros de Apidae, pois a quantidade de proteína e gordura no
néctar é insignificante. Nem todos os grãos de pólen têm igual valor nutritivo para as abelhas, pois eles
diferem em sua composição química de planta para planta. Abelhas alimentadas com determinados tipos
de pólen desenvolvem-se mais rapidamente do que com outros tipos, pois cada pólen tem uma quantidade
diferente de vitaminas, proteínas, carboidratos, minerais, açúcares. Segundo Bassi (1996), o pólen contém
basicamente 30% de água, 10 a 36% de proteínas, 20 a 40% de glucídeos, 1 a 20% de lipídios (gorduras),
1 a 7% de matérias minerais (apresenta cálcio, cloro, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, silício,
enxofre, alumínio, ferro, manganês, níquel, titânio e zinco), além de resinas, corantes, vitaminas A, B, C,
D, E, enzimas e coenzimas. Os principais aminoácidos encontrados em sua composição são arginina,
histidina, isoleucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e prolina (o mais
abundante). São observados também carboidratos (cerca de 29%) que são formados por açúcares
reduzidos e quantidades insignificantes de glicose, frutose, rafinose e amido. O objetivo do trabalho em
questão foi identificar os teores de gordura encontrado no pólen produzidos em diversas cidades do sul da
Bahia, cuja vegetação polinifera predominante são as palmáceas, em especial os coqueiros (Cocos
nucifera – Arecaceae), grande fornecedora de pólen. As amostram de pólen in natura foram desidratadas
no laboratório do Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia da CEPLAC, localizado na Rod.
Ilhéus/Itabuna km 22, sul do Estado da Bahia, onde se utilizou estufa com temperatura de 45 oC. Foi
usado o método preconizado pelo Instituto Adolfo Lutz. As analises foram realizadas no dia 28 de março
de 2007. Foram analisadas amostras de pólen originadas dos municípios de Canavieiras, Serra Grande
(distrito de Uruçuca), Itacaré e Belmonte. Foram encontrados os seguintes resultados em %: 0,93, 0,82,
1,29 e 0,88 respectivamente. Bassi (1991), analisando as características químicas do pólen apícola da
região metropolitana de Curitiba – Paraná, encontrou uma variação de 2,17 a 5,83 %, já no sul da Bahia a
variação ficou entre 0,93 a 1,29% nas amostras analisadas.
1
Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e
Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna
km 22, Caixa Postal 07 – Itabuna, Bahia. Tel: (73) 3214-3250 E-mail: [email protected] ; 2Graduando
da Faculdades Reunidas de Uberaba (FAZU). MG; 3Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz.
BA e Bolsistas do CIEE. 4 Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia/CEPLA/CEPEC
A INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DE PÓLEN APÍCOLA EM RATOS SUBMETIDOS
AO EXERCÍCIO EXAUSTIVO.
W. da Silva Gonzaga (Educação
[email protected]) e E.
[email protected])
Física
Divino
– Universidade Tiradentes-Se /ITP/LBT,
Araújo (Ciências Biológicas - ITP/LBT,
No intuito de melhorar a performance e diminuir os metabólitos geradores de fadiga, atletas e praticantes
de diversas modalidades recorrem ao uso de alguns recursos ergogênicos. De interesse específico é o uso
do pólen apícola como suplemento natural, devido às suas propriedades nutricionais. Assim, o objetivo
deste estudo é verificar a influência da suplementação de pólen apícola na performance de ratos
submetidos a uma sessão de exercício exaustivo. Para tal foram utilizados 50 ratos machos da linhagem
Wistar, com peso e idade variando entre 280 a 350 g e 3 e 5 meses, respectivamente. Os mesmos foram
divididos em 5 grupos distintos: grupo que foi suplementado com 2.0g/Kg de peso corporal de pólen
apícola e realizou exercício prolongado (GPE-2, N=10); grupo suplementado com 1.0g/Kg de peso
corporal de pólen apícola que também realizou o exercício (GPE-1, N=10); grupo que submetido à
suplementação de glutamina com concentração de 2,0 g Kg/peso corporal que também participou do
programa de treinamento (GGE-2, N=10); grupo controle que participou do programa de treinamento e
não foi suplementado (GCE, N=10) e o grupo controle que não foi suplementado e nem participou do
programa de exercício. Todas as suplementações foram administradas através de sonda orogástrica
(gavage), meia hora depois da realização do exercício, durante todo o programa. Porém, os grupos GPE1, GPE-2 e GGE-2 foram suplementados 30 minutos antes, somente no vigésimo quinto dia de exercício,
ou seja, no último dia. Por fim foi analisado o efeito agudo na oitava (oitavo dia) e última sessão. Após os
25 dias de programa, os animais foram anestesiados com thiopental a 0,24 ml/Kg na região intraperitoneal, no quadrante direito inferior e sacrificados para coleta sangüínea, imediatamente após a última
sessão de exercício, e futura análise do lactato e amônia. Para análise da distribuição normal da amostra,
foi realizado o teste de Teste de Shapiro-Wilk. Em seguida foi realizado o teste t independente para
verificar as diferenças entre as médias dos grupos experimentais e controle, adotando-se o nível de
significância de 5%. Nos 3 primeiros dias de programa, o desempenho dos animais foi similar. Porém, a
partir do quarto dia de treino, o grupo GPE-2 obteve um tempo de exaustão mais prolongado, com
suplementação 30 minutos depois do exercício. Interessante, foi que sua performance melhorou, ainda
mais, na última sessão de exercício, onde a suplementação foi administrada 30 minutos antes. Isto sugere
que a suplementação do pólen seja melhor antes do que após o esforço. Respeitando-se as limitações
impostas pelo método, pode-se concluir que a suplementação de pólen apícola parece influenciar o
desempenho físico demonstrado através do tempo de exaustão prolongado no exercício realizado, apesar
de não ser verificadas alterações nos níveis dos marcadores sangüíneos de queda de desempenho.
Palavras-chaves: Desempenho, Pólen, Exercício.
RECURSO POLINÍFERO UTILIZADO POR Melipona scutellaris LATREILLE, 1811 (APIDAE:
MELIPONINA) NO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS-BA
P. de A., Melo1; L. L., Pereira; C. A. L. de, Carvalho 2; A. S. do, Nascimento; L. A., Nunes3 Laboratório
de Entomologia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, Grupo de Pesquisa Insecta, Cruz das Almas, Bahia, Brasil, CEP 44380-000.
Informações sobre as relações dos meliponíneos com as flores ainda são insuficientes, se considerarmos
sua grande importância geográfica e dominância nos ecossistemas tropicais. Existem poucas estudos
relacionados as tentativas de se verificar preferências alimentares com disponibilidade de alimento nas
flores ou com as predisposições morfofuncionais dos diferentes grupos. O presente trabalho teve como
objetivo identificar as plantas poliníferas que formam a base alimentar de Melipona scutellaris em Cruz
das Almas-BA. O experimento foi conduzido entre agosto de 2006 e junho de 2007 com três colônias de
uruçu (M. scutellaris) mantidas em caixas racionais modelo Fernando Oliveira - INPA, com as dimensões
22 cm x 22 cm x 10 cm para o ninho e sobre ninho e 22 cm x 22 cm x 6 cm para as melgueiras, instaladas
no Meliponário da área experimental de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e
Biológicas da Universidade Federal da Bahia/ UFRB. As amostras de pólen foram coletadas durante o
período compreendido entre as 05:00-18:00, o qual foi coletado com auxílio de sacos plásticos
devidamente etiquetados em intervalos de uma hora. Para cada amostra foram confeccionadas lâminas
por meio do método de acetólise (ERDTMAN, 1952). Um total de 47 amostras de pólen foi submetido à
análise encontrando-se 26 tipos polínicos, representadas por 13 famílias da flora local. Deste total de
tipos, dois não teve conformidade botânica estabelecida. As famílias mais representativas em relação ao
número de tipos polínicos presente nas amostras de mel foram Mimosaceae e Myrtaceae com cinco tipos
cada. Quanto à média da freqüência relativa, os tipos polínicos mais significativos foram Eucalyptus spp.
(54,17%), Acacia paniculata (7,04%), Eugenia uniflora (5,31%), Mimosa caesalpiniaefolia (4,80%) e
Psidium sp. (4,04%). Os demais tipos polínicos tiveram freqüência inferior a (4,00%). Desta forma
atribuímos que as espécies das famílias Myrtaceae e Mimosaceae representaram os principais recursos
poliníferos na alimentação de M. scutellaris no município de Cruz das Almas-BA.
Agências Financeiras:
1 - CNPq
2 - UFRB/ PQ-CNPq
3 - CAPES
O PÓLEN COMO INDICADOR DA ORIGEM BOTÂNICA EM AMOSTRAS DE MEL DA
REGIÃO LITORAL DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO
M.E. Correia-Oliveira; M.P. Santos; A.F. Ferreira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso; J.M.E. Araújo; G.T.
Ribeiro; E.D. Araújo. Laboratório de Biologia Tropical – Universidade Tiradentes
A abelha Apis mellifera coletam o alimento de forma voluntária e involuntária. A primeira é feita quando
elas coletam e armazenam em alvéolos que irão alimentar as larvas de rainha, as larvas jovens de
operárias e as abelhas adultas da colméia. A segunda, a involuntária, ocorre quando elas coletam o néctar
e junto trazem pólen que adere aos finos pêlos que recobrem o corpo das abelhas e posteriormente vai ser
regurgitado nos alvéolos melíferos. Em conseqüência, esse pólen aparecerá no mel e em outros produtos
da colméia como a cera e a própolis. Identificação as famílias botânicas que compõe o pasto apícola é o
primeiro passo para o desenvolvimento e conseqüentemente o crescimento da apicultura. Sendo possível
prever os melhores momentos para a obtenção de uma maior produção. O objetivo deste estudo foi
identificar as famílias botânicas que compõe as amostras de mel produzidas em no município de Brejo
Grande. As amostras foram obtidas no mês de março de 2007, em triplicata, e a preparação das lâminas
baseada na técnica de Erdtman (1952, 1965) e montagem das lâminas e a montagem conforme a
metodologia de Louveaux et al. (1978), modificada por Barth (1989) que foram realizadas no Laboratório
de Biologia Tropical do Instituto Tecnológico de Pesquisa (ITP/UNIT). Para análise quantitativa de
pólen contidos na amostra de mel, foram contados 300 grãos de polens por lâmina, que posteriormente
foram identificados através de comparações com literatura especializada. O estudo da amostra evidenciou
que 66% dos grãos de pólen encontrados pertenciam a família Aracaceae, 12% a Mimosaceae, 7% não
foram identificados, 6% eram representantes da família Rubiaceae, 5% Malvaceae, 3% Solanaceae, 1%
Lamiaceae e menores que 1% Compositae e Arnacadiaceae. Apesar da elevada proporção encontrada na
lâmina, o mel não pode ser classificado como de Aracaceae, pois essa família produz néctar em pequena
quantidade, sendo conhecida como grande produtora de pólen, trata-se de um caso de superrepresentação,
e o mel seria classificado como de Mimosaceae, apesar de ser considerado na amostra pólen isolado
importante, juntamente com os demais representantes das famílias Rubiaceae, Malvaceae e Solanaceae e
como pólen isolado ocasional representantes da família Lamiaceae, Compositae e Arnacadiaceae.
IDENTICAÇÃO DE FAMÍLIAS BOTÂNICAS EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA
PRODUZIDO NO MUNICÍPIO LITORÂNEO DE SALGADO – SE
M.P. Santos; M.E. Correia-Oliveira; A.F. Ferreira; A.C.V. Lessa; J.C.M. Poderoso;
J.M.E. Araújo; G.T. Ribeiro; E.D. Araújo.
O pólen é um conjunto de minúsculos grãos produzidos pelas flores, onde se encontram gametas que vão
fecundar os óvulos florais. Por se tratar de uma fonte de proteínas, água e nutrientes essenciais para o
desenvolvimento da colméia o pólen é o principal alimento das abelhas Apis mellifera. Para o homem é
um alimento que apresenta numerosas propriedades terapêuticas e medicinais, pois contêm em sua
composição aminoácidos, minerais, ácidos graxos essenciais, enzimas e substâncias bioativas. A
identificação de famílias e de espécies botânicas que compõe o pasto apícola é o primeiro passo para o
desenvolvimento e conseqüentemente o crescimento da apicultura. Sendo possível prever os melhores
momentos para a obtenção de uma maior produção. O objetivo deste estudo foi identificar as famílias
botânicas que compõe as amostras pólen apícola produzidas em Salgado, município do litoral de Sergipe.
As amostras foram obtidas no mês de março de 2007, em triplicata, e a preparação das lâminas baseada
na técnica de Erdtman (1952, 1965) e montagem das lâminas e a montagem conforme a metodologia de
Louveaux et al. (1978), modificada por Barth (1989) que foram realizadas no Laboratório de Biologia
Tropical do Instituto Tecnológico de Pesquisa (ITP/UNIT). Para análise quantitativa de pólen contidos na
amostra de mel, foram contados 300 grãos, que posteriormente foram identificados através de
comparações com literatura especializada. A pesquisa revelou que o pólen dominante pertence a família
Aracaceae (47%), provavelmente oriundos de coqueirais (Cocus nucifera) e outras palmeiras, como pólen
acessório encontrou-se exemplares das famílias Verbenaceae (35%) e Compositae (18%). A amostra
evidenciou que ocorreu uma preferência por grãos de polens da família Arecaceae, isso pode ter ocorrido
pela abundância de plantas nas proximidades do apiário, o que resultaria num menor gasto energético
para as abelhas campeiras devido à curta distância entre a fonte protéica e a colméia. Novos estudos serão
realizados ao longo do ano para identificar as famílias botânicas mais representativas nas amostras de
polens desse município.
ADEQUAÇÃO TECNOLÓGICA PARA A PRODUÇÃO DE PÓLEN APÍCOLA COMO
INSTRUMENTO DE GERAÇÃO DE RENDA FAMILIAR PARA COMUNIDADES DA REGIÃO
DA FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
A.S. Santana1, M.O. Barros1, J.S. Santos2, Y.L.F. Maia-Araújo3 , L.S. Mendonça3,4 & E.D. Araújo3 1Colégio estadual Dr. Luiz Garcia, Brejo Grande – SE 2- Associação Brejograndense de Apicultores e
Artesãos, Brejo Grande – SE 3- Laboratório de Biologia Tropical, Instituto de Tecnologia e Pesquisa –
ITP, CEP 49032-490, Aracaju/SE, [email protected]
A região do baixo São Francisco compreende o trecho que se estende do município de Paulo Afonso - BA
até a Foz. Diversos estudos apontam que os principais problemas vividos atualmente na região da Foz do
Rio São Francisco são herdados a partir de impactos antrópicos à montante, gerando consideráveis
impactos negativos na região, atingindo de modo expressivo as comunidades ribeirinhas, dentre elas a de
catadores de caranguejo, onde parte dos integrantes vislumbraram na apicultura uma nova possibilidade
de geração de renda para suas famílias. O presente projeto de parceria entre o Laboratório de Biologia
Tropical (ITP), Federação Apícola do Estado de Sergipe e Associação dos Catadores de CaranguejosPovoado Brejão, na área de tecnologias sociais, pretendeu aproveitar a infra-estrutura apícola instalada no
município de Brejo Grande e adequá-la tecnologicamente para a produção de pólen apícola, procurando
otimizar a atividade segundo a aptidão ambiental da área e a demanda dos apicultores envolvidos. O
projeto foi desenvolvido no período de maio de 2005 a Setembro de 2007, ofertando assistência técnica,
equipamentos para produção e processamento de pólen apícola. No aspecto da pesquisa, foi realizada uma
análise descritiva do desenvolvimento sócio-econômico do Grupo segundo as condições iniciais
diagnosticadas. O projeto buscou atender 26 famílias capacitadas pelo Sebrae na área de apicultura no
Município, residentes na sede do Município e nos povoados de Saramém, Carapitanga, Terra Vermelha e
Brejão dos Negros. Os principais resultados contabilizados podem ser resumidos na instalação de uma
unidade equipada de processamento de pólen apícola; a migração da atividade de produção de mel para a
produção de pólen como principal atividade apícola na Região; formação de 13 produtores de pólen em
atividade; complementação de renda familiar média acima de R$ 300,00 mês oriunda de recursos diretos
da comercialização de pólen; capacidade de mercado para comercialização de todo o pólen apícola
produzido na região no ano de 2007. Produção de 1200 Kg de pólen processado no primeiro ano e
expectativa de aumento de produção acima de 100%, com aumento de cerca de 10% na lucratividade.
Finalmente, da Associação de Catadores derivou a Associação Brejograndense de Apicultores e Artesãos.
Desse modo, a adequação tecnológica para a produção de pólen tem contribuído com o desenvolvimento
sócio-econômico dessas comunidades e representa uma alternativa ambientalmente sustentável, fixadora,
educativa, cooperativa e economicamente viável para a região da Foz do Rio São Francisco.
1- Bolsistas PibicJr/CNPQ; 3- Projeto financiado pela FAPITEC/SE; 4- Bolsista PROBIC/UNIT.
EFEITO DO TRATAMENTO COLETOR DE PÓLEN SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS
COLÔNIAS DA ABELHA AFRICANIZADA
A.Pegoraro16, S.M.N.Lazzari17, A.Chaves Neto3
1
Engenheiro Agrônomo, Doutor, Professor, Departamento de Zootecnia, SCA - UFPR. 81531-990,
Curitiba, PR.
2
Bióloga, Ph.D., Professora, Departamento de Zoologia – UFPR, 3 Engenheiro-Civil, Doutor, Professor
do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Paraná
E-mail: [email protected], [email protected]
O pólen utilizado pelas abelhas é para sua manutenção e o desenvolvimento das larvas, cujo
desenvolvimento das abelhas africanizada são mais velozes as abelhas de origem européia. A quantidade
e a qualidade do pólen consumida pelas larvas e operárias jovem influência na longevidade das operárias
e no desenvolvimento das colônias. Resultados de pesquisas sugerem que a atividade da Apis mellifera
forragear pólen está diretamente associada ao suprimento ou esvaziamento das células de pólen nas
colônias (estoque) e a quantidade de larvas na colônia. A pesquisa foi realizada em um apiário localizado
em Lagoa dos Ferreira, a 30 Km da sede do Município de Mandirituba, situado na região sul do Brasil, no
primeiro planalto do Paraná, longitude 49º19'34” W, latitude 25º19'44”S e altitude em torno de 840 m.
De acordo com o sistema de classificação climática de Köeppen, a região pertence ao clima Cfb,
subtropical úmido, sem estação seca definida, com temperaturas médias do ano e dos meses mais quentes,
respectivamente, de 20ºC, 13ºC e 23ºC e precipitação pluviométrica média anual de 1400 mm (IAPAR,
1994). No início do experimento as rainhas tinham três meses de idade foram criadas pelo o método de
desenvolvimento natural de realeiras. A renovação de 50% dos favos nos ninhos das colônias ocorreu
durante as floradas de Bracatinga, em agosto de 1998. A coleta de pólen foi realizada no período entre 14
de janeiro e 04 de fevereiro de 1999. Esse experimento foi realizado com 23 colônias de abelha
africanizada (12 colônias com coletor de pólen de fundo e 11 sem coletor). Analisaram-se as variáveis
respostas: diferença na quantidade de ovos e larvas, pupas, mel e pólen. Têm-se, então, quatro
experimentos e os mesmos estão delineados em Blocos Inteiramente Casualizados. Para analisar esses
dados foi utilizado o teste “t“. As avaliações das quantidades de cria: ovos e larvas e pupas; e do mel e
pólen foram realizados com a metodologia proposta por AL-TIKRITY (1971). No início do tratamento, a
média de ovos e larvas eram de 4.034,40 1.943,36 cm2 e após este tratamento, a média diminuiu para
3.421,28
1.477,44 cm2, com diferença estatisticamente significativa na quantidade. No início do
experimento a quantidade média de pupas era de = 6.352,84 3.248 cm2, e no final, µ = 5.899,04
2.978,24 cm2 demonstrando que o tratamento de coleta de pólen reduziu significativamente a quantidade
de pupas embora sete colônias tenham aumentado a quantidade de pupas. A variável aleatória diferença
na quantidade de mel estocado apresentou média inicial de 16.272 8.200,64 cm2, e de 2.564,32
2.224,48 cm2 no final, com resultados significativos estatisticamente. A variável aleatória quantidade de
pólen estocado, em colônias da abelha africanizada, anterior e posterior ao tratamento com coletor de
pólen apresentaram médias e desvio padrão, respectivamente, de 1.777,69 926,49 cm2 e 1.315,49
752,25 cm2. A coleta de pólen reduziu estatisticamente a quantidade de ovos e larvas, pupas, mel e pólen
estocado; Quando for coletado pólen, com coletor em uso continuo, as colônias necessitam de
alimentação suplementar, considerando o comprometimento das mesmas.
Palavras chaves: abelha africanizada, coletor de pólen.
AVALIAÇÃO QUALITATIVA EM AMOSTRAS DE PÓLEN APÍCOLA DESIDRATADO
SOUZA, A. P. de S. B e ¹ MAGALHÃES, E. O. ², Souza, S. M. M. de
3
Segundo a normativa nº. 03 de 19 de janeiro de 2001 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento
(BRASIL, 2001), defini-se pólen apícola como o resultado da aglutinação do pólen apícola das flores,
efetuada pelas abelhas operarias, mediante néctar e suas substancias salivares, o qual é recolhido no
ingresso da colméia. O pólen apícola retirado dos coletores reúne grãos de pólen de coloração variada,
o que indica a diversidade botânica explorada pelas abelhas, formando o “mix” polínico que
encaminhado ao beneficiamento para posterior consumo humano. Por ser altamente higroscópico é
facilmente alterado pelas condições ambientais, sendo assim classificado segundo o teor de umidade.
Pólen apícola: produto coletado em sua forma original onde o máximo de umidade permitido é de 30% e
pólen apícola desidratado: é o produto submetido ao processo de desidratação em temperatura não
superior a 42°C, e com teor de umidade não superior a 4%. No Brasil a produção de pólen apícola foi
iniciada no final dos anos 80. E tem sido estimulada pelo consumo de produtos naturais que vem
aumentando gradativamente sua demanda, além do crescente marketing por suas características
terapêuticas. Por Marchini (2006), o valor nutritivo do pólen armazenado artificialmente dependente das
condições de secagem, temperatura e duração do tempo de armazenamento e da planta de origem do
pólen. Todos esses fatores indicam que a composição química é a chave que determina a utilidade do
pólen na nutrição da abelha (MARCHINI apud STANLEY & LINSKENS, 1974). O pólen para ser
comercializado no Brasil deve possuir as seguintes características físico-químicos: umidade máxima de
30%, proteínas mínimo de 8%, açucares totais de 14, 5% a 55,0, fibra bruta mínimo de 22% e ph de 4 a
6 (MARCHINI apud STANLEY & LINSKENS, 1974). O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade
das amostras pólen através dos teores de umidade e acidez. As amostras de pólen in natura foram
desidratadas no laboratório do Centro de Pesquisa de Apicultura do Sul da Bahia, na CEPLAC,
localizada na Rodovia Ilhéus/Itabuna Km 22, onde foi utilizada estufa com temperatura de 45°C, a
metodologia utilizada consta nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). As amostras
analisadas originaram-se dos municípios de Canavieiras, Serra Grande, Itacaré, Belmonte e do estado
de São Paulo. Os resultados demonstraram que, com relação a acidez grande parte das amostras
analisadas estão fora dos padrões preconizados pelo Regulamento Técnico para Fixação de Identidade e
Qualidade de Pólen Apícola Brasileiro. Quanto aos altos teores de umidade indicam que houve falhas no
processo de desidratação e/ou armazenagem dos grãos, o que implica numa dificuldade dos agricultores
em saber o real teor de umidade de seus produtos em função de não haver no Brasil equipamentos que
determinem precisamente esses valores, levando-os a fazer tal determinação através da textura do
produto, após secagem em estufas.
¹ Engª. Agrônoma, Voluntária no Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia.CEPLAC/
CEPEC. ²Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da
Agricultura e Abastecimento/ CEPLAC/CEPEC/ Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia
3
([email protected]). - Química Analista Industrial/CEPLAC/CEPEC
Análise de trilha em açúcares solúveis totais de amostras de pólen de Apis mellifera L.
(Hymenoptera: Apidae) na região sul da Bahia.
Santos, T. R.¹; Lavinsky, A. O.¹; Magalhães, E.²; Lavinsky, R. C. O.³; Lavinsky, M. O. 4 1- Eng°
Agrônoma, Discente do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal da UESC
([email protected]; [email protected]); 2 – Eng° Agrônomo, Setor de Apicultura da
CEPLAC ([email protected]); 3 - Economista, Técnica em Alimentos, Setor de Apicultura da
CEPLAC ([email protected]); 3 – Médica Veterinária, Discente do Programa de Pós Graduação
em Ciência Animal da UESC ([email protected]).
A análise de trilha, desenvolvida por WRIGHT (1921), consiste no estudo dos efeitos diretos e
indiretos de caracteres independentes explicativos sobre uma variável dependente principal básica, cujas
estimativas são obtidas por meio de equações de regressão, em que as variáveis são previamente
padronizadas. Como não se verificou na literatura trabalhos sobre análise de trilha em açúcares solúveis
totais de amostras de pólen de Apis mellifera L., utilizamos esta metodologia para obter estimativas de
coeficientes de correlação e avaliar os desdobramentos das correlações em efeitos diretos e indiretos das
variáveis açúcares solúveis redutores (AR), açúcares solúveis não-redutores (ANR), na quantidade de
açúcares solúveis totais (AT). Deste modo, após determinação por cromatografia, os açúcares solúveis
totais em função dos açúcares redutores (x1) e não-redutores (x2) foi dado pela fórmula y = B0 + B1x1 +
B2x2, e foram feitas todas as possíveis correlações (r x1x2, rx1y, rx2y). Como a análise de correlação linear
simples informou apenas o grau de associação entre os açúcares solúveis totais e as estimativas dos
parâmetros, utilizou-se a análise de causa e efeito (trilha) para proporcionar uma interpretação mais clara
dos efeitos diretos e indiretos que ocorreram entre as características de amostras de pólen colhidas na
região sul da Bahia. Os valores médios e o erro padrão foram de 457,86 ± 13,9 para AT, 442,37 ± 12,43
para AR e 48,82 ± 3,42 para ANR. A amplitude das estimativas de correlação de Pearson entre as
variáveis, em valores absolutos foram de -0, 377 a 0, 534, respectivamente para AR x AT e para ANR x
AT. Como foi verificada uma correlação negativa entre AR e AT, sugestiona-se um cuidado adicional
para esse fato. Deste modo, concluiu-se que a análise de trilha pode ser uma estratégia importante para a
superação das dificuldades encontradas pelos pesquisadores; permitindo que se possa priorizar o
parâmetro de maior relevância (maior grau de associação) para atingir, neste caso, um maior valor de
sólidos solúveis totais.
Palavras - chaves: análise de trilha, Apis mellifera, pólen.
PRÓPOLIS
ANALISE DO TEOR DE FLAVONÓIDES E DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA EM
DIFERENTES MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DE UMA VARIEDADE DE PRÓPOLIS DA BAHIA
L.S. Mendonça1,4; Y.L.F.M. Araujo1; S.C.Orellana3; E.D. Araujo1; J.C. Cardoso2; F.F.Padilha2 1.
Laboratório de Biologia Tropical, Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP, CEP 49032-490, Aracaju/SE,
[email protected]; [email protected] 2. Laboratório de Produtos Naturais e Sintéticos
Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP, CEP 49032-490, Aracaju/SE, [email protected] 3.
Laboratório de Engenharia de Bioprocessos do Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP, CEP 49032-490,
Aracaju/SE, [email protected] 4 bolsista PROBIC/UNIT.
A própolis é uma resina coletada pelas abelhas para reforçar os favos e manter a assepsia da colméia. Sua
composição química não é constante, pois varia de acordo com a origem botânica, período de coleta e
com a variedade das abelhas para a elaboração da mesma. Entretanto, os principais grupos químicos
encontrados são os flavonóides, como a quercetina. Devido sua atividade antimicrobiana já era utilizada
pelos egípcios e pelos gregos para cuidar de feridas e supurações. Hoje em dia é encontrada na
composição de diversas formulações e freqüentemente utilizada pela população para cuidar de afecções
causadas por microrganismos. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana de uma
amostra de própolis da Bahia extraída por diferentes métodos, visando comparar sua atividade frente à
Escherichia coli (ATCC 1284) e Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228) e avaliar a concentração de
flavonóides destes extratos. A coleta foi realizada em um apiário localizado no município de Entre
Rios/BA. O material foi encaminhado ao Laboratório de Biologia Tropical do Instituto de Tecnologia e
Pesquisa (ITP), onde foi armazenado sob refrigeração. Foram realizados três tratamentos para o preparo
dos extratos da própolis: 1) Maceração, 2) Ultra-som e 3) Soxhlet. Foram utilizados 0,5g de própolis para
25mL de etanol 70% nas extrações de maceração e ultra-som, enquanto na extração de soxhlet foi usado
3,6g da própolis para 180ml de etanol a 70%, sendo cada metodologia de extração realizada durante 2
horas. A análise de flavonóides foi realizada em espectrofotômetro (comprimento de onda 415nm) do
tipo/modelo DR 2300 da Hach, após tratamento com íon alumínio. Os valores foram expressos em teor de
quercetina onde foi verificado diferença significativa entre os diferentes métodos de extração. O resultado
apresentado para a análise antimicrobiana nas três extrações não houve formação de halos de inibição
para a bactéria Escherichia coli, no entanto para Staphylococcus epidermidis, o extrato à frio apresentou
halo de 9 mm, para o extrato de ultra-som apresentou halo de 8,5mm e para a extração no soxhlet
apresentou halo de inibição de 5,6 mm. Os resultados sugerem que os flavonóides participam ativamente
na atividade antimicrobiana em relação ao Staphylococcus epidermidis e que esses compostos
responsáveis pelos halos de inibição podem estar sendo degradados quando a extração é realizada
utilizando temperatura. Portanto, para esse microrganismo a melhor extração foi a maceração (extração a
frio).
AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE COLHEITA DE GEOPRÓPOLIS EM COLÔNIAS DE
Melipona quadrifasciata anthidioide LEPELETIER (HYMENOPTERA: APIDAE)
P. de A., Melo1; J. L. L. da Silva; C. A. L. de Carvalho 2; R. M. de O. Alves3; G. da S. Sodré4 Laboratório
de Entomologia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, Grupo de Pesquisa Insecta, Cruz das Almas, Bahia, Brasil, CEP 44380-000.
As abelhas pertencentes às subtribos Apina e Meliponina destacam-se como as que possuem sociedades
bem organizadas e utilizam os recursos fornecidos pelos vegetais (pólen, néctar e resina) para sua
alimentação e proteção. A subtribo Apina utiliza a resina vegetal associada a enzimas formando o que se
denomina de própolis, utilizada nas colméias para vedar rachaduras, revestir favos e isolar inimigos. Entre
as abelhas pertencentes a subtribo Meliponina destacam-se as conhecidas como trigonas que produzem
própolis e os melíponas produtoras de geoprópolis. A Melipona quadrifasciata anthidioides, denominada
de mandaçaia pertence à subtribo Meliponina e está distribuída nas áreas sub-úmida e semi-áridas do
estado da Bahia, sendo considerada a abelha mais criada no interior do estado. Ela produz uma
quantidade ainda não avaliada de geoprópolis que é retirada sem cuidados, proporcionando uma perda
deste recurso; útil à melhoria das condições sócio-econômicas das comunidades. O objetivo desse
trabalho foi avaliar a influencia de diferentes métodos de colheita na quantidade de geoprópolis produzida
pela mandaçaia na região do Recôncavo Baiano. O trabalho foi desenvolvido durante os meses de março
a junho de 2007, em área experimental no campus universitário do Centro de Ciências Agrárias,
Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas,
Bahia (12°40’S; 39° 06’W). As colônias foram separadas em número de vinte (20), homogeneizadas em
relação às áreas de cria e alimento (mel e pólen) e alimentadas artificialmente, permanecendo durante
todo o período do experimento, instaladas no meliponário da UFRB. O delineamento utilizado foi
inteiramente ao acaso. Os tratamentos utilizados foram: T1 – testemunha (colônias com plástico preto sob
tampa); T2 (tela sob a tampa); T3 (palito entre a tampa e ninho) e T4 (plástico transparente sob a tampa).
Após a colheita, o material foi pesado em balança digital. O tratamento T3 foi o que apresentou maior
produção com média (1.416,0 g) superior a dos demais. Não houve diferença significativa entre os
tratamentos T1 (982,0 g) e T4 (616,0 g), mas estes foram superiores ao tratamento T2 (302,0 g).
Concluiu-se que a produção de geoprópolis pela mandaçaia apresentam grande variação na atividade de
coleta de resina decorrentes dos fatores intracoloniais (genéticos) e extra coloniais (clima).
Agências financeiras:
1 - CNPq
2 - UFRB/ PQ-CNPq
3 - CAPES
4 - FAPESB
EFEITO DO TEMPO DE MACERAÇÃO NA EXTRAÇÃO AQUOSA DE PRÓPOLIS
A. A. L.Silva; D. M. Pimentel; N. M. V. Júnior. Departamento de Tecnologia Rural e Animal - UESB
Este estudo foi realizado para se verificar a possibilidade de obtenção de extrato aquoso de própolis sem
uso do aparelho de banho termostático e assim baratear sua produção. A própolis é um produto apícola
com diversas propriedades terapêuticas comprovadas, tais como ação antibiótica, antinflamatória,
anestésica, etc. Também há propriedades em estudo como ação contra células cancerígenas. Por tudo isso,
sua extração alcoólica é amplamente estudada e sua extração aquosa vem sendo pesquisada. O extrato
aquoso tem propriedades terapêuticas limitadas, mas apresenta potencial comercial. Uma pesquisa recente
avaliou o uso de temperaturas controladas de até 75°C na extração aquosa, utilizando-se de banho
termostático, pois temperaturas elevadas podem causar volatilização de aromas ou degradação de
substâncias terapêuticas. O objetivo desta pesquisa foi obter extrato aquoso de própolis em temperatura
ambiente variando-se o tempo de maceração. Na metodologia, utilizou-se própolis verde de
Apis melliphera comercializado na região de Vitória da Conquista, BA, em Maio de 2007. O própolis
bruto moído e peneirado em peneira de 5 mesh. A maceração foi realizada com 20% m/v de própolis em
água destilada, em frascos de vidro com tampa de rosca. Na cidade de Itapetinga, BA, a maceração
prosseguiu em repouso em temperatura ambiente (variando de 22 a 28°C) pelos períodos de 7 e 14 dias
(tratamentos estatísticos), em três repetições. Depois de cada período, o extrato foi filtrado e submetido às
análises: Sensorial (aroma, cor e sabor), Teor de Sólidos Solúveis (°Brix) com refratômetro manual e
Rendimento de Extrato Seco (%) em estufa a 75°C até peso constante da amostra. Realizou-se a Análise
de Variância dos dados ao nível de 5% de probabilidade. Obteve-se os seguintes resultados: não houve
variação entre 7 e 14 dias para nenhuma das variáveis dependentes. O aroma apresentou-se balsâmico, o
sabor foi suave característico, a cor foi marrom. O Teor de Sólidos Solúveis e o Rendimento de Extrato
Seco apresentaram valores médios de 4,05°Brix e 3,48%, respectivamente. Concluiu-se que para o tipo de
própolis estudado, 7 dias foram suficientes para obter a máxima extração possível em temperatura
ambiente e que é possível obter extrato aquoso de própolis sem fazer uso de temperaturas controladas e
acima da ambiente.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE SILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR (Saccharum
officinarum L.) COM ADIÇÃO DE PRÓPOLIS
W.P.SPARENBERG18, F.J.DIAS19, J.L.SORIANI FILHO20, C.C. JOBIM21, L.P.M.PONTARA22;
S.L.FRANCO23; C.R.NOVELLO24
PIBIC/CNPq-UEM (1), Doutorando PPZ/UEM (2), Mestrando PPZ/UEM (3), Prof Dr Titular em
Forragicultura PPZ/UEM- Orientador, (4), Profa Dra em Apicultura DZO/UEM (5), Profa Dra em
Farmacologia DFF/UEM (6), Técnico de Laboratório Doutorando em Farmacologia DFF/UEM (7).
Universidade Estadual de Maringá/DZO Av. Colombo, 5790, CEP: 87020-900– Maringá – PR.
Email: [email protected], [email protected]
Resumo:
A utilização da cana-de-açúcar, colhida diariamente e fornecida fresca aos animais, é tradicional e de
amplo conhecimento dos pecuaristas. Porém o corte diário trás dificuldades devido à dificuldade de
colheita em dias de chuva. Assim, a ensilagem da cana apresenta-se como alternativa, permitindo a
colheita de grandes áreas num curto espaço de tempo, na época em que a forrageira apresenta bom valor
nutritivo. No entanto, o alto teor de carboidratos solúveis e a grande população de leveduras epífitas
levam à fermentação alcoólica quando a cana é ensilada, causando perdas excessivas de matéria seca e do
valor nutritivo. Diante disso, para sucesso na ensilagem da cana faz-se necessário o uso de aditivos que
reduzam a atividade de leveduras. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da adição de própolis
sobre a qualidade de conservação da silagem de cana-de-açúcar. O experimento foi realizado no
Laboratório de Análise de Alimentos e Metabolismo Animal do Departamento de Zootecnia da
Universidade Estadual de Maringá-PR. As silagens foram confeccionadas em silos Experimentais (PVC
de 40 m de diâmetro x 20 cm) com capacidade para cerca de 9 kg de silagem que permaneceram vedados
durante 70 dias. Os tratamentos foram dosagens de própolis aplicadas no momento da ensilagem, onde:
T1 – silagem de cana sem aditivo (controle); T2 – silagem de cana com adição 0,01% de própolis; T3 –
silagem de cana com adição 0,02% de própolis; T4 – silagem de cana com adição 0,03% de própolis; T5
– silagem de cana com adição 0,04% de própolis. Após a abertura dos silos o material foi moído em
peneira de crivo de 1 mm e acondicionado em frascos plásticos, para as análises de matéria seca (MS),
proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria orgânica (MO), obtidos segundo métodos descritos por
Silva & Queiroz (2006). A determinação da Fibra em Detergente Neutro (FDN), Fibra em Detergente
Ácido (FDA), nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), nitrogênio insolúvel em detergente
neutro (NIDN) e lignina foram obtidos de acordo com Van Soest et al. (1994). A determinação do pH foi
realizada em potenciômetro digital. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três
repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão com uso do pacote
SAEG (1998). Houve efeito significativo da adição de própolis sobre a composição química das silagens
e sobre os valores de pH. Concluiu-se que a adição de extrato de própolis na ensilagem de cana pode
beneficiar a qualidade de fermentação, reduzindo as perdas de compostos orgânicos.
Palavras-chave: aditivo, composição química, fibra, forragem.
DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA E DE PELE DE COELHOS EM
CRESCIMENTO UTILIZANDO O PRODUTO SL49*, À BASE DE PRÓPOLIS
L. P. M. Pontara, A. S. Nakano, C. Scapinello, M. L. R. Souza, A. A. Silva, A. R. Lobo Junior, V. Bett,
S. L. Franco; C. R. Novello, R. Alvarez. Departamento de Zootecnia/UEM. Av.Colombo 5790. CEP
87020-900 Maringá – PR. email: [email protected]
O objetivo do presente trabalho foi de avaliar o efeito da adição do produto SL49* à base de própolis nas
rações sobre o desempenho e as características de carcaça e características da pele de coelhos da raça
Nova Zelândia Branco. Para tanto o experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de Iguatemi
(FEI), pertencente à Universidade Estadual de Maringá. Utilizando-se 60 animais em fase de crescimento,
dentre eles 20 machos e 40 fêmeas, dos 35 aos 70 dias de idade, alojados individualmente em gaiolas
providas de bebedouro automático e comedouro semi-automático em um delineamento inteiramente
casualizado. Formularam-se 5 dietas distintas entre si, uma controle (com robenidina e bacitracinda de
zinco) que foi o tratamento 1, e as outras com 4 níveis diferentes do produto SL49* (100g, 150g, 200g,
250g de SL49*/kg de ração), tratamentos 2,3,4 e 5 respectivamente, em substituição da robenidina e
bacitracina de zinco. As rações e a água foram fornecidas à vontade aos animais durante todo o
experimento. Aos seus 70 dias de idade os animais foram abatidos através de atordoamento (golpe
manual na nuca e sangria). Foram analisados fatores de desempenho, como o peso vivo, ganho de peso,
consumo de ração, conversão alimentar. Para características de carcaça verificou-se o peso, rendimento e
peso do coração. No couro dos animais foram verificados parâmetros de resistência mecânica, como a
resistência da tração e alongamento, considerando 2 sentidos, o longitudinal e o transversal. Para tais, as
amostras das peles foram submetidas anteriormente à vários outros processos químicos, a fim de preparálas adequadamente. Não houve diferença significativa para os parâmetros analisados. Apesar dos
parâmetros de resistência da pele não terem sido influenciados, os níveis do produto SL49* influenciaram
o desenvolvimento das fibras de colágeno. Ficando evidente a utilização do produto como produto
alternativo (na substituição de antibióticos) na alimentação de coelhos. *(RPI-1851/PI 05063930).
DIGESTIBILIDADE IN VITRO DA MATÉRIA SECA DE RAÇÕES COM NÍVEIS DE
VOLUMOSO E CONCENTRADO E ADIÇÃO DE PRODUTOS LLOS* À BASE DE PRÓPOLIS
OU IONÓFORO
O.P.P.Prado; L.M.Zeoula; L.P.M.Pontara; S.L.Franco; C.R.Novello; R.G.Santana; V. Bett;
I.N.Prado. Universidade Estadual de Maringá/Departamento de Zootecnia. Av. Colombo, 5790, CEP:
87020-900
Email: [email protected] , [email protected]
As pesquisas na área de ruminantes concentra-se cada vez mais em testar substâncias alternativas para
melhorar o rendimento energético dos ruminantes e diminuir as emissões de metano. Entretanto sabe-se
que a própolis varia sua composição química de acordo com a flora apícola existente em sua região, onde
torna-se necessário buscar ferramentas que permitam padronizar esse produto, desde as condições de
coleta, armazenagem e preparação dos extratos à base de própolis e a sua utilização. Os resultados de
pesquisas têm mostrado que a própolis demonstra evidencias de ser uma possibilidade de substituto para
os ionóforos. Objetivou-se neste experimento avaliar o produto comercial LLOS*, à base de própolis, em
três teores alcoólicos (1, 2 e 3) e quatro concentrações de própolis (LLOS*A1, LLOS*B2, LLOS*C3 e
LLOSD*4), sobre a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) de rações com 50% de volumoso e
50% de concentrado e 100% de volumoso (Feno de Tifton - Cynodon spp.). O experimento foi realizado
no Laboratório de Nutrição e Alimentação Animal (LANA) do Departamento de Zootecnia, no
Laboratório de Farmacotécnica do Departamento de Farmácia e Farmacologia, e setores de Bovinocultura
de Corte e de Apicultura da Fazenda Experimental de Iguatemi, pertencentes à Universidade Estadual de
Maringá. Foi utilizada a técnica de DIVMS de um estágio. Foi utilizado como doador de líquido ruminal,
um bovino Holandês com peso vivo médio de 400 Kg e portador de cânula ruminal, primeiramente
alimentado com ração contendo 50% de volumoso e 50% de concentrado (12% de PB e 60% de NDT), à
base de feno de tifton (Cynodon spp.), milho e farelo de soja; para a incubação in vitro de rações com
50%volumoso e 50% concentrado. Para análises estatísticas foi utilizado o sistema STATISTICA, no
procedimento GLM. Foram utilizados os testes de contraste a 5% como teste de médias para DIVMS de
rações contendo o produto LLOS* em diferentes combinações de teor alcoólico e concentração de
própolis e o teste de Tukey a 5% para comparar as médias de DIVMS de rações com produto LLOS*,
com ionóforo (monensina sódica) e ração testemunha (sem aditivo). Os maiores coeficientes de DIVMS
de rações com 50:50% de volumoso:concentrado foram para as seguintes combinações do produto
LLOS*: álcool 1, com concentração LLOS* C3 (57,37%), álcool 1 com concentração LLOS*D4
(56,41%), álcool 2 com concentração LLOS*A1 (56,03%) e álcool 3 com concentração LLOS*C3
(56,04%). Os maiores coeficientes de DIVMS de rações com 100% de (Feno de Tifton - Cynodon spp.),
foram para as seguintes combinações do produto LLOS*: álcool 1 com concentração LLOS*C3 (45,49%)
e álcool 3 com concentração LLOS*B2 (49,09%). Para as rações com 50% ou 100% de volumoso
contendo as diferentes combinações do produto LLOS* foram observados valores de DIVMS superiores
(P<0,05) ou semelhantes aos observados paras as rações contendo ionóforo e ração testemunha, sendo os
valores de digestibilidade respectivamente: 54,00% e 52,97% para ração 50:50% volumoso:concentrado;
e 39,09% e 39,30% para ração com 100% de volumoso. (* PI - 0605768-3)
DIGESTIBILIDADE “IN VITRO” DA MATÉRIA SECA DE RAÇÕES COM 50% DE
VOLUMOSO E 50% DE CONCENTRADO E ADIÇÃO DE PRODUTOS LLOS À BASE DE
PRÓPOLIS OU IONÓFORO¹.
O. P.P.Prado²; L.M.Zeoula³; L.P.M.Pontara4; S.L.Franco5; C.R.Novello6;
V. Bett7;
8
9
R.G.Santana ; M.A.Boza . 1- Parte da dissertação da primeira autora, Financiado pela Fundação
Araucária – PR, 2 - Msc. Doutoranda em Nutrição de Ruminantes PPZ/UEM ([email protected]), 3 Profa Dra Titular em Nutrição de Ruminantes PPZ/UEM, 4- Profa Dra em Apicultura PPZ/UEM, 5 Profa Dra em Farmacologia DFF/UEM, 6 - Técnico de Laboratório Msc. em Farmacologia DFF/UEM, 7
- Dr em Produção Animal, 8 - Profa Dra em Estatística UEM, 9 - Bolsista de Apoio técnico (CNPq)
O estudo da DIVMS de rações com 50% volumoso e 50% concentrado visa simular a fermentação
ruminal de animais confinados. Para a manipulação dos produtos finais da fermentação ruminal (ácidos
graxos voláteis- AGV), utiliza-se ionóforos, que selecionam as bactérias Gram negativas (produtoras de
propionato) em detrimento das bactérias Gram positivas (produtoras de metano), que são susceptíveis à
ação destes antibióticos, assim proporcionando a lise de bactérias metanogênicas, o que é uma vantagem
visto que os animais ruminantes são os responsáveis por 22% da emissão do gás metano na atmosfera, e a
busca por produtos alternativos está cada vez mais evidente. Considerando as tendências desta
necessidade objetivou-se neste experimento avaliar o produto comercial LLOS*, à base de própolis, em
três teores alcoólicos (1, 2 e 3) e quatro concentrações de própolis (LLOS*A1, LLOS*B2, LLOS*C3 e
LLOS*D4), sobre a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) de rações com 50% de volumoso e
50% de concentrado à base de milho, farelo de soja, sal mineral e feno de grama estrela (Cynodon
nlemfuensis spp.). Foi utilizada a técnica de DIVMS de um estágio. Para análises estatísticas foi utilizado
o sistema STATISTICA, no procedimento GLM. Foram utilizados o teste de contraste a 5% como teste
de médias entre as combinações teor alcoólico e concentração de produto (tratamento),e teste de Tukey
5% para comparar as médias entre os tratamentos, ionóforo e ração testemunha. Para comparar as médias
de DIVMS em função da concentração foi utilizado o teste de Tukey a 5%. A DIVMS de rações
contendo diferentes concentrações de LLOS apresentou valores semelhantes ou superiores (P<0,05) ao
observado em rações contendo ionóforo. Os produtos comerciais LLOS* à base de própolis que
apresentaram mais alto coeficiente de DIVMS foram: álcool 1, com concentração LLOS*C3, álcool 1
com concentração LLOS*D4, álcool 2 com concentração LLOS*A1 e álcool 3 com concentração
LLOS*C3, que mostraram-se promissores substitutos da monensina sódica para ruminantes. (* PI0605768-3)
OCORRÊNCIA DE ECTOPARASITAS DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis niloticus)
ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE SL*492 (PRODUTO À BASE DE própolis)
L.P.M.Pontara; M.Digmayer; J. M.Galo; L.Vargas; R.P.Ribeiro; G.L.Braccini; S.L. Franco; C.R.Novello.
Departamento de Zootecnia/Universidade Estadual de Maringá (UEM), Av. Colombo, 5790, CEP 87020900. Email: [email protected]
Foram analisadas amostras de raspados de tegumento e filamento de brânquias de reprodutores machos e
fêmeos de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), da linhagem Bouaké, alimentados com seis diferentes
níveis de SL 492*, adicionados à ração. O experimento foi desenvolvido na Estação de Piscicultura
UEM/CODAPAR. As análises parasitológicas foram realizadas em março e maio do ano de 2006,
juntamente foram registrados os parâmetros da água, temperatura e oxigênio dissolvido. A distribuição
dos 72 animais se deu aleatoriamente em seis tratamentos, sendo que cada tratamento foi composto de
quatro repetições (duas de machos e duas de fêmeas). Os animais foram alojados em caixas de fibra de
vidro com capacidade de 250 L, sendo três animais (machos ou fêmeas) por caixa. Foram avaliados seis
diferentes níveis do produto SL492*, sendo os tratamentos: 1) 10 g de SL492*/kg de ração, 2) 20 g de
SL492*/kg de ração, 3) 30 g de SL492*/kg de ração, 4) 40 g de SL492*/kg de ração, 5) 50 g de
SL492*/kg de ração e o controle, 6) 0,0 g de SL492*/kg de ração. A ocorrência de ectoparasitas em 36
machos, com peso médio de 247,5 ± 35,1 g, e 36 fêmeas, com peso médio de 182,6 ± 42,8 g, no início do
experimento, foi de 100%. Foi observado que havia (antes de receberem a ração com o produto SL492*),
uma infestação menor de Trichodina para os tratamentos 1 e 5 (5,5%) e, 2 e 6 (6,9%), em relação ao
parasitismo misto (Trichodina e Dactilogirídeos) 1 e 5 (11,1%) e, 2 e 6 (9,7%). Nos tratamentos 3 e 4, a
ocorrência de Trichodina e parasitismo misto foi igual (8,3%). Não houve parasitismo apenas por
Dactilogirídeos. Após 72 dias de experimento, foi feita uma outra coleta de raspados de tegumento e
filamentos das brânquias. Neste período, houve uma mortalidade de 15,3%. A ocorrência de ectoparasitas
nos animais, com peso médio de 226,9 ± 56,5 g, foi de 100%. Para parasitismo misto, a ocorrência foi
maior no tratamento 1 (15,3%), em relação ao 2 e 5 (9,7%), 3 e 4 (8,3%) e ao 6 (4,2%), onde foi menor.
Registrou-se a ocorrência de Dactilogirídeos apenas no tratamento 6 (1,3%). A ocorrência de Trichodina
foi menor nos tratamentos 2 e 3 (4,2%) e, 4 e 5 (5,5%), e teve sua alta no controle (8,3%). Com base nos
dados prévios, observou-se que a ração contendo o produto SL 492*, teve uma redução na ocorrência de
Trichodina, em relação à primeira coleta. Já no controle da segunda coleta, houve infestação de
Dactilogirídeos. Para parasitismo misto, verificou-se uma redução para o tratamento 5 e controle, na
segunda coleta. *(RPI-1851/PI 05063930).
ANORMALIDADES ESPERMÁTICAS DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis niloticus)
ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DO PRODUTO SL492* (À BASE DE PRÓPOLIS)
J. M.Galo*; M.Digmayer; D.P.Streit Jr.; G.V.Moraes; R.P.Ribeiro; L.P.M.Pontara; M.Mataveli;
L.Vargas; S.L. Franco; C.R.Novello. Departamento de Zootecnia/Universidade Estadual de Maringá
(UEM), Av. Colombo, 5790, Centro de Ciências Agrárias. Email: [email protected] ,
[email protected]
Pesquisas que abordam técnicas práticas e simples para verificação de anormalidades nos
espermatozóides de peixes são raras e pouco utilizadas, porém é um importante procedimento de
avaliação seminal. Com o objetivo de avaliar a morfologia espermática de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis
niloticus, após serem alimentadas com ração contendo o produto SL492* (à base de própolis). O
experimento foi conduzido na Estação de Piscicultura da UEM/CODAPAR. Os peixes foram estocados
em caixas de fibra de vidro com capacidade de 250 L, por um período de 60 dias. Foram avaliados cinco
tratamentos contendendo diferentes níveis de SL492*: 1) 10 g de SL492*/kg de ração, 2) 20 g de
SL492*/kg de ração, 3) 30 g de SL492*/kg de ração, 4) 40 g de SL492*/kg de ração, 5) 50 g de
SL492*/kg de ração além do controle 6) 0,00 g de SL492*/kg de ração. Para cada tratamento
consideraram-se duas caixas, sendo que cada caixa continha três peixes, totalizando seis animais por
tratamento, mais um controle e selecionados 36 peixes com média de peso de 247,5 ± 35,1 g. Os peixes
foram alimentados duas vezes por dia, em média 10% da biomassa de cada caixa. Para a avaliação da
morfologia espermática, fez-se o esfregaço, nas lâminas, com 1 gota de sêmen diluído em formol-salina.
Deixaram-se as lâminas secarem ao ar, e em seguida, corou-se as lâminas com corante de Rosa-Bengala,
e levou-as à estufa para a secagem. Para a avaliação, utilizou-se um microscópio óptico, no aumento de
40X, e para cada animal analisou-se 100 células espermáticas. Dentre as patologias analisadas, observouse cauda dobrada, cauda enrolada, cauda quebrada, cabeça solta, cauda solta, cauda enrolada, cauda
degenerada, cauda abaxial e cauda corrugada. A incidência patológica dos espermatozóides avaliados
previamente utilizando-se diferentes níveis de SL492*, não mostrou uma tendência clara de um
tratamento melhor. Todavia, a patologia cauda enrolada (patologia primária) foi a mais freqüente em
todos os tratamentos, acima de 10%, com exceção da patologia cabeça solta no tratamento 2. Assim como
para a patologia secundária, cabeça solta, no tratamento 2 apresentou maior tendência de média, para a
também patologia secundária cauda solta, todavia com percentuais diferentes. *(RPI-1851/PI 05063930)
DESEMPENHO E SOBREVIVÊNCIA DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromis niloticus)
DURANTE E APÓS A FASE DE REVERSÃO SEXUAL ALIMENTADOS COM RAÇÕES
CONTENDO SL491* À BASE DE PRÓPOLIS.
R.Y., Kuradomi, L.P.M. Pontara, J.A. Povh, L.D.V. Mendez, A. C. Furlan, R. M. Amaral, M.E. Hata, S.
L. Franco, C.R. Novello, R.P. Ribeiro. Email: [email protected] . Departamento de Zootecnia –
Estação de Piscicultura ( CODAPAR)
Este experimento objetivou testar a inclusão do SL491* (a base de própolis) na ração, para avaliar o
desempenho e sobrevivência da Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) durante e após a fase de reverão
sexual. O presente estudo foi realizado na Estação de Piscicultura da Universidade Estadual de
Maringá/CODAPAR, no período de Janeiro a Maio de 2006. Para a fase de reversão (30 dias) foram
utilizados 600 larvas de Tilápia do Nilo, com dois dias de idade, distribuídas em 30 aquários de 40L num
delineamento inteiramente casualizado, em uma sala climatizada, com seis tratamentos e cinco repetições.
Os tratamentos constituíram-se de uma ração comercial de 38% de proteína bruta, com níveis crescentes
de inclusão de SL491*(0%, 5%, 10%, 15%, 20% e 25%). Nessa ração também foi incluso o hormônio
masculinizante (17-a.-metiltestosterona) na quantidade de 60mg/Kg de ração (somente na fase de
reversão). Já para o período de pós-reversão sexual (90 dias), foram coletados aleatoriamente 20 alevinos
de cada tratamento da fase de reversão e redistribuídos aleatoriamente em 24 caixas de cimento amianto
com capacidade de 250 L, num delineamento inteiramente casualizado composto por seis tratamentos e
quatro repetições. Os parâmetros físico-químicos da água dos mesmos, como pH, condutividade e
oxigênio dissolvido foram mensurados semanalmente e a temperatura da água foi aferida diariamente no
período da manhã e da tarde. Os dados foram submetidos à análise de variância e, no caso de diferença
significativa, foi aplicada análise de regressão polinomial. Valores médios dos parâmetros físicos –
químicos da água, durante o período experimental encontraram-se dentro das condições normais. Os
níveis de sobrevivência dos tratamentos obtidos foram respectivamente: 73%, 69%, 81%, 85%, 58% e
81%, para a inclusão do SL491* na fase de reversão e 95%, 70%, 75%, 80%, 85% e 95% para a fase de
pós-reversão. O ganho em peso, o peso final, a altura, o comprimento padrão e o comprimento total,
aumentaram linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de SL491* durante a fase de reversão
sexual, porém após a fase de reversão não foi significativo. Conclui-se que a própolis teve um efeito
positivo no desempenho das tilápias do Nilo com efeito linear durante a fase de reversão sexual. Porém
mais estudos se fazem necessário para uma melhor compreensão do efeito do produto SL491*, e
descobrir um nível ideal de inclusão do mesmo nas rações e realizar o mesmo tipo de estudo em
instalações mais adequadas. *(RPI-1851/PI 05063930)
QUALIDADE DO COURO DE TILÁPIA DO NILO (Oreochromis niloticus) ALIMENTADAS
COM RAÇÃO CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE SL491* À BASE DE PRÓPOLIS
M.L.R.Souza1, R.S.Kioshima2, L.P.M.Pontara3, S.L.Franco4, C.R.Novello5, N.P.Franco6, W.M.Furuya7.
1,2,3,6,7 Departamento de Zootecnia/UEM. Av.Colombo 5790. CEP 87020-900 Maringá – PR. 4,5
Departamento de Farmácia e Farmacognosia/UEM. Av.Colombo 5790. CEP 87020-900 Maringá – PR.
Email: [email protected], [email protected]
Buscando alternativas e visando um maior desempenho dos peixes, qualidade da carne e subprodutos, a
utilização do produto a base de própolis SL491* adicionado nas rações, surge com grande potencial. A
criação de tilápia, atualmente visa mais efetivamente à produção de carne, especialmente na forma de filé.
No entanto, com o aproveitamento dos subprodutos gerado pelo processo de filetagem, é uma forma de
agregar maior valor ao pescado, proporcionando uma maior rentabilidade na atividade piscícola. Dentre
esses subprodutos, a pele merece um destaque especial, por torna-se um produto nobre e de alta qualidade
após o processo de curtimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o rendimento das peles e as
características físico-mecânicas do couro da Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), alimentadas com
rações com diferentes níveis de inclusão de SL491*. O experimento foi conduzido no Laboratório de
Processamento de Peles da Fazenda Experimental de Iguatemi da Universidade Estadual de Maringá,
onde foram utilizadas 96 peles de Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), que foram alimentadas com
rações contendo diferentes níveis de inclusão de SL491* (T1=10,0%; T2=15,0%; T3=20,0%; T4=25,0%;
T=30,0% e T6=00,0%, testemunha). As tilápias foram cultivadas no período de inverno e após 160 dias
de arraçoamento, os animais foram abatidos, pesados e as peles retiradas para submeter ao processo de
curtimento. O peso médio inicial das tilápias foi de 13g e final variou entre os tratamentos (T1=134,26g;
T2=143,37; T3=145,85g; T4=160,44g; T5=149,84 e T6= 130,10g). A temperatura mínima durante o
período experimental foi 15,8ºC e a máxima 19,8ºC. Os valores médios do rendimento de pele bruta e
limpa (sem escamas e músculos) foram de 7,67% e 4,14%, respectivamente, não foram influenciados pela
adição da SL491*. Em relação à espessura do couro, foi verificado um aumento significativo para os
níveis T4 e T5, em relação T6. Segundo alguns autores a espessura da derme é determinada,
principalmente, pela proporção das fibras colágenos, isso indica que a SL491* promoveu o aumento
nessa proporção. Nos testes de resistência dos couros não foi verificada nenhuma influencia dos níveis de
adição de SL491* nos parâmetros analisados. Contudo, são necessários mais estudos para se verificar a
influência da SL491* no rendimento e qualidade do couro de peixes. *(RPI-1851/PI 05063930).
UTILIZAÇÃO DO PRODUTO LLOS* À BASE DE PRÓPOLIS NO DESEMPENHO DE
BEZERRAS LACTANTES1
L.P.M.Pontara2, T.R.Casimiro3, L.M.Zeoula2, S.L.Franco4, O.L.Ribeiro5, C.R.Novello4 1Parte da
dissertação de mestrado do segundo autor, financiada pela Fundação Araucária; 2Departamento de
Zootecnia – UEM. e-mail: [email protected]; 3Mestrando do Programa de Pós-graduação em
Zootecnia – UEM. e-mail: [email protected]; 4Departamento de Farmácia – UEM;
5
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Zootecnia – UEM
A utilização de antibióticos inibidores de bactérias gram-positivas tem sido sugerida como forma de
controle no aparecimento de distúrbios digestivos e conseqüentemente de aumento na absorção de
nutrientes pelo animal durante a fase de aleitamento. Dentre as alternativas possíveis para substituir os
antibióticos estaria a utilização de antibióticos naturais como a própolis. A própolis e alguns de seus
componentes possuem efeitos sobre a permeabilidade da membrana interna bacteriana aos íons, causando
a dissipação do potencial de membrana, o que a caracteriza como substância ionófora (Mirzoeva et al.,
1997), sendo seu efeito inibitório sobre a atividade de bactérias gram-positivas. Desta forma, objetivou-se
avaliar o desempenho e a digestibilidade de bezerras lactentes da raça Holandesa alimentadas com dietas
contendo dois produtos à base de própolis em substituição ao ionóforo lasolacida sódica. O experimento
foi conduzido no Centro de difusão tecnológico Fazenda Iguaçu, localizado no município de Céu-Azul/Pr
a 35Km da cidade de Cascavel no oeste do estado, sendo esta uma propriedade particular e no
Laboratório de Farmacotécnica e Laboratório de Nutrição Animal da Universidade Estadual de Maringá.
Foram utilizados trinta bezerras da raça Holandês preto e branco – PO, recém-nascidas, com peso médio
de 39,1
2,4 kg, as quais foram acompanhadas até sessenta dias de vida, quando foi realizado o
desmame. As bezerras foram dividas em três tratamentos: ração comercial Rumileite® que continha
lasalocida (81mg/kg) utilizada no manejo alimentar das bezerras da propriedade (tratamento controle) e
ração comercial Rumileite® sem a inclusão de lasolocida e na qual foi adicionado o produto à base de
própolis (LLOS*A2 e LLOS*C3). Aos animais recém nascidos foram fornecidos dois litros de colostro
até seis horas após o nascimento e mais dois litros antes de completarem doze horas de vida. Aos animais
com mais de um dia de vida eram fornecidos as rações experimentais (ração comercial Rumileite® sem e
com LLOS*) ad libitun e leite in natura na quantidade de 2,5 litros às 7:00 horas e 2,5 litros às 18:00
horas, totalizando cinco litros/animal/dia. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado,
utilizando-se quatro repetições para a determinação da digestibilidade e dez repetições para os dados
referentes ao desempenho (ganho de peso, ganho em altura e conversão alimentar). As análises
estatísticas das variáveis estudadas foram interpretadas por análises de variância e regressão, utilizando o
procedimento GLM do programa SAS. Os parâmetros analisados foram consumo de matéria seca, ganho
médio diário, conversão alimentar e digestibilidade da matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e extrato
etéreo (EE). Não houve efeito da substituição do ionóforo pelos diferentes produtos à base de própolis
sobre o desempenho das bezerras, conversão alimentar e digestibilidade das rações.(* PI-0605768-3)
NÍVEIS DE SL491* (À BASE DE PRÓPOLIS) SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO SÊMEN DE
COELHOS
G.V.Moraes1, M.Mataveli3, F.A.Bertaglia4, L.P.M.Pontara1, C.Scapinello1, S.L.Franco2 1 Professores
do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá. 2 Professora do Departamento de
Farmácia e Farmacologia da Universidade Estadual de Maringá. 3 Aluna de mestrado do Programa de
Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá. 4 Aluna de graduação em Zootecnia
da Universidade Estadual de Maringá. Email: [email protected]
O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Universidade Estadual de MaringáPR. Foram utilizados 36 machos da raça Nova Zelândia Branco, com idade média inicial de sete meses e
peso médio inicial de 3,44 kg, divididos em seis grupos, com seis indivíduos cada. Os animais foram
mantidos por um período preliminar de oito semanas em dietas base. Foram testadas seis concentrações
de SL491* (à base de própolis) sendo:1) controle; 2) 25 g de própolis/ kg de ração; 3) 50 g de própolis/kg
de ração; 4) 75 g de própolis / kg de ração; 5) 100 g de própolis/ kg de ração; 6) 125 g de própolis/kg de
ração. A água e a ração foram fornecidas a vontade. A colheita do sêmen foi realizada duas vezes por
semana, durante cinco semanas. A colheita foi realizada com vagina artificial à 44ºC. Após cada colheita
foram verificados os volumes(V), a cor, o pH, a motilidade espermática progressiva (MP), vigor
espermático (VE), a concentração espermática (CE) em mm3 e a morfologia espermática (ME). O
volume foi observado no copo coletor graduado, a cor foi avaliada subjetivamente, o pH com papel
tornasol, MP e VG em microscópio de contraste de fase de 40 X, a CE em câmara de Neubauer a 40 X e a
morfologia a partir de esfregaços corados pelo método de Willians modificado. Para as análises
estatísticas utilizou-se o método dos modelos lineares generalizados (SAS, 1992), considerando-se que os
erros possuíam diferentes distribuições de probabilidade, com função de ligação canônica. O objetivo foi
o de avaliar a influência de diferentes níveis de SL491*, adicionado a ração de coelhos sobre as
características do sêmen. A adição da própolis na ração elevou a porcentagem de espermatozóides
normais e reduziu os anormais. Todavia, foi observado uma pequena redução no volume do sêmen com o
aumento do nível de SL491* (à base de própolis) na dieta, sem afetar as demais características do sêmen.
A motilidade espermática progressiva, vigor espermático, concentração espermática, pH e a cor não
foram afetados pelos diferentes níveis de própolis, valores considerados normais para coelhos. Assim,
com base nos resultados, indica-se o uso de 1,25g de própolis em pó fornecida pelo produto SL 491/ kg
de ração para coelhos reprodutores. *(RPI-1851/PI 05063930)
OUTROS
ANÁLISE POLÍNICA DE AMOSTRAS DE MÉIS DE Apis mellifera L. EM JEQUITIBÁ,
MUNICÍPIO DE MUNDO NOVO, BAHIA.
P. de A., Melo1; C. A. L. de, Carvalho2; G. da S., Sodré3; R. M. de O., Alves 4; K. V. dos Santos 3;A. L.
A. Santana3 Laboratório de Entomologia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Grupo de Pesquisa Insecta, Cruz das Almas, Bahia, Brasil,
CEP 44380-000.
O conhecimento da flora apícola é um passo importante para o sucesso da criação de abelhas, uma vez
que a matéria prima para o desenvolvimento das colônias é fornecida pelas flores. A flora visitada por
abelhas pode ser caracterizada através dos tipos polínicos encontrados nos méis. A análise do pólen
coletado involuntariamente pelas abelhas no momento da coleta do néctar, tornando-se presente no mel
elaborado, indica a origem floral, permitindo a caracterização apícola de determinada região geográfica.
O levantamento quantitativo e qualitativo dos grãos de pólen presentes em uma amostra de mel constitui
o seu espectro polínico, que diz respeito às plantas poliníferas e ou nectaríferas. A pesquisa teve como
objetivo determinar os principais tipos polínicos presentes em méis de Apis mellifera produzidos no
município de Mundo Novo, Jequitibá, Bahia. A análise polínica das amostras de méis foi desenvolvida no
Laboratório de Entomologia do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade
Federal do Recôncavo da Bahia/UFRB, em Cruz das Almas, Bahia. As coletas das amostras foram
realizadas em colônias instaladas em colméias do tipo Langstroth, na Fazenda Jequitibá, município de
Mundo Novo, Bahia, durante os meses de julho a novembro de 2006, principal período de produção de
mel na região. De cada colônia foi obtida uma amostra de mel com volume aproximado de 300 mL. Para
cada amostra foram preparadas duas lâminas de pólen pelo método de acetólise (Erdtman, 1952) e, em
seguida, procedeu-se a análise quantitativa por meio da contagem consecutiva de 500 grãos de pólen,
determinando-se a percentagem e classes de ocorrência segundo Louveaux et al. (1978), que classificou
os tipos polínicos em dominante (> 45%), acessório (16 a 45%), isolado importante (3 a 15 %) e isolado
ocasional (< 3%). Foi determinada a constância por meio da percentagem de ocorrência dos tipos
polínicos entre as amostras. A análise qualitativa dos grãos de pólen foi efetuada de acordo com literatura
especializada, em coleção de referência da Palinoteca do Laboratório de Entomologia do Centro de
Ciências Agrárias, Ambientais e biológicas da UFRB e em informações de campo. Esses grãos de pólen
foram identificados ou agrupados por espécie ou tipo polínico. A flora visitada por abelhas no município
de Jequitibá no período de principal floração foi representada por 42 tipos polínicos pertencentes a 12
famílias. Os tipos polínicos mais comuns foram os da espécie Mimosa scabrella e Alternhantera ficoidea
com 80% e 100% respectivamente.
Agências financeiras:
1 - CNPq
2 - UFRB/ PQ-CNPq
3 - FAPESB
4-- CAPES
GEOTECNOLOGIAS E ANÁLISE ESPACIAL NO ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE
ENXAMES MIGRATÓRIOS DA ESPÉCIE APIS MELLIFERA NA CIDADE DO SALVADOR,
BAHIA, BRASIL
R. L. Sandes Jr.; C. L. Oliveira; E.S. Ferreira; E.C. Da Silva; A.C.Q. Tavares; A.C.B. Santos; C.R.
Franke; M. E. Bavia. Email: [email protected]
As abelhas estão presentes em toda a história da humanidade. Esses insetos sociais que sobrevivem em
nosso planeta há mais de 40 milhões de anos, surgiram junto com o desenvolvimento das flores.
Entretanto, com o crescimento expressivo da atividade apícola no nosso país, têm-se ocorrido muitos
acidentes envolvendo o ataque de abelhas africanizadas. Foi observado através de um levantamento
estatístico realizado pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), Unidade Especializada
da Polícia Militar da Bahia, que desenvolve o projeto de captura de abelhas sem extermínio da espécie
Apis mellifera, que os registros de ocorrências envolvendo estas abelhas no período de janeiro a outubro
do ano de 1997 foi de 75 atendimentos e no período de janeiro a outubro do ano de 1998, esses registros
aumentaram para 94, de acordo com os mapas de controle de ocorrências. Sendo assim, o presente estudo
visa conhecer e monitorar as áreas de ocorrência dos enxames migratórios na cidade de Salvador e, com a
utilização das geotecnologias, mapear e georreferenciar seus locais de ocorrências e os acidentes em seres
humanos e animais bem como identificar os fatores ambientais motivadores e/ou facilitadores da
ocorrência desses enxames na região através da sua correlação com variáveis demográficas,
edafoclimáticos da área em estudo. No período de 2000 a 2004 foram registradas e georreferenciadas 590
ocorrências de enxames, distribuídas em 75 das 98 Zonas de Informação (ZI) de Salvador. Três áreas de
clusters foram identificadas: ZIs 55 (Piatã/Itapuã), 08 (Pituba/Parque Júlio César) e 31 (Boca do Rio)
representando 25,41% das ocorrências. No período foram registrados 316 acidentes apícolas em humanos
e um em cão. A elevação da temperatura média mensal mostrou relação com o aumento do número de
ocorrências de enxames. Estes resultados apresentam as primeiras análises espaciais sobre a ocorrência de
enxames migratórios em uma metrópole brasileira e suscitam a ampliação do conhecimento sobre estes
eventos e suas relações com a saúde pública e o meio ambiente urbano.
Palavras Chave: Apis mellifera, Enxames migratórios, Geoprocessamento.
Obs. Trabalho realizado no Laboratório de Monitoramento de Doenças pelo Sistema de
Informações Geográficas – LAMDOSIG da UFBA.
PERCEPÇÃO DOS APICULTORES EM RELAÇÃO AO APOIO DO BANCO DO NORDESTE
A ATIVIDADE APÍCOLA NO SUL DA BAHIA
MAGALHÃES, E. O.1 SILVA, A. C. B.2; BORGES, I. L3, MAGALHÃES, D. V.4; D`ALENCAR , S. 5
1
Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e
Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia., 2Faculdade de
Tecnologia e Ciências de Itabuna (FTC); 3Graduando da Faculdades Reunidas de Uberaba. MG;
4
Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz. BA. E-mail: [email protected]
(73) 32143250
Palavras-Chave: Apicultura, BNB, Crédito, Satisfação.
A Apicultura é uma das atividades agropecuária que vem se destacando na região Sul da Bahia,
notadamente por se tratar de um investimento que implica em dispêndios financeiros relativamente baixos
para a sua implantação em comparação a outros ramos da agropecuária e retorno financeiro assegurado. O
estudo teve o objetivo de averiguar o nível de satisfação dos apicultores do Sul da Bahia, mediante a
atuação e liberação dos créditos oferecidos pelo Banco do Nordeste do Brasil. A realização desse trabalho
implica, quanto aos meios, em método de pesquisa de campo. Além disso, utilizou-se também a pesquisa
bibliográfica. A área de estudo define-se como sendo o município de Itabuna, Bahia e a aplicação de
questionário junto aos apicultores, foram realizadas na Praça Olinto Leone, por ocasião da realização de
uma feira de produtos apícolas promovida pela CEPLAC, SEBRAE, Banco do Nordeste, Prefeitura
Municipal de Itabuna, Banco do Brasil e varias associações de apicultores do sul da Bahia. Foram
utilizados dados primários. Os dados primários foram coletados através de roteiro de pesquisa semiestruturado junto aos entrevistados. Foram entrevistados 30 apicultores que efetivamente tiveram acesso
ao financiamento do Banco do Nordeste. Quanto ao local da residência ( município) e a associação a qual
pertencia, a escolha se deu de forma aleatória. O trabalho de campo se deu no período de 12 a 20 de
outubro de 2005, onde os autores estabeleceram contato direto com os entrevistados, a partir daí era
apresentado os objetivos do trabalho, instrumento para a coleta de dados e solicitação de consentimento
dos entrevistados para participarem da pesquisa. Dos entrevistados 37% concluíram o segundo grau, 6%
tinham primeiro grau completo e com a mesma porcentagem, 6% tinham o primeiro grau incompleto. Ao
serem questionados se possuíam outras atividades, 80% dos apicultores entrevistados responderam que
sim e 20% só tem a apicultura como atividade econômica. A atividade apícola vem oferecendo retorno
financeiro, é o que afirma 96% dos apicultores entrevistados. Com relação a supervisão de aplicação de
recursos por parte do Banco do Nordeste, 53% responderam que são realizadas após o financiamento e
40% afirmaram que não são feitas. Dos 30 entrevistados 50% classificaram como bom o atendimento do
BNB aos apicultores. Sobre a quantidade de documentos exigidos pelo BNB aos apicultores, os
entrevistados classificaram 50% excessiva e 50% normal. Das propostas apresentadas pelos apicultores
no BNB, 33% foram recebidas e analisadas na própria agência, enquanto 58% foram encaminhadas para
análise na Central da Superintendência Regional e 9% indeferidas preliminarmente. Com relação ao prazo
para pagamento do financiamento do empréstimo solicitado para a apicultura, 96% dos apicultores
afirmaram que o prazo oferecido pelo BNB é suficiente. Sobre o acompanhamento durante a instalação
do empreendimento apícola, 57% dos apicultores disseram que o BNB não faz o devido
acompanhamento. No estudo em questão, ficou claro que a apicultura é realizada, não só por pessoas que
estão na agropecuária, como também em outros setores econômicos. A atividade possui retorno financeiro
e que na região, foco do estudo, muitos produtores solicitam apoio para financiamento para a implantação
da atividade. O que chamou atenção no estudo foi que a grande maioria aprova a forma de atendimento
do BNB, já que as repartições publicas de um modo geral, não gozam desta aprovação. Concluiu-se que
de um modo geral, o Banco do Nordeste, possui um conceito bastante positivo, perante os apicultores. Os
apicultores do Sul da Bahia contam com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil, como principal parceiro
de recursos financeiros financiáveis.
DIAGNÓSTICO DA APICULTURA NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DA VITÓRIA, BAHIA
- BRASIL.
MAGALHÃES, E. O.1 ; SOUZA, A. P. de2;, MAGALHÃES, D. V.3; BORGES, I. L4
1
Eng. Agrônomo, Mestre em Desenvolvimento e Gestão Ambiental/Ministério da Agricultura e
Abastecimento/CEPLAC/CEPEC/Centro Regional de Apicultura do Sul da Bahia. Rod. Ilhéus/Itabuna
km 22, Caixa Postal 07 – Itabuna, Bahia. Tel: (73) 3214-3250 E-mail: [email protected] ; 2
Graduanda da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna (FTC); 3 Graduando da Faculdades
Reunidas de Uberaba. MG; 4 e 5Graduanda da Universidade Estadual de Santa Cruz. BA e Bolsistas do
CIEE.
Palavra-chave: apicultura, diagnóstico, Apis mellifera, mel, Santa Cruz da Vitória.
Nos últimos anos, com a ocorrência da praga “vassoura-de-bruxa”, causado pelo fungo Crinipelis
perniciosa e a queda internacional nos preços da amêndoa de cacau, a remuneração obtida pelo produto
foi reduzida, o que deixou muito cacauicultores em dificuldades econômicas. A situação torna-se ainda
mais complicada quando por problema climático, seca ou excesso de chuva, a produção é comprometida.
Isso tem resultado, entre outros problemas, no êxodo rural e na formação de bolsões de pobreza nas
cidades. Esta condição de fragilidade do setor agropecuário, em especial a cultura do cacau, para os
pequenos e médios produtores, os tem levado a procurar alternativa para a diversificação da produção,
buscando atividades que sejam viáveis para os ecossistemas os quais estão inseridos, capazes de gerar
renda e otimizar o potencial produtivo da propriedade. Neste contexto, a criação de abelhas do gênero
Apis vem despertando bastante o interesse de muitos produtores, em especial os do município de Santa
Cruz da Vitória, localizada no sul da Bahia. O trabalho em questão teve como objetivo conhecer os
avanços da apicultura no município de Santa Cruz da Vitória através de um diagnóstico. O tipo de
pesquisa de campo utilizada foi à exploratória. Além disso, utilizou-se também a pesquisa bibliográfica.
A área de estudo define-se como sendo o município de Santa Cruz da Vitória. Os dados primários foram
coletados através de roteiro de pesquisa semi-estruturado junto aos entrevistados. O trabalho de campo se
deu no período de 17 a 18 de junho de 2005, onde os autores estabeleceram contato direto com os
entrevistados. Foram entrevistados 34 apicultores sendo que 74% eram do sexo masculino e 26% do sexo
feminino. Apesar na grande maioria serem do sexo masculino, evidência uma grande participação das
mulheres no processo de criação de abelhas em Santa Cruz da Vitória. Tradicionalmente a apicultura é
realizada por agricultores com um baixo nível de instrução, principalmente nas regiões do semi-árido, em
Santa Cruz da Vitória, a pesquisa identificou que a grande maioria, 58% dos apicultores, possui o
segundo grau completo, talvez isso explique o grande interesse por novos conhecimentos, sempre que o
SEBRAE, a CEPLAC e o SENAR disponibilizar para os produtores do referido município. A grande
maioria dos apicultores de Santa Cruz da Vitória ( Ba) possuem outra atividade além da apicultura e
apenas 26% tem na apicultura sua única fonte de renda. Os dados confirmam informações de literatura
que a atividade apícola na maioria das regiões do Brasil é uma atividade complementar. O diagnóstico
realizado no estudo em questão demonstra que a atividade apícola foi “abraçada” pela comunidade e
possui apoio institucional de vários órgãos do governo e da indicativa privada, entre eles a CEPLAC, o
SEBRAE, SENAR, ADAB e o Sindicato Rural Patronal de Santa Cruz da Vitória. Além do apoio citado,
os apicultores possuem, na sua grande maioria, o segundo grau completo, absorvendo com mais
facilidade as orientações técnicas emanados dos órgãos citados acima. Apesar de maioria terem montados
os apiários através de financiamento bancaria, este processo levou um certo tempo e só ocorreu após a
instalação inicial do empreendimento, portanto o inicio da apicultura em Santa Cruz da Vitório ocorreu
com recursos próprios dos apicultores. Houve uma opção natural para a produção de mel no município,
isto se deve na realidade a vocação natural da região, cuja vegetação é grande fornecedora de néctar,
matéria prima para abelhas produzirem o mel. A pesquisa constatou também, que, praticamente todos os
apicultores são orientados tecnicamente para a criação de abelhas e a CEPLAC aparece como o órgão que
possui mais atuação nesta área.
EXPORTAÇÃO DE MEL E DERIVADOS PARA ALEMANHA
A. Possetti25; A. Lima Jaques26; A. C. Berezoski27; B. A. Araújo Diniz28; C. Santos29; E. C. Neotti30,
J. Chaves31 FUNDAÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS DO PARANÁ - INSTITUTO DE CIÊNCIAS
SOCIAS DO PARANÁ - COORDENADORIA DE COMÉRCIO EXTERIOR
O objetivo principal do trabalho é exportar mel e derivados para a Alemanha. Escolheu-se o mel e
derivados pela comprovada falta de um produto autêntico, que tenha suas características definidas como
mel puro e de qualidade para exportação.O ambiente do mercado atual, marcado por uma concorrência
cada vez mais acirrada pela globalização da economia e por uma revolução tecnológica acelerada, levou
as empresas a visarem melhorias em seus sistemas, principalmente de produção, de logística e
distribuição, visando alcançar maior eficiência e melhores serviços e conseqüentemente, um
posicionamento no mercado favorável. Para isso, criou-se a empresa chamada Exportmel,um
empreendimento que possui um espaço físico com capacidade produtiva para 630 colméias. Essas
colméias ficarão em um terreno que possui uma área total de 47.776,32m², sendo operacionalizado num
sistema de rodízio para uma melhor produção. O potencial de produção no Brasil de derivados de mel
com alto valor agregado é feito por meio do marketing, do design e da certificação.A Exportmel possui
produtividade de 189.000kg de mel, e irá comprar de outros produtores locais, mais 30% de sua
produção. Essa porcentagem representa uma relação simétrica que permite garantir a qualidade e pureza
do mel, além de cada compra ser realizada somente com testes de qualidade..O diferencial competitivo
dessa exportação será o mercado de Hannover, pelo Centro de Distribuição de Liége, na Bélgica. Como o
mercado de Hannover possui consumo de 6.800t do produto por ano e a empresa possui 245,7t para
venda, representando 4% do mercado.Não será vendido somente o mel, mas seus outros produtos
25
Professor Titular de Logística da Fesp, Doutor em Informática pela UIB – Espanha;
Bacharelanda em Comércio Exterior, Consultora de Vendas da Peugeot do Brasil;
27
Bacharelanda em Comércio Exterior, Assistente Administrativo;
28
Bacharelanda em Comércio Exterior, Assistente Administrativo da Eutectic do Brasil;
29
Bacharelanda em Comércio Exterior, Bancária do HSBC Brasil;
30
Bacharelanda em Comércio Exterior, Assistente Administrativa da Sul Financeira;
31
Bacharelando em Comércio Exterior, Consultor de Vendas do Finasa.
26
importantes oriundos da atividade, pois, além dele, o produtor pode obter renda de outros como cera,
própolis, pólen, polinização, geléia real e apitoxina. Será utilizado o sistema de distribuição Cross
Docking. O produto será embalado em tambores de 290l, pesando em média 350kg aguardando o
transporte. A carga será transportada em contêineres Dry Box Van de 20’.Anualmente, o Brasil produz 40
mil toneladas de mel, 30% desse total são exportados. Há uma grande perspectiva de crescimento,
segundo a estimativa que a produção anual do Brasil pode chegar até 200.000t/ano.A missão é visar à
realização e satisfação das necessidades dos clientes, oferecendo-lhes a melhor qualidade em consumo de
mel e derivados, trazendo benefícios à saúde da sociedade e fortificando as relações comerciais entre os
países internacionais, destacando o produto brasileiro mundialmente.
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Veja Aqui os Anais do 4º Seminário de Própolis