Contaminação Química
Segurança e
Higiene no
Trabalho
Contaminação Química
Higiene e Segurança no Trabalho
Módulo III
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Apresentação
CONTAMINAÇÃO QUÍMCA
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Contaminação Química
Higiene e Segurança no Trabalho
Módulo III
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Introdução
A produção e comercialização de produtos químicos constituem um
importante sector da economia europeia.
Segundo estimativas, existem cerca de dois milhões de compostos
químicos, dos quais só uma pequena parte foi testada de forma a averiguar
as suas características nocivas.
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Higiene e Segurança no Trabalho
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Introdução
Observando que não houve um acompanhamento tecnológico a par do
desenvolvimento de medidas de segurança necessárias para prevenir,
proteger ou mesmo na intervenção esclarecida, leva a que haja um nítido
agravamento dos riscos existentes.
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Introdução
Assim têm-se constatado que a maioria dos produtos químicos de
utilização comum possuem graves repercussões tanto no aspecto de
contaminação ambiental, como quantos aos riscos para a saúde humana
durante as actividades normais de produção ou manuseamento.
Quando há desconhecimento, ou negligência quanto à sua utilização, o
risco químico que são essencialmente ligados a atmosferas perigosas, podem
provocar danos irreparáveis.
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Introdução
Assim basta ás vezes uma pequena dose para que uma dada substância
possa contribuir para um acidente com gravidade.
Em virtude da necessidade de proteger o homem e o meio ambiente contra
estes riscos que potencialmente pode ter efeitos bastante sérios, a colocação
de produtos no mercado teve de passar a obedecer a sistemas normativos
da União europeia e a recomendações em virtude da grande quantidade de
acidentes registados.
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Introdução
No sentido de garantir uma protecção eficaz ao homem, tanto como
trabalhador como consumidor, são avaliados de forma sistemática todos
os riscos associados e efeitos nefastos para a saúde das substâncias
perigosas, tendo os fabricantes que cumprir obrigações muito precisas
quanto à classificação, comercialização, transporte e manuseamento dos
mesmos.
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Factos e números
Os factos e números que se enuncia em seguida, comprovam a
complexidade e magnitude do problema:
1 – a média anual de produção de substâncias químicas é de 400.00 milhões
de toneladas sendo utilizados entre 70.00 a 80.00 princípios activos
diferentes.
2 – os peritos afirmam que 55 a 10 % das substâncias comercializadas são
consideradas perigosas.
3 – Os especialistas afirmam que 150 a 200 das substâncias químicas
utilizadas são cancerígenas.
4 – o número de substâncias químicas novas, produzidas todos os anos,
aumenta rapidamente:1000 a 1200 nos E.U.A. E 250 a 200 na Europa
ocidental, calculando-se que este número duplique dentro de pouco tempo.
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Classificação dos agentes químicos
Estado sólido
Poeiras – Partículas sólidas reduzidas a um pequeno tamanho por
processos mecânicos
Fibras – Partículas aciculares provenientes de uma desagregação
mecânica e cujo comprimento excede 5 vezes o seu diâmetro.
Fumos – partículas sólidas formadas por processos de combustão
incompleta
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Classificação dos agentes químicos
Estado líquido
Aerossóis – suspensão de partículas sólidas ou gotículas líquidas
dispersas num gás
Neblinas – suspensão no ar de muitas gotas pequenas de líquidos
condensados ou pulverizados por processos mecânicos
Estado líquido
Gases – substâncias no estado gasoso nas condições ambientais
Vapores – Gases de uma substância normalmente sólida ou líquida nas
condições ambientais
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Substância e Preparação - Definições
Substância – ” são os elementos químicos e seus compostos no seu
estado natural ou tal como obtidos por qualquer processo de produção,
contendo qualquer aditivo necessário para preservar a estabilidade do
produto ou qualquer impureza derivada do processo de produção, com
excepção de qualquer solvente que possa ser separado sem afectar a
estabilidade da substância nem alterar a sua composição.”
Preparação – ” são as misturas ou soluções compostas por duas ou mais
substâncias.”
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Categorias de Perigo - Substâncias
A Portaria nº 732-A/96, de 11 de Novembro apresenta uma lista de
substâncias perigosas cuja classificação e rotulagem ficam
harmonizadas a nível comunitário.
As categorias de perigo são as seguintes:
-Explosivas
-Corrosivas
-Comburentes
-Irritantes
-Extremamente inflamáveis
-Sensibilizantes
-Facilmente inflamáveis
-Cancerígenas
-Inflamáveis
-Mutagénicas
-Muito tóxicas
-Tóxicas para reprodução
-Tóxicas
-Perigosas para o ambiente
-Nocivas
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Categorias de Perigo - Preparações
Para classificar e situar a substância química ou preparação química
numa ou mais categorias de perigo descritas é necessário identificar
todas as propriedades físico químicas, toxicológicas das substâncias ou
preparações que possam representar um risco durante a manipulação
ou utilização normal.
As categorias de perigo são as seguintes:
-Preparações destinadas a aplicar por pulverizações
-Preparações contendo chumbo. ex. : tintas e vernizes cujo teor
de chumbo seja > 0,15%
-Preparações contendo cianoacrilatos ex. Colas
-Preparações contendo cloro activo
-Preparações contendo cádmio (ligas) ex. soldaduras.
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Limites de Exposição - VLE
Os efeitos de determinadas substâncias químicas sobre a saúde humana
dependem da relação entre a quantidade de substância tóxica que é
absorvida pelo organismo e os seus efeitos na saúde. Quando se conhece a
relação existente entre a dose - efeito, torna-se possível avaliar o risco de
exposição e, com base nestes valores, estabelecer o “limite de exposição”.
Estes Valores Limites de Exposição expressam concentrações no ar dos
locais de trabalho de diversas substâncias, abaixo dos quais se julga que os
Trabalhadores estão expostos sem risco.
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VALOR LIMITE DE EXPOSIÇÃO - Definição
VLE – Valor Limite de Exposição para cada poluente referido a 8 horas diárias
e 40 horas semanais de trabalho.
Representa as condições às quais se julga que, a quase totalidade dos
Trabalhadores possa estar exposta, dia após dia, sem efeitos grandemente
prejudiciais para a saúde. Nos casos em que este valor for ultrapassado, as
entidades empregadoras devem, além de outros, adoptar os seguintes
procedimentos:
• identificar as causas das situações e tomar rapidamente as medidas
correctivas apropriadas.
• proceder a novas avaliações das concentrações dos agentes no ar a fim de
verificar a eficácia das medidas correctivas adoptadas.
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Categorias de Valores Limites de Exposição
1.
Valor limite de exposição – média ponderada (VLE-MP)– valor
limite expresso em concentração média diária, para um dia de trabalho
de 8h e uma semana de 40 h, ponderada em função do tempo de
exposição.
2.
Valor limite de exposição – concentração máxima (VLE-CM) –
valor limite expresso por uma concentração que nunca deve ser excedida
simultaneamente.
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Categorias de Valores Limites de Exposição
3.
Valor limite de exposição – curta duração (VLE-CD)– Concentração
à qual se considera que praticamente todos os trabalhadores possam
estar repetidamente expostos por curtos períodos de tempo, desde que o
valor de VLE-MP não seja excedido e sem que ocorram efeitos adversos,
tais como:
Irritação
Lesões crónicas ou irreversíveis dos tecidos
Probabilidade de acidente que possa comprometer o estado de vigilância
ou a redução de capacidade de trabalho
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Tabela - exemplos
TLV
Substância
(ppm)
mg / m³
40
70
750
-
Ácido acético
10
25
Ácido fórmico
5
9
Ácido sulfúrico
-
1
0.1
0.7
Cianamida
-
2
Chumbo
-
0.15
Acetonitrilo
Acetona
Bromo
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Tabela - exemplos
TLV
Substância
Estanho
Dióxido de carbono
Monóxido de carbono
Metanol
Naftaleno
(ppm)
mg / m³
-
2
5000
9000
25
30
200
260
10
50
Nicotina
0.5
Nitrobenzeno
1
5
Piridina
5
15
Platina
10
45
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Medidas de prevenção
Para evitar Valor limite de exposição dos trabalhadores aos agentes,
estabeleceu-se as seguintes medidas:
1.
2.
Restringir o uso das substâncias químicas ao mínimo necessário.
Limitar ao mínimo necessário o número de trabalhadores expostos às
substâncias químicas
3.
Uso de medidas de protecção colectiva
4.
Fazer uso dos valores limites de exposição, modos de colheita, medição,
escolha de amostras e avaliação dos resultados
5.
Medidas de protecção individual, quando não for possível aplicar outros
meios de protecção
6.
Aplicar medidas de higiene
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Medidas de prevenção
7.
Informar os trabalhadores sobre os riscos potenciais relacionados com a
exposição, sobre medidas de protecção colectiva e individual que devem
ser respeitados pelos trabalhadores
8.
Adequada sinalização dos locais de trabalho
9.
Vigilância da saúde dos trabalhadores
10. Monitorização adequada dos registos dos níveis de exposição, listas dos
trabalhadores expostos e informações médicas e dos serviços de higiene
11. Facilidades para atender às exposições acidentais
12. Proibir, parcial ou totalmente a utilização de substâncias químicas, sem
condições disponíveis para uma conveniente protecção ou/e
desconhecimento dos seus efeitos.
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Risco químico
1 - Risco de exposição:
•
É a probabilidade de estar em contacto com uma dose suficiente de um
determinado produto, capaz de provocar o aparecimento de efeitos
nocivos.
2 - Risco de aparecimento dos efeitos:
•
É a probabilidade de que uma exposição a uma determinada dose de um
produto, dê lugar ao aparecimento dos efeitos nocivos.
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Factores que influenciam a resposta do organismo às
exposições Químicas
Propriedades físico – químicas da substância:
-Tamanho das partículas. Poeiras, aerossóis, fumos, pós, etc
- Formas de apresentação. Gás, sólido, liquido
Factores ambientais:
- Ruído
- Iluminação
- Temperatura
- Humidade
- Velocidade do ar
- Presença de outros produtos
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Factores que influenciam a resposta do organismo às
exposições Químicas
Factores Biológicos:
- Vias de entrada no organismo
- Modo de difusão no organismo
- Modo de eliminação do organismo
Factores individuais
- Idade
- Sexo
- Peso
- Doenças agudas ou crónicas
- história familiar
Factores de exposição
- Intensidade do estímulo
- Tempo de exposição
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Vias de Penetração e efeitos no organismo
Pela respiração (inalação)- a via mais importante de entrada de
substâncias tóxicas no organismo.
Exemplos
- Cloro e o amoníaco causam irritação das vias respiratórias e nos pulmões
-O chumbo e dos solventes que não afectando os pulmões, são no entanto
absorvidas pelo sangue e afectam os outros orgãos.
-Substâncias insolúveis, que se depositam nos pulmões como os pós de sílica,
asbesto e o amianto
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Vias de Penetração e efeitos no organismo
Pela pele (absorção)- apesar de constituir-se como uma barreira, há
substâncias que conseguem atravessá-la. Quando uma substância
consegue atravessar a pele, pode passar para o sangue e diluir-se por
todo o organismo.
Exemplos
1.
Sem provocar lesões visíveis – fenol e o ácido fénico
2.
Com lesões visíveis – o ácido sulfúrico, o ácido trifluoracetico
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Vias de Penetração e efeitos no organismo
Pele
Prevenção:
•
Boa higiene corporal no fim do dia de trabalho realizada com água
corrente
•
Uso de roupa protectora: touca e bata
•
Uso de luvas, mascaras, óculos, botas e capacete se for caso disso
•
Nunca fazer qualquer limpeza dos dispositivos individuais, ainda sobre o
organismo
•
Nunca tardar a limpeza de resíduos sólidos ou líquidos em qualquer local
que se encontrem
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Vias de Penetração e efeitos no organismo
Pela boca (ingestão)- as atitudes mais simples, estão muitas vezes
ligadas à ingestão de substâncias químicas tóxicas.
Exemplos
-
Mãos mal lavadas
-
Unhas compridas ou com pouca higiene
-
Cigarros contaminados
-
Um vez ingeridas, as substâncias podem passar para o sangue e
promover lesões noutros locais ou agredirem directamente o aparelho
digestivo.
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Ficha de segurança
Directiva comunitária 91/155/CEE e Portaria nº 732A/96 de 11 de Dezembro
Para permitir que os utilizadores tomem as medidas necessárias para a
protecção do ambiente, assim como da saúde e da segurança nos locais
de trabalho, todo e qualquer fabricante, importador ou distribuidor deve
de enviar aos destinatário os dados de segurança da substância química,
contendo informações necessárias à protecção do homem e ambiente.
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Ficha de segurança
Os 16 itens devem respeitar a ordem abaixo apresentada
1.
Identificação da substância/preparação e da sociedade/empresa
2.
Composição/informação sobre os componentes
3.
Identificação de perigos
4.
Procedimentos para primeiros socorros
5.
Medidas de combate a incêndios
6.
Medidas a tomar em caso de fugas acidentais
7.
Manuseamento e armazenagem
8.
Controlo de exposição/protecção individual
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Ficha de segurança
Os 16 itens devem respeitar a ordem abaixo apresentada
9.
Propriedades físicas e químicas
10. Estabilidade e reactividade
11. Informação toxicológica
12. Informação ecológica
13. Questões relativas à eliminação
14. Informações relativas ao transporte
15. Informação sobre regulamentação
16. Outras informações
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Rótulo
O rótulo para além da identificação da substância, deverá informar dos
perigos, das medidas de segurança e do modo de actuação em caso de
acidente (Portaria nº 732-a/96, de 11 de Novembro)
Qualquer embalagem deve conter de modo legível as seguintes
indicações em língua portuguesa:
- Nome ( conforme Anexo I)
- Nome e endereço do responsável pela colocação no mercado (fabricante,
importador ou distribuidor)
- Símbolos e indicação de perigos ( conforme Anexo II)
- Frases do tipo indicando os riscos particulares (frases R)
- Frases tipo indicando conselhos de prudência (Frases S)
- Número CEE quando atribuído
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Símbolo
Associado ao tipo de perigosidade existe um símbolo que facilita
visualmente a identificação da natureza do perigo envolvido. Para além
do símbolo existe ainda um código, normalmente uma letra ou um
conjunto de letras, por vezes seguido de um sinal “+”, que identifica
mais rapidamente o tipo de perigosidade.
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Símbolos
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Medidas específicas de prevenção
Podem incidir directamente:
•
Processos
•
Instalações e equipamentos
•
Utilização de meios e equipamentos de protecção
•
Nas metodologias de trabalho
•
Nos aspectos organizacionais
Acções
1.
Substituição das substâncias de processos perigosos por
outras menos agressivas
2.
Isolamento (impedir que o contaminante passe para o
ambiente onde se encontra o trabalhador)
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Medidas específicas de prevenção
Acções
3.
Separação física das operações perigosas para limitar o
número de Trabalhadores expostos ao risco
4.
Concepção dos locais
5.
Captação do poluente no ponto da sua formação (aspiração
localizada)
6.
Ventilação das áreas de trabalho
7.
Meios de detecção
8.
Diminuição dos tempos de exposição
9.
Informação e formação
10. Protecção individual
11. Sinalização e rotulagem
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Download

M3-B