TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO
ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA
Nº 1449, 15 DE JUNHO 2012,
E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
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sexta-feira, 15 de junho 2012
OBJETIVO TRAÇADO A TRÊS ANOS
Oki apoia-se nas PME
para duplicar vendas na região EMEA
tunidade de negócio é maior que nunca.
De acordo com uma análise recente efetuada na União Europeia, mais de 99% das
21 milhões de empresas ativas na UE são
PME, ou seja, empresas com um máximo
de 250 colaboradores. Para além disto,
estas empresas representam mais de dois
terços da mão de obra deste espaço comunitário”.
Europa, Médio Oriente e
África (EMEA). A três anos,
o fabricante japonês Oki quer
nada mais nada menos do que
duplicar as vendas nesta região.
Ou seja, dobrar o número
de unidades vendidas. Em
Barcelona, num evento que
reuniu mais de 300 parceiros
e uma centena de jornalistas, a
Oki anunciou o lançamento de
uma gama de novos produtos,
desenvolvidos para responder
às necessidades concretas
das PME. E é através destes
produtos que a empresa quer
alcançar o objetivo traçado
pelo presidente da Oki Data
Corporation, Takao Hiramoto.
Um portfólio alargado
SUSANA MARVÃO, EM BARCELONA
[email protected]
“Ousado, mas exequível”. Foi assim que
Takao Hiramoto adjetivou o objetivo da
Oki Data Corporation em duplicar as vendas na região EMEA. Ou seja, na Europa, no Médio Oriente e em África. A três
anos, o presidente da empresa japonesa
quer duplicar o número de unidades vendidas na região que, atualmente, é já responsável por 50% do volume de negócios
da companhia.
Para atingir este objetivo, a empresa
nipónica apresentou em Barcelona, num
evento que reuniu mais de 300 parceiros
e uma centena de jornalistas, uma gama
de novos produtos, desenvolvidos para
responder às necessidades concretas das
PME. É através destas e dos micronegócios, que a Oki espera alcançar os objetivos traçados por Takao Hiramoto. Até porque, enfatizou na sua apresentação, “estas
precisam de começar a imprimir de forma
mais inteligente para manter a competitividade”.
Basicamente, Hiramoto assentou o sucesso da sua visão em quatro pilares. Primeiro, na capacidade de perceber que o
De mãos dadas
com o ambiente
Entretanto, a empresa comunicou que
todos os novos produtos são amigos do
ambiente, face ao seu reduzido consumo
de energia permitido, nomeadamente,
pelo modo “Desligar Automaticamente”
– os novos equipamentos desligam-se
automaticamente quando não estão a ser
utilizados (durante o tempo definido pelo
cliente), baixando o consumo de energia
para menos de 0,5W. “Os novos produtos
da Oki permitem, aos utilizadores
profissionais, rentabilizar a impressão inhouse, poupando tempo e dinheiro. A par
disto, cada modelo possui uma garantia
de três anos, oferecendo ao utilizador
a tranquilidade de trabalhar com um
equipamento de confiança, para que se
possa concentrar no seu core business.”
Takao Hiramoto, presidente da Oki Data Corporation, classificou o objetivo de duplicar as vendas na região EMEA de “ousado, mas exequível”.
mercado está a mudar e a exigir uma impressão mais inteligente. Depois, a absoluta necessidade de se diferenciarem através
da inovação e da tecnologia, defendendo
as vantagens do LED. O terceiro vetor será
oferecer aquilo que considera ser o melhor
suporte dos produtos do mercado e, por
último, possuir um sistema simples e eficaz
de ganhos.
PME são palavra-chave
Segundo dados revelados no evento pela
IDC, 99% das empresas na Europa são
PME, sendo que, segundo os inquéritos
levados a cabo pela consultora, apesar da
crise económica, 66% das organizações
continuam a investir em equipamentos de
impressão. Arnaud Gagneux, diretor da
consultora para a área de impressão, justificou que o aumento da quantidade de
trabalho, necessidade de melhorar a eficiência e preocupações com segurança fazem
com que as empresas acabem por procurar
as melhores soluções ao nível dos equipamentos e serviços.
Outra tendência apontada pelo diretor
é a importância crescente da função scanner, até pelo aumento da virtualização de
processos que obriga à digitalização de documentos. Disse ainda que multifunções
ganham adeptos dentro das empresas.
Os novos equipamentos incluem impressoras e multifuncionais cor e mono,
baseados em 25 novos modelos, distribuídos por sete séries de produtos. Produtos
esses que, segundo a companhia, dão resposta às novas necessidades de negócio e
transformam a impressão in-house numa
realidade efetiva.
“O sucesso a que assistimos na região
EMEA foi possível porque nos centrámos,
exclusivamente, no mercado das PME, sobre o qual temos conhecimentos bastante
sólidos”, assegurou Terry Laidlaw, diretorgeral da OKI Europa. “Hoje, esta opor-
A empresa avança que os novos produtos foram especificamente desenhados
para apoiar as PME nos seus processos
de impressão, de forma mais inteligente,
oferecendo a flexibilidade necessária para
cumprir os seus objetivos profissionais,
ao poderem imprimir internamente, e em
qualquer momento, tudo o que necessitam.
Os novos equipamentos de secretária
incluem de origem as funcionalidades
de rede e duplex, que, entre outras maisvalias, “permitem às pequenas empresas
poupar em custos de impressão e papel,
reduzir o número de equipamentos necessários para os trabalhos diários e assim se
tornarem mais competitivas”.
Os novos produtos alargam a gama de
equipamentos multifuncionais A4 monocromáticos da OkiKI e oferecem o que a
companhia classifica de “um rendimento
melhorado e utilidades de software excecionais, funcionalidades ecológicas e
outras características-padrão, tais como o
alimentador de documentos automático
duplex, que permite digitalizar, copiar,
receber e enviar faxes em frente e verso,
reduzindo custos e a quantidade de papel
utilizado”.
Terry Laidlaw adiantou que “os novos
produtos permitem, aos utilizadores profissionais, rentabilizar a impressão in-house, poupando tempo e dinheiro”. A par
disto, cada modelo possui uma garantia
de três anos. “Esta atualização e renovação
de produtos representa a mais completa
e significativa revisão do nosso portfólio
dos últimos anos”, afirmou Terry Laidlaw.
“Trabalhando em estreita colaboração com
os nossos parceiros de canal, para identificar as necessidades de mudança das PME,
lográmos assegurar uma resposta eficaz
às crescentes exigências das organizações,
conseguindo fazer mais com menos recursos.”
Grandes empresas também
foram contempladas
Mas os novos produtos passam igualmente pelas necessidades das grandes estruturas.
A nova série C800 apresentada em Barcelona pretende responder às necessidades das
empresas que requerem impressões A3 a cores “de alta qualidade, com um custo de
aquisição acessível, oferecendo às empresas a possibilidade de imprimirem tanto os
documentos do dia-a-dia como materiais promocionais e de marketing”.
A C822 prima pela impressão A3 a cores de qualidade, por um valor de aquisição inferior
a mil euros, avança a Oki, enquanto a C831/C841 oferece velocidades de impressão até
35ppm, e um tempo de impressão da primeira página de apenas 9,5 segundos.
A C841 disponibiliza uma resolução de impressão standard de 1200x1200dpi, para
abordar as empresas do setor gráfico e de outros setores transversais, onde a qualidade de
impressão é um fator de elevada importância.
“A Oki criou um novo segmento de mercado quando lançou a primeira série C800 –
explicou Terry Laidlaw – porque se apercebeu que as exigências das empresas e dos grupos
de trabalho de diferentes dimensões não estavam a ter uma resposta correta por parte do
mercado, que não disponibilizava funções de impressão A4 e A3, de elevada qualidade,
cor e em mono, num único equipamento com um preço acessível”.
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sexta-feira, 15 de junho 2012
MASAHIKO MORIOKA, VICE-PRESIDENTE DA OKI
Novos produtos e novos parceiros
vão ser armas para abordar as PME
Masahiko Morioka, vice-presidente da Oki Data Corporation.
A base são os novos produtos.
Que vão permitir, segundo
Masahiko Morioka, vice-presidente da Oki Data
Corporation, endereçar de
forma mais assertiva o mercado
da pequenas e médias empresas.
Para isso, o responsável admite
a necessidade de abraçar
novos parceiros. Até porque a
fabricante de origem japonesa
tem a distribuição dos seus
produtos totalmente entregue
ao canal. Em entrevista à
“Vida Económica”, Masahiko
Morioka admitiu que as novas
geografias, como por exemplo
a Rússia, estão a “compor” o
negócio da EMEA, responsável
por metade do volume de
negócio da empresa.
SUSANA MARVÃO, EM BARCELONA
[email protected]
Vida Económica – Na conferência de
imprensa, toda a equipa Oki salientou
que os micronegócios e as PME vão
ser o focus da empresa nos próximos
tempos. O que esperam alcançar com
esta nova estratégia? Aliás, é uma nova
abordagem ou é o reiterar de uma estratégia?
Masahiko Morioka – Na verdade, vamos continuar a manter o nosso foco na
área das pequenas e médias empresas. Foco
que foi reforçado especialmente este ano,
já que vamos ter uma variedade de novos
produtos que nos vai permitir expandir a
abrangência, indo para uma faixa de mercado ainda mais “baixa”. O objetivo é penetrar neste mercado ainda mais do que
no ano passado. Basicamente, queremos
conquistar mais quota de mercado em hardware. Por outro lado, queremos também
que as empresas comecem a trazer as suas
impressões para dentro da sua organização.
Há muitos negócios que têm necessidades
específicas de impressão que podem ser
rentabilizadas “inhouse”. Estamos a falar
de materiais promocionais, convites, entre tantas outras coisas. Ou seja, queremos
abordar o mercado das PME não só pelo
hardware mas também tentar criar valor
acrescentado. E por isso temos de conhecer muito bem as necessidades dos nossos
clientes e o seu “workflow”.
VE – Esta abordagem para a Europa é
diferente de outras geografias?
MM – Na verdade, é muito similar à
abordagem do mercado doméstico japonês, até porque também lá usamos duas
tipologias: distribuidores e revendedores.
VE – O presidente da companhia,
Takao Hiramoto, disse, na sua apresentação, que a companhia quer crescer
50%. De que estamos realmente a falar? De negócio? De unidades vendidas?
MM – Estamos a falar de unidades. Em
três anos queremos aumentar em 50% o
número de unidades vendidas.
VE – E qual vai ser a estratégia para
alcançar esse objetivo?
MM – A base é lançar novos produtos.
Eu sou um homem de vendas e lidero uma
equipa de vendedores que tem novos produtos e está confiante que a nova gama vai
perfeitamente endereçar as necessidades de
MPS [Managed Print Services] e das pequenas e médias empresas.
VE – O mercado das PME é, na realidade, é muito vasto. O vosso canal de
vendas está preparado para o endereçar
por forma a obter os valores que vocês
pretendem?
MM – É verdade que temos de expandir. Nos dois lados. Temos de expandir os
nossos produtos e os nossos parceiros. Isto
é fundamental para que a nossa estratégia
funcione. Sobretudo realmente nas PME e
no canal Soho.
VE – A maior parte do vosso negócio
é realizado na Europa. A crise impactou
os resultados?
Há 30 anos
na casa Oki
MM – Repare que esse mesmo mercado da EMEA tem mercados emergentes.
Estabelecemos, por exemplo, há dois anos
uma presença na Rússia pra precisamente
aumentar o negócio.
VE – Ou seja, as novas geografias suportam o negócio?
MM – Sim, nesta altura não deixa de ser
verdade. Até porque, em termos de unidades, vendem muitos, pois têm muitas necessidades.
VE – Quais são os países europeus mais
fortes para a Oki, em termos de negócio?
MM – Alemanha, Espanha/Portugal,
Reino Unido, França e Itália.
VE – O presidente Hiramoto disse
igualmente que estava na altura de
voltar a focarem-se nos clientes. O que
queria dizer com isto? Não havia já um
claro foco no cliente?
MM – O que por vezes acontece, e não
só claramente na Oki, é que os fabricantes introduzem no mercado produtos mais
focados na tecnologia em si do que nas
necessidades dos clientes. E, basicamente,
o que Hiramoto quis explicitar é que temos de seguir o que os clientes querem.
Temos de adaptar a nossa tecnologia aos
seus requisitos. Não pode ser: está aqui um
produto, agora vamos vender. Tem antes
de ser: esta é a necessidade do meu cliente, vou produzir o produto e entrego-o ao
mercado. Mais do que nunca os homens
do marketing envolvem-se com a equipa
de produção. Tem de ser um círculo.
VE – Qual vai ser o grande desafio
para o vosso canal de parceiros?
MM – O grande desafio vai mesmo ser
endereçar os novos produtos, de resto algo
muito importante para nós.
Masahiko Morioka é o atual “Deputy
President” da Oki Data Corporation,
com sede em Tóquio, no Japão. Morioka
ocupou anteriormente o cargo de
general manager, sales division na Oki
Electric Industry, responsabilizando-se
pelo controlo executivo das vendas e
marketing no grupo Oki. O profissional
juntou-se à Oki Data em abril de 2009 e
é o responsável pelo desenvolvimento de
políticas de gestão e implementação da
estratégia global de vendas e marketing
em 120 países e regiões. Morioka
desempenha ainda o cargo de Executive
Officer na Oki Electric Industry, empresa
mãe da Oki Data Corporation.
Morioka faz parte da equipa da
Oki Electric Industry desde 1981,
tendo ocupado diversas posições
dentro da empresa. O atual “Deputy
President” tem experiência em gestão,
planeamento estratégico e vendas,
fruto da sua passagem pelos cargos de
diretor-geral de vendas e marketing da
divisão de semicondutores do grupo
(2003 a 2005), departamento a que
posteriormente presidiu (2005 a 2008).
Morioka foi criado em Tóquio, formouse em 1981 na Universidade de Keio,
no Japão, e tem uma especialização em
Matemática.
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sexta-feira, 15 de junho 2012
APÓS FUSÃO COM ZONA DO GRANDE PORTO, MINHO-LIMA E VALE DO AVE
Águas do Noroeste investe 300 mil euros
na consolidação dos sistemas de informação
Após a fusão das sociedades
Águas do Cávado, Águas do
Minho e Lima e Águas do
Ave, houve necessidade de
proceder à consolidação global
dos respetivos sistemas de
informação. A agora Águas
do Noroeste investiu 300 mil
euros num projeto liderado
pela EMC e que se caracteriza
por ser uma solução escalonável
e com grande capacidade de
crescimento tendo em conta
o volume de informação
digital que a empresa cria
diariamente, “bem como a
necessidade da empresa ao
nível de sistemas de suporte ao
seu funcionamento”, explicou
Carlos Fernandes, gestor de
Tecnologias de Informação da
Águas do Noroeste.
SUSANA MARVÃO
[email protected]
A EMC Portugal foi escolhida pela
Águas do Noroeste para realizar a consolidação global dos respetivos sistemas de
informação. Isto porque empresa é responsável pelo sistema multimunicipal de
abastecimento de água e de saneamento do
Noroeste, resultante da fusão dos sistemas
multimunicipais de captação, tratamento e
abastecimento de água do norte da área do
Grande Porto, do Minho-Lima e ainda do
Vale do Ave.
A solução implementada pela EMC Portugal inclui as componentes de armazenamento primário (baseada em tecnologia
EMC Clariion), Gateways NAS (baseadas
em tecnologia EMC Celerra) e de proteção de dados (baseada em tecnologia EMC
Networker e Avamar). “Toda a solução foi
implementada num contexto de proteção
a eventual desastre (Disaster Recovery),
estando todos os dados protegidos e replicados para uma segunda localização”, ex-
As TI são consideradas maisvalia a partir do momento
que criam disponibilidade e
capacidade de funcionamento
dos seus sistemas SI e de
Telegestão da organização
plicou a empresa.
À “Vida Económica” Carlos Fernandes,
gestor de Tecnologias de Informação das
Águas do Noroeste, explicou que mediante a fusão das sociedades Águas do Cávado, Águas do Minho e Lima e Águas do
Ave houve lugar para um projeto de consolidação global dos respetivos sistemas de
informação. “A consolidação e proteção
dos dados tiveram um papel absolutamente fundamental no processo de desenho
e escolha da melhor solução tecnológica,
tendo em conta os objetivos e desafios do
projeto”.
Investimento 300 mil euros
O projeto em causa envolveu um investimento na ordem dos 300 mil euros sendo que se trata de uma solução escalonável
e com grande capacidade de crescimento
tendo em conta o volume de informação
digital que a empresa cria diariamente,
bem como a necessidade da empresa ao
nível de sistemas de suporte ao seu funcionamento, explicitou Carlos Fernandes.
O responsável garantiu à “Vida Económica” que as TI são consideradas mais-valia a partir do momento que criam disponibilidade e capacidade de funcionamento
dos seus sistemas SI e de Telegestão da
organização, “sendo que o funcionamento
contínuo desses sistemas contribui diretamente para a operação da empresa e para
a criação de valor acrescentado, bem como
a capacidade de poderem evoluir e crescer
de uma forma sustentada e equilibrada de
acordo com as necessidades que surgem no
presente o futuro”.
O projeto consistiu basicamente na migração e consolidação dos antigos sistemas
da Águas do Cávado, Águas do Minho e
Lima e Águas do Ave para uma nova infraestrutura centralizada, com o objetivo
de cumprir com os desafios de redução de
custos de investimento, redução de custos
operacionais, gestão centralizada, automatização de tarefas, garantia de escalabilidade futura e mecanismos de proteção e alta
disponibilidade.
O objetivo era possuir um sistema produtivo 24/7, salvaguardar a informação
digital da organização, obter a capacidade
de armazenamento e disponibilidade da
informação digital da empresa, criar estruturas técnicas para a evolução dos Sistemas
SI e de Telegestão da empresa e a criar ainda um Disaster Recovery.
“Após analisarmos as propostas de vários players no mercado, selecionamos a
EMC Portugal como nosso parceiro tecnológico, tendo em conta como principais
critérios de avaliação a excelência tecnológica e o valor de investimento. Uma vez
que pretendíamos com isto garantir que a
solução a adquirir era a mais económica,
mas também a que garantia menos risco de
implementação e operação”, disse o gestor.
Tecnologias abertas foram
essenciais
“Para a rápida disponibilização de novos
produtos e serviços, tivemos de garantir
que a tecnologia permitiria um nível muito elevado de disponibilidade, integração e
facilidade de operação. Para o conseguir, a
custos controlados, foi essencial a utiliza-
Domínio .EU com forte arranque
O .eu terminou o primeiro
trimestre de 2012 com 3,59
milhões de nomes de domínio
registados. Os registos cresceram em cerca de 6,1% nos
últimos anos, de acordo com
o relatório de progresso do 1º
trimestre de 2012 da EURid,
operadora de domínio de nível
de topo .eu. Segundo esta organização, isto representa o maior
crescimento anual em registos
no .eu desde o 3º trimestre de
2010. O primeiro trimestre assistiu também a um aumento de
9% em novos registos, compa-
rativamente ao mesmo período
no ano anterior.
“Sinto-me encorajado pelo
bom início do .eu neste ano e
pelo nosso crescimento contínuo
em registos de nome de domínio,” afirmou em comunicado
director-geral da EURid, Marc
Van Wesemael. “É um sinal claro de que os europeus se sentem
atraídos pelo .eu.”
A Lituânia registou o maior
crescimento anual, com um aumento de 31% de registos .eu em
comparação com o 1º trimestre
de 2011, seguida pela Áustria
(22%) e pela Eslováquia (18%).
Durante o mesmo período, os
registos em outros sete países
da União Europeia — Bulgária,
República Checa, França, Itália,
Malta, Polónia e Eslovénia —
cresceram em 10% ou mais.
O .eu terminou o primeiro
trimestre de 2012 com 3,59 milhões de nomes de domínio registados. Durante este trimestre, os
registos no .eu aumentaram em
23 dos 27 países da União Europeia. Malta, Eslovénia e Finlândia assistiram a um crescimento
trimestral de mais de 4%.
ção de tecnologias abertas que conseguem
interagir de forma integrada,” referiu em
comunicado Pedro Conceição, da EMC
Portugal.
O processo de reformulação, desenhado
e implementado em parceria com a CPCis,
iniciou-se em 2010, com requisitos muito agressivos de implementação, garante a
empresa. “O processo de passagem a produção levou cerca de três meses, só possível
devido à integração das tecnologias EMC e
VMware bem como à coordenação entre as
respetivas equipas técnicas”. Dadas as características do projeto, a componente de
formação foi considerada essencial e uma
componente chave do processo de implementação e passagem a produção, tendo
sido delineado um plano de formação que
incluiu formação no local de trabalho (onjob) e formação em sala (para tecnologia
EMC Clariion e EMC Networker). “Após
a implementação deste plano, a Águas do
Noroeste ficou totalmente habilitada a gerir e operar a solução adquirida”.
O retorno do investimento, segundo
Carlos Fernandes, será alcançado aquando
da criação dos sistemas de Disaster Recovery permitindo a “alta disponibilidade”
de todo o sistema da empresa, nomeadamente ao nível dos sistemas SI bem como
ao nível dos sistemas de Telegestão, “garantindo assim um funcionamento contínuo
de todos os sistemas de suporte à operação
da empresa”.
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sexta-feira, 15 de junho 2012
LINEAMÉDICA ESCOLHE SOFTWARE HOUSE PARA AGILIZAR NEGÓCIO
PHC com ritmo
estável na área
da saúde
SUSANA MARVÃO
[email protected]
A LineaMédica, empresa dedicada ao
fornecimento de dispositivos médicocirúrgicos para o mercado da saúde, escolheu a PHC para agilizar o seu negócio. A
empresa, criada em 2001, implementou o
PHC Enterprise CS, com os módulos de
Gestão, CRM, Factoring, ControlDoc,
Contabilidade, Pessoal e Imobilizado e Suporte, “ficando com uma solução personalizada e adaptada à sua realidade”, garante
o fornecedor.
Desde o seu início que a LineaMédica
tinha como prioridade implementar uma
solução tecnológica que agilizasse e ajudasse no controlo do negócio, sobretudo nas
áreas de gestão, de contabilidade e de relacionamento com os clientes (CRM). “As
diretrizes para a aquisição da solução eram
simples: uma solução fácil de usar, adaptável e que aceitasse desenvolvimentos posteriores conforme o crescimento da empresa
e do negócio”.
Victor Amoreira Rodrigues, administrador da LineaMédica, admitiu, em comu-
nicado,
que na
e s c o lha deste
produto
foi fundamental
o
desempenho
do interlocutor,
a M2A, e a “sua
capacidade
de
interpretar o que
pretendíamos.
As soluções da
PHC possuem
um bom equilíbrio entre o
seu custo, o custo da sua customização e
o benefício esperado, tendo sido adaptado
às necessidades únicas da LineaMédica”,
apontou o gestor.
fatores a que demos especial atenção foi a
marcação de consultas, nomeadamente de
várias especialidades médicas em simultâneo, pelo que tentámos trazer a esta área
toda a facilidade de utilização do Software
PHC”. Outro dos pontos críticos salientados pelo administrador é o acesso condicionado à informação e a necessidade de
personalizar os níveis de acessos à mesma,
para que cada pessoa tenha acesso apenas ao que precisa realmente e a restante
informação seja mantida confidencial.
“Além disso, tivemos em especial atenção
o permitir o registo de toda a informação
importante de uma forma organizada e segura, mas em simultâneo de fácil consulta
e pesquisa”.
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QR7HF&DPLQKD
Saúde em ritmo acelerado
Miguel Capelão, administrador da PHC
Software, disse à “Vida Económica” que o
peso da área de saúde no negócio da PHC
tem registado um crescimento acelerado
nos últimos anos, dado que desde o lançamento da solução para esta área, denominada PHC Clínicas CS, “temos vindo,
mediante o feedback dos nossos clientes,
a adaptá-la à realidade e às necessidades
específicas desta área tão especial. É com
muito orgulho que temos vindo a registar
um elevado número de casos de sucesso
em específico nesta área”.
O administrador classificou a solução
PHC para a área da saúde, nomeadamente
o módulo PHC Clínicas CS, “uma solução
estável”, pelo que não estão previstos novos investimentos no seu desenvolvimento. No entanto, não deixou de referir que
a software-house está “permanentemente a
Altitude Software compra empresa sueca
e avança para nuvem
A portuguesa Altitude Software comprou
a maioria da ASP Nordic, uma empresa sueca fornecedora de serviços de software (application service provider) detida por investidores privados. Com este investimento, o
objetivo da Altitude Software é lançar uma
nova geração de soluções na nuvem para
centros de contacto, dirigidas nesta fase ao
mercado escandinavo. A ASP Nordic é um
parceiro da Altitude Software desde 2008 e
assegura já a operação na nuvem de soluções
para milhares de utilizadores em alguns dos
melhores centros de contacto nesta região,
avançam em comunicado.
“O nosso investimento na Suécia vem
evoluir a mesma, limando algumas questões e desenvolvendo necessidades específicas mediante o feedback e sugestões dos
utilizadores da mesma. Assim, em cada
nova versão do software PHC CS, os nossos clientes desta área veem desenvolvidas
algumas novidades que vêm agilizar o seu
dia-a-dia. E, coincidentemente, estamos
neste momento a decidir quais serão as
novidades da próxima versão desta plataforma de produtos”.
Miguel Capelão explicou que, muitas
vezes, os problemas das clínicas, além das
questões médicas, são a nível da organização e gestão do dia-a-dia. “Foram estes
aspetos que tivemos em mente no desenvolvimento da nossa aplicação. Um dos
sublinhar a importância estratégica deste
mercado, pioneiro na adoção de soluções
de software na nuvem para gerir operações
de apoio ao cliente. Cada vez mais as empresas querem dedicar-se exclusivamente
ao seu negócio e trabalhar com fornecedores especializados que fornecem e gerem as
soluções tecnológicas de que necessitam”
afirmou Gastão Taveira, CEO da Altitude
Software. “Este novo investimento junta
a experiência de fornecimento de serviços
da equipa sueca com as competências de
produto da equipa global para apresentar
uma nova e poderosa oferta de centros de
contacto na nuvem”.
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sexta-feira, 15 de junho 2012
AIR FRANCE/KLM, LUFTHANSA, AMADEUS, GATWICK AIRPORT E HEATROW SÃO ALGUNS DOS CLIENTES
Setor da aviação é estratégico
para o crescimento da Logica
Desde o início do mês que
Gil Oliveira é o novo “practice
leader” da Logica em gestão
aeroportuária, um setor
considerado estratégico para
o crescimento da empresa no
nosso país, até porque, segundo
os analistas, “vai crescer de
forma intensa nos próximos 10
anos”. Além disso, é um setor
onde basicamente as tecnologias
de informação estiveram
“congeladas” por uma regulação
que Gil Oliveira apelida de
“excessiva e limitativa” e que faz
com que “algumas áreas, como os
aeroportos, ainda estejam sujeitas
a tecnologias antigas e pouco
amigas do utilizador”.
SUSANA MARVÃO
[email protected]
A Logica, empresa especializada em serviços de tecnologia e gestão, vai marcar presença na 22ª edição anual do ACI Europe Assembly & Congress, um evento destinado a
profissionais do setor da aviação que reúne os
principais líderes da indústria e que decorrerá
em Madrid, entre os dias 20 e 22 de Junho.
A participação da Logica neste encontro, segundo a empresa, irá sobretudo permitir uma
partilha de experiência num sector que tem
estado à margem da crise. À “Vida Económica” Gil Oliveira, “practice leader” da Logica
em gestão aeroportuária, explicou que este é
um setor considerado estratégico para o crescimento no nosso país, até porque, segundo
os analistas, “vai crescer de forma intensa nos
próximos 10 anos”. Além disso, é um setor
onde basicamente as tecnologias de informação estiveram “congeladas” por uma regulação que Gil Oliveira apelida de “excessiva e
limitativa” e que faz com que “algumas áreas,
como os aeroportos, ainda estejam sujeitas a
tecnologias antigas e pouco amigas do utilizador”. Hoje, este setor, segundo o responsável,
já tem um peso interessante na Logica PLC,
que conta com clientes como a Air France /
KLM, a Lufthansa, o Amadeus, o Gatwick
Airport, Heatrow entre outros.
Apesar da situação económica atual vivida
na Europa, a verdade é que os aviões e os pas-
sageiros têm que continuar a voar e os serviços
têm que, obrigatoriamente, funcionar com a
máxima eficiência. “A segurança destes é um
ponto fulcral, exigindo assim um esforço extremo por parte dos aeroportos, companhias
aéreas e autoridades da aviação. E é aqui que a
Logica pode ajudar, graças ao seu know-how
em transportes e logística”.
No setor dos transportes aéreos, a Logica
tem experiência na conceção e organização
de sistemas de gestão operacional em vários
dos maiores aeroportos europeus. “O que inclui tudo desde a chegada à partida de voos
e à gestão de clientes das companhias aéreas.
Para as transportadoras aéreas e empresas de
suporte, a Logica desenvolve, entre outros,
sistemas de funções de apoio para RH, gestão
de infraestruturas, sistemas de fidelização de
passageiros e planeamento de rotas inteligentes para otimização de combustível”. A Logica desenvolve ainda os sistemas de controlo
de tráfego aéreo de muitas das autoridades de
aviação civil.
Em Portugal, a empresa dá como exemplo
o “GO”, um sistema de gestão aeroportuária
desenvolvido em parceira com a ANA. “Este
projeto apoia atualmente equipas operacionais da ANA em nove dos aeroportos geridos
pela mesma”.
O ACI Europe Annual Assembly & Congress recebe anualmente cerca de 450 profissionais, que discutem e avaliam as melhores
soluções no mercado. Todos os anos, o ACI
aborda importantes questões sobre a indústria da aviação e, nesta edição, o tema da conferência será “Colocar os passageiros em primeiro lugar – dos gestores de infraestruturas
através de prestadores de serviço”.
Para além do GO, as “apps”
Questionado sobre que impacto tem este
setor no volume de negócios conquistado em
Portugal, Gil Oliveira salienta que, mais do
que o impacto no volume de negócios nas
operações no nosso país, que é ainda pequeno, é a importância de ser um setor onde a
Logica “tem conhecimento de negócio e desenvolve soluções passíveis de serem exportadas usando a estrutura capilar de vendas da
Logica em mais de 40 países. Este trabalho
de preparação para exportação foi iniciado
há seis meses e contamos começar a ter frutos deste investimento a partir do final deste
ano”.
Para além da solução bandeira da Logica
neste sector, o GO (Global Operations), que
é um sistema para a gestão de operações aeroportuárias desenvolvido em parceria com
Desde o início do mês de junho que Gil Oliveira é o novo “practice leader” da Logica em gestão
aeroportuária. Um setor considerado estratégico para o crescimento da empresa no nosso país.
a entidade que gere os principais aeroportos
Portugueses, ANA, a empresa também desenvolve apps para dispositivos móveis para
linhas aéreas e aeroportos, sistemas de controlo de acessos para aeroportos e sistemas de
apoio à venda a bordo (ProLogistica).
Esta não é a primeira vez que a Logica participa neste encontro. Em 2011, no mesmo
evento (ACI Europa, Assembleia geral e exibição) que teve lugar no Estoril e em que o
anfitrião foi a ANA, Aeroportos de Portugal,
a empresa já tinha marcado a sua presença.
“Este evento proporcionou um ótimo retorno comercial, pelo que apostamos novamente em estar em Madrid para projetar o que de
melhor se faz em Portugal nesta área”.
Desde Junho a liderar área
Desde o início de junho que Gil Braz de
Oliveira é o novo “practice leader” em Gestão
Aeroportuária, tornando-se responsável pela
promoção da integração avançada das TIC
em toda a cadeia do mundo aeroportuário
nos mercados de Portugal, Espanha e mais
cinco países da América Latina. Licenciado
em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico e MBA pela AESE/IESE Universidade de Navarra, o responsável da Logica
tem um percurso profissional que inclui passagens por outras indústrias, com especial enfoque na indústria de produção automóvel,
onde as tecnologias de informação e a integração de sistemas de uma vasta comunidade
de fornecedores permitem índices de produtividade significativos. Está na Logica desde
2006, onde já foi responsável internacional
pela área de serviços documentais e, mais recentemente, pela unidade vertical de Transportes & Logística. “Sendo as infraestruturas
aeroportuárias de extrema complexidade pela
sua natureza, os sistemas de informação ganham uma relevância única por permitirem
aos operacionais destas autênticas cidades tomarem as decisões certas com a informação
certa. O alargamento desta prática à região
Ibérica e América Latina vem, assim, endereçar um maior e promissor mercado”.
Alert e brasileira Benner criam oferta de sistemas informáticos de saúde no Brasil
A subsidiária no Brasil da portuguesa
Alert estabeleceu uma parceria com a
brasileira Benner Sistemas com o objetivo de criar “a maior plataforma tecnológica do Brasil para serviços de saúde”,
anunciaram em comunicado de imprensa. Para isso, as empresas vão juntar a
suite clínica Alert e as soluções de gestão
da empresa catarinense. As duas empresas vão unir operações, prevendo-se um
volume de negócios de cerca de 115 milhões de euros em três anos.
A parceria comercial poderá dar lugar
a uma joint-venture, a ser aprovada formalmente pelos Conselhos de Administração das duas empresas. Recentemente, as duas empresas estiveram presentes
com imagem e oferta conjunta (Alert &
Benner) no maior evento de saúde da
América, a Feira Hospitalar, em São Paulo, tendo a notícia da aliança sido capa
de revistas e jornais de grande impacto
no Brasil.
“A Alert & Benner irá disponibilizar o
mais avançado produto de prática clínica
hospitalar aliado à maior solução admi-
nistrativa e operacional de saúde. Com a
união, é gerado um portefólio completo de soluções integradas para hospitais,
que combinam os produtos Alert – processo clínico eletrónico e gestão clínica
–, com os sistemas de gestão hospitalar,
administrativa e financeira da Benner”.
No comunicado, as empresas assumem
que o objetivo é disponibilizar os produtos através de um modelo de negócio
que sirva hospitais públicos e privados
de todos os portes, oferecendo acesso ao
que há de melhor no mercado mundial,
por meio de tecnologias inovadoras. “Os
profissionais da Benner e da Alert Brasil
irão trabalhar em conjunto na integração
dos novos produtos e dos serviços, assim
como em ações comerciais. A nova equipa, focada no mercado de saúde hospitalar, será composta por aproximadamente
400 colaboradores – dos quais mais de
250 profissionais são certificados nas
mais diversas tecnologias –, distribuídos
pelos escritórios de São Paulo, Maringá, Belo Horizonte e outras capitais do
país”.
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sexta-feira, 15 de junho 2012
PEDRO PAULO, CEO, ASSUME QUE A INTERNACIONALIZAÇÃO VAI SER ACELERADA
“Portugalidade” é um dos pilares da Gatewit
a Assembleia da República ou a ANACOM.
Pedro Paulo, CEO da Gatewit, explicou à “Vida Económica” que toda a
tecnologia desenvolvida pela Gatewit é
100% portuguesa, sendo este um dos pilares da empresa.
Como forma de reforçar ainda mais
esta aposta, a Gatewit inaugurou um
Centro de Competências, uma incubadora de tecnologia nacional que representa um investimento de três milhões de
euros e a criação de 40 postos de trabalho, a três anos. “O objetivo é que daqui
saiam todas as soluções para os nossos
vários mercados, em qualquer parte do
mundo, incluindo Portugal”.
Agenda Digital Europeia
é uma oportunidade
Pedro Paulo, CEO da Gatewit, quer reforçar a quota de mercado nacional e continuar a aposta
intensa no processo de internacionalização.
O nosso país ainda é o principal mercado em termos de resultados da Gatewit,
mas os mercados internacionais valem já
10% do volume de negócios e representam uma forte aposta, com investimentos
anuais na ordem dos três a quatro milhões
de euros. A empresa está já presente em
Espanha, Brasil e EUA (Silicon Valley).
“Recentemente entrámos também no
mercado do Reino Unido, com a inauguração dos nossos escritórios em Londres,
e estamos já a pensar nos próximos passos”. Nos próximos dois anos, os planos
passam por reforçar a quota de mercado
nacional e continuar a aposta intensa no
processo de internacionalização. “Por
um lado, existe um grande potencial a
nível europeu, com a implementação da
Agenda Digital Europeia, que estabelece
que a partir de 2016 as compras públicas através de plataforma eletrónica serão
obrigatórias no espaço da União Europeia, como forma de gerar poupanças
significativas para os contribuintes. Em
Portugal, e-Procurement já é o modelo
standard de aquisição e compras públicas
desde 2008”.
Por outro lado, diz Pedro Paulo, a Gatewit quer reforçar a exploração de outros mercados com grande importância
fora do espaço europeu, “mas pautandonos sempre por uma gestão cautelosa:
sempre com capitais próprios, entrando
nos mercados, conquistando clientes e
reforçando as equipas”.
Questionado sobre se o retorno do investimento no desenvolvimento do Supplier já foi alcançado, Pedro Paulo explica que o verdadeiramente importante é
desenvolver soluções o mais adequadas
possível às necessidades dos clientes “e
que sejam capazes se constituir como verdadeiras mais-valias nos negócios e nos
resultados de quem utiliza as nossas soluções”. Por isso, explicita que o retorno
que considera mais importante é a satisfação do “cliente e a eficiência e eficácia dos
nossos produtos. Nesse sentido, a evolução desta nossa plataforma cumpre estes
requisitos, devido às vantagens que tem
sobre outras soluções”. Agora, diz Pedro
Paulo, é mais fácil visualizar e acompanhar a evolução do negócio, ao mesmo
tempo que se obtém mais informação
sobre o comportamento dos concorrentes. “Outra novidade é a possibilidade de
receber mensagens SMS com alertas que
podem tornar-se decisivos para aproveitar as oportunidades de negócio”.
PUB
Portugal ainda é o
principal mercado em
termos de resultados
da Gatewit, empresa
portuguesa especializada
no desenvolvimento de
plataformas e-business.
Nos próximos dois anos,
os planos de Pedro Paulo,
CEO da Gatewit, passam
por reforçar a quota de
mercado nacional e continuar
a aposta intensa no processo
de internacionalização.
Entretanto, a empresa tem já
disponível a nova versão do
Supplier 4.0, uma plataforma
de compras públicas
eletrónica.
SUSANA MARVÃO
[email protected]
A Gatewit, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento de plataformas e-business, tem já disponível a
nova versão do Supplier 4.0, uma plataforma de compras públicas eletrónica.
O objetivo desta nova versão é tornar
mais fácil visualizar e acompanhar a
evolução do negócio, ao mesmo tempo
que se obtém mais informação sobre o
comportamento dos concorrentes. “Outra novidade é a possibilidade de receber
mensagens SMS com alertas que podem tornar-se decisivos para aproveitar
as oportunidades de negócio”, avança a
empresa.
Outra das funcionalidades agora disponíveis na plataforma da Gatewit é um
ranking onde se vê quais as empresas que
estão a lançar mais pedidos de compras, o
que possibilita, nomeadamente, direcionar a oferta das empresas às necessidades
de quem está a comprar.
Novidade é, também, um ranking que
permite obter informações sobre a performance dos concorrentes.
Destaque, ainda, para a possibilidade
de receber alertas via SMS. Com a nova
versão, os utilizadores podem configurar
a plataforma para receber mensagens com
alertas sempre que um procedimento seja
lançado, receba um esclarecimento a alguma dúvida, ou novas adjudicações de
contratos.
Por último, passa a ser possível o fornecedor destacar-se em relação aos outros
concorrentes no interface do comprador.
“Este realce será feito com a introdução
do logotipo, informações e dados do fornecedor, sendo uma das vantagens em
termos de visibilidade”.
Tecnologia 100% nacional
Neste momento, existem cerca de três
mil entidades compradoras a utilizar a
plataforma compras públicas da Gatewit,
onde figuram clientes como a Estradas
de Portugal, a Parque Escolar, a ANCP,
o Banco de Portugal, o Instituto de Segurança Social, a Câmara Municipal do
Porto, a Câmara Municipal de Setúbal,
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sexta-feira, 15 de junho 2012
A QUATRO ANOS, 4244 NOVOS POSTOS DE TRABALHO SERIAM
CRIADOS E UM AUMENTO DE 1150 MILHÕES DE EUROS NO PIB
“Pirataria” tem impacto
negativo na economia
Wabbit disponibiliza software
de gestão de crédito
A tecnológica Wabbit, que resultou de um spin-off da área tecnológica da empresa de gestão de
crédito portuguesa Domusvenda,
apresentou ao mercado uma solução tecnológica de gestão de
carteiras de crédito em cumprimento e incumprimento e ferramenta de gestão património
imobiliário.
Para Sérgio Monteiro, o presidente e fundador da empresa,
“esta decisão foi o culminar de
um processo natural de crescimento da Wabbit, que pode, neste momento, expandir o seu leque de clientes quer no mercado
interno quer no mercado externo, como já acontece atualmente
em Espanha”. O LMP é uma ferramenta de gestão de crédito em
cumprimento e incumprimento,
gestão de património imobiliário
e processos em contencioso, com
scoring de devedores.
Neste momento, o LMP gere
aproximadamente 5 mil milhões
euros de volume de crédito.
Os objetivos de curto-prazo
passam por consolidar a sua carteira de clientes em Portugal e
Espanha e iniciar durante o ano
2012 o seu processo de internacionalização para o mercado norte-americano e brasileiro. Sérgio
Monteiro considera ainda “existir
um movimento de consolidação
das carteiras de crédito em Portugal, que faz surgir no mercado
novas entidades interessadas no
setor e a Wabbit tem uma solução
“chave na mão” que poderá dar o
suporte tecnológico necessário a
esses projetos na área de crédito,
com as vertentes contencioso e
gestão imobiliário”.
Departamentos e empresas
de tecnologia têm pouco
conhecimento da sua dívida de TI
O estudo é do Centro
de Estudos Aplicados da
Universidade Católica
Portuguesa. E estima
que uma redução
em 10% da taxa de
pirataria informática em
Portugal, num prazo
de quatro anos, teria
como efeito qualquer
coisa como a criação de
4244 novos postos de
trabalho, um aumento
de 1150 milhões de
euros no Produto
Interno Bruto e receitas
fiscais suplementares de
320 milhões de euros.
Com base no estudo internacional “Piracy Impact Study
– the benefits of reducing software piracy” da BSA – Business
Software Alliance e da IDC –
International Data Corporation
que analisou 42 países mas não
incluiu Portugal, o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa resolveu
“atualizar” os dados para o nosso
país e concluiu que a economia
nacional beneficiaria de impactos significativos com a redução
da utilização ilegal de programas
informáticos.
A taxa de pirataria em Portugal estava estimada em 40% em
2011, próxima da média mundial (42%), mas muito acima da
verificada nas economias mais
desenvolvidas. Esta taxa representa uma perda anual em rendimento no mercado nacional de
193 milhões de euros. Contudo,
a sua redução teria um efeito
multiplicador no conjunto da
economia, permitindo uma recu-
peração muito superior às perdas
de receitas.
“O objetivo de reduzir em
quatro anos esta taxa para 30%
constitui um desafio interessante
e ambicioso para Portugal, que
obriga à observação das melhores
práticas internacionais”, revela o
documento.
O estudo revela que — em
quatro anos, o Estado poderia
arrecadar uma receita fiscal adicional de 320 milhões de euros,
para um aumento do PIB em
1150 milhões de euros — cerca
de 0,6% do PIB atual. Em termos de impacto no emprego, ao
longo dos próximos quatro anos
seriam criados 4244 novos postos
de trabalho.
Estudos anteriores revelam que
estes impactos são sobretudo benéficos para as empresas locais,
uma vez que a perda de rendimento causada pela pirataria afeta todo o ecossistema local das
Tecnologias de Informação, que
vai da produção de software à sua
distribuição e aos prestadores de
serviços conexos.
O estudo analisa ainda o perfil
socioeconómico do fenómeno da
pirataria, procurando encontrar
correlações entre as várias dimensões das áreas de desenvolvimento humano – corrupção,
abertura tecnológica, educação e
qualidade da justiça – e as taxas
de pirataria calculada pela BSA –
Business Software Aliance.
Em resumo, a análise dessas
dimensões evidencia que, quanto
maior o nível de rendimento de
um país, menor a taxa de pirataria. E que, quanto maior o nível
de desenvolvimento humano,
menor a taxa de pirataria. Por
outro lado, a pirataria é uma característica dos países com menor
abertura tecnológica, assim como
existe uma forte correlação entre
taxa de pirataria e perceção da
corrupção. Existe ainda uma relação entre pirataria e índices de
formação e educação, isto é, os
países onde os resultados escolares são mais elevados apresentam
taxas de pirataria mais baixas.
“Estes resultados no conjunto
dos países analisados indicam que
a pirataria será mais expectável
em ambientes menos desenvolvidos, mais pobres, mais corruptos,
menos educados, e com um conjunto alargado de limitação no
acesso tecnológico”.
O estudo aborda estes resultados no contexto da atual crise
financeira, que vários países europeus enfrentam. Ainda assim,
apesar da crise, a tendência para
a subida da taxa de pirataria expectável em consequência não se
verificou ainda em Portugal. “A
explicação para esse fenómeno
poderá residir em muitas iniciativas políticas criadas para promover o acesso à informática,
nomeadamente os programas de
promoção da literacia informática ao nível das escolas, e, sobretudo, os programas de distribuição
maciça de computadores pessoais
– e-escola e e-escolinha —, que
vieram permitir um maior nível
de utilização de software licenciado”, lê-se no documento que
apresenta o estudo.
Contudo, a continuação da
crise financeira representa riscos
elevados de contração do rendimento que podem conduzir a um
aumento da pirataria em Portugal.
“Pelos ganhos económicos evidenciados no estudo, a evolução
pretendida carece de acções concertadas e empenho especial por
parte da Justiça, da Tecnologia e
da Educação. Mas é também evidente que a luta contra a pirataria passa por uma questão cívica e
pela sensibilização dos utilizadores ao valor da propriedade intelectual”, sintetiza o professor Ricardo Ferreira Reis, coordenador
do estudo realizado pelo Centro
de Estudos Aplicados da Universidade Católica.
Quase metade dos principais
atores no mercado das TI, sejam
empresas de tecnologias de comunicação sejam departamentos
de sistemas de outros sectores,
não conhecem o valor da sua dívida de TI. Um desconhecimento que, segundo a Micro Focus,
aumenta o risco do seu negócio.
“A dívida de TI representa o custo de limpar os atrasos de manutenção para manter o portfólio
de aplicações totalmente atualizado”, explicou a empresa na apresentação do estudo “Mainframe
Transformation: the Elephant in
the Room”, um relatório independente e global, da autoria da
consultora Vanson Bourne.
Neste documento, 590 CIO e
diretores de TI de todo o mundo
responderam e afirmaram que, em
média, a sua dívida de TI ascendia a 10,9 milhões de dólares, dos
quais 8,5 milhões de dólares estão
relacionados com aplicações mainframe. Previram ainda um aumento de 9% nos próximos cinco anos.
Outro documente, neste caso
elaborado pela Gartner, prevê
que a dívida total de TI de todas as empresas ultrapasse os mil
milhões de dólares nos próximos cinco anos. No seu relatório
“2012 Planning Guide: Application Delivery Strategies”, a Gartner recomenda aos líderes do
setor que lancem um programa
técnico para gerir a dívida e poder compreender e enfrentar este
problema. Porém, 44% dos participantes do estudo reconheceram
não dispor de qualquer processo
estruturado para medir e gerir a
sua dívida presentemente ou nem
saberem sequer se dispunham.
45% dos que não dispõem de um
processo também não tinham
pensado em implementar um.
No âmbito do relatório da Micro Focus, apesar de admitirem a
sua dívida, 87% dos inquiridos
confirmaram que dispõem de um
processo de revisão estruturada e
estratégias para o seu portfólio de
aplicações, que reveem, em média, de quatro em quatro meses.
Contudo, mais de metade (57%)
admitiram não ter uma visão clara dos pormenores.
Exemplo disso é o facto de um
em cada vinte ter confessado que
o seu portfólio de aplicações era
um “emaranhado de confusões”.
E quase um quinto (18%) afirmou dispor de aplicações que não
sabia atualizar e nas quais não se
atrevia a tocar. Outros 18% confirmaram que tinham aplicações
redundantes que consomem recursos MIPS, sem capacidade
para as identificar e eliminar. Por
outro lado, 15% afirmaram que a
atividade de fusão e aquisição tinha criado um panorama muito
confuso das aplicações que têm.
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