A5 BEBIDAS FALSIFICADAS NO BRASIL
FORMARIAM UM RIO MAIOR QUE O
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SENSACIONAL REPORTAGEM SOBRE
O GRAVÍSSIMO PROBLEMA OA DE FRAl/ÒAÇAÒ
DE BEBIDAS EM SÃÒ PAULO
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de e da fraternidade de todos
o.s povos. Todos os povos se
deveriam a uxiliar e assistir
para pôr-lhe um fim".
•Não tinha eu razão de dizer
que para citar Mazzini como o
preucrsor da Nova Europa hitleriana é preciso o impudor
Hitler, assim como seu Gauou a ignorância de um MosHi
llIlMllll
leiter Mussolini, mente quan- SENSACIONAL ARTIGO DO CONDE Á
solini?
do fala de uma Nova Ordem
"LEADER"
Em outra passagem, MiazITADOS
FORZA,
e de uma Nova Europa. Aos CARLOS
zini, dá a impressão de que
dois falta imaginaço. Quan- LIANOS LIVRES, DESMASCARANDO
está falando para os nazistas,
do não são bem aconselhasententa anos antes de seu
— A ITÁLIA
dos por algum alemão de ori- AS MENTIRAS DO DUCE
advento:
"A vós< nacionalistas alesuas
extraem
—
judaica,
gem
TODOS
DE MAZINI E DE CROCE
"idéias"
do arsenal do passamães, eis o que tenho a dizer:
dc mais sufocante: Hitler com OS HOMENS SAO LIVRES, IRMÃOS E
a conquista pela força não faz
^mA*'Ê3m
.
seu lema "raça pura" (que
a justiça; nem tão pouco fa«ÉÉÉÉ-ÉÉi'"''SP*
— QUERO DIREITOS PARA
descobriu afim de combater o IGUAIS
zem a justiça os tratados,
inferioridade OS ITALIANOS PORQUE CREIO NOS
complexo
de
quando estes se realizam no
congênita nos alemães); Musinteresse de alguns indivíduos.
H____fettMfj!$__B_-^ j_&' $?___-'"/' 'WsBm HBfflB--,^iiãB___H
solini com suas referencias DIREITOS PARA TODOS — O ÓDIO
Sbk -^«^^íclv '__n__K__n_«p_H'
*____&«_ í
A
humanidade só conhece um
zoológicas às "águias romanas
r
princípio de justiça: o bom e
HITLER
ÍH-fll__H_ *' 'nK^_____________i_H_H____-_____-_f
e aos leões de Veneza, como DE MUSSOLINI, A RAIVA DE
o justo.
se a vitalidade dos italianos
E A SERENIDDADE DE
Não justifiqueis a opressão
'"'''••
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^wH.
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necessitasse desses recursos.
fazendo com que o povo seja
BENEDETTO CROCE
Quando os dois cúmplices
seu padrinho! "Sejam alequerem inventar alguma coimães", dizeis a vosso povo.
sa de novo, nada acham de
Em que sentido usais essa exmelhor que desenterrar do tepressão? Em que Alemanha
nebroso pessado do século XI
estais pensando? Na Alemãum "reino de Croácia", o que
nha que oprime em nome da
seria cômico se as mãos do
violência ou na Alemanha que
Gauleiter Pavelich não estibendiz em nome da civilizavessem manchadas com o sanção?
gue do rei Alexandre da àuSou estrangeiro, mas conhegoslávia, num assassinato preço uma Alemanha ante a qual
parado por Pavelich, sob a sume inclino. E' a Alemanha da
pervisão fascista, num acam
Reforma que disse ao mundo:
pamento oculto fascista-itao Reino do Céu deve ter um
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J&TtJ" y.^ *• s
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mWWÊrr WmkwÊÊÊ.
'xWmW^^Lrrliano. Assassinato — repetiequivalente na terra.
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mos, porque não o devemos esVsó não sois, evidentemen—
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os
em
cujo
processo
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WfflÊfÈxS&fàtílft!:
te, alemães sinão no sentido
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tribunais franceses se negapuramente material do termo.
ram a condenar os c°mplices
Eu sou italiano, mas ao mesfascistas em virtude da admi-,
mo tempo sou europeu, amo
777777 7' . ]/,<
¦.
_f;««___wi.,p-v:i'«-.,apíiS'#i!B . ;
Vjv w!
ração e servilismo da casta
meu
país porque amo a idéia.
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"de
reacionária francesa por MusM __T s * Wt^-mwi ,..'"¦' #i
país. Quero direitos para
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solini, o que provocou apenas
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os italianos porque creio hos
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o aumento, se isso fosse possídireitos para todos.
vel, do despreso da Itália fasA nação deve ser para a hucista pelo francês.
inteira o que a fa- .
manidade
Benito Mussolini apresentou-se ha anos como um grande ehefe. Hoje é o seu
Obedecendo às rodens de
milia é para o país. Se uma
próprio povo que lhe aponta o dedo, chamando-o de ignorante e despudorado
Hitler .sobre a difusão de sua
nação oprime as demais, perNova Europa, Mussolini teve
mente, a força que pode apli- de seu direito de existir como
E mais adiante:
recentemente o impudor e a Hitler se atreve a citar equinação: cava seu próprio tu"Ninguém
que esteja íami- car em prol de seu propósito mulo.
ignorância de citar Mazzini vocamente:
"A época que atualmente se liarizado com minhas pala- é maior ou menor que os recomo o maior precursor do noImaginais que estais aju"clogan"
nazi. O pobre inaugura terá a missão de or- vras, sentir-se-à inclinado a cursos com que conta um. ouvo
dando
vossa pátria alemã,
Mussolini teve ser perdoado. ganizar a Europa, em povos acusar-me de inreverenci?, pa- tro indivíduo.
um
pedindo-lhe que se
povo
Ma devemos dobrar nossa
Ele pertence a essa vasta ca- livres, independentes em re- ra com o gênio uo de comparHa uma lei de retrideshonre.
tegoria de baixos políticos que lação às suas funções inter- tilhar da tendência anarqui- personalidade ante a autoribuição neste mundo, uma lei
só retiram dos periódicos o em relação às necessidades co- zadora que hoje aparece com dade, como os selvagens sc mais forte
todos os sofis"cultu- nas, mutuamente
associados tanto relevo e que anula mui- prostam diante da luz de um Ninguém que fazer bem a
que acreditam ser sua
pode
Mussolini muns. E seu. lema será: Li- tos nobres intentos fazendo relâmpago? Atila mataria a
ra" humanística.
mas
egoismo matériade
um
jamais leu Danet, Machiaveli, berdade, Igualdade. Huma- com que os indivíduos se sepa- conciecia da raça humana!
lista.
Essa
lei
diz: "A opi.esrem de tudo o que significa
O gênio não é a autoridade.
Viço, Leopardi ou Mazzini. E nidade.
são é o suicídio".
ai temos talvez uma das ra"Na itália, na Alemanha, ordem, subordinação e disci- E' o instrumento da autoridaO lema de Mazzini duranzôes pelas quais Neville Cham- na Polônia, na França, em to- plina. Respeito à autoridade de. A autoridade c a virtude
te
sua longa vida, foi o lema
lei
ha
Pela
do
e
iluminada
tenho conciencia
que
pelo gênio.
berlain se sentia tão em seu da
e ori- de sagrado na obediência a de Deus por Ele dada à hu- que escreveu para suaGiovane
verdadeira
a
parte<
elemento quando falava com
ginal natureza dos movimen- quem governa ou dirige. No manidade, todos os homens ciue escreveu para sua Giovine
seu amigo Mussolini.
tos revolucionários tem sido entanto, a autoridade reside são livres, irmãos e iguais.
Itália: "Pensiero e Azione".
Mazzini, o profeta da liber- alterada
por homens, infelizA liberdade é o direito que Sua vida é, com efeito, a vida
dade e da independência ita- mente influentes, mas saga- em Deus, em sua lei na verlianas, disse em suas obras zes e ambiciosos, que usaram dade. Quando, por conseguin- todo o homem tem de usar maravilhosamente rica de um
a suas faculdades, sem impedi- filósofo e de um artista, de
me
justamente o contrario do que o auge do movimento popular te, um homem "a convida
autoridade mento ou inibição no cumpri- um estadista e de um soldasustentam Hitler e seus vas- como uma oportunidade para segui-lo e diz:
vive
em
minha pessoa", tenho mento de sua tarefa e na es- do, de um conspirador e de
salos. Permitam-me abrir um adquirir poder; ou por homens
apropriados um mártir.
livrinho
que escrevi sobre débeis, tremendo de medo an- o dever e o direito de investi- colha dos meios
lei
a
a
e
realizá-lo.
dever
se
a
virtude,
Outro grande italiano, aue
Mazzini quando ainda me en- te as dificuldades e os perigos gar
niors
1,
injusta,
toda
a
regra
capacidade
de
autoToda
—
ainda
vive, Benedetto Croce,
dirigin- da empresa,
contrava na Itália
que sacrificaram sacrifício vivem com efeito em violência, todo ato egoístico jamais saiu da esfera intelecdo, num senado ainda parcial- a lógica da insurreição aos
sua pessoa, para onde preten- sobre um povo, é uma viola- tual, exceto emando consentiu
mente livre, a luta contra o seus
temores.
próprios
de conduzir-me e se, final- ção da liberdade, da igualda- cm ser ministro da Educação
fascismo — um livro onde re"Falsas e
doutriperniciosas
no mesmo gabinete em aue eu
uni os pensamentos essenciais
em
teem
feito
com
nas
que,
fui ministro de Estado. E eme
de Mazzini sobre a organiza- toda
desa
revolução
se
parte,
prazer e — poroue não conção da Europa. (Este livro^ vie de suas verdadeiras finafessar? — que surpresa para
estritamente proibido ao no- lidades. A idéia da emancipamim descobrir aue em cada
me do grande apóstolo da Litotodos
de
por
popular
ção
decisão importante (uma poberdade ou por ódio ao meu
idéia
substituída
dos
é
pela
litica
de estreita amizade com
próprio nome, o que seria cer- de casta.
nossos
vizinhos yueoslavos. as
tamente uma grande honra
"A declaração dos direitos
relações diplomáticas com a
para mim). Eis aqui os pensasufórmula,
a
é
homem
Rússia
a colaboração com o
do
mentos do escritor italiano, a
mundo árabe, a ajuda a Kequem o Gauleiter romano de prema".
mal Pasha para a edificação
de uma nova Turquia, etc),
meu colega filósofo compreendia instantaneamente minhas
razões e me apoiava com calor, enquanto políticos astuto.s vascilavam...
Os canhões de Mussolini poderão voltar suas bocas
D**»-.*» *» W««rk>» _«wl«rt > Soowt wMeWcontra o fascismo
(Concluc na pag. 30)
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31-5-1942
DIRETRIZES
|
A honraria insigne com que
vos dignastes enobrecer as minhas alongadas preocupações
no magistério, acolhendo-me
na vossa companhia intelectual, eu a recebo, entre conturbado
e desvanecido, na
plena conciencia das responsabilidades imanentes e na
grata recordação dc um premio, de alto valor no significado que o reveste.
Deixai-me confessar-vos o
meu sincero
agradecimento:
A preeminencia do vosso julgamento dá-me — nesta hora
íeliz e neste recinto augusto
— a sensação de contemplar,
alquanto mais bem vividos,
o.s labores do meu interesse
pela nossa História, e de ver,
mais aformoseada, a confiambo sementeira de patriotismo
a.s minhas
exortações
que
teem espalhado na alma ardente e generosa de jovens
patrícios, num trabalho devotado e pertinaz de anos, já reproduzidos em decênios.
Grato vos sou por me considerarcles vosso familiar no
no idealismo, ratificando o
chamamento do ilustre 1.° Secretario deste cenáculo tradicional, o Professor Tito Livio
Ferreira, velho condiscípulo,
amigo do mesmo ofício docente, jornalista apreciado, historiador seguro, artista no dizer, mestre no fino trato do
cavalheirismo e bondade, invariáveis, de sempre.
Como estímulo, avalio, prazenteiro, a.s boas vindas que
houve por bem fazer-me o benemérito Presidente Perpétuo
desta casa de primorosa concentração mental, de vibrante devotamento cívico. Experimentado e zeloso timoneiro
1 *
II
~
A
' J
L
n 11 a i«n
de ARLINDO DRUMOND COSTA
HA VINTE E TRES ANOS VEM ARLINDO DRUMOND COSTA EDUCANDO
JOVENS BRASILEIROS. UM. DESSES AUTÊNTICOS SACERDOTES DA
CULTURA, FOI ELE PROFESSOR DO CURSO PRIMÁRIO, PASSOU PELO
SECUNDÁRIO, FOI DIRETOR DE GINÁSIO E FINALMENTE EMPREGOU
A SUA LONGA E VARIADA EXPERIÊNCIA COMO INSPETOR FEDERAL
DESDE ESTA ÉPOCA VEM ARLINDO DRUMOND COSTA
DO ENSINO
DEDICANDO A SUA VIDA A' NACIONALISAÇÃO DO ENSINO NO BRASIL.
COUBE-LHE, SOB A DIREÇÃO DO SR. ABGUAR RENAULT, O RESPONSAVEL PELO DEPARTAMENTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, LEVAR
AVANTE A OBRA DA NACIONALISAÇÃO DO ENSINO EM S PAULO E
DOS BONS RESULTADOS DESTE PATRIÓTICO TABALHO FALAM MAIS
ALTO QUE AS NOSSAS PALAVRAS OS ATOS DO PROF DRUMOND,
RESTITUINDO A' NACIONALIDADE MUITOS MILHARES DE CRIANÇAS
BRASILEIRAS.
HOJE TEMOS A SATISFAÇÃO DE PUBLICAR UMA CONFERÊNCIA
DESTE BATALHADOR DA MESMA ESTIRPE DOS COELHO DE SOUZA,
SUD MENUCCI E TANTOS OUTROS HERÓIS DA NACIONALISAÇÃO DO
ENSINO. RECENTEMENTE ELEITO E EMPOSSADO COMO SÓCIO CORRESPONDENTE DO INSTITUTO HISTÓRICO DE S. PAULO, O PROF. ARLINDO DRUMOND COSTA SINTETISOU AS SUAS IDÉIAS NUMA ADMIRAVEL ORAÇÃO, ONDE DESPONTA A NOBRE CONDUTA DE UM HOMEM
QUE SEMPRE COLOCOU A SUA CÁTEDRA A SERVIÇO DO BRASIL, QUE
SEMFRE SE BATEU PELA INTEGRAÇÃO TOTAL DO ELEMENTO ESTRANGEIRO NA TERRA QUE O ACOLHEU SINCERA E HOSPITALEIRAMENTE.
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amorfa e absconsa dos tempos
idos, recolhe a palheta áurea
dos acontecimentos sociais, separando-lhes a ganga adjacente, bateando-lhes todo informe do exagero e falsidade.
O .segundo, em cujas fileiras
me coloquei, palmilhando-lhe
os rastros de paciência, alimentado pelos ensinamentos
e informações que as teses,
monografias e textos corporificam, amplia e aprofunda,
entre a massa popular vulgarizando na escola — como li—
ção e exemplo para a vida
âs interpresas que celebrizam
o primeiro em referencia.
Filigranista e joalheiro das
preciosidades rebuscadas nos
veios originários, o professor
lhe atribue sentido humano e
feição social às inquirições.
A MISSÃO DO PROFESSOR
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iia oíji.<x uia^j.j.j.l.H.a.i.íiijtr. <X -quc rjtí
consagra, o venerando Dr. José Torres de Oliveira algo nos
lembra das figuras majestosas
dos patriarcas longevos. a vimarchetando,
da
galhardamente, de serviços à Pátria.
Em vos testemunhando, caríssimos confrades, a expressão de meu comovido reconhecimento, mais justo e sincero
do que gentil sendo eu, não
me limito, podeis crê-lo, à fidalguia protocolar das solenidades
oficiais
de
vulto,
e
o
sentimena
mente
quando
to empregam a exteriorização
da forma oral, para serem traduzidos.
Ao empossar-me no Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo, modelar padrão da
inteligência
e
operosidade
bandeirantes, rendo ao egrégio sodalício honrado coin as
iniciativas, o preito
vossas
na
realidade,
penso e sinque,
to dever tributar-lhe, pois, ele
representa e vale o muito da
vo»<-sa dedicação e o bastante
dos vossos merecimentos.
Em mim quizestes homenagear, eu o sei, quantos integram a classe dos professores,
magistrados prestantes da ciência e da virtude, vanguardeiros da elevação intelectual
e moral da nacionalidade.
Não prevalecem, assim, moamesquinhar a
tivos
para
intenção,
desapavossa bôa
recendo, por quejandos prismas, razões que tentem denegrir o vosso desígnio soberano:
Historiador e professor, na diversidade aparente de seus
trabalhos, apresentam similitudes que o.s unem e completam, tornando-se mutuamente necessários.
Aquele, nos arquivos e bibliotécas, perquirindo alf arrábios, confrontando épocas,
investigando íatos, interpretando causas e conseqüências,
concatenando juízos conclusoes e depoimentos, dá forma
memoráveis,
ocorrências
às
retraca o perfil dos que a.s
desbastaram no tempo e no
espaço, conferindo vida aos
feitos e aos homens já desaparecidos. Garimpeiro da verdade, o historiador, da massa
•
Este "nisey" — brasileiro filho de japonês — poderá algum dia tornar-se um bom
cidadão brasileiro? Sim, não ha dúvida. Tudo, porém, depende das circunstancias
que o cercarem. Si o governo brasileiro permitir ique ele viva num meio exchisivamente niponico, educado por professores japoneses, lendo livros japoneses
e falando só o japonês, ele nunca deixará de ser japonês. Mas, se este pequenino
brasileiro de olhos amendoados fôr educado desde já dentro dos princípios sãos
da nacionalidade, lendo, ouvindo e falando o idioma da terra
em que nasceu, ele poderá vir a ?:er um bom cidadão
O historiador, é bem de ver,
facilita a missão do professor
quando este, em compensadora retribuição, lhe valoriza os
estudos e os trabalhos, movimento de expansão aquisitiva
conformando as suas elocubrações.
É com viva satisfação que
reconheço os méritos do professor-historiador, citando os
nobres confrades Carlos da
Silveira, Djalma Forjaz, Sud
Menucci, Antônio Piccarolo,
Bueno de Azevedo Filho e Cesario Junior, exeavadores solícitos e credenciados na detida análise das ligações genealógicas, afortunados sabedores do longo memorial do
nosso passado, por eles reconstituído, com riqueza minudente e impecável exatidão.
Compartilhante da.s vossas
• '...üta.s reuniões, envolvido no
halo confortante do incontido
respeito e irrestrita admiração de quantos o conhecem,
aqui mesmo se agigantta honrado consócio, esmaltando os
brazões
da
intelectualidade
brasileira, no fervoroso benquerer à História e ao ensino.
Já lhe descobristes o nome e
lhe identificastes, por certo,
as
muitas
benemerencias:
Affonso de Taunay. Taulmaturgo do trabalho — que ao
tempo multiplica em fecunda
seara — destacado luminar da
cátedra superior da Faculdacie de Filosofia, Ciências e Letrás, ele se nos revela o apareciado biografo de Fernão
Dias
Pais,
de
Bartolomeu
Gusmão e dos Andradas; o
celebrizado oráculo dos An tigos Aspectos de São Paulo e
do Bandeirantismo — arrancada heróica da raça híbrida,
fascinada pe]o mistério impérvio da mata. desdenhosa dos
perigos, à morte indiferente,
dela zingrando para o Brasil
desbravar.
Não ha como desmentir a
comprovada
afirmativa:
Ao
historiador, que recompõe a
verdade e serve à justiça, não
desdoura
a companhia
do
mestre, obreiro da gratidão e
fidelidade à Pátria.
Ante o .seu altar, nos tempios de Clio, um c outro se
confundem na graça da mesma devoção. Não vamos ind agar qual deles pontifica ou
acólita os cerimoniais festivos
dc sua liturgia: ambos conduzem os crentes ao culto da nacionalidade,
valorizando-lhe
as forças, aumentando-lhe a
beleza e o luzimento.
O historiador, por sem dúvida, enaltece as virtudes gamenhas dos nossos ancestrais;
testemunha a honra e a temDera dos nossos maiores; estadea a.s glórias dos nossos
feitos, na paz e na guerra; os
merecimentos grava do nosso
patrimônio material e espiritual, afim de que, sempre melhor, seja perpetuada a imorredoma grandeza do nosso
destino.
Indubitavel tambem é quc
(Continua
na pag.
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3
PÁGINA
DIRETWIZES
21/5/1942
o seu mais avassalaáor adversario, pois é próprio da alma intrepida e desabusada da juventude não ãeixar em meio as la-
Com a fundação ãa Liga AcaNacional,
àêrnica
ãe Defesa
cujo manifesto de apresentação DIRETRIZES se rejubüa
de publicar hoje, pela primeira
vez na íntegra, para os seus leitores de todo o pais, os moços
OS ACADÊMICOS DE S- PAULO CONCLAMAM A MOCIDADE BRA- ^ZlTnTTZ iuM,
SOCIAIS, PARA
SILEIRA, DE TODAS AS PROFISSÕES E CLASSES
"UNIÃO NACIONAL DA JUVENTUDE,
líMA VIÇO
SAGRADA
rfe pelica para correr os vendh
SbK- ihões do templo.
A
ne.n ,Mja,n. ,ela Sua inicialiDO BRASIL E DA CIVILIZAÇÃO"
euuaances aa orava vacuiaaae
^
Z^TaaTrtly^ZZ
^ destemor civico, os acadede Direito, - - "núcleo cívico ãe
.
antemão «/
de «r
que hão ,'e micos,paulistas. Unidos aos jooenao ae
nUf.rr« aluai,
atual
renetem os bendo
repetem
A guerra
antiga presença nas paginas da influencia rutnosa do nazi-fa»uma formar ao seu lado na mesma vens de todo o Pg ™«Z
nossa História», - acabam Je cismo para o progresso e bem redatores do Manifesto, é
is
vra ãe fe dará novo "*£*_»
o, mo- cruzada, os moços áe todo
conclamar a mocidade brasilei- estar das nações", a Liga Aca- guerra áe moços e para
Sem
t£Brasil, advertem os inimigo* d« energias naciona»
ra, Ue todas as profissões e cias- démica propõe-se a combater ços. Guerra ãe moços, porque
passos ja soam ao corameiros
vital das Pátria:
ses sociais, para nma sagrada todas as atividades anti-brást- neles reside a força
— E' a nos, daqui }>or dtan- ção de todos m brasii<?tro., como
"união nacional da
nações; guerra para os moços,
juventude, leiras e a defender os ideais deserão capazes le te, que encontrareis pela frente! ^ ^^ ^
s0bre m
a serviço do Brasil e da civi- mocraticos, empenhando nes- porque só eles
. finadQS
de
duvida
"todas
Nao
temos
que
do
mundo
o
reconstruir
futuro
eneras suas
r,>nnr,«>>
*a tarefa
-***. *• """"<"" « ^
e. ,e ama os **» e a. iniusti^ ile ^nta-coluna encontrou «tf»
**-,
BZi ü timr a nualimer cor- 7^0 seu
hoje. E os moços paulistas, sa- o seu grande inimigo no Brasd, tria!
rente ou pessoa, consciente da preciso, as suas vidas".
piedade a sem glória contra
o mundo civilisado qua cometera
a grande erro d« oferecer-lhes um
lugar oO sau iodo. n* marcha pãsem
ÍWa
PARECIA
PRINCÍPIO
A
resultodo
havia
esta
guerra
da coalisáo
«as
dois
de
grandes
extremados.
ideológicos
grupos
Seriam
ditaria s
da
a
fim
como
Estado
o
clamar
expancionistas
os
de luto
tarjavam
germânicos
quatro cantos do mundo a se fixa-
contra-
concepções
vida — uma
duas
exclusivistas, os militaristas teutos
mais uma ves se insurgiram contra a evolução natural do mundo.
que
ape-
proúltimo
Mais
uma
vam
em
ves
os
mais
um
instantâneo
da
história com armas na mão * »gi»ominia n* alma .
A estúpidas gomada, a decatraição
e a
penínsular
amarela, formando a equoção que
tem como incógnita o limite das
investiam
ambições,
respectivas
dencia
ra
vel
o horizonte .
Se a afronta
a causa
destes
daqueles
era
mais
titu-
decidiria
gante. Jó não seria possível
bear. Prudência agora era o mei-
a guerra
das prerrogativas
mo que covardia .
pessoa
podendo ambas coexistir nas mesmas circuntôncias de tempo e espaço. dado o caráter exclusivista
dessas correntes, de«encadeóra-se a guerra como conseqüência natural de uma simples
uma
cada
ideológica .
ijVtolerância
povos pacíficos e honestos,
de
instante
{passaiüo o primeiro
—
aquela eclosurpresa « lástima
«ão brutal porventura não vinha
Os
(trovar que só a
reajustamento
0
iromente.
imoral .
cuidaram
as
podia
desde as
índole
humanitária,
os
democráticos
de
Jítico
.de
pacifica
princípios
auro-domí«iio poverificação
a
circunstância
assós
um
não
rosa
0
sous
oté
nacional,
uma
prudêntradições da
suas
sua
a
trabalho,
acertando
recomendar
lhes
«ia;
fine
e dos
possibilidades próprias
humana. Assim, tudo
natureza
só
posição
seus problemas ina um tempo do
íben» estar do indivíduo
¦éo Estado, errando ou
segurado
cia-
definiram
tomaram
«em
Voltados aos
ternos,
guerra promovia
dot
universal
se
não
ideais?
i
dololongín-
passado
que
e segundo a qual
confirmara,
quo
ou da garesultavom
es guerras
fazedores
maneia dos
profissioou do
coletivas,
mais de desgraças
jogo
imens
de
de
ho-
dos
paixões pessoais
Estado.
Mas, lá fora os acontecimentos se
encadeavam com rapidez espantosa
outro,
para
« de um momertto
as
circuntâncias,
forçados
pelas
e situações
intenções
de uns e ou-
definiram claramente.
tros
Escancaradas as almas dos conse
o
tendores,
mão
se
mundo
verificou
como
supusera,
trata,
guerra
(Cxafamente
<t
uma
de
repugnante
conquista,
outras
ideologia,
de
uma
ias
mas
guerra de
como ton-
a
história
registra,
pela
mesma
antro-
que
provocada
que
de
de
pofagia político dos bárbaros
Selvagens até o
todos os tempos.
brutais.
«Medula, tradicionalmente
s®>!
havia
da em fevereiro próximo passado, a f>$509 o
"as
quilo.
qualidades seAssim uma vez que
melhantes de fabricação nacional" terão o
preço mínimo de 8$000 o quilo, o seu emprego acarretaria para nós um acresci nm de mais
de 90% sobre o preço de 4S200, de 14 meses
atrás, e que foi o que nos serviu de base para
os nossos cálculos de custo da Revista!
Nessas condições, ao menos nós de DIRETRIZES, a não ser que nos dipuséífsemos a sacrificar a tiragem da Revista, hoje uma daa
maiores da imprensa brasileira, ou a majorár
os seus preços atuais de venda avuLsa e assinaturas, somos obrigados a confessar lisamcnte aos nossos leitores que não podemos arear
com esse novo ônus,
"Rio do Janeiro, 8 de maio de 1942.
Imo. sr. diretor.
Apesar da nossa firma ter recebido 50%
total
da importação de papel com linhas
do
obride água, para o Brasil, sentimo-nos na"stock"
nosso
a
vs.
comunicar
que
de
gação
encontra-se, neste momento, completamente
de papel
desfalcado da.s qualidades mais finas "couchê",
como sejam,
com Unhas de água, "Assetlnado",
"Imitação Couchê" e
usualmenrevista.
sua
de
impressão
te empregado na
O público de DIRETRIZES, se está longe
todos os
empregado
Embora tenhamos
de poder avaliar todas as nossas dificuldades,
nossos esforços junto às autoridades brasilei- certamente adivinha muitas delas. Milhares de
ras e americanas para conseguir espaço, nos ^^"qü^ temos recebido de todo o i>aás, às
vapores da carreira, para o papel ja fabricado
dc nati», apenas nos trazenyeres a
embarque no porto ^ uma propósjto
e que somente aguarda
|avra amiífa de encorajamento, tesde Nova York, não tivemos, ate este momen- temunham ue 0 aosso esíorvo jornalístico nâo
to, confirmação de qualquer próxima chegada iem sido ftm yão
de papel das qualidades acima referidas. Graficamen te, DIRETRIZES não foi nu»Assim sendo e no intuito de salvaguardar ca mf|a revista b<,niia. Um dia chegaremos
os interesses de nossos clientes resolvemos re- tambcm até lá Por hora> no entanto, temos
"stock" com
forçar nosso
qualidades semelhan- de m>s contentar em ser uma publicação útil,
tes de fabricação nacional, afim de supri-los feja ou bonita> ou me,h0r, mais ou menos feia
com o papel de que necessitarem, ate rece- no seu aspécto niaterial, mas útil, — sempre
bermos novos fornecimentos de papel com li- uM| M BrasiI à dcíesa ^ sUa vocação demonhas de água, quando voltaremos a presen- crática seraprc uti| a defesa da liberdade e
da
ça de v. s.
cuitura no mundo.
Esperando ter assim correspondido à con- O que só importa realmente, nesta hora,
fiança de v. s., continuamos ao seu inteiro dis- é não desertar da estacada onde se luta conpor, para atendê-lo com a mesma atenção e tra o nazi-nipo-fascismo, contra os abutres e
chacais lá de fora, contra os tamanduás e as
boa vontade dc sempre.
ovelhas de coração verde aqui de casa. Nessa
Com estima e consideração, somos.
trincheira estivemos desde o primeiro momenDe v. s.
to, e dela não estamos dispostos a sair com os
nossos próprios pés.
Amos. Atos. Obdos.
Assim, das três hipóteses que se nos apre— diminuição de tiragem, majoração
sentaram
CIA.'
&
a) T. JANÉR
no preço de venda para o público, ou, final"couchê" da
¦Gosstaríamos que os srs. T. Janér & Cia., mente, supressão das folhas de
terceira. As duas primeinessa mesma comunicação, houvessem feito capa, optamos pela
cheirando
nos saberiam a traià
ras,
vaidade,
quais
referência exjwessa aos preços pólos
"couchê" e
nossos
objetivos.
Não queremos fazer
aos
ção
o
papel
eram fornecidos à praça
mas para todo
meia
dúxia,
uma
revista
"imitação
estranpara
importação
de
couchê",
o
massas
chegue
às
suas
o
Brasil,
serão
grandes
que
aqueles
pelos quais
ceira e a seguir,
"as
suas elites culturais,
como
às
fade
populares,
semelhantes
qualidades
vendidas
modo. já no número da próxima
bricacão nacional". O público verificaria, en- Desse
a
ser
semana,
posto à venda no dia 28, DIREtão desde logo', que a solução aventada, ou
apresentará
TRIZES
toda ela impressa em
se
seseja a substituição daqueles pelos seus
sendo
de
essa,
aliás, sua única
nós
jornal,
papel
significaria, para
melhantes nacionais,
modificação.
Porque
no
mais,
com ou sem
um acréscimo de despesa de 3$800 por quilo
trinta
com
duas
e
páginas como
de papel imitação couchê" consumido. "couchê",
agora,
ou
dez
ou
com
cem
DIRETRIentrar
páginas amanha,
Em março de 1941, ao
nos
não
desviaremos
um
milímetro
do proZES em sua nova fase semanal, comprávamos
nos
"imitação
traçamos
nos
e
tem
valido
hora
grama
que
quc
couchê", usado à primeira
o
aplauso
o
melhor
do
de
todo
o
Em
o
público
4$2Ô0
razão
país,
de
quilo.
em nossa capa, à
—
continuaremos
como
tribuna
livre,
uma
subira
a
seu
o
para
preço
março de 1912, já
"couchê",
serviço
todas
as
luvocações
democráticas,
de
nos
vivez,
sua
que
5^500. O
por
mos obrigados a «sar algumas vezes por falta tando pelo fortalecimento do Brasil contra as
do "imitação couchê", íoi pago por nós, ain- ameaças fascistas.
qua
da
preservação
trancedentais da
Era,
mais
restar
a
afirmava
se
dos
partido
yer na
e ndo poneutralidade.
dúvida
mais
Brasil
O
As
transcrevem»*,
\ carta, que a seguir
"couebê" e "iminossos fornecedores de papel
tação couchê", srs. T. Janér & Cia., porá os
nossos leitores ao par do problema com que
DIRETRIZES se vê a braços de mm momento
para outro:
finalmente
humana.
deria
ma explicação aos nossos leitores
a oKecro-
e
presidente Roosevelt, uma guorra
nações.
das
pela sobrevivência
máquinas
as
vergonha
a
entre
Hão
goverrtamentais no sentido da realização dos
"numafins inerentes à dignidade
wa. com o Estado ou sem ele, conira o Estado ou apesar dele . Nõo
de
ram a o que puderam antever, mil
haveriam de ser rasgahistórias
empol-
Se os povos pa-
permanecessem»
ante o que vi-
cru sados
ção dos põsteros .
Compreendeu-se
terrí-
políticas, com o
indivíduo ou sem cie, contra o individuo ou apesar dele; outra a
dirigir
hoitfestos
«
de braços
das
organizações
dos
cíttcos
quc
do
base
Tomou
definiu .
o
sobrevi-
querem
respeito
à
condi-
ção humaíifa . Fazendo-o, o Brahistómissão
sil cumpriu a sua
rica .
ouviu-ve
. . .E
nit.
o
toque
reu-
de
vivas da noção rea-
As forças
fileiras
justam
para a groaDuas çrande* bande escalada.
deiras — a do Brasil e a da Làberdade — simbolisando os me»suas
mos
anseios,
entrelaçam
se
M
e
confundem .
povo brasileiro d» ha m~;?o
dado provas constantes m inequívocas de seu amor i DemocraO
tem
cia .
S.
Ha
Faculdade
—
Paulo
núcleo
antiga
Acadêmica
cional",
fé
como
como
e
da
págiato*
surge agora a
Defesa
de
uma
uma
de
de mais
civico
nas
presença
história
nossa
"Liga
Direito
de
Na-
afirmação
disposição
de
iw-
de
ta.
E
oo
rem
todos
ais.
nal
mocidade
a
acadêmica
encontro
as
que
mocidade de
da
profissões
e
classes
para promover
da juventude,
a
união
gia
E
precisaram
jovens como
pois que
ventaram
siquer
ou
ção
das
técrtica
a
infiltração
e
a
vidade
uma
ener-
da
agora .
de31 guerra moderna,
"eixistas '
inas hordas
que
deu-se
do
Nunca
t.into
dos
nacio-
serviço
a
Brasil c da civilização.
e outra
soei-
do
todos
traiçoeira
derrotismo,
os
humana
setores
não
igrejas.
0
escondem-se
ati-
da
respeitando
inviolabilidade
a
da
esten-
lares
dos
perigo e a traiem todos os lu-
gares e assumem os mais variados
aspectos. Por isso, cumpre-nos, a
todos,
lâncio,
sem
sem
exceção,
alertar
fraquesas
e
maqui-
prevenindo as
sorrateiras do inimigo,
despencar
pôde
dos. acobertando
remetidas
dos
in-
sem
dulgencia,
nações
a vigi-
todos
os
qus
la-
Nação
às
ar-
de
a
covardes
crimittfosos
e
todas
Quislings de
tarefa defensiva
as
pátrias,
que estamos naturalmente incumbidos.
"Ligo AcodèmiSurge, pois, a
na
dc
(Continua na pág. 38)
PAGINA
21/5/1942
DIRETRIZES
nof
O Meier já não é a capital
dos subúrbios. O título foi incon testa velmente
arrebatado
por Madureira. Mas a antiga
capitai, passando o bastão a
outras mãos, não se sente diminuida. Meier já não é um
subúrbio,
pois ninguém lhe
contesta
a.s credenciais
de
bairro carioca.
Sede de uma
agência
do
Banco do Brasil e tíe uma filiai da Caixa Econômica, sede
de uma estação de Bombeiros
e de um posto de Assistência,
centro de convergência dc inúmeras linhas de bondes e de
ônibus, Meier é um bairro em
torno do qual estão gravitando inúmeros outros bairros —
"subúrbios" do Meier.
Meier possue comércio prónumeroso e completo.
prio,
ANTIGA CAPITAL DOS SUBÚRBIOS E ANTIGO SUBÚRBIO DOS
CADETES — UM HOMEM QUE VIU O MEYER NASCER — O MÉDICO DO CAVALO BRANCO — VELHOS CHEFES POLÍTICOS — NO
TEMPO DA CAPOEÍRAGEM — 0 'CINCO DE JULHO", JORNAL ANTI-BERNARDISTA, SURGIU NA RUA DIAS DA CRUZ — PORQUE
MORREM TANTAS CRIANÇAS NO MEYER — UMA ENTREVISTA
COM O DR. WATER BARBOSA MOREIRA — NAMORADOS, CELEBRIDADES E UM JARDIM BONITO — O MEYER, VÍTIMA DOS "PADRINHOS" — O NIVEL DE VIDA DE UMA FAMÍLIA SUBURBANA
mandante José Pessoa mudou
o uniforme e os cadetes se
transferiram
lugares
para
mai.s aristocráticos. E as pequenas do Meier deixaram de
usar, sobre o vestido suburbano, o castelo de metal branco,
distíntinvo do Realengo.
O Meier não c mais a capi-
Reportagem de PEDRO FERREIRA DA MOTA
era
conhecido o objetivo de
nossa visita.
— O Peçanha não deve tardar. Mas ele anda agora muito ocupado, pois há muito traImprensa
Ofina
balho
WÊÈtfrWÊ-
J,P^M^,iM-
JV:J.'...
*
¦¦"••"••¦••-"•¦¦¦•¦ ^m^m-^.y-^'---- ::-d
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&
pv>M^m
Nesta <iíisa da rua Dias da Cruz, Antonio Bernardo Camilo, compôs, redigiu e imprimiu ok
primeiros números do "Cinco dc Julho"
Ferragens, perfumarias, joatal dos subúrbios nem o subúrciai. E depois ele tem tantos
lherias, casas de móveis farbio dos cadetes. Mas, em comamigos e não consegue vir dimacias, drogarias, cafés . resreto da estação par a casa.
pensação, já figura entre os
taurantes, confeitarias. sapabairros do Rio.
Coitado, ele precisa distrairAcompanha
tarias, alfaiatarias, livrarias.
em tudo o progresso do Disse. Já não é uma criança e
Muitas dessas casas nada intrito Federal, mantendo uma
trabalha tanto...
vejam das congêneres da cidatradição dc constante desenRealmente, o sr.
Peçanha
tíe. Suas livrarias são, na ver- volvimento.
dade, livrarias de bairro. São
E onde antigamente
havia
mai.s papelarias do que livraapenas um simples trecho de
rias. Mão contam com a frefazenda do Engenho Novo er~
qüência ornamental de imporgue-se hoie uma
pequena e
tantes rodinhas literárias. Ma.s,
dinâmica cidade encravada no
em compensação, vendem licoração da grande e tumulvros. Embora livros metidos
tuosa
metrópole carioca.
cie coleções baratas. Mas o esBencial para urna cultura baUM HOMEM OUE VIU
rata, ao alcance de todas as
bolsas. Traduções dos romanO MEIER NASCER
cistas do século dezenove. Alguns clássicos traduzidos,
A
Para ouvir um pouco de hisindispensável dose de psicatória
do Meier precisávamos
nálise
(Freud e derivados).
descobrir um velho morador
do
Foi-nos indicado o
Biografias de Zweig. Roman- .sr. bairro.
Ernesto
Peçanha. impresces mais ou menos históricos sor da Imprensa
Oficial, mode Paulo
Setúbal. Enfim, o rador em Cachambí.
bastante para um bate-papo
relâmpago na vertigem
do
Seis e meia da tarde, era íntrem elétrico.
Quem
quiser tenso o movimento ho centro
mais. quem tiver, nesta hora rio Meier quando tomamos o
»ne*"*t,idn,
tempo para ler e bonde de Cachambí. Filas nudinheiro para comprar, que vã morosas aguardavam ônibus
a cidade.
ciue subiam
para Cascadura,
desciam para a cidade ou ruAntes de ser senador e de mavam aos "sertões" do Meier.
deci .irar guerra ao sr. Irineu O
bonde em que embarcamos
Machado e a grande parte do
foi
assaltado e em alguns seeleitorado carioca, o sr. Menestava cheio, com pasgundos
des Tavai.es. utilizando-se de
sageiros
em pé, entre os bansen embrionário prestígio de
cos
e
os estribos apinhacom
conselheiro municipal, conse- do.s
O intenso movimento
de
pingentes. E começou
guiu com o prefeito Bento Ri- a viagem,
uma
viagem
cheia
não
demorou.
Já sabíamos
beiro a construção do jardim
Finalmente que se tratava de pessoa muitío Meier, um do.s mais belos de zigue-zagues.
à rua Cachambí, di- to expansiva. Ele fala,, anilogradouros públicos daquelas chegamos
rigindo-nos
a casa do sr. Er- mado. desde o portão:
paragens cariocas. O jardim nesto Peçanha. Uma
pequena
— Desculpe
do Meier ainda hoje é muito casa
fazê-lo espeein
forma
de
chalet,
rar.
freqüentado.
continuará construção antiga.
Mas
uma
E
dificuldade
é
Em frente,
mantendo .seu
para se apanhar condução. E
prestigio en- nm pequeno jardim. Nenhum
depois, já aqui em Cachambí,
houver, nos climas luxo,
quanto
nenhum conforto (casa tive
apreciadores
de
que passar em ca.sa de aiquentes,
pas- típica de trabalhador),
amigos.
seios ao ar livre, ao som de tante limpeza e caprichosbasNão repare o
guns
de tíesarranjo
isso
cb.arangas militares, tudo gra- arrumação. A dona
é casa tíe
que
da casa
Já
sei
tis.
pobre.
o amigo
que
recebe-nos acanhada de não
algumas
informações
quer
soO jardim do Meier
já íoi morar num palacete, deseul- bre o Meier. Ora, nada mais
zona de influência dos alunos pando-se;
fácil ! Eu conheço isso como
da Escola Militar. May o coJá éramos
esperados,
«Fá a* palmas da»; mãos.
Aqui
nasci e aqui me criei, com a
giaça de Deus
do
Vendo que sacávamos
bolso uma pequena tira de papel, o sr. Peçanha, como bom
trabalhador gráfico, quis dar
uma demonstração de fartura.
Ora, o senhor tem muito
pouco papel. Vou buscar paAqui em
pél para o senhor.
casa papel é o que não falta.
E voltou com algumas tiras
de papel azul, cuja qualidade
elogiava e cujo nome sabia e
proclamava, orgulhoso de seus
conhecimentos técnicos
Homem
de extraordinária
verbosidade, nosso entrevistado encadeia os assuntos com
espantoso desembaraço.
Como arrastá-lo para a rifddcz de um esquema de perperguntas — pensávamos.
Sr. Peçanha, conte-nos
alguma coisa de sua infância,
rio tempo em que o Meier era
bem diferente do que é hoje.
Quando eu era menino
havia
não
Meier. Isto pertencia ao Engenho Novo. E aqui
onde estamos conversando e
vendo p-vsar esses bondes e
ônibus era a antiga Fazenda
de Cachambí. Tudo muito diferent.e, como o senhor deve
imaginar. Ainda menino, entrei como
aprendiz na casa
Moreira, Maximino, Chagas &
Cia., em 1892. Trabalhei tíepois em Leandro Pereira, Alexaridre Ribeiro e noutras Fui
fundador do "Correio da Manhã".
O sr. Peçanha
suspira, ou
melhor, toma fôlego e acrescenta.
Naquele tempo o Edmundo Bittencourt era pobre.
E desde quando o Meier
das ruas do Meyer faz inveja
deixou de ser Engenho Novo
para ser Meier ?
— Eu morava na rua Cardoso, n.° 5, "G" (pela numeração antiga, que era assim
complicada). Aliás foi nessa
ca.sa que nasci.
Foi quando
construíram a primeira estatomou o nome
ção, que
de
Meier. Era um simples barração de madeira,
mas um
barracão
elegante. Este subúrbio sempre foi bem cuidado e seu.s moradores sempre
contribuíram para ele vir a ser
o que é hoje em dia. No cen-
tro do Meier, onde o senhor vê
hoje esse grande comércio e
esse movimento de cidade, havia apenas algumas casas. O
botequim do Cardoso, a Farmacia
Cotia, o armazém do
Pinheiro e do Fonseca, a padaria Behteví... Onde é hoje
o Cinema
Mascote ficava o
de polícia,
primeiro
quartel
com alojamento para cmquenta praças de infantaria e outrás tantas de cavalaria.
Depois o sr. Peçanha informa sobre a origem do nome
do subúrbio:
Os maiores benfeitores
homenagem á família Duque
Estrada Meier. E várias ruas
locais tracem nomes de pessoas tíessu família: D. CaroJina Meier,
Joaquim
Meier,
etc.
OS BEMFEiTORES
DOMEÍER
Os maiores
bem feitores
do Meier teem sido médicos e
antigos políticos.
Os tem nos
mudam, mas seus nomes estão
sempre
gravados no coração
dos antigos moradores do bairro. o dr. Duque Estrada Meier
deu vida e deu nome ao subúrbio. E o dr. Archias Cordeiro ? Quem
não conhecia,
antigamente, o Medico do Cava^ Branco ? Ele tinha sempre ensilhado, em frente à sua
casa, um cavalo
branco.
E
estava
sempre
disposto
a
atender a qualquer chamado,
de dia ou de noite, para o.s lumais afastados,
gares
pelos
caminhos piores, quer chovesse, quer fizesse sol.
Naquele tempo não havia auto.móveis, nem ônibus, nem crise de gasolina... O dr. Archias Cordeiro encarava
sua
como um sacerdóprofissão
cio. Foi um grande amigo do
povo. Não só receitava, como
arranjava remédios e dinheiro
para os pobres. Nunca expiorou ninguém e talvez por isso
moireu pobre. Não foi, entrotanto, um inútil na vida e seu
nome é inesquecível.
Quando
morreu, .seu caixão foi carregado a braço, ao cemitério de
Inhaúma.
Todo o povo
do
Meier foi levá-lo â última morada. Outra grande figura do
Meier foi o dr. Aristides Cairo.
muitas capitais
Era rico, mas era humanítârio e caritativo. Também nunca se recusou a amparar, cora
o .seu saber, os necessitado*.
VELHOS CHEFES
POLÍT6COS
Agora o sr. Peçanha recor—
da alguns antigos chefes pomicos
que se interessaram
desenvolvimento
pelo
do
Meier.
— O Meier deve muito a aiguns antigos
moradores oue
tiveram, a seu tempo, iníiuèn-
if
,
PAGINA
5
DIRETRIZES
21/5/1942
HISTORIA
A CIDADE
D
RIO
O
DENT
importantes foram o
ficando para mais
cia política e que muito íize- cessitadas, vao
"Suburbano",
de Eduardo Ma"Eco
ram pelo subúrbio. Uma das depois, à falta de um bom paSuburbano",
¦¦'¦¦¦¦-:.-.-..y.-'.-'.--.--.'-'-----.-.-'.y
galhães e o
SsjS»SSSK<:._: íí: •:• ¦:¦:¦'.•:•:•¦.¦:¦:•:•:¦:
drinho.
Agora
jóias do Meier é o seu jardim.
Nogueirol.
Ernesto
de
um
E' um ponto de reunião e
o Meier não tem jornais. Hoje
NOS TEMPOS DA
local de recreio. E quando há
os jornais da cidade tiram nu^^^K^P^:^___^^^H^_l_^^^^^^Í(__m_»_____ifl |^?^PKw«<í&gft^^™«88
música no coreto chega a ser CAPOEIRAGEM. . .
edições que chegam
merosas
ii^Hí^^fs-^^^ÍISSStiH __^_^^í^^^^?^S^*-'^^^í^^SP_3__fflfl____l S^^KM^m
Representa
festivo.
mesmo
MrM^&yWZflSs&a SSRI Bffffi&x" ''íW:::SÍ?™:^^^^^™H S8___^_^í_í___{^3_^M
espécies de pessoas ao Meier poucos minutos deHá
duas
uma diversão genuinamente
'mSffll
rotativas.
das
sairem
de
entrevistadas
serem
<»SSSâScS^V.wxS_H______M_^^
:*
E3^_^_H____^o_^_^_>8c$Dvo83m^M
para
pois
_KW__<«fr^^_j«MMMM_»«^«'*'-K«XM
que
¦E8888f__8SÍ»«í3S{_8
popular, porque está ao alcan- dão trabalho ao repórter: as Alem disso o rádio cada vez
o
Meier
ce de todos. Pois bem,
cona\WMmÊm
^^^K a\Wm
r$m
falam pouco e as rjue fa- mais se transforma num
deve o seu jardim, em grande que
como fonte
está
ideal
tipo
do
jornal
demais,
corrente
lam
o
'•'•'' 'Hffi^H^iM
¦'''**'wíHB
^wJwSíí_^________B8BboI^^_3_____s í?parte, a um velho político, ex- no meio termo. O sr. Ernesto de informações. Daí, talvez, a
ex-senador, que
intendente,
nem é calado nem morte dos jornais de bairro.
teve até m^smo, na política, Peçanha
jornais
grandes
no meio termo. Eie tem Pois se os
muitos inimigos, mas que pres- está
nao
ou
idéias
morrem,
de
quase
associações
também
rápidas
t,ou, entretanto, serviços reais e vai de um assunto a outro evoluem...
ao subúrbio. Refiro-me ao an- com admiravei facilidade. E'
e
tigo conselheiro municipal
c T'CÍi retê-io num ponto da "NÓS SOMOS POVO
depois senador Mendes Tava- entrevista. E' quase inoossires, o rival de Irineu Machado. vel controlar
'
E ESTAMOS DO LADO
^m ^zWÊÊÈ
^w^^;;^^:í;^Pí::::::::',.,:. .pá'
sua conversa.
Mendes Tavares, utilizando-se Assim é que, enquanto tomaDAS DEMOCRACIAS"
de seu prestígio, conseguiu do •.amos alguma? notas sobre o
prefeito Bento Ribeiro a cons- que ele dizia a respeito da inQueremos saber qual a reatrução do jardim do Meier.
no
melhoramendivisão
do
jllfta
Pedro Pereira de Carvalho, tos entre as ruas do Meier, já ção produzida pela guerra
Meier.
antigo chefe político, fez mui- o i-osso
informante voltava
do
No Meier vivem muitos
to pelo desenvolvimento
ides, ao tempo de
tempos
aos
São homens e
Mario
lado de Dias da Cruz.
ocupando-se de estrangeiros.nascidos nos mais
mocidade,
sua
Piragibe, outro político antigo, um novo
tema: a índole do mulheres
pontos do globo.
diferentes
também fez muito pelo Meier.
bairro:
do
povo
Todos vivem aquí como se estiAcha que essas iniciati'¦¦y'y>X-^mm&k:y
ruas
HH«BHffiW#:'
¦
—
anda
WSSSt
pelas
Quem
vessem em seus próprios paivas particulares teem sido sucumprido
principalMeier,
centrais
neses Neste particular
ficientes para atender às
mente nas horas de maior mo- mos à risca as leis de hospltacessidades do bairro ?
o lidade e solidariedade humaEis uma pergunta que pode- vimento, compreende que
uma
população na que fazem parte da tradi'^WíW:-Py%,
ria ser feita a um administra- subúrbio tem
e
^mM':
Hffip^A^raB-'pacata. E tal cão do povo brasileiro. E por
dor ou a um político. Quise- trabalhadora
nos
reaà
não
corresponde
a
guerra
isso mesmo
mos fazê-la, porem, a um ho- imprersão
E
foi um
indiferentes.
mem do povo, a um velho mo- lidade. O bairro nuncae valen- encontrou
nosso interesse pela tragédia
para quem reduto de desordeiros
rador do Meieç,
teve o mundial aumentou depois que
Tudo,
'¦¦'.- ¦¦•..-¦•..:¦:¦•:¦.¦¦
já
toes.
porem,
os
Í?S_Í_^E^Í8^
estranhos
>'¦:¦-:¦
não podem ser
H£8_S8)^^tó_í>íí*-íSS-_^í-'.
Ea capoeiragem, no o Brasil tomou posição romtempo.
seu
locais.
problemas
assanLonge de estranhá-la, o sr. Rio, já teve a sua época, no pendo com o partido dos
soNós
estiveram
agressores.
já
Peçanha responde à pergunta sim como
do nor- guinários
estamos
tal
como
cangaceiros
e
os
cartaz
mos povo
com vivacidade:
Se
ou os jagunços da Baia.
deste
do lado das democracias.
nada
não há
_
Homem,
de
ser
alimenOra, o Meier orgulha-se
há degenerados que
terra tam simpatia pelos fascistas,
de
perfeito no mundo. E o Meier,
autêntico
pedaço
um
que não é um paraíso, não carioca. Por isso não é de es- esses não encontram ambiente
forma exceção. Muitos moratranhar que tenha tido tam- no Meier para manifestar tão
dores daqui, ricos ou influênbambas. E dentre grosseira e criminosa maneira
bem seus
tes nos antigos círculos polise destacaram, comuitos
eles
de pensar. E cu o digo como
ticos, trabalharam pelo encélebre "Amargoso", ho- velho morador do bairro, como
o
do subúrbio.
grandecimento
mem de confiança de Lins e mo pessoa muito relacionada
Mas, o que quer o senhor ?
Era um rapaz em todo o subúrbio e como
Vasconcellos.
barulho e homem que sempre soube, gramuito
Quando alguns desses homens,
Fez
valente.
necessida
todos os cas a Deus, fazer bons amigos
pela tribuna parlamentar ou
como
quase
terminou
Ninffuem melhor que o medico par informar sobre asWalter Barimprensa,
da
"brabos".
o
dr.
colunas
Resistindo à prisão, entre os companheiros de trapelas
des do povo. Por isso DIRETRIZES entrevistou
Meyer
Não falto
conseguiam um benefício para travou luta contra oito soldavizinhos.
os
e
balho
bosa Moreira, um dos médicos mais populares do
o Meier, estavam quase sem- dos de polícia e depois de dar ao trabalho, ando pelos trens,
com entusiasmo nas representações amadore.
a colaborar
"Carlos
trabalho caiu já sem. pelos bondes, gosto de palespre atendendo, antes dedetudo, muito
O
um
e
imediato
nosso
o
profissionais.
goao interesse
camedidas
nos
nas
faca.
amigos
que
a
morto
meus
trar com
vida.
tomar para a Gomes" teve uma vida intencerto grupo de moradores, de
sempre
verno resolva
toda
e
parte
fés
por
e dos sa e prolongada, honrando •
do país
uma certa zona do subúrbio.
salvaguarda
OS JORNAIS DO MEIER
a mais franca repulencontro
e
de
Muitas vezes a iniciativa
ideaias mais puros da huma- nome de seu grande patrono
esses monstros que estã<
a
sa
outoma
a
conversa
Agora
desenvoio
melhoramento
contribuindo para
um
nidade os ideais democrátipleitear
vimento cultural dos habitancos.
^>^>Ãf::x:>::::>*í>'
Ertes do Meier Outras associaDespedimo-nos do sr.
cões teatrais figuram na crôdeminutos
nesto Peçanha e
Meier: O Clube
pois, quando esperávamos o nica do velho
também
Dramático Wagner,
de um café
bonde, o rádio
e
Euterpe
a
na rua imperial,
anunciava o afundamento de
Cachambí.
Teatro
o grupo do
mais um navio brasileiro pelo*
Depois foram vindo os cinealemães.
mas. E o Meier teve naturalmente a sua primeira casa de
NA IDADE DE OURO
espetáculos do tempo em que
DO TEATRO
^^^^^m^íímWm^^m^^m^í Wy^^±^SSa^éâmi^aaWm^^MMmM' '^¦''^¦^^Êí%W^MWÉ4^
mudo ensaiava os
o cinema
"MasUBURBANO. . .
primeiros passos. Roi o
_^_^^_c__^_^s__£i^^<s__^__^^_^$_^^^^£si ___Ht_K__8__%M£aS^'^i_i ____l____wtt^Sf?S^^_MW^'>^^^^M^¦ <¦? Í^^^_^g^^_a__^c»__>^TO
uns
há
inaugurado
cote",
Ao saltarmos do bonde de
funainda
e
anos
trinta
que
do
estação
na
Cachambí.
ciona. Já aí começou a divimais
fossem
Meier, embora já
sofrendo o
são das platéias,
de 20 horas, ainda era grande
concorteatro locai a séria
¦)«oj?-v-.-uwjxMoycnr.™.¦ yxxxyjo^ .s-fM^rt.rff*mfms«
-yiB_T
.w_ wyy.tw.
1
T^^HWffflilifflilflKMMinjiTffi
yTVl^^
lilI 11'aHfyxrr.
o movimento. Ainda chegava
ainDepois,
filme.
rência do
¦•¦¦ W^^S^^^^s^^^^M^^^M^
Ainda, emslSííj^^^^^^. •. ,x's: Mi^Wímf^-.^^^il^S^Mt ¦-'«PyffiffiffiM
gente da cidade.
agravanfalado,
cinema
da,
o
'¦'''¦'.
- Sa_mSK.^_^P^CT S^_w^^^t_?^^^f^í^íí^^^5Si5_t^^
barcava gente nas diversas li¦ ''
v
-^?^*íIkkÍ__I l_MI'i_^_^__^__n__S §5PW ilvyffi TW<W\
çwsíw&í* -5<§fÍllS%
Por
do a situação do teatro.
nhas que partem do Meier pateadois
teve
Meier
último
o
ra os diversos bairros satélites tros, o "Carlos
mk%-§r *-M ''JPp^t- *^^^^™Sm^BW^ w-^^WÈF&sÊÊwm
Gomes" e o
"Cordelia
da antiga capital dos subúrAgora,
Ferreira".
m^mm^-x,..-....-..;,......«.l^^JSmm-^'-W^^'' ^^^IT^^^^^^W^^*&&¦«*» **fe?^ *?* *^^^^
bios.
porem, no edifício deste últiatras,
anos
mo, já não se realizam repreHá cinqüenta
aquiseria
como
A casa
hora,
àquela
sentações teatrais.
"dancing"
em
lo ? Mais ou menos deserto, a
transformou-se
não ser nas noites de bailes Praticamente, o Meier já não
teatrais.
representações
tem teatro, e do teatro de
ou
Naquele tempo os bairros tiamadores do Meier resta apefazer seu próprio
nas, ainda impressa na memónham que
Os
havia
cinema.
ria dos velhos moradores do
teatro. Não
outros
Hoje
passeiam
cidade
a
jovens
Meyer.
do
transportes
bairro, a recordação dos seus
para
o belo jardim
Outrora os cadetes do Realengo enchiam
e
lentos.
escassos
muito
árvores
antigos e dedicados animadoeram
suas
sob
teatro
ouro
do
idade
de
Nessa
res, qüe foram o chefe de trem
da
horrores
os
tro rumo. Fala-se da impren- alastrando
intambém
Meier
Raimundie
o
Vieira, o capitão
mundo
suburbano
o
partia de um proprietário das
todo
por
sa. Dos grandes e dos peque- guerra
Caro
seu
Teatro
e o
Militar
Polícia
nho,
da
teressado na valorização
em
sanbrilhou
com
afogar
nos jornais. De sua evolução que pretendem
legítlurn
teve
Nobrega,
Gomes,
los
ator
casas de certa rua. E é por
conquistas
belas
que
mais
profissional
as
e de sua decadência, acompa- gue
representar o
dos
orgulho:
isso que há ruas relativamente
grande amigo e mestre
sempre as épocas de do homem. Orgulho-me de ser mo
nhando
bons
com
importantes
o
com
Guarani
comparecimenamadores.
pouco
um trabalhador, um homem
decadência ou de evolução.
Gomes.
Carlos
do
calçamentos, bom serviço sato
De regresso de nossa excurafirmar
próprio
e
que
do
do
posso
local
povo
E a imprensa
"Carlos Gomes" na
Ficava
o
conhea Cachambí fomos jantar
nitário, boas linhas de comueu
são
toda essa gente que
Meier ?
outras,
enquanto
rua
hoje
rua
nicacões,
antiga
e
imperial,
repartição
_ O Meier tem tido vários ço, em minha
(Continua na 0a pag.)
mais" habitadas, mais imporOs. dois em meu bairro, está disposta Aristides Caire. Revesavam-se
bairro.
de
nejornais
mais
dúvida
sem
e
tuntes
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TAPETES • DECORAÇÕES
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AGORA SOMENTE,
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Rip de JLANtfHQ'
- ¦«¦¦¦¦ UlULm^^
65 Ron CRRIOCfl 67
7777 7:
PÁGINA
6
um pouco tarrie. E no dia seguinte teríamos que atender a
uma nova entrevista. Tinhamos a promessa de algumas
notas sobre um dos mais inte._cssan.tes episódios da vida
do Meier. Tratava-se da origem,do "5 de Julho", o jornal
ilegal dos revolucionários tíe
1924.
"CINCO DE JULHO"
O
NASCEU NO MEIER
No fim da rua Dias da Cruz,
lá para o número trezentos e
de
tantos,
do lado direito
de
o
Engenho
vai
para
quem
Dentro, há um grupo de casas
iguais. Numa delas foram leitos, durante meses, os primeiros números do jornal -5 de
Julho"; Antônio Bernardo Canelas foi seu idealizador e organizador. No Centro Espirifa Suburbano, Canelas mobilizouseus auxiliares mais ati•
vos.e dedicados.
As tropas do. general Izidoro. Dias Lopes, depois .da brilhante, retirada rie São. Paulo,
ocupavam as barrancas do rio
Paraná,, .oferecendo brav.a ,e
tenaz resistência às forças do
governo.., .Havia,, no plano do
um objetivo
general Izidoro,
manter o
.essencial:
político
logo.,sagrado dq revolução., a
esfera d Ç. que. se organizasse na
e ,s.e. pusessem em a.eãp,outros,
setores do Exército, da Marir
nha e dó povo. Ò movimento
tíe "5'^ie Julho contava òoni a
riü.i.atia"'dá quaíé'' totalidade
tiôs"Krásiife:irpá,;í Más' o governo
Bernardes tinha
dó"ér. Arthur
hás'mãos 'ó-aparelho estalai
reforçado pelo estado de sítio.
Da epopéia -rio A1 to* ' Paraná
chegavam aos ouvidos do povo
¦aocnas' vagos rumores' ou versões; deturpadaspelas-"•' notas
de maior
Jornais
oliciais.
combatividade, como o "Correio da Manhã", estavam fechados. Os outros s&b, rigoEntão aqueles
ro-^a censura.
soldados da liberdade., continúàriam a verter o seu sangue
sem que ao menos o país tiVêssé noticia rie seu sacrifício'?
Aquele sentimento de sol iri anão poderia
riedarie popular
Aquela
permanecer inativo.
vontade de luta, de qualquer
maneira, teria que ser orgae
nizada.
consubstanciada
Pensando
marcha.
em
posta
em tudo isso, Canelas pôs-se
em aeão.
Bello,
Rubem de Almeida
empregado numa casa <ie artigos de ótica da rua Gonealves Dias, era tambem fun eionário do Centro Espirita SuHerna Travessa
burbano.
mengarria. Canelas foi ao seu
encontro:
—Não podemos deixar sem
a.s. tropas . do..general
apoio
não sabe o
Izidoro. O novo
De
Paraná.
se
rió
passa
qúe
um lado estão os que imaginnm qne todas as tropas le-.
galistas se passam para a.s fileiras rebeldes e nue dentro em
breve esse exército, constanteretomará
mente engrossado,
o
São Paulo e descerá para
Rio.
De nada vale vs^c doentio
otimismo. De outro 1-r.do estão
os que acreditam nas mentiras dos comunicados oficiais.
Temos que imp-imir e distribuir clandestinamente um jornal que conte o que realmente
íe páSsa e que ao mesmo tempo oriente o povo.
Sim, ma.s a policia, o estado de sitio. . .
Pior era rià Bélgica duE
rante a ocupação alemã.
nem por isso deixavam de circular o.s jornais c ano<\sfinos.
E dentro de poucos dias Canelas e Rubem já contavam
com o apoio financeiro de vários oficiais e civis izidoristas.
Depois, um prc'o de mão. tipos c outros materiais eram
comprados e Instalados na reRubem,
sidência do próprio
numa daquelas casas do fim
da. rua Dias da Cruz. Canelas
íoi metido, com sua tipografia. num pequeno deuósito cie
moveis, um quarto de pouco
mais de riois melros cúbicos.
Ali trabalhava, comia e riormia. Como medida de segurança, da'í não saia nem mesmo para andar pelo quintal A
dona da c^sa, rj-^umas crianças pequenas e a empregada
DIRETRIZES
apenas que naquele
sabiam
vivia um homem
quartinho
que dali não podia sair. A ride
gtda disciplina patriarcal
Rubem não permitia maiores
indagações.
E dali, durante meses, salsemanais do
ram as edições
"5 de Julho", redigidas, compostas e impressas com verdadeiro
carinho
profissional.
Rubem de Almeida Bello, alem
tle ser empregado de um Centro Espírita, não
provocava,,
pelo aspecto exterior, a meEra, aparentenor suspeita.
mente, o mais pacato dos. citíadãos. E o Sherlock mais sagaz da polícia dp Marechal
vendo-o
na rua,
Fontoura,
com o seu ar de santo, seria
capaz de jurar que se tratava
tíe um pastor protestante. De
resto, a rua Dias da Cruz -era
essencialmente familiar, com
òs seus casais de namorados
em eternos passeios.
E assim durante muito tempo se irradiou do Meier para
todo ó Brasil o jornal que trazia notícias dos sertões onde
se batiam às forças do general
Izidoro, ' mantendo acesa' &
Do
revolucionária'.
í 1 ama
Meier, o "5 de Julho" foi transinstalações mais
ferido para
' '(menos
inhabitáamplas
veis.'.;), rid'morro da Botija;
onde funcionou
na piedade,
até' encerrar sua missão -sem
•'*
nunca ter sido descoberto.-"pior
Canelas tinha razão:
era na Bélgica*"... • • *-•*¦• ¦ * ¦
A VIDA ESPORTIVA
"/ '* '.;;;,
DO MEIER
; . _
.*";¦
de
Fomos' olhar o', gruoò
caijás da rua Dias da Cruz ihdicadó pelo nosso informante.
O número trezentos e tantos
fica nos-confins da rua. A rua
airidá' conserva' o -mesmo ambiente e os mesmos casais de
namorados.
adiante, :no número
Mais
561. há outra relíquia ligada
estreitamente à viria, do Meier.
Não à vida política, mas a.vida esportiva. Trata-se do veterano Esporte clube Macken'Ap.
e o
Hoje, o Mackenzie
Meier Tênis Clube são as duas
sociedades
mais importantes
esportivas do bairro.
fina rie
Caia
úma garoa
inverno
o
anunciando
maio,
carioca. Em frente à sede do
estava um grupo
Mackenzie
de iovens. alguns envergando
uniformes colegiais.
Queriamóis falar a um dos diretores
do clube. Mandaram-nos entrar.
Atendeu-nos o diretor
pedindogeral dos esportes,
nos que esperássemos um pouco. Estava ele realmente-muiPreparava-se a
to ocunado.
saída dc um team de "basket"
quê competiria nos jogos de
campeonato
classificação do
carioca.
O Mackenzie ostenta, em sua
vida, dnís títulos d- orgulho:
é um clube pobre, que se rpantem unicair_ente\pelo efÇovco
de seus sócios e é uni partidario fervoroso c irredutível do
amadorismo. Tivemos portanto oportunidade de assistir à
saída de um grupo.de andadores para a defesa da.s cores do
clube.
Siin. os rapazes do Macken/ie oraticam o esporte por esporte. São quase todos guiasiai.s dé cerca de 15 anos. Mas,
que trabalho dão aos diretoreclamam tudo !
res ! Como
Qne algazarra fazem !
O Tü^oorte Clube Mackenzie
tem ?8 anos de vida sõcir.V.
Em 1933, com o advento do
profissionalismo, o Mackenzie
preferiu retirar-se das comneticões oficiais de futebol. Sua
diretoria, entretanto, não extinguiu a prática deste esnorte. conservando, em plena forequipes,
ma,
suas
para a
disputa de jogos
amistosos.
Hoie o centro da o tividade do
Macken?ie é o br.sket-bell. O
clube é fihado à F. M. B . O
mantém
ainda
Mackenzie
masequipes de volley-ball
cul>no e feminino. O tèhis f^e
mesa c o xadrez figuram entre
f>s jo"*os infernos cio M,-'f,,"°nzie. Compitam sua atividade
..¦o..-,,,, (-pç.fns
riansantes. sessoes einematogníficas,
festas
infantis, festas de arte, etc. O
r-n.he costuma ceder suas qua•d ras para a realização de jo-
gos entre equipes colegiais do
bairro.
esportiva do Meier
A vida
pela
pode ser representada
do Mackenzie, do
atividade
Meier Tênis Chibe e pelas seções atléticas dos colégios da
antiga capital dos subúrbios.
INSTRUÇÃO PÚBLICA
21/5/1042
RÁDIOS
RMGERADOR OSI
BEBEDOUROS ELETRIC
D. Maria Santarém Leite e
Miranda, Caos professores
macho, Santarém, Souza, são
velhos
professores do Meier,
- _
1
que educaram, na velha capi-¦'¦
SSeã mmm tm jnr\ «ft
m%mmmãmammW3IKSSSSmmJBSSBBÊSSk^BZvLBm\£f \w
as
tal rios subúrbios,
gerações
de há meio século. Seus notSjà fl
T_r4b\"üi Ji ffi «Tafll ¦Til «iTS N* •" 6,»S_k%. /rr.—~—T. fJSL
BSTIL XipSa í$fc,K^-'-J^-—zJ'JjÈ
SsR *A / nnsOa _b _'-¦! ü E» !>___? i l 1 J B ____S_^________l____í__é___w£3
mes ainda estão ligados a esl_8B__h______i__i___-__j_fl_6_wp^^I
!_Bl___iii
^StWvSk^
tabelecimentos de ensino condeles
temporâneos.
Muitos
teem
filhos c netos
que se
manteem no exercício do maI B V . D O n E S
> I S T
gistério. Hoje, muita gente de
cabelos brancos que cruza as
ruas. do Meier, que viaja nos
bondes de Boca do Mato, Ca•5
chambí,
Piedade, Cascadura,
DENTO, 1*3
5 JOSt*. «3 ,
OUVIDUB. *6
ou no ônibus de Olaria, pu no
PAULO
5 :
t. 1 O
trem elétrico,., aprendeu, a }er
oú íeg.ç curso de huma.nida-lt;1 ai '
des ..com algum daqueles vebairro
Ihos mestres. Ò Meier,
'dotado
de .
tradicionalmente,
ensino,
estabelecimentos .de
ta em moléstias de senhoras.
acompanha nesse particular e conversa com os. doentes, com
.O
aos
que se obserya, aqui, na c.l_i-.
esse , ar pa.ternal comum
rithmò'" rie progresso
d'd Rio.
'contar
nica
de senhoras, tambem. não
'dó'
coin a._ es- médicos velhos.
Ehoje, fiem
"púbíiòas
unia
mesali
particularidade'
entrevista
é
começa
A
oU
cola.s prirúáriaír
'as* ruas mo, nò consultório, em plena Meier, é claro."Os homens -so*
particulares', entre
da sala' de- espera.- Entre outras . irem, desde o periodo rie gesDias
A reinas*' Cordeiro,
pessoas está presente um.co- . tação, todas ,,as conseqüências
Cruz, Aristides'
'ou Caire,* Lliis e Içga
do desconforto, do nivel baixo
o dr. Osido dr. Water,
Joaquim Meier.
Vasconcelos
:
dá vida. As mulheres"sofrem
abordarmos
"dezena
Ao
Marques.
de ris
há cerca de üma
* tambem tudo isso é mais alMoo
dr.
Barbosa
o
assunto,
estabelecimentos de ensino seguma coisa. De um-modo geDe-• mistura'-¦ com reira, que é um temperamencundário.
a
*
ra] o .homem, gozando de re-.
fato
comunicativo,
pa^sa
operários, gente do comércio
econômica,
coia;tiva liberdade
nós,
lar.
não
soniente
para
transitam pelo
ou- milrtare.s,
'um
dê
vida menivel
Osiris
o
dr.
desfruta
Meier. dia e noite, jovens-em mo também para
O*
esporte,
mulher'.
a
conlhor
alguns
¦
e
Marques
•' •
que
para
uniformes colegiais.
•
um
é
sério
exemplo,
«uientes. •-.-:¦•¦•-'
que
por
Em relação
mais.
.muito
.fator
saude,
outros
de
aos.
é
ALIMENTAÇÃO
do Rio — começa o praticado pelo homem do que
bairros
Water — o Meier não pela mulher. Depois de' cásá-"
dr.
do custo da vida, apresenta
O preço
em
continua
nenhuma partícula- da, a mulher
no que se refere à alimentação, ridade no
é
a
desvantajosas.
E
se
refere
condições
conque
atinge no Meier a um termo dições sanitárias.,
a mu.que
na
vida
de
.
casada
médio, em relação aos bairros
Quais as moléstias mais lher tropeça com um, problede vida mais cara e aos. bair- comuns
ma seríssimo. Quero me re?
ros mais pobres'do -Rió.* BusAs moléstias infantis. E' ferir às tentativas dc controle
áos leitores
cando oferecer
de natalidade. Neste campo
verifica, aliás, em touma idéia dó preço dos gene- odosqueos seoutros
de
resibairros
os
charlatãe.s e charlatãs. faros de primeira necessidade è ri cias.
zem
verdadeiras devastações.
ên
ria capacidade aquisitiva de
Mas agora, com as parPor que serão as crianças
dois tipos comuns de famílias as mais atingidas
doendiplomadas. . .
teiras
pelas
do bairro, conseguimos obter cas ?
Desgraçadamente — reos dois orçamentos que se sePorque as, crianças nctruca o rir. Water — as parguém.
e
especiais
cuidados
teiras diplomadas não remecessitam
• Despesa mensal de uma ía^em
estão
os
nem
a atividade sinistra
sempre
tiiaram
pais
mília de dez pessoas, compôso
com
tratá-las
de
condições
antigas
comadres. Acho
das
ta de uma lavadeirà, dois ope- devido conforto.
O
sr.
sabe
mesmo
certas
profissioque
rários-aprendizes, um pequeno
doo
fundamenta]
diplomas,
é
munidas
nais,
de
para
que
funcionário aposentado e seis ente a resistência
orgânica.
à
mais
sentirem-se
parece
crianças (todos recebendo sa- Os indivíduos mais fortes suconi
a
agir
vontade, passando
lários, menos as seis crianças»';
melhor os efeitos de
desenvoltura. Creia o senhor
portam
-jaçougue,
130$;
200$;
armazém.
inclu- que há métodos
enfermidade,
anti-concequalquer
quitanda, 52$:
padaria, 69$;
uma
epidêmicas.
Ora,
sive
as.
verdadeirasão
pcionais
que
carvão, .60$; peixe, 20$; leite criança sustentada com água
mente
E infecatastróficos.
diariamente),
(sem comprar
">.
nutritivo
rie
arroz,
cujo
não
faltam
clientes
lizmente
poder
_:.
18$; manteiga, 16$; café,
dispostas a aceitar, com risco
é reduzidíssimo (mais oü me14$200.
:.
o da própria vida, as mais vasobre
alimento
3
nos
de
%•
Despesa mensal de uma fanão pode ter a mes- riadas práticas.
mília de seis pessoas, cOriipós- volume),
De certo, doutor, a prátidefuma outra
ma
resistência
ta de um funcionário médio, sustentada a leite.
a
Mas
mais
ou menos irresponsáca
duas crianças
esposa, sogra,
mais vei de processos
muito
de
arroz
água
anti-conceé
em idade escolar e uma crianE
leite.
.
.
acessível
o
por
é
uma
calamidade.
que
pcionais
ça pequena (recebendo dinhei- essa forte razão é maior o núro somente o chefe da fami- mero de crianças "alimenta- Entretanto, o fator econômico parece levar muitas fami200S; açoulia): armazém.
Esse lias a situações embaraçosas.
arroz.
água
rias"
com
de
gue, 112?.; padaria, 90$; quise resolve uni- Não seria o caso de se fugir
tantía, 20$; carvão, 50$; pei- problema não remédio.
Longe aos recursos clandestinos, encamente
com
xe. 10$: leite, 30$; manteiga, disso.
infantil carando-se o assunto cora:omortalidade
A
16$; café, 11$40U.
decrescerá muito
quando as samente,
buscando-se,
dos
Gêneros adquiridos por esmais leite pontos de vista social e cientitomarem
crianças
feijão e menos remédio.
sas
famílias: banha,
Há duas fico, uma solução
honesta e
preto, manteiga, arroz, fária
dê
espécies
fome.
quantitasegura
?
nha, batata miúda, macarrão, tiva e a
qualitativa. Uma criRealmente,
carne seca, bacalhau, azeite, anca
há medidas
que enche o estômago higiênicas
óleo dc salada, sal. açúcar, viinofensivas,
pode ficar de ou menos eficientes. Como mais
nagre, frutas, verduras, carne de água arroz mas
elifica
verde, peixe, pão, leite, man- barriga cheiaPor outro não
minar,
entretanto,
uma
verlado, a
aumentada.
teiga, café.
mãe que trabalha fora ou em riadeira tradição de bruxarias
serviços domésticos e que não e charlatanices mais ou meCONDIÇÕES SANITÁRIAS
se alimenta
bem, não pode nos criminosas ? por meio de
DO MEIER
amamentar bem. Juntemos a uma campanha de educação,
isso as questões de habitação de certo. Mas, uma campanha
O dr. Water Barbosa Morei- e vestuário. As habitações co- dessa espécie, requer, para ser
ra é uni do.s médicos mais po- letivas, muitas vezes anti-hi- iniciada, verdadeira transforIsso,
são macão de mentalidade.
pulares do. Meier. Seguindo a giênicas e superlotadas,
apenas,
como ponto de partradição dos Archias Cordeiro uma porta aberta à propagatida. A limitação da natalidae dos
Aristides
Caire,
elé ção de doenças
contagiosas.
de
não representa apenas um
transforma cada cliente num Portanto, seria muito interêsda medicina.
problema
E'
amigo. E' o que logo se obsersante a existência de hospiprir«.inalmente um problema
tais para isolamento de crianva riurante sua consista.
ouvi-lo sobre ças portadoras
Desejávamos
de moléstias social e dos mais complexos.
agora, com a guerra,
a.s condif-ões
sanitárias
rio contagiosas. Durante o inver- Ainria
ele vem à discussão em escaMeier e ele havia marcado o no muitas
crianças, por esencontro em seu consultório, cassez de rou nas, não andam la internacional. O sr. sabe
na rua Archias Cordeiro. 272.
agasalhadas. E' mais um a.s- que segundo algumas opiniões
Chegamos um pouco antes, da pecto rio desconforto geral que uma c>s causas da derrota da
Franca teria sido o decréscihora. Ao pene Var na sala de reflete sobre a saude.
— Estivemos até agora fa- mo de natalidade, entre franespera do consultório o rir.
Water • já encontrou, junta- lando sobre moléstias de cri- ceses, enquanto, na Alemãmente conosco... alguns . elr- ancas — continua o dr. Wa- nha, a orientação éra precisaentes. Embora ainda jovem, ter — mas eu sou e.-specialis( .'oi-.i.-ti.t i>a Ji:!3 i>í»g.')'
Pau! J, Christoph Company
d
21/.5/1.M2
i
7
PAGINA
D I R fc / R I Z E S
tV
I
Estaãos Unidos ainda exciama-. "Retrocederá o homem do
lipovo em sua marcha ãa
berdade? Será ele novamente
marcado pelos ferros da escravicião? Nunca!"
E' confortador, nesta hora
dramática, vermos nos postos
de direção das maiores potências do mundo Iiomzns com-j
Churchill, Roosevelt, Chiangem todos os episódios da hisKai-Shek e Wallace e tantos
tória revolucionária continendemocráticos
líderes
outros
tal eslão sempre na primeira
verdade) qua
e
de
(democráticos "homens
Unha —' os mais destemidos
do ponos
confiam
sinceros lutadores.
"heróis ignorados que
nos
vo",
Estados
O vice-presidente
lutaram pela -conquista e mados Unidos chama a atenção
nutenção da liberdade" c que
os.
que
perigos
do povo para
ainda nos ameaçam nesta gi- não tremem, apreensivos, ao
pensarem nos áestnos da hugantesca luta mundial contra
manidade. Com um Churchill
deo fascismo, nesta luta das
um Roosevelt ou um Wallace,
bandos
moeracias contra os
o
mundo pode enfrentar, sereincendeiam
sanguinários que
"0
no
e confiante na vitória,
Ó
o
mundo.
e convulsioham
último e- desesperado, ataquesr.' Wallace áâúerte: "Dèosmodo energúmeno da Europa".
tios preparar para sofrer o
último e desesperado alagai. Passou z pusilânime época da
guerra de nervos em que os
do energúmeno âa Europa,
hora
falsos dirigentes ingleses e
cuja esperança, nesta
em
a
franceses de Mutúch atraiçoavitória
decisiva, é obter
vam e venâiam covardemente
estaver
seu
seis meses". A
a$ pequenas nações e a prómos no prelúdio de novas t
as
pria causa democrática, danchacinas
foi
que
grandes
do alento à audácia dos escriças da agressão e da bestiabas fascistas de todo o mundo
prolidade ainda conseguirão
"Mas
veuvocar pelo mundo.
que viviam a proclamar,:», soldo
de Roma, Berlim t To teio, a
—
ele,
acresdie
ceremos'"
"E
do âedo
falência, a caduqtüce
poo homem
eentando:
¦ . . Passou a
mo-liberalismo
deciâos
será
um
vo
fatores
"àatriste época em que até a
sivos da vitória. Àquele hosófia italiana" de Mussoline
. mem que lenta e- trabalhosa impressionava o mundo.
mente avançou em suas coulutou
A luta contra os agressores
quistos da liberdade, que
na independência dos Estados
fascistas terminará com a. viUniãos, na revolução francetória da liberâaãe. Os comaniaâependa
sà, nas guerras
dos decisivos estão entregues
nas
América
Latina,
a generais que sabem porqur,
dencia da
lutam, que compreendem a
revoluções de 1918 na Alemãdemocracia,
qua
verdadeira
nha, na revolução russa de
confiam no povo, que não te1917 e na guerra civil da Esmem o povo e qúe são: nor isso
panha".
mesmo, dignos da confiança
Confiante na causa da lipopular.
berâaáe, a vice-presidente dos
...
. . #..
.
...... •.•.•.•.•..•.;.; »:•:•>:•>*«!'?
POVO E A GUERRA
Tito Batini e Humberto Peregrino OInaugurando
um programa
destinado a
rádio-difusão
de
empatam no julgamento final
comemorar o Dia da Independencia de cada um dos pai"Prêmio
ses ¦ americanos, o vice-presiLiterário Samuel Ribeiro dente
república
da grande
sr. Henry Wallace,
»
OS SRS. ROQUETE PINTO, ROBERTO-. LYRA,
HERMES LIMA, MONTEIRO LOBATO E ALO IMPASSE
VARO MOREYRA DECIDIRÃO "PRÊMIO
DE
AINDA ESTA SEMANA — O
HISTÓRIA J. C. DE MACEDO SOARES"
¦i DIRETRIZES, em sua nova fase de publicação semanal,
instituiu dois prêmios, um literário e outro de história, com o
objetivo de incentivar no Brasil, principalmente entre os jovens, um maior interesse pela produção intelectual. E' ainda
intermédia que se distribuirá, durante cinco anos, o
pocnosso
"Prêmio
de Economia Getulio Vargas", instituído pelo sr. Sa* , _j
muêl Ribeiro, no valor de 3 contos de réis.
. os
prêmios distribuídos por
São. assim, os seguintes
•"•:
'
DIRETRIZES:
it /
;'' ';•
' '¦
1 ("Prêmio de Economia Getulio Vargas", de 3 contos
trabalho *
de réis, instituído pelo sr. Samuel Ribeiro, ao melhor
"Prêmio Litesobre economia, publicado durante o ano; 2\
nós.
.rário.Samuel Ribeiro'', de 2 contos de réis, instituído por"Prê•
e* finalmente, o
para a melhor estréia literária do ano;
mio de História José Carlos de Macedo'Soares", de 2 contos
sobre,
de réis, também instituído por nós, para o melhor livro
história do Brasil, publicado durante o ano. .
"Prêmio
de Economia Getulio Vargas", para o ano de
O
1-941, já foi concedido pela comissão do mesmo encarregada,
composta dos Srs. Lourival Fontes, Roberto Simonsen, Valenlivro
ttm Bouças, Artur Antunes Maciel e J. Pires do R<o;< ao
"História dòs Industrias no Brasil". O pre-do Sr. José Jobim,
mio foi-lhe entregue, conforme a imprensa do país noticiou
largamente, no dia 30 de março de 1942. "Prêmio
Literário
Agora, com a apuração ae votos do
escritores
os
Samuel Ribeiro", verificou-se um empate entre "E
agora, que
e Humberto Peregrino, cujos livros
' Tito Batini "Desencontros"
respectivamente, dois.
obtiveram,
fazer?" e
os sevotos cada um; A favor do escritor Tito Batini votaram
nhores Monteiro Lobato e Álvaro Moreyra, manifestando-se
os senhores Hermes Lima e
pelo escritor Humberto Peregrino
o seu voto ao escritor
Roquete Pinto. O sr. Roberto Lyra deu"Seis
temas do espírito
Euryalo Canabrava, autor, da estreia
yankee,
pronunciou um discurso que
representa uma vigorosa demonstra ção de confiança nos
destinos do mundo è âe vercompreensão'A dos
daáeíra
überdemocráticos.
ideais
dade — disse élè — foi sempre b grande ideal, a inspiraçao $ a herança do nosso continerUe.' Nosso propósito é
conserva-la, porque sem ela
a' América pereceria sem remédio. San Martin,' Bolívar,
Washington, Morelos, 0'Htàgiris é tantos outros destacadós heróis e ignorados homens,
do povo lutaram e pereceram
pela conquista e manutenção
da liberdade".
O vice-presidente Wallace
define, assim a essência da política do panamericanismo. E
faz ressaltar uma distinção
bem clara, e cava um proftihdo fosso que separa de um
lado os velhos- métodos intervencionistas que Roosevelt riscou. do programa da Casa
Branca, e do outro lado a. política de entendimento, Ae
igual para igual, entre povos
e governos da América, do
Continente da Liberdade, da
teira de San Martin, Bolívar
"hee Washington e desses
róis do povo, ignorados", que.
O PARTIDO NAZISTA EM S. PAULO
HISTO
audácia»* ém
interv«n^ã* «liróta
*»«
vida
da pagovorno nattista
íra-Jucãa
Eis
«ua
va bracileiro.
literal:
-EM
moderno".
cnAssim, no sentido de resolver o impasse, adotando o
ainda,
tério que melhor lhes parecer, ou seja, o de revista,.ou,
outro dos
no sentido, do sr. Roberto Lyra optar por um pu por
Julgadora
escritores mais votados, os membros da Comissão
"Prêmio
esta
ainda
reunirão
Literário Samuel Ribeiro" se
do
NASCIDA INKMANN —
(Brasil)
PAULO
EM S
A CRUZ DE HONRA DE 1* GRÀd
Berlim.
DO
CHANCELER
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p-r«m<* concedido pa*
mulher alemã, que.
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nada temos com isto.
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KMPRICSA -EDITORA DiRKTRlZTCS IíTDA.
WiHnôr
DTRRÇÃO de'Maurício Goulart e Samuel
Rodrigues
Augusto
de
SECRETARIA
-Bruzal
GER15NOIA de: Afranio de Freitas
PUBLICIDADE — Carreiro de Oliveira
de
medalha
acima,
1933,
um
nacionaüi-ca-
de
pulo nosso governo,
até que ponto cheabuso a *
a
insolência,., a
ga
deshonestidode do governo aia-sis-
ção baixada
o que mostra
Rego, AÍvai-q Moreyra, Francisco
Alceu Marinho"Barbosa
é Joel Silveira — Redatores
,lé Assis
— Movjmen.to Tral>allii«ta.
-D*
Horta
Arnaldo PèdrOso —
Artes Plásticas.
¦.
Carlos Crivhloanti
MuríMo de Carvalho — Música.
.Nassara —.-.Rádio.*.:. *•';••
^
Rachel rie Queiroz —— Crítica estrangeira.
mistériosRkhnrd Lewinsolm — Guerra seme Finanças.
.JScononria
Tcófilo dc Andrade
PiVçinação' <lf: Augusto R-Hli-iü-ues.
Ilustração de: Irene *' Artcotiela.
Redação e Administração:
PE MARCO, 7 (8.» aml.)
R-liA PRIMKIRO
(Entrada pelo Beco dps Barbeiros*)
Telefones-: — IH-SS70 —e 4:i-H~,»«
4:*.-Kr,7»
Direção e Redação
—
IX-Sr.as
Gerênciu e pulilicidade
RRIOÇOS
TSifanero avulso . • • •
Número atrasado . . . .
Assinai ura anual . . . •
Assinatura semestral
21
ALEMÃ
MÃE
DA
semana.
*Dir-rDi7Pc;
'
Nessas condições, na próxima edição de DIRETKlZtb,
dos
ao mesm otempo que divulgaremos na íntegra os votos
resultado
o
também
membros dessa comissão, publicaremos
"Prêmio de História Jose
do
a que chegaram os julgadores
enconCarlos de Macedo Soares", cujos primeiros votos já se
a data
tram em. nosso poder. Nessa mesma ocasião, fixaremos
os
prêmios a que
em que os autores vitoriosos receberão
fizeram jús.
l
CONCEDO
DAMANM —
ELISABETH
A
ALEMÃO
POVO
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reportagem
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circunstâncias
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nossas
aos nossos !eiacobamos de ler
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DIRETRIZES
21/5/1942
y\
UMA CARTA 1)0 SR. M. C. FERRAZ DE ALMEIDA, PRESIDENTE
ATUAL DA COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA
A propósito da reportagem "Cooperativa só pra
japonês",
publicada pelo nosso diretor, Samuel Wainer, na edição n. 95
de DIRETRIZES, de 23 de abril próximo passado, acabamos de
receber uma longa carta do sr. M. C. Ferraz de Almeida, atual
presidente da Cooperativa Agrícola de Cotia. Obedecendo aos
princípios de ética profissional, publicamos abaixo â; carta
deste cavalheiro, incriminado de pactuar com os elementos
nipônicos na.direção daquela Cooperativa.
Quanto aos argumentos apresentados pelo sr. M. O Ferraz de Almeida, defendendo-se da acusação contra ele levantada, nada temos a dizer. Julgue-os o leitor. .
'Discordamos, entretanto," totalmente, ' de S. S.
quando
passa ao terreno da defesa, direta da Cooperativa de Cotia.
Os ,seus, argumentos não conseguem destruir as afirmações de
nossa reportagem. O. sr. Ferraz de Almeida refere-se, com
certo entusiasmo, àos atuais'1.000 associados não j a pon estes do
quadro social daquela Cooperativa, mas, logo abaixo, diz que
esses- 1.000 associados se dividem por 15 nacionalidades. Po.cic-se deduzir daí,que, tal ve, nem 500 .destes sejam brasileiros,
c Isso.numa sociedade pretensamente nacionalizada, de 2.200
associados ! Estimaviamos muito mais que ò sr. Ferraz de'Almsida jã dispuzesse de elementos para poder nós informar que,
daqueles 2,200 associados, mais de 51..%' são .brasileiros, pois
Iião faltam agricultores nacionais dentro da área de ação em
que' age a. Cooperativa de Cotia .
. .Cambem não.vemos motivo para.tamanha alegria-.-da,parte,;
do missivista quando se refer ao fato da Cooperativa ter permiúdo qüe'brasileiros, sem qualquer parcela de sangue asiático,
passassem a interferir direta e positivamente na. sua vida administrativa" (sic); Enfim, .deixemos ao critério dos nossos leitores
fazer a...eomparação entra, as afirmações da nossa reportagem
e as alegações do sr. M. C. Ferraz de Almeida qüe, nos pontos
em que toca às acusações arguidas contra a Cooperativa, sur....
gem muito frágeis;:
' Já uma'vez
fe
acentuamos,
não'achámos inútil repetir, que
não nos move nenhum intuito pessoal contra o agricultor japonês em quem reconhecemos extraordinárias, qualidades.de
organização e trabalho, o nosso intuito, ao. discutir o problema das cooperativas amarelas de São Paulo, foi apenas dèfenefer ò ponto'de vista da extrema necessidade da su imediata nacionalização, da necessidade da; defesa do agricultor
brsileiro em ...luta desvantajosa com o protegido agricultor japonês, da necessidade, em síntese, de vigiar e acompanhar
cuidadosamente as organizações nipômòás nõ Brasil, prineipáimente neste momento em que o Japão, como qualquer
um de seus comparsas do Eixo, surge como ameaça direta contra o nosso país.
,
Por tudo isso, fazemos votos para que o sr. M. C. Ferraz
de Almeida, agora que se acha na presidência da Cooperativa
de Cotia, agora que tem ao seu lado um representante do Ministerio da Agricultura e outro do Ministério da Guerra, tudo
faça para transformar a Cooperativa de Cotia num autêntico
instrumento de progresso econômico do Brasi1» e, ao mesmo
tempo num fator de evolução social e cultural do agricultor
brasileiro. Este nos parece o caminho que deve ser trilhado
por toda entidade verdadeiramente nacional. Enquanto isso
não se verificar, ficamos com o nosso ponto de vista, largamente exposto em nossa reportagem de 23 de abril, continuando dispostos a voltar ao assunto sempre que isso nos pareça
conveniente à defesa do Brasil.
E' a seguinte, na integra, a carta do atual presidente da
Cooperativa de Cotia:
Sao Paulo, 9 tíe maio de 1942 —
ção defendidos pido exmo. sr. gelimo. ar. Samuel Wainer — Reneral Meira de Vasconcelos.
daijüo âa revista DIRETRIZES —
Talvez tenha sobre-estim-ado as
Rio de Janeiro — Prezado Sr. :
minhas forças pessoais.
¦— Em fuce du ampla reportagem
Mas. o que é certo, é que nunn.<> 95, dessa revista,
ca mc faltou o apoio das altas
publicada no "Cooperativa
sob o título
só p'ra
autoridades brasileiras e, graças
a elas, em menos ãe um lustro,
japoneses", resolvi escrever-lhe a
a Cooperativa Agricola de Cotia
presente que objetiva, tão somente, esclarecer a verdade dc certos
nacionalizou o seu quadro ãe emJatos' ligados ü minha situação
pregados, admitiu no seu quad.ro
de atual presidente da Cooperasocial, perto de
1.01)0 elementos
Uva Agrícola de Cotia.
não japoneses e, o mais importânJVa reportagem
te de ludo. permitiu que brasileiem causa, o
meu modesto nome aparece coros, sem qualquer parcela de san"
ino o de um
gue asiático, passassem a inierjequinta-çolunista"
cio triste papel de
rir direta e positivamente ná sua
que
"testase presta
de ferro'' dos japoneses
vida administrativa.
da citada Cooperativa, sem que,
Ternos obrigação de reconhecer
tio entanto, se diga de modo poessa conquista nós a devemos
que
»itivo, quais os atos por umn praao sr. dr. Fernando Costa, miticados no propósito ãe acobertar
nistro da Agricultura, e atual inus possiveis atividades anti-brasiterventor federal em São Paulo;
leiras de tais japoneses.
Arthur Torres Filho, ale há pouE, assim, sou obrigado a eonco diretor do
Serviço da Ecoeluir que o meu "quinta -coin jusnomia
Rural do Ministério da
vio" é fruto exclusivo da minha
Agricultura; Luiz Piza Sobrinho,
eleição
da
pura a presidência
ex-secretário da Agricultura
de
mesma Cooperativa.
São Paulo; e mais aos técnicos
ilustres
Desejo, pois, preliminarmente,
que superintendem os
Serviços agronômicos federais e
dizer que não trabalhei, nem peestaduais, relativos ao fomento e
di, para obter o cargo que ora
ocupo, com sacrifício de meus
à organização da produção; aos
interesses
que dirigem os Serviços referentes
justos,
particulares.
à fiscalização e aplicação das leis
Sou advogado modesto, vivo üa
trabalhistas ão pais; e. finalminha profissão, e lenho p/jr ela
mente, ao Banco do Estado, de,
verdadeiro
sentimento
e amor.
São Paulo, e ao Banco do Brasil.
Trabalhando para todos os que
Ao se constituir, a C. A. C,
me
ãe
acordo
corn
a
procuram,
'ética,
como todas as outras cooperaliassim tenho advogado para
vas ãe japoneses, existentes
no
m Cooperativa Agrícola de Cotia,
nosso meio, era 100'!. eslrangeipaia a qual, igualmente, enlre
ra. E assim,
outros nomes conhecidos, rclevanpermaneceu quase
vina década, até que sc tornou a
tes serviços de aáovocacia
tem
extraordinária
força econômica
prestado o
grande juriconsulto
que c hoje e a única cooperativa
que é o exmo. sr. dr. Abrahão Ride japoneses com
considerável
beiro.
número de quotistas de origem
Já há ires unos, bem antes âa
não japonesa, representando pereclosão do aluai conflito interto ãe 15 nacionalidades diferennacional, depois dc entrar
em
tes.
contacto com alguns dos problePergunto:
qual. dentre as eomas pertinentes á vida adminis- operativas japonesas
existentes no
trativa das
cooperativas nipopais, oferece semelliante exemplo
brasileiras, considerei
que seria
ou resultado?
possivel ciujuadrarmos essa sociedade nos planos de nacionalizaSobre a escolha do nome úo *l-
gnatário desta para a presidé?wia
da Cooperativa Agrícola ãe Cotia, é preciso tornar-se bem ciaro o seguinte: ela foi conâicionaà
da, pêlo
próprio signatário,
aprovação das autoridades da
Ordem Política e Social; à do sr.
diretor do Serviço de Economia
Jiural, do Ministério de Agricultura e à dp diretor âo Departamenlo de Cfooperativismo dé São
Paulo:
Ao receber o convite, desde loesclareci que não
poderia
go
aceitar d investidura diante da
mais leve restrição ao meu no^
pie, qualquer que fosse a nalureza dessa restrição. Ponderei mais
que embora náo estivesse rggistado no quadro de empregados da
siCooperativa, dada a minlia
tuação de seu advogado, poderse-ia insinuar que eu aceitava o
cargo mediante um conluio, com
os antigos diretores japoneses; c
¦ que,, finalmente, por nüo desejar
fugir ào- exercicio dá advocacia,
não me considerava um verdaãeiro agricultor... Todos esses argumenlos. foram contrariados. E,
afinal, como provam cartas em
meu poder, vi a niinha cândidatura aceita por todos, bem como
a do meu presüüo amigo Qtíintlliano Moreira César, contador da
Cooperalivg, cujo nome foi especialmente recomendado pelas dignas ¦ autoridades
ineum bidas¦¦ de
acompanhar as atividades
das
sociedades
integradas por
eleynentos do eixo.
Diante do exposto, ?ulgo Quc
me assiste o direito de dizer:
1.°) que Jui escolhido para a presidência da C.'AAC. 'sem a mdiss
leve
interferência
de
minha
parle; 2.u) e que estabeleci condições para a minha
eleição e
só
mediante á 'aceitação
dai
mesmas concordei com ela.
Essa é a expressão da verdàde. E, como ihaior prova de sinceridade, quero acrescentar
que
reconheço ler sido
w-ãnime a
aceitação do meu nome à vista tío
sincero desejo que teem as nossas autoridades de ver aumenladas e produtivas
as lavouras
dos agricultores
das cooperatiVas nipo-brasileiras.
Ao considerarem
que conheço
úlgo
sobre a organização
da
Cooperativa Agricola
de Cotia,
deram-me
apoio,
exatamente
como o fizeram em outros pontos do Eslado de Sâo Paulo, onde alguns distintiJSínmos colegas
meus, dentre os quais cito
os
ârs. Bastos Cruz e Luiz Arantes,
se viram guindados à incômoda
de sociedades
presidência
nas
ovais
prevalecem, pelo número,
elementos de origem japonesa.
Aliás, sobre a
administração
da Cooperativa Agricola de Cotia, é bom saber-se que ela, de
há muito, está
controlada por
um dos
representantes do Serviço de Economia Rural, do Ministerio de Agricultura e, ainda
agora, o exmo. sr. ministro da
Guerra deu autorização para que
um ofiical do nosso Exército assumisse
os mais elevados
cncargos na adminis tração da sociedade. .
A permanência dos elementos
acima referidos à frente da gesião da C. A. C,
indiibitavelmente, traduz a mellior garantia,
os interesses
para
brasileiros.
Entretanto, a bem da verdade,
é preciso que se diga que a assislcncia de
tais elementos foi
requerida pela própria cooperativa bem antes
da memorável
Conferência do Rio de Janeiro e
isto porque os elementos brasileiros e alguns
japoneses
da
Cooperativa de Cotia
nunca sc
esqueceram da importância que
tem a produção de seus cooperados, no tocante ás necessidades
de
abastecimento
das
nossas
militares e das
forças
nossas
populações.
Finalmente,
uma
referência
ás pessoas que
aparecem como
propiciantes ãe certos informes
contidos na reportagem determlnante desta carta. Quatro delas,
inclusive o contador e o venâedor do
mercado de
Pinheiros,
traballiaram na
Cooperativa e
deixaram o emprego por motivos que o signatário ignora.
E,
outras duas, ainda figuram nó
registo de funcionários áa sociedade.
Ao tomar conhecimento da reportagem que nos leva a redigir
a presente, sem a menor demora, a
diretoria presidida
pela
signatário toiicitou ao sr. dr
José Leite de Almeida, delegado
do Serviço d* Economia Rurai,
gue abrisse um inquérito adminislrativo para apurar as possiveis faltas praticadas pelos dirinominalda socieáaáe,
gentes
mente citaãos ná aludida reportagem.
Foram tomados, nesse inquérito, os
depoimentos dos
dois
empregados
da Cooperativa
a
linhas acigue nos referimos
mas. E eis em resumo o que eles
disseram : l.o que forneceram
elementos à reportagem de DlRETRIZES;
2.") que firmaram
determinada carta endereçada ao
exmo. sr. ministro Oswaldo Aranha; 3.°) "que
apoiaram
em
parte algumas lãeias relacionadas com a mencionada reportanão
gem, as quais, declararam
recordar-se; 4.') "que naãa sabiam quanto à conduta do dr.
Manoel Carlos Ferraz de Almeida
Agricola
perante a Cooperativa
de Cotia;
5.<>) "que não foram
constrangidos a fazer as declarações" acima transcritas.
Em carta dataâa de 2 dc, maio,
úllimo, dirigida ao sr. dr. JosC
Leite de
mesmos'
Almeida, os
esclareceram
funcionários
"não tiveram o intuito que.
1.°)
de
ofender o sr. dr. José Leite de Almeida no exercicio de atribuições
do seu cargo, porquanto desçonheciam sua permanência como
autoridade designada pelo
Ministerio
da
Agricultura
para
acompanhar o movimento econômico e administrativo da C;
A. CA';
2.o). que não Unham.
agiáo influenciados por "despei(Continua na ü211 pug.)
ma grande oportunidade
-ara os escritores brasileiros
A "REVISTA DO BRASIL" ASSUMIU O PATROCÍNIO, EM NOSSO PAÍS, DO II CONCUK*
SO LITERÁRIO LATINO-AMERICANO
Uma iniciativa do» mais üíêis para
o
verdadeiro intercâmbio
cultural entre o nosso país e os Estados Unidos acaba de assumir a
"Revista
dó Brosil", dirigido superiormente peio alto espírifo do sr. Õtàvio Tarquihio tie Souza, aceitando o potrocinio do "II Concurso Literário
Latino-Americano, promovido pelo Departamento de Cooperação Intetectuol da União Pon-Americana, em colaboração com o editora Forrar
& Rinèhort, dè Nova York .
Trafá-se, em verdade, de acontecimento singular para os tetros e
porá a cultura do Brasil. Aó contrário do primeiro, que se limitou oo
romance, o corfeurso de 1941-42 abrange tombem a biògrofio, o er.toio histórico ou sociológico, os livros de memórios ou de impressões de
viagem, alem de obras de literatura juvenil, destinadas oos leitores entro
12 e 16 anos.
No I Concurso da União Pon-Americono, o primeiro prêmio coube
ao romance do peruano Ciro Alegrio, cujos direitos de odoptoção cinematogrófica lorom recentemente adquiridos por Orson Welles. Tambem um escritor brasileiro. Cecilio J. Comeiro. teve o seu livro
premiodo e publicado nos Estodos Unidos. "A Fogueira", — é este o nom«
do original do jovem escritor potrício, — j-é íoi lançada em edição brosiieira do livreira José Olímpio.
O II Concurso Literário Lotino-Americono distribuirá três
prêmios,
num totol de 5 mil dólares. O primeiro, da importância de 2 mil
dóiares, destina-se oo melhor romance;
.
segundo, da mesma quantia,
Abrange e biografia, e ensaio histórico ou sociológico, os livros
de mcmórios ou de impressões de viagens, refletindo espectos da
vida ou do
pertsomento da América Latino; e, finalmente, o terceiro, àa importâncio de mil dolores, tem por objeto obra literária em
prosa, especialmente
feito para leitores de 12a 16 onos.
São os seguintes as principais condições
poro este II Congressoj
a) podem concorrer não só livros inéditos, como todos oqueles
que forom
publicodos depois de 1 de setembro de 1941, dota da abertura do cortcurso em Novo York; b) oos concorrentes é licito enviar
tantas obras
quontos queirom, desde que cada uma seja submetida em seporedo e
com o correspondente pedido de inscrição; c) são admitidas
obras escritos por dois ou mais escritores; d) os trabalhos deverão
ser escrito/em
português, rfão podendo os romances, ensóios históricos, etc, contar
menos de 50 mil palavras; e) nos livros do
gênero de literatura infantil
poderão ser incluídos desenhos e üustroçõés; f) não serão aceitos monuscritos rotos, materiolmente descuidados ou
cheios de emendas e rasuras; g) a dato de eircerramento do concurso
será a 15 de setembro
de 1942.
Os autores premiados terão garantidos os direitos
de propriedade
l.terória e os livros que merecerem o
prêmio serão traduzidos para o inglês e editodos pela casa Farrar & Rinehart, de Nova York.
Na América do Norte, os livros selecionados e classificados
pe|cs diversas comissoes ,ulgadoras dos paises lotirío-americanos
serão definitivamente julgados por duas comissões de escritores, a saber: 1) John
dos Possos
Thornton Wilder e Ernesto Montenegro (romances,
ensaios, etc ) e 2)'
Blanche Weber Shoffer. Delia Goetx e Elisabeth
Giíman (literatura juvenil) .
No Brasil, o direção da "Revista do Brasil"
organizou três comissoes. conforme cada prêmio ou
grupo de gêneros literários contemplados. A comissão de romance será constituída
pelos srs. Álvaro Lrns,
Marruel Bandeira e Prudente de Moraes, neto;
a de ensaios históricos
etc, pelos srs .^Gilberto Freyre, Rodolfo
Garcia e Roquctte-Pinto- e a
de literatura infantil, pelos srs. Abgor
Renault,
Augusto Frederico
Schmidt e Carlos Drummond de Andrade.
Nos demais poises da Américo Lot.no,
B direção e oroanisacão do
II Concurso áa União Pan-Americana
foram confiodas a revistas ou inst.ru.çoes culturais, tais como: Argentina,
revista "Nosotros"; Cuba InsHtucon Hisporfo-cubana de cultura;
Chile, Sociedad de Escritores de
Ch.le; Equador, Grupo "Américo";
São Salvador, Biblioteca Nacional;
Guotemala, Biblioteca Nacionai; Haiti,
Société Scientifique; Honduras,
B,b«,oteca Nacional; Peru, revista "Insula";
Porto Rico, Ateneu de Por*»R.co; República Dominicana,
Ateneu Dominicano; Venezuela, Biotioteca Nocionoi, etc.
Os originais de outores brasileiros
podem ser enviado, desde já i
da
Rovsto do Brasil", nesto
capital, « avertida Rio Branca
».
^doçoo
i/.v-n, i.» ondor, telefone
43-707*.
1 tf
fislB!
21/5/1942'
PAGINA
DIRETRIZES
vo Meternich volta a olhar
- O IMA FALANGE ESPANHOLA E A CONQUISTA DA AMÉRICA
PERIALISMO FASCISTA EXPORTADO VIA MADRID
$r
9
m
ei ja a
ge e nacionais desses paises.
Sendo que em Cuba, foi pedido no Parlamento que o Go"exequator" a
verno recusasse
um cônsul espanhol que havia
sido designado para Havana,
**leapor ser um proeminente
der" falangista.
atitude
No México,
pela
desassombrada do senador Miguel Angel Menendez, tomadode
mos conhecimento
cumentos que comprovam incontestavelmente a ação subversiva da Falange- Das muitas cartas desses agentes, lidas no Parlamento mexicano
parlamentar vapor aquele
mos transcrever aqui apenas
uma. Ela foi enviada de Nova York, de um falangista, Aufredo Varela, a um seu comparsa, Garcia Diez, solicitando
informações sobre navios que
deixaram o porto para localizá-los afim de que os submarinos do Eixo os torpedeossem. Assim está redigida:
IMPERIALISMO fasclsta é uma organização
O
que vem se aperfeiçoanPar AMILCAR ALENCASTRO
todos os requintes
panha necessita do seu esforcom
do
ço para uma obra que jamais
imagináveis, há
quase dez
foi empreendida, como a de reanos. E' um monstruoso poi'•
**v
construir o império". E' uma
"^^Èti£j^BrBS$ms3SBt*J^l
vo político de enormes tenta*^Bfe •¦* * * w*.*-' *• * yyifli:T • ffe-^Mjitf
_s_u_\m\tj27i'
EBt-BB
"los
demonstração que
geneculos que, há muito tempo,
rales"
à moda
Queippo de
vem se alimentando com o
Liano, e Cabanellas, ainda sogangue da humanidade e obnham possuir as suas riquissiservando todas as suas fraque"de los Vicemas Américas
zas, calculando o bote mateReis"... A Espanha de hoje,
máticamente, para apossar-se
1E9nd&12ff£i
*'
contaminada pelo delírio imda presa no primeiro descutdo. Os paises americanos, após perial de Berlim, procura volo rompimento das suas rela- tar a uma nova era retróspectiva da Espanha Imperial
ções com o Eixo, parecem, sudos Reis Católicos, dominanperficialmente terem afastade "habla
do das suas terras o perigo do toda América
nazista. Pensam que em se fe- espafiola", para, no mesmo
ocupado outrora por
trono,
chado as Embaixadas da Alemaha e Itália e com o inter- Fernando e Izabel, acomodaAli uns milhares de espanhóis, «orno estes jovens, estão paSune
Serrano
Franco
rem-se
"front" oriental, a dívida conGesnamento dos agentes da
com o seu sangue, no
gando
sob
reino,
do
seu
tapo, toda atividade subversi- ner. Por trás
traída pela faJange oom o naiãsmo
maquiavélico de
o domínio
ta do Eixo tinha que cessar
ca e, segundo os falangistas,
ram um desfile desfraldando
Meternich, está Hipor força. Puro engano. Todas um novo
será a primeira que deve voltler, com o seu olhar raivoso, bandeiras monárquicas espaorganizações secretas,
essas
tar k antiga Metrópole.
dominando pelo terror uma nholas e, numa pública e irreeorroedoras das nacionalidaUma semana depois do dia
verente manifestação de apoio
nova Santa Aliança no conti"Setior dom Frederico V»des, persistem ainda. E' ver20 de maio, data em que a
de Hitler na Aràs
naziso
pretensões
onde
europeu,
nente
manto
difedade que sob um
República Cubana festejava rela, a cargo dei seííor F. Q.
ruas
gentina, percorriam as "Viva
mo revive a Idade Média. Pada Gestapo
rente, o espírito
"Viva Hitler",
mais um aniversário da sua Varela — Apartado 00. Veramórbido
gritando
o
temperamento
ra
sua
continua a trabalhar na
Independência nacional, o ge- cruz — México.
Franco", até que ao chegarem
dos ditadores não é impossifaina traiçoeira, em plena liMui querido amigo:
neral Franco praticava o prià Avenida de Maio um» pequevel ressurgir a época do absoberdade para praticar a sua
He recebido su atenta carindotrama em nossos países
ta dei 4 dei corriente, por la
tolerantes e lalentemente
que me dá la noticia de la carAs
ingênuos.
mentavelmente
ga dei vapor noruego GUNDA
funções dos agentes do Eixo
e su salida de esa de juevea
reorgaapenas sofreram uma
passado en la tarde, y como
nossa
forçada
pela
nização
que los receptores dei lino que
somente
Deu-se
MOrepressão.
esta tranbordando dei
de
transferência
poderes
uma
TOMAR estan travando de ese missões. Passaram dos agenquivar nuestros embargos por
Faos
da
tes da Gestapo para
ei flete hasta esa, con ei fin
lange Espanhola. E havemos
de que no nos sorprehendera
*4 de convir que a tarefa será
levando ei buquê a otro puercome
falam
facü,
mais
Unidos a
pois
to de los Estados
noso
preendem inteiramente
descargar, molestamos a usted
racial
tipo
o
seu
e
idioma
so
para que tuviesse la bondad
se confunde com o nosso.
de telegrafiarnos a que puerFalange
da
A fé de oficio
to habia sido despachado ei
nas Américas é longa e agimismo, lo qual por médio de
supremo
objetivo
tada. Q seu
nuestro telegrama que dice:
é a conquista da América paAgradecido suya quatro. Ro"leaders"
falanra Hitler. Os
gamos telegrafie puerto fué
direitos»
reinvindicam
gistas
despachado buquê salió dita
pretensas
da Espanha sobre
tarde".
minorias espanholas em nosso
"Habiendo recebido la concontinente. Entre esses paises,
"Suyo destestacion que dice:
o Chile, a Argentina e o Méinvadida com
Von Edgewapachado para
Soldados alemães desfilam pelas ruas de Madrid, pelas ruas da terra
xico teriam naturalmente que
lhe agrainforme
Cuyo
ter".
o auxílio dos falangistas
minoritàdireitos
conceder
decênios mui de veras. Esperios a duas agrupações. Uma a
meiro ato de provocação, deno piquete de polícia, auxiliaopressor. A Inquizição
lutismo
ramos que quando ei SIDEnào
Espanha
alemã, outra a espanhola. Asa
clarando
maa
que
dissolveu
sangue
do pelo povo,
nazista encharcou de
RAL termine se servirá usted
do
sim como Hitler acha-se com
niíestação e arrebatou-lhes as aceitava o reconhecimento
a Europa e o Torquemada
avisamos la fecha de su salie,
Cuba,
de
o direito de governar os aleseu
um
pelo
depois,
governo
Logo
estandartes.
Himmler colaborando como o
ao mesmo tempo, solicitava o
universitárias em
Hitler,
Metternich
grupo de
já preparadc 5 milhões de
pagamento
gridas
ram um novo Tratado
protesto contra a Falange "Vitim».
pc.setas pela internação do natavam: '*Abajo Franco",
Tordesilhas para imporem-no
vio rebelde espanhol Manuel
va Argentina".
à América. E já fizeram até o
Arniz, eco: lido durante a Reseu novo mapa, onde a velha
Com relação â Cuba, a Favolução em 1937.
mãe Espanha leva o seu quilange tem um ponto de vista
substituírem
Para
nhão...
especial. Este país foi a última
Apesar de todo o saneamendesdos
figura
a
com êxito
colônia espanhola na Amérito político feito pelos Estados
cobridores Pizzaro e Cortez,
Unidos na Zona do Canal, ainflibusteiros
não lhe faltarão
da hoje a Falange está aginiWíWííS-í
nestes
mais experimentados
do sobre esse ponto vital da
mares, tais como Marene, Herem
América. O presidente
Juan Negrl, o homem que
rera. von Cossel e Plinio Saldefoi
do
Panamá
exercício
último
o
continuou lutando, , por isso,
Alvarez dei Vayo,
gado...
num
golpe de Estado
posto
vencerá
ministro do Exterior do govercomproestar
seriamente
por
As atitudes da Falange na
no republicano. Sua luta para
da e ei puerto para onde vá
metido com o.s elementos nainteiracomprovam
das
América
Liga
da
olhos
abrir os
por la qual antecipamos a uszistas. No ano passado realiNações foi épica — — mente os seus desígnio.**. Quanted las gracias mas expressizou-se uma manifestação podo a polícia argentina proce-vas".
litica fia Espanha, na cidade
de
e
diligências
a
dia
prisões
Franco
julGarcia Diez"
mães da América,
de Medina dei Campo, onde
súditos alemães, envolvidos no
direito
o
com
também
ga-se
Franco passou em revista nufracassado "putch" nazista da
Esta é uma das muitas carde governar os espanhóis de
merosas delegações falangisArgentina
a
Secção
Patagônia,
sede
sua
Da
nosso continente.
tas de todos os paises da Amé-< tas dc agentes falangistas no
o hoRojo,
Vicente
realiO
Espanhola,
Falange
general
da
FaMéxico,
onde o governo foi
em Burgos, a Central da
rica! Vários incidentes ocordefendeu Madrid.
Buenos
mem
em
Flórida,
rua
que
na
zou
esdo
diatenção
lange chama a
reram em Costa Rica, Colòm- sempre anti-nazista. Que
voltará cle a comanmanifestaQuando
uma
Aires,
grande
remos de outros paises ameripanhol residente nos paises
dar suas tropas sob a Puerta bia, México, Chile e Cuba en»
de
prisão
pela
protesto
ção
americanos proclamando que
mi 2:2a pag.)
tre representantes da Falandei
(Continua
Sol?
Realizanazistas.
agentes
dos
"chegou a hora em que a Es-
mmÊmmz • .¦
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'
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**i!*^pp*s
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21/5/1942
DIRETRIZES
PAGINA 10
'
P-ty*.\V.;.£.*^^^^
^fe%JI^^"fi^^
^'ií^itóic^-i-i-^^i'
:&* .'
¦
de
PEQUENA CURIÓSIDADE
¦— E os mendigos tambem
pagam imposto de renda?
MAIS OUTRA
Em algum lugar da Europa, havia uma casa. Na janela da casa, um papagaio bra'•— Viva a liberdade'."
tjou :
O homem que ali morava,
correu, puxou o papagaio, foi
se fechar com ele num quarto. Ainda tremendo, disse:
u— Graças a Deus, ninguém
o ouviu! Não repita mais isso.
Eu tambem penso como você
e vivo de boca fechada. Eu e
milhões de outros. Sim, meu
amigo. E' o tempo mais iguôbil. E' a gente mais repugnante. Um regime como este passa qualquer imaginação,
por toda exagerada que seja.
Uma minoria roubando e matando, e o resto imenso, reduzido ao silêncio, acovardado,
submetido, anulado pelo pavor, a sofrer com o jeito de
aplaudir. Conheci os poderosos de hoje. Eram tão pobres
como nós. Tomaram conta do
governo, estão milionários. E
ai do louco que não baixe a
cabeça! Ai tio que tente provar que a .pátria não é um negócio! Ai do que clame que
todos teem os mesmos direitos
e os mesmos deveres, para a
Você se
felicidade comum!
arriscou. Você podia me comprometer. Liberdade é um nomc perigosissimo. E' proibido pronunciá-lo. Temos que
existir como coisas, se quisermos existir. Reduziram-nos a
bonecos. Somos uns fantoches
infelizes. Vá. Volte para a
janela. Mas, bico calado!" O
papagaio olhou o homem, sacudiu as asas, ergueu-se num
vôo rápido, rumo à rua. Na
rua, pôs a maior força na vo?,
"— Prefiro a morte.!
gritou :
Viva a liberdade!"
NO
21/5
M1
boacreditava em tudo. Todas as mulheres eram ran*
nitas. Todos os homens eram bons. Fiz de fa.
iá
Li
cisco de Assis o meu santo. Mais tarde vi que, por
ALFA/20 MOREYRA
Talleyrand tinha mais razão.
— Quando as crianças sonham que estão cain- exemplo,
Pertenci à familia enorme dos que possuiam
do, é porque estão crescendo.
dois paises: o seu e a França. Agora os meus parenAprendi essa verdade há muitos anos.:
Eu não. Ao menos arrandesgraçados.
andam
tes
assim.
sonhos
Mas sonhei poucos
jei uma alegria: sou francês livre...
Paciência!
Se não cresci demais, carreguei comigo o gaNão vale a pena entristecer. É preciso não firoto que fui e outro que a vida me deu. O que fui car aflito. Pôr o mínimo de excitação nas palavras
~~
e nos
infância, continua
da ^c*-™,
uhsiuxuüiíwicuw -a*,
A lição do mundo é a humildade. Fa
guarda
guarua uo deslumbramento
gestos.
inocente diante das coisas criadas, criando-as de cil de conseguir. Basta que se reflita um pouco so-o ridículo genovo, por encanto, curiosidade, admiração. O outro bre a insignif icância pessoal e sobre
-17-avrrrml-iíi
„_i
«a 1 Vi-ano Hp
™™ moleque
mnlomiü sem
oom vergonha.
oi ím.n
aparecirco aDarede 0.\rc.()
um r»palhaço
fora, nm
éA um
dias, aí
ral. EssesJínr,
Ás vezes, penso que não vale a pena viver. De- ceu, de-repente, como"profeta. Tambem foi preso.
na
pois, torço as sobrancelhas entre os dedos, paro
Calma! Doçura! Não se sabe nada, além da
dúvida: morrer, que é que adianta?
com que tudo se apresenta. Um
Viver... Morrer. . . Questões pessoais. Cada forma interina
a borboleta é o dia seguinte dà ladisse
que
sabem
todos
poeta
Nem
que
morre.
por
um sabe por que
haja muitas
garta. Pode acontecer que entre nós
vivem.
anjos. . . Indiscutível é que deve exisSe eu não fosse o que sou, queria ser isto mes- vésperas de
se "diverte prodígioalguém
cima,
lá
em
que
tir,
mo. Ou então veterinário.
Já gostei muito de mim, no tempo em que samente"...
COMPANHEIRO
O menino nasceu
olhos fechados. . .
Sim...
Mas já os abriu. ..
O primeiro erro...
,
como se achava lá, talvez dis- j
sesse isso para não ofender ch ¦
espanhóis que acabavam de
ser escravizados. Herman Lima é, principalmente, um poeta. E' a viagem de um poeta,
esta, que José Olympio, em
ótima apresentação, está espalhando pelo Brasil.
MUSEU
FARROUPILHA
— Coelho de Souza, secretário da Educação, no Liio
Grande do Sul, contou aos
jornalistas de lá que o governo do Estado decidiu fundar
em Piratiní o Museu Farroupilha, cuja organização e conficará a cargo do
ser vação
de Porto
Histórico
Museu
com
a colaAlegre c contará
historiadores
riodos
boração
grandenses. O interventor :.olicitará o serviço do patrirnônio nacional, a vinda de um
engenheiro especializado, afim
de tratar-se da restauração e
dos serviços de conservação
dos edifícios históricos existentes naquela cidade. O governo do Estado adquirirá um
"Outros céus, outros mares".
edifício, onde foi o palácio do
Um livro. O veículo.melhor.
governo de Piratiní e onde
"caatualmente funciona um hotel.
Nos outros céus, nenhum
Em telegrama recebido de Jaça". Nos outros mares, uenhum submarino. Como Herguai-ão, o prefeito daquele municipio participou ao general
man Lima sabe conversar! EL
Cordeiro de Farias haver adconta. A gente vc, a gente escuta. E é tudo verdade. So
quirido o prédio onde foi o
Ministério da Guerra e onde
uma vez, Herman Lima nao
residiu Garibaldi. O museu
reparou bem e disse, nas pro"...
Nserá
instalado no edificio, onximidades clc Burgos:
de foi a sede do governo Farquc foi até bem pouco a capiroupilha.
tal do país redimido". Mas,
MEIO DA RUA
de novo a Londres, onde tivemos a primeira impressão da
neve, depois dc andarmos por
Argel, Nápoles, Capri, Porapéia, R'oma, Florença, Pisa,
Veneza, Milão, Bruges, por
uma porção da Holanda. Passamqs o Natal nos Alpes. Estivemos duas vezes em Lisboa,
o que poderá parecer exagcio
a quem não sabe que Lisboa
é o primeiro e o último porto
S
brasileiro. ..
Berlim, Copenhague, Stockholmo, para o pais de Gosta Ber"a
ling, que é como quem diz
terra de Selma Lagerlof", c
Oslo, continuando
daí para
"íjords", e
partindo depelos
pois para Lisieux, depois para
San Sebastian,
Madrid, via
Burgos, depois
depois, para
para Toledo. .. Que viagem
boa! Começada e terminada
num domingo de maio, com o
sol mais inocente do mundo.
ZZz
LOS ZORROS ESTÃO NO RIO DE JANEIRO. AQUI CHEGARAM PRECEDIDOS DA FAMA QUE LHES
DERAM AS PLATÉIAS SULAMERICANAS. ENCONTRAM-SE NO ATLÂNTICO CUJAS REUNIÕES
ARTÍSTICAS SE REVESTIRAM, DEPOIS DE SUA CHEGADA, DE UM BRILHO MAIOR. SÃO ARTISTAS CONSUMADOS DO RISO, INIMITÁVEIS NAS SUAS VARIADAS INTERPRETAÇÕES DO
TRÁGICO QUOTIDIANO, ATRAVÉS DE UMA CARIÁTIDE QUE NÃO É DEFORMAÇÃO PORQUE
SEM PERIGO
— Esse Herman Lima, quc
há um ano me levou para a
Inglaterra, agora foi comigo É UMA LOUCA PILHÉRIA.
¦;.*.
í
PÁGINA 11
I.RETRIZ8 S
21/5/1942
CAUCASO - O GKANDK SONHO
ÜAfc'"&
_ OS TRINTA MILHoES UE ^^SSfl^SSJ^W»
_ og CAUCA-
RIA
i
^^LA
O »»f
HITLER
DB
FARIAM
ANO, QUE
^«5,
NA010NA-
quinta-coluna
^SrÇSSSS
e bsCcSaramRa
1jío
.
ir
,_ t^, mn-tn similar, a irriga-
De modo similar,
dos centros in
vas
próximas
outra
transforciais como não existe
çào do vale Ararat
dustriais.
zona
cahnucos,
uma
em
em parte alguma:
desperta- mou um deserto
Estes
progressos
moldavos,
de algodão.
georgianos. tártaros,
a cobiça de Hitler. Para fértil, produtora antes havia.
ram
cosonde
armênios, judeus, gregos,
,,*-,,mm
Em Batum,
para caminho v»-~
o camuuw
hor
preparar
lesgianor
tchecos,
se
sacos, russos,
*« Cáucaso,
nánruan
Hitler
pântanos,
, •
Hiuer
*,.,*_ plantaram
do
.e campos
conquista
de
d
^^
nos, kabardino-balkarianos.
tas frutíferas
uma
quin
estabelecer
tentou
E' um país selvagem e somchá.
ta-coluna por meio de numebrio, eriçado de picos montano
As culturas e os idiomas do
rosos agentes plantados
precipícios
bosques,
nhosos,
estimulados
foram
Cáucaso
abismos, regiões gilaciais e
festivais,
Para seu plano, Hitler con- pôr meio de aulas,
inexplorados.
De
planaltos
tava com a tradicional políti- excursões e competências,orguO setor central do Cáucaso
se
militar russa que, antes do novo os georgianos
é um vasto espinhaço de mon- _ca
consistia lharam de seus cantos melansoviético,
governo
largude
milhas
700
tanhas:
dansas tempesem lançar as numerosas tri- eólicos, suas
de
ra com uma área de 12.000
tuosas' e seus recitativos
bus caucasianas umas contra
crêsAltas
milhas quadradas.
as outras, afim de manter o antigas baladas.
sobre
elevam
se
nevadas
tas
necessário
político
controle
Não é de estranhar que os
vaies profundos e longitudicontra
Rússia
a
a
caucasianos se negassem
nais. Violentas correntes tor- para proteger
Sudeste.
do
e
Sul
do
a ameaça
responder à propaganda separendais e rios correm a deque
imaginado
teria
Hitler
ratista de Hitler. Não podiam
sembocar nos mares Cáspio e
ainda
inimizade
este estado de
ser persuadidos de que a desaNegro.
do
nações
45
as
do existia entre
e a luta intestina
O principal caminho
O gregação
enganou-se.
Mas
Cáucaso.
eram vantajosas para eles.
Cáucaso é a estrada militar
seguido
tinha
— governo russo
Havendo fracassado seus agengeorglana. Esta estrada
desenvolvide
a
uma política
tes, só restava um caminho
uma brilhante façanha de enCáucaso
no
mento econômico
no
Hitler: a conquista armada.
genharia — foi construída
seus
de
próprios
interesse
no
reinado da Imperatriz CataMas os últimos acontecihabitantes.
u
e
miei
rina pelo general Pote
mentos demonstram que este
ruas de Tiflis — a prósNas
ferradura
de
é um caminho
— cnsonho de conquista yíu-s«
do
petróleo
capital
em uma ampla via para fins pera
frustrado pela vigorosa restemuitas nações.
de
minha
gente
esta
1920,
militares. Antes de
tencia © capacidade ofensiva
teem, hoje. a
caucasianos
Os
de
infestada
estrada estava
do exército russo, apoiado petrabalham
de
que
sensação
bandidos que desciam das
las forças das duas grandes
^ c- * ..rm-. aue Hiteler mais ambiciona,
no innão
e
mesmos,
si
*
e
saquear
para
..ev.tave, .. ,»e »
montanhas para
democracias, o Império Bri-teresse de algum estranho fi5M * !TSe"*."d»trse"i.ÍSaqmaiS
as
e
viajantes
os
assassinar
tãnico e os Estados Unidosí
russos teem redu
e
nanciador.
ingleses
o
petróleo
caravanas.
Necessitamos
^^^^MW*M*^****^jBMIWMW>
zido mais ainda o forneciHoje, para os fins da guerdo Cáucaso!
mento de petróleo, o que sig- ra moderna, a estrada militar
Como outros aventureiros
nifica que os centros petroiise apresenta como
do mundo antigo, Hitler volabsolutamen- georglana
são
rupssos
feros
—
pais
caminho sem pavimentata-se para o Cáucaso
a Ale- um
que
para
necessários
te
sere
mistério
de
ção, curvas violentas, que
legendário,
sua
continuar
manha
possa
está
— espelam sobre abismos, e
aventuras românticas
Este.
no
campanha
maior
o
a
riqueza
intransitável durante
perando que sua
petrolíferas de
As
jazidas
do
parte do inverno.
afiance como conquistador
Bakú, Grozny e Maikop consHá duas principais linhas de
mundo.
tltuem o segundo centro peestrada de ferro: a do norte
Pois o Cáucaso é a terra trolífero do mundo; o primeiao largo do Cáspio, desde
EiDos
Norte.
do
tradicional da busca de
América
a
ro é
Bakú até Petrovsky, e a de
dorados. Foi no Cáucaso onde poços de petróleo da penínterra-a-dentro pelo Noroeste
Prometeu procurou o conheci- sula de Aspheron — a mais
até o mar de Azov. Um ramal
mento divino e por sua curió- notável do mundo — se emliga a linha principal com
sidade foi condenado a éter- barcava petróleo e gasolina no
Novorossisk no Mar Negro.
no tormento.
valor de 2-0.000.000 de dólaA linha do Sul liga a Bakú
da
antes
guerra.
ano,
res por
no mar Cáspio com Batub no
Foi no Cáucaso que os arpara
suficiente
Petróleo
em
Negro.
gonautas foram enviados
índia mar
Rússia,
toda
ouro.
conquistar
busca do velocino de
gerações, a rota
Durante
— e Ásia Menor. Petróleo sufiAgora, outro aventureiro
a hege- clássica de invasão foi a esestender
suas
ciente
para
—
enviando
está
- o Repórter
Hitler
à porta do
de monia de Hitler sobre toda trada que conduz
empós
Cáucaso
ao
legiões
hoje uma estrada
Cáspio;
e Ásia — talvez, mesuma rica presa: a fabulosa Europa
transitavel e uma locomotiva
a importância
mo, a América.
trepidação da vida moderna,
riqueza petrolífera do pais.
A
Hitler
para
tornam
possível
A na existência de eada povo do que acaba
E não só petróleo, senão ouTrinta milhões de toneladas
em seu afan
rota
esta
escolher
- e tombem o prazer
trás fabulosas riquezas natude petróleo por ano! Oitenta
de suceder a outros povos
ás
petrolíjazidas
chegar
de
isso poe em
de manga€ três por cento da produção rais*. meio milhão
de saber e contar as últimas, feudo
Jáucaso.
do
feras
de estarem
nez por ano. Carvão, cobre,
total da U. R. S. S.
a necessidade, que todos teem,
relevo
nazi
agressão
Antes que a
mundiais.
prata, ferro, cobalto, enxofre,
a par, hora a hora, dos acontecimentos
Eua
ameaçar
O avanço de Hitler para o
a
zincomeçasse
a Standard OU
mercúrio, nafta, chumbo,
a
tanto
Daí decorre a razão por que
foi
soviético
gas>
Cáucaso náo
o
Grandes
ropa,
governo
co e sai de rocha.
Company of Brazil
marcha vitoriosa de um concom tou milhões de rublos no dede bosques
extensões
a precipitade
contratou o serviço
quistador como
construção. Mag- senvolvimento das Yias
de
madeiras
Ouça o
de um homem
telegráfico de última
no Cáucaso. Cinveludos.
transporte
lã
e
çáo frenética
de
artigos
nificos
REPÓRTER ESSO
hora da United Press,
desesperado, atrás do único Vastos campos de trigo, algo- co novas estradas de ferro foprocurando servir os
ram terminadas em 1940 para
que pode salvá-lo*, o petróleo.
tabaco.
dão
e
RÁDIO HAC10HAI
seus amigos de todo
Com esse petróleo, Hitler pocompletar as principais, e se
deste país
do Rio - (980 Kct).
riqueza
a
é
TaL
o
ofertarao
para
Brasil,
oleodutos
o
novos
deria continuar desafiando
fizeram
RECORD
RÁDIO
estranho. O Cáucaso mesmo
de peo mais perfeito
transporte
o
lhes
íl.» 56o ?a»\o - (1.000 Kc»)
mundo; sem dele, está perdifacilitar
exno
é uma ponte de terra
8 dia manhfl
e exato jornal radiodo e o nazismo vencido.
tróleo das refinarias e ferroenEuropa
da
sudeste
tremo
12,55
to-gvinto
no
o já famoso
Durante os primeiros
Pois as reservas de combusfônico,
carris.
Cáspio.
o
19,55
e
kor-áriot
Negro
tre o mar
ESSO,
de 1940, os soviémeses
tiveis da Alemanha e Ruma22,55
REPÓRTER
nove
autônosete Cerca as repúblicas
*o
»i dowin|«i
tone«.«ta
4.505
fflaiwiíitl».
as
dar
a
importaram
nia desceram agora a
ticos
Arprimeiro
Dagstan,
Kalmik,
de
mas
da
milhões, o consumo mensal
ladas de trilhos dos Estados
últimas".
Azerbaijan.
e
Geórgia
e
mênia,
facilidades de
As
Alemanha é de dois milhões
Unidos.
habita
terra-ponte
Nesta
toneladas. A
transporte de água foram amde
quinhentas mil
poliglota
uma
população
nazis
OíL COMPANY OFBRAZIL
noSTANDARD
Foram
perfurados
zona dominada pelos
pliadas.
estranhos:
e
m • \\*w*****e****\x**-*e*w e**********ee***m
de tonela- 45 povos antigos
em áreas produtlvos
raproduz um milhão
poços
curiosidade
de
aéreos uma tenda
das. Os bombardeios
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21 AVI 942
PAGINA
DIRETRIZES
12
? tf
i
QUINTA-FEIRA, 14
A verdade é que Emily decepclonou a todos nós. Os leitores devem estar lembrados
de Emily. Trata-se daquela
eenhora que segundo os médicós da Inglaterra, brindaria
c mundo com uma robusta
coleção de cinco pimpolhos.
Emihy era uma modesta criatura. da cidade de Culham,
que, de uma hora para outra,
transformou-se na primeira
celebridade da cidade. Mas
agora esta celebridade está
médicos
Os
comprometida.
garantiram em nome dos seus
saberes e de suas ciências que
Emily teria cinco filhos. Mas
Emily é mulher, isto é, alguém
que está acima dos saberes e
das ciências. Emiliy disse que
Ja desmentir a ciência, e conBolava o seu aflito marido
assim,
pouco
com palavras
femininas:
muito
doutas mas
Não se preocupe, meu
bem. Quem vai ter os filhos
sou eu. E eu tenho quantos
quizer.
E Emily só teve três. Debaide os médicos, debruçados sobre sua cama, debalde os resuspensos
pórteres, os dedos
sobre as máquinas, debalde
esperaram pelos outros dois
filhos de Emily. Emily sorria
estendida nos lençóis alvos e
dizia que os outros dois ficariam para outra ocasião.
Mas em compensação, no
A
m-k
distante Senegal, sem alarde
nem publicidade, uma elegante senhora do povoado de Salde, acaba de realizar a façanha que Mary prometeu mas
não cumpriu. A senhora de
Salde é casada com um cadivertimento
cujo
valheiro
consiste em caçar tigres e elevender aos esfantes, para
trangeiros o marfim e as peles. O marido da senhora pouco fica em casa. Mas quando
está ao lado de sua fiel esposa, esquece por copleto os
tigres e os elefantes. Gestos
assim, tão amáveis e raros
neste mundo de ódio, acabaram por comover a senhora
de Salde que resolveu fazer
uma surpresa ao marido. Qual
a surpresa melhor que uma
esposa pode dar ao seu marido ? Naturalmente que um
filho. Mas no Senegal, natuialmente por causa do sol, as
mulheres são mais ou menos
explosivas. E em vez de uem filho, a senhora de Salde feve
cinco, duas meninas e três
meninos.
E' faci deduzir do espanto
do cavalhe-ro ao entrar em
casa, com dois tigres mortos
debaixo do braço e um' elefante atráz, amarrado no cavalo. O cavalheiro entra no
quarto oe sua esposa e contem pi a a cena. edificante pela
própria natureza.
— Todos meus ?
Woodley.
..SÁBADO, 16
O almirante von Stuepnagel, governador alemão da
França ocupada, tem uma
amante, uma elegante fraulein de cabelos louros e olhos
azues. A fraulein do almirante é uma senhora mais ou
menos granfma. Trouxe certos hábitos dt sua gloriosa
pátria, hábitos aliás que atualmente não podem ser repetidos em Berlim ou no interior do Reich. Um dos hábitos da fraulein é tomar banho di-2 leite. Ela manda encher uma banheira inteira
coim le te, leito puro de vaca,
e~ fica mergulhada dentro,
da vida
pensando nas doçura**
e Inventando coisa agradáveis
é
para von Stupnagel: Isso
muito lógico e até arstistico,
mas no caso de que houvesse
multo leite no mundo. Mas,
em Paris, atualmente leite é
ombro de cobra. As crianças
morrem diariamente dc fome.
Não há leite para n nguem,
n-^rn para os doentes nem para os velhos. Só há leite para
a amante do almirante. E o
que mais irrita é que a fraulem não bebe o leite de sua
banheira. Prefere mergulhar
a sua já gloriosa carrera.
nele e inutilizá-lo, pois que
Cent. nas de pescoços P^ininguém vai provar tal leite,
slemes, pescoços de ind nechen das int:midades de uma
tes, de operários e de todos
senhora.
esses teimosos patriotas e deOs parisienses, &'mpre culal
gaulistas, são prato espec
tos. já apelidaram a amante
'Nospara o apetite-dé Heydrich.
co general de Cleopatra.
E assim vai Pari : Cleopasas crianças estão morrendo
"E, no
tra toma banho de leite, o
de fome", dizem eles.
almirante beija Cleopatra e
entanto. Cleopatra, toma ba"judeus" e
He.drych enforca
nho de leite todos os dias".
'•comunistas".
E' lógico que
Nossa opinião é que Cleovao
quancio morrerem, os três
patra, isto é, a fraulein do almal se
díretinho para o inferno, semirante, vai acabar
gundo a Igr7ja. Pior para eles,
continuar nessa mania. Apepois se fossem para o Pu"gasar das suas reconhecidas vitório, estariam salvos. Salvos?
taminas, leite em aburidânPois é. Agora, quem estiver no
cia estraga a saude.
Purgatório pode se cons derar
TERÇA-FEIRA, 13
livre. Isto foi o que resolveu o
O sr. Heydrch chegou a
Papa Pio XII concedendo inParis. Hedyrrich ficou famoso
culgência plenária para as
suas
tempo,
pelas
há pouco
almas do Purgatório. Não se
Tchecoslována
atividades
sabe o que o Papa escutou de
qnia. Foi ele quem conseguiu
Deu? ou da àdminstração ofibater o "record" de todos os
ciai do Furgàtório. E pc sivel
carrascos do mundo e da hisque aquele estabelecimento,
tória, pois enforcou uma mésuperlotado com inúmeras
dia de cinqüenta pessoas por
aquisições que tem feito ulticha. Foi Heydrich quem desmamente, já não possa hoscobriu tambem o método do
psdar com conforto e big ene
enforcamento em massa, de
os seus exigentes hóspedes.
Ele
grande efQito pitoresco. "juAssociemo-nos à dúvida de
pega, vamos dizer trinta
Sua Santidade o Papa: Audeus", faz um laço grande e
mentar a casa ou despedir almanda que atléticos rapazes
guns hóspedes ? Sua Sant dada S. S. puxem as duas ponde resolveu despe' ir aly uns
tas dos laços. As vítimas solhóspedes, naturalmente irnatam gritinhos e morrem, deginando, com muita sabedopois.
ria, que aumentar o hotel é
Agora eni Paris, naturalatrair turistas.
mente, Heydrich continuará
¦atPHI
i
O público carioca ain Ia èsíá
lembrado do suçes-ío qn:* alcancou; recentemente, a Exposição cíc desenhos das crianças
inglesas, que entre nós foi patroçinada pelo Ministério da
Educação, Museu de Belas Artes e várias agremiações ártisticas desta capital.
No próximo dia 2<0, o Kio
terá mais utna oportunidade
dc admirar originais da arte
inglesa contemporânea, através de inna -grande exposição
«le gravuras. A ipostra será
mais nma vez patrocinada pelo Museu de Belas Artes bem
como pela Sociedade de Cultura Inglesa. Várias salas dadas
quele Museu encher-se-ão
gravuras britânicas. A Exposição continuará por iodo o
presente mês e durante todo
junho.
— Sim, meu bem. Todos
seus. Desculpe-me se nào pude lhe fazer uma surpresa
maior.
Assim é no Senegal, Emily
^
^sll
BBB& BSCBST n^F BBSaF «*S#^
O OUE ÉA EXPOSIÇÃO DE GRAVURAS BRITÂNICAS CONTEMPONO MUSEU
RÃNEAS A SER INAUGURADA, NO PRÓXIMO DIA 1!),
QUADROS, RESULDE BELAS ARTES - DUZENTOS E QUARENTA
— A XILOCRAFIA DE ONTADO DAS MAIS VARIADAS TÉCNICAS
"BOIS" DE HOJE - O SEGREDO DA VARIEDADE DE
TEM E O
UMA EXPOSIÇÃO - AS BOMBAS DE GOERING NÃO FECHARAM
— ALAS PORTAS DOS MUSEUS E EXPOSIÇÕES LONDRINOS
GUNS CONCEITOS DE CAMPBELL DODGSON
quando os artistas sc limitavam a reproduzir, nas suas
"]> nta-í.eca", os
águas-íoríes.e
quadros célel res dos grandes
pii il ores mundiais, a Exposi•
ção nos leva até a presença
dos artistas contemporâneos,
todos de uma inte pretação
original, onde a imaginação lirica e ao mesmo tempo real do
novo homem criador da Grã
Bretanha se extravasa pei.>s
centenas de gravura a' buril,
"li-
"àeúas-fòftçs": litografias,
nòcuts",: xilografias, etc.
UM SÉCULO NA VIDA
W V tí ST LEU
SÍ 1A N N ON,
DA GRAVURA INLITOGRAFIA
EA
GLESÁ
GravuA-¦ exposição., de
Através os quadros da Fx¦Contemporâneas
Britânicas
posição dc Gravuras Britam-" ras
nos permite, portanto, tomar
cas Contemporâneas, poder.e,conhecimento do grande camos aquilatar, num relance, alé
<
nlinho percorrido pelos artisque grau chegou, na Irã Bretas ingleses desde 1850, martanha, o desenvolvimento da
co inicial do renascimento da
gravura nas suas diversas müOs 240 quadros
gravura original, até nossos
dalidades.
dias. Nessa etapa de lempo,
que serão expostos, são o retodas as experiências foram
sultado de uma cuidadosa setentadas, todo um aperfeiçoaléção, quer entre os jovens armento foi desenvolvido. Chartistas ingleses da geração preles Shannon, pelos fins do
.sente, quer entre os mestres já
século passado, continuando a
consagrados, entre os (piais sc
oi>ra que fora iniciada anos
contam nomes conlv.cdis no
antes, dá uni novo impulso,
mundo inteiro, como Seymour,
vigoroso e quase genial, a liHãden e Whistler.
tografia, no qúe foi acompaPartindo do inicio dá arte
nhado por Whistler e vários
Inglaterra,
na
da
gravura
outros artistas já famosos.
deixaram
nos
eles
Todos
obras magníficas, (jue poderão
ser admiradas no original na
Exposição do dia 19..'.
A GRAVURA
DEIRA
EM
MA-
Tambem.a gravura em madeira, na Grã Bretanha, conheceu, logo depois da guerra de 14-18.. um período de
franco, florescimento. A xilp-.
grafia, (jue cairá cm desuso,
foi .substituída pela nova técnica, e todos os jovens artistas ingleses, ansiosos de novos rumos, se dedica rani com
"bois". A noentusiasipo ao
va maneira passou a ser ensinada nas escolas dc arte t* io1 ,ondres
fundadas
em
ram
várias sociedades de gravadores em madeira, «jue celebravam suas exposições simultaneamente.
Todas essas técnicas adquiridas com o correr do tempo,
c que hoje contribuem parn a
maravilhosa variedade da LaAté
posição de Gravuras.
bem pouco tempo, há vinte
anos atrás, uma mostra lão
variada não seria possível, scgundo afirma Campbell Dogson, conhecido crítico dc arte
inglês, pois a gravura segu:a
apenas poucos e acanhados
caminhos, não se permitindo
a ousadia de experiências e
Tambem,
tentativas
novas.
afirma Dogson, o mesmo acontece no qüe se refere ao astema
sunto
escolhido.
ou
"Muitos
gravadores de águaforte, incluindo alguns dos
técnicos mais destacados, conservam a sua predileção pela
paisagem e temas arquitetònicos, seguindo aliás a opinião
geral dos gravadores desde há
uns oitenta anos que começou
o renascimento moderno d i
1 'pr fortuna houve
gravura.
por outro lado, durante os ullimos anos.
uma tendência
marcada pára regressar ã rtpresentacão dò corpo humano
e ao retrato do natural. < >s
gravadores bri ânicos contemporâneos sofreram com mcnos intensidade do que os p-ntores a influência de certas
correntes européias, como o
futurismo, o cubismo e o surrealismo. E' sintoma'ico d >
nosso país que os gravadores
adeptos dessas concepções tenham sabido rec nciliar a liherdade de eleição do tenta
com nma técnica perfehamenlc sã c que ao apartar sé Via
tradição não tenham cáidò na
tentação de ser'descuidados".
DESAFIAM HITLER
Os artistas da Grã Bretanha desafiam Hitler. O nazismo não conseguiu sufocar,
com sua guerra, a veia artintica dos ingleses, sua imagi***
nação c ieu gênio criador.
Hoje, a Inglaterra conta com
algumas sociedades importantes, abrangendo nò s.u seio òs
artistas mais significativos da
nova geração artística inglecitar.
sa.
Poderemos
por
respeito
da gravuexemplo, a
"The
ra, a
Graver-Printers m
"Royal SocicLy
Colour" e a
of Fainter-Etchers and Engravers", todas com vida aliva e cujas iniciativas e finab'dades
nâo se deixaram perturbar óu desvirtuar pela guerra
bárbara que Hitler desem adeou sobre o. povo britânico e
sobre o mundo inteiro.
A
de ..GravuExposição
ras
Britânicas
Contemporâmas. que esta capital.admirará a partir do dia. 19, é, portanto, u.m resumo das .niais
atividades
artísticas da Grã
Bretanha no que diz respeito
â gravura, suas diversas ino.dalidades, estilos e técnicas.
E, por outro lado, no seú
percurso pelos paises livre**: <l*>
mundo, repres. nt a ela tambem mais uma men-xagem >¦•'róica c grandiosa dã (irá Bretanha, que luta pela sobrevivencia da inteligência e da cuitura, numa guerra iheomum
pela sua brutal d ide, mas cn]0
resultado final, a vi'<Va dns
democr-dns.' já não pode mais
ser di.-xutiuò.
i
IV
&•
-m - -— -
PÁGINA 13
DIRETRIZES
21/5/194fc
três teratura Brasileira, em cinco
Syivio Romero casou
vezes. Foi pai de vinte e três volumes.
filhos. O seu feitio de homem O HOMEM DENTRO DE
simples, dentro de urn paletó
CASA
de brim, e chapéu de palha
Era madrugaâor. Levantaà cabeça, não lhe dava ares
va-se sempre antes dos outros.
de literato. Na ma, convervoz
sava com todo o mundo. Gos- E se punha a, discursar em
alta, para acordar filhos e notava de perguntar. E assim
ras, que moravam com ele. Ou
falava longamente com a genentão dizia eni tom de recitate do povo.
Essa mania quasi de repor- tivo:
RECO,
EDGAR E NELSON ROMERO,
DE
(REMINISCÈNCIAS
LHÍDAS POR
se irritou. Chamava a
FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
e dizia:
nunca
esposa
_ Moça. estão maltratando
as crianças.
Ou então:
— a coitadinha está chorando. Veja o que ela tem,
sim.
Na hora do almoço, Syivio
-nada mais
Romero escrevera
nada menos que trinta laudas
de almasso.
não admitia castiçal. E quandoboa vontade. Até mesmo
do tinha que ir a enterros,
ente, quando Mario Gameiro
sempre a contragosto, trocava
j procurou para mostrar-lhe
ao
a roupa
imediatamente
um longo estudo sobre Tobias
voltar, deixando-a num canto.
Barreto, o mestre dizia, como Nunca mais usa, ia o terno do
dispnéia
que para enganar a
enterro.
e a incitação das pernas, que
v^V>-s<\-l
o.-w&y
O LEITOR INFATIGÀYEL
*—-- >'
^i;
>^yyy ^
/-<
Na
Lia em toda a parle.
na
trem,
rua, no bonde, no
barca. Syivio Romero Ua até
f conhecida a
nos exames,
lhe
anedota do inspetor que
estar
chamou a atenção por
lendo enquanto os seus alunos
colavam.
\w:W:-ííS>::'::::;:JW
>.•:.::;
Syivio, em casa, lia deitado :-^y>^^&->iA>^i^MSm^^my'y- ¦<¦ ¦ x-éê^^^^^^^l.
na rede ou no sofá. Ou na cadeira de balanço, com as pernas cruzadas, à maneira dos
chineses. Os seus livros estão
cheios^ de notas interessantes.
fYg-yy^wm^ ^^^^^^^^Sil^^^P^S-l»,^^^^^^^^^^-*-'--''
E ás vezes
Anotava a lápis.
resumia o que lera nas folhas
dc guarda do volume.
de
Há anotações curiosas,
ou desaprovação,
aprovação
"Muito
exemplo:
como por
"Isto
está
bem", "Burrice",
"Este
certo", "Não concordo'',
sujeito é mesmo um animal"
erudiOs resumos são sempre "Direito
tos. Num volume de
uma
;:':' '^-É:
Penal", e7icontrei toda
Í-'^r^ffi''^^^^^^^*Í^^^Í^^P
Í^^^-^^^^I^^^B:':'"''-:
critica sobre as idéias de Tardo.
de
Quando lia ou escrevia,
soltava
quando em vez, Syivio
gargalhadas retumbantes:
__ Afãs este camarada não
sabe nada!
artigos
Escrevendo os seus
ãe polêmica, parecia que estava a conversar com o adversário. Edgar Romero o sura I^^Í^^^M^S^^^^^^xAí^í^v:^: mkkm^>Yy>yy^^^m^Mm:'yy
preenãeu, quando respondia
Syivio inManoel Bomfim.
mmmk.
•
terrompía o trabalho e esclaSyivio Romero
mavá:
Uma das ultimas fotos de
— Fica quieto, rapaz!
. E mais: não gqstava de ler
E continuando a- " escrever:'
não lha permitiam uma atenlivros de autores seus conhe_ Estás vendo, Manoelst,.-..-¦
ção maior:
_ ILc tudo, Gamelrinho. Lê cidos e já falecidos.
nho, Como hão tens razão?
l'-^^^^^;:';;'-'^^^^i^^^^B^^^^^^R'::'' m':
-> y^^
Y<^r^^^r ^
~*~^ -rr—O
^
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«íl
~^m~L-
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*zm?<~*ZY'-
' . -*-m~"
-^^(/ ^^U^-^
*v>>
s'^.(m<m-^^ ^
¦ <??^séZ*-*-
^
'j&-r*<
mm--0m-^,
<r
'
''
•Tac-simUc"* de un,a cartk de Syivio Romero
I
<&¥"l
(i
ter-amador permitiu qiie Sylvio Romero recolhesse diretaos
oral
¦thente da tradição
bracantos e Contos populares
reuniu
stíéirós, que mais tarde
não
em volume. Sabia de cór
só os versos como a melodia
das cantigas do Norte. E por
isso mesmo poude transmitir
ao
um grande número delas
maestro Alberto Nepomuceno.
Nesse particular, a sua memoria era de assombros.
hâ
Romero
Sobre Syivio
Vou
muita coisa que escrever.
realinhavar aqui algumas
minis cências interessantes,
Roatravés Edgard e Nelson
comero. E' uma espécie de
apamemoração do próximo
Lirecimento da História da
Raposa que dorme não apanha galinha. Deitar e acordar
cedo dá saude', contentamento
e dinheiro. Aquele que acorda
tarde agita-se o resto do dia
e quando quer começar o trabalho chega a noite. ,São, conselhos do bom. homem Riçardo, dè Benjamim Franklin.
Batia na porta das noras:
_ Senhora! Quero ver meu
neiinho.
Assim o dia começava para
Syivio Romero. Depois da pria
punha-se
meira refeição,
as
trabalhar. Escrevia todas
de
manhãs laudas e laudas
letra
papel almasso, com uma
enorme e escarrapachada.
o incomodava.
O barulho
de
criança
Mas com choro
SEMPRE DE BOM HUMOR
As polêmicas jamais azedaram o seu bom humor, dentro
de casa. Não tinha rancores.
Era homem que topava parada
mas em geral não gostava de
procurar briga.
Certa vez, chegou às gargana
jornal
lhadas, com um
mão:
'
— Me chamaram de burro
'Me
no Rio Grande do Sul...'
R'<o
chamaram de burro no
Grande do Sul...
"A FeEra um número de
deração". o jornal de Julio de
Caslilhos. E Syivio mostrava
a todos a descomponenda da
"Jararaca" em cima dos seus
artigos contra o que ele chamava o "castilhismo positivoide".
Na sua casa, recebia todoi
os literatos novos do Norte,
principalmente os que vinham
eram
de Sergipe e que não
acolhia
os
Syivio
poucos.
E assim
simpatia.
sempre com
até
Ribeiro
foi desde João
os
soOuvia
Hermes Fontes.
netos dos rapazes sempre de
Não pule nada não.
AS EXQUíSBTICES DO
ESCRITOR
tudo.
Syivio Romero tinha lá. as
suas exquisitices, .como todps
nós. Tinha medo de morrer.
No fim da vida. o pavor aumentou. Na.sua casa, não se
abriam mais ¦ as janelas.
fazeyn
_ janelas • abertas
bem à saude, dr. Syivio — dizia-lhe a. ,nora, esposa de
Edgar Romero.
senhora.
~ Nada, minha
Isso são partes de Europa...
Reclamava contra a doença.
Resmungava, ern sinal de protesto:
calado,
— Não sou âoente
não.
debochava
Quando tossia,
dele próprio:
_ Tal qual "Eolo", tal qual
"Eolo".
("Eok>" era o nome de xim
cachorro que pertencia à sra.
Amélia de Freitas Beviláqua).
Uma das exquisitices caracRomero
terísticas de Syivio
era. como já disse, o pavor da
morta. No seu criado mudo,
OS QUATRO EVANGELISTAS
Syivio Romero morou em todos os bairros do Rio da Janeiro. Morou algum tempo em
Niterói. E gostava de passar
meses e meses em Minas, fugindo do calor e áa carestia
da vida. Mas se mudava muito de. casa, nâ.o mudava nada
de amigos., Sabia ser amigo
de seus amigos. Era homem
de muita amisade. Alem dos
Quatro. Evangelistas — Artur
Beviláqua,
Clovis
Õriando,
GuiArtur
Francisco Alves e
marães — foram seus íntimos:
Barão de Tautphoeus, Aluizio
e Artur Azevedo, João Ribeiro,
da
Muller, Euclydes
Lauro
e
Cunha, Joaquim Murtiuho
muitos outros.
Recebia muitas visitas, que
se prolongavam às vezes ate.
meia noite. Eram assim as do
Souza
velho desembargador
Pitanga ou as dc Josó Geraldo
quando
Bezerra de Menezes,
Gragoatá..
cm
Syivio rnorou
Ele, me-.mo nâo gostava 'iò) de
(ÇauiLaua na pág.
•*%/¦¦
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UJíjSiftw*"-: ¦-•
CRONCA ECONÔMICA
PERIGOS
21/5/1942
DIRETRIZES
PÁGINA 14
DA
INFLAÇÃO
THEOPHILO
A primeira manifestação
da guerra, no terreno financeiro, é a inflação. O
Estado, para atender às
despe sas decorrentes da
mobilização e da própria
guerra, aumenta os impôstos, promove a assinatura
de empréstimos patrióticos, impõe empréstimos
forçados aos Bancos, Caixas Econômicas e Empresas de Seguro, e, quando
tudo isso não basta — o
—
que sempre acontece
aumenta a circulação do
de
"sangria
papel-moeda, por meio
novas emissões. A
imposta por um lado à economia particular e o aumento do meio circulante
seja através do papelmoeda, de curso forçado,
seja através dos títulos de
empréstimos — produz um
desequilíbrio entre o meio
circulante e a riqueza circulante. A conseqüência
natural de tal desequilíbrio é a majoração progressiva e rápida dos preços, processo esse conhecido sob o nome de inflação.
E' um fenômeno historicamente conhecido, já verificado repetidas vezes.
Nunca, porem, teve a extensão da constatada na
Grande Guerra, não só nos
— quando
paises vencidos
assumiu caráter alarmante e chegou mesmo a destruir a pequena burguezia
mas também nos paises
vencedores, como a França, a Bélgica e a Itália,
que, só depois de 1926, conseguiram regularizar as
suas finanças, a preço de
quebra dos respectivos padrões monetários.
Aquele exemplo está bem
presente à memória dos estadistas que hoje dirigem
os destinos dos povos. Daí,
a série de medidas minuciosas tomadas com a finalidade de evitar qüe se
repita agora o que aconteceu há 20 anos passados,
sobretudo tendo-se em conta qüe a situação é mais
grave, de vez que a guerra
moderna exige muito mais
do Estado do que a antiga.
DE
ANDRADE
mundo ganha. Mas... tem
pouco em que gastar.
Os Estados Unidos são o
país onde o povo se habituou a uma série de inovações, de invenções pequenas, de aparelhos secundarios, que dão muito conforto e que absorvem grande parte da renda do cidadão médio. Todo americano, alem da aspiração, realizada ou a realizar, do automovel, tem uma geladeira, um aspirador de pó,
um rádio, uma máquina
fotográfica, uma máquina
de lavar roupa automática,
uma torradeira elétrica,
um relógio-pulseira, um
ferro elétrico, uma enceradeira, etc. Isso consome
grande percentagem da
renda do americano médio
ou pequeno.
Milhões há que, devido
à falta de trabalho, não
podiam ter esses objetos,
quase inúteis, mas que dão
muito conforto. Agora, porem, ganhando bem nas
indústrias de guerra, estão
naturalmente pensa ndo
em instalar-se de maneira
mais confortável, à custa
daquelas preciosas invenções. E os que já as possuiam, pensam, naturalmente em renová-las.
Acontece, porem, que
toda a matéria prima disponivel foi encaminhada
para as fábricas de armas
e munições. Não há mais
com que fazer aqueles aparelhos que fabricam o conforto moderno. Por outro
lado, os próprios alimentos começam a ser racionados. Já há racionamento
dc açúcar e de chá e, é
provável que outros sejam
decretados. Que irão fazer,
então o operário e o empregado, com o dinheiro do
salário? Não tendo em que
gastá-lo, vai se manifestar,
fatalmente, üm desequilíbrio entre o meio circulante e a riqueza circulante.
E criado o desequilíbrio, os
preços tenderão, necessáriamente, para a alta.
A questão está sendo
posta em equação, de uma
maneira muito viva, nos
Estados Unidos. A política
financeira do Presidente
Roosevelt caracteriza - se,
exatamente, pelo fato de,
por um lado, emitir bilhões
para a construção da máquina de guerra americana e, pelo outro, evitar que
esses bilhões tragam consigo o fenômeno inflacionista. A produção está
controlada e com ela os
preços. E' preciso, a todo
custo, evitar a alta acelerada das cotações.
O quadro é simples. Milhões de desempregados estão outra vez entrozados
na grande máquina da
produção nacional. Os salários estão elevados. A
renda nacional,cresceu extraordinariamente. Todo o
A conseqüência a tirar
de tudo isso é a de que os
preços, nos Estados Unidos, terão que elevar-se,
mau grado todas as disposições para a sua fixação,
tomadas pelo chefe do "Office of Price Administration & Civilian Supply".
Ainda assim, estamos
curiosos por ver quais as
medidas que o "boss" dos
preços irá por em prática.
Pode ser que venham a
servir-nos de exemplo, no
futuro, a nós, que nenhuma medida eficiente tomamos ainda, contra a elevação especulativa dos preços de todas as utilidades,
fato que estamos vendo
processar-se, com rapidez
espantosa, embora sem razão suficiente, dada a ausência, entre nós, de "economia de guerra", no sentido moderno da palavra.
SECRETA RIA DAS FINAN
DO ESTAD O DE MINAS GE
b'
'¦ •' '
"
JL^Sk- Jtam JL &amJP
DE 1941
CONTAS DO EXERCÍCIO FINANCEIRO E ECONÔMICO
Quanto d sua aplicação, pode
ser classificada de acordo com
o Padrão Federal de Balanços,
em dez serviços gerais, a saber:
importância
da mais destacada
das realiconhecimento
o
para
Administração,
uma
de
zações
muito mais significativa do que
o orçamento, ao qual comumente
se dispensa a maior atenção.
Creio, por este motivo, nâo ser
oportunidade,
nesta
demasiado,
tecer alguns comentários à margem das atividades econômicofinanceiras do Governo, no exercício em questão, bem como de
fatos que, ocorridos em exercianteriores, tiveram reflexo
cios
na gestão financeira de 1941.
Consideremos, em primeiro lugar, a parte relativa à execução
orçamentária.
RECEITA
Senhor Governador,
Cumpre-nic apresentar a vossa excelência o balanço econômico-financeiro do Estado, referente ao exercício de 1941.
Conforme dispõe o decreto-lei
fedeTal número 2.416, as contas
das Unidades Federativas e dos
Municípios devem ser encerradas
até 30 de junho do ano subsequente àquele a que se referem;
um
todavia — e isto constitue
índice do grau de eficiência que
atingiram os serviços públicos ern
Minas, sob a administração de
Vossa Excelência — poude a Secretaria das Finanças levantar o
balanço em menos da metade do
prazo prefixado.
Os diversos quadros e esquemas,
que junto se encontram, demonsiram de maneira pormenorizada
os variados aspectos da gestão financeira no aludido exercício.
Já foi acentuada, em relatórios
dirigidos a Vossa Excelência pelo
meu antecessor nesta pasta, a necessidade de se cuidar de maneira especial do balanço — peça
A receita apurada em 1941 atingiu a cifra de rs. 347.744:7451.700,
excedendo à de 1940 em cerca de
21 mil contos de réis.
O quadro comparativo abaixo
indica a rápida ascensão havida
rendas,
a
nas
partir de 1934,
apenas a rs.
montavam
quando
146.604:O09$20O.
Ad ministração Geral .
Exação e FiscaFinanlização
ceira . . . l .
22.835:157$600
Serviços de Segurança Pública e
Assistência Sodal
47.098:777$400
Serviços de Educação Pública .
42.602:465$000
Serviços de Saude
Pública ....
11.237:850$6OO
Fomente
12.4O8:206$4OO
Serviços
triais
.
146.604:009$200
Receita de 1935
.
245.127:602$300
98.523:593$100
Receita de 1936
•
268.495:922$300
121.891:913$100
Receita de 1937
.
264.815:834$800
118.211:825$600
Receita de 2938
.
299 146:679$700
152.542:670$500
Receita ãe 1939
.
312 201:461$100
165.597:451$900
Receita de 1940
.
326 .365:875^600
179.761:866$400
Receita de 1941
.
347 ,744:745$700
201.140:736$500
Examinando discriminadamente a receita orçamentária, verificamos que a TRIBUTÁRIA, relativa aos impostos e taxas, alcangou a cifra de rs
de
234.832.328$500, isto é, mais
seis mil contos acima da de 1940.
E isto sem elevação de quaisquer
contrário,
tributações, mas, ao
apesar das reduções havidas, como a do imposto de transmissão
10%
inter-vivos, que passou de
para 75%; a do imposto de exportação, de mais 15%; a ãa taxa de
exploração agrícola e industriai
sobre gado, tecidos e algodão.
Esse aumento das rendas decorre tão somente da melhor organização do nosso sistema de lançamentos, fiscalização e coleta de
—
serviços esses hoje
tributos
orientados. segundo novos processos fiscais e contábeis, que dão
resultados mais eficazes.
CoTti. referência, ainda, à renassinalar
da Tributária, convém
que a mesma excedeu, em cerca
de 148.000 contos, à de 1934 —
início do atual governo.
PATRIMONIAL
A RECEITA
contribuiu com a parcela de rs.
corres9.032:919$900. Tal título
incapitais
ãe
rendas
às
ponde
vertidos pelo Estado em ações,
municiempréstimos
apólices,
pais, etc.
INDUSTRIAL
RECEITA
A
atingiu a soma de rs
a
ultrapassando
69.375:46ü$800,
do exercício anterior em mais de
8 mil contos de réis.
A rubrica ãe RECEITAS DIVERSAS acusa o total de
10.044:822$900, que corresponde à
quota parte atribuída ao Estado
ãe Mmas Gerais relativamente à
tributação federal sobre combustiveis e lubrificantes.
Sob a denominação de RECEITA EXTRAORDINÁRIA, achamclassificadas a cobrança ãa
se
Dívida Aliva, as indenizações, as
reposições, as rendas de origens
diversas, etc.
O total dessa rubrica alcançou
a cifra ãe rs. 24.459:207$600. Nesta parcela, a cobrança ãa Dívida
impostos
Ativa,
acrescida
dos
ãe
classificados sob a epígrafe
"Receita de Exercícios
Anteriores", figura com o total ãe rs.
12.394:323$lO0, correspondente a
cerca ãe 50% da receita extraordinária arrecadada.
DESPESA
Relativamente à despesa, ãevemos ressaltar, de início, que ela
se processou com inteira observância ãas normas ãa legislação
em vigor, dentro dos limites das
autorizações do orçamento e ãos
créditos adicionais decretados no
decorrer do exercício.
Sendo
de
370.329:432$800
o
montante dessas autorizações, alcangou a despesa realizada a soma de rs. 359.832:284$000, de onde
....
Indus75.743:421$300
Serviços da Divi. .
da Pública
66.093:014$800
Serviços de UtiliPública
dade
(Administração
Superior, construção e conserão de rodoconstru- •
ção e conservação de próprios
públicos em geral, iluminação,
diverpública,
19.841:685$300
sos
Aumento das rendas, em relação
de
exercício
ao
1934
jteceita ãe 1934
31.543:825$4O0
Encargos Diversos
(Aposentados,
e
reformados
em disponibUidade, contribuíções para previdencia, indenlzações por acidentes, subvencontrações
tuais, transportes,
eventuais,
etc
30.427:907$200
se conciue ter havido uma economia de rs. 10.497:148$800 nas diversas verbas orçamentárias.
Resulta este fato não só das
providên-iras tomadas pelo Governo para racionalizar os gastos co mos serviços públicos, como lambem da adoção de registo
prévio ãa despesa empenhada, e
da fiscalização e controle do consuíno do material, pelo Departamento de Compras.
O total de rs. 359:832:284$0OO
foi despendido pelas cinco Secretqrias do Estado, como segue:
359.832:284$000
RESULTADO
DO
EXERCÍCIO
da
despesa
Da comparação
realizada de rs. 359.832:284$000,
com a receita arrecadada, no valor de rs. 347.744:745$70O. resulorçamentário
de
ta um déficit
rs. 12.087:538.300.
Excluído o déficit da Rede Mlneira de Viação, no valor ãe rs.
4.974:651$900, fica aquele reduzido a 7.112:886$400, isto é, menos de 2% da despesa total do
Estado.
Assinalamos,
com
satisfação,
que os esforços do Governo no
sentido de sanear as finanças es
ladoais, mediante a eliminação
gradativa dos deficits orçameniários, vêem sendo, de ano para
ano, animadoramente compensaãos, como podemos verificar pela
seguinte demonstração:
Secretaria das Finanças, inclusive o Departamento de Compras 145.574:630$O00
Secretaria ãa Agricultura . . . 17.932:757$300
Secretaria
da Educação e
Saude
Pública 44.303:666$300
Secretaria
ãa
Viação
e
Obras Públicas 93.674:971$900
ÍS59.832:284$OO0
Melhoria dos reorçasultaãos
mentários em relação ao
exercicio de 1934
Deficits
1934 .
ou
a
1936 .
a
1937 .
; .
•
*
fc
«
•
4.
•
«
«
O
V
c
tr
C
160.085:343$900
83.722:273$200
76.363:070$70O
69.335:861$800
90.749:482$100
69.953:985$500
90.131:358$400
64.379:609$O0O 95.705:734$900
J.Í70Í7
v
m
fc
«
•
ti
%
C
«,
¦,
1940
¦iy *i
i
39.181:102$700 120.904-.241$200
24.462:824$200 135.622:519$70Q
*««***««.«*
Esse expressivo resultado orça¦tnentário decorre da
política financeira
ão
Governo ãe Vossa
Excelência, sempre orientada no
sentido ãe incentivar a arrecadação das rendas e ãe comprimir
as despesas públicas, se mprejuizo ãas iniciativas ãe caráter reprodutivo, que contribuem efetivãmente para o desenvolvimento
econômico ão Estado.
BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial encerrou-se com um patrimônio líquido de rs. 5.288:585$200, ãiferença verificada entre o total
do
Ativo e ão Passivo.
A soma ão ativo alcançou o total de 1.259.567:2825200, verificanão-se um aumento, em relação ao exercício ãe 1940, ãe cerca
de 115.000 contos. Este aumento
12.087:538$300 147.997:805$600
resulta em parte ãa inscrição ãe
novos bens, da atualização ãe valores. ãos já inscritos, assim como
ão registo de valores mobiliários,
cujo montante passou ãe .......
89.129:272$30O, em 1940 para ...
147.944:025$300, em 1941.
merecem
Quanto ao passivo,
alguns comentários os títulos de
maior relevância.
Á Dívida Fundada Externa estava registada, em 31 de dezembro
de 1940, pelo valor de
67.596:673$100. Com a incineração
ãe títulos adquiridos pelo Estado,
houve a diminuição de
9.474:866.000, ficando, assim, reduzida a 58.121:807$100.
A
Dívida
Interna,
Fundada
constituída pelas apólices de diversas emissões, figura no balan(Continua na pág. 30)
\
""-•t
PAGINA 15
D í Ji E T R I K E S
21/5/1942
apresentada
porta nío.
não foi.
retirada
uma
como
mesmo
«••m
s.muma
estratégico, mas como
escuta*
pies manobra tática pa<a
contra a
uma ação de represálias
tao bravamenpopulação civil quc
Eeíe piocida,';.
sua
te defendeu
mie/no contrário a todo diveito
marechal
nacional fracassou O
tempo oe
von Kleist não teve mais
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e
mulheres
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brutalidades conlra
retirada
A
Rostof.
do
os crianças
fuga.
degenerou numa verdadeira
rcc cm alguns dia-, os alemã-*.***
cuarem uma centena de qa*..ôm«-
"Senhor
o
Durante o inverno,
HiSup.emo lía Guerra", Adolf
ve^cs
várias
que os
tler, anunciou
teriam
só
patinhar
que
alemães
os
a-guiis meses. ísa primavera,
peos
exerci!
germânicos,apoiados
Ia ii-.jr.iu.nj, a Hungr.a, a Finlân"Divisão A-cui" eicia, a íiálià, a
franceses
panhola, os dtoriotisías
e por oul;as brigadas do fascismo
iniernac.ortal. se precipitaram sobru os russos e romper.am a sua
DIRETRIZES)
para
pecial
resistência impertinente,.
russo
riijTÕRt IMAGINÁRIA
Em 1941. o inverno
neve
am.:nas
promessas
tro*.
A primavera começa no Ueatemaes
acreditaram
A intenção 6 evidente: o chefe
chegou tão tarde que os
armas
os
depuseram
caleue
o
^«
segundo
ricanos
Moríe,
inicio
no
mia.crio
supremo politico e militar do Reich
podiam ãin-da operar
FALHAS NA ORGANIZAÇÃO
Moscou,
fian'do-se nessas promessas
dc
cúrio astronômico que os naxisSas
não sonorte
álibi,
um
ao
enco*v;rar
ALEMÃ
dezembro
alemães
quer
Ainda desta vez, os
segundo o
aboíírom, no dia 21 de março c
que,
exercito
um
com
mente em face das famílias de
o
Hitler,
náo soíreram, segundo
com ...
junho. Os
termina no dia 21 de
A batalha de Ro*-tof leve para
rááio de Roma, contava
centenas de milhares de homens
Eles
Rússia.
na
?mmilitar
. uuu
revés
»
menor
c
ôe
homens
Co:: íèrzoã da primavera já pascampos
nos
campanha da Rússia uma
a
1 500 000
semque ele sacrificou
como
venc.Jores,
"na
batalha
terrià
corttiniiam
compariivel
ofensiva a mais
saram sem que Hitler tivesse ieportancia
tanks,
batalha da Rússia, mas também
engaMas o inverno russo os
cm setembro do 1914,
mesmo
tempos"
pre.
É
o
Marr.c.
os
rio
todos
Hisíória.
grande golpe
V..J j iw-tânü seu
de
vel
diante da
chebar
Ele
havia
prometido
nou
e,
tanío
com
junho
O mês de
3
que o Alto Comando
As tropas
destruidor.
que deu
decisivo,
processo jú aplicado
O golpe
dezembro, mas cheem
somente
toda
ao
em
poalemão enviou com tanta urgennovo curqua.-tto a temperatura,
sucesso, an-tes de chegar
E' possivel que
campanha da Rússia um
a
novembro.
cm
Vergou
de
mès
cia para o Sul, para defender
a Europa setentrional, já um
lugar na regioo do
der. Atacando o tratado
teve
observatórios
não
so.
nos
existam traidores
sua
rei.TavJa c ocup-ir a bacia peírolide verão, mais quente do que os
E.s
solhes — um dos slongans de
frio, mns ao sul, em Rosda Alemanha
ougrande
meteorológicos
apoiase
—
não
lera áa Donetx. fra.*..-.usou naa
Foi
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ms*>es seguintes.
da
do mar dc Azov
propaganda
Supremo
tof,
peito
Sení=cr
Moscou
o
do
traA ação
por que
Titros frentes,
va. como os outros críticos do
Ko ano
passado, os alemães
lá que as forces do marechal
Guerra ainda rtffio triunfou definiO recuo aierínjo se
de
que
dia
foi
as
condiargumento
no
no
par.disado-1
tado de paz,
detrotoram,
não souberam utiii*-ar
mónschenko
Sul cíé o
tivomente.
Versalhes
de
de junho,
cláusulas
uma manopropagou do extremo
alguma-is
çõss naturais do mês
29 de novembro, por"penrerdivisiomesquiNorte, ate Leningraido. A grar.Jc
a estação mais
seja
eram muito duras, outras
AS MENTIRAS DE ROSTOF
que talvez
bra dc surpresa, as
"ofensiva finoí". que Hitler havia
Kleist.
pretendia
voa
nhas e aflitivas se se
apropriada para as grandes openet.'" do marechal
foalemães
os
atmosfera
realidade,
Na
e
uma
anunciado nos irficios de outuíiro,
criar na Europa
rações militares na Europa OrienRostot tem um clima moderado,
"a-ílomb", fracassara.
na
tempo,
Os
pelo
favorecidos
proha
ram
mútua.
com tanto
compreensão
de
ào ano ainda não
Muitos observadores são de
época
tal
nOSta
nuuma
puramente
alemães, do
Após esto derrota,
componha áa Rússia, áo
O Alto
nacionalistas
omissão foi inverno.
esta
"o
prios
opinião que
lã notícias de
Sua primeigen.-*.**-l
antes,
sempre
não
c
extraordinária.
militar,
ne.ra
nao
Hugenbsrg.
estrategênero de
Comando alemão, com efeito,
primeiro erro grave dos
após algumas
oçüo * coem
sentichegou,
e
entrava
moral
ofensiva
Inverno"
fracasra
lado
erro deinstituíram o
sonhava cm cvcpíicar este
nos
gsstas alemães e talvez o
meçou a castigar os beligerantes
semanas de avanço rápido,
do tratado, sobre o famoso
mental
tivessem
alemães
so pc*.r causa do frio. A explicaSc
os
a
cissvo.
seLcningrado,
de
alemães
com 30 e 40 graus obaixo de
expliproximidades
artigo que imputava aos
contra a
cão da queda de Rostof foi
c
começado sua ofensiva
Smoler.sk
que
acreditar
entre
se
explosão
não
pode
meio caminho
ro . Mas
toda a culpabilidade da
de maio do
22
cada nurs*. comunicado quc, peio
do
Rússia no dia
do btio
o
apenas
todo
c diante das portas
reinasse
írio
Moscou
fio
que
enquanto
c
vingativo,
de
da guerra,
22
jude
vex
scu tem orgulhoso
Ht1941.
em
aoutubro.
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1
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alemão,
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mundo sabe que a
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Ci\,ro
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"Ar.
ter
clima
nho. íersam tido tempo para conpodido
tler, furioso por ndo
bricava pera os russos um
nação de corde.ros
desta
guerra:
Volgo,
abomináveis
perial era uma
sua
da
t*
quisrar Moscou e atingir o
continuar com o ritmo
Rostot,
especial, particularmente morno
dc
tropas de ocupação
pacíficos
"Llifrskrieg". ordenou uma seguneram,
neve
antes que os russos pudessem oragradável. O gelo c a
retiraram-se
tempo
oíderrs,
antes
obedecendo
e
Hitler não perde o seu
resistência
lados.
Já era muito tarde
ganisar sua
ofensiva.
da
certamente, iguais dos dois
cidade
para
da parte central da
advocacia tco complicaas opeRússia
uma
impedisse
«a
e
com
inverno
ação
i.-icesjaMíos
o
que
Entretanto, os a**Õ3s
mais cf*ca*-,
para uma grande
ele
preparar, da maneira
Adorador da forço brutal,
hipóteses,
da
das
que
meihor
rações de grande envergadura.
Na
russos
prova-sm
vitoric^is dos
central.
medidas necessárias contra a pointerescontar
conjetura
nunca esquece que o vencedor poEsta é uma
no
os alemães podiam ainda
se pode fazer a guerra motorizaconcontrariamente
supusaçoo que
de ditar ao vencido qualquer
sante, mas muito frágil, como toda na Russ.a também em pleno
da
com quatro semanas dc tempo
objetava ele,
Mas,
direita internacional, participa
.Oi
de
dicão
paz.
campanha.
históricas que
cm
plena
das as conjeturos
inverno .
tropes
das
portavel
vencidos.
lute*; no retaguarda
cs* alemães não fórum
a marcha
metade de outubro e
reconstruir
Não se deve acreditar mais qu.
na
segunda
proíendem
simplesmente.
.
alemãs"
de
enganados,
Foram
exército
suposto
<i"c
os russos são. por natureza, ma.s
em novembro
alemãs
dos acontecimentos sobre
e traídos
Wils.n
A derrota das forças
<a
sob
por
reafriü
Enganados
da
de
Napoleão perecera
resistentes ao irio do que oí ouções diferentes daquelas
e democratas que
socialistas
olnginpe.os
Elo-; tião sáo todos s*Para os períodos
tros povos
lidade.
argume/ftais
berianos . Se ia-z frio, também eles
quos do passado,
e
impressionantes
o seníem.
tos são sempre
A inferioridade dis tropas olalógicos. Pois o que se
parecem
"História",
a
mesmo
duranio a CümpaiA-i díí inmas
chama de
verno sc jusíiíica. em primeiro !umais minuciosa e expliHistória
seconseqüência dc gr«gar. co.no
afirmar, com absoluta
cita, nada mais é do que uma
Brasil
possa
no
sí*
m.litir
guem
de
ves falhas de organi/.açáo
Devemos insistir na afirmação de que
leçâo mais ou menos arbitrária
o sangue
corre
só
veias
suas
nas
certeza, que
outros,
alemã Co.-itiatida
í econômica
fatos e a negligência de
toma cada vez mais necessário combater pai'•puro", ariano, - que anás não existe, assim
uma biit-skrícg qua
de
algu»*
sucesso
no
sobre
de
uma concentração
e os resíduos
manifestações
as
a
alemão
mo
um
palmo
devia terminar o mais tarde e»a
fatos e motivos que o historiador
dizem, nem mesmo nas veias de
ou
«ada
Hillor
pró-fascista
sentifascista
no
outubro do 1941,
cerca mentalidade
escoShe 3 seu bel prazer
um mestiço de mais ou menos
seja
não
e
que
rude
campanha
ou
uma
tais
em
os
—
quais
mesmo
granprepara para
o
do de fazer compreender
existente entre nós
cmzamenio. Não há país em que
remoto
e
d* inverno. Os toldados nor-ísto»
cabejustificar
na
mesmo
acoivtecimentos
des
ditos anti-fascistas,
e injuscírculos
absurdo
equipados
mais
seja
cor
estavam muito me-ioi
de
suas pióprias teses.
preconceito
Kaiser dualgumas pessoas sinceramente antido
d3
hístosòidaJos
ca
os
imperativo
do
um
voluntariamente
que
E'
Neste quadro
Hficavei que o nosso.
mais imedixtNão diaparante a outra guerra
pode-se
reduzido.
e
fascistas. Sem dúvida, o perigo
nos aborrecer e enlimitado
motivo
para
há
não
rico
e
da botas
nem
hisn4ta de cobertores,
defrontamos está no quinta-colunísmo
de
transformar a História numa
to
decorre
que
que
boas lude
dessa
fatalidade,
mesmo
e
vergonhar
de feltro, nam
isio é, na aç.ão prácondicional e imaginária
tória
militante,
e
da
organizado
era a
a
ainda
Pior
formação
vas forradas
tivesse cacircunstâncias que presidiram
e naafirmar: Se Napoleão
estrangeiros
agentes
Os
dos
material
do
concreta
e
resultados
tica
falto de proteção
Rússia
ms-ado sua campanha na
nacionalidade. Ao demais, os
nossa
outro
funcioMas,
não
por
de
aparelhos
precisão
cionais do nazi-nipo-fascismo.
mais cedo e se ele tivesse prepanão foram assim tão maus".
o
de
nnYa-sm aob o írio terrivaJ. a sobradeterminação
a
aprovisionamenta
existe
o
firme
melhor
lado, quando
clarividênrado
tudo o petróleo sint-ético se tornaEis como, aproveitando-se com
Exercidizer que é relativamente
de suas tropas, o Grande
Os
pode-se
combater,
va inuriJixavol a 25° grau*
seu
júlgamenao
um caso submetido
de
este
chi
to teria conseguido a vitória.
peridestruir
e
localizar
asíin**,
da
tarvks olemõas se tornavam,
fácil identificar,
O método não difere muito
o general Rabelo dar-nos <> modelo
age
os
ele
l.o
eivqujnía
poude
mesmo
que
—
imobiíizaveis,
que
isso
futuro
do
por
romances
mentaliqo imediato
a
técnica dos
combater
de
ag^r.
mnfi. rusaos podiam
da melhor maneira
ao alcance também concreto
G. Welles. que são baseade H
evidentemente,
çoncretamente,
modelo,
Tudo isso ara de sa oráva-r, mo*
um
0
de
que
dade filo-fascista.
Ao passo que muito
dos sobre a hipótese
repressão.
da
imediato
Os soldados alec
mais
não foi previsto
3 realiaplicado c adaptado aos casos
.visó fator não corresponde
ser
rede
a
desmantelar
pode
a
ser
sc
vem
mães
mais dificil
queixavom a*ma**íja«fi.anta
conde algum modo,
apareça,
dade, enquanto que os ouiros
nos
quais
diversos,
e seus parentes
negligencia,
a
mentalidade
dost.i
É este um
Ul e impalpavel que informa
tínuam sem mutação
tendência
fascista
Pela !">"de
m-ris.
aír-da
manifestação
isrerioc
jí>o
atraente,
qualquer
muito
a qual, no encanto, se não o/ejjogo de espírito
filo-fascista,
de derroespírito
um
vssi,
preconceito
meiru
estupidíssimo
a
muüo
ou fascistisa-nte: o
mas. se se pretende aplicá-lo
todo o
eipalhou
rece perigo imediato, é na realidtle
por
ti.smo se
democráticos
desçoaos
processos
horror
contemporânea,
o
raça,
impedir
d,
dc
História
opa»
a
Reich . Hitler não podia
mais temível — inclusive pelo fato
fraquezas
da submissão em
o
brem-se facilmente as
discussão,
princípio
sinoo
coisa
Uvre
outra
de
cstei planos
Não passa isso
ou amortecer a repressão contra o quinta-coda disciplina pasda construção.
Os
apologia
« promessas
a
vasas
ameaças
ordem,
da
nome
baier
du
iunismo em ação. Nem adiantará nada
mesmo de uma deformação
em
refusiíados
sistemas
descontentes jarõo
¦siva e mecânica, o desdém pelos
de examinar
mito do C3rtóSÍano
front
é visível nas maquinações
no
aquilo
que
liquidar
mo-isa. e os íoidados
e
pelos
simples,
de governo, o fanatismo
isto é. uma ficção pura e
aquilo
no
intacto
qiu.
equipados
p:esentativos
melhor
deixar
rw.so
estarão
do inimigo, se vamos
etc, etc.
separadamente,
etc,
coletivos,
complicada
e
ma
individuais
rvisto.
ininverno
ar,
mitos
próximo
simpues.
é invisível a olho nú. mas que está no
isto e, uma ficção pura e
os homens que podem mais direta-
Por RICHARD LEWINSON
CONCiENClAS
DE
MOBILIZAÇÃO
ASTROJILDO PEREIRA
.HITLER
PROCURA
UM
AL3BI
são
Ora. as ficções simplistas
cômodas.
mais
sempre as excusas
simp.ifiHi.ljtar, grande mestre da
servir
se
em
demorou
ca<ão, não
as
encontra
de'**-" método para
fracasverdadeiras razões de seu
se*Naturalmente,
Rússia.
so na
e!e
do um eleito da Providência
tor
de
erro
não pede se atribuir o
ano
passado, a
no
come-cu-Jo.
tarde e dc
muito
guerra na Rússia
oater a
ela.
com
r.r.o to» pedido,
Deus
inverno.
vitória antes do
o
e
erros,
cometer
rjéo
pode
inMas o
Fuhrer tombem nao.
checou
fri-.
terrível
o
verno russo,
dc hada
que
cedo
ma.s
um mês
esta
bito. e por esta razão, por
nao
alemos
única razSo, as forças
rusa resis5e*vc«a
p-idsram romper
o fuhrer
sn no ano passado, como
foi o que HiIsto
havia predtto.
alemão no
tler explicou ao povo
no Reicstag.
seu último discuto
I
i
sidioso c tenaz, a envenenar-nos o pensamenío e os sentimentos.
Há mil menos e modos, que as circunstânde dar
cias nos apresentam a cada momento,
Mas, de
combate à mentalidade filo-fascista.
toda a evidência, essa tarefa cabe em primeiro lugar aos homens cuja voz, pela posiçáo
.exercem,
que ocuvam ou pela profissão que
de influenciar a
possue maiores possibilidades
opinião pública. Exemplo admirável, neste
destes
sentido, é o que nos proporcionou, um
nudias, o general Manoel Rabelo, eminente
no voto
nistro do Supremo Tribunal Militar,
ali
julgado.
que proferiu em certo processo
tomou
se
paTratava-se de um caso em quc
raciais
de
preconceitos
lente a interferência
da quedeterminantes
tivos
nio
como um dos
da
questão, o gerela. Abordando este aspecto
c'aro.
neral Rabelo pronunciou-se de modo
"E' bem dificil que cU
firme e irrespondível:
Todos
mente influenciar a opinião pública do país
magistrados, professores, cientistas, escritores,
médicos, advogapoetas, jornalistas, artistas,
dos todos enfim que dispõem profissionalmente de meios mais amplos dc comunicação
e devem
com o grande público — deviam
ofereaproveitar cada opor'.unidade quc lhes
com a palavra
ça o ensejo de contribuírem
exíirpação dos germes
para a destruição e a
maléficos da ideologia fascista. Deviam e dee
vim iodos considerar-se combatentes ativos
vigilantes da frente ideológica, sobre cujos
ombros pesam responsabilidades que-, afinal dc
contas, não são menores ão que aquelas que
da
pesam sobre os ombros dos combatentes
total,
(rente militar. Estamos na era da guerra
em que a mobilização das conciências não è
menos importante que a mobilização das Jorças propriamente militares.
E DECORAÇÕES
INCONF UNDI VE
G 0 STO
PREÇOS MÓDICOS
/***
4Í?3*5?*»
_v-«**flS*'í*,J'l"-*",*=n*»^_
SUCESSORA
DS
MAPPIN STORES
PRAIA
BOTAFOGO,
DE
;i
3*50
PAGINA 16
Apelidos agradáveis e
desagradáveis — O Esreal
tôm ago,
estrada
—
ilicita
da fortuna
Uma ampla brecha nas
defesas contra os faísificadores — DIRETRlZES inicia uma campanha contra os crimes de
falsificação de gêneros
alimentícios e bebidas,
crimes esses que não só
debilitam a saude pública, como atentam
contra a economia popular e atravancam o
desenvolvimento industria! do país. — Reportagem de ARTHUR M.
PORTO.
agmmmMammtwm
s
ÃO PAULO orgulha-se de
muitas coisas e com justa
razão. Ali se concentra o
da
industrial
maior
parque
erguem
Ali
se
América Latina.
os maiores arranha-céus do
país. Ali desabrocham bairros
4W«,..»^./.•"./--J.'•.•».".'•>".•'•''"J-'-••''••<-•,^^
inteiros âo âia para a noite.
e
Dali saem quase 70% das renO fiscal surpreende em fingi ante um comprador no momento
falsifi
Paulo
São
das da União. Em
nasceu o maior pintor do Brasurgia como uma grande me- desenvolver-se uma das mais
sil, um âos mais notáveis ãa
rendosas indústrias âo crime:
trópole, um centro áe populaAmérica. Em São Paulo ecioa falsificação âe gêneros alição densa e cosmopolita, um
diu o movimento cultural mobromalogrande Eslado agricola que ra- mentidos e proãutos
demo que veiu libertar a literase encaminhava pa- lógicos. O estômago passou a
pid.amente
inâa
arte
brasileiras
a
tura e
ser a estraâa real àa fortuna
ra as vias da emancipação inesses
A
estrangeira.
jluência
ilícita. O nosso então incipiendustrial.
titulos mil outros poáeríamos
te parque industrial ainda não
acrescentar, inclusive o âe que
Mas — e aí surge a fatalidade cobria uma vigésima parte das
São Paulo é uma das ciáaâes
da tei a que aludimos — ao lanecessidades da sempre crêsvieram
áo
munâo.
aqui
bem
mais
do dos que para
policiadas
cente população. A maior parEntretanto, ao laáo dos titulos
com o sincero desejo de ganhar te ão que o paulista comia e
de "Metrópole áos Arranhahonestamente sua vida, vieram bebia vinha de fora. O nosso
"Paraíso
do Ouro VerCéus",
tambem os aventureiros de to- aparelhamento policial e fiscal
chaé
de'\ São Paulo tamhém
da espécie, homens para quem ainda apresentava todas as fa"Canaan
Falsificaâos
a
mada
o trabalho honesto é o maior lhas de um organis?no novo. E
dores".
obstáculo no caminho da forassi?n a crônica âa cidade foi
"Canaan dos Falsificadores"?
tuna.
se enchendo âe noticias que renão
Paulo
São
Então
Por que?
atentaâos
ignóbeis
O rápido progresso de muitos velavam
é uma ciâaáe de policiamento
contra o povo. Nos porões exdos antigos imigrantes contri»
modelar? Como se explica essa
aibuiu para aguçar ainda mais o cusos dos bairros industriais
contradição? E' quc, leitor, asapetite dos bandos de parasitas voreciam algumas grandes forSim como a miséria floresce ao
tunas, amealhaâas à custa âa
qua pululavam em torno de to
lado da riqueza, o crime se exponde paralelamente à lei. Nâo
existe a pena ãe morte nos Estados Uniâos? Em compensa"yangsção ali nasceram os
tens'A São Paulo tambem não
conseguiu fugir à fatalidade
dessa lei. E para isso muitas
circunstâncias concorreram, aigumas das quais iremos examinar aqui, pois das nos conâuzirão aos motivos quc deram
origem ao desagradável apelido
Falsificado»
de "Canaan áos
res".
O ESTÔMAGO —- ESTRADA
REAL DA FORTUNA
ILÍCITA
Quase quatro séculos depois
das suaves peregrinações ao
padre Anchieta pelas praias âe
S. Vicente é que se iniciou a
verdadeira arrancada âo proanos
paulista. Poucos
gresso
antes âo inicio do século XX
começaram a afluir para São
Paulo milhares e milhares de
imigrantes. Não só levas dc
brasileiros de outros Estados
partiam para a miraculosa Paulicéia à procura âe fortuna, como centenas de milhares de es
trangeiros âe toáas as origens
eram anualmente âespejaãos
no porto áe Santos. A fama da
•¦
fertilidade âa terra paulista
da operosidade e sentimento
hospitaleiro de seus filhos, espalhou-se pelos quatro cantos
da terra. Assim, pouco depois
do ano de J900, São Paulo já
m que se preparava par carregar
cadas
diz um ditado policial anglosaxônico. E isso o verificaram
em breve os falsificadores âe
gêneros alimentícios. A reação
contra os ãefrauâaâores áo lette, os "bateáores" áe mantetga, os fabricantes âe azeite puro ãe oliva, os inãustriais ão
legitimo parmezon,i foi violenta. O clamor público contra o
assalto áe que o povo era vitima, aliás duplamente vítima
na bolsa e no estômago, fez
nascer a Inspetoria ãe Policiamento áa Alimentação Pública
de São Paulo, destinada a liquiãar com a impunidade que
cercava os ãefrauâaâores. Desde então um dia não se passou
sem que um deles fosse preso e
multado, enquanto sua imprestavel mercadoria era destruída.
O nosso Código Penal veio ain-
algumas garrafas de bebidas
e nele descobriram, uma ampla
brecha nas âefesas do estorna¦¦
g0 popular. Essa brecha residia na inexistência de uma lei
que tambem punisse com cadeia
e processo os falsificadores áe
bebidas f Esses" quando surpreendidos, eram punidos com \
uma simples multa, seguida pe- I
la destruição ão material empregaão para a confecção âas
bebiãas com que envenenavam
o povo. Eureka! teriam exclamado eles, e lançaram-se à intensiva proâução de bebidas
de ioda espécie, impingindo-as
ao consumo público como de Jegitima procedência. O fabuloso
lucro que áaí auferiam, per mi- j
tia-lhes pagar as multas e suportar tranqüilamente a des- [
truição de suas simples montagens industriais. Mal as auto- y
ridades sanitárias lhes voltavam as costas, montavam de
novo as suas tendas, convocavam os seus cúmplices e recomeçavam o cômodo e extraordinariamente lucrativo comercio das falsificações de bebidas.
Vinhos, quinados, whiskies.
"maâe in Bragins e vermutes
sil", mas apresentados como se
tivessem sido fabricados na Es- j
cóssia, França, Espanha ou ltáUa, inundaram o mercado paulista. Nem nos Estados Unidos,
onâe a Lei Seca contribuiu mais
do que qualquer outra coisa pa-^
ra o florescimento do contrabando, c posteriormente âa falsificação ãe bebiãas, nem nos
Estados Uniâos, repetimos, a ói~
tuação era tão grave. Os exportadores europeus que comerciavam com o Brasil se alarma- j
ram. Uma das firmas estranmundialmente famosa,
geiras,
cujo comércio de vinhos com
o nosso país era dos maiores,
sofreu tais prejuizos que decidiu montar uma fábrica em São
Nestes porões imundos íoram construídas muitas fortunas à custa da ingenuidade e da negli
Paulo, esperando que, com o
gência de milhares de paulistas
barateamento ao máximo âe
ignorância e áa negligência ãc da. dar maior autoridade e eficas as atividades honestas do
seu produto, pudesse livrar-se
Estaão. São Paulo tornou-se a uma granâe parte âa população ciência ao combate contra os
da concorrência desleal e pcMeca áas mais inescrupulosas paulista. Muitas âxis fortunas falsificadores de gêneros de pririgosa dos falsificadores. Tal
ambições. A ganância, a esper- daquela época, ãiz a voz do po- meira necessidade, estabelecenproviâência, porem, de nada lhe
teza, a frauáe. a ânsia âe lu- vo, corriam sobre trilhas engra- do a pena de prisão e processo
valeu, pois vinhos rotulados coero fácil despertaram naqueles xaâos com azeite falso.
para os manipulaâores e comermo os ãe sua fabricação contidantes clandestinos.
aventureiros o espirito imagiBRECHA
AMPLA
UMA
NAS
nuaram a inundar o mercaão e
Mas, julga o leitor que o pánativo, levanâo-os a conceber
DEFESAS
FALCONTRA
OS
a sacrificar a saude dos consumeios rápidos para acumular
nico perturbou por acaso o raSIFICADORES
midores. O fracasso dessa inilucros.
ciocínio dos colegas de Albino
ciativa desanimou outros exporMas o crime não compema
Foi quanâo aqui começou a
Mendes? Estudaram o Código
iad
van
iria
R
cad
bitt
um
per
vin
dor
a c
os
as
Pa.
gêi
de]
vii
fa\
ra
tO(
lei
esi
po
do
CO
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dc
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rt;
P
&,
Ci
P
ti
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V
Q
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7
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j
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21/5/1942
IL^
,.-
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>,;>,*
-•
- va,%-:r.-íj£___j_i_^^
^ÍJ^_lAJ_^lí-S
PÁGINA 17
Um grito de alarme contra os falsificadores de
alimentícios e
generos
primeira
bebidas — A
investida organizada —
Os bebes não definharão mais — Comam
peixe e carne sem susfo — Mas os falsificadores de bebidas continuam ogindo — Vinhos
do Porto, Kumei, CoV e r m u nhoques,
tes, Champanhes e até
vinhos nacionais satindo de fábricas clandesespalhadas
por
tinas
—
Abeia
capilal
toda
ta ainda a porta para o
crime.
nos lutavam e venciam muitas
vezes as autoridades sanitárias
du Estado, empenhadas em defceJar o mai. que se expandia
E n q u anto
assustadoramente.
'
miinôes de paulistas em suas
fazendas de café, suas p.antações de algodão, seus campos de
arroz, suas fabricas de tecidos,
suas usinas de açúcar, seus laboratórios de química, construiam uma base para a granAo fundo os compradores, surpreendidos,
falsificadas.
bebidas
de
fábrica
da
desa e progresso do seu E tado
As garrafas sao abertas pelo próprio proprietário
aguardam a decisão da análise «uc irá ser feita
e do seu pais, uma pequena le-giáo de aventureiros constituiu
criadas
pela sua divida para com o povo
¦pouco, mas com uma energia
circunstá7icias
taãõres europeus que planejatio a escoria das correntes imi«
muito
dívida que
espera
pabrasileiro,
DIRETRIZES
guerra,
moralisua
ação
a
inflexível,
gratrias que para aqui se dirivam montar aqui suas indúse
estimula.
da
honro
uma
mais
parte
assim
E
par
giram, estudava todos os meios
zadora foi se fazendo sentir.
irias.
para a conquista da fortuna rahoje, os defraudaãores e falsipida, para a acumulação vertiMast a ganância dos falsifificadores de gêneros de primeiginosa cie lucros ilícitos, mas íacadores não tinha limites. Shra necessidade constituem
bul'.ses
büamenie viram-se à frente de
Esta situação acabou por unconstanteum reduzido grupo,
por ao governo estadual a newn competidor extremamente
mente acossado pelas autoridaccssidade ria criação de um crperigoso para eles-, a indústria
ács sanitárias, que contra eles
gani-ino especia* qu..: sc meumvinícola nacional. Os falsificacissi da iiscalizív; »' oa alimendispõe üe uma lei forte e petacão
dores não hesitaram: passaram
pública — o setor mais
sada.
infestado pela praga cios falsia adulterar e falsificar também
ficadores — vigiando sanitáriaOs manipuladores de bebidos
os produtos nacionais. Um dia
mente a produção, industrial!falsificadas, entretanto, ainda
as autoridades sanitárias dc São
zação, o comercio e o consumo
alguns
seu
em
poder
manleem
dilidas substâncias alimentícias e
e
feliz
Paulo, em rumorosa
extremamente
perigoredutos
das bebidas, com a fiscalização
gencia, conseguiram localizar e
instalações e funcionamendas
coe
sos. Apesar da dedicação
deter uma enorme derrame cie
estabelecimentos inausto
dos
responsáveis
pela
dos
rogem
Sul,
do
Grande
vinhos do Rio
triais e comerciais, assim como,
ae
a
sanitária,
falta
do estado de saúde dos seus
fiscalização
falsificados com matéria eode
Em 1925 nasceu
impede
os
manipuladores.
legislação penal
rante venenosa, espalhados por
da
Policiamento
de
Serviço
o
uma ação decisiva e arrazadora
todo o Estado. A falta de uma
Estado
cio
Pública
Alimentação
contra aquele persistente inilei severa, porem, inutilizava
de S. Paulo, com a incumbência
do
povo.
saúde
da
migo
levar a bom termo essa misde
resdos
esse esforço louvável
são.
ponsaveis pela saúde pública
Muito já se fez, mas muito
Até então o Laboratório de
destruiNovas garrafas,
aos
falsificadores:
de
impostas
brios
úo paulista.
Os
Analises do Estado, criado em
ainda há a fazer.
Uma diis únicas penalidades
fabricarão
de
material
dc
seu
cão
1892, incumbia-se da fiscalizariograndense
contendo vinho
uma cidade como São Paulo,
ção cios gêneros alimentícios.
falsificado, surgiram nas prauma das principais capitais do
NÃO ligeira digressão biblico-gasfroFRANCÊS
das análises fazia as busUM
Alem
QUE
nômica, terá você, leitor, o ditelciras dos armazéns e bares
a inspeção dos alimenmundo, não podem e não decas
FUNDA
BARRA
para
DA
SEJA
reito de desconfiar das bebidas
como procedia a inubem
tos,
aventuda cidade.
de
à
mercê
vem ficar
lhe servem? Sim, responque
dos deteriorados ou
tilização
O freguês senta-se á mesa de der-lhe-emos nós, esse direito
inescrupulosos, para quem
reiros
condenados. Mas S. Paulo crêsMuitos gêneros de primeira
um restaurante do Rio, e, não não só lhe cabe, como é justo e
o dinheiro
é
única
a
pátria
e por isso os próprios inspecia,
raro, ouvimo-lo exclamar:
necessidade não tem entre nós
lógico.
sua
a
dando
lhes
sanitários passaram a faque
tores
se
pouco
Traga-me um bom vinho
falsiintensa
de
o consumo apresentado pelo coanos
Anos
c
fiscalização, cumulaaquela
zer
a
e
saúde
conquista arruine a
francês, mas que seja legítimo, ficação de bebidas e numerosos
com as demais sertivamente
márcio de bebidas. Entretanto,
economia de milhões de pessoas. ouviu?
contribuialimentícios,
isto é. com o
higiene,
viços
de
begêneros
inexplicável
Não
parec lei, por uma
seja legítimo?
Que
contanto
consumidor
no
já
criar
ram
imprensa,
que
A
para
policiamento dos domicílios, os
ce exquisita essa premissa? De brasileiro
nignidade, não considerava as
dc
espirito
um
permadesmédica
serviços de vigilância
tribuiu para a alimentação
quem desconfia o freguês? Do nente suspeita. DIRETRIZES,
bebidas como gêneros de pritransmissimoléstias
as
contra
se cancro social e econômico, gareon, do dono do restaurante nesta série de reportagens, que
os de imunização contra a
veis,
meira necessidade. A saúde do
acresPor
fabricante?
ou
do
que
sempre representou dignamenapreseninicia,
agora
procurará
e outros.
varíola
ele, geralmente, uma irôpovo vivia ameaçada, o fisco
de guardiã dos centa condicional:
tar o problema da falsificação
seu
te
o
papel
Evidentemente um acúmulo
nica
era prejudicado, a indústria naOs fatos
ita- de bebidas em S* Paulo, sem dúdo
—
interesses
vinho
povo.
bom
um
tantas obrigações impedia
de
Quero
vida o maior reduto desse» cocional sofria a concorrência dos
os abnegados inspetores sanesta pequena repor- liano, mas quc não seja do Be- mercio clandestino. Hoje publique
narrados
esindústria
a
ilegais,
enfrentar
mtários
porões
pudessem
tagem indicam, porem, que ain- lemzinho.. .
caiemos o passado e o presente
munimeros
bem
nossos
vantajosamente
trangeira fugia dos
A prova do bom fundamento da luta travada entre o crime e
muito para se atingir
da
falta
lalbandos
de
sagazes
e
ciados
da desconfiança do freguês re- a lei, isto é, entre os falsificacados, para onde poderia iransD1RETRIE
estrada.
da
engordavam
Esses
sificadores.
o fim
side no próprio fato de só ex- dores e as autoridades sani táplantar as suas próprias mádia a dia, enquanto os fiscais
orgulha, ãe nela ingres- cepcionalmente um garçon exal- rias. Nesta reportagem os nosse
ZES
acondo
exemplo
a
que
emagreciam sob o fardo de tanquinas,
sar hoje, iniciando a publica- tar-se com essa desconfiança. sos leitores encontrarão os moindustriai
ta responsabilidade.
outras
um
como
teceu com
tivos do direito que lhes cabe
uma série de reporta- Ele parece aceitá-la
de
ção
Com a organização, porem.
desconfianuma
fato natural,
de desconfiar das bebibdas que
mais felizes. Enquanto isso,.os
Inspetoria de Policiamento
sobre o problema da falsi- ça da qual ele mesmo participa. consomem. Esperamos, por isso
do
gens
Pública teria
Alimentação
falsificadores viviam impuneda
alimentícios,
encontramos
garde
vezes
a
Muitas
gêneros
mesmo, que, concordem com
ficação
verdadeide fisca.ifase
amontoavam
nova
início uma
mente,
bebidas, em São çons que não se atrevem a dis- solução final por nós apresenespecialmente
os de1925
diante
De
zação.
em
com um freguês, esperan- tada. solução essa que nao é suros tesouros nas contas corMostrando como se vem cutir
enfrenPaulo.
teriam
fraudadores
que
do que a experiência deste consomente por nós, mas por
rentes dos bancos, e. até consetor um serviço permanente e
a guerra contra, os firme ou não a legitimidade da gerida
processando
responsados
alguns
principais
na
vigilância dos
sisfemáticü de
guiam privilegiada posição
expondo ao pú- procedência do líquido por ele veis pela saúde pública do pais.
falsificadores,
nela
expôsdas
bebidas
alimentos
e
verdade
que
E1
sociedade.
blico alguns dos expoentes des- solicitado. certos,
ao
entregues
tas
venda
ou
à
leitor,
do
que
Estamos
INVESTIDA
ingressavam pelas iiortas
A PRIMEIRA
sa vergonhosa indústria, suge- assim como noventa por cento
consumo. Casas de varejo e ataORGANIZADA CONTRA
fundo, mas para um falsificacado, fábricas de massas alipossam da humanidade, você também
medidas
que
rindo
serve.
FALSIFICADORES
OS
mentidas, de doces, cie conserdor qualquer porta
eventualmente contribuir paia aprecia um bom vinho, um suavas de origem animal e vegetal.
da ve licor ou uma saborosa cerdos
focos
esmagamento
o
viveu
no
de óleos e substâncias gorduroassistiu
Paulo
Paulo
mesSão
primeiE assim São
veja. Mas, quantas vezes a
perentrevistando
atoai
sas,
um
assim como fábricas de cerséculo
o
do
ro
quarto
falsificação,
ma dúvida não vem perturbar
muüos anos, com a sua econodos
refrigerantes, bebidas alconstante
vejas,
i
ecrudescimento
usude
sonalidades responsáveis pela seu prazer, impedindo-o
mia e saúde debilitadas pelas
e
a
sua
saúde
licores, vinhos, etc.
contra
coólicas,
saalentadas
uma
luta contra eles desencadeada, fruir completamente
que
de
Falsiiicadores
a ser visitados consfalsificadores
a
sua
economia.
experimenpassaram
só
Noé
quadrilhas
íislação que
e
tão
suma,
em
grave
agitando,
tantemente pelos membros da
tou rot alm ente em um mundo e riefraudadores de gèn-rros alinela se formaram. As ywssas
amtamais
como
e bebidas, tal
atual problema, que
em que ainda não havia falsifi- mentícios
autoridades sanitárias, porem,
"foootleegars" uorteamericatl^M-tUuua, uu 1«J ih^S-l.
esta
os
os
encerrar
devido
torna
E,
cadores?
para
çador ai7ida se
Pouco «
não desanimavam.
I
sajjs
p.j^wa*,.»»*^^
,,
- .^j&Uníí&^^
PÁGINA 18
(Continuação da pg. anterior»
Policia de Alimentação Pública. As feiras, os mercados, os
vendedores ambulantes tambem não escaparam ás batidas enérgicas e freqüentes da¦queles fiscais. Ao lado destes,
legião de .médicos, inuma
do
cumbidòs
policiamento,
procedia à inspeção dos generos entregues ao consumo público, colhendo amostras para .
análise do.s suspeitos de alteração ou adulteração. Dos laboratórios saiam depois as
sentenças. Em caso de eoudenação, o Serviço dc Policiamonto da Alimentação Pública procedia à apreensão e inut-lização dos gêneros condenados.
OS
BüiSÉS NÃO DEF!NHÂR'Â'0 MAIS
Desde n mai.s modesto fabricante de macarrão ao mais
poddroso fabricante de bebidas. todos os comerciantes e
industriais honestos exultarom com a'criação do Serviço
de Policiamento.
Assim, não
¦só teriam oportunidade de provar constantemente
a boa
quo lidade dc .seus
produtos,
como poderiam esperar que se
vissem livres de uma vez dos
seus concorrentes clandestinos.
Um do.s primeiros setores a
sentir os efeitos da nova organizacão fiscalizadora, foi o
mercado do leite. Este é um
alimento sujeito ã fiscalização
diáiia, pois são enormes os periços que podem advir da inclusão de impurezas ou substâneias estranhas ao seu contendo.
a
Não havia ainda
obrigação da pasteurização do
lei^e. sendo este produto entregue ao consumo
público,
parle crú, fornecido pelo.s vaqueiros da capital, e parte pasteúrizado, procedente das uslnas do interior do Estado.
Mas, apesar , da nova fiscaligação, as mães paulistas continuavam a queixar-se. seus
bebes definhavam, seu filhos
enauliam
com
certa
repujrnância o leite que lhes era
fornecido.
Mai.s tarde veio a
se descobrir a origem da má
qualidade do leite ingerido pelos paulistas. Verificou-se nue
dentre os debanhos existentes
nos cstábulos dos arredores da
num total de 10.000
capital,
cabeças, havia um coeficiente
de infecção de 4.000 bovinos
ou sejam, cerca de 40 por cenreagentes à tuberculina.
to.
Não era atoa
que os fiscais
sanitários clamavam contra o
alto coeficiente em germes do
leite crú distribuído em São
Paulo. E esse coeficiente amcrescia devido ao
da mais
acóndicionamento do leite ser
íeifco pelos próprios vaqueiros.
etn seus estábulos, »sem os mennfes cuidados de higiene. Por
outro lado, a percentagem de
fraude pela adição d.e água ao
leite era muito elevada, embora a fiscalização aumentasse
sempre a sua vigilância.
em
Só treze
anos depois,
foi o problema
fins de 1938.
enfrentado corajosamente, é
vencido, o governo paulista,
do
atendendo às solicitações
Departamento de Saude. instüuiu. nor ato
legislativo, a
pasteurização compulsória do
leite entregue ao consumo público. Depois disso o leite meIhorou consideravelmente, baixando amplamente o seu conteudo microbiano, conforme o
provam os exames bacteriológicos semanalmente procedidos
Adolpho
pelo Instituo
Luiz. do Departamento
de
Saude Pública.
Registrou-se assim a primei.ra grande vitória obtida pela.
Saude Pública. As mães de »São
Paulo já nao teem tanto que
temer neio
desenvolvimento
físico de seus filhos, embora
ainda haja medidas a tomar.
COMAM
PEIXE E CARNE
SEM SUSTO
matadouros, o veteriNos
nário procede à inspeção prévia das rezes que vão ser ababasta.
tidas.
Mas isso não
responsáveis
os
pela
pensaram
saude pública. Assim a carne
passou a ser fiscalizada, dia-
»
namente, no.s próprios açougues* Evitaram assim os médicos distritais que fossem enpúblico
tregues ao consumo
estado incipiente
carnes em
de alteração. Nada de vender
carnes sobradas,, do dia anterior, foi a ordem, ordem essa
tambem ^ aos
que se dirigiu
açougues existentes no próprio
Mercado Municipal.
Mas, muito mais difícil que
a fiscalização das carnes, é a
do peixe. São grandes as diíicuídades de conservação do
produto pelo frio, enquanto as
aparenteembora
viaturas,
mente isotérmicas, não satisfazem os requisitos de ordem
sanitária para garantir a sua
integridade. E ainda há o sol,
cujos raios deterioriam fácilmer;te o pescado, procedente
de Santos ou do Rio de Jarieiro, e exposto »ã venda nas feiras. Para que o pescado permáneça fresco, é indispensável
que seja mantido em baixa
temperatura, o que não é possível com simples viaturas isotérmicas, como as que ainda
hoie são usadas
de PoliciamentoO Serviço
da Alimentação Pública estucuidadosamente o caso.
dou
Não desejava prejudicar nin• guein. A única .solução enconi.i ada foi a de condenar a vonda de pescado nas feiras. Mas.
não basta destruir, e preciso
de
ciar. Por isso a Polícia
Alimentação propôs á Prefeílura da Capital que se aboiisiucremense esse comércio
tandó-se a instalação de peinos diversos
xarias
bairros
onde
o peixe,
paulistanos,
mantido nas câmaras fri^oríficas, oferecerá
as condições
necessárift.s c indispensáveis à
sua perfeita conservação.
No dia em que essas-peixarias forem
disseminadas por
todo.s o.s bairros, como é de se
prever para breve, poderemos
exclamar:
— Comam
neixe e carne,
sem susto, paulistas.
Essa sp rá a terceira gramle
vitoria do Serviço de Policiamento da Alimentação Pública. pois a segunda foi obtida
nas feiras-livres,
que depois
de 1033 passaram a ser lugares limpos e areiados, com o.s
feíranfcès higíenicamenfce vestidos e com sens armários cercados por vitrines adequadas,
que protegem os gêneros alimentidos d? poeira e dos moscas, os dois maiores intmSsos
da boa conservação dos laticimos, doces, conservas 5. carnes preparadas quc são vendidos nas outrora anárquicas
feiras-livres.
JOHN HA?G HM SANTO
AMA RO E VINHOS DO
PORTO NA BARRA
FUNDA
Os fiscais sanitários não heaitaram um minuto. Dei:?*»ram o seu carro ao lado do
de Congonhas.
atual Campo
situado á margem; da
An1 o
Estrada de Santo Amaro, e dirigiram-se resolutamente oara
o que parecia ser uma fábrica
de bebidas. Nela ingressaram
e foram denarar. atônitos, com
uma perfeita fábrica cland-sstina de whisky e outras bebidas alcoólicas. Sobre ns prateleiras da. fábrica acumula.vam-se
dúzias de legitimas
^hn
pcarrafás
d<
wmfri",
Haig". oli mesmo fabricadas.
— Quantos e quantos cavalheiros não terão pago nor essa droga falsa o rossmo nre-ro
oue pagam neio legítimo whísk.y escossês ? teria perguntado
de al par si um dos fiscais.
Diligências como
esva e^ehem o.s arquivo--» da Poh-cia
de Alimentarão Páblioa, V%mos enumerer ale um as eom o
intuito de exemnlifiear r*neo.?,s
a gü-en+esca luta travada entre os seus membro»5, c os cornverdadeiro paponentes do
raiso de falsificadores que se
localiza em São Paulo.
Em 192'5. iim ano depois de
criada a Polícia de Alimentacão, foi fechada no bairro do
Inira.naa unia grande fábrica
d.e Vinho do Porto. A.'i sc con.feccionava o produto com tod'í«s as características do vinho genuíno. Os fiscais apreenderam todo o materi"*! destinado a falsificação.
Carre-
21/5/1942
S
D USTKIZE
na rua Joaquim Murtinho, estava um outro colega do fabricante de Kumel. Este Iabricava conhaques, usando alcol e corantes em vez de vinho. Ele sabia que a lei manum
da que o conhaque seja
mais
isto
é,
vinho,
de
distilado
vinho
concentrado.
tío que
Mas ete tambem sabia que o
apressado ingeridor do cálice
de conhaque não conhecia a
lei.
Acreditamos que todo o espaeo que dispomos na revista
nãò será suficiente para o arrolamento de todas as apreensões e destruicões efetuadas
pela Polícia da Alimentação.
E isto desde 1926 até o momento atual. Em 1937 foi fechada uma fábrica de vinho
do Porto "Adriano Ramos PinNeto", na rua Conselheiro
bias, onde foi apreendido nao
.só o produto como as matrizes
comsigo mil
gáram tambem
c a i x a s contendo
"PorLo garrafas
da Recheias cie falso
e
serva", rie Ferreira Netto
Companhia, de Vila Nova de
Ma.s o dono
Gaia", Portugal.
não
fazia muidesta fábrica
ta questão de nacionalidades.
Assim o.s fiscais foram encontrar aií uma grande quantidamanipulado
de de vermute, "Juliano",
de
de
sob o nome
como
assim
Itália,
Torino;
"'Pervillcr",
uma champanhe
uma marca fantástica que
nunca existiu na França.
Ano não se passava sem que
dezenas de apreensões e desfossem
de material
truição
afetúadas pelos fiscais sanitários. Ma.s, os falsificadores
respondiam a cada golpe com
um novo contra-golpe. A Policia de Alimentação fechavalhes uma fábrica aqui, abriam
outra acolá. Tornou-se famo-
'¦¦^W^Í^i:fW^m^^r'z
''¦<:- ¦'$-''* r'»^J^W -¦ ''y<^$$<?£il*l
^P*M*^w^ ¦^^T^^^K^*^f'Z.y;.z'yZZ'y
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'i''¦¦¦*twwli0™
•f?^-.â^^^^^^^^t%^*^^^^PIM^ : /
•^...o <» ^»»»<y'^<»«/^»^
A etiqueta é verdadeira, uvas o vinho é falso
so o car-io de uma célebre firma. estabelecida á rua Conselheiro Cotoírine. .Ali se fabricava "bitter". cacau, vermute,
A sua
conhaque.
quinado,
tanto
fwuezia era enojme,
no Rio como em São Pau.lo.
Um dia. a. Polícia de Alimené fechou.
tacão a localizou
TJm a?1 o depois, essa mesma
falsa distilaria, aoa receu .sob
outro nome, em outra
parte
de São Paulo. Continuou empregando os mesmos nroce»s»sos
de sempre: u»so <i^ corantes e
anilinas nos produtos, venda
do produto sem .selo. etc. Pois
bem, f;>i novamente fechada
para reaparecer rm-ses den^ls
.sob outro nome 1 Hoje essa fábrica
funciona iá sob outro
nome e continua inundando o
mereo.do com cacau anibnado.
Ainda recenteemnte ali e«tiveram, na fivma Salazar &
Rama. os fiscai.s do Im.ocsh.) de
Consumo e da.
Alimentação
p-*'*!ivira, estes tendo à frente
médico, dr. Ernáni
. o ilustre
Max. e lá procederam a rumorosa' diligência, cuios orincipais
asneetos
focalizamos
nesta reportagem.
Entre outros comoradores.
lá estavam adqui:indo produtos falsificados, par uso próprio ou para revender a terceiros, os srs. Felisberto de
Castro Moreira.. J:\cob Schurr,
Rodolfo Fest Filho. Pedro Meiz
e José Feluccio todos logo detidos e chamados '^ clenor pelas autoridade»s
ss.nitá.rias e
fiscais presentes.
O preço pelo qual adquiriam
o produto ? 23-300 o litro, coni
23 %
abatimento
de
para
comnras acima de 50 litros !
Eis oor quanto lhes vendia a
Distilaria Vitória, o "bitter". o
cacau, o vermute, o quinado e
até o conhaque de sua fabriisso.
cação ! Emtanto
um
bom produto,
sem anilinas,
corantes ou drogas preiuidi(•.'".Z/a ã f-3vr}.-a. e ni^vo de tabricação
nacional, não node
ser vendido por menos de 8$,
a !6<5 o lüro.
E o Kumel, o finíssimo licor ? importar do estraugoiro ? Unar o bom n.roduto nacional ? Para aue ? E um oia
foram encontrar em olaria rua,
Ministro Godói
uma fábrica
clandestina
do Kumel, cora
amear cistaüTiaclo e colocado
dentro de garrafa.-; rotuladas
com a "'•arca do legítimo produto ! Mas, não muito longe,
para a impressão de rótulos,
envoltórios, caosulas e demais
materiais utilizados na falsif*>*^ão. üma compita fábriAliás, um
calito-tipografia.
ca.so mais ou menos idêntico
a esse, pa»ssou-se na rua dos
Numa fábrica
Sorocabanos.
de bebidas "perfeitamente legalizada" foi encontrada uma
com os se.série de clichês,
dizeres: "A G " —
Kuintes
—
Bisquit-Dubouché e Cia
Jarmac — Um emblema do vinho do Porto Adriano Ramos
Pinto Caosulas próon-.-is ^>ara o fechamento de garrafas,
ehaoas com o.s dizeres — "Sao
Faulo-Via Santos", destinadas
o outros,
à marcação de caixas,"Cinsano",
ajam de rótnlos de
"Fernet Branca". "Salamaneive", "Cognac fiT1- champa"D'Artagnan
gne, L» Godim".
Cognac" e uma infinidade de
estava
outros. Como vemos
bem munida es.sa fábrica "legalM_
Mas o caso mais .sensacional
é. sem dúvida, o que se refere
aos trabalhos efetuados nela
policia sanitária d.e S. Paulo,
em co'aboração com a.s autoridades do Rio Grande do Sul,
de
centro
locahzando
um
adulteração de vinhos gauentão, aue
c;io»s. Aourou-se,
tratoda a bem maquinada
ma era executada num arma•zem da praça A-^vedo Jun.íor,
em Santos,
onde o nrodu-^o,
com
vir-a,em., era adulterado
matérias corantes,-preindiciais
à saude. Tratayá-se d"w uma
quadrilha de nerfeito.s "Topazes Mirins" no Brasil.
A PORTA ABERTA PARA O
C5NME
Ma.s. con.çolff-se,
leitor assustado, se Iodos es^es casos
provam a incrível audácia dos
fa-sificantes de bebidas, provam
tambem
a formidável
luta ave contra elcs sustenta.mi
os inspetores sanitários, a.uxiliados muitas vezes pelos Inspetor„a,s de cousuit-o. que aaem
no terreno r'* fraaide fr^ca1 em
nue o--* falsificadores são useiros e vezeiros,
Em poucos na!avras poderemos
descrever
as benéficas
conseqüências advindas da incansavel atuação desse grupo
de dedicados sei vidores do
púb-ico brasileiro. E'n 193»S o
Serviço
de Policiamento
tíe
pública foi reAlimentação
organizado e seu pessoal aumentado. E.s.se acréscimo de
para
auxiliares contribuiu
uma imediata melhoria no saneamento da indústria de beparticularbidas em geral,
alcoólicas,
graças ao
as
mente
das
ststemático
policiamento
municifábricas existentes no
dapio da Capital. Os últimos
sobre
a
dos
que colhemos
desse
gêfalsificação
fraude e
nero de bebidas, isto é, dos vilicores
e
compostos
nhos
amargos, acentuam que, de 90
era antigapor cento como
hoje
para 10 oor
mente, baixou
BromatológiPosto
O
cento.
cos, que o Serviço de Policiamente de Alimentação Públiem Santos, não
ca mantém
deixa passar por ali nenhum
vinho, .seja nacional ou estrangeiro, sem examiná-lo convenientemente. Os vinhos paulistas, procedentes de .Tunrhal
e São Roque, só são entregues
ao consumo, depois de devidainspecionados
pelos
mente
Postos Biomatológicos locais.
Por outro lado o Serviço de
Policiamento colhe semanalmente amostras nas fábricas
da capital, entrega-as à analise bromatológica, evitando
assim a possibilidade de seaqueles prorem fraudados
dutos.
Mas, como já vimos na lnreportagem,
trodução de.sta
saniesforço
enorme
esse
todo
tário vive sob a constante
ameaça da porta aberta que
resta aos falsificadores de bebidas. Enquanto os defraudadores de gêneros alimentícios
— como ja se viu em dezenaí*
de casos — sofrem
pesadas
multas e processo
penal, os
falsificadores de bebidas náo
ficam expostos a nada dts.so.
A jurisprudência de nossos tribunais não os torna incidentes
em penalidade de ordem criminai, devendo os infratores
serem punidos de acordo cora
os suaves regulamentos sanimuitas detários. Por isso,
núncias encaminhadas
pelo
Policiamento de Alimentação
às autoridades policiais nara
respectivo inquérito, decaíram
em juizo, dado o critério aludido.
Não lhe parece absurda, leitor, e,ssa excepção ? Não acha,
como nós, que se deveria, urgentemente, não só aparelhar
ainda melhor as no.ssas autoridades sanitárias, como muni-las no setor das bebidas
com as mesmas prerrogativas
penais de que goza o combate
aos falsificadores e defraudadores dos gêneros alimentacios ? Sem essa indispensável
medida o crime continuará
campeando. Simples multas e
destruições
nunca
poderão
destruir uma nefasta indú.stria que aufere lucros capazess
de comnensar quaisquer orejuízos. A cadeia é o único lugar para onde devem ser encamlnhados tais falsificadores.
Estamos certos,
leitor, nue
está de acordo comnosco, assim como estamos certos que
partilha de nossa admiração
excepcionais
»serviços
pelos
que vem prestando ao nosso
povo o Serviço de Policiamento da Alimentação Púbica.
Mas, achamos que ainda há
muito a fazer. E' nesse sentido., que DIRETRIZES lançouse a esta série de reportagens,
orientadas pelo nosso programa de colaboração com o poder público, na solução dos
problemas que mais de perto
disem resneito aos interesses
do povo. São Paulo deve deixar de ser a "Canaan dos Falsificadores" e para isso devemos contribuir com todos os
elementos
ao nosso
dispor,
desenvolvendo
esta
ca.m-\anha, para cuja maior euciência acabamos de entrevistar o
dr. Tuoy Caldas,
diretor da
Recebedoria Federal em São
Paulo. Em nossa próxima eçlicão, os nue nos lêem, terão
oportunidade cie conhecer as
onortun.as declarações do dr.
Tuny naldas e cio dr.
israe!
Brandão, um de seu^ mais diOuviremos,
gnos auxUiarcs.
ainda, a respeito, o oróorio sr.
SaFes Gomes, levando a seguir
o nosso inquérito até ás ma.i»s
altas emVirj.àades cio Estado s
da República.
¦^^s^i-tmK^uu^ííix^^i^^ii.x ¦^mimi^mísmmmuiii
""\T
21/5/1942
DIRETRIZES
Pelo Professor GEORGE BIDLLE
Perante uma seleta e numerosa assistência realizou-se
no Instituto Brasil — Estados Unidos
uma
conferência do
norte-americano,
e
sr. George Bidlle que,
professor
pintor
num gesto de simpática gentileza
com o nosso país,
para
a
sua
Pela importância
pronunciou
palestra em português.
dos seus conceitos e pela lição que ela encerra para a arte e
os artistas brasileiros resolvemos publicar aqui aquela conferência, cujo interesse deve alcançar tambem as outras classes
culturais do Brasil.
digo que durante
os últimos dez ou doze
QUANDO
anos a arte nos Estados
Unidos passou por uma íase de
renascimento, refiro-me à onda
de interesse em coisas de arte
que invadiu o país inteiro, e á
mudança de atitude não só dos
nossos pintores e escultores, mas
igualmente dos críticos em re*ação à arte e ao próprio conceito
de vida. São fatos registrados,
realidade. Por
de indiscutível
outro lado, é matéria de opinião
pessoal atribuir ao movimento
art.stico nos Estados Unidos ounsiderações de importância. Por
mim, não tenho interesse em entrar em discussões sobre t::--tc aspecto da questão. Esiou, sim,
profundamente interessado nas
tendências manifestada;: em nossas obras de arte, bem come» °.ra
seu conteúdo — no qae os nossos artistas procuram piopcrcionar ao público.
À guisa dc introdução quero
apresentar um breve resumo da
p.ntura norteamericana desde o
começo do século. Desde o ano
de mil novecentos muita água —
e arte — passou por baixo da
ponte. Naquele ano Vitória ainda ocupava o trono da Inglaterra. O Czar Nicclau e Guilherme
Segundo eram moços e William
e Henry James estavam no seu
auge, sendo que o pragmatismo
deveria ser puolicado uns sete
anos mais tarde. Sinclair Lewis
ia à escola e Ernest Hemingway
era embalado no berço. Em Paris, muito raramente, avis.ávamos uma "carruagem sem cavalo". Na Europa reinava a paz,
em termos.
Na América do Norte as exposieõés anuais na Academia de
Pcnnsyivania em Phladelua e na
Academia de Desenho em Nova
York, constituiam os acontecimentos da estação. Os nossos
Mary Cassatt,
pintores, como
John Singer Sargent e Gari Melchers eram mais conhecidos en:
Paris e em Londres do que na
pátria. Um pequeno grupo rebelou-se contra as fórmulas técnicas do impressionismo francês e
contra os nus mornos, sub-adolescentes, das nosass academias.
Insistiram com veemência sobre
a realidade da América çrntemporânea com os seus cortiços,
cenas de rua, trapiches, tavernas e fábricas. Tornaram-se conhecidos sob a denominação de
"E-rcola da Lata do lixo". Daquilo que hoje chamamos arte
.moderna nada existia.
Então, em mil e novecentos o
..treze, a famosa Exposi;ão da Ar_
mory (Quartel da Polícia de Nova York), produziu enorme -sensação, fora escolhida, organizada
e trazida principalmente de Paris por um grupo de jovens pintores e intelectuais. Poet-lmpre.snéo - impressionismo,
sionismo,
. cubismo, futurismo, vorticismo;
os -escultores Lehnbruck e Brancusi, Matisse, Picasso, culminando em seqüência lógica de Goya,
Daumier, Courbst, Degas, Gauguin e Cézanne, tudo isto era pelã' primeira vez exposto ao grande público americano. Cerca de
meio milhão de pes:oas visitaram
, a exposição em Nova York; e depois ela foi tiansportsda de costa a costa através de todas as
grandes cidades. O público viu,
discutiu, refugou, mas nunca se
esqueceu. Foi diferente o efeito
sobre nós outros artistas. Consolidou-nos num grupo conciente, que percebia o movimento internacional florescente em Paris
antes da guerra. Muitos de nós
tínhamos estudado o modernismo em Paris, onde alguns haviamos participado do movimento.
Depois de mil e novecentos e
treze, adquirimos a conciência de
que formávamos um grupo de
americanos.
artistas
modernos
Éramos um
tanto dogmático,
exuberantes de ideais:
éramos
moços. Este grupo afastava-se do
ponto de vista de interesse humano da "Escola da Lata do Lixo" e não se mostrava disposto
a ceparticipar
das exposições
dos revoltados mais velhos da
década anterior.
Em mil novecentos e vinte e
um, ocorreu um fato, sem grande importância em si, mas que
constituiu um marco em nossa,
pintura. Um grupo de jovens artistas' de Filadélfia convenceu a
Academia de Pennsylvania — a
instituição mais importante, mais
tímida, mais míope e mais' acadêmica dos Estados Unidos --•
que promovesse uma exposição
de arte moderna. A arte moderna americana já podia ser
apresentada ao público. As galerias da Quinta Avenida pouco a pouco abriam as portas aos
novos pintores, mas ainda existia cisão intelectual entre o nosso grupo e os insurgentes do pe"ismos"
riodo
anterior.
Os
custam muito a morrer e cs modemistas permaneciam intransigentes até serem aceitos no mais
amplo sentido pelo público. So
então poderiam fundir-se com o
movimento
oontemporageral
neo.
Hoje esta lusão já se realizou
e uma outra exposição pode ser
considerada como símbolo desça
quase-maturidade, desta maioridade da nossa pintura americana. Na primavera de mil e novecentos e trinta o Museu de Arte Moderna de Nova York abriu
a sua primeira exposição de artistas americanos
vivos. Conquanto o aspecto geral dos trabalhos exibidos fosse acentuadamente moderno, ainda assim encontravam-se exemplos da piacidez mais' ou menos, acadêmica
de Kenneth, Hays Miller; o eco
do impressionismo de Allan Tucker, a sobriedade de sentimentalismo realista de Eugênio Speicher e de George Luks, a par
das francas abstrações de Clr.rles Demuth, Stuart Davis e Georgia O' Keefe.
O significado desta exposição
era qus a arte americana se
emancipara ao ponto de poder
abandonar os "ismos" e egotlsmos da sua adolescência. Dai
em diante preojupar-se-ia menos
com os estilos de expressão do
que cem aquilo que o artista tinha a dizer e a paixão e clareza
com que era capaz de dizê-lo.
Escolhi o ano de mil novecentos e trinta para marco dum novo desenvolvimento da arte noiteamericana por uma razão. Foi
este o primeiro ano do período
de depressão e a crise financeira
que nos assolou veio exercer sobre a arte estadunidenso influência mais envigorante do que
outro
acontecimento
qualquer
anterior na história do pais.
Enumerarei em breve essas rnfluências que durante os últimos
dez ou doze anos produziram
enorme efeito sobre as tendências da arte americana e que roram aceleradas pelo advento da
depressão. Em primeiro
lugar
temos aqui o despeitar da conciência social dos artistas americanos e o conseqüente afastamento do modernismo francês,
da torre de marfim e do conceito de "arte por amor ã arte' .
Em segundo lugar verificamos o
incremento da arte mural juncamente com a influência do grande movimento mexicano neste
terreno incipiente. Em terceiro
lugar mencionarei o. ponto certamente mais importante: o efeito
salutar do patrocínio que o governo federal começou a dedicar
â arte nacional e aos artistas
americanos.
Já alguns anos antes da depressão, e mais ou menos ao
mesmo tempo em que os mexicanos pintaram seus murais, houve uma espécie de renascimento
entre os nossos artistas mais novos da esquerda neste nobre
campo da arte, e é fato que durante algum tempo o movimento mural mexicano exerceu influência benéfica sobre a pintura em meu país. Grande numero dos nossos artistas viajou para o México, onde nos encontramos para trocar idéias a respeito
de Orozco e Rivera. Mais tarde
ambos estes artistas receberam
encomendas para executar murais em São Francisco, no sul ua
Califórnia, em Detroit e em Nova York.
E', talvez, natural que, ao seimos surpreendidos pela depressão — que atingiu os nossos artistas em primeiro lugar — fôssemos levados a ponderar sobre
a filosofia que formava a base
do movimento mexicano.
A história dos povos parece uidicar que as escolas importantes
de arte sempre surgiram nas
correntes de prosperidade econômica. For toda a parte onde a
arte mural alcançou plenitude
de expressão houve uma religião
universal — quer dizer, fé ou
objetivo comum — de que os artistas
juntamente
partilhavam
com todas as classes sociais. Ao
mesmo tempo estava à disposição dos melhores artistas o espaço necessário nas paredes dos
edifícios públicos onde pudessem
simbolizar as emoções oriundas
da fé coletiva. Esses requisitos
— o assunto edificante a emocionar as massas e as instituições sociais que pudessem proporcionar aos artistas o espaço
necessário â pintura e as respectivas encomendas — aparentemente formavam a essência da
pintura mural.
A experiência mexicana neste
terreno da arte clássica de que
estou a falar, evidentemente soíreu certas modificações. Os jovens artistas e estudantes mexicanos, ao regressarem em mil no.
vecentos e vinte e um dos aprendizados na Itália, na França e
na Espanha,
mergulharam no
idealismo da revolução. A cultura dos indios e dos aztecas forneceu o fundo sobre o qual bordàssem seus motivos sociais. Encontramos o impulso clássico para a inspiração. Um grupo de
artistas jovens de tendências liberais, uniu-se para fundar o
sindicato dos trabalhadores técnicos, pintores e escultores. Obtiveram os primeiros contratos
em fins de mil novecentos e vinte e dois. e estes eram baseados
sobre o espaço mural a cobrir e
oito horas dn trabalho diârro
com a retribuição média de ortenta mil réis (oito pesos mexicanos na-jiioles
dias).
Alguns
meses mais tarde a sucessão presldencial . implicou numa transformação do Ministério da Éducação. De todo o sindicato unicamente Rivera foi readmitido.
Parecia que a eminente irrupção
de arte nacional que floresceu
durante menos de um ano, estava terminada. Não obstante, dez
. anos mais tarde, milhares de estudantes norteamericano.s peregrinaram todos os anos para a
capital do México afim de examinar as referida.» pinturas. Sua
influência estendeu-se até a Europa e hoje o México possue vmte edifícios públicos ornados de
afrescos executados por artistas
novos, que, ignorados ainda na
década precedente, continuaram
a obra nas linhas nobres da tradirão coletiva e da liberdade técnica da expressão.
Os melhores dos artistas liberais mexicanos tiveram plena liberdade para executar os -seus
murais. Não pode haver dúvida
em que os mexicanos estavam
animados do fé c~letiva tão ardente quanto o.s sentimentos religiosos de outros povos, e que esJ^J^p-^Vre-g.UWí-jrxi-^iig^^
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PÁGINA 19
crítico no desenvolvimento da
tavam prontos para sacrificar-se
nossa arte nacional tivésesmos
O
movimento,
ideais.
seus
pelos
podido obter o apoio decidido de
porem, não emanava de maré de
mais de um homem cm alta poprosperidade econômica.
sição no governo, com a clara
Neste caso não foi essencial a
conciência do valor da arte em
abundância de riqueza que se
nossa vida social: o presidente
oferecesse em pagamento da arte
Harry Hopkin.s e Edward Bruce,
verdadeira. Na realidade as dese Holger Cahill que mais tarde
pesas eram mínimas. Tinha srdo
se tornaram os diretores dos dois
preciso, porem, proporcionar ao
artista' oportunidade para trabagrandes projetos de arte.
Não desperdiçarei o tempo com
lhar em ausência de censura, e
a descrição dos esforços, da corcama e mesa enquanto executarespondêncla, dos desapontamenva sua obra. Tudo mais era sutos, das intrigas, que parecem
isso
E'
aprendemos
que
pérfluo.
necessários para levar a termo
com os mexicanos. Durante o
qualquer programa que dependa
periodo de alta dos clássicos ciae intervenção humana e políticios econômicos artistas capazes
ca. Vou apenas expor, em traços
de conquistar o patrocínio dos
breves, a organização, o aparericos — em outras palavras: os
lho, e a obra até hoje real zada
pintores cujos trabalhos estavam
em moda — obtinham os preços
pelos dois projetos federais üe
arte. Foram parcialmente bascaque quisessem. O resto, que se
dos num memorandum que esarranjasse. Em. períodos de baicreví e enviei ao presidente, ao
xa, todos teriam morrido de fosecretário do Tesouro, Mergenme se tivessem continuado a
thau. ao secretário Ickes, ao sepintar. No México, entretanto,
eretario do Trabalho, Perklns, e
não houve o fenômeno do preço
a outras personalidades. Os ponde objetos de arte dependente
tos essenciais são os seguintes:
de aceitação popular e do gosto
PRIMEIRO — A importância
geral. Ali o governo se ofereceu
vital duma escola nacional de
para empregar, paganrio-lhes saarte mural, iniciada com o apoio
lários adequados, membros da
e a cooperação do governo ao
corporação dos pintores afim de
executar projetos benéficos. O
pais;
SEGUNDO — Que a liberdade
objetivo destes projetos consistia
de expressão do artista pode ser
em educar o povo na contemplagalvanizada para apresentar as
ção dos símbolos do socialismo
idéias sociais e econômicas que
americano — podem chamá-los
a atual administração procura
de propaganda, se quiserem. Na
realizar;
realidade, toda a arte vem a ser
TERCEIRO — Que num penopropaganda
quando é conslaedo de depressão econômica o gor "'i como estímulo das emoverno deve dar aos nossos artisções. Não pode ser outra coisa,
tes
a mesma assistência quo dá
humanidade
a
consiste
de
pJ qu.
aos trabalhadores doutros ramos
noventa e oito partes de emoção
de atividade;
e de duas partes de inteligência.
Todo a força da arte cifra-se
QUARTO — Que esta assistencia por parte do governo estineste apelo direto à emotividade.
mularã outras atividade
e que
Que possibil dade tinhames nos,
o movimento
tem justificação
nos Estados Unidos, de rivalizar
econômica e está de acoruo com
com a experiência mexicana?
a política oficial de favorecer o
Possuíamos abundância de taresabelecimento
das
condições
lentos jovens e anônimas. Disto
normais.
estava eu certo. Para obter eoA Repartição de Belas Artes
psço mural isento de censura
para os moços, era preciso que loi organizada por Edward i^rutsi;es sé sujeitassem a tr. balnar
ce em mil nr vecentos e trinta e
por salários de operários, e disto quatro sob a dependência da adtambem eu estava certo. Mas.
ministração de Obras Públicas
os Estados Unidos não possuíam
do Tesouro. Bruce tinha todas
mais a fé religiosa que ardera na
as quilificações para o empreennova Inglaterra do século dedimento. Havia sido advogado de
zessete; nem a fé politica que
gi andes companhias e banqueiro
nos sustentara através da revo- antes de começar a pintar. Era
lução e da guerra civil. A deum empreendedor, um idealista
contudo,
e um político astuto. Ele mesmo
tinha
feito
pressão,
muito per nós outros, artistas.
era artista de reputação. O seu
Tinha nos ensinado a encaiar as
bom gosto era universal. Merece
realidades da vida e a compretodo o crédito pela execução da
ender as nossas próprias necessiRepartição de Belas Artes. O
dades econômicas e o nosso poobjetivo desta repartição, em reder social. E os tiranetes monssumo, consiste cm despender um
truosos da Europa haviam inpor cento das verbas dos procutido em nós certa dose rie ódio
gramas de construção na decora-.
sadio e unificador. Os nossos arção dos edifícios, através da estistas repeliam a filosofia descolha acertada dos melhores artruidora dos fascistas e nazistas
tistas do país para o serviço.
tão intensamente quanto estes
Em quase todos os casos, estes
temiam a arte não censurada, a artistas são escolhidos por meio
liberdade e a democracia. Mas
de concursos. Se a decoração,
a fé negativa é insuficiente. E'
pintura e escultura, é de grande
necessário o ímpeto de energia
importância, o concurso realizado amor. Todos os artistas nos
se com extensão nacional, franEstados Unidos
tinham visto,
queado a qualquer um e anuncrurance a depressão, a vida soo ciado por editais oficiais. Em
aspectos desoladores ou trágicos certas ocasiões mais de quatrocentos artistas teem tomado parSabiam que ela podia oferecer,
te nesses concursos, cujas inserientretanto, justiça e beleza. Havia bastante para todos. Não
ções são anônimas. As comrssões
de julgamento, em regra gerai,
faltava nenhum elemento. Era
são formadas pclo arquiteto que
preciso que recompuséssemos as
projetou o edifício, um represenpartes que formam o esquema
tante da secção do governo a que
insatisfatório, da vida nacional.
Porque, entre aqueles elementos,
o edificio se destina, dois ou mais
artistas e um representante da
de qualquer forma, encontravaRepartição de Belas Artes, quase a visão da justiça democrâtise sempre tambem. artista, tal
ca e da saude espiritual.
como o próprio Bruce.
Ai, pois,
parecia-me existir
Quais teem sido as realizações
uma crença universal, ainda imda repartição e quais os seus
distinguida
perfeitamente
pelo efeitos sobre a arte americana?
público ein gerai, mus a quai o
Em junho de mil novecentos e
artista podia dar expressão nuestava a ponto rie conquarenta
ma linguagem que todos comprecluir novecen tas e cinqüenta e
endessem: a vida é triste e feia;
uma decorações ou em escultua vida pode ser bela.
ra, em oit.occ.ntcs e vuite e um
Em nove de maio de' mil noprédios distribuidos por setecenvecentos e trinta e três escrevi
tas e setenta e sete cidades riiáo presidente Roosevelt, sugeriufcrentes. Seiseentos artistas hado que a arte americana estava
viam trabalhado em setecentas e
bastante
amadurecida para a. quarenta e três obras terminainstituição de uma escola naciodas. Duzentos e oito artistas esnal de pintura mural. Escrpvi:
tavam trabalhando em contratos
"Os artistas moços
dos Estados
feitos com a repartição. Nesses
Unidos teem a conciência, como
contratos o governo dispendera
nunca antes tiveram, da revoluum milhão, trezentos e sessenta
ção social pela auál estão r>~v
e oito mil dólares, o que represando a nossa pátria e a civilizasenta uma média de menos de
ção; e estão ansiosos por expe.mil e quinhentes dólares por demir esses ideais numa forma de
coração. O simples
enunciado
arte permanente, desde que obdestes algarismos é hoje a mais
tenham a cooperação do govercompleta e impressionante justino". Isto foi exatamente dois
ficativa do sucesso do programa
meses depois de Roosevelt ter
da renartição; mas tem lugar
assumido o governo, num moaqui um comentário doutro gêmento dos mais sombrios da hisnvao. o emprego de mais de
tória do nosso país. Dez dias deseiseentos ait\stas em quase oipois eu recebi uma resposta em
tocentas
cidades
nos Estados
que o presidente mostrava o. seu
Unidos não custou ao eon tribuinteresse pela minha sugestão e
inte um vintém em novos impôsme pedia que tratasse do assuntos. Foi financiado pelo empreto com o sub-secretário
das
go de verbas votadas pelo ConObras Públicas. Os artistas amegresso
para a construção dc ediricanos devem muito ao fato de
momento altamente
que neste
(Contínua na pág. 28)
9 x
%V'i
i ni ü\je9&**®r'"'
"i'-n
linp-
¦ ••- •s-VTPV • T*r««-«'.' a
>..,.« ¦-*&-'i?ii!l!íi!ími?W
À transfusão de plasma
DR. CÁSSIO ANN ESDI AS
"A
•-
21/5/1942
DIRETRIZES
PÁGINA 20
NOTAS E COMENTÁRIOS
ORTALIDADE INFANTIL
DR. OSWALDO LOPES DA COSTA
transfusão de plasma"
O DR. C. ANNES DIAS focaliza em
«um problema de grande interesse e atualidade, em tace do momento
«m que vivemos. Docente da Faculdade de Medicina, autor de vários
Annes
tirocínio, clínico o Dr. C.
trabalhos cienrificos, com longo
1 Dias, no base de sólidos e modernos conhecimentos, aborda, no presente artigo, um assunto que deve merecer a atenção de nossas organix<]çõc3 e sociedades médicas.
cárias as condições de ampaDentre os termos usados em
ro à criança, revelam s-nbretutécnica sanitária, mortalidade
do uma deficiência alarmante
infantil é dos de emprego mai*
do registo dos nascimentos.
corrente em meios outros que
Como campanha que deveria
e
de
não o de saúde pública
tomada a peito por todos
conser
importância capital pelas
do Brasil, especialtoclínicos
no
os
sugere
siderações que
mente por obstetras e pediacante às condições das coletiOs joranis, nos últimos tempos, muito se tem ocupado da
trás, num esforço individual,
vidades a que se refere.
criação d? postos para exame e registro de doadores voluntáseria de inestimável auxílio a
desenvolvimento
índice do
r.os de sangue, para o caso de entrarmos em guerra.
desses registos,
"deídè
incentivação
das atividades de saúde públiAchamos que estes doadores,
jã", poderiam prescertamente
resultaria
ambiendo
do
que
ca e das condições
tar os seus inestimáveis serviços, se sa colhes» eo seu sangue
uma
coletivo,
benefício
mortalium
da
te, a mensurarão
»_j .^.a-'^^^^^
m
»¦ J/y* *_ *
I^ara depois armazená-lo sob a forma de plasma desecado ou
nos
melhor
modificação
para
tem
infantil
preocupado
dade
memo de pias congelado.
~ •
^r+*T_\^_
—
^L-^\eeéT %ir\f
nossos coeficientes de mortaliestatísticos e scáriitàristàs, no
Considerações concornentes à ação fisiológica dos vários
subir,
fazendo
medida
dade infantil,
sentido de encontrar
componentes do sangue, tiveram como conseqüência; a subsaproxino
conceito d03 demais países,
mais
o
represente
que
tituição do sangue total pelo plasma citratado em muita socarse
o
nivel
o
(ie nessa situação sanique
madamente possível
rênclas mórbidas.
tária.
realidade.
passa na
A Indicação mais comumente conhecida para transfusão
computação, do
A simples
DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS
era a da necessidade de eritrocitos. A prática mostrou, entreóbitos de crianças RESUMO BIOESTATÍSTICO
de
número
tanto, que o benefício terapêuteo du transfusão sangüínea
DO DISTRITO FEDERAL NA EMANA DE 3 A 19 DE
com menos de um ano de idaaos
e antes devido aos elementos contidos no plasma do que
MAIO DE 1942
de, a avaliação da mortandade
signiglóbulos vermelhos.
infantil, perde qualquer
Nos casos em que ocorre concentração da.s hemátias, deiicação quando ie tem o pioTotal da
vida á, perda de plasma, a adição posterior de eritrocitos é cunpósito úe comparar o que se
traindicada.
Fatos vilais
dá a ver em coletividades disemana
A experiência clínica confirmou plenamente aficsêncla e
ferentes. A redução dos fatos
expria um denominador que
a segurança de aplicação do plasma. O uso constante e inten•Eivo da introdução venosa do plasma já entrou francamente
ma as condições do total no
•
8«::
•
Nascidos vivos
na prática médica, na Grã Bretanha e nos Estados Unidos.
qual eles se verificam estabelcvrza
.»•»..
relação
mortos
lece
uma
muiNascidos
que
O plasma é um agente terapêutico realmente efifcaz em
71
Óbitos dc menores de 1 ano
var em conta o volume da potos estados .mórbidos, especialmente nos pacientes em choque.
4tí9
óbitos
de
Tolal
pulação sujeita a morrer nesEm queimaduras, a.s enormes quantidades de. . proteínas
idade.
sa
perdidas podem ser rapidamente recuperadas, grama por graPrincipais causas de óbito em ordem decrescente:
Dai o emprego do coeíicicnmaj por este meio. Em estados mórbidos onde há hipoprotite de mortalidade infantil, no
demia discreta ou intensa, obtem-se o armazenamento de proI) — Tuberculosos
&'•>
o número de
refere
se
.....
qual
retorna
Z) — Doenças do coração
no
teinas e o nivel de proteínas
praticamenet
plasma
41
de crianças com menos
—
óbitos
bronçopne,umonia
e
Pneumonias
3;
ao anormal.
:ís
de um ano de idade, ocorridos 4) — Diarréia (abaixo 2 anos)
27
Em enfermos que não podem Ingerir alimentos, como logo
total
de
circulatório
5) — Doenças do np.
no ano calendário, ao
no
apps certas operações gastro-lntestinals, o balanço normal
vivas,
nascidas
crianças
nitrogenado pode ser mantido pelo mesmo processo. Do ponto
fornecido peios
mesmo ano,
de vista técnico, o plasma sangüíneo citratado oferece consiassentamentos de Registo CiDados fornecidos pelo Serviço federal de Bioeslat;stica.
deraves vantagens sobre o sangue total, especialmente no toVilcante ao tempo de conservação e facilidade no seu emprego.
Essa é a medida universalO plasma pode ser armazenado por um tempo muito
mente utiliza, apesar das caumaior do que o sangue total. O último sofre modificações prosas de erro a que está sujeita,
utilidade.
de
seu
o
entre as quais avulta, em priperíodo
gressivas, sendo pois limitado
Iidade e da segurança de nosà
hePrevenir é um dever. O gradevidas
reações
a imperfeição
causar
meira plana,
Sangue total conservado pode
exifamílias.
sas
vivemos
ve momento que
de nascimentos,
dos registos
mòllsa e ã alteração na concentração do ionte potássio.
Ao
em vez de meter a cabeatennossas
as
todas
em
ge que
verificada ainda nos paises
Estas reações não se encontram quando se usa plasma cias asas, evitando a
entre
um
voltadas
atinestejam
ça
para
ções
que a biodemografia já
tratado.
d° perigo, comacabra
sivisão
de
número
satissem
perigosas
giu um desenvolvimento
A escolha de um bom método de conservação, do plasma
avestruzes, as
fazem
os
com
mo
de
crêse
nóes,
tuações
entre
pronto,
e
que
fatório
que,
lofit assunto de grandes preocupações no inicio das pesqui.sas.
brasileiras estão
saibamos . autoridades
energia,
e
eficiência
importância.
de
ce
O armazenamento no estado liquido fracassou porque se deo custo.
a prestigiar movimentos como
enfrentá-las a todo
Certos cotficientes de more se alteraram vários dos componentes
eenvolveram. germes
a da multiplicação dos postos
removendo os seus obstáculos
talidade infantil, em capitais
contidos no plasma conservado sob esta forma. As dificuldade doadores de sangue, a proe
decisão.
com firmeza
brasileiras, onde é de supor-se,
des encontradas inicialmente para o armazenamento do piasmover cursos de enfermagem
de
fazendo
se
está
sanitárias
O que
pelas organizações
ma, citratado no estado líqu do foram eliminadas completaentre as samaritanas, a patrode
tão
no
sentido
sejam
não
preprepaexistentes,
positivo
. mente com a separação dos glóbulos por um processo rápido
cirurgia de
de
cinar cursos
rar a população do Rio e dos
cie centrifugação afim de precipitar as hemacias e os leucoEstados para o que der e vier,
guerra para os médicos civis,
cltoa seguido por imediata congelação e conservação do. piasevitando que sejamos apanha- que acorreram em massa ao
ena, no estado congelado. Este método, ao mesm otempo smchamamento da Diretoria de
dos de surpreza pelo inimigo
plés e econômico, conserva o plasma íntegro. Retirado da geé qualquer Saúde do Exército.
feroz e cobarde,
ladeira e aquecido em banho-maria a 37°, no fim de meia nora,
Faculdade de Ciências Médiccas
coisa que vem de encontro ao
Tudo isso é muito louvável e
— Em face do ato do Snr. Miniso plasma já se acha em condições de ser injetado.
nosso pensamento exposto acimerece
de certo o apoio contro. da Educação aumentando o
Já foi usado plasma congelado, com mais de seis meses
a hora que atravésma:
para
de
todos os bons brasiciente
número, de vagas, poderão se mana câmara frigorífica, sem que se apreciassem alterações na
nevigüãncia
é
samos
toda
a
Mas,
é preciso qua se
leiros.
Ciências
tricular na Faculdade de
sua constituição e sem que. os pacientes apresentassem acicessaria.
diga, ainda.não é tudo o que
Médicas, os alunos aprovados nos
cientes.
exames de habilitação prestados
À Cruz Vermelha, o Exerci- se tem a fazer. .O Rio de JaPlasca dessecado. — O plasma, livre dos seus elementos flguem outras faculdades.
neiro, é uma cidade sem granas classes
ós estudantes,
to,
rados,, é solidificado por congelação, a água é removivda pela
Curso de cardiologia clinica
des hospitais. Os que, possuiassociações
as
conservadoras,
O Dr; Oscar Ferreira Junior,
ação de bombas de vácuo, fica então, o plasma dissecado qüe
mal chegam para atender
mos
se
sindicatos
médicas,
os
livre docente da Faculdade Nacio«epresenta com o aspecto dum pó de cor creme.
da população, èm
aos
reclamos
acham compenetrados da im'
nal de Medicina, iniciou a 20 do
"
Atualmente o plasma dessecado está sendo usado, cada
Imaginem,
normal.
situação
necessidade
de
precindivel
corrente, na ,7a. enfermaria da
yez com maior freqüência, porque pode ser armazenado sem
nós, em
de
séria
o
agora,
a
cardiocivil
curso
de
Sajita Casa, um
que
preparar
papopulação
necessidade de'câmaras frigoríficas. e transportado sam maio- logia clínica. As aulas serão reara qualquer eventualidade bécácò dé guerra. Os leitos doa
res precauções, e .sobretudo, ser injetado quando necessário,
lizadas às segundas, quartas e
lica qúé oxalá deixe de aconnossos hospitais dariam para
sextas, dè 8 as 9 horas da manhã.
três, quatro e cinco vezes concentrado.
tecer,
nossa
tranquia
beín
da
(Continuai na 22a pag.)
Curso «le eletrocardiografia —
Apezar do maior custo na obtenção do plasma dessecado,
•
de junho, terá inias vantagens acima enumeradas fazem com que o seu uso, sob * Emno princípio
Miguel Pereira da
Pavilhão
cio,
esca fora, se torne cada ve^ ais freqüente. A sua administracurso de eletrocaro
Santa
Casa,
de
número,
çâo cencentrda está adquirindo cada d'a maior
dlografia, a cargo do Dr. Oscar
acVptos, pois 6 plasma, assim injetado, é um meio direto de
Fereira Junior, docente de clínica
médica. Trata-se de um curso de
aumerttar substancialmente a sua capacidade òshlótica intraexetensão universitária, para o
capilar, também permite, num volume relativamente pequeno,
outros
elemene
qual as incrições podem ser feitas
Introduzir grndes quantidades de proteínas
na
Reitoria da Universidade do
doença.
tos uteis ao organismo co*mbalido pela
Brasil.
Convém frlzar que a administração do plasma dessecado,
Exames do liquido cefalo-raAuto-Vacinas,
EspermocultuCursos do DN. S. — O Snr.
cm solução concentrada, é de um modo geral, isenta de reaPresidente da República vem de
sangue,
escarro,
ro. DIAGNÓSTICO DA
quêano,
assinar um decreto criando curções secundárias.
urina,
erc.
GONORRÉA
suco
E DA SIFIL.IS.
gástrico,
sos de aperfeiçoamento e especiaNos Estados Unidos, os órgãos encarregados da colheita
no
Departamento
Nacional
Laboratórios
lização
mesmo
parremessa
sua
a
para
fazem
do sangue
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ
de Saúde, visando o aprimoraticulares afim de ser confeccionado o pias dessecado.
mento técnico dos sanitaristas
Mesmo não levando em conta o momento que atravessabrasileiros.
Das 8 às 12 h. e das 2 às 7 horaí
mos, mas somente pensando na vastidão do nos^o território,
Curso dc Técnica de Laboratório — As inscrições para este
nas difficuldades que existem no interior para se fafzer uma
curso dirigido pelo Prof. Abdon
DOMINGOS DAS 9 ÁS 12 HO&AS
transfusão e nas vidas que poderão ser salvas havendo piasimportante
tão
Lins
acham-se
abertas
na
Escola
enfrentar
de
tratar
deve
se
estoque,
em
ma
de Medicina e Cirurgia.
problema.
Curso dc Antropologia Brasileimais
torna
Em face da guerra,, esta necessidade aind ase
ra — Promovido pelo Departade
depósitos
mento Cultural da Casa do Estupremente pois, assim como se fazem grandes
dante do Brasil terá inicio a 16 de
munição de guerra, de combustíveis e mantimentos, deve-re
de
suficiente
plasma
exista
quantidade
junho próximo o curso de Antroque
providenciar para
de
utilizado
ser
afim
nns
estratégicas
pologia, dirigido pelo Prof. Artur
zonas
distribuído
seco
Ramos.
oportuna.
na ocasião
mkWÊ^WkWÊm
0 RIO PRECISA DE H0SPITÂ1
NOTICIÁRIO
i
LABORATORIO DE ANÁLISES
Rua Barão de Itapetining; 242-3.° andar
Telefone 4-02S8
$. PAULO
'¦*£#&&$#
M&r *• yM^mimn^^
>«.
i^**?^ .;r ,«tsá-«4.
. aátft.TSB^íswamiiiiSNBSí^^
.'-.<¦»*
'-T • -V-- -NMíísáíSãs
_ írj
f> I R E 'i
21-/5/1842
RIZES
LINCOLN, A FLORES TA
E A LIBERDADE
bi y .MS
^
"CP
ÂlftBA SE
fcl!N*r:*'ErrO
Slfir^tSii''
ítW Ant^iTnnBQi''
USA O VELHO PROCESSO DE EXTRAÇÃO DA
E' PRJNC6PALMENTE CEARENSE E INVENTOU
s© oc /.'Arei;/ o
BORRACHA — O SEUM NOVO PROCES-
homem que acendia charutos com notas, de qui-
NHcNiOS MIL RÉIS — A FEBRE ACABOU COM MUITA LÍNGUA SOLTA — A VIDA
OS
SERINGAIS
NOS SERINGAIS DA AMAZÔNIA E A DIFERENÇA ENTRE
NACIONAIS E ESTRANGEIROS
'5$
¦
PAGINA 21
vegetais no
Existem muitos
"produzem
látex
Brasil que
a
confecção
apropriado para
da.'"borracha, porem, somente
íi "Hevea BiT-üirensi.s". conhecida vulgarmente por seringueira", é que produz o verdadeiro leite, o melhor e com ó
qual se faz os bons produtos
dessa matéria prima.
A seringueira é da família
das Euíorbiáceas, nativa em
todo o vale do Amazonas, re•gião avaliada em 1.OOO.000 de
milhas quadradas, quase a
melada da Europa.
A árvore tem de 25 a 30 metros de altura e 0,50 a 1,50 de
diâmetro. A produção do leite
in'cia-se no quinto ano e prolonga-.se até o décimo rno de
existência do vegetal. Fornece
cada indivíduo 40 a Ql gramas
por dia e três a quatro quitos
por safra, havendo árvores
nos altos rios que produzem
até 7 quilos. Nem todo o leite
se transforma em borracha; a
parte aquosa evapora-se e somente 50 % é aproveitável.
A melhor qualidade de borracha vem dos altos rios, isto
é, cos afluentes altos e confluentes do rio-mar. A seringueira é nativa em toda a
amazônica,
porem,
planície
varia de qualidade conforme
o terreno, sendo melhor nos
"firmes",
terra
de
regiões
mais sólida. No Brasil a grande experiência até agora feita
com o plantio dessa árvore
privilegiada vem sendo realizada na região do Tapajós,
orientada pelo industrial
Ford.
Com o leite da seringueira,
•defumado, obtem-se um produto sólido e elástico, que depois adquire o aspecto conhecido por todos nós.
O homem que trabalha na
íaina da borracha chama-se
•'seringueiro" e o
processo que
usa é bem primitivo. Seus
utensílios são rudimentares:
facão (denominado terçado),
latinhas apropriadas, com um
espeto. O facão serve para
golpear a árvore e as latinhas
ficam depois fixadas na parte
inferior do corte, para receber
o leite que a árvore "chora"',
logo depois de ferida. O bom
seringueiro lere a hevea com
cuidado, poupando-a da melhor maneira, mesmo porque
a prática facilita-lhe maior
quantidade de leite.
Como a árvore nasce quase
sempre longe uma da outra.
"nos seringais, abrem ps "camínhos da seringa", picadas
dentro da mata e que se estendem, ás vezes, por distâncias imensas. O seringueiro
vai para a faina armado com
o seu rifle 44, nem só para se
defender dos bichos, como
tambem para obter, muitas
vezes, a caça. Anda muito, fazendo percurso sinuoso e longo. Vai fincando as latinhas,
sem se deter, até o momento
do almoço. Depois de matar a
fome, com a passoca ou outro
qualquer alimento, volta para
retirar os recipientes que deixou aparando o leite a escorrer das árvoies. O melhor processo de corte é o quc ne a.semelha ao das nsryuras de
uma folha: um sulco grande
para
longitudinal de cima
b"*ixo e cortes laterais que veinham convergir para ele. As¦Sim, todo o leite desesrá naturalniente para o rego cental, sendo colhido peia latinl:*a fixada na sua parte mais
inferior.
• Num seringal novo o trabalho úé descoberta üCs árvores
Eis porque muitos acabaram
escravos,
verdadeiros
como
contidos por capangas armaé árduo e os caminhos muidos que não lhes permitiam
tas vezes intransitáveis. O sefugir ao cativeiro. O ambiente
ringueiro geralmente é nordo seringal brasileiro nem
destino e as mais das vezes
mas,
a
humano,
habituado
foi
sempre
cearense e está
seringal
ao
dó
dificuldades.
de
comparado
sorte
petoda
rua no ou boliviano, levou vanPor mais fraco que esteja é
tagem em branüura. Lá, no
sempre um bom andarilho
estrangeiro, as cosas muitas
que no trabalho da seringa
vezes e;am trági-cômicas. O
inventou um processo especial
valioso,
reputado
aviado pedia a mercadoria
de marcha,
caminhadas.
que necessitava e quando ia
para grandes
sempre levava
ajustar contas
Marcha apoiado ora numa
"cauchero" estrancansando
O
a
outra;
ora
na
pior.
perna,
de um lado muda para o ougeiro nunca ou quase nunca
assim
enxergou um palmo adiante
tio, e, dsseram-me que
o
nútal
E'
mais:
do nariz. O ajuste de contas
descansam
era assim:
mero de cearenses no traba— Unos p>anialones que uslho dos seringais que na Amated me peraió e otros pantalonônia diz-se comumente hanes ciados a usted — dos panver tantos cearenses trabatalones...
lhando em tal seringal, querendo com isto exprimir que
Realmente, o aviado havia
lá estão tantos trabalhadores
recebido somente uma calça,
na faina da seringa.
mas, pagava duas. E tudo era
Nas lides da borracha há
feito por esse processo.
que lutar com as febres e eom
Era o que contavam. Si non
o clima inconstante; cobraé vero...
ram imposto tremendo das leAcrescentavam os informanvas de homens que foram protes que os infelizes trabalhano extremo
fortuna
curar
dores ainda eram roubados na
senorte. Apesar disso, muito
conta final: 2 e 2 faziam 22
ringueiro achou ali o "Eldoe não 4. 5 e 5, 55 ao invés de
rado". Alguns fizeram-se mi10... Pode muito bem ser isso
lionários e conta-se de um
verdade porque o trabalhor de
que acendia os charutos,
seriiaga naqueles paises era
quando vinha a Manaus, com
quase pegado a laço; era quacédulas de quinhentos mil
se selvagem, sem hábito de
réis.
transação comercial.
As febres do Madeira, Aripuanã, Arnonea, Jamari e do
célebre Machado liquidaram
As peles são levadas a MaDiz-se mesmo
muita basófia.
naus
ou Belém para a expor"Madeira - Mamoré*"
que na
tação. Viejam até lá a granel.
vale cada dormente a vida de
A borracha que vai ser exum homem. Não é tento asportada é conferida sob consim. A verdade, entretanto,
trole rigoroso, afim de evitar
entrevê-se nesse exagero. Na
fraude de resíduos e pesos no
dita estrada o que ficou prointerior das peles.
vado foi a fibra do nosso caDois homens, armados de
boclo, único que resistiu ao
ganchas afiados e recur.vos,
meio.
tomam da bola de ouro neNo tempo áureo da borragro e um deles passa um
facão afiado, partindo-a ao
cha, apesar do regime bárbaro
chemeio. A superfície do corte,
dinheiro
o
dos seringais,
duas
ná
borracha de boa qualidade,
as
e
todos
gou para
e
é
caracterizada
Manaus
de
cidades
por uma sugrandes
cessão de camadas claras, seBelém ainda atestam em sua
mais esparadas por frizos
beleza o bom emprego feii-o
curos. Essa é a "Fina Pará",
eom o dinheiro adquirido com
assim denominada no comero ouro negro.
c''o internacional por causa do
+
último porto brasileiro de emO leite viscoso, quase coagubarque. E' a melhor borracha
lado ao contato do ar. é logo
mundo, muitíssimo, melhoi
depois defumado. A operação . do a obtida no Oriente,
das
que
de
um
se faz cpm a queima
e
trataárvores
selecionadas
coco nativo. O operador usa
das com todo o carinho. Pauma haste roliça de madeira,
rece que a árvore, mudada do
adrede preparada, apoiando-a
habitai, perdeu muitas
seu
No
sobre duas fbrquilhes.
Os produtos bons
qualidades.
chão queima o coco. No censempre
levam,
mesmo usando
tio da, haste vai derramando
a
matéria
oriental,
nm pouco,
o leite que coagula ao còndo
brasileiro
produto
para fatato da densa fumaça produzer
liga.
Visitamos
certa
vez
coco.
do
zida com a queima
uma
fábrica
na
Suiça
ao
e,
À haste, que está colocada hoentrarmos
ho
depósito,
o
verizontalmente, imprime-se um
rente explicou:
movimento rotativo, de nn— A do chão é de Ceilão. a
neira que as novas camadas
das
prateleiras é fina Pará,
de leite vão se-sobrepondo às
fiem
esta não se faz liga boa.
.-ma:s antigas, formando afiO
homem não sabia que
20,
de
nal uma bola, Há bolas
eramus
brasileiros.
opea
Terminada
de 50 t-uilos.
esíeróde
umresulta
ração
achatado e com um orifício
Os seringais, depois do co
central. Na região denominam
"peles" as tais bolas. E as pelapso da borracha, ficaram
de.spopuô'ados, ,mas as árvores,
les são escuras por fora, com
as mesmas que enrirjueeerarn
e
um cheiio característico
que
tanta gente, lá estão à espera
longe.
de
se percebe
do braço humano. Agora já é
Cada trabalhador adquire o
tempo de pensar naquela rique quer no barracão do sequesa abandonada. Só mesrmgal e paga eom a borracha
mo a guorra, com sua fome
que fabrica. Nessa transação
de Molocb, poderia despert ir
é que fica a vantagem do pada modorra a região mais rica
trão. Apesar de que a terra
do país e que guarda, alem la
* e oa mantimentos são fornecirirjuesa do ouro negro, muitísa
do
seringal
dono
dos pelo
simas outras, para justificar o
transação final é feita de tal
vaticínio-dos- Wallace e Hummane'ra que o pobre serinboldt.
conta.
sua
sàida
nunca
Bueiro
Por
REZENDE
RUBIM
DALCSDIO JURANDIR
Mu to oportuno para o público brasileiro 0 livro de
"Wright Stephenson sobre Lincoln, lançado
Nathaniel
pela Companhia Editora Nacional. Os leitores dó Brasil
com melhor
vão conhecer, agora, neste livro claro e vivo,
"menos
uder dc
intimidade, a figura do que parecia ser
homens do que diretor de homens". Figura solitária e
errante e ao mesmo tempo humana e poderosa. Lincoln
"pregadonasceu na grande floresta americana, entre os
res itínerantes", cabanas de madeira, os vilarejos sujos e
tristes, sob o poder agressivo e bárbaro da natureza virfem. Foi na floresta que ele encontrou os seus clenientos mais vigorosos de independência, de solidão interior
¦ de infatigaxel obstinação. Ali conheceu e amou os "revivais" relgiosos que tão grande impressão deixavam nas
mulheres pelo que havia neles de exaltado, profético e
.sombrio: "Um estranho, um quase terrível retorno ao primitiyismo eram essas reuniões religiosas que perduraram
enquanto perdurou a grande floresta. Que outras figuras
existem em nossa história mais vigorosas que os pregaoores itínerantes, os "circuit-riders" como lhes chama- i
mos hoje, que viviam como Elias e cuja índole era a mesma do profeta ? Tudo quanto era severo, sinistro, profétiíd — como que a emanação suprema do âmago das silvas — encontrava naquilo a sua verdadeira voz. A religião desses homens era o êxtase de cor local ,a glória do
canto exaltado, a soltura das'emoções fenéticas. algo sem
forma, porem incomensuiavel, e que na vida da floresta
¦não sabia exprimir-se de outra manera.*' Lincoln, pni-ern.
não se fez místico, não quis voltar-se àquele destino de
pastor primitivo, cheio de um Deus patético e implacável
contra as fraquezas do homem na sua luta com a florestá. Lincoln trouxe desses homens, das mulheres que ós
ouviam e da terra bárbara a "trágica paciência das clantas". E atravessou'a solidão, u pobreza, os dias áspero;? e
incertos da vida errante, os primeiros fracassos da vida
política, como um homem que concienternente procurasse
o seu grande destino e visse no desconhecido as lutas que
&
o esperavam, os milhões de negros que aguardavam
sua libertação.
Em Lincoln podemos ver nitidamente as qualidades
mais vivas de um homem do povo. Sua juventude não
foi vivida nas universidades, cujos donos eram senhores
de negros. Lincoln contava as suas histórias entre rapa•/es do povo, nas aldeias, nas granjas, em contacto com
a terra e com os homens rurais, os dominadores de seJva, os pequenos
proprietários, os velhos puritanos qne
não tinham ambição de serem, depois, os grandes banqueiros e os grandes chefes de companhias. Enlre 3enhadores e caçadores, Lincln ouvia histórias e escutava
as vozes religiosas subindo entre as cabanas e as árvores
com toda a exaltação das mulheres e o ardor místico dos
pastores. Entre essas histórias havia .as que contavam
Lincoln achava pouco heróico e
matanças de índios.
índios
e saquear tribus. Naquele tempouco digno matar
aos interesses mais
po essas matanças correspondiam
atrozes da civilização capitalista que vinha nascendo.
Sem matar índio, sem escravlsa.r o negro, sem exercer ã
menos
p rataria, sem destruir culturas materialmente
adiantadas, sem dominar a terra com toda a ferocidade toda a falta de escrúp^os não seria possivel assegurar
as bases de uma sociedade que se encarnou em Napoleão,
Bismark e o prussianismo militar, D-israel e Kokefeler.
Sociedade cuja ética vinha da Enciclopédia amamentando-se porem no sangue da Revolução Francesa e utilizada pelo realismo político dos navegadores, colonzadores
e comerciantes que estavam criando o capitalismo industrial e o capital financeiro. ;
Lincoln não foi, apenas,- grande pelo individuo que
era, pelo caráter que possuiá, pe.la.s virtudes de homem
de povo habituado à solidão, as secretas alegrias dum ser
solitário e obstinado. Sua admirável posição na história
do mundo veio dos negros que o levaram a aceitar uma
luta terrível da qual dependia a sorte das liberdades dcmocrátieas nos Estados Unidos. Ele não decidiu, por vontade'própria, por intuição vinda do céu, liberlar os negros noi te-americanos porque, achava
generoso e lírico
libertá-los. Defendeu os negros porque era conciente de
«jue o futuro da democracia não se limita a uma época
nem se condeiona definitivamente a interesses de uma
ciasse dominante. Ela cresce .incessantemente porque sua
condição mesma de vida é a vida do povo de onde retira
todos os impulsos mais puros e mais decisivos. Uma condição da democracia é o seu não conformismo, é o seu estado de contínuo movimento, de renovar-se para melhor
ampliar a sua visão e enriquecer o seu conteúdo. Linco n
surgiu naquele momento em que nos Estados Unidos já
se fazia, sentir de modo prático e revolucionário a necessidade histórica de abohr a escravidão negia por não
corresponder mais às razões econômicas do mundo e entre
e Sul e o Norte a luta era menos ideológica que econômica. Tratava-se de abolir um sistema dc produção
ja condenado e já impraticável. Outro modo de prodíi-
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22"
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21/5/1942
DIRETRIZES
PAGINA 22'
Liberdade
a
e
Floresta
a
Lincoln,
a
l
A
mérica
novo
Meeternich
m
para
(Continuação da pág. 9)
canos que só há pouco tempo
iniciaram a repressão contra
as atividades eixistas?
Os planos mais importantes
a penetração nazista
sobre
na América Latina íoram feitas pela Gestapo, em peçinanente colaboração com o céIbero Amerilebre Instituto
cano de Berlim. Nesta institüição sentam-se homens ilustres com um imenso cabedal
de conhecimentos sobre o nosMuitos inteso continentevisitaram
americanos
lectuais
esse instituto a convite do governo alemão, e talvez sem
o saber tenham prestado preciosos informes sobre as questoes continentais. Fato muito
interessante é que ocupava a
presidência do Instituto Ibero
Americano de Berlim o general von Faupel, que é conseIheiro de Hitler para as questoes latinoamerieanas. ao mesmo tempo que um perito do
problema colonial. Com relação aos planos do Reich para a América von Faupel reunia dois títulos inestimáveis.
Com o rompimento das relações diplomáticas das Américas com os paises do Eixo, porem, o famoso Instituto tornpu-se ineficiente. Isso obrigou os alemães a solucionarem o impasse da seguinte maneira: O Instituto Ibero Americano juntamente com a Gestapo suspendia a sua orientação sobre os seus agentes germânicos do Novo Mundo. O
controle das atividades nazistas passou a ser feito pela
Central da Falange que tornava-se assim o foco de irradiação das instruções de todos
jls ordens de Berlim para os
de
nossos
paises. Dezenas
meme
de
Gestapo
técnicos da
bros do Instituto Ibero Americano já estão em Madrid.
Ao que parece, a Central da
Falange acha-se plenamente
adaptada para continuar a
ação dos seus congêneres germânicos. E como notícia urn
tanto esquisita, sabe-se que o
general von Faupel está om
Dakar como um barão báltico
a fitar cubiçoso a América.
Franco já teve a audácia de
dizer que a "Hispana América voltará à Espanha quando
esquecer o seu complexo de
liberalismo". Os nazistas da
compreenderam
Europa náo
ainda que esse preconceito de
liberalismo americano custou
muito sangue dos nossos povos, nas lutas que galvanizaram as nossas nacionalidades
e que nós veneramos como as
únicas apreciáveis conquistas
da qual a nossa civilização,
frente a civilizações mais oultas e mais antigas, só poderá
nos orgulhar. Nesse preconceito latino-americano que tanto
irrita os capitães fascistas não
há somente um pretexto imperlalista. Ele abriga também a
aversão de novos Atilas contra
uma tendência ideológica que
revive vigorosa nos povos da
América.
Embora a França, berço da
Grande Revolução, esteja sobre o chicote nazista, o espirevive
rito desse movimento
de forma robusta no continente americano, onde a rebeldia do nativo tropical e a
experiência do imigrante oprimido da Europa, fundem entre as nossas massas um inde
quebrantavel sentimento
Latina
democracia. A América
a abolição da
emancipada,
Escravidão. O Panamericanismo vitorioso são frutos semeados pela Revolução Francesa
em nossas terras tropicais e
constitue uma negação absoluta de todas as diretrizes do
da
fascismo. Ao retumbar
Queda da Bastilha na França,
as Américas despertaram e
ao solo o jugo
ar remeteram
dos seus tiranos da Espanha
Imperial. Ao seu lema de Fraternité-Liberté-Égaüté, a América proclamou a igualdade ralibertação dos
a
ciai com
negros. Entre seus princípios
fundamentais, o transcendende 1879, detal movimento
fendia a idéia de que as nacontinente deções de um
viam ter seus interesses reguiados por acordas comuna
« que a Europa nâo devia innas
questões transtervir
japoneses!
Cooperativas só p'ra
rio a respeito dos acontetúmen-
(Continuação da pag. 8)
to, paixões
partidárias e oportunismo"; 3.») "e se alg-uns paao jornapeis foram entregues
hsla, foi porque vieram ter às
tuas mãos, provocando revolta,
jkw
porquanto eram redigidos
diforma parcial, visando maiseoma
retamente os brasileiros,
por exemplo a circular n." 23-41,
de janeiro do corrente ano".
Esse é o principal conteúdo dns
declarações tomadas pelo sr. dr.
Agora,
José LeUe de Almeida.
a
evidencie
se
proceque
para
dencia delas, vejamos o conteado da famosa circular 23-41, citada pelos áepoenles:
~S.
Paulo,
3 de janeiro de
—
n." 23-41 — Srs.
Circular
1942.
chefes e encatregados de Serviço — Pela presente, reiteramos «
•. *. o nosso aviso no sentido de
evitar que os nossos empregado*
€ associados, nos locais de serviço, façam ou permitam, a terceiros, quaisquer comentários «
respeito de assuntos de guerra.
comunicamos - lhe
Outrossim,
despedisumariamente
será
q-ue
ão o empregad/j em cujas mãos
seja encontrado qualquer impresto ou mimeógrafo. alusivo aos
ss
acontecimentos que
atuais
na
desenrolam tim. Europa ou
Ásia. —• A gerência".
transcrita,
A circular acuna
sr. redator, foi antecedida dc uma,
consubstanciada iws seoutra
termos:
guintes
"São Paulo, 11 de dezembro de
$941 — limo. sr,-chefe da Secção
— Pela presente, recomendamos
empregados que se
«os nossos
abstenham de qualquer comenta.-
atlânticas. Defendia assim a
Revolução Francesa a idéia
do Panamericanismo que se
traduzia na época na Doutrina de Monroe. E' justamente
essa conciência política que
herdamos do movimento gaulês que se transformou em
movimento ameaçaenorme
dor do nazismo. Ao fitarem o
panorama político da América, os gran senhores do nazismo se sentem enormemente
hostilizados pela nossa união
e reafirmação de fé na democracia. A Santa Aliança de
Mettemich não aceitou a licolônias espabertação das
da América Latina,
nholas
muito menos concordava com
a Doutrina de Monroe que
acobertava o no*=so continente
da sua ambição imperialista.
O Eixo inspirado por Hitler
se propõe àquele mesmo objetivo que ditaram a malograda
Santa Aliança criada por Metternich. E como os Reis da
Santa Aliança do passado, os
ditadores da Santa Aliança da
Atualidade ou o Eixo, procuram rehaver seus impérios
coloniais, berço dos seus fabulosos tesouros e manancial
da sua política escravagista,
esta cubiçada e ingênua América Latina. Ontem, era um
Fernando em Madrid. Hoje,
um Franco em Burgos. Ontem,
um Metternich em Viena, hoje, um Hitler em Berlim. A Europa do passado, picadeiro dos
aristocráticos tiranos da Santa Aliança. Europa do presente, campo de concentração dos
povos europeus oprimidos pelos "chefes" do fascismo. Dessc mesmo pedaço do universo
de onde a pirataria trouxe e
quer trazer novamente a escravidão para a América, o
fantasma de Metternich revive em Hitler, o Metternich do
presente. E a jovem América
olha aterrorizada para a Europa, ao saber que de novo,
um "protetor" quer desposála e novamente lhe presenteará com uma
grinalda cuja
gase servirá para cobrir as algemas dos seus pulsos delicados.
Mais um drama da Humanidade. Outra yez um novo
a fitar a
Metternich volta
América... Oh! quando tombarem todos os Metternich da
Aí então a
Humanidade!...
se assusAmérica
não
jovem
tara mais com o estouro dos
canhões, nem precisará correr
alvoroçada dos bombabrdeios
aéreos, e poderá se desenvolver livremente onde quiser,
Nos laboratórios, nos ateneus,
nos mares, nas fábricas e nos
seus imensos campos...
tos internacionais do momento.
Esta cooperativa é uma sociedade brasileira que. pela finahdade econôvüca e pela sua estrutura jurídica, se encontra intimamente vinculada às dignas anau
toridades
governamentais
Brasil e, assim, lhe* deve. a mais
fiel e leal obediência c colaboração. A gerência".
Os textos acima reproduzidos
permitirão que deles se tire ilaçôes que se jHissam considerar como ofensivas aos interesses brasileiros ?
E, assim
Julgamos que náo.
ambas as
acreditamos, jwque
circulares acima transcritas foram redigidas e distribuídas por
determinação das autoridades da
Ordem Política e Social de São
Paulo. olrjetiva,7ido de modo esque poderiam
pecial a. atitude
INJECÀO À
da Cooperativa
assumir dentro
de
e
associados
os empregados
I
ANTIBLENOR- IJ
origem japonesa.
Èis, sr. redator, quanto considerei necessário expor a v. s. a
respeito da coor>erativa que no
momento presido. Estou certo de
que v. s. acreditará que. como
único objetivo no exercício desse cargo de confiança, só alimenemto o verdadeiro desejo de
prestar a minha modesta cola- ;'
boração às autoridades de nossa
terra, trabalhando para que muis ^0F Suprime
a dor, não
s mais aumente a produção da- ta
soo
integram
a
quadro
queles que
mancha
ciai da nossa cooperativa. Esperoupa.
rando, pois, que v. s. me fará
justiça publicando eslas despretencíosas Vnüias, assino-me agra- \8»wjHB'i'Eii< i\liaf^&nwimmimimmmmmemsastaami^^
decido, o patrício admirador,
M. FERRAZ DE ALMEIDA
J
(Continuação da pág. 21)
e mais progressista e
ção havia surgido mais adiantado
nao foi,
com ele um novo avanço da democracia. Lincoln
inventor de ideologias, um
pois um simples apóstolo, um
reaidealista utópico. Sua conduta foi a de um político
enlista e frio simples e justo como todo estadista que
Por
época.
sua
carna os interesses mais democráticos de
isso Lincoln soube lutar e obter uma real conquista para
Américas.
o crescimento das tradições de liberdade nas
Toda a grandeza está em que o.s negros libertados valorimais
zaram a democracia e deram um sentido ideológico
alto â liberdade americana.
imeLincoln compreendeu quais as aspirações mais
diatas do povo no seu tempo, as necessidades mais justas impostas pela economia e pela razão. Dai a sua simde seus principlicidade aparentemente linear, o vigor
na sua indominador
e
pios e o que havia de leal, direto
teligência. Em política, quando se está ao lado do povo,
veas atitudes são simples e as palavras claras e muitas
zes rudes. Não há necessidade de complicar a verdade.
Não existem pretextos para escondê-la. O fascismo, por
exemplo, usa uma demagogia nebulosa e dramática que
"pureza" ariana, -os slogans contra a
nada encerra. A
ardemocracia, os símbolos e a encenação guerreira são
oprimas e pretextos fascistas para esconder a verdade,
democrátimir os povos e deter a marcha das liberdades
em
cas. Quando fazemos a defesa de Lincoln, o fazemos
nenome da democracia que rompeu com a escravidão
raças e quer manter
gra, luta contra a desigualdade de
o respeito à dignidade da cultura e ao progresso humano.
aboliLincoln foi um democrata que não via, apenas, na
negros,
aos
ção da escravatura um direito assegurado
mas um passo para que a democracia se tornasse mais
ampla, mais necessária e mais viva. Até hoje os negros
norte-americanos lutam pelas suas condições de igualdaae social e cultural e a democracia, agora, está experimentando uma das suas crises mais duras e sabe que só
todos os
poderá resistir e vencer se com ela estiverem
lutarem livrepovos oprimidos, com as possibilidades de
mente e dignamente viverem.
A leitura desse livro sobre Lincoln anima-nos a lutar
com melhor compreensão e mais inteligente decisão e nos
laz amar uma verdadeiro democrata vindo do povo, atravessando a floresta e a pobreza, a guerra em favor dos
negros e todas as adversidades políticas para afirmar que
o "governo do povo, pelo povo e para o povo nunca perecera sobre a face da terra".
¦¦¦
!
0 5 de Julho nasceu no Meyeç
(Continuação da pág. 6)
Eram as famente inversa.
francesas,
mílias
premidas pelo fator econômico, procurando reduzir a prole, enquanto
do outro lado da Maginot, seguindo uma velha orientação
do prussionismo, os nazistas
as
famílias,
as
obrigavam
de
um
aumento
a
mães alemãs
de
Precisava-se
encargos.
muita carne para canhão...
Agora o dr. Water Barbosa
Moreira aborda um outro aspecto da tragédia íntima da
mulher.
— O brasileiro, antes de casar, descuida-se por completo do passado venéreo, deixendo-se quase sempre levar
aparências. Há porem
pelas
moléstias que depois do período agudo podem dar ao infectado a falsa impressão de que
desapareceram por completo.
Produto de uma ilusão devida
à falta de assistência médica,
esse descuido, aparentemente
importância,
de pouca
traz
sempre as piores consequencias. E não é pequeno o número dos que caem nessa ar-
O RIO PRECISA DE
PITAIS
HOS-
(Continuação da pág. 20)
abrigar os feridos de um posslvel bombardeio aéreo à capital brasileira?
O que devemos fazer, não há
dúvida nenhuma, é pensar na
criação de hospitais de emergência, aproveitando
prédios
como por exemplo o do antigo
Hotel Internacional, em Santa
Tereza, de há muito resabitado, alem de outros que não nos
ocorre no momento. Lembremo-nos que um dos nossos
maiores hospitais, o Estacio
de Sá, foi entregue á Polícia
e que a Santa Casa e o Francisco de Assis são partes do
plano de demolições da administração do atual prefeito do
Distrito Federal.
madilha. Daí ser espantosa a!
porcentagem de esposas vítimas desse descalabro. Então a
diante de um
mulher vê-se
rosário de sofriverdadei.ro
mentos. A doença, crônica no
a mutransmitida
marido,
lheres sadias, manifesta-se em
disso,
agudo. Alem
caráter
muitos males, de cura menos
difícil no ho.nem, são muitas
vezes, ainda hoje, consideraincuráveis
na mulher.
dos
Mas a esposa não é a única
se
vitima. As conseqüências
estendem à prole, e ai vem o
cortejo de crianças aleijadas
ou cegas de nascença. Monstruosas conseqüências de "pequenos descuidos".
E concluindo:
— Vê o senhor que o problema sanitário do Meier, em
seus aspectos mais sérios, é of
problema sanitário do Distrito
Federal e até mesmo o problema
aanitário
do Brasil.
Quando elevarmos o nivel econômico e educacional do nosso
povo, efeitos benéficos serão
refletidos nas condições sanitárias da vida dos brasileiros.
DESPERTE
II otu Ir 1CJAD0
Stm Calomafatm-E Saltará 4a Cama
Disposta Para Toda
« fH!«<*a m*« ítirimu, «uartament*,
ao eatAm«»o, um litro dc bill*. Se • bilia
nftaj:
•ocr* livremente, o* alimento» nSo »So
di- V
terido. • apodrecem. O» Kase* incham •
estômago.
„„.,. ».,_,„ m» priaSo
__ Sobrevéc
dc ventra.
pruao ac
Voei aente-ac••»•—
abatido «» eomo quc enven
enveno»
'""¦ido
IMdo. Tudo é amarEo c a vida é um martCriaw
_.
¦imple* ev*cuaç«o nfio tocará a
•«. Nada há como ai famosa* Pílula* CA»»
TERS para o Fígado, para uma açfto certa. I
Pa.em correr livremente ís*c litro d* biliai
. Vooí icnte-s* diapoato para tudo. N5« :
«auaam dano; afio iuavei e contudo ato monavilho»a* para faíer a bilia correr Hvremen»
te. Peça aa Hlulaa CARTKRS para o FU
ft«4a, Náo aceite imitncõe». Preço 3$<J4#.
:'.
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'^i^77"^-Mr'-m}):7--
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^Á:'a;'?..-a'J';V;;.,.íjá,.v_;V.j;.
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21/5/1942
U
M
S
Alexandre Brailowsky conno Teatro
tinua obtendo,
Municipal, um imenso êxide salas cheias
to, diante
de um público entusiasta,
que não lhe regateia aplausos não menos entusiásti-
I
cos.
Scarlatti
Scarlatti,
Schumann,
Listz,
Chopin,
encontram
sempre em Brailowsky o pianista impecável assim como
o artista de sensibilidade
requintada.
Quarta-feira 13, a nossa
iMa_w_w»i«_ram,*flKK*ug^^
no
"Grill"
MHHVMMMHB-I Tfô&z&i&Ü
das celebridades
0 TROVADOR GALANTE
as as noites, um show que
é sempre uma fina revista.
5
mgaat ¦n_-__-B_ I -_-_jrcm^!m.^ixfflj>ra!3ZoaHagn^M«i--ig^
's,«s
railowsky, a ijiierra e o nazi
Alexandre Brailowsky é considerado um dos quatro
maiores pianistas tío mundo e o melhor intérprete de
Chopin, na atualidade. Grande amigo do Brasil, encontra-se ele agora novamente entre nós, pela vigéssima vez.
Os brasileiros do Rio e São Paulo pertencem hoje ao
origem, mas
grande público deste artista puro, russo de
internacional através de sua arte magnífica e de sua técnica original.
Como todo artista nos dias que correm, dias aflitos
e angustiosos, Brailowsky nao é um homem que se enclausurou na sua torre de marfim, distante das disputas
humanas cá de baixo e indiferente a luta que se trava
do homem. Estamos todos
para a definição do destino"Festival
Chopin', nos inícios
lembrados do quc foi o seu
de setembro de 1939, homenagem ao grande Frederico,
um dos mais geniais poíoneses de todos os tempos, prec-f-.aniente no instante em que a Polônia gloriosa e secular sucumbia sob a bota agressora do pru.^sianismo na•zísla. P-f*de então, Brailowsky, como .«tisni, passou a
ser uma da guerra, e, orno homem, alguém intimamente
li^aoo a ela. Em todas as ocasiões quc lhe sao permitidas, Brailowsky não dei\a dc condenar o nazismo ..ua
brutalidade e intransigência, inimigo mortal do artista o
de to*.a manifestação intelectul.
DIRETRIZES teve oportunidade dc entrevistar Alexandre Braüowsky Falando-nos, nwnx repor, agem que
será publicada no nosso próximo número, o magnífico
interprete re Chopin -nus uma vez teceu comentários
sobre os dias de hoje, si:>_s problemay o suns i.nyústias.
1_tr.ités de suas palaws corajosas, sentimos o artista
época preque não ae deixou abater pela crueldade da
arte e
sua
tranformou.
sente, mas que, ao contrário,
e
o
ódio.
opressão
a
contra
sua fama cm armas decididas
m
16
PÁGINA 23
DIRETRIZES
grande Magdalena TagliaNacional
ferro, na Escola
de Música, terminou a l .a
de alta virsérie do curso
interpretação
tuosidade
e
vem realizanmusical que
do para bem dos alunos e
prazer de todos aqueles que
a querem ouvir. Como pia"virtuose"
admitiam
nista
Magdalena
aqui, todos, que
excepcioera
Tagliaferro
mas,
como
nal;
professora,
sendo
embora
professora
Conservatódo
catedrático
rio de Paris, onde formou
(excubrilhantes
artistas
sez du peu) alguns espíritos
'
"dificil
compreensão",
de
duvidavam ainda dos dons
maravilhosos de transmissão que possue.
os resultados das
Ora,
aulas
suas
já se fazem sentir. O jovem pianista Heitor
Alimonda, que tínhamos ouvido o ano passado, e que
de ouvir agora,
acabamos
nos faz constatar
progressos nataveis. Na última aula,
passada,
quarta-feira
TagliaMagdalena
ferro apresentou uma das
alunas, Oriane de Almeida,
interpretou o concerto
que
de Schumann para piano e
na
(orquestra,
orquestra
um
segundo piaocasião,
no) . Pois bern, digamos antes de mais nada, foi, para
uma verdadeira
o público,
talento da jodc
revelação
vem pianista e da magnífica escola da mestra.
Almeida
de
Em Oriane
sente-se, nos mínimos detalhes da execução do dificil
concerto de Schumann, e
técnica e artísorientação
tica de Magdalena. Isso não
quer dizer que a mestra impersonalipõe a sua forte
dade à aluna.
Não, tem-se, antes, a impressão de que, respeitando
a jovem a personalidade de
e desenOriane, a revela
volve em
uma
orientação
certa.
Não nos é possivel fazer
uma crítica minuciosa do
que foi a interpretação das
de Schumann por
paginas
Oriane de Almeida, mas é
reconhecer que espreciso
tamos diante de uma natureza excepcional de artista,
cujos numerosos dotes,
já
farão
realização,
em plena
dela, nas mãos de Magdaum dos
lena Tagliaferro,
nossos futuros grandes pianistas. Guardem este nome:
Oriane de Almeida.
A propósito do centenário
de Jules Massenet, vem-nos
das suas
uma
à memória
frases de espírito.
Massenet, que foi o mais
diremos
aoce dos homens,
hodos
mesmo o melhor
tude
tinha,
apesar
mens,
do, muito espírito. Um dia,
numerosos
seus
dos
um
a
lhe
admiradores
pediu
de
música
a
sobre
opinião
um mais que medíocre compositor. Ora, Massenet (que
não sabia nunca dizer mal
de ninguém) fez elogios di0
tirâmbicos do músico.
admirador ficou perflexo, e
J"»"™»"'****'
——
fambemf
VQCE
UNCA é cedo demais para
usar Kolynos. As crianças,
especialmente, precisam da protecção superior que só Kolynos
lhes pode dar.
Porque Kolynos não só conserva o brilho dos seus dentes
e a saúde de suas delicadas
gengivas, mas tambem protege-as contra muitas infecções perigosas que têm origem
na bocea.
É fácil habituar as crianças
ao uso de Kolynos, porque cilas
adoram seu agradável c xefrescuite sabor.
\
a A
!ítsei_p__apH!__3_i____-?^^
¦;.?
¦,:::m
>smos vâ
«grill» radi
'.
NOVA LINHA DE PROGRAMAÇÃO PARA
"PRO1942. — O PRÓXIMO LANÇAMENTO DO
GRAMAÇÃO DO INTERIOR", EM REDE
COM 269 MUNICÍPIOS
O Ráâio tambem tem o seu cavalo âe batalha: — a
"noviãaãc". Tuão na viâa poâe envelhecer — menos o
"novas", ãe
Ráâio. Dai essa ancieáaãe infinãa ãe coisas
cartazes novinhos cm folha, para o microfone. Antigos
programas, antes tão interessantes, só teem um defeito
irreparável e imperdoável: — acabam criando cabelos
brancos... Ve?n o dia que o ouvinte boceja e dá uma
volta no áial, âisplicentemente, com o anzol áa curiosiãaãe
jogado no éter, para pescar algo diferente... E aãeus o
"granâe" programa !
Dentro áe um ou áois meses, teremos em S. Paulo a
NOVA Rááio Cosmos. A PRE-7 está ultimando a inauguração âe um moãerníssimo "grill" radiofônico, o maior
de São Paulo — que já conta os maiores auditórios ão Brasil. Iniciará uma fase ãe granâes iniciativas, com lançamentos sucessivos áe programas áiferentes e atrações para
o granâe público. Conjuntos, granâes orquestras c cantores estão senão contrataâos no País e no estrangeiro para
"shows" no moderno auditório áa popular emissora banãelrante, numa grande varieáaáe áe cartazes.
Os programaáores tambem estão em ativiãaáe, elaborando a nova linha âe programas teairalizaâos com que a
Cosmos brinãará os seus ouvintes.
Uma realização que se anuncia, com a abertura do
moderno "grill" raâiofônico ãessa estação, merece especiai referência pela sua magnitude. E' o "PROGRAMA DO
'INTERIOR"
e o ãesenvolvimento ãc serviços informativos
especiais par os ouvintes ão Interior. Neste sentido, a
O
Cos?nos se colocou na vanguarda ão Ráâio no Brasil.
"PROGRAMA DO INTERIOR" será
com
toem
reãe
feito
âos os Municípios paulistas, divulgado amplamente por
uma cadeia áe 186 jornais e periódicos localizados em todos
os pontos áo Estado, os quais estão em estreita colaboração com o Departamento âe Imprensa e Divulgação ãa
Cosmos, que obedece a uma orientação única no "broaãDaãos interessantíssimos e informações
cast" nacional.
atuais sobre a viâa e o ãesenvolvimento áe caâa um âos
Municípios estão senão pacientemente coligiãos pela
PRE-7. Esta realização se âesenvolverá num ciclo gigante
dc 52 programas por ano, minuciosamente âeãicaãos às
cidades do Interior, focalizando a vida e figuras mar cantes do progresso e âa história viva ãe caâa uma.
Outro detalhe impressionante ão "PROGRAMA
DO
INTERIOR", tal como foi planejado pela Cosmos, será a
possibüiáaãe áe retransmissão áas irradiações por uma
cadeia de 30 emissoras, estrategicamente localizadas em
todos os pontos do Estado de São Paulo.
Prefeitos e personaliãades âestacaâas ãe caãa Município, serão especialmente convidados a ir a São Paulo, encerrar cada série de programas lançados pela Cosmos,
para os ouvintes do Interior.
tSS&í&fíSSSZZÍZÍSH
_--,_
8
M_W-_-_Ba_M______BBWMMBBWBMBBMMBMa]MMMMM U I nu MM__MMM
Massenet:
disse ao grande
"Mas, Mestre é um homem
que diz horrores de seu talento, de sua música".
Ao que, com o suave sorrespondeu:
riso, Massenet
"E' verdade, meu amigo, esquecia-me de lhe dizer que
esse compositor e eu, quando falamos um do outro, di-
|^|^|BS^õnjl
zemos sempre
o contrário
do que pensamos!..."
MURILLO DE CARVALHO
AGORA SOMENTE^
ASA
JtlO»e JA.NEIRQ
Mijm******Bxe
.j... ¦ ¦-: a.
-,.., \
..,>
¦¦¦:.
Ir*
PÁGINA 24
DIRETRIZES
eiando pela segurança d
e
desenvolvimento Uma organização que honra São Paulo — O que é o Departamento de Comunicações a
O rápido
um pa* desesperado e
da capital paulista gerou um Rádio Patrulha do Estado de São Paulo — Um garato perdido,
eficiência de um serviço pe
traduzem a-j:„
de ouro — Estatísticas
que
um
dente
de
vista,
tragédia
à
¦.
primeira
...
*
problema,
..
»
Dn».» t>/> — A boa ilumiliumi
_ o
feihTde ^atruihamentõ"— Os casaisinhos românticos e a Rádio Patrulha
quase insoluvel: o do policiaPorchat, dinação é inimiga do Amor — Uma pa!estra interessante com o dr. Oswaldo
mento da cidade, cuja área,
retor do Policiamento da Rádio Patrulha de São Paulo
hoje, é de cerca de 300 kms.2.
Esse policiamento primitiva(Reportagem especial para DIRETRIZES)
PONTES DE MORAES
mente leito pela Força Policial
—
do Estado, então denominada
em pleno coração da cl- jam, neste torrão brasileiro, As ocorrências aumentam
Café,
volta de
Força Pública, por
— à noite. A hodade —- Pateo do Calégio. Essa pelo engrandecimento do Bra- naturalmente
1915 passou a ser feito pela
ra mais agitada é 21 horas
é dotada dos mais sil.
Central
tarde
Guarda Cívica, mais
"Vamos a um pouco de e a mais calma às 0 horas. Esse
modernos aparelhos de rádio—
Civil
Guarda
substituída pela
total de ocorrências pode ser
telefonia e rádiotelegrafia, asDesejo que todos
estatística.
criada no governo Carlos de
-classificado em 33 modalidasistidos por técnicos rigorosafiquem sabendo o que fizemos
Campos.
morte
mente selecionados, com ofici- nestes últimos tempos — es- des, desde o crime de
Atendendo ãs urgentes nenas de construção e reparação clarece o sr. Oswaldo Porchat até à embriaguez. Entretanto,
Rádiode aparelhos e dirigida pelos — em beneficio da população, desde que se criou a
cessidades decorrentes do crês—
—
afirmar
posso
cimento da cidade, hoje uma srs. Venàncio Aires, delegado a quem devemos contas, pois Patrulha
orauxiliar, e Oswaldo Porchat. que a nós ela confiou a segu- o número de alterações da
verdadeira metrópole de mais
dem caiu sensivelmente. E' o
como chefe do Policiamento.
de 1.300.000 habitantes, em
rança das suas pessoas e dos
resultado da eficiência na pre1937 foi criado o serviço de
PALESTRANDO COM O CHEseus bens. Em 1941 o nosso
venção. Em 1940 tivemos 31.675
nos moldes
Rádio Patrulha,
FE DO POLICIAMENTO
serviço atendeu a 29.051 ocorocorrências contra 29.0£l em
serviços
das mais modernos
rências, efetuando a 15.582 de1941",
O repórter de DIRETRIZES
desse gênero, nas mais civilitenções. Os carros de presos tiPorchat.
visitou o sr. Oswaldo
zadas capitais do mundo. Para
veram 36.144 chamados, conO PESSOAL
lhanesa
a
com
recebido
Foi
foi
dividida
capital
a
fim
esse
os
poliduzindo
postos
para
que o caracteriza e dele receatendendo-se
em 33 setores,
ciais 4.243 menores, 2.683 deO Departamento de Comubeu completos informes sobre
— como é natural — a impor48
e
mentes, 1.177 cadáveres
nlcações e Serviço de Rádio
o funcionamento dessa máquitancia e densidade de populareforços de policiamento.
Patrulha — nome oficial desvela pela
admirável
na
que
toda
E
setor.
cada
por
de
ção
"Esse trabalho representa sa importante organizapopulação paulista, sermpore via Kurbs" espalharam-se deze— é dirigida por um Dee exige das ção
esforço
um
longínquos
mais
grande
nos
sergilante
de
munidos
carros
nas de
legado Auxiliar, com funções
guarnições dos carros da Rãrecantos da cidade, na defesa
viços de transmissão e receDiretor Geral. As duas feidio-Patrulha uma abnegação de
intransigente, mas serena da
pção de rádio-telefonia, assisdo Departasem par, durante as seis ho- ções principais
ordem e da tranqüilidade a
tidos por uma Central localiras, tempo de cada plantão- mento, a Rádio-Comunicação
que fazem jús os que moure¦ada nos altos do Palácio do
e a Rádio-Patrulha, são dirirespectivamente,
por
gidas,
um diretor técnico, engenheiro eletricista e um diretor do
Policiamento, bacharel.
A Diretoria Técnica tem ainda três chefes de Serviço, sendo um técnico, um mecânico
e um do Tráfego Central (rádios).
Possue cerca de .40 estações
de rádiotelegrafia distribuídas
por todo o Ests-—, localizadas
nos pontos de interesse policiai. As estações estão habilitadas a se comunicarem com
aviões, com estações portáteis
de comitivas científicas e apta
também para localizar os aparelhos clandestinos de rádioemissão. O seu quadro tem
130 radiotelegrafistas- A Diretoria Técnica mantém plantõe.s permanentes para reparações das estações, das viaturas,
para abastecimento de combustivei, para a carga de aeumuladores e para o movimento
de expedição e recebimento de
O dr. Oswaldo Porchat, chefe do policiament ) da Rádio Patrulha, conversando com o repórter rádios oficiais.
de DIRETRIZES
21/5/1942
A Diretoria de Policiamento
tem sete chefes de Serviço que
fazem, em rodízio permanente,
plantões na sala do Controle,
alem do serviço normal de
Expediente. São funcionários
devidamente instruídos e preparados para exercerem, com
critério, as funções, cheias de
seu*
dos
responsabilidades,
cargos, de certo modo assemelhados aos de autoridade policial.
Com excepção de um antigo sub-delegado, os demai»
ou estudantes
são formados
em estabelecimentos de enslno superior.
AS ATRIBUIÇÕES DA DIRETORIA DO POLICIAMENTO
A Diretoria de Policiamento
cuida especialmente de manter
a ordem nas ruas da cidade,
sendo essencialmente de natureza políciaL-repressiva, visto que. seus veículos se deslocam dos estacionamentos unicamente depois de chamados
pelos interessados. Como sóe
acontecer, a eficiência e presteza em reprimir, atribue como conseqüência, uma feição
preventiva à Rádio Patrulha.
Para o cumprimeiito de suas
atribuições, a Diretoria do Policiamento dividiu a cidade em
33 setores, de áreas desiguais,
atendendo porem, a maior ou
menor posibilidade de imprimir velocidade às viaturas, a
maior ou menor densidade de
população e a maior ou menor freqüência de alterações
de ordem pública.
Desses 33 setores, em consedas deficiências de
quência
pessoal, de material e presentemente, de combustível, somente
18 estão providos de
viaturas.
As viaturas da Rádio Patrulha
teem aparelhos de recepção e transmissão de rádio,
em fonia. Estão guarnecidas
por um guarda encarregado,
um motorista e um auxiliar.
Como armamento levam revolver e, em cada carro, uma
Winchester.
De
cada
ocorrência
que
atendem fazem um pequeno
relatório, cuja redação é facilitada pelas perguntas impressas que se acham nos talões,
tais como testemunhas, local,
hora, providências, etc.
No decorrer dos últimos dois
anos a Rádio Patrulha atendeu mais de 35.000 ocorrências por ano nas ruas da capitai, registrando ainda a média de 2 1/2 minutos entre o
tempo da irradiação e a hora
da chegada da viatura ao local do chamadoCabe ainda à Diretoria do
Policiamento providenciar todos os transportes de presos,
menores, dementes e cadáveres solicitados pelas autoridades policiais.
Durante o último ano, a Rãdio Patrulha prestou cerca de
44.000 transportes desta natureza.
O que nos dá quase 30.000
¦serviços policiais prestados
pela Rádio Patrulha à população
A sala onde está instalado o Controle do Departamento dc Comunicações e Rádio Patrulha do Estado de São Paulo. O funcionário que sc vê em primeiro plano expede as ordens às viaturas espelhadas pela capital paulista e recebe detalhes das
de São Paulo, por ano.
ocorrências. No fundo vê-se um PBX, onde 2 funcionários atendem o serviço, telefônico usado para a recepção do pedido de
Enquanto
o Departamento
providências-
M fh
'."¦"^^íí;*'i..>v-l-.-
21/5/1942
SaJa de recepção e transmissão do volumoso serviço telegrá'
fico da Rádio Patrulha.
de Rádio Patrulha não tiver
der. çer útil,, para. manter ap
seu quadro privativo de funcorrente dp. que se passa, as
cionários para as guarnições autoridades que. estiverem de
das viaturas,' está' autorizado p_antao.
. ('...,
pelo decreto que o instituiu, a
Afim de evitar, tanto quanto
utilizar elementos das corpopossivel, a perda',cie trabalho
raçõ&s policiais já existentes.
atendendo a chamados falsas,
Presentemente a Rádio Pao telefonista; ao receber um
trúíha vem utilizando os bons pedido de
providencia anota' o
serviços de cerca de 350 guartelefone utilizado' e imediata1 das civis selecionados e Insmente, linda a comunifcação,
I truidos
constantemente
na chama novamente esíse numeD.
R.
P.
ro- Verificando assim a veráci|
Pela súa mobilidade, pelo dade do chamado.
I numero de homens de
suas
Pará manter as guarnições
I guarnições e pela apreciável
prevenidas
contra surpresas
potência de fogo de que está de reações por parte dos imdotada, cada viatura da Rádio plicados em certas desordens,
I Patrulha representa um pucomo para advirtí-los da ne¦ der repressivo considerável, tão cessidade de se dirigirem com
I eficiente e bem aplicado quão muita velocidade para os loperigoso se aplicado abusivacais determinados, etc., exisI mente. Daí a necessidade de
tem convencionadas várias pafiscalização
severa e permalavras "senhas", cujos signi|
nente que deve ser exerciaa.
ficados são conhecidos dos poEM SANTOS
liciais.
A Diretoria de Policiamento
Convém
frisar que a eflfforgamzou também um serviço ciência da Rádio-Patrulha lnde Rádio Patrulha para servir fluiu decisivamente no sensível
lá vizinha cidade de Santos.
decrescimento do número de
O pessoal previsto para o
furtos de automóveis. A rapie
rádio-comunldez com que sáo atendidas as
policiamento
•cações foi o seguinte: um
rec.amações
chenão permite, que
• fe de serviço, dois 4.°s escrituo gatuno tenha tempo de, si: rários, cinco controladores-tequer, recolher o carro a uma
lefonistas, dois
encarregados
camuflá-lo
e
garage
para
de acumuladores, um mecâmuito menos sair da cidade,
nico, um técnico de rádio, quapois que as estradas de rodatro radiotelegrafistas, um sergens são constante e rigorosavente-lavador e um estafeta. mente vigiadas.
'
Para as viaturas: 60 guardas.
UM CAPÍTULO SENTIA cidade de Santos íoi diviMENTAL
';dida em
O desenvolvimento de Sáo
sete setores, sendo
os
dois setores que mar- Paulo, como era natural, deu
Ciue
os
armazéns das docas uma nova feição ã cidade. O
geiam
deveriam ter em cada, viatura São Paulo romântico, pequeno
e mal iluminado, tíe 1915 transum guarda intérprete.
Por deficiência de meios, o formou-.se numa metrópole dide Santos está nâmica, barulhenta e, na quapoliciamento
sendo feito apenas com quase totalidade da sua área, bem
tro viaturas e o pessoal pre- iluminada.
;.Visto apresenta 30% de ciaMas a boa iluminação não
ros.
atingiu
certos
logradouros
As viaturas
da cidade de
pàblicos e em certas ruas foi
Santos estão munidas apenas
neutralizada
árvores
pelas
.cie aparelhos receptores, donde centenárias, muito copadas e
causa \\e muita sombra.
Ja necessidade das comunicaíções dos guardas com a estae as Jülietas, extravasantes de
Nessas praças e ruas enxaserem feitas
ção (Controle)
ípor telefones cedidos por ta- meiam os namorados. Parzlnhos românticos escolhem as
vor.
ruas sombrias para os seus
A ESTAÇÃO CENTRAL
devaneios, pois que o Amor é
A estação central da Rádio
Patrulha (em São Paulo e em inimigo da boa iluminação.
"Con- Beijos
prolongados, tipo cineCantos) é chamada —
trole". Dia e noite está em ati- ma norteamericano, entrecorvidade, irradiando, recebendo tados de palavras ternas e promessas vivaz-íts, procuram a
chamados e informações de
sombra
protetora e simpática
particulares ou dos próprios
carros, anotando tudo que pu- das velhas árvores que o van-
PAGINA 9.K
DIRETRIZES
dalismo moderno ainda não
destruiu. Esse é ainda o espetáeulo que lembra São Paulo,
de 1900, com vida farta e despreocupada, sem guerras, revoluções e questões sociais. O
Amor, apesar de tudo, ainda
é a pilula dourada da Vida. E
em São Paulo ainda se ama
romanticamente pelas ruas e
praças escuras, longe do olhar
indiscreto dos moralistas.
A polícia comum é feroz. Roda com o seu carro de presos,
assustando e, quando pilha em
flagrante, deteem os Romeus
e as Julieta.s, extravagantes de
vida e de seiva amorosa.
Mas a Rádio-Patrulha
é
mais humana e — porque não
dizer — mais romântica. Lámita-se a assestar o farol do
carnr na direção do idílio. O
par foge assustado e procura
outra r.ua escura. Os guardas
só o persegue com a luz, essa
inimiga tremenda, dos namorados.
OS CASOS DA RÁDIOPATRULHA
A Rádio, Patrulha atende
casos os mais diversos. Alguns
até pitorescos- E' uma gania
cheia de,nuances. Vai desde a
tragédia sangrenta ap ridículo.
Mas as guarnições são sempre,
dedicadas "e complacentes.
Há dias, do bairro da Casa
Verde, bem afastado do Ceritro; velo üm cliamado angustioso. Célere a viatura partiu
ao ponto mais próximo em demanda ao local da "tragédia".
Erá um caso para rir. Uma
ninharia para a guarnicão,
mas uma "verdadeira desgraça" para a vitima. Uma senhorá que, numa rua desprovida de iluminação, havia perdido um "pivot" de ouro, solicitara a intervenção da Rádio
Patrulha para, com auxílio do
farol do carro, procurar o
dente. Um determinado trecho da via pública, delimitado
pela vítima, foi varrido com a
luz do farol... e o dente foi
encontraao com grande regosijo para a anciã que seguiu
o seu caminho desejando toda
sorte de felicidades aos guardas da guarnicão.
Outros casos traduzidos, a
chamados urprincípio por
gentes, são depois de poucos
minutos, solucionados com a
maior simplicidade, dada a sua
insignificância. Mas nem por
isso deixam de serem atendidos. A solicitude é a principal
característica da Rádio Patrulha Paulista.
NA ESTAÇÃO CONTROLE
Um dia, já alta a noite, barafustou pela estação Central
a dentro, um cavalheiro de aspeto desvairado, com os olhos
lacrimejantes. Mal poude contar ao plantão a desgraça que
o atingira. O seu relato quase
ininteligível de homem desesperado e exausto, foi compreendido afinal. Um filho — garoto de seis anos — havia desaparecido das imediações da
sua casa. O alarme foi dado e
todas as viaturas ficaram alertas. O pobre homem chorami ligava ainda, mal decorridos
quinze minutos, já um dos R.
P. avisava pela radiotelefonia
que a criança fora encontrada.
O pobre pai, com olhos
úmidos ainda,
foi encontrar
o seu rebento querido, brin-
/.Jr..- iryy--'~'ry<r':'~Ay .¦.¦-':,r'.^v*
¦s
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V^^^i^rff^^^^l^
*v _y S' Ay ^ãÊtKÊÊ
¦•"¦ :r^mÊm
O jornalista, enquanto não aparecem nov.« ..-,;« a registar, paJeslrar eom a guarnicão do R. I'. 30, na rua da Conceição
na capital paulista
cando calmamente dentro do
tação do Juiz. Isso evita que
R. P. sob o olhar vigilante e
os alvejados tomem desforços
pessoais.
paternal dos guardasA DIREÇÃO DA RADIO PAOS "PAUS D'AGUA" ,
"paus
TRULI1A EM S. PAULO
Os
dágua" contribuem
com um elevado numero de
Essa organização que tante
"ocorrências". . Alguns viram
orgulha a capital paulista é
valentes e, dão certo trabalho
dirigida pelo delegado auxlliar, cir. Venanclp Aires e tem
aos guardas para recol,hé-los
como chefe do. Policiamento o
â residência ou ao carro de
dr. Oswaldo Porchat.O dr. G;,
presos. Outros, estirados ria
Mastena
calçada, são recolhidos
é o se,u, diretor técpela
viatura e levados para a Cen-, nico e o dr. Marcai de Barros
trai de Polícia de onde, após
está na chefia do Tráfego. í\o
convenientemente
cozinharem
Serviço Radiotelegraf ico. Uma.
a bebedeira, são mandados eni pleiade de auxiliares especia-paz.
lizados completam o quadro
Ãs primeiras horas da madessa magnífica organização
nhã. principalmente, as guarsob cuja égide São Paulo, o ginições percorrem os lugares gahte da produção brasileira,
mais "propícios" para fazer a
trabalha, se diverte e dorme
"coleta" de "paus dágua". São
tranqüilamente.
tipos que variam de cara e de
O SERVIÇO RADIOTELEindumentária. Desde ó "mociGRAFICO
nho bonito" até o pobre diaEm 1941 o Serviço Telegrábo encharcado de cachaça.
fico do Departamento de CoUm dia — fala agora um dos municações e Rádio Patrulha
guardas de um R. P. — a es- do Estado de São Paulo expetação mandou-nos a uma dediu e recebeu cerca de 260.000
terminada rua do setor. Era telegramas com mais de doze
um chamado urgente. Corre- milhões de
palavras, excluslmos velozmente para atender
vãmente em serviço público,
à "calamidade".
ix>ls que esse serviço trabalha
Era um susto somente. Úma
para todas a,<_ repartições do
jovem fizera o apelo para ar- Estado e Serviços Meteorolórombarmos o banheiro da casa
gicos Federal e Estadual. De
e de lá retirarmos o seu pai, acordo com o Regulamento Inmorto talvez, pois' que para lá
ternacional o Serviço Telegráentrara há mais de uma hora
fico presta toda a assi..têne não mais dera sinal de vida, cia aos aero- navegantes,
quanapesar dos seus gritos.
rio solicitado. Esse serviço tem
A porta foi arrombada. O preferência sobre
qualquer oubanheiro estava vasio. Pouco
tro.
dopois verificou-se que o veO serviço interestadual, eslho. tinha saido para a rua
tá sendo feito com o Rio de
sem que a moça visse e um
Janeiro, Espirito Santo, Baia,
seu irmãozinho menor se tranPernambuco, Paraná, Santa
cara no banheiro,
saltando,
Catarina e Rio Grande do Sul,
depois para o quintal. A porta
e atende às necessidades ofifechada causara todo o rebociais, principalmente às poliliço.
ciais.
AS RESTRIÇÕES DO MONo interior do Estado as esMENTO
tações estão localizadas nos
Atualmente,
atendendo
à postos policiais e na capital
restrição no-consumo de gaso- são as
seguintes as estações
lina, a direção da Rádio Paque atendem o movimentado
tralha reduziu o número de serviço da R.
P.: Central —
viaturas. De 33 que atendiam PYH6; Gabinete
de Investigao serviço da cidade, a cifra
ções — PYG6; Secretaria de
foi reduzida a 18. Mas o tra- Segurança
Pública — PYN7;
balho continua a ser feito nor- Palácio
do Governo — PYN9;
malmente, pois que certas viae Penitenciária do Estado —
turas passaram a atender dois PYN6.
setores, suprindo, destarte, a
Sob a chefia
do sr. José
falta dos carros retirados do Mattos
de Souza funcionam,
serviço.
nos fundos da Central de PoAs reclamações confiadas à
licia, as oficinas de reparação
R. P. tem o caráter secreto e e construção de aparelhos
de
o nome dos reclamantes são rádios que atendem às necessifornecidos somente por solicidades da R. P.
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DIRETRIZES
21/5/194^. ;
'.ii
O mestre é o obreiro da grâtiílâo e fidelidade | Pátria
compromissos e aas imperativos
senso não será emprestar aos
trechocavam. Impossível estaberealistas do momento, as na,homenaanulado o encanto político do
brasileiros o critério de
unia
e
no
conciliação
a
lecer-lhes
com
famoso imperador-soldado,
ções da América se uniram
gear, em requintes de agradecdas
chanceleres,
dade: de uma parte arregimen.conclave
recente
na
a prisão na ilhota de Elba e o
respeito,
mento, admiração e
tavam-se os reacionárias deferino Rio de Janeiro, para responposterior exílio, em Santa Helepessoa de Pedro I, a loura e joimperialista;
sores da opressão
der as comuns inimigos da paz,
na, decidiram as nações aliadas
Habsburgo,
vèm Leopoldina de
em" campo adverso se postaram
asseclas do crime, sicários da
reunir-se no Congresso de Vieardente
consorte,
amável
sua
o.s
inovadores patriotas, apoiomaldade imperialista.
na, cada qual procurando fcripuIndependência
da
instigadora
Não nos surpreendem seus argistas da liberdade, em :-,i encardiar, çom maior desenvoltura, na.
em
devemos,
a
Nacional,
quem
nando a força natural do cresciinimigo, no
e botes, sob a execrareganhos
repartição do espólio.'quem
randas
parte, o amortecimento
mento das povos jovens.' reagininais
y dos chicotes e daa
vel
suposto' direito de
Áustria
proteçã
da
santaliancistas
cores
"de
externo
contro
do
o
predomínio.
colocando
reivindicar
esporas
qui
povas dignos,
é
>.
pode
"princípio
quer
A DEFESA DO SOLO NATAL
Metternich.. , : ,.,
Contra o insolente
investem com
as
mag-'
contra
da
As
finalidades
quais
nhões.
nacionao
nosso,
nossa
da
Para
populaÒ aumento
gáudio
,ós americanos
da intervenção'""princípio
no
violência e" rapinagens elucidatina assembléia resumiam-se
lismo brasileiro, em fase tão alnacioção; o menosprezo âç desassíomo
Europa,
da
postularam
mapa
vas de uma egoísta civilização,
o
recompor
na
madrugou
deledificil.
em
ê
voroçada
bco do nosso proceder,
sobea
nàlistü"
estabelecendo
súá,
abudos
arbitrária
toda sua, particularmente
correção
afiríndice
a
pela
libertado
alma popular, como
sa do solo- .natal,
hiotude
rahia das nações,
inflama.
o
dor
a
tivera
e
revolta
a1
cometidos,
sos
quem
em
por
que
boque
das
sobrevivência,
de
heroísmo,
inativo
custa do nosso
próprio organizadas * e regidas.
Bradam, aos céus os frios asmau sonho de julgar possível fa* nobreza e a altivez se igualatif arras, estranhas; o abandono
orientação voluntáimprimindo
mundo,
dò
de reféns inocentes, que
senhor
sassíiüos
único
zei'-se
mea
votou
nos
ram.
à sói te, a que
existência, na escalada
à
sua
ria
figutantas
o espaço, vital,, paác
umas
ócuptim
fixa
de
lhes
idéia
Dom
A simpatia que envolveu
trópole, em condições desíavorados séculos..
étnicas deveriam,
volminorias
eras
porvindotna
de
História,
às!
só
ras
da
já
rareando;
de
áós
I,
em
Pedro
nós,
poiwios
vei?' pára
presença
de
inalienáveis
heranças
As
de
.outras,
..
e
respirar.
vidas
,no
ocasiopretérito
até
de todo se dissipou,
inimigos sem conta, aguerridos
Fehiándó VII da Espanha e de
metraneutras
Embarcações
viventes hoje em dia.
nar-lhe a abdicação.* Para tane bem armados;; as fortunas
cOUPortugal,
VI,
de
João
Dom
mermóidesarmados
obsessão
navios
Sim,
lhadas,
atá.Obsessão?.
defeitos
to concorreram os
construídas. peio colonizador ,pm
sagradas pela sanção dos temàqueiu
no
fundo>
áo
cantes
enfraqueceu,
passabida
impostos
que
imentemperamento
das
seu
remessas
vicosido
as
rioíjso melo;
pos, dissipar-^se-iam no curso da
da zona de bloqueio, entregues
do, ó pensamento de réis òiguàlaui do
sas riquezas daqui para
pulsivo, o oarater personalista,
'
ascendências,
suas
per-' História, como as nuvens fugitiao' comércio pacifico, longe . do
lhosõs de
vida
na
escrúpulo
parde
¦oceanos os estorva*; e às humifalta
a esmo. •„ a
caminhando
vas
das
ambições,
comprovar a decantada sUperiodidós
vpragem
na
remanescentes
üi tramai IV*
ticular, herdados
lhiações do. governo
soldados
os
Gomo, okitrora,
alardearia,
rUlade racial, , que
Na
hora
desfeitas.
possa
que
—
Carlota
rainha
eis,
da
psicológicas
no e de seus propostos
de Meneftá, arrostanfaraônicos
raciocínio,
o
brufceza
de
seus insa
vem,
obliterando
evidenciam
ela
vieJoaquina. Fatos politicos
arrolados, os fatores que nos lido o Mar «'ermelho, em perse• • ,*. *:.
de noimprovisados,
tintos.
.....
césares
de
a
fossem:
como
n<.sda
valor
agravá-los;
o.
ram
zet-am aquilatar
disjwr-seguição aos hebreus,
mes trocados, f errabr.aÂés dóufcriCis¦„.> üontr.bui-çãa, reiorçando-nos
desintegração da Província
"saciando o ódu». profunao.. .
iam a imitá-las os exércitos esblazocervejarias,
nadorês de
de
» conciência da nossa indi viduaplatina, o . • recrudeseimento
afrontando
e
português,
panhol
a
superiorinas
veias
ter
com
as garras na mão do mundo,
nando
entre
desinteligêiicias
antigas
'""_"
lidade coletiva.
a. • trave^ia do Atlântico, para à
cosangue,
do
a
e
ow dentes no craçáo. . ."¦
com
dade
tudo
pureaa
a
região
e
.
brasileiros,
à
O apego instintivo
os
portugueses
submeter
povos
obediência
das
no
então,
lorindo,
»
painel
s« avolumando externamente,
nativa, o enlevo e o ciúme, do
rebeldes, castingando-os. como o
as tintas
A hora é de cuidado, cone Lento,
acontecimentos, com
o tédio
imperfcinénei» dé seu irmã» Dom
deslumbramento,
aeu
franceses,
invasores
aos
fizeram
os
megalomania,
incurável
disposição de...àuinio e féíforte
¦
da
triunfanfces
aversivo que nos inspirava o sishás batalhas de Salamanoa, Ba-, Miguel é os nareflexos
'trois jourbalodo
assombros
e
contorno
rea
disciplina,
luta
preparando a in-.
'
coroa
França,
d.»
,bi'a- •fo
da
terna desdenhoso
Róliça e Buoaco?
dajoí?,
os'arrotando
interna, da*
frente
messianismo,
destrüfeivel
e
de{>ôs
ao
néen glorie tines'-' que
não temegantina deram configuração
Assim resolvidos,
uma "nova ordem"'
espiritual
de
solidificadas,
méritos'
gerações,
B.
ri
vãCarlos
na
desterrou
nativismo, patenteado
• riam fossem os yelames de seus
neciófago
amanhã, .
mascara
a
e
se
hoje
oom
materialmente,
e
que
lidade entre os descendentes do
bergantins .fustigados pelas onImparcial e detidamente fôsdo
sofrie
lágrimas
toda
e
das
sadismo
impossibilitando
qualquer
o-s
entre
da
português e ou reinóis,
das, não lhes assaltando o resemos. perlusttár, os anais
a .outros povo,..*., ...
da escravidão e da morsubordinação
no
tühas da terra e os seus possui,-. mento.
albodos
«ceio de fragoroso desbarato,
nossa política exterior,
te.
Bem haja, pois, a. Liga Acadé.
dores de então.
;. . . Oonoedei-me aqui repetir as
com os gigantes que Ti1* Império aos noVe anos
enconóro
res
do
mica
de Defesa .Nacional, Órgão
Portugal hodierno e o Brasil
desta ao fim da
vres os pulsos, de esperança tende Regência,
Jaé
Dom
de
universitária paubelas palavras
da
mocidade
¦contemporâneo, por seUs gover-'
do a alma banhada, queriam resmonarquia de Üóm Pedro II, e
e Silva,
Gaspar de Affonseca
clarinando: a vigilância,
lista,
a
nos e povos, não respondem pésob
pelos tempos afora em que
respeitável aroebispo metropolí- . pirar, eni haustas profundas,céu. a
para desfazer as, am*eaças e ou
los errus de pntem, que os temveríam-os a
luminoso do pátrio
azul
o
se
República
em
projeta,
as
Paulo,
São
quais,
de
tano
perigos do momento internaCxOpas esgarçaram, e a recíproca . coro. a doutrina da Igreja;
certeza de pensar, sentir
se
i«flexivél e forte linha do resjubilóaa
¦¦¦'-,.
nal!
.:.,.,
inteos
iguais,
estima, os rumos
como tradição
e mover-se por t si, medindo a
peito â justiça,
harmonisam as "elições da His.iõenjaulados na lm- .
dia,
Algum
resses comuns, a inteligência e. a
ideais,
numa
mantida pelo . Itamarati,
projeção futura' de seus
da Sociologia:
alueiria, do Direito'
potência de hegemonias
tima de ambas as nações teem eoé pela
••Não há, para nós, raças super ioreta serena e digna, de José Bopela vertical do espaço
d«
na
contrição
refeitas
nantes,
tno pulverizados.
demarcação intérmina dos honifacio ao Marquês de Abrantes,
nascidas ninas
inferiores,
rès
ou
refciiteixo
desmandas,,
.
no
seus
nado
o
é
prefácio
O nativismo
rizontes? .
da administração do Marquês de
cottt o monopólio de gênio ou da
nto da razão e da moralidade,
dos
clonalismo. A significação
ao Visconde do Uruguai,
as
oom
Olinda
o
e
outras
despeito
a
o»
•
abafaria
geradas
lhes
Ou
a entrar
compelidos
força
serão
nos
di»
mais
que
mesmos está.
deste ao 1* Rio Branco, do Contaras do servilismo e da fraqueorgulho de antever o brilho e a
Eixo.
do
Paises
seus nomes, nos seus resultados.
selheiro Antônio Saraiva ao Baza, porque a mesma centelha de
pujança de uma nova civilização,
daa
Mais se apreende na atenta anáInimigos de Deus, titeres
em
acendeu
prolongando-se
rão de Loreto,
Deus
dos
inteligência
sucessores
trabalhada
pelos
resubalternas,
lise prática de suas íórmulos do
conveniências
repúbliministérios
das
em
como
através
humano,
cérebro
cada
incas, guaranis,
astecas, maias,
«jjue na síntese de seus enunciae
serviam-nos,
Bocayuva,
presentavam-nos
canos dc
Quintino
cada coração ateou idêntica faaraucânios e tupis, como rebenesbirdos. Os acontecimentos, e não as
oficial ou oficiosamente,
do Cabo Frio e do BaVisconde
bondade.'"
e
amor
de
cintilan-r
espirituais,
tos
floridos
gulha
A
paronísinistra,
—
malha
da
tecedores
ros
palavras, os definem.
o
excelso
Branco
rão do Rio
O Congresso de Viena, a que
do em portentos de ousadia, em
mia de seus termos obscureçe a
com que pensavam abafar-nos a
Santa
na
teve,
apóstolo da paz continental —
longo
nos
ao
e
das
montanhas
referimos,
torno
mais
comeles,
distinção entre
compnma--nos: a conciência
Nilo
vo*/,,
de
sem nos esquecermos
Aliança, o seu forçado compledas rios. que lhes defenderam e
de modo vantajoso, aproFepreensi/el se tornando a especíMarques.
:
Azevedo
foi
pouco,
supremo
Peçanha,
mentor
Seu
mento.
acalentaram o berço?
fica diversidade, ao lhes esmiUe,
Franco
Mello
e
.imobilzarnos os braços. -Até h&..
reacionálix Pacheco,
Mefcternich. ferrenho
nós, como, aliás, em
a
Quanto
Aracaímos as causas materiais quanda cordura do nosso,
nós,
Oswaldo
de
vei.tavam-se
mais
vanglose
perto
rio absolutista, -rochedo
que
motivadores
nativismo,
relação aos nossos vizinhos, è sato ao
na. iluda simárbitro
ehcòrajavam-se
vitorioso
da
oro
nha,
governo,
ser
o
de
liando
espirlviram
os destituídos
bido,
não
classificando, de ordem
displicência
ihcorrigivel
das
encantadoras
sâo'
da
impotentes,
o
contra
pessoal,
dem"
patia
qual,
consp.ectos
as
tual e jurídica,
precepfcores. com olhar de comda
dõ nosso povo,- embiocavam-se
maneiras simples, da palavra vise esbateriam os vagalhões
de
liberdaímpetos
as
inerentes ao nacionalismo. Este
placéncia,
das
atitudes
quae
na manta das imunidades
bandeira
brante
a
desfraldou
persuasiva,
anarquia,
buscava a obtenção de iguais di. de,. ,
desdo
manejas
intemerato
os
lhes
açoitavam
Na
fidalgas,
liberalismo.
ao
guardião
combate
de
reitos na vida coletiva, sem inda
vincamarcadas
leais, assim enioó o ensaie
Diferenças
nacionalismo brasileiro e da soConferência de Aix-la-Chapelle.
do
pessoal
dagár a diferença
dissia
soberania
fisionômica,
da
austeridade
ram a conquista
berania americana!
o famoso
em 181»,
realizada
metroponascimento, à política-supremacia
mulaçào da fidalguia no trataem prol do
brasileira e a maioridade polítiaustríaco,
os
chanceler
orgulho
nosso
em
Cantam
a
litana concedendo
mesuras
das
espanholas
da
mocolônias
mento. o cálculo
ca.
das
da
autoridade
fortalecimento
cone
missões
das
triunfais
ecos
amigovernamental sobre os habitande
os
e
vice-reinados
Os
cordiais
chamaAmérica:
o
protestos
triunfar
que
fez
nárquica.
gressos em que nas fizemos retes locais e distantes. O nacio"princípio da intervenção".
da
a baixe&i.
NovaMéxico,
encobriam
do
zade,
chamaram
se
do
os
batalhasagrando
*.;mo,
presentar,
ao contrário, insurgiunal
de
agressão.
desmemPlata,
Peru
e
seiis
Granada,
planos
dores impertérritos das legítimos
»è contra a subordinação brasibraram-se na fúlgida constelaamigo*
DOUTRINA DE MONROE
chamem-se
Canídeas ha amigos,
do Brasil,
direitos
leira ás ordens de Lisboa, exitodas elas
nacionalidaes,
de
canideo»
ôu
vezes,
ção
Gusmão
revelando,
Alexandre
de
se
lieles
por
as
gindo fossem respeitadas
regidas pela forma republicana,
moO exemplo dos Estados Unidos,
Joaquim
de atitudes mudando, no
Marquês do Paraná,
nhas geográficas dos respectivos
colocanativos
Inglaterra, a
com
elementos
da
desgarando-se
cauAleazado,
eles
ou
José
mento
Silva
da
por
Caetano
de
para
condições
espaços, advogando
dos na suprema direção da resRevolução Francesa e as difisas inconfessáveis, tal o camaxandre Teixeira de Mello, Joaautonomia.
Só
a
assoberbaram
culdades
governamental
ponsabilidade
Barbosa
que
Ruy
.
de cor vária, pelo súbito irou
leão
Nabuco.
quim
Das repetidas competições para grandiosa
o Brasil manteve
Espanha e Portugal,
primeiro,
de causas acidentais. A
Pessoa.
romper
Epitacio
em
ou
nativsimo,
do
ticuláristás
fruto
como
de
menos
exércitos
unificação,
os
derrotarem
lhes aplica a declarase
para
ora
justa
com
anos diversos manifestado,
A serenidade a energia
geoconseqüente das condições
Napoleão e. posteriormente, nas
Joaquim Murfcido
grande
çáo
e
o
direito
num ora noutro ponto do temdo que
que temos defendido
"Gosto dos cães porque já
ou
e
o
o
absolutismo
entre
lutas
governativas,
gráficas
nho:
diligações
tório brasileiro, sem
a justiça, na paz como na guerno singular determinismo da Hisconstitucionalismo, aos patriotas
conheci* os homens". A consretas entre si, brotou o nacionanão apenas no interesse próra,
a
sua
estrumodelou
só
ele
a
cristatória;
ensejaram
americanos
tante blandicia da fala, a perdo
lismo, nu exuberante eclosão
prio. como vantajosamente para
tura na imprevista conformação
hzação do sonho da liberdade.
exmanente
gentileza, as gestos,sófundamentando,
inmundo
entusiasmo,
as demais nações do
da monarquia, mais de meio séNo realismo histórico, esplendoimutável riso acolhedor,
o
brios,
doutiina
evidenciam-se
teiro.
pandindo c determinando o ideal
da
abençoando
culo retardando o advento
rosa, ela reesürtiü
não passam' de sintomas de noda Independência.
na de não reconhecer o Brasil a
todas suas
Mina.
de
ideal
Hidalgo,
Republica,
de
anseios
os
no
de Beckman,
jenta falsidade, maior repugnãnA Revolta
aquisição de territórios pela forfinalmente,
revoluções; só ele,
Bolívar* Santander* MiNarino,
Percia merecendo a virtude aparenem
Mascates
os
Maranhão;
ça, de reprovar a.s perseguições
confiou seus radiosos destinos a
randa, * Yegros, San Martin, Mote e a mentirosa amizade, que os
nambuco, cs Emboabas, em Mide
e
religiosas
e
raciais
praticar
Recaide. 07 Higum principe de sangue, da próCarreia,
reno,
dos
defeitos do arrebatamento. o inFelipe
de
martírio
nas; o
da solidariedade
os princípios
desligara.
se
Tiradéhnação
de
Louvertur.
Sucre,
que
pria
Rins,
Tiracontido das maneiras bruscas a
Santos; a gldinficação de
humana.
Alem das causas políticas, rates. José Bonifáoio. . . e toda
azedume das palavras ríspidas.
o
no
opióbiio;
mistificada
dentes,
esforços
zões sentimentais devem ter inEnvidamos seguidos
uma legião de Atlantes da gióAs
pontudas arestas do arrebaa Revolução de 1317, são capitufluido no extraordinário acontesó* à guerra inda
ria!
em
paz,
prol
ensejam a previsão e v.
tamento
rebeldia,
da
prelos sucessivos
cimento.
vocando em situações extremas,
trlsto-.
ao contraa
atacado;
flebís.
sob
do
Debalde,
o
Grito
defesa
antecipando
e
parando
meios suasóos
atendidos
não
as
olvidarmos
Sem
o
querelas
do
fingimento
e
máo
Manzanftres
artimanhas
a.s
rio,
tttíà,
celage'm,
cenfcràliáSdor
do Ipiranga!
rias, em defesa do solo pátrio,
da
motivantes do rompimento
os
os intehtos e os i aneTejo clamariam
enevoam
queixuuaçs
ximo das explosões'locais do nados no:sos direitos, da nossa
nossa primitiva subordinação codas duas velhas, nações da Ikejos dos atacante velado e deshotivismo.
nas
nunca
Vitoriasas,
honra.
nos
não
lonial.
temerária
parece
nesto. invisível na dissimulação,
ria, pela firrneaa dos povos que
No cluabar no .século XIX, com
nos
a
desafroiita;
jamais
cegou
havermos
elevade
a.
suposição
a
luz
nascer
defizeram
as armas dd ment ra„
rias
brandindo
para
que ,
a mesma insistência
embriagaram os louros, espoliando, ao trono o filho do monarda História, assistindo-lhe c *. vacalúnia, do enredo, da maleda
monstravamõs, não se rc.p:tiram
do os bens dos que a sorte aba-<
s
ca português,' como sé nos inse
êilantes primeiros passòá, ensidicência. das excusas aéreas
das soldadas
as provocações
terá: Sempre julgamos cessados
tributar
cordesej..
de
o
nando-lhes a crescer e a viver...
dos jjrctextos falsos, esforçandopirasse
rúaruja*? estrangeiros, porque a
em
os nossos direitos
quando,
dial tratamento à pequeua-gránMetfcernich, espavefttado. conse, no disfarce e na penumbra, em
Europa se unira para enfrentar
*
outrem
de
os
igualdade
uni
mundo,
ao
nação
paralela,
de
encoque,
invulnerável,
voca. e realiza o Congresso . de
tornar-se
,» França revolucionária.
se levantavam. Procedimento sob
mundo fizera conhecer.
não expor-se aps
Verona, finalizado em dezembro
lheudo-se
para
A Convenção e o Direlório. o
todas os pontas honrado e, a toriscos do combate, de peito abar-,
de' 1822. álvitfando a intervenConsulado e o Império, sucessidas
as luzes, superior, nos confeE
POVO
NACIONALISMO
intento
no
Aliança,
toe viseira erguida. Tanto erro
ção daSahta
vos oi-gãos da nação revel, abalao respeito, a estima, a conriu
háas
terras
da
que
monarcas
recòlómzàf
de
é a imnulsividade como a predos
ram o prestígio
fiança das nações vizinhas, resoberania
, se mais mundos houvera, lá
a
viam proclamado
aquela corno
cuimeditação; tanto
época, absorvendo-lhes os
o
nas animando
ciprocatuente
[cfiegara."
males
negá-lo.
há
estado
não
naeional.
num
esta',trabalhos,
o.s
dados
ajuste de não revivermos cadulevanta-se a douA primeira,
si.
de
Entrementes,
após
acarretam
conceutração
de
permanente
cas e passageiras animasidades.
Honratno-ía. qual se nas imtrina df Monroe, consubstanciaé fagulha que logo
no entanto,
fprgas* em benefício da própria
filial
cinzeO panorama
de
o
desvelo
que o mundo
Novo
de
ó
polisse
Iena
afirmativa
em se extinfuinda
se
que
apagar-se,
a
contra
qual
pode
estabilidade,
amarga nos dias
que passam,
lar a estima de um povo simlpes,
os
Mundo, de então nara o futuro.
errônea dó moineudo
a
ameaçadores.
paixão
vàntavam,
sombrios e instáveis, carreados,
bondoso e altivo, que na trajetonão seria colonizado por qualA preto, vezes por outras, de bòa inlibertários.
princípios
de
erros
e
vilezas,
a
tristemente,
mostra
existência
de
sua
ria
eurocontinente
do
nação
dinásttquer
tenç&O e reveladora. todavia, de
ocupação da segurança
de modo brutal solapados
força dominadora de sua crenpeio
veleidatoda
ainda,
mais
e,
Ao revés disso, a
sinceridade.
.tempopeu
se
aquietassem
ca fâ-Ios
traição, contrariam
ódio
e
infcrepidez,
de
sua
.os
beleza
a
pela
ingerência,
de
ça,
¦nos
code
extemporânea
a
segunda é chama que perdura o
deixando
rariameUfeei
as normas e os portulados a que
suas traexemplos
de
edificantes
tornado
haviam
se
oue
a.s
contra
desagrada-se alastra, alimentada e crescida
berto de su rpresas
o Brasil afeiçoa os seus esforços,
dições, elos indestrutiveis do esseria tida com.»
Independentes,
na
má fi. concientemetite errada,
veis.
cristã,
civilização
honrando a
UniEstados
pfrito, que o manejo do mesmo
aos
hostilidade
covardia e desfademonstrando
Eclipsada a vitoriosa carreira
servindo à paz universal.
idioma sedimenta em penhor de
rt<
do*.
Bónapo
N.-*jfiBíeãí)
çàtez.
militar de
Fiéis aos sentimentos e às tra-,
'
afeto comum.
Duas mentalidades contrárias,
«úmero)
corn os tev-iries que a 3 rcan.tiaem.
assegurada
de
à
dições,
Destituído
(Cofri.
completamente
se
enpróximo
po
palavra
antagônicos
interesses
dois
e Waterloo;
L pzig
ram am
(Continuação d* nág. 31)
Fatos ocasionais ou voluntíria;, circunstâncias fõrfcuitas; iatCi-fiiit.entcs, âs vezes, constantes
ein outras, de menor ou maior
gravidade criaram nova expies-'
sáo ao sentimentalismo brasileiro,« nos reflexos de sua conviveucia com os portugueses. ,
/r,«
'\'Í
i
xíl
y
l«.\ ]
•.
?•
é'*
\
^21 /5/1942
I
DIR
PAGINA 27
E TRIZES
os do seu Lvro solembrar "Nordeste",
est: livro
bre o
'
'
¦
¦
*
m^^^*
__¦&
tíe tanta repercussão poética.
e que nem por isto perde do.^
seus atributos de história.
T'*^PS__t-:'*¦•''"•'•
Uma das propriedades do
estilo é realizar-se num piano fora de toda abstração: ser
E' tambem o que me parece
concreto. Falar tie estilo absacontecer com"O Raul Pompéia,
trato
do
por meno.s que sé queiAteneu", e
salvo o
que,
"O Ateneu" as págnas de ni2ra é sempre uma contrac ição.
De todo o estilo pode-se dimória mais do que as de crôzer
idenlhe
que é o verbo feito honica, não há quem
E dizer sem metáfora,
mem.
de
dentro
ou
titique um eátilo,
nos casos de estilo, a.
tanto,
unidade
mesma
um estilo a
palavra
parece enriquecer-se
de gosto.
-I "de
dos desnivelamentós, os aciNo verdadeiro estilo a orvalores
psíquicos profunG^jfc_iEttí~E_t£^--t
tíe
cbras
As
dentes de mau gosto faces de
dem e a haimon a teem que
uma vitalidade
adquirir
dos,
diminuem
»e
porem
não
re
ser c her ente.;: det mimadas, apontar mesmo em Machado
intensa e fluida como a do esquando comparadas; até pelo
da
Euclides
em
Assis,
de
nâo
e
lbiliuade
sen¦
pciO
pela
píriíjò' mesmo.
contrário, i*e completam. E
Cunha ou em Raul Pompéia,
verbo; uma qualidade do hoMas essas formas de exem
nenhum
cair
náo
julgo
rnem e rão da ir ase. Dai o não
paru citar aqueles escritores
pres.^-ão ,que não significam
exagero dizendo deste escribrasileiros entre nós de um
sei que de estranho, e muiinitão puramente um catálogo
tor bras-lelro qu? é o mais
estüo já consa grado pela e-ítas vezes tíe intrincado é" prurie lugures comuna, ou de
comigo da ênfase. Desde o
vocante que se descobre na. t ca. A obra de . qualquer
idéias já feitas, e que encarescritor.
de
meço da sua vida
deles oferece -mais de um conlinguagem dos escritores verdigo
nem do indivíduo o que ele
e-squeeer,
Nunca pude
traste. Assim è que os primeidadeirament? de * estilo. A.s
surde
impressão
agora, a
possá.ter rie mais original, de
ros livros de Machado de Aspalavras da mesma manei: a
mais diferente dos. outros, em
o
causou
me
prlpresa que
sim tí íic-ih«.ente se podem por
que òs fatos ou idéias por elas
esregra não se improvisam, a
li
desse
art
PBiro
go que
representados tornam-se fcrie-; no mesmo nivel dós fomanvinte
então
ele
tão pouco não se chega a elas
Tinha
critor.
KE
diatamente uma presa <a sua,. ces. tía sua última late, e por
O artigo era a
pela mecânica de nenhum há~
outro lado muita da sua poe-, e dois anos.
sensibilidade. Uma contensão
Malivro
dè
bito. Não há estilo, como bem
úm
de
propósito 'Senhora
' - - .*
sia e dos seus artigos * e jor,do su "eu".
de Engediz Thibaudet, onrie "não ,in-.
lio Sete',
o
adivinhar
deixam
o
nal
mal
dissemos,*
Entre nós, como
tervenha unia vontade, um
nho". Senti um autor diícautor de "D. Casmurro" e de
-sua
escritor que mái-s encontra no
riarfifíciOi uma reação do horente-. E não-foi-p?la
"Braz Cubas":
que escreve é Gilbe-tó Frcyrêi':
IberG
mem contra ele -me;.mo".
queza dc vocabulário.
Com Euclides, da ,Cunha,
' Nota-se em* todo* o estilo
Seja,,em. q..uajqy.èr, dos.seus ll-.,
'maisá
aunm
aliás!
to Freyre não é
à'mda..,,é
desproporção,,
d-a.
.q
assunto,
vros publicados,
uma' unidade que poderíamos
tor. que se faç'á notar, pea
quando
chocante, chocante
oue-ele- trate,-ou de sociolptíp
"O?
chamar
.'e
variedade
.'orgânica pela heÇé.sabundância
S.r'.õ?s"
comraranios odç.. t odqs;
gta cu de história; ou- de poe-*cppvergéncia..
1
encansar
ni.-s
o
a
vfcabulário.
que
cónros seus outros trabalhos,
sia ou de pintura, e a süâ
veiba;s
des.elementos
de
cor
paseus
os
realismo
tou foi o
"en"-linguagem 'da soíre as mesmas" exiuitos deles* de úm"vêrbali.s'e ch oc ante
linguagem
de
forma
uma
cie
ra
Cqu?'
se vocabulário;
mo' este h tó ir i cõ T' ,.
:úà jierSonáiidâretrações
"Os
cerrava dê eslrãnhán-enti. vi'-;'
qú'?. variando à vontade de
do
.próprio.
ainda, dentro
de; tende a se. desenvolver; ho
loi
significação e'a de, yitnió> não
Em,uma
novo.
vo c
palavra,,
Sertões". E' que .sc lendo muir
mesmo, sentido, c„as.. suas tensua expressão.,
nunca
o
.one.,.mQ-surpreestilo
o
perde,
,seu
da primeira'
páginas
dências mais .intmas. E- por, las das
-com qúe
característica,
o
.cu... traço íi.-.,
"Os
a
doeilidade
'
'
endeu;
Sertões" para
parte co"
causa desses recursos constaiw
ren-unidade
E
é
essa
se
sionômieo.
as
pareçam
palavras
cm paralelo com
pô-las depois 'trata...-da
temente pessoais de- expres*-ape^
valores
conforça
de
aos
à
criada
voluptuosamente
der
a parte que.
'.uma guerra'
são' é que as idéias -mais ab Snos
organismâls
cc/mo
e
vergentes
los
menos
prosódicos
sólida,
tíe Canudos, .de
tratas, perdem na sua .obrii'
•musicais da,sua ídé;à.v E ,nio,smos Viyo.s que ababá' deixando;
iniaté
t:m-..e.
a
harmonia,especulativo,
todo o s-*u ar
estilo
desse,
ao leitor a iíusãp .rié quç, deve".
trás consecutivas
pressão rie dois Euclides, umhumaiiizan.do.se.... - • . ... „..
>seu«
dos
ser
coisa íacil o estilo, como
em
o
temos
qualquer
ilutuante. ainda traz da sua
Ainda um fato a destacar,
em
torio o penyam^nto sese
a
qualquer
livros, o temos
verdadeira expressão, e tocáhé quê nós parece bem caracroestudos
dós seus granr:es
gulsse sempre um meio com-^
do em muito vocabulário sem
terístico da óbià de Gilberto,
soou
pleto e perfeito cie expressão.
bre Euclides da.Cunha,
gosto, e outro qué afinal se
é a sua unidade de gosto.
II.
Ou como se a.s idéias e ps
Pedro
bre
achando a si mesmo, batesse
Quase não se. descobre em tosênt:mentos que se exprimem
Há trechos no ensaio so^re
no seu verdadeiro assunto, e
da a sua obra d? escritor, hoje
em. arte fossem tudo um miEuclides da Cunha que fazem
no seu verdadeiro ritmo.
já bem numerosa, os profunlagre rie inspiração.
Não há, porem, céo que
dizem grames mestres, verriatíeira arte, sem trabalho,
sem esforço, sem uma vonfade coni''",v-manto .exaltaria
rela inteligência e pela imagsnação. Daí explicar-se naRACHEL DE QUEIROZ
turalm-rnte aquela frase rife
Thibaudet, e que concorda
'LETTRE
AUX ANGLÁIS" — George Bernonos. Atlântico Editorc
com outra de André Gide, paou
ra quem toda a art- imnh -a
cristão
co entretanto, que,
bora, desm-:-nt do nas suas teEm primeiro higar eu deseum ato de reação do indivínão cristão, possa um homem
ses e nas suas' profecias, ele
jaria, para falar :io livro.de
fuduo sobre si mesmo. O rsforvontade
de bôa fé e boa
M. Georges Bernanos, coloainda assim viverá, — vivecó
sinde
apelo
para realizar pela palavra
gir à emoção, ao
um
ra como um grito de sincera
numa
car-me
posição
os imponderáveis tie
todos
flue
dessas
páceririarie que
e humana paixão — vivera
pouco semelhante àquela cin
idéia
é que exig? es."á
uma
conde
íé
e.
dor
ginas de
como ainda vive a Venus de
ele no seu preque se colocou
reação
quanto mais pa"Lettre
que
fiante.
Milo no seu mármore imortal,
aux anglais"
fácio da
fecunda.
mais
ciente
— prefácio endereçado aos
üóis mil anos após a derrocad? Berrequisitório
Há
.no
não
impede, é ciaisto
Mas
dà de todos os deuses do
brasileiros. Isto é, pôr de parsevera
magesda
algo
nanos.
ro, que o valor artístico de
Olimpo.
te os convencionalismos de
tanto
seja
tade dos profetas bíbl cos que
expressão
uma
cortez a. esquecer que ele é
e
nús
Creio que poucas vezes me
deserto,
seu
saíam do,
maior quanto mais s'mples e
um dos grandes escritores ria
foi dado ver um homem prode
para
macerados
jejuns,
fac:l ela parecer. Qu? o esT
língua francesa, um dos erreis
a
clamar a sua qualidade tíe
tos
ouvido
dramaticamente
seja
forco
gritar ao
gulhos da literatura do seu
cristão, as suas convicções tíe
terrivel nvnsagem rie que os
o rie Flaubert,
como
heróico
país, e poupá-lo à minha recristão com tão serena digniencarregara o seu Deus. Este
mas que a expressão scia naverència embevecida de proriarie. Nunca vi ninguém lnhomem, quase um velho", mutural e viva como a rio sep
vinciana às voil a.s com o
terpelar os santos, a .sua Igrefilado da outra guerra, quc se
romance "Madame Bovary".
homem
a
com
graças
que,
grande
ja e até o seu Senhor
encerrou, no alto sertão do
Escritores como Pascal c R-eaos acasos da guerra e do exihumilde grandeza com que o
Brasil, na pobreza e na solltunan dc uma facilidade apaÜo, vê o seu livro sair não
faz Mr. Bernanos nas pág nas
de. soube dar à sua mensagem
rentemente angélica em tudo
dos prolos ilustres de N. R. F_,
livro.
seu
deste
ameaçadora
grandemesma
o
a
oue escreveram, chies, diz
"Gras'*ft", "Plon" ou "Cifé
Nunca vi a fé se manifestar
za, soube encontrar, para o
Thibaudet, que eram ma;s
des Livres", mas dos naciocom tão lúcida confiança no
seu clamor, o mesmo tom
preocunados com o estilo do
nalíss mos prelos da Revista
ós
todos
Como
meio do caos.
apaxonado que vai até o ínquc Taine.
dos Tribunais, com errata e
franceses, nesta hora amartimo do coração dos homens,
E tio próprio Stendhal que
mais c oí.sas brasileiras. Isso
ga, Mr. Bernanos, chorando
soube despir os fariseus do seu
se
me permitiria falar sem cortsgabava rie afiar-.se para o
faz
um
terra,
áponde
sua
a sorte
manto de mentiras e
seu estilo nas leituras rio Cótraneimento. louvar sem caretrospecto das responsabilitá-los à punição. Não importa
digo Cvil, contam o.s seus
de criatura
botinismo. falar
darie.s passadas e analsa as
ei? especifique, nue noque
—
melhores biógrafos que conuma pobre
para criatura
meie. os fariseus, Petain, Doperspectivas futuras, com seus
.sumia às v-zes quinze minumulher brasileira, assustada
riscos seus terrores — e tamriot. Weygand; daqui a alguns
tos
c em lágrimas ante as convulpara achar um adjetivo
tam,
Pé
suas
novos
bem
promessas.
anos. ouando
soes que agitam o mundo,
qu? não fo.se inimigo do seu
E num patético anelo aos
novos Doriot, novos Lavai,
—
substantivo.
procurando entender as parenegahomens de raça saxôirca
venderem,
traírem,
—
Esta aparência de facilidalavras de um critão que tenamericanos
Bernae
ce
ingleses
rem as aoóstrofes
de,
de simplicidade dentro tio
ta plantar, no meio dessas
aponta-lhes o qu? considera
nos se aiustr.rão tão bem a
maior
o promissor esconvulsões
ptorésco de imagens• é*
as causas da derrota, previel?s quanto se ajustaram aos
do--mai*1* penetrantes enum
tandarte da
ne-os contra perigos iriêntitraidores da gora. Os trinta
est;lo de G'lberto
croitodo
cos, levanta com mão atrevida
dinheiros não mudam nunca,
Freyre,
para a -maior impreo veu com que se encobre nao
sejam de nrata. de ouro ou
Daoui a cinqüenta anos.
idéia nas palavras,
da
gnacão
í*ó na Franca, mas na Inglarie cobre. São sempre o prequando esta guerra for apenão
e
no
só da i ."eia, das suas
terra, nos Estados Unidos,
ço do sangue, e a ignomínia
nas uma lição a mais nos
até tirar a essas pao
emoções,
mundo todo, — o fariseu,
deles é a mesma. Poreue hvcomnéndios. quando a imenlodo
lavras
o ranço aramat'ininrfgo.
tamente, o on*. importa nvls
.-a bibliografia qu? ela susclIoda
cal
sua dureza lexia
no libelo de Bernanos é a sua
Não
pr °tendo discutir as
tou estiver dormindo nas praafinal a
cológ'ca.
e
tomvirem
aplicação universal, on pntes,
teses de M. Bernanos. Se cie
teleiras das livrarias, e^ts lia
clartiçi'"adn,
o
movimen'o.
a sua preocunaçâo com o unimim. não partilho da sua
vro a*nda será vivo. atual e
s
e
chiei
de
forcr-coras
vivas
versah As suas lágrimas rio
crença, não reconheço como
novo. porque é feito da matet*°em.
ela^s
{.'ma
dc
que
francês não lhe cefram rs
ele, os influxos da Graça, não
ria preciosa que só está ao
'->>-.!"
'
ue
ns
r>°r:"Os
não
olhos
nois
milagre,
um
e.«pero
slranee rios artífices nrivileOLIVIO MONTENEGRO.
(Continua na pág* ÜS)
emcreio em milagres. Mas duviconfraditario
E,
giados.
1A1
EM TORNO DE UM SOCIÓLOGO BRASILEIRA
Aá, muitos escritores de um
p-ciipàmsntò profundo ás ve-,
íc-s mesmo de uma excelente,
pões a no que escrevem, ou
dotados, torno outras vezes
acontece, ds u'a -maneira fâcil e brilhante de rií/er, mas
a quem talvez não fosse posíivel atribuir um est lo, ; tribuir uma Jorma p.ssoal, única e imr.ancíerWel.tíe exoressáo -*- o poder entim de fazer
tía'Vv.a
palavra a matéria i>.'asfcica
. e
dá sua,própr.
";;W' a sc-.hsib.i-
ih^ê^;,,;"
i
"v
[ .15 )
diga-se
Freyre,
Gilberto
sem exagero, esse poder é dós
de taeapi p toque mai$.se
'obra.de.íociologia
no
oa a,.sua
Brasil. Idéias, fatos, honv.ns*
tudo o que essa obra reflete
da* nossa vida social conserva
quase'"dêsempre a mé/íuà. uhiexpressão e a mesma.
riáde
Identidade tíe. espírito- rias.
coisas-ligadas entre si ¦ pela
influência* ce um mesmo di<'.'"
n a m i sm 0 pt 's s o al.
Dó ponto de vista $ a ar'tè..'o.
único aí ias. que. .áquí, nos .Jrtt.
ter essa,, o maior^ escritor não»
é-de certo, o- que se exprime
com mais sutileza'de* idéia, c
antes o que se exprime com'
mais ,personalidade;, .não ê o,
q,ue imensa.por amor à abstraçao.. ma*- o que , pensa por
amor à viria. O que nos 1 ..-va a
compreender perfeitamente á
frase de Goethe, qué "para
pensar não serve de nada'o
mú to pensar". Apenas para
se ciirgar a essa como divina
plenitude de espírito, e fazer
do pensamento uma quase
que constante da própria natnreza, um brio tio temperamento é necessário a força tíe
vivificár
em
imagens esse
tie
traduzi-lo em
péns-amento.
formas a bem dizer sensuais
cie vida.
E é justamente a capacidade de , apreensão intolectual da.s co sas. mas a de vivê-las como fisicamente, de
recreá-las nos seus tipos mais
originais e plásticos de expressão o que conduz o esc ritor a um estilo. E' preciso,
quero pensar, a maior di poni.bilidade de espírito no escrtor, para ver e. pen. ar de
uma maneira autenticamente pessoal, e criar daí uma
linguagem correspondente, que
se possam enriquecer cl? novas e imprevistas significações vocábulos de uso comum.
Os exemplos de Joicc. MalCarlyle,
Che.sterton,
larmé,
os estão
somente
citar
para
critores universais qué nos
seus livros se exprmiram com
mais arte são b:m significat-ivos. Alguns deles como Joice e Mallarmé, pela ânsia de
traduzirem na forma pcnsivel
do verbo o que há de mais
inquieto e transitório no sent imen to, e o que há de mais
da
na
fugtivo
percepção
idéia, chegam por v?ze.s a parecer impenetráveis, mas impenr traveis apenas pelo mundo df-rente, particularíssimo,
de rensaeõ.s novas que procuram exprimir. Neles a vontade de exnressão, da melhor
uma
expressão,
"ade é mais do que
lógica, é uma neneessi
cessrdade vita1. e o estilo nesfes car05 acabando por isso
mesmo m:nos um problema
rnnph.smente de forma do que
d--* rersonalidade.
Há ou- fazer uma diferença
en-re estio e boa forma, a
boa forma como sendo cie preif rência e ev.u-.-.-orio, a orriem,
o -"y-n tam ente proporcional e
previsto da linguagem como
nos clássicos,'e que aspirasse
r nm t;po mais geométrico do
que romântico de harmonia.
^'1 í
/
'
•
'!>0 ESTRANGEIRO
\
PAGINA 28
21/5/1942
DIRETRIZES
OVOS
(Continuação da pág. 19)
fícios. Se o dinheiro não tivesse sido gasto em pinturas e e*>culturas, teria sido consumido
da mesma forma em enfeites de
mármore, pedestais de pedra,
Instalações luxuosas ou outros
embelezamentos arquitetônicos.
Com poucas
exceções, esses
com. atos resultaram de concursos anônimos. Este regime de
escolha por meio de concorrências abertas, aliado à descentralização inherente ao próprio fato
de que o programa de construções está quase todo localizado
em pequenas cidades, — é do
meu ponto de vista a maicr contribuição e a mais salutar influência da repartição. O efeito
«este sistema é estar continuamente descobrindo novos talentos e artistas moços que não tinham a oportunidade de demonstío não menos importante deste
trar o seu valor. Outro resultamétodo de escolha é a garantia,
tanto para o contribuinte
•para o artistas, de que a como
prefe-rencia não é dirigida
empepor
nhos, nepotismo burocrático ou
preconceitos artísticos, que até
agora viciaram as tentativas oficiais de estimular as belas artes
A origem
e portanto a
¦lmoiração dapolítica
outra prand" agén_
federal relativa à arte, chamada
H Bua
Ofi IC
gm-"i M
"o
projeto federal de arte", são
muito diferntes dos que presidem à Repartição de Belas Artes. Trata-se neste caso de um
aparelho de asss ência e portanto as suas funções — pelas quais
e responsável perante o Congresso e o contribuinte — nâo
são descobrir possíveis michelângelos, mas fornecer trabalho útil
aos artistas necessitados. A sua
ênfase e o seu critério de sucesso, portanto, não são tanto um
alto padrão de arte como o valor do trabalho para a comunidade. O seu principio diretor é
que, quando se cria uma base
cultural, a arte surgirá logo depois. Não foi Míchelângelo quem
criou o século quinze; foi o seculo quinze que criou Miehelãngelo.
As realizações do projeto federal de arte são ainda mais
dramáticas do que as da Repartição de Belas Artes. No ponto
culminante de suas atividades, o
projeto empregou cinco mil s
trezentos
artistas.
Completou
mais de mil e quatrocentos murais, incluindo afrescos, mosaicos e foto-murais, em edifícios
distribuídos
por todo o país;
mais de cinqüenta mil quadros
a
óleo feitos por ordem do projeto teem sido emprestados, com
caráter permanente, a escolas,
bibliotecas, hospitais, centros cl-
O LIVRO ESTRANGEIRO
(Continuação da pág. 27)
camaçam a pátria dos outros.
E ele chega a aceitar de coração resignado a vtvonha
e os sofrimentos da derrota
quando se convence que tal
vergonha e tais sofrimentos
são um caminho para a redencão.
E' curioso, ao mesmo tempo, que um homem
como
Georges Bernanos, que dispõe
cum tel poder de ironia mordente, de sarcasmo de impiedos?, zombaria contra aqueles
que nos aponta como o Inimigo, (e o são) possa atingir a
humilde, a singela ternura
qu:* brota limpidamente
de
algumas das suas páginas, a
compreensão, o amor,
com
que se refere ao ho-meni rüsti~o, ao cristão rude e pecador. aquele que é soldado durar te a guerra e camponês e
ooer?.rio nos t?mpos de paz,
qu? não entende de distmções entre o bem e o mal, mas
tem no reu coracSo ingênuo o
lnilu^ivel desejo c'o Bem, e por
el^ ?e deixa mat^r "...s?estimant t r o p génereusement
pa.yé par un coup de clairon
sn- sa tombe, ou une Croix de
vingt hfrancs".
*V . . .Faurais
grande honte
d'être confon^u avec n'importe leguei de ces écrivains vaçabonds
qui débitent dans
charme
capitale, une main
posf-éü su le coeur, les mentes
flat/eries imbéciles." E' o que
Bernanos diz nas primeiras línhas do seu prefácio aos brasilelros.
Suponho que até hoje nenhum estrangeiro
falou ao
Bras'1 esra linguagem de entendlmento e afeião. Nada
dns belezas da Guanabara,
do siderurgia; nem a vastidão
nem dos futuros progressos
por explorar ,nem o petróleo,
da Amazônia, n°m as minas
nem o cacau, nem o café. Bernonos ama e saúda a nossa
mccRsta vida do interior, os
:rarc'io,s
de bnrr orom a sua
bananeira ro quintal os pecaminhos
tovtuosos
quenos
os
que sobem p°nosament?
morros, ele nos ama a nós,
tais cnmn ?om°s, mm os nossos prandes defeitos, com o
nospo pobre hero;smo dr obscuros. — e não como promet°mos ser, nem emo ^*arente.rn.os ser, no rxplendor isolado das erondns ^i^a^es. e
muito menos como di^°m que
somos os nmn*"risos ¦"'itxambos do tourrta
ertrangeíro
"uer
agradar.
que
Nós, do nordeste, que n?o
nos
contemplados
sentimos
nf»s estatísticas de gran-lezas.
tiramos v>eni<i)ma
que n?.o
dos arranha-céus de São Pau-
glória no número de andares
lo ,nos zebús de 50 contos do
Triângulo Min:Iro, nos milhões de quiloótss que pode
produzir a Central Elétrica do
lguassú, — nós que nascemos
numa terra pobre ond:> até a
paisagem é pobre, pois cispõe
apenas da caat nga rala e
cinzenta, de areia e mar, —
na praia não t m portes, na
caatinga tem só uns boizinhos
vira-latas
süpoitam
que
o
trato de mandacaru e joa-ieiro — nós do nordeste que
nunca fomos ricos e sempre
gostamos de ser livres, —nós
é que estamos
capacitados
para entender aquilo que i?ernano.s nos diz nj seu livro a
respeito de humildade e paciência, sobre o crime de violar brutalmente a terra oue
amamos, e lhe arernear a riqueza e o sangue a poder de
máquinas e de escravos.
Nunca procurei celebridades
Itlnerantes para lhes pedir
um autógrafo para lhes apertar a mão numa lápida cortezia de entrevista coletiva e
voltar para casa cem essa
sensaão tão cara ao homem
moderno: a de ter visto e tocado a "curiosidade ilustre".
E' que, por um l^do, eu respeito e amo demais o meu se•melbante pari, o colocar nessa situação de animal raro;
e nor outro lado, uma certa
altivez de noscença me prolbe de procurar contacto com
alguém que não ouer me conheeer. que não pode ter nenhum Interesse por mim, ele
do alto da sea glória, eu, obscura pnhre d° Criste nerelida
nestas longínquas latitudes.
Não viso. pois, com minhas
palavras de gratidão deter um
momento em -mteba Instenificante pessoa o olhar condescendente do grande homem.
Mas, felizmente M. G-o^ge
Bernanos, de Paris, criou uma
a qirm
personagem
podemos fraternalmente estender
a mão,
e agradecer-lhe as
palavras, e lhe dizer quanto
de estímulo, de amoravel consolo
elas nos
representam.
Essa personagem é um crlstão de Barbacena, — é o cidadão de Cruz das Almas, èm
Minas — f> cn™ nie nós não
nos senfmos nem Intimidados, ne meabotinos nem atrevidos, fadando de igual para
Igual. Dizer-lhe que é isso
me.cmo, que Deus lhe nague,
que ele, só ele, no meio dos
m-lhar^s de outros nue só enxere^m o nosso ferro e as
nossas cachoeiras, ele foi o
único a pensar nas riquezas
escondidas dentro do nosto
modesto e paciente coração.
RACHEL DE QUEIROZ.
Tl©s Cad
vicos e outras instituições públicas. Algumas das suas noventa
mil gravuras conquistaram notabilidade em exposições nacionais
e internacionais. Entre as três
mil e setecentas esculturas de.-;sa
origem enc-ontram-.se pequenas
figuras cerâmicas para as escolas públicas de grandes grupos
para os parques, e monumentos
para lugares históricas. Mais de
noventa e cinco mil reproduções
dos trinta mil cartazes executados foram empregados em campanhas em benefício da Saude
Pública, de cuidados às crianças,
de segurança do tráfego. Foram
feitas experiências técnicas em
mosaicos murais e pinturas a esmalte, no trabalho de laboratórios de ensaios de tintas
que
trouxeram melhoramentos consideraveis à produção fabril de
cores. Os artistas do projeto p^oduziram ainda um total de mais
de novecentos e setenta e cinco
dioramas e modelos, quarenta e
três desenhos de mapas, seiscentas e setenta e cinco mil fotografias documentárias. Talvez a
realização mais notável e característica do projeto — porque
tem profunda significação social
e porque não poderia ser executada por. nenhum aoutra organização na América e ainda
porque é em si mesma uma obra
de rara beleza e de duradouro
valor — é o Index of American
Desígn. Quando completa, esta
coleção
consistirá de gravuras
em cor ou em preto e branco, de
arfe aplicada americana cobrindo um período de duzentos e cinquenta anos. A publicação definitiva desta obra está em vias
de execução e já se acham completas dezeite mil chapas de
trinta e cinco Estados.
Desde dezembro de mil novecentos e trinta e cinco, mais de
setenta e dois núcleos regionais
de arte foram fundados naqueles
distritos do país onde o povo tinha poucas opo: tun idades de
apreciar a arte. Aulas de
ra, de modelagem e de arte pintuaplicada são dadas nesses núcleos.
E nas grandes cidades, tais como
Nova York, Chicago e Sâo Francisco,
oitenta mil crianças e
adultos das classes pobres teem
recebido instrução arfstica. Mais
de quinhentas exposições diferentes de arte teem sido conduzidas através do país em três
mil exibições realizadas em museus, grandes estabelecimentos,
escolas, bibliotecas e centros de
arte.
O projeto de arte raras vezes
exerce censura sobre os seus artistas. Na verdade não tem lacilidades burocráticas para fazêlo. Em conseqüência às vezes
obtém péssimas pinturas e algumas vezes também os melhores
trabalhos de que um artista é
capaz. Mas pela primeira vez na
história de milhares de artistas
estão trabalhando para o governo quase sem sofrer censura.
Creio que nisto está o estímulo
mai vivificante hoje para a nossa arte. E creio que este fato estabelecerá um registo do máximo valor para os psicólogos e
críticos de arte das futuras gerações.
Demorei-me talvez excessivamente sobre estas estatísticas se_
cas, em parte para indicar o aspecto democrático, humano e sociai do projeto de arte, e em parte porque acredito que os programas federais artísticos teem
sido talvez a mais importante
influência que se exerceu, nesta
última geração, sobre a arte nos
Estados Unidos.
No começo referí-me à
ocupação social dos nossos prejovens artistas e ao afastamento
da escola de Paris. Os senhores
já começaram a compreender o
que quero dizer. Mas vou apresentar mais alguns exemplos cspecíficos.
Este senso social manifestouse por várias formas. Uma delas
foi a organização, a sindicalização, os esforços cooperativos dos
artistas para a proteção econômica mútua. Desde a Idade Média nada se verificaria nessa escala no campo da arte. Mas a
socialização não foi imposta pela autoridade. A sindicalizarão
foi espontânea e nasceu vindo
de baixo. A união dos artistas
foi organizada sobre a base dos
sindicatos profissionais para a
proteção daqueles artistas que se
achavam na lista de assistência
do governo e contava com cinco
mil membros. O Congresso dos
Artistas, de aspecto cultural e
também político, visto que um
dos seus princípios fundamentais
era o combate ao nazismo e ao
fascismo e a defesa da liberdade
de expressão e da democracia,
contou com oitocentos membros'1.
Estas organizações de artistas
n5o se preocupavam «penas com
ssi estejam certos
s inimigos
a
ca
de
recer
(Continuação da pág. 3)
triótismo
Defesa
para ofedo entu-
nem
sincerida-
existência
à
siasmo,
Nacional"
Pátria
a
tributo
o
energia
e
a
se
notificar
rente ou pessoa,
ruinosa
fluência
e advertir
de civisos inimi»
corqualquer
consciente da in-
gos da Pátria que a qualquer tempo e em qualquer lugar a mocida-
do
de
a
filiar
núcleo
deste
mo e de luta,
de dos moços.
Sem
improvisa
que não se
impõe; visa
unicamente
aos moços do Brasil
da
se
nazi-fascismo
vigilante
está
e
unida,
para
para o progresso e bem-estar das
nações, abstraindo individuos, des-
enfrentá-los
povoando o cérebro dos devaneios
exclusivistas e o mundo dos super
"Liga"
homens de fancaria, a
só
e
obedece
porque na mocidade é que resida
a força vital das nações, e para os
jovens porque só eles poderão reconstruir o mundo de
amanhã*
que
ser:
lhe
aos
dois
impulsos
estruturam
a
vitais
razão
de
o amor da Pátria e o respeito da Humanidade.
Por isso, a
"Liga
Acadêmica de Defesa
Nacional", vendo as ameaças
que
pesam sobre
sc combater
uma
e outra,
propõeatividades
anti-
as
brasileiras e defender os ideais democráticos.
Nessa tarefa
empenharó todas as suas
energias, o
seu
entusiasmo,
suas vidas.
"A
Liga
e
se
preciso,
as
é
os
uma
tados
guerra de moços
afirmou o ilus-
moços,
para
secretário
tre
derrotá-los
de
guerra dos EsGuerra dos jovens
Unidos.
sem os ódios e as injustiças de ho-
!••
Os
inimigos
Brasil
do
esteja ws
certos: nós tombem sabemos que esta é uma guerra dos moços e pa—
ra os moços.
A
DIRETORIA:
Rui
Acadêmica
de
Defesa
Naciontal" não tem sede; tem apenos um ponto de partida nrus Arcadas, mas
estende
a sua vibração
patriótica
da terra
Esta
e
a
todos
oc
quadrantes
brasileira.
Wilson
Rahal
Edgard
Barreira
Petronio
Rubeirs
Matos
Fernal
Lessa
Vergueira
Roberto
Apresentando-se por meio deste manifesto, a "Liga" vem declarar que não
visa
arregimentar
prosélitos, por isso que estão
jogo os destinos da nação, e
de Azevedo Marque?
Rodrigo Borjas Filho
Costa Ferreira "
Dias Novais
Péricles Eugênio da Silva Ramos
Rui Amaral
Israel
em
João
Nery
Guimarães
pa-
Enio
Novais
França.
os seus problemas
econômicos
tais como
inqu:linato, salários
mais altos, heras de trabalho,
melhoria de contratos, censura,
desocupação, discriminação raciai. Estas^jão manifestações sadias do smdicalismo profissional
A atividade política dos pintores
contudo constituiu um fenômeno
mais interessante. Tinham redlgido uma lei federal de arte obtendo o apoio de todas as organizações liberais e da maioria
dos liberais dos Estados Unidos;
cabalaram em Washington; depuseram perante comissões obtiveram uma imprensa favorável;
impuseram ao Congresso a percepção dum Departamento de
Belas Artes.
A primeira exposição de gravuras organizada pelo Congresso
dos Artistas constitue um interessante exemplo da tendência
social. A exposição fvi realizada
em mil noveentos e trinta e seis,
simultaneamente em trinta cidades dos Estados Unidos. A ela
podiam concorrer todos os artistas americanos. Os participantes
podiam trabalhar em qualquer
processo e escolher qualquer assunto desde que este se enquadrasse no programa "A América
de Hoje". Fui convidado a fazer um estudo desta exposição
em conjunto com uma excelente
exibição de arte francesa contemporânea em que figuravam
todos os nmes familiares: Picasso, Matisse, Dufy, Segonzac, Pascin, Chagai. Das cem figuras
contemporâneas americanas, setenta e quatro versavam sobre
cenas americanas ou sobre críticas sociais da vida nos Estados
greves ou a furadores de greve;
seis ilustravam flagelos naturais
— tempestade de pó, erosão, secas e enchentes. Não havia nus,
nem retratos; apenas duas naturezas mortas. Não se pode dizer que uma só entre as cem
obras refletisse e coparticipasse
da nossa cultura capitalista-democrática no mesmo sentido em
que Vclasquez, Goya e Ticiano
parecem sentir-se à vontade na
vida dos seus paisns; John Singer Sargent no ambiente das
classes superiores da Inglaterra;
Manet e Renoir na burguesia do
século dezenove.
Em contraste com a atitude de
crítica social do grupo americano, não se encontrava um exempio entre os contemporKneos dé
Paris de preocupação cm a vida,
e muito menos, com os problemas sociais. Os artistas de
Paris estavam apenas interessados
&m arte: arte por amor à arte.
No verão de mil novecentos e
trinta e seis os pintores dos Estados Unidos receberam um convite para realizar uma exposição
em conjunto com os jogos olimp:oos em Beilim. Coube-me o
encargo de elaborar uma rcsolução a ser apresentada ao Congresso de Artistas afim de resolver sobre a atitude a ser tomada
em relação a este convite. D»
minha proposta constam os seguintes
"Todastópicos:
as nações abrigam as
sementes do liberalismo, bem como os germes do extremismo, da
tirania e do ódio. A Itália tevo
o seu renascimento. Hoje em
dia estão nela as sementes da
ciência e do esclarecimento. A
Alemanha nos deu a lilosofia e
a música germânicas. Hoje eia
contem as sementes do progresso
liberal. A América do Norte teve os seus William Penns, seus
Franklins, seus Paines, seus Jeríersons e o juiz Holmes. A hts*»-;
tória regista que houve enforca-''
mentos de bruxas; os Klu Klr
Clans, os vigilantes e os lincha,mentos chegam até os nossos
dias. Amanhã poderão subjugar-.
nos.
"Fomos
convidados, na qualidade de artistas individuais, para tomar parte numa exposição
organizada por um governo
favorece a destruição de todaquee
liberdade nas artes.
qualquer
Este convite,
pois, representa
um desafio direto ao código de
ética
profissional dos artistas
americanos.
"O nosso
protesto não se dirige contra uma forma de governo que nós americanos repelimos; não é contra alemães ou
italianos como simples entes humanos. Artistas americanos realistas que somos protestam.es
contra a colaboração com um
governo que favorece a discríminação racial, a censura da palavra e da expressão, e
glorifica a guerra, o ódio que
e o sadismo".
Esta
resolução foi adotada
unanimemente
Congresso
pelo
dos Artistas e posteriormente pela União das Artistas e por praocamente todas as demais organizações de pintores nos Estados
Unidos.
Essas eram", pois, até o momento que precedeu a nossa entrada
na guerra, as "principais tendências recentes da arte nos Estados Unidos. Está distanciada de
cem anos das preocupações dos
nossos pintores da década
p--\ssada. E* concebida mais e mais
como tend um valr industriais
educativo e social, e não apenas
— como foi nos últimos
trezentos anos, como um artigo de luxo
com preço variável no mercado
aberto. Os nossos vinte e cinco
mil artistas
profissionais cada
vez mais insistem em que
nhem a sua vida — como os gaaemais prof-ssionais — peia
prestaçao dum serviço, pela
produÇao dum valor, e compreendem
cada vez melhor que este serviço
deve ser integrado na vida mdustrial, política e social da naçao.
CFarte desta
conferência já
apareceu em inglês no "The
American Scleolar, N. Y.. uo
verão de 1940)
¦"fe*.1. -j_(___W^
PAGINA 29
DIRETRIZES
>l/5/1942
"front;
LIT É R A R
Um repórter francês sio
i
i
Spihoza, de E. Renan; Marco
Aurélio, cie Paul de Saint Victor; Leão Xffl, de Maraldi
Anatole
de
e Gutemberg,
France.
5Q
«Rf»pcl
BMMWBammK>*>M»M»»,M!»
amMixnesTvmsiBaa^-ni-aMazrns'*
desembarcava no
de dos livros. O sr. Antônio
NO dia 21 de dezembro de 1889,
dos
Ché; ¦ iak,
professor
J.
Viera como enviaRio o repórter francês Max Lclerc.
mais acatados entra nós, de
:;' fefefefe£
"Journal des Debate" para contar aos
há muito vem se dedicando
do especial do
a respeito do Braao estudo da obra do grande
seus leitores tudo o quc ia ver e ouvir
traba;
escritor brasileiro. Sobre CarA correspondência de Leclerc
HISTÓDEPOIMENTOS
Republicano.
sil
Chediak
já
o
Laet
sr.
los de
três meses; creio eu
RICOS
lho que durou pouco mais de dois ou
nos deu os seguintes trabae ano_ vem dc- ser agora reunida em volume, traduzida
lhos: "Mobilidade do 1 éx'co
"Cartas
do
Zelio Valverde
O editor
Milliet. sob o titulo
e a prid.-* Carlos cle Laet""Carlos
tada pelo senhor Sérgio
coleção
sua
com
a
continua
"Coleção
de
¦roe:ra série órBrasiliana").
"Depoimentos Históricos,, que
^
(VOl. 215 da
Brasil"
e varia. Ha
Laet, o polemista", e anunde
O livrinho é cheio de matéria pitoresca
começou com a publicação
ca e segunda e a terceira ré"MemúRio, comentários
gran: e interesse, as
nele flagrantes deliciosos da vida do
rie do "Carlos de Laet, podos
Francisnas do Conselheiro
lemista" alem de dois outros
sobre São Paulo, caricaturas impiedosas
vivos
muito
Chalao
"Carlos
da
Silva,
co Gomes
de Laet, o
O flagrante que Letrabalhos:
chamados ."republicanos históricos".
anota"A
e
com
prefácio
e
ça".
linguagem
jornalista" e
por exempio, mostra-nos
elere nos dá da rua do Ouvidor, "F/
ções do sr. Noronha Santos.
Laet".
o ¦••••filo d.e Cario-' de"Carlos
preciso muita indulde
desde logo a íorça do repórter.
Na l.a série do
MAIS UM LIVRO DE
somente o titulo de rua; a
Laet. o polemista", o profesgencia para conceder-lhe tao
dos
HUXLEY
sor Antônio J. Ched-ak recorde Paris a classificaria na categoria
limpeza
púolica
da as polêmicas rio mestre
apenas oito mebecos Sem calçadas ou passeios, com
f>in-j ,Tni:o Verin. Camilo CasMais um livro de Alãous
apresenta oe ambos os lados lojas recém
largura,
Castro
cie
Lopos,
tros
Branco,
telo
a
MEIRELES,
CECÍLIA
Huxley, sèm dúvida uma das
empanturrados dc
"Viagem", foi
V.alenlrm Magalhães, Jn«?tipintadas de cores vivas, mostruários
expressões da
mais
poetisa de
gloriosas
de joalheiri«r»o de Mfelo, Artur Aaevemais brimercadorias, «camalote»' barata ou vitrinas
dos oradores "Semana
moderna cultura inglesa, acaRui
Andrade,
do.
dc
Lame"ra
de pedras prede
Ilísrites na
ba
de ser edHaão no Brasil.
ros naturalmente muito bem guarnecidas
Ribeiro.
João
"Visionários
e
Barbosa
no
frito
é
tendo
Precursores'9
s
Aatero'.'',
ciosas, alem das casas ricas de algumas personalidades
doo titulo desta obra, editada
Liceu Literário Portaguês
colônia francesa, cabeleiras, modistas,
da
EU FINANCIEI HITLER
francesas
e
Rio,
do
Vecchi,
Casa
unia conferência sobve o
pela
sedes de todos
"retrato ideal" do poeta.
nos de restaurantes. Ai so encontram as
traduzida pur Eloy Pontes e
Veríssimo -traduziu
Érico
e reCláudio de Araujo Lívia, e com
o jornais do Rio. Por essa garganta estreita passa
Livrara c*o Globo o
o
(durante
uma cena a cores assinado, per
multidão agitada e descuidada
uma
célebre livro de Frite ThysCASA DO ESTUDANTE DO
"Visionários
passa
e
PreMartelli.
la pelas
sen, "Eu Financiei Hitler". O
BRASIL
dia inteiro a circulação de carros c proibida»;
remais
das
uma
cursores"
é
mais compacta e
romanesta gaúcho que é talcentes obras dc Huxley e se
duas horas a onda de gente se faz
vez o mais lido dos escritores
No próximo dia IG de jucaracteriza pelo seu profundo
certos grupos de desocupados obstruem a passagem...
brasileiro0*, escreveu à guisa
nho. a Casa do Estudante do
HuxNela
conteúdo
interessante, um
espiritual.
E o jornalista, vai por aí afora, sempre
de prefácio do volume quinze
Brasil iniciará os seus cursos
cabal
tão
ley
revista
uma
faz 'convincente
Imhas qne merecem ser dide inverno de 191-2, sendo o
tanto exagerado talvez.
dc alguquanto
Antropoventos,
sobre
"não raro de uma violência
vulgadas aos quatro "O
primeiro deles
mas das teorias e doutrinas
Falando da imprensa,
fatal a sua imoortância:
logia, a cargo do professor
mais representativas dó peninteressantes.
—
sem igual", Max Leclerc diz coisas muito"ponto
to de. eu traduzir este livro
Artur Ramos que, como se sasamento humano.
"Camigrangrerijo o
adverte o escritor d**
b:, é dos nossos mestres mais
principalmente quando ataca de
ine—
O
colunas
assuntos.
não
ouer
nesses
famosas
ESTACSO COIMBRA
nhos Cruzados"
notáveis
nado" dos jornais da época - as
"CrianFrltz
autor
eu
tenha
ilustre
d'zer
por
"a pedidos". Profissional cem por cento.
que
curso <"o
ditoriais dos
Ur grupo de amigos desse
Thvssen uma admiração es"Jornal úe^ Débats" não vacila em
ça Problema" e outros trabaantigo político pernambucano
o correspondente do
lhos de grande mérito está
pecial, nem oue esteja de
lez publicar, num elegante
apontar os defeitos da falta cle orientação do.s diretores
acorro com todas as suas
assim programado: 1 — As
folheto, artigos c depoimenidéias. Significa, apenas, que
novas diretrizes da Antropocios jornais brasileiros, citando apenas um, com simpa—
interesos
formam
um
tos
2
"excelente jornalista, qne julga
que
que
semanas;
contribuir
para
duas
desejei
em
logia,
"in memprian", em torUa, Ferreira de Araujo,
—
O
sante
3
brasileiros
pudessem
semanas;
3
leitores
Ò índio,
ao
homens e coisas com condescendente ironia". Quanto "é
no da figura do ilustre esta]r>r em seu idioma as eorifisNegro, 3 semanas; 4 — O Eu"Jornal do Comércio", informa Leclerc com desprezo,
d-sta da primeira República.
so°s desse jndustrialistà aleropeu e outros grupos étnicos
—
"Times" sem virilidade."
dramática
mão rt^^ eom tão
no Erasil, 2 semanas; 5
uma espécie de
oeos
mostra
no
DO
CÁTI
nos
LOUCO
O
veemência
a atenA.-sim-lação e aculturação
Fez bem o senhor Sérgio Milliet de chamar
-'Cartas
ri gos, as misérias, ás crueldaBrasil, 2 semanas.
do
autor das
Dionelio Machado, autor de
çáo do leitor para os exageros do
õc, e as mentiras do naz:sraà Casa do Estudante prós"Os Ratos", romance que obBrasil'. Max Dsclerc, penso eu, embora sem a intenção
mo. Não seria mau também
segue, assim, e de forma loudo
tiv:ra urn do.s prêmios
•vavei, as suas finalidades culaproveitar mais esta oportude justificar este meu colega da França, escreveu notas
de
Assis,
o
Machado
Concurso
declarar
edique
nidade para
fiivrr--is**,. O departamento
apressadas de reportagem. Não teve em vista nenhuma
da Companhia Editora Nanovo mundo de paz e justiça
torial da C. E. B. anuncia, pacultural.
cional. vem cle publicar mais
preocupação de ordem sociológica ou mesmo
o lançamento
social oue desejo, não só esrn muilo breve, "Gordos
"O
Louco co Catí".
um livro:
A impressão quo se tem. é que ele não entendia da coisa
& Mat?rá feche do aos Hi tiers, Goedé livros como
curiosa
da
tamTrata-se
personalirines e Himmlers. como
"fronteiriço",
e se tinha de falar dos problemas de emigração, para
gros". ensaios ds crítica e Reum
lidade
de
cima
pro"bolas erradas", era por dever de
oferecerá
não
co
Lins
b-m
D.ral ura cie José
citar uma das suas
dos
costumam
elassifcação
que
"Lmguagem e estio de
florescimento
an
píeio
go;
ofíicio, ou melhor para enviar aos seus leitores francedar os psiquiatras àqueles inThyssens".
Machado de A*=sis". estudo Vdivíduos que se encontram
ses uma informação, qualquer que fosse, a respeito. Isso
Euarque cle
lógeo de Aurélio
roO
loucura.
da
limites
nos
"Problemas
VIDAS LUMINOSAS
Brasicertamente, não é lá muito honesto mas demonstra bem
Holanda:
Machado,
Dionelio
dc
mance
leiros de Antropologia", encm mal o inquieto bisbilhoteiro que era esse tal de Max
p,f. Edições Cultura, de
reaparece após qua.j;e sete
quo
Gilberto
de
fazen*:"o
saio de*"sociologia
Leclerc.
São Panlo. que está
anos de silêncio literário, traz
livro da
Freyre, e o famoso
"
obra cle divulgação poo
uma
Koetz,
de
Interessante
capa
O engraçado é que o repórter francês meteu o beIntitulado
Frank,
clássica, ja
W al do
leitura
da
desenhista gaúcho.
pular
"América Kspâniea".
delho em tudo. Criticou o relatório rio ministro da Fazenda sua
publicou quatro tomos biogra"longo trabalho não isento de mérida (Rui Barbosa),
dc cinqüenta
coleção
DO
í
SOCiÁSS
ESTUDOS
.-raeaeaiBXwmtaniaBtzsstzsrsaxBauxjjiuic
.célebres, a
to literário, mais obra de jornalista que de estadista".
fias'de homens "Vidas
BRASIL
LuIi Meteu o pau na missão do ministro da.s Relações Extecmal denominou
puminosas". As biografias
etc. Para
vai
O editor José Olimp'0
ue
riores (Quintino Bocaiúva! na Argentina. Etc, "presiden"Estudos
blicadas até agora, sao as
Sociais"
publicar os
ele o governo provisório do marechal Deodoro,
"de um governo de fato
de Silvio Romero numa edite feito a força", não passava
çáo organizada pelo filho ao
brasileiro,
irresponsável".
escritor
grande
Romero.
Max Leclerc, como vêem, era um jornalista que não
professor Nelson
tinha papas na língua. Os erros da sua correspondência
AMANDO FONTES
são culpas do "metier", da obrigação do apanhar a mala
quanto antes ás mãos do seO sr. Armando Fontes está
postal para o serviço chegar
'Antes
assim. O jornalista foi sinescrevendo u:n romance, cujo
cretario da redação.
esO
título ainda se ignora.
cero. Os seus olhos e o.s seus ouvidos so distinguiram
critor rie "Os Corumbas" c
"Rua rio Siriri"
sempre para o pior cios nossas coisas. E, por isso mosmo.
reuniu
da
o seu comentário nos fere de maneira sensível. O hotambém uma coletânea de
contos
possivelmente,
que,
mem carregou nas tintas mas o depoimento que deixou
aparecerá ainda este ano.
é dos mais interessantes, sendo mesmo leitura impres[• i^j^^M_\_^^Lmm^*mSi 7
clndivel para quem quizer estudar a história dos primeiPOEMAS FNGLESES DE
ros tempos da. República de 89, em nosso país.
nmi'<iv~i<is
GUERRA
¦
i Em todas
jj
CARLOS DE LAET, O
POLEMISTA
Carlos de Laet, que Jackson
"casdc Figueiredo chamava
foi
cavei de pátio de igreja",
interessandas figuras mais
tes entre os nossos letrados
da Primeira República. Sua
obra de polêmica dá para encher vário?:, volumes, e è coisa
fiué reclara sair das colunas
dos jorna:s para a eternida-
f.
O sr. Abgar Renault, cultor
4da língua inglesa e um rios
'nossos
bons poetas, traduziu
o
português alguns poepara
mas britânicos, publicando um
livrinho da mais viva atua"Allidade, a oue chamou:
guns poemas ingleses de guerra."
MARELfA E DfiRCEU
A Editora Martins,
de São
a.
n.
ct^---'»»»*»-----»*»^
lançou o poema de
Paulo
Arinos cie Melo FranAfonso
"Marilia
e Dir ceu", eserpco,
to em versos alexandrinos. O
volume ê todo ilustrado por
Luiz Jardim, trazendo na caErpa um desenho do pintor
rico Bianco
DOíS LIVROS DE SUCESSO
Os jornais norte-america-
nos acabam rio not-ciar o
aparecimento cie dois livros
de grande sucesso: o quarto
"Romance
de
do
volume
José", de Tomas Mann e o
"Dragou Seed", último Hvro
de Pearl S. Buck, a conheci"Terra dos
da romancista ce
Deuses".
11
\
PAíGTNA 30
O IMPUDOR DE MUSSOLINI
(Continuação da pág.
21/5/1942
DIRETRIZES
1)
Hoje, com seu novo livro,
A História como história da
Liberdade, que acaba de se
{publicar em inglês, o pensamento de Croce está de noYO em ação. Hoje compreendemos, ainda melhor que
há anos, que Croce é filho
da heróica Itália do Ressurgimento, em que o ardor de
o
profetas como Mazxini,
trabalho de estadistas como
Cavour, o valor de soldados
como Garibaldi, se reuniram
para liberta-r a Itália dos tudescos, dos Bourbons,
dos
i?eis-sacerdotes .
Na
selva
intelectual criada pela bestialídade fascista, Croce ainda proclama as doutrinas liberais de sua juventude. Al"apaziguadores",
fora
guns
da Itália, trataram de achar
razoes para
tímidas
suas
(observações sobre o fascisano posto que — acentuam
-— Croce vive na Itália fascisto, mas ainda se lhe pertmite escrever poderosos
livros em defesa da liberdade . Tal não se dá . O fascisimo bem sabe que os livros
de Croce não são de fácil
Heitura, que todos os que os
üeem já são inimigos da máe que
quino de Mussolini
mao
envio
de
um
proibir
nuscrito de Croce a Londres
York
©u a Nova
poderia
provocar um escândalo internacional, sem nenhuma vannós,
tagem prática.
Para
italianos, já é bastante ver<gonhoso saber que os livros
de Croce não se encontram
nas bibliotecas
e
públicas
recirculação
de
sua
a
que
"Crítica"
visto
está proibida
em todos as escolas da Itália, embora contenha
apemos estudos filosóficos e lite rários.
de
Qual é a mensagem
Croce em seu novo livro?
Segundo Croce, o fio espirituai que dará unidade à
ftmtória não deve ser procurado na linha do desenvolvimento econômico ou na
regeneração das classes. A
•adoração do Estado — dix
"não
é mais
Croce —
que
de
uma baixa afeição, não
cidadãos, mas de criados de
Üibré e cortezãos, que
em
vão tratam de adornar esse
poder com emblemas sagrodos e morais" . 0 preconceifro racial é um mal que
o
lhomem moral tem sempre o
"combater
dever de
inces«antemente e continuamente
uma humanidade una, que
<a divisão em raças, transportada do teórico ao real,
perturba e, se pudesse, destruiria".
Croce afirma em seu novo livro que o tema fundamental da história é a história da liberdade, una, indivisível e imortal.
"A
históriogragenuína
fia — escreve — não tem
nas
sua base
instituições
transitórias,
particulares e
mas na idéia da
liberdade
que não seria idéia nem universai se não existisse em
iodas as épocas e em todos
©s setores da história, sob
forma,
mima o outra
com
maiores ou menores dificuldades, às vezes como legisSado/o e governadora, às ve-
zes como oposição e rebelião; do mesmo modo que
enquanto há respiração há
vida, portas
a dentro
ou
afora,
nas
portas
planícies
ou nas montanhas, penosamente ou com saudáveis correntes de ar."
Com
este
conceito
do
motivo
histórico,
torna-se
evidente que a história conduz uma corrente que às vezes corre com
calma
pela
superfície dos acontecimentos, e às vezes
se
afunda
sob a terra . Mas floresça a
liberdade ou a tirania, o que
a história estuda está semonde
pre
presente:
pois
homens
os
concequer que
bam a idéia de liberdade
e
se esforcem por consegui-la,
há história . E é nesses
homens que o historiador deve concentrar sua atenção.
Desse modo, a História nunca se ocupa da decadência,
mas dos elementos que, em
todas as épocas, ainda que
em meio da decadência, esião gerando a vida do futuro.
Quando Croce escreve que
"não
há decadência que não
tempo a
seja
ao
mesmo
formação e a preparação de
uma nova vida", dá-nos
a
chave de um mistério psicológico existente em nós, os
negado
que sempre temos
nós
fascismo,
com
o
pactuar
que, com prazer, aceitamos
todas as suas perseguições.
Por que, apesar do exílio, da
prisão e da confiscação, jamais nos abandona uma espécie de júbilo pessoal?
Porque — diz Croce —
"nada
tem a ver
esta luta
com a vulgar busca da felicidade: Tanto assim
que
o
poderíamos definir
proforma
como
uma
gresso
sempre mais alta e completa de sofrimento humano".
O livro de Croce sobre a
liberdade não é fácil de se
ler. Mas os que o meditem
da primeira à última página
encontrarão magnífica lição
de fé e de esperança. Muitas vezes a história voltará
seus olhos para os atenienses quo regressam vitoriosos
de Maratona; às vezes para
alguns mártires da verdade,
morrendo em suas masmorras ou até aos mártires
da
liberdade e da justiça social
como Matteoti — assassinado na Itália pelos fascistas,
em junho de 1924 — ou como Dormoy — assassinado
pelos reacionários franceses,
donos do regime
de Vichy,
em jufho de 1941 . Mas onde quer que haja espírito de
liberdade, aí, e somente aí,
há história .
Colocados
diante
dessa
concepção
da
histógrande
ria, até os mais brutais conquistadores, de Atila a Hitler, se transformam em sangrentas mas estéreis interrupções do curso da humanidade.
Mussolini treme em
seu
de
Roma,
Hitler
espalácio
de
raiva
em
seu
puma
Berchtesgaden.
Benedetto
Croce sorri com
sorena
fé
em sua
solitária
casa
de
Nápoles, seguro como está
do futuro da Itália, do Europa, âo mundo.
Sílvio Romero
(Continuação da pág. 1:5>
fazçj visitas. Frequen tu ua o
escritório
comercial do
seu
grande amigo e compadre, Artur Guimarães, autor do livrinho "Sylvio Romero de perAlves,
a
fil", ou a Livraria
conversar e a discutir com.
n
livreiro, um dos Quatro Evangelistas da sua predileção.
Quando visinhos na rua da
Estrela, Sylvio Romero visitava constantemente o seu amigo Clovis Beviláqua. Para ele,
D. Amélia prendia os cacharros, em número dc dezesseis.
E isso o fazia so para o seu
compadre, dr. Sylvio. que se
aproximava da casa a berrar:
Comadre! Recolha os cacharros, comadre.
Lã uma vez ou outra, almocava nà Livraria Alves. Antes
de passar para Ouvidor, I6tí, o
livreiro Francisco Alves tinha
a sua casa de livros nos nãmeros 6G-68 da rua Gonçalves
Dias. Aí, no primeiro
andar,
havia um pequeno restaurante
Os amigos
para empregados.
de Francisco Alves eram sempre convidados para o almoço do patrão. Foi num desse$
almoços que Sylvio apresentou João Ribeiro a Francisco
Alves:
Está um jovem,
recémchgeado de Sergipe, c que vai
escrever umas boas gramáticas para você editar...
A Secretaria
(Continuação da pág'. 14)
ço pelo valor de rs
ttl9.102:100*000.
O
juros,
pagamento de seus
prêmios e resgates, continua sendo feito com regularidade. Podese. aliás, aferir o índice da confiança que hoje inspiram os titutos de nossa Divida Pública pela
sua grande procura na Bolsa do
Rio de Janeiro, onde desfrutam
da mais ampla aceitação.
A Divida Flutuante sofreu oscitações
naturais no correr
do
exercicio, tendo sido acrescida dos
débitos processados e contabilizados em 1941 e diminuída pelas
contas liquidadas, no mesmo neriodo. no total de 162.250:042*900.
Dentre as operações de crédito
realizadas releva iMtar as que $e
referem às obras do Parque Industrial de Belo Horizonte, cuja
construção foi iniciada, jã havendo o Governo nela despendido a
10.200:594$900,
de rs.
quantia
alem. de ter vinculado a de
22.364.488$700 no Banco do Brasil
— onde se acha à disposição de
firmas que contrataram o fomecimento de máquinas e
outros
materiais destinados à instalação
da Usina; prosseguiram, tambem,
normalmente, as obras de aparelhamento da Estância Balneário
de Araxá, nas quais foi invertido,
durante o exercicio passado, o
total de rs. 8.753:312*300.
Quanto à Divida Consolidada
Interna, processou-se a sua amortização. de acordo com o plano
estabelecido em 1938 e já amplamente divulgado no relatório relativo àquele exercício.
Compreende
essa Dívida
os
compromissos
do Estado junto
aos estabelecimentos bancários.
Durante o ano de 1941, foram
resgatadas promissórias e pagos
outros débitos o diversos Bancos,
no montante de rs. 32.493:737*300.
Ficou definitivamente reguWizado o débito do Estado junto ao
Ba7ik of London & South América Ltda., mediante a assinatura
de um acordo pelo qual o Governo se comprometeu a liquidá-lo
em prestações mensais — o que
vem sendo pontualmente observado. Em 1941 aquele estabeleci mento recebeu do Tesouro do Estado a quantia de E 29.617-14-3 de
principal e juros.
Devemos
salientar a novacão
feita com a Caixa Econômica F&deral para normalização dos empréstimos ali contraídos.
Em virtude da referida novação, esses empréstimos serão liquidados com o produto dos divklenãos das ações, de propriedade do Estado, no Banco de Crâdito Real de Minas Gerais e no
Banco Mineiro da Produção
e
provavelmente em prazo
muito
inferior- ao estabelecido no conirai o.
A operação em apreço possi-
na intimidade
Até então, o jovem João Rihavia,
beiro jamais
pensado
em escrever uma gramática...
O BONACHÃO SYLVIO
ROMERO
Não se cansava de proclamar:
Sou homem do livro, sou homem dá família.
De fato, não era homem de
luxos. A sua simplicidade, o
seu jeito despretencioso, falando com lodo o mundo, fez com
que um companheiro de viagem, num irem de Minas, lhe
perguntasse meio desconfiado:
Mas o senhor é mesmo,
de fato. o Dr. Sylvio Romero?
Gostava ora de ler e que
não o perturbassem. As crianças podiam chorar a vontade,
o que ele não suportava era
barulho de gente grande. Uma
vez, espantou com a empregada do viiznho, qu se pusera a conversar debaixo da sua
janela, alirando-lhe um pote
dágua na cabeça. Mas as crtancas até o divertiam. E ele
dizia, bonachão:
Nunca me livrei de choro dc criança. Sou o mais velho da família. No entanto, o
meu.
novo
é
mais
filho
mn
morreu
deixou
(Quando
menino de menos de ano).
Ja lhes falei do bom humor
de
Finanças..
levantamento de
bilitou-nos
o
parte da caução, ali feita, em apólices. as quais estão agora sendo aplicadas no financiamento
das obras da construção da estáncia balneária de Araxá.
Computadas as consolidações
feitas e os pagamen los realizados,
a Divida Consolidada Interna
decresceu para rs
166.014:393*900, a saber:
Saldo de 1940 . . 188.882:978*800
Aumento verificado
9.025:152*400
198.508:131$200
Pagamentos realizados .....
32.493:737*300
166.014:393*900
Cumpre assinalar, nesta oportunidade,
que esses compr&mtssos
da
Administração
exigem
grandes sacrifícios, visto não podermos ainda contar cam saldou
orçamentários para fazer face uo
seu pagamento.
Nào fossem esses débitos, a
maioria dos quais oneram o Tesouro há mais de dez anos, estaria o Governo etn situação de
ampliar, ainda mais, a série de
iniciativas já postas em prática
para o desenvolvimento gerai do
Estado.
Entretanto, com muito acerto,
resolveu Vossa Excelência liquidar
compropreferencialmente
missos dessa
natureza e assim
vem procedendo há mais de quatro anos.
Dessa política financeira teem
decorrido reais benefícios para o
Tesouro do Estado, verificando-se,
dia a dia, o fortalecimento
do
nosso crédito.
São estas, Senhor Governador,
as principais ocorrências da gestão financeira durante o exercicio
de 1941.
Pelas
rápidas
considerações
aqui aduzidas, verifica-se que, a
partir de 1934, nào sofreram solução de continuidade os es forços da atual administração para
normalizar a vida financeira do
Estado. Os resultados, como se vé,
foram cada vez mais proveitosos,
de ano para ano.
Esta circunstância permite-nos
assegurar a Vossa Excelência que
o corrente exercício de 1942, 'muis
cono os anteriores, assinalara
uma etapa de êxitos decisivos no
plano traçado pclo Governo para
restauração das finanças do Estado.
Apresento, neste ensejo, a Vossa
Excelência, os protestos de minha alta estima e subida consideracão.
Belo Horizonte, lí de abril de
1942.
Francisco Balbino Noronha Almeida. Secretario da* Finanças,
1
de Sylvio Romero. Mas há um
caso que bem o define. O irmão de Sylvio, Joviniano Romero, cra médico no subúrbio.
O escritor ia visitá-lo,
freDe
uma
feita,
quentemente.
Sylvio
numa dessas visitas,
Romero sofreu uma queda de
cavalo, caindo num fosso. A
impressão que se teve era que
havia-se machucado e bastante. Aproxtmou-se-lhe o irmão,
perguntando o que acontecera.
mostrava a
E Syivio, caido,
ofendida:
parte
Fot um tombo dos diabos,
Todo esse quarto
Joviniano.
eslá doendo.
Europa,
em
De volta da
1900, creio eu, Sylvia Romero
O
contrairá febre palustre.
banhos
médico receitou-lhe
à
de mar. Ia
praia com o fteximia
lho. Nelson Romero,
Mas
o venadador por sinal.
lho Sylvio não sabia nadar e
medo
do
tinha um enorme
mar. Quando Nelson largava
a praia, o pai se panha a gritari
Eu vou me embora. Ea
vou me embora.
O filho voltava e explicava
que não tinha perigo. Sylvio
não queria saber de conversa,
o médic receitara banhos de
mar e ele não havia de sair
da areia.
ro?«o banho de areia. S*
muito mais prático e não ê perigoso.
m-
i
A MORTE DE SYLVIO
ROMERO
No fim da vida de Sylvio,
Nelson Romero lia os jornais
O velho
para o pai.
fazia
de
movimento
saber
o
questão
da Alfândega, as cotações, et<
Sabia todas de cór, e por isso mesmo podia fazer cí-v^V'
tários como este:
Diabo, o ano passaâ • •
tava melhor.
Ou:
O c&m&io, nesse mesvr
mês, no ano passado, andai.,
por X...
A doença o derrubara. Agora. era a arterioesclerose.
A
morte havia de entrar em casa sem avisos. Mas
ela teve
Sylvio
Romero. Ft"pena de
que o escritor morreu suavemente,
cercado
amigos,
de
cercado da familia, que
ele
tanto amou.
Faltavam poucos dias para
o desenlace, quando Alberto de
Oliveira veio visitá-lo,
para
dizer-lhe que
Melo
Morais
queria lambem fazer a sua visita. Grandes amigos doutros
tempos, Sylvio e Melo Morais
estavam brigados.
O recado
fez o seu efeito. Sylvio Romero ageita-se na cama, ioma vm pedaço de papel e lapis e'escreve o derradeiro bilhete ao amigo magoado. Um
bilhete em que dizia:
¦—
Vem,
Melinho.
Vem.
quanto antes.
Agora, sim, podia
nu v,vfsossegado. Melo Moraes a4o
mais se afastou do leito
in
amigo doente. E assim foi úu>rante dez ou quinze dias, até
o fim.
Sylvio Romero morreu
aos
63 anos, na casa de um de seus
filhos, na rua D. Marciana,
atual Álvaro Ramos, em Botafogo.
NOTA: Estas reminiscên
não foram revistas nem por
Edgar nem por Nelson Romero, — F. A. B.
Íi
x$s
Tr
5I
'M.i
i
í
mento dos insurretos
mos francos e pei
cr t
explodiu o revide,
"só titiva decisão:
vos tivermos expelido de
l,vV
cife para sempre é .me
remos as nossas arm .... «
to aos castigos que noi
de nosso Rei, hão de
'f
t. os sofreremos cor
Acertada e pruden .- medítíi|
não é antecipar a i-> vão dc
empreendimentos,
justos e felizes que ,:-,.,recam,
À impaciência gera
tunidade, como a d sm
da afoiteza ocasion;
vrèriM
mediavel e deste
v.méí
a descrença, atonia .
tal da aspiração,
is, noesbarrondada, ao cimpossível funesto.
Bendigamos,
poi » i
desinteresse com qu
dor Bueno da Ribeir..: om Déç
zembro de ?.641, pari
de e honra de São F i
Brasil regeitou a coroa qne
dasse
Com
lhe ofereciam.
ele em aceitá-la, m»
século antes cie quai uer
vimento emancipado
lcnias da Inglaterra
'
'l
;~
¦•"í**
! panha, ter-se-ia fc
plimeira nação ind;
*
Américas, con ...
1 nas
^ i *..«.» ; 'I
se. entretanto, a no
integração política.
'
"": *l « Z-.iy'-."A:'.
JflK-i. ¦'''"'''
mou-se, porém, o se
da unidade naciona
do nosso orgulho, veuusta
do enca leamenljfj
fulgencia
da nossa evolução.
Tanto
mais digr
~í%
y.-.kr
WÈ'
mais louvável se no
o gesto de Amado
quanto seguidament
mos nas atenuantes ps
laríssimas que o en Aver
facilitando a empres;
da em sonho pelos o»
sessenta anos havi.
Felipes da Espanha
a soberania portugut
de tudo, embora já :ívAab'.
cida esta na pením-sA. . n
exibira disposição e :
A
ra varrer do norte bi xníloo,
?v ¦
"
eventuais senhores, »>i
¦"vi?
ciosos intrusos da Ni
:/
instalados, anos e lu
guidos, nas terras pj
canas. O desdém á |
redobra de valor a
do pacato filho de S
de mais beleza recai
significação e os resu
sua atitude, símbolo
civel de fidelidade,
soube j
não
tugal
l;.r^gW"4l
mas que o Brasil r
para enflorá-lo de bí
Com o Rei Sem Coroa da-,
nossa vida colonial,
: ¦
brilhantemente estudado por
m.-yyAureliano Leite, podemos, jus¦VV
tamente ufanos, recordar os
heróis e mártires com exação,
sublimados nas pugnas cruentas em que se destacam Estacia de Sá, Nóbrega, Anchieta,
Ararigboia, Dom Pedro Leitão,
Dom Antônio Barreiros. Dom
Marcos Teixeira capitães
da fé, sacerdotes da bravura!
escandecidos
Ombrearam-se,
na fidalguia denodada, Jeronymo, Mathias, Pedro e Antonio de Albuquerque. Salvador de Azevedo, André Pereira Thcmudo Luiz Barbai ho,
Estevão de Tavora, Vieira Ra-•asco,
os irmãos Peres Calhau,
A legenda deste clichê está na própria ilustração. Nela os leitores podem ver
Henrique
Vieira,
Fernandes
a que ponto chega a mística tio germanismo dos fanáticos que seguem Hitler
Vidal
Camarão,
Felipe
Dias,
Dias
Antônio
Negreiros,
de
BenesGurgel,
Cláudio
a
ante
Cardoso,
ganância
dependência
poliiica admi- so apóstolo da fé e da frater- território
to do Amaral Coutinho - - tonistrativa da metrópole por- nidade, por igual, mestre cia trangeira.
Escreveram-se, então pagi- dos, garamufos ou velhos, cotuguêsa, por seu turno, inci- altivez e do heroísmo, quando
rutilantes de heroísmo e mo se lhes soprasse uma só ainas
cientemente, governada pela as circunstancias o exigiram.
em que, a par da co- ma, impávidos "mostrando que
firmeza,
monarquia espanhola filipina,
ragem, se configura a honra- não poupava a vida quem a
nss seis décadas compreendi- OS GUERRILHEIROS
dez e a lealdade de entremos- morte não temia."
NACIONAIS
das entre 1580 a 1640, sofre< tra, em reverberos dc prodimos os efeitos da cupidez amPovo afortunado o nosso,
do
defensores
solo
Os bravos
gio moral.
biciosa e a resultante volúpia
adolescente ainda na HistóCerta feita, por exemplo, já ria
cios ataques armados de aven- natal, guerrilheiros decididos,
já afeito aos rasgos vatureiros, piratas e corsários, entrincheiravam-se por entre restaurado o trono português, ronís —- por singulares, havia trégua
provenientes de longínquas e os arvoredos nemorosos das em 1640, e celebrada continua- cios como duvidosos; á força
holandeses,
os
com
e
da
que
jequetibás,
desencontradas paragens
guaporamas
de verdadeiros, parecendo socircundavam tabas e herda- ram os pernambucanos a de- brehumanos e inverossímeis!
Europa.
inquietação
tenaz
Aos colonizadores reinóis e des, senzalas e feitorias, tra- senvolver
Belos exemplos, dignos de
intento
Do
intrusos.
esaos
"A
e
capelas
proe
fortins,
na
dcaos seus descendentes,
piches
nas horas dos
relembrança
o
1640,
em
interrocurou
afastá-los,
sombras
e
de
forimensa
e
tradas,
fesa da gleba
tal como
mosa, rica e inerme, inculta gações povoando os arredores, novo soberano Dom João IV. mutirões patrióticos,
da taba,
á
beira
os
recopilava
depuzessem
c despovoada — qualidades enquanto as palmeiras, senti- ordenando-lhes
combatente,
emérito
velho,
o
obcque mais cobiçada a torna- nelas avançadas, erguendo o as armas. Confiados na
relação aos feitos do jovam - - juntaram-se os negros fuste muito acima de outras cliencia ao monarca e preli- em
Selvícola que - - aprisiovem
abuescravos e os próprios nativos, arvores, sondando as alturas, bando as vantagens do
- .soubera lutar e sousivo domínio em que se man- nado
vedetas obscuros do brio e cia patrulhavam o infinito...
A tuição que os animava tinham, alegraram-se os usur- bera morrer!
robustez afirmando a solidadvstribuindo cópia
riedade das tres raças, fundi- aplaudiam-na o ondular ver- pado res
(Continua na pag. 26)
•
das nos sentimentos, caldea dejante cio coqueiral, o tatalar da carta regia, no campa-
na energia, para castigar
(Continuação da pag. Z) idéias forasteiras com as lan- das
atacantes, conquisos
refeces
tejoulas de um pseudo naciorecobertos
audaciosos,
tadores
depois
a fixação o revigoramento de nalismo. Hoje, porém
veschapéus,
emplumados
de
de
Novembro
tão nobre objetivo decorre cio dos assaltos de
excêntricas de
afinco, nasce do esforço, à 1935 e Maio cie 1938, desmas- tidos nas cores
abrocompita, esmerando-se o pro- carados os seus verdadeiros custosas em bombazinas,
botões,
áureos
que
as chadas
comprovadas
íessor no acender o entusias- propósitos,
e os bordados guarrendas
as
e
depenligações
criminosas
mo e a compreensão de seus
discípulos aos valores da civi- dências a governos estrangei- neciam.
No transcurso dos séculos
lização cristã; ã crença na di- ros, assim como em face dos
XVII, XVIII, Rio de JaXVI,
e com as
gnidade humana ao respeito perigos do momento de
Baía, São Paulo, Maraneiro,
certos
nos compromissos estabeleci- facanhadas proezas
Pernambuco, Espírito
nhão,
mais
dique
dos, como norma obrigatória; homens e povos,
Rio Grande do Sul,
Santo
e
a
defender
ao amor ã justiça, ao direito e ficil, é impossível
foram regiões
outras,
entre
materialiscio
ã liberdade; ao acatamento impertinencia
pelas bocas de fodas
soberanias
igualitárias, mo violento, importado, su- desafiadas
escunas e barcadas pequenas e grande na- brepticiamente, de outras go das naus,
e ingleses,
franceses
ças de
ções; ao interesse pela cligni- bandas.
destaespanhóis,
e
Na quadra vivente , só ha flamengos
íicação e desenvolvimento do
Villegaieles
entre
Brasil, estimulando a sensibi- lugar para uma ideologia no carído-se
gnon e Bois-le-Comte, Edward
lidade e a volição dos homens Brasil a da honra e seguran- Fenton
e Robert Withrington,
o
enfibrando
de amanhã, ensinando-lhes a ça da Pátria,
e Lencaster, van
Cavendish
lutar e a morrer, sorrindo, pe- caracter cia nossa gente, sela RaSpilbergen,
Carden
e
nossas
das
la Pátria, e a viver, com ela guindo o ritmo
Willekens,
Jacob
vardiére
e
seno
obedecendo
e por ela, honrando-a com to- tradições,
e Duclerc, Duguaydo o empenho, servindo-a com tido nobilitante da nossa His- Loncq e Pedro Ceballos.
Trouin
ás
avessa
prepotencias,
todas a« veras na plenitude tória
A insólita arremeticla invaoposta á felonia, desafeita ao
triunfante do amor.
iluminou o destemor de
sora
e
direitos.
de
bens
esbulho
O trabalho mental do hisAo tempo em que não des- lusos e africanos, selvícolas e
toriádor esmaeceria, com o gaestimulados e irlopar dos anos, qual crepús- Lutávamos, ainda, as regalias brasileiros,
valoroculo evanescente dos climas de nação soberana jungidos à manados pelo jesuíta,
tropicais, não fora o cuidado
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silencioso, anônimo, de seu iw^é^w&w^w^"
vulgarizador, não despiciendo,
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na cátedra.
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Por ventura, os que oficiam
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nas humildes igrejas dos pe- Ii
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quenôs centros de população,
menos valem, espiritualmente,
do que alguns, entre luzes
harmonias, ricas alfaias e profusão de flores celebrando as
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V
ROMÂNTICOS E
CRÉDULOS
Nos palácios e monumentos,
sobrelevarão, por acaso, os
mármores, os bronzes e os
granitos, existentes na beleza
de suas paredes, colunas e relevos, às paredes que lhes dão
solidez, no esconderijo dos alicerces invisíveis, como se avelóricos fossem? "
Heróis e mártires, i.gualmente, considerados não devem
ser generais e soldados que
nos campos da guerra, com a
mesma intrepiclez, afrontam
as armas inimigas, imolando,
(ui a vida oferecendo, em homenagem à causa que defendem?
Já respon destes, com serenidade, as perguntas enumcradas, facultando-me o ingresso honroso nesta agremiação cultural, cincoentenaria quasi, remoçada em lauréis — templo de patriotismo;
simbólico monumento espíritual; campo de peleja da verdade, contra o erro; do idealismo, contra o minaz egoísmo;
dy fé que subhmisa, contra o
cepticismb que abastarda; do
nacionalismo que nos retémporá contra toda e qualquer
doutrina exótica, da direita ou
esnucrda, colorida com as tonalidades pardas, pretas ou
vermelhas, com que bilhostres
indesejáveis, seus fâmulos e
copiadores, em mistificações
surpreendentes, procuram deenfranquecer-nos,
sunir-nos.
para dominar-nos.
Tenham eles o braço distendido para a frente e a mão
espalmada, num gesto expressivo de cobertura, ou quasi
verticalmente alçado, dextra
cerrada, ein acintoso atrevimento; vistam-nos as blusas
operárias, as túnicas militares as sedosas murças doutorais universitárias ou a vestimenta escura dos pastores da
alma, não ha distingui-los na
hora presente, se aterrados aos
credos políticos de ontem: serão eles os transfugas profissionais, os egressos da ordem,
os desertores da virtude, os
negativi*-*tas da fé, os traidores da Pátria.
Tempo houve em que, talvez, pudéssemos excusar a uns
ingênuos, fascinados
tantos
"chefes salvadores" arpelos
tistas nas encenações, pregoeiros mirabolantes de roseas
promessas irrealisaveis.
Românticos e crédulos, deixaram-se impressionar pela
solércia de matreiros sibilas,
que os eleiavam na propaganda espetacular, manhosamente recobrindo os farrapos das
è
Sl
DIRETRIZES
21-5-1943
das asas dos tuins e caranchos, o salmodiar oceânico
das vagas, o orquestrar das cachoeiras, tudo combinado aos
das inúbias,
labrusos
sons
e mamimbis
uais, borés,
racás.
Azagaias, durindanos, adagas e espadas, bacamartes,
mosquetes e trabucos litigavam nervosamente, produziudo, flamívonos clarões no espaço, fenclido pelas entesadas
uamirís, rasgado pelas zarabatanas certeiras, a que se
mesclavam hervadas flechas,
lanças e tamaranas.
Guanabara soberba, os
A
primitivos e obscuros desvãos
de S. Vicente, Itaparica, Santos, Salvador, Olinda, Recife,
Bom Jesus e Porto Calvo; as
ameias de Cabedelo, Rio Formoso, Reis Magos e Cinco
Pontas; os flanços das Tabocas e Guararapes; a extensão
da Campina da Taborda, assim como a costa brasílea, em
geral, são marcos seculares
dos gloriosos embates dos nossos avoengos, na luta pela posse ou reconquista do nosso
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NACIONAUSMG, EXPRESSÃO DA VIDA BRASILEIRA
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