2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................3
PROGRAMA....................................................................................................................4
RESUMOS........................................................................................................................6
DOCUMENTÁRIO......................................................................................................19
INTEGRANTES DO GRUPO DE PESQUISA.........................................................20
COMISSÃO ORGANIZADORA................................................................................21
SUMMARY
PRESENTATION..........................................................................................................22
PROGRAM.....................................................................................................................23
ABSTRACTS.................................................................................................................25
DOCUMENTARY FILM............................................................................................38
RESEARCH GROUP MEMBERS..............................................................................39
ORGANIZING COMMITTEE.....................................................................................40
3
APRESENTAÇÃO
I
ENCONTRO
ARMÊNIOS:
NACIONAL
GENOCÍDIO,
DE
PESQUISADORES
IMIGRAÇÃO
E
MEMÓRIA:
DO
GRUPO
ANO
DO
CENTENÁRIO
O projeto temático e o grupo de pesquisa homônimo Armênios: Genocídio,
Imigração e Memória foi criado em 2014, sob coordenação da Profa. Dra. Lusine
Yeghiazaryan. Este projeto se insere no Laboratório de Estudos sobre Etnicidade,
Racismo e Discriminação (LEER), coordenado pela Profa. Dra. Maria Luiza Tucci
Carneiro, e tem como objetivo principal organizar um arquivo virtual sobre o genocídio
armênio de 1915, a partir de documentos disponíveis na comunidade armênia do Brasil.
Trata-se, portanto, de um projeto de documentação do genocídio, que toma como base a
memória escrita e oral de armênios sobreviventes imigrados e seus descendentes
residentes na diáspora brasileira. Os pesquisadores estão realizando um trabalho de
coleta de documentos de natureza diversa (fotografias, depoimentos, correspondências
pessoais, jornais, revistas, etc.) com vistas a organizar um acervo virtual da memória do
genocídio armênio no Brasil.
Nesta oportunidade, no ano do centenário do Genocídio, organizamos o I
Encontro Nacional de Pesquisadores do Grupo Armênios: Genocídio, Imigração e
Memória, com apresentações orais de seus integrantes, tendo como objetivo não
somente
divulgar
as
pesquisas
desenvolvidas,
mas
sobretudo
promover
a
conscientização e o debate acerca do Genocídio armênio de 1915.
Neste caderno apresentamos os resumos dos diversos trabalhos de pesquisa
desenvolvidos pelos integrantes deste grupo.
4
PROGRAMA
I
ENCONTRO
ARMÊNIOS:
NACIONAL
GENOCÍDIO,
DE
PESQUISADORES
IMIGRAÇÃO
E
MEMÓRIA:
DO
GRUPO
ANO
DO
CENTENÁRIO
Data: 23 de abril de 2015
Horário: 8h às 11h40
Auditório de História, FFLCH/USP
Inscrição gratuita pelo link:
http://letrasorientais.fflch.usp.br/inscricoes
Serão fornecidos certificados para os ouvintes
PROGRAMAÇÃO
8h-10h: APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DOS PESQUISADORES
DO GRUPO
O GENOCÍDIO ARMÊNIO: 100 ANOS DE REIVINDICAÇÕES
Lusine Yeghiazaryan
SOBREVIVENTE DE UM GENOCÍDIO: TRAÇO INTEGRANTE DA IDENTIDADE
DO POVO ARMÊNIO
Deize Crespim Pereira
CONSEQUÊNCIAS DO NEGACIONISMO NO CASO ARMÊNIO
Lígia Sanchez
A NEGAÇÃO DO GENOCÍDIO ARMÊNIO PELA HISTÓRIA OFICIAL TURCA
Karla Dias Lopes
GENOCÍDIO ARMÊNIO: DIREITO À VERDADE E DESINFORMAÇÃO NA
MÍDIA BRASILEIRA
Nathália Ramos
5
MEMÓRIA
DO
GENOCÍDIO
ARMÊNIO
NOS
RELATOS
DE
SEUS
DESCENDENTES NA AMÉRICA DO SUL
Silvia Regina Paverchi
A DOCUMENTAÇÃO DE UMA MEMÓRIA: O GENOCÍDIO ARMÊNIO
SEGUNDO OS ARMÊNIOS DO BRASIL
Camilla Maria Dutra Garcia
TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO DA CULTURA E LÍNGUA ARMÊNIAS
DE
GERAÇÃO
A
GERAÇÃO,
ENTRE
DESCENDENTES
ARMÊNIOS
RESIDENTES NA CIDADE DE SÃO PAULO
Fernando Januário Pimenta
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL ARMÊNIA NA OBRA MAYRIG
E SUAS RELAÇÕES COM A DIÁSPORA ARMÊNIA NA FRANÇA ATUAL
Camila Bueno Firmino
REPRESENTAÇÕES DA GEOPOLÍTICA ARMENICIDA TURCO-OTOMANA NA
OBRA O LOUCO, DE RAFFI
Aline Serra Teixeira
UMA ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO GENOCÍDIO
ARMÊNIO À LUZ DE CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian
ARQUIVO HISTÓRICO ARMÊNIO DO BRASIL
Sarkis Ampar Sarkissian
BACHARELADO PARA ARARAT
Stéphanie Havir de Almeida
10h-11h40
EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO SCREAMERS DO SYSTEM OF A DOWN
6
RESUMOS
O GENOCÍDIO ARMÊNIO: 100 ANOS DE REIVINDICAÇÕES
Lusine Yeghiazaryan
O ano de 2015 marca o centenário do Genocídio armênio, perpetrado pela
Turquia Otomana no começo do século XX. Mais de um milhão e meio de armênios
foram vítimas dos massacres em massa planejados em nível de estado pelos Jovens
Turcos, que perseguiam um objetivo claro: se apropriar do território da Armênia
Ocidental e de uma vez por todas exterminar a etnia armênia como um fator político.
Até 1915 os armênios permaneceram por três mil anos no território do Planalto
Armênio, ou a assim conhecida Armênia Histórica. As invasões e dominações no
decurso de sua história não afetaram a totalidade do território nem chegaram a dispersar
a população nativa armênia. Entretanto, foi o Genocídio que mudou o rumo da história
dos armênios e marcou a história mundial de uma maneira trágica, criando um
precedente de exterminação de uma nação inteira.
Os efeitos devastadores do Genocídio incluem perdas humanas, territoriais,
patrimoniais e culturais. As perdas humanas contabilizam mais de 1,5 milhões de
vítimas. Foi praticamente erradicada dois terços da população dentro dos territórios da
Armênia Histórica. Quanto à perda do território histórico, a Armênia perdeu quase 90
por cento do mesmo, e a maior parte da população que escapou do Genocídio passou a
viver fora das suas terras milenares, sem a possibilidade de retornar aos seus lares. É
incalculável o prejuízo cultural devido ao Genocídio. Foram destruídos, de uma
maneira bárbara, os registros culturais do povo armênio, incluindo as igrejas,
monumentos arquitetônicos e edificações, vilarejos e cidades inteiras, milhares de
manuscritos, que guardavam a herança cultural e espiritual não só dos armênios, mas
também da história universal. Ademais, foram inestimáveis as perdas materiais,
através dos confiscos e apropriações dos bens dos armênios pelos turcos. Os
sobreviventes foram forçados a se espalhar pelo mundo e recomeçar tudo do zero.
O Genocídio armênio é um fato comprovado historicamente por documentos
autênticos e irrefutáveis. No entanto, a Turquia moderna mantém a sua política de
negação e se recusa a reconhecê-lo, ignorando os princípios e normas do direito
internacional.
Passados cem anos do primeiro genocídio do século XX, o lema do centenário –
Lembro e Reivindico – traduz a busca pela justiça e paz no mundo, uma obrigação
moral da sociedade em prol do reconhecimento de um crime que é a maior violação dos
direitos humanos fundamentais universais.
Palavras-chave: genocídio, centenário, perdas humanas, reconhecimento
7
SOBREVIVENTE DE UM GENOCÍDIO: TRAÇO INTEGRANTE DA
IDENTIDADE DO POVO ARMÊNIO
Deize Crespim Pereira
Hobsbawm (2011, p.57) destaca a brutalidade e desumanidade do século XX.
Diz ele: "(...) o mundo acostumou-se à expulsão e matança compulsórias em escala
astronômica, fenômenos tão conhecidos que foi preciso inventar novas palavras para
eles" - termos como "apátrida" e "genocídio".
Apátrida que dizer "sem pátria", "sem Estado", "indivíduo destituído de
nacionalidade". O termo é usado quando se perde uma nacionalidade sem ter adquirido
uma segunda. Mas como se perde uma nacionalidade? O passaporte Nansen foi criado
para aqueles que se viram sem pátria, 300 mil armênios que fugiram do genocídio.
O termo legal genocídio foi instituído pelo jurista Raphael Lemkin (1944), para
descrever atos cometidos com intenção de destruir, parcial ou totalmente, um grupo
nacional, étnico, ou religioso. Para cunhar o termo, Lemkin se baseou no Genocídio
armênio, no qual morreram cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Para a Turquia que teima em não reconhecer o genocídio perpetrado pelo
governo turco otomano, ou para aqueles que ainda têm dúvida se houve um genocídio, a
ONU define o que é genocídio com critérios bem objetivos. Pode configurar-se como
genocídio: (1) o assassinato de pessoas de um grupo; (2) sujeitar os membros de um
grupo a danos físicos ou mentais graves; (3) a submissão deliberada de um grupo a
condições de existência que lhe causem destruição física total ou parcial; (4) medidas
para impedir o nascimento de crianças no seio do grupo; (5) transferência forçada de
menores para outro grupo. Tudo isto aconteceu com os armênios. Como se pronunciou
o Papa Francisco, em missa celebrada em 2015 na Basílica de São Pedro, por ocasião
dos cem anos do Genocídio armênio: "Esconder ou negar o mal é como permitir que
uma ferida continue sangrando sem tratá-la!".
Faz parte da identidade dos armênios ser sobrevivente de um genocídio. Uma
senhora armênia, sobrevivente da diáspora da Síria, relata em depoimento: "Eles
cortaram as gargantas de muitas mulheres (...) Como eu, eles cortaram a minha garganta
também, eu sobrevivi" (Saha Manougian, 96 anos, 1995).
Hobsbawm coloca o massacre dos armênios como o primeiro do século XX, a
primeira tentativa, na era moderna, de eliminar toda uma população. Muito se fala na
função educativa do debate acerca do tema: para que não mais se repita. Contudo,
genocídios continuam ocorrendo.
Palavras-chave: Genocídio armênio, apátrida, identidade cultural
8
CONSEQUÊNCIAS DO NEGACIONISMO NO CASO ARMÊNIO
Lígia Sanchez
Passados cem anos, o que podemos discutir a respeito dos acontecimentos de
1915 que ainda não tenha sido dito? Os fatos históricos já foram contados e recontados
centenas de vezes, em diversas versões, como seria de esperar. As fontes históricas
foram vistas e revistas, documentos foram apresentados, alguns aceitos, outros acusados
de forja. Depoimentos foram apresentados nos mais diversos tribunais, descrições
detalhadas de testemunhas oculares ou mesmo de sobreviventes que estiveram no “olho
do furacão”.
Apesar disso, dos muitos pesquisadores interessados, dos muitos testemunhos de
todo tipo, apesar de toda a lista de provas apresentadas, um século depois ainda estamos
diante de uma história sem final, sem conclusão. E, com o passar do tempo, as
possibilidades de mudança dessa situação parecem somente diminuir.
Antes de buscar uma finalização do assunto, a política turca nesse momento
trabalha com a manutenção da dúvida, com argumentos evasivos, evitando o caso
central e apoiando-se em pequenos vieses, o mesmo modo de trabalho de advogados
famosos que não gostam de perder um caso, por mais sem futuro que seja. Com isso,
segue o sofrimento dos injustiçados, perpetua-se a angústia dos que nunca puderam
vivenciar seu luto em paz.
As vítimas nesse caso não são somente aquelas que caíram há cem anos, mas
também seus descendentes, seus amigos, as pessoas que se arrepiaram com as histórias
contadas e aqueles que têm lutado pelo reconhecimento do Genocídio armênio durante
todo esse tempo. Uma coisa é certa, neste mundo de tantas incertezas: não haverá paz e
respeito ao outro enquanto os erros do passado não forem reconhecidos e perdoados.
Palavras-chave: Negacionismo, Genocídio, Armênios, Otomanos
9
A NEGAÇÃO DO GENOCÍDIO ARMÊNIO PELA HISTÓRIA OFICIAL
TURCA
Karla Dias Lopes
O Império Otomano mostra seu anacronismo e inviabilidade na era da ascensão
capitalista, a partir do século XV. Após relutar a sua inevitável derrocada, o “Homem
doente da Europa” reavalia maneiras de manter sua unidade territorial e estabilidade
econômica, sufocando impulsos de autodeterminação dos povos que oprimia. Desse
modo, desde o século XIX, os regentes otomanos se veem perdendo cada vez mais
territórios na Europa, no Levante e no Norte da África.
Diante da justa reivindicação por libertação nacional, as potências imperialistas
europeias demonstram-se favoráveis às revoltas sob a suposta alegação humanitária em
prol de proteger os súditos cristãos do jugo otomano. Esse argumento escondia o
verdadeiro interesse de repartirem entre si as vastas terras dominadas pelo Império
Otomano, sem despender de imensos esforços militares. O oportunismo dos países
imperialistas potencializa o discurso promovido pelos líderes otomanos que afirma a
existência de inimigos internos na tentativa de legitimar as futuras perseguições.
O questionamento armênio por autonomia coincide com o declínio otomano: o
Império não era muito mais que a Anatólia. Esse fator motiva a cúpula regente a
considerar que, caso fosse impossível manter a magnitude do passado, que ao menos se
garantisse um país para os turcos. Para executar o plano, a região deveria ser
etnicamente homogeneizada, o que significaria exterminar cerca de um milhão de
armênios, crime que há cem anos é negado pelo Estado herdeiro dessa mácula histórica.
Portanto, é um passo importante compreender que a política de negação do genocídio
armênio pela história oficial turca é um dos únicos pilares capazes de manter a Turquia
em seus moldes atuais.
Palavras-chave: genocídio armênio, Turquia, negação
10
GENOCÍDIO ARMÊNIO: DIREITO À VERDADE E DESINFORMAÇÃO NA
MÍDIA BRASILEIRA
Nathália Ramos
A negação dos fatos históricos constitui a última fase de um Genocídio. Encobrir
provas, bloquear investigações dos crimes, negar pedidos de revisão histórica e censura
ao pensamento acadêmico são alguns dos mecanismos usados com a intenção de ocultar
um acontecimento. Esse encobrimento não parte apenas de um Estado autoritário, mas
encontra auxílio nos veículos de comunicação em massa, como jornais de grande
circulação que apoiam a visão negacionista. A mídia brasileira, embora pretensamente
conhecedora do Genocídio do povo armênio, aponta em grande parte uma visão
simplista, negacionista e, por muitas vezes, desinformada dos episódios que tentam
narrar. Matérias com manchetes que direcionam o leitor a uma verdade manipulada,
erros de História e negacionismo são comumente veiculados pela mídia quando
pretendem tratar sobre o Genocídio armênio. O direito à verdade histórica deve ser
garantido tanto no âmbito individual e particular, como no âmbito universal. As vítimas
do Genocídio têm o direito de obter conhecimento integral e reconhecimento público
sobre as violações cometidas contra seus familiares e sua história nacional. O
reconhecimento e a verdade apresentam também teor pedagógico, pois apenas perante a
exatidão dos fatos que podemos aprender sobre justiça e prevenir que violações contra
os Direitos Humanos se repitam na trajetória da humanidade.
Palavras-chave: Genocídio, Armênia, mídia, reconhecimento
11
GENOCÍDIO ARMÊNIO NOS RELATOS DE SEUS DESCENDENTES NA
AMÉRICA DO SUL
Silvia Regina Paverchi
Este artigo trata da memória do genocídio armênio via relatos de descendentes
da diáspora armênia, cujas comunidades se fixaram na Argentina e Brasil após o
genocídio armênio perpetrado pelo Império Otomano durante a Primeira Grande
Guerra. O objetivo principal é entrevistar indivíduos descendentes e integrantes de
comunidades formadas a partir de 1920, especialmente as de Buenos Aires e de São
Paulo para averiguar a presença de uma memória coletiva que evidencie elementos
comuns a uma possível identidade cultural armênia nesses grupos de descendentes pósgenocídio. É pesquisa exploratória investigativa, sem postulados de memória, busca na
memória individual traços comuns a formação de uma identidade coletiva e sua relação
com o trauma do genocídio.
Palavras-chave: Diáspora armênia, Genocídio armênio, Memória, Identidade Cultural,
América Latina
12
A DOCUMENTAÇÃO DE UMA MEMÓRIA: O GENOCÍDIO ARMÊNIO
SEGUNDO OS ARMÊNIOS DO BRASIL
Camilla Maria Dutra Garcia
A história de uma nação é constituída, principalmente, por meio da compilação
dos fatos ocorridos pelos membros dessa comunidade. Essa ação resulta na elaboração
de uma memória coletiva em que as semelhanças presentes nos relatos expressos pelos
indivíduos que compõem esse grupo permeiam as narrativas sobre os episódios
históricos. Dentre estes episódios, o reconhecimento do Genocídio armênio aparece
como o elo que interliga os descendentes de armênios pelo mundo inteiro
independentemente se o legado cultural armênio foi transmitido ou negado pela família.
O objetivo deste trabalho é reconstruir e contextualizar os fatos acerca do
Genocídio armênio com o intuito de problematizar as questões que envolvem esse tema.
Em decorrência desse foco, a discussão deu-se por meio da coleta de uma ampla e vasta
documentação dos relatos e objetos pessoais dos membros da comunidade armênia da
cidade de São Paulo. Dessa forma, foi possível analisar a importância do papel dos
informantes (tanto como mantenedores quanto transmissores) no processo da
transmissão dessas memórias para as próximas gerações. Além disso, ressaltou-se o
impacto negativo dessas memórias tristes na manutenção e adaptação da identidade
armênia pelos descendentes dos sobreviventes do massacre, uma vez que isto acarretou
um processo de emudecimento dos que sobreviveram e, consequentemente, um
esquecimento gradativo de todos os acontecimentos desafortunados ocorridos nesse
período.
Para tanto, tomou-se como referencial teórico sobre o genocídio: Toynbee
(2003), Pinheiro (1994), Sapsezian (1988); e sobre a diáspora armênia no Brasil: Grün
(1994), Marcarian (2008), Sapsezian (1988) e Summa (2007).
Palavras-chave: documentação, memória, Genocídio armênio, descendentes de
armênios no Brasil
13
TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO DA CULTURA E LÍNGUA
ARMÊNIAS DE GERAÇÃO A GERAÇÃO, ENTRE DESCENDENTES
ARMÊNIOS RESIDENTES NA CIDADE DE SÃO PAULO
Fernando Januário Pimenta
Por meio de entrevistas realizadas com descendentes de armênios residentes na
cidade de São Paulo, pertencentes a três gerações, observou-se a manutenção da
identidade cultural do povo armênio. Escutou-se o que esses jovens, adultos e idosos
pensam sobre a futura transmissão do conhecimento herdado de seus antepassados, a
respeito da própria cultura e língua maternas. Indagou-se se, para eles, mantém-se ainda
vivo o interesse de passar adiante aos membros mais novos de suas famílias tudo o que
sabem de si mesmos em sua origem, isto é, o saber ancestral e multifacetado que os
define em sua totalidade como integrantes da comunidade armênia. Em decorrência
deste foco central, relacionou-se um objetivo secundário: sondar seu ponto de vista
sobre a questão do não-reconhecimento do Genocídio armênio pela maior parte dos
países desenvolvidos do mundo, e como – isto é, se – esse fato afeta sua própria noção
de identidade, tendo-se passado quase um século de seu término.
Constataram-se, por meio desta pesquisa de campo, acentuadas diferenças entre
as famílias, no que tange à conservação do imagético identitário armênio e à
importância que tais famílias atribuem às próprias tradições, à memória e à língua.
A comunidade paulistana tem, hoje, em seu círculo assíduo, os membros mais
idosos, quando, no passado, o que se via era a ativa participação dos jovens e adultos
armênios recém-chegados ao Brasil, organizando e manejando a comunidade.
Este trabalho baseou-se no conceito de identidade cultural postulado por Hall
(2006; 2008), Anderson (2008), Ianni (2003) e Lesser (2001). Grün (1992) expõe não só
o capitalismo étnico/familiar vigente nas primeiras gerações de armênios paulistanos,
como também sua preferência pela homogamia social, através de casamentos
exclusivamente de armênios com armênios dentro da comunidade.
A obra “Atrocidades Turcas na Armênia”, do historiador britânico Arnold J.
Toynbee, apresenta depoimentos de sobreviventes e testemunhas oculares do genocídio,
mostrando que, para além de um período já conturbado por conta da Primeira Guerra
Mundial, o massacre armênio foi o resultado de uma política de extermínio, concebida e
alicerçada pelo próprio governo turco: “Tudo foi feito pela vontade do governo e não
por considerações de fanatismo religioso, mas simplesmente porque desejavam, por
razões puramente políticas, desfazer-se de um elemento não muçulmano que
contrariava a homogeneidade do império” (1993, p. 18).
Os depoimentos colhidos das entrevistas com descendentes armênios atestaram o
peso e a persistência das memórias do genocídio na herança cultural de seu povo, e
ressaltaram a importância que há até hoje, na comunidade armênia, do ato de lembrar
fatos que fazem parte da história de seus antecessores.
Palavras-chave: Transmissão da cultura e língua armênia, identidade armênia,
Genocídio armênio
14
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL ARMÊNIA NA OBRA
MAYRIG E SUAS RELAÇÕES COM A DIÁSPORA ARMÊNIA NA FRANÇA
ATUAL
Camila Bueno Firmino
A ideia deste trabalho surgiu a partir da leitura da obra autobiográfica Mayrig do
autor Henri Verneuil, cujo enredo conta a história de uma família armênia que fugiu da
Armênia e se estabeleceu na França após o genocídio de 1915. Este trabalho buscou
investigar o processo de construção da identidade cultural do personagem principal de
Mayrig e traçar um paralelo com a diáspora armênia presente atualmente na França,
apontando as semelhanças e as diferenças entre esses dois contextos.
Foi realizada a análise da construção da identidade cultural armênia no livro
Mayrig, a partir do conhecimento adquirido nas leituras dos textos da bibliografia. Em
seguida houve a elaboração de um questionário com perguntas que tinham como
objetivo verificar se os descendentes de armênios buscam manter sua identidade cultural
e, em caso positivo, de que modo estas pessoas mantêm essa identidade. Foi feita a
seleção de informantes (9 pessoas da diáspora armênia residentes na França), aplicação
do questionário e por fim a análise das entrevistas coletadas.
Como suporte teórico foram utilizadas as ideias expostas por Stuart Hall em seu
livro “A identidade cultural na pós- modernidade” e também as ideias expostas em “Da
diáspora: Identidades e Mediações Culturais" do mesmo autor.
Palavras-chave: Identidade Cultural Armênia, Diáspora Armênia na França, Genocídio
15
REPRESENTAÇÕES DA GEOPOLÍTICA ARMENICIDA TURCO-OTOMANA
NA OBRA O LOUCO, DE RAFFI
Aline Serra Teixeira
Hagop Melik-Hagopian, mais conhecido como Raffi, foi um armênio nascido na
atual capital da Geórgia e que conheceu diversas regiões do Império Otomano, Pérsia e
Rússia. Ele viveu no período anterior à Primeira Guerra Mundial, tendo falecido vinte e
sete anos antes, em 1888, o que pode ser considerado como uma geração antes do marco
do armenicídio. Apesar disto, a forma como são retratados os personagens de sua
obra O louco retrata com profunda sensibilidade a geopolítica Armênia durante o
período mais duro do genocídio, o ano de 1915.
Neste livro ficcional de 1880 é mostrada a atuação política dos países relevantes
para uma possível resolução do conflito, como Rússia e França, além da participação de
atores internos: turcos, curdos e armênios, inclusive com as discordâncias internas entre
os armênios.
Diferentemente do que alguns acreditam, como o historiador turco Zafer Özkan,
a vida dos armênios no Império Otomano não se resumiu ao papel de fantoche dos
países cristãos e ocidentais que queriam o esfacelamento do Império. A vida daqueles
armênios foi marcada por sofrimentos e perseguições que vão muito além da questão
religiosa cristãos x muçulmanos ou da questão política Ocidente x Oriente. Cada
trajetória de vida armênia teve sua especificidade, que está muito bem representada nas
alegorias, mesmo que generalizantes, propostas por Raffi em O louco.
Palavras-chave: Raffi, O louco, Khent, genocídio, armenicídio, literatura, geopolítica
16
UMA ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DO
GENOCÍDIO ARMÊNIO À LUZ DE CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian
As motivações que estão envolvidas nas lutas pelo reconhecimento do
Genocídio armênio versam, em geral, sobre uma convicção particularmente viva de que,
ao lutar pelo reconhecimento dessa atrocidade, mobilizam-se forças para que outros
genocídios não se repitam. Esse é, sem dúvida, um argumento absolutamente
respeitável e válido, vide genocídios ocorridos subsequentemente ao armênio. O
holocausto dos judeus (ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial) e o genocídio em
Ruanda (ocorrido em 1994) são ilustrações emblemáticas disso.
Para além dessa motivação que diz respeito a uma preocupação com o futuro,
encontramos também, tanto nos estudos psicanalíticos inaugurais quanto nos mais
recentes, importantes teorizações que colocam em voga a importância do
reconhecimento e da justiça em torno de crimes lesa-humanidade (como o genocídio
armênio) enquanto necessidades do aparelho psíquico. Nesse sentido, ao tematizarem a
memória, o luto, o trauma e a justiça, autores da Psicanálise como Sigmund Freud,
Pierre Fédida, Jean Allouch e Paulo Endo trazem contribuições que apontam para a
importância do reconhecimento público do genocídio armênio.
Palavras-chave: Genocídio, Armênia, crime lesa-humanidade, trauma, Psicanálise,
luto, memória, justiça
17
ARQUIVO HISTÓRICO ARMÊNIO DO BRASIL
Sarkis Ampar Sarkissian
Este trabalho tem por objetivo analisar a imigração e a presença armênia no
Brasil por meio das bases documentais, iconográficas e periodicais existentes em
arquivos públicos, acervos particulares e institucionais da comunidade armênia no país.
Para tanto, analisamos os projetos arquivísticos armênios em andamento no mundo,
bem como as experiências similares realizadas por algumas comunidades imigrantes no
Brasil. Verificamos as carências, discrepâncias e até mesmo ausências de informações e
registros que vão desde biografias, iconografias e depoimentos orais em geral a números
oficiais da imigração armênia, mapeamento dos pequenos núcleos comunitários fora do
eixo São Paulo-Osasco, que constituem comunidades estabelecidas e consolidadas, e o
papel do Brasil na esfera diplomática tanto bilateral com a Armênia quanto multilateral
em organismos internacionais na questão do Genocídio Armênio. Discorremos sobre o
levantamento realizado nesses acervos caracterizando a relevância dos materiais
encontrados, seus estados de conservação e organização, a problemática e dificuldades
de catalogação. Por fim, observamos ainda a importância de se criar um arquivo
histórico armênio no Brasil que preserve não só a memória e a presença desta
comunidade imigrante no país como também afirme o papel do Estado brasileiro no
compromisso de condenar o genocídio sofrido pelos armênios com base no
reconhecimento de sua atuação política à época do ocorrido e seu próprio legado
histórico na defesa dos Direitos Humanos. Espera-se que esse projeto facilite e estimule
a pesquisa sobre o genocídio, imigração e memória armênia pelo olhar brasileiro,
reafirmando a importância do fato do Genocídio Armênio na história do Brasil e a
contribuição e compromisso dos armeno-brasileiros para o desenvolvimento do país.
Palavras-chave: arquivo, armênios, Brasil, imigração, genocídio, memória
18
BACHARELADO PARA ARARAT
Stéphanie Havir de Almeida
A contribuição que darei a este encontro será não em forma de pesquisa
científica, mas em forma de depoimento justificado por minha ascendência direta de
sobreviventes do Genocídio armênio de 1915 perpetrado pelo governo turco otomano.
Respeitando a temática geral do I Encontro do grupo Armênios: Genocídio, Imigração e
Memória: Ano do Centenário, o depoimento versa sobre a reconstrução da identidade
armênia, perdida há duas gerações em minha família, e como os cursos de língua,
cultura e literatura armênias da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
tiveram importância crucial nesta reconstrução e fortalecimento da identidade armênia
durante meu bacharelado em Letras nesta mesma universidade. Procuro também
estabelecer um paralelo entre as minhas experiências em busca da identidade armênia
durante o curso de graduação e as experiências de Michael J. Arlen descritas em sua
obra Passagem para Ararat, de 1978, comparando pontos semelhantes e discrepantes
entre nossas jornadas. Acredito ainda que este depoimento sirva como mais uma prova
que atesta e corrobora com a afirmação de que o Genocídio armênio, não reconhecido
pelo governo da atual Turquia e de tantos outros países – inclusive o Brasil –, foi, além
de um crime contra os direitos humanos, uma atrocidade imensurável que ainda gera
consequências lamentáveis na vida de descendentes de afortunados fugitivos que, como
eu, sentiram a necessidade de reconstrução de toda uma identidade perdida. Finalmente,
este depoimento faz as vezes de agradecimento a todos que contribuíram de alguma
forma na reconstrução da minha própria identidade armênia.
Palavras-chave: Identidade armênia, Genocídio, Passagem para Ararat
19
DOCUMENTÁRIO
SCREAMERS
Direção de Carla Garapedian, Estados Unidos, 2006
Duração: 89 minutos
Sinopse: O documentário discute a constante ocorrência de Genocídios na história
moderna a partir da campanha dos integrantes da banda americana de metal alternativo
System of a Down pelo reconhecimento do massacre sofrido pelo povo armênio. Para
tanto, o filme mostra o cotidiano da turnê da banda e a tentativa dos seus integrantes de
convencer tanto o governo americano quanto o britânico a reconhecerem o genocídio
armênio como primeiro genocídio do século XX. Além disso, ele apresenta comentários
da jornalista ganhadora do Pulitzer, Samantha Power, e depoimentos de sobreviventes
dos massacres ocorridos na Armênia, Ruanda e Darfur.
20
INTEGRANTES DO GRUPO DE PESQUISA
ARMÊNIOS: GENOCÍDIO, IMIGRAÇÃO E MEMÓRIA
Projeto Temático de equipe
Pesquisadores:
Aline Serra Teixeira (graduanda, USP)
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian (graduanda, USP)
Artur Attarian Cardoso Camarero (graduado, USP)
Camila Bueno Firmino (graduanda, USP)
Camilla Maria Dutra Garcia (graduanda, USP)
Deize Crespim Pereira (USP)
Fernando Januário Pimenta (graduado, USP)
Hagop Kechichian (Mestre e Doutor, USP)
Karla Dias Lopes (graduanda, USP)
Ligia Sanchez de Almeida (Mestre, USP)
Lusine Yeghiazaryan (USP) (coordenadora do projeto)
Nathália Ramos de Oliveira (graduanda, USP)
Sarkis Ampar Sarkissian (pesquisador, USP)
Silvia Regina Paverchi (doutoranda, USP)
Stéphanie Havir de Almeida (graduada, USP)
21
COMISSÃO ORGANIZADORA
Aline Serra Teixeira (graduanda, USP)
Camilla Maria Dutra Garcia (graduanda, USP)
Deize Crespim Pereira (USP)
Karla Dias Lopes (graduanda, USP)
Ligia Sanchez de Almeida (Mestre, USP)
Lusine Yeghiazaryan (USP) (coordenadora do projeto)
Nathália Ramos de Oliveira (graduanda, USP)
Sarkis Ampar Sarkissian (pesquisador, USP)
Silvia Regina Paverchi (doutoranda, USP)
Stéphanie Havir de Almeida (graduada, USP)
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PRESENTATION
1st NACIONAL MEETING OF RESEARCHERS OF THE GROUP
ARMENIANS: GENOCIDE, IMMIGRATION AND MEMORY: YEAR OF THE
CENTENARY
The thematic project and the homonymous research group Armenians: genocide,
immigration and memory was created in 2014, under the coordination of Prof. Dr.
Lusine Yeghiazaryan. This research group is located in The Center of Studies on
Ethnicity, Racism and Discrimination, which is coordinated by Prof. Dr. Maria Luiza
Tucci Carneiro, and aims to organize a virtual archive about the Armenian genocide of
1915, that includes documents found in Armenian Diaspora in Brazil. It is therefore a
project of documentation of the genocide, that is based on the written and oral memory
of Armenian survivors that have emigrated to Brazil and their descendants. The
researchers are collecting various kind of material (photos, testimonies, personal letters,
newspapers, magazines, etc.), to organize a virtual museum of Armenian genocide.
In this year of the centenary of Armenian Genocide, we have organized the 1st
National Meeting of Researchers of the Group Armenians: Genocide, Immigration and
Memory, with oral presentations of its members, aiming not only to show the researches
that have been developed, but also to promote the acknowledgment and debate on
Armenian Genocide of 1915.
In this paper we present the Abstracts of the various researches that have been
developed by this group.
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PROGRAM
1st NACIONAL MEETING OF RESEARCHERS OF THE GROUP
ARMENIANS: GENOCIDE, IMMIGRATION AND MEMORY: YEAR OF THE
CENTENARY
Date: April 23rd, 2015.
University of São Paulo
Registration in the site:
http://letrasorientais.fflch.usp.br/inscricoes
PROGRAM
8h-10h: APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DOS PESQUISADORES
DO GRUPO
ARMENIAN GENOCIDE: WE REMEMBER AND DEMAND
Lusine Yeghiazaryan
GENOCIDE SURVIVOR: A PART OF ARMENIAN IDENTITY
Deize Crespim Pereira
CONSEQUENCES OF DENIAL IN THE ARMENIAN CASE
Lígia Sanchez
DENIAL OF THE ARMENIAN GENOCIDE BY THE TURKISH OFFICIAL
HISTORY
Karla Dias Lopes
ARMENIAN GENOCIDE: RIGHT TO THE TRUTH AND MISINFORMATION IN
BRAZILIAN MEDIA
Nathália Ramos
MEMORY OF ARMENIAN GENOCIDE IN THE REPORTS OF THEIR
DESCENDANTS IN SOUTH AMERICA
Silvia Regina Paverchi
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THE DOCUMENTATION OF A MEMORY: THE ARMENIAN GENOCIDE
ACCORDING TO THE ARMENIANS OF BRAZIL
Camilla Maria Dutra Garcia
TRANSMISSION OF THE ARMENIAN CULTURE AND LANGUAGE FROM
GENERATION TO GENERATION, AMONG ARMENIAN DESCENDANTS
LIVING IN THE CITY OF SÃO PAULO
Fernando Januário Pimenta
THE
CONSTRUCTION
OF
ARMENIAN
CULTURAL
IDENTITY
IN
THE BOOK MAYRIG AND ITS RELATIONS TO THE PRESENT DAY ARMENIAN
DIASPORA IN FRANCE
Camila Bueno Firmino
REPRESENTATIONS OF THE ARMENICIDE TURKISH-OTTOMAN POLICY IN
RAFFI´S WORK THE FOOL
Aline Serra Teixeira
AN
ANALYSIS
ARMENIAN
OF
THE
GENOCIDE
RELEVANCE
IN
THE
OF
LIGHT
ACKNOWLEDGMENT
OF
OF
PSYCHOANALYSIS'
CONTRIBUTIONS
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian
ARMENIAN HISTORICAL ARCHIVE OF BRAZIL
Sarkis Ampar Sarkissian
BACHELOR TO ARARAT
Stéphanie Havir de Almeida
10h-11h40
EXIBITION OF THE DOCUMENTARY FILM SCREAMERS OF SYSTEM OF
A DOWN
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ABSTRACTS
ARMENIAN GENOCIDE: WE REMEMBER AND DEMAND
Lusine Yeghiazaryan
The year of 2015 marks the Centennial of the Armenian Genocide committed in
the Ottoman Empire in the early twentieth century. More than one and a half million of
Armenians fell prey to mass killings, recognized as the first Genocide of the XX
century. Designed minutely by the government of Young Turks, it pursued a clear goal:
an unprecedented extermination of Armenians as a political factor and possession of the
territory of Western Armenia.
The Armenian Plateau, or the so-called Historical Armenia, had been the habitat
of Armenians for three thousand years before the Genocide. In spite of innumerous
foreign invasions and dominations, Armenians have always constituted the ethnic
majority of the region. This had to be changed drastically with the Genocide.
The devastating effects of Genocide include human, territorial, cultural and
material losses. The human losses culminated in the annihilation of the two-thirds of the
population of Historical Armenia. As to territorial losses, Armenians lost almost 90
percent of their homeland, and those who escaped from Genocide had to leave their
habitats, with no possibility to return to their homes. The cultural losses are just
immensurable, ranging from barbaric destruction of spiritual heritage in ancient records
and manuscripts to extermination of entire villages and cities. Moreover, the material
losses include state-sanctioned robberies as property confiscation and appropriation.
The Armenian Genocide is proven by authentic and irrefutable historical
documents. However, modern Turkey maintains its policy of denial, ignoring the basic
principles and norms of international law.
The motto of the Centennial, “I remember and demand,” is a way to confirm our
commitment to recognition of the Genocide, the gravest crime against humanity and
gross violation of fundamental human rights.
Keywords: Genocide, Centennial, human losses, recognition
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GENOCIDE SURVIVOR: A PART OF ARMENIAN IDENTITY
Deize Crespim Pereira
Hobsbawm (1995, p.50) emphasizes the brutality and inhumanity of 20th
century: "So the world accustomed itself to the compulsory expulsion and killing on an
astronomic scale, phenomena so unfamiliar that new words had to be invented for them:
'stateless' ('apatride') or 'genocide' ".
Stateless means "without fatherland", "without state", "someone who is deprived
of his nationality". The word is used when a person loses her nationality without
acquiring another one. But how can one loose one's own nationality? Nansen passport
was created for those who found themselves stateless, 300,000 Armenian that escaped
from genocide.
The legal term genocide was created by the lawyer Raphael Lemkin (1944), to
describe acts committed with the purpose of destroying, partially or completely, a
national, ethnic or religious group. The word is based on Armenian Genocide, on which
1,5 million people were killed.
Addressing Turkey which insists on denying the genocide committed by
Ottoman government, or addressing those who still have doubts whether a genocide
happened or not, the United Nations defines genocide with objective criteria. The
following are genocidal acts: (1) killing members of the group; (2) causing serious
bodily or mental harm to members of the group; (3) deliberately inflicting on the group
conditions of life calculated to bring about its physical destruction in whole or in part;
(4) imposing measures intended to prevent births within the group; (5) forcibly
transferring children of the group to another group. All of that happened to Armenians.
As Pope Francis declared at a Mass in the Armenian Catholic rite at Peter's Basilica, on
the occasion of 100th anniversary of the Armenian Genocide: "Concealing or denying
evil is like allowing a wound to keep bleeding without bandaging it".
Genocide survivor is part of Armenian identity. An Armenian old woman,
survivor who leaves in Syrian Diaspora, said: "They had cut my throat. They had cut a
lot of women's throat (...) Just like me, They also had cut my throat, but I survived"
(Saha Manougian, 96 years old, 1995).
Hobsbawm sees Armenian Genocide as the first of XXth century, the first
attempt, in modern times, to eliminate a whole population. Many people talk about the
educative purpose that is behind the debate: not to happen again. Nevertheless,
genocides are still happening.
Keywords: Armenian Genocide, Stateless, Cultural Identity
27
CONSEQUENCES OF DENIAL IN THE ARMENIAN CASE
Lígia Sanchez
Hundred years later, what can we discuss on the happenings of 1915 that hasn't
already been said? The historical facts were already retold hundreds of times, in many
versions, as expected. Historical sources have been revisited, documents
presented, some accepted and others charged of forgery. Statements were presented in
various tribunals, detailed descriptions from eyewitnesses or even from survivors who
escaped the turmoil.
Nevertheless, even with the work of many scholars, the many statements, the
proofs presented, a century later we are still facing a non-ended story, a not concluded
episode. And, as time goes on, the possibilities of changing this scenario can only drop
down.
Instead of looking for a finalization to the matter, the Turkish politics deal with
the maintenance of doubt, with evasive arguments, avoiding the central case and
searching the little breaches, the same as famous lawyers use to practice when they
don't want to lose a case, no matter if is a good case or not.
This way, the suffering of the wronged continues, perpetuates the anguish of
those who could never mourn properly. Victims, in such case, are not only the ones who
lost their lives a hundred years ago, but also their descendants, their friends, all those
who were terrified with the stories they heard and those who have been fighting for the
recognizing of the Armenian Genocide all this time.
There is one certainty, in our world of uncertainties: there will be no peace or
respect for the other while the mistakes of the past are not recognized and forgiven.
Keywords: Negationism, Genocide, Armenians, Ottomans
28
DENIAL OF THE ARMENIAN GENOCIDE BY THE TURKISH OFFICIAL
HISTORY
Karla Dias Lopes
The Ottoman Empire demonstrates its anachronism and unviability on the rise of
the capitalist era, starting in the 15th century. After struggling against its inescapable
downfall, the "Sick Man of Europe" reassess ways to keep its territorial unity and
economic stability, repressing to put down internal movements for self-determination.
Thereby, from the 19th century on, the Ottoman rulers lose more and more territories in
Europe, Levant and North Africa.
In the face of fair demands for national liberation, European imperialist powers
probe favorable to the riots, under supposed humanitarian allegation in favor of
protecting the Christians subjects from the Ottoman yoke. This argument hides
European real interest in sharing among themselves, without making huge military
efforts, all the vast territory under the rule of the Ottoman Empire. The opportunism of
the imperialist countries enhances the discourse promoted by the Ottoman rulers which
claims the existence of internal enemies, in an attempt to legitimizing future
persecutions.
The Armenian questioning for autonomy coincide with the Ottoman decay: the
Empire was no longer more extensive than Anatolia. In case of not being capable to
preserve its magnitude, part of the imperial summit was motivated to guarantee a
country for the Turks. In order to carry on this plan, Anatolia should be ethnically
homogenized which would mean kill about one million Armenians. This crime has been
denied by the State inherited such historical stain for one hundred years. Hence, it is an
important step understanding that such policy of denial in regard of the Armenian
Genocide by the Turkish official History is one of the only pillars capable to maintain
Turkey in its current patterns.
Keywords: Armenian genocide, Turkey, denial
29
ARMENIAN GENOCIDE: RIGHT TO THE TRUTH AND MISINFORMATION
IN BRAZILIAN MEDIA
Nathália Ramos
Negating historical facts constitutes the last stage of Genocide. Concealing
evidence, blocking crime investigations, denying requests for historical revisionism,
censoring the academic thought are only some of the mechanisms used when covering
facts. This cover-up doesn’t originate only from authoritarian States, but also finds
support on mass communication mediums such as newspapers that bolster negationism.
Although Brazilian Media allegedly is aware of the Armenian Genocide, it still
advances a simplistic and/or misinformed version of the events it is trying to convey.
Headlines that lead the reader to distorted facts and the denial of the Genocide are
commonly seen throughout the Brazilian Media. The Right to historical truth must be
guaranteed in both private and general scopes. The victims of the Armenian Genocide
have the right to obtain full knowledge and public recognition of the crimes committed
against their families and their National History. Acknowledgement of the truth also has
educational significance, because it is only before fact accuracy that we can learn about
injustice and avoid future Human Rights Abuses in the history of mankind.
Keywords: Genocide, Armenia, Media, Acknowledgement
30
MEMORY OF ARMENIAN GENOCIDE IN THE REPORTS OF THEIR
DESCENDANTS IN SOUTH AMERICA
Silvia Regina Paverchi
This article deals with memory of Armenian Genocide through the reports of
Armenian Diaspora descendants whose communities migrated to Argentina and Brazil
after Armenian Genocide perpetrated by Ottoman Empire during the Great War. The
main objective is interview descendants from communities created since 1920 in
Buenos Aires and Sao Paulo. The purpose is to check the presence of collective memory
which demonstrates common elements belonging to a possible Armenian cultural
identity in these post Genocide descendants. It is exploratory and investigative research
without memory postulates or filters aiming to find common traces belonging to a
collective memory formation through the individual memory nature and its relation with
Genocide trauma.
Keywords: Armenian Diaspora, Armenian Genocide, Memory, Cultural Identity, Latin
America
31
THE DOCUMENTATION OF A MEMORY: THE ARMENIAN GENOCIDE
ACCORDING TO THE ARMENIANS OF BRAZIL
Camilla Maria Dutra Garcia
A nation history is constituted mainly by a compilation of facts that happened to
the members of a community. This action results in the construction of a collective
memory, in which we can notice a resemblance in relating historical facts amongst the
individual speeches that are part of the group. The Armenian Genocide
acknowledgement is a link between Armenian descendants all over the world, no matter
whether cultural legacy was or was not transmitted amongst different generations.
This research aimed to reconstruct and contextualize the facts about Armenian
Genocide so that we can make questions regarding this topic. Therefore, we collected
documents as well as personal objects, and made interviews amongst members of
Armenian community in the city of São Paulo. So, we made possible to analyze the
importance of the role of informants (both as maintainers and transmitters) of these sad
memories to future generations. Besides, we emphasized the negative weight of these
memories on Armenian identity maintenance amongst descendants of survivors,
because we noticed that this caused a process of silencing amongst survivors, and
accordingly, the gradual forgetting of all acts of violence against them in that period.
We used as reference the following books and texts about Armenian genocide
(Toynbee, 2003; Pinheiro, 1994; Sapsezian, 1988) and about Armenian Diaspora in
Brazil (Grün, 1994, Marcarian, 2008; Sapsezian, 1988; Summa, 2007).
Keywords: documentation, memory, Armenian Genocide, Armenian descendants in
Brazil
32
TRANSMISSION OF THE ARMENIAN CULTURE AND LANGUAGE FROM
GENERATION TO GENERATION, AMONG ARMENIAN DESCENDANTS
LIVING IN THE CITY OF SÃO PAULO
Fernando Januário Pimenta
Through interviews conducted with Armenian descendants, of three different
generations, in the city of São Paulo (2011), the researcher was able to access by which
ways the Armenian heritage was transmitted across generations, including the Armenian
language, Armenian culture and the knowledge of the Armenian community about the
event known as the Armenian Genocide (1915). The knowledge of the Armenian
cultural heritage between families varied deeply, but all testimonies attested knowledge
of facts and the ongoing transmission, through generations, of personal family
memories surrounding the Armenian Genocide. This research also probed descendants
views on how they see their common national heritage being transmitted to future
generations and its endurance.
Keywords: Armenian language and culture transmission, Armenian identity, Armenian
Genocide
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THE CONSTRUCTION OF ARMENIAN CULTURAL IDENTITY IN
THE BOOK MAYRIG AND ITS RELATIONS TO THE PRESENT DAY
ARMENIAN DIASPORA IN FRANCE
Camila Bueno Firmino
This project aimed to investigate how the Armenian cultural identity is formed
in the autobiography Mayrig of Henri Verneuil, which deals with the story of an
Armenian family who runs away and moves to France after the 1915 Genocide, trying
to keep its culture, language and community. This research also establishes a parallel
between the Armenian identity in the autobiography and that of present day Armenian
Diaspora in France. The methodology adopted included interviews with Armenian
descendants in France. As theoretical support we use the ideas presented by Stuart Hall
in his book "The Question Of Cultural Identity" and also the ideas exposed in
"Diaspora: Identity and Cultural Mediations" of the same author.
Keywords: Armenian Cultural Identity, Armenian Diaspora in France, Genocide
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REPRESENTATIONS OF THE ARMENICIDE TURKISH-OTTOMAN POLICY
IN RAFFI´S WORK THE FOOL
Aline Serra Teixeira
Hagop Melik-Hagopian, better known as Raffi, was an Armenian born in the
current capital of Georgia and had travelled to several regions of the Ottoman Empire,
Persia and Russia. He lived in the period before World War I and died twenty-seven
years before, in 1888, which can be considered as a generation before the landmark of
the armenicide. Despite this, the characters of his work The fool are portrayed with deep
sensitivity to the geopolitical moment during the hardest period of the Armenian
genocide, the year 1915.
In this fictional book, made in 1880, is shown the political actions of the relevant
countries for a possible resolution of the conflict, such as Russia and France, as well as
participation of internal actors: Turks, Kurds and Armenians, including internal
disagreements between the Armenians.
Contrary to what some researchers believe, as the Turkish historian Zafer Özkan,
the life of Armenians in the Ottoman Empire was not reduced to puppet role of
Christians and Western countries who wanted the disintegration of the Empire. The
lives of Armenians were marked by suffering and persecution that go far beyond the
religious question Christians x Muslims or the political issue West x East. Each
Armenian life had its specificity, which are well represented in Raffi´s allegories, even
if generalizing, proposed in the book The fool.
Keywords: Raffi, The fool, Khent, genocide, armenicide, literature, geopolitics
35
AN ANALYSIS OF THE RELEVANCE OF ACKNOWLEDGMENT OF
ARMENIAN GENOCIDE IN THE LIGHT OF PSYCHOANALYSIS'
CONTRIBUTIONS
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian
The motivations that lie behind the struggles for recognition of the Armenian
Genocide usually deal with a particularly strong belief that by fighting for the
recognition of this atrocity, strengths are mobilized to avoid other genocides. This is,
undoubtedly, an absolutely respectable and valid argument, which is clear when we
examine other genocides that occurred subsequently to the Armenian Genocide. The
holocaust of the Jews (that occurred during the Second World War) and the genocide in
Ruanda (occurred in 1994) are emblematic examples.
Beyond this motivation that concerns a preoccupation with the future, we also
find, both in psychoanalytic inaugural and recent studies, important theories that put in
vogue the importance of recognition and justice regarding crimes against humanity (as
the Armenian Genocide) as needs of the psychic apparatus. In this sense, when writing
about memory, grief, trauma and justice, Psychoanalysis authors such as Sigmund
Freud, Pierre Fédida, Jean Allouch and Paulo Endo bring contributions that point to the
importance of public recognition of the Armenian Genocide.
Keywords: Genocide, Armenia, crimes against humanity, trauma, Psychoanalysis,
grief, memory, justice
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ARMENIAN HISTORICAL ARCHIVE OF BRAZIL
Sarkis Ampar Sarkissian
This work aims to investigate the Armenian immigration and its presence in
Brazil through document, iconographic and periodical existing databases in public
archives, private and institutional collections of the Armenian community in Brazil.
Thus, we analyze the current Armenian archival projects in the world and also how
similar experiences are conducted by some immigrant communities in Brazil. We
examine discrepancies and even lack of information and records which can range from
biographies, iconographies and oral testimony to general official numbers of Armenian
immigrants. We also do a mapping of small communities outside Sao Paulo-Osasco
axis, which constitute established and consolidated communities. We examine the
Brazil's role in the diplomatic sphere both bilateral with Armenia and multilateral in
international organizations on the issue of the Armenian Genocide. We also discuss
about the survey conducted in such collections, analysing the relevance of the found
materials, its conservation and organization, the problems and difficulties of
cataloguing. Therefore, we conclude that it is important to create an Armenian historical
archive in Brazil, that will preserve not only the memory and highlight the presence of
this immigrant community in the country, but will also emphasize the Brazilian State
role in the genocide condemnation, considering its own political actions at the time of
the incident and its historical legacy in defence of the Human Rights. It is expected that
this project facilitates and stimulates researches on Armenian Genocide, immigration
and memory through a Brazilian point of view, reaffirming the importance of the
Armenian Genocide in Brazil history and the contribution and commitment of the
Armenian-Brazilians to the development of the country.
Keywords: archive, Armenians, Brazil, immigration, genocide, memory
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BACHELOR TO ARARAT
Stéphanie Havir de Almeida
My contribution to this event will take place not as a scientific research, but as a
personal testimonial justified by my direct ancestry from survivors of the Armenian
Genocide perpetrated by the Ottoman Turkish government in 1915. In respect to the
major theme of the 1st Encounter of the group Armenians: Genocide, Immigration and
Memory: Year of the Centenary, this testimonial turns on the process of rebuilding my
Armenian identity, long lost by two generations on my family, and on how the
Armenian language, history and culture courses ministered in University of Sao Paulo
had crucial importance in this process of rebuilding and strengthening my Armenian
cultural identity during my bachelor degree in this same university. I also aim to
establish a parallel between my experiences in search for this Armenian identity during
my graduation and Michael J. Arlen’s experiences related in his work Passage to
Ararat, 1978, comparing similarities and discrepancies in our journeys. I also believe
that this testimonial will serve as another proof that attests and supports the statement
that the Armenian Genocide, still not recognized by Turkey’s current government and
so many other countries – Brazil included –, was, aside from a crime against the Human
Rights, a immeasurable atrocity which still has sad consequences in the lives of all
descendents of the fortunate fugitives that felt the necessity of rebuilding all their lost
cultural identity, as did I. Finally, this testimonial takes the place of thanking all of
those who contributed somehow to the process of rebuilding my Armenian cultural
identity.
Keywords: Armenian identity, Genocide, Passage to Ararat
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DOCUMENTARY FILM
SCREAMERS
Director: Carla Garapedian, United States, 2006
Duration: 89 minutes
Synopsis: The documentary film concerns the constant Genocides in modern
history. The starting point is the System of a Down campaign to the acknowledgment of
Armenian Genocide. The film shows the concerts of the American rock and roll band
and their attempts to convince American and British governments to acknowledge
Armenian Genocide as the first genocide of 20th century. Besides, there are
commentaries of the journalist Samantha Power, winner of Pulitzer Prize, and
testimonies of Genocide's survivors in Armenia, Ruanda and Darfur.
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RESEARCH GROUP MEMBERS
ARMENIANS: GENOCIDE, IMMIGRATION AND MEMORY
Research Thematic Project
Members:
Aline Serra Teixeira (Undergraduate student, USP)
Anna Victória Pandjarjian Mekhitarian (Undergraduate student, USP)
Artur Attarian Cardoso Camarero (Graduate student, USP)
Camila Bueno Firmino (Undergraduate student, USP)
Camilla Maria Dutra Garcia (Undergraduate student, USP)
Deize Crespim Pereira (USP)
Fernando Januário Pimenta (Graduate student, USP)
Hagop Kechichian (Researcher, USP)
Karla Dias Lopes (Undergraduate student, USP)
Ligia Sanchez de Almeida (Researcher, USP)
Lusine Yeghiazaryan (USP) (coordinator)
Nathália Ramos de Oliveira (Undergraduate student, USP)
Sarkis Ampar Sarkissian (Researcher, USP)
Silvia Regina Paverchi (Postgraduate student, USP)
Stéphanie Havir de Almeida (Graduate student, USP)
40
ORGANIZING COMMITTEE
Aline Serra Teixeira (Undergraduate student, USP)
Camilla Maria Dutra Garcia (Undergraduate student, USP)
Deize Crespim Pereira (USP)
Karla Dias Lopes (Undergraduate student, USP)
Ligia Sanchez de Almeida (Researcher, USP)
Lusine Yeghiazaryan (USP) (coordinator)
Nathália Ramos de Oliveira (Undergraduate student, USP)
Sarkis Ampar Sarkissian (Researcher, USP)
Silvia Regina Paverchi (Postgraduate student, USP)
Stéphanie Havir de Almeida (Graduate student, USP)
Lembro e
Reivindico
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