Tecnologias de Informação e Comunicação e Crianças com Necessidades Educativas
Especiais - Perturbações do Espectro do Autismo
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Tecnologias de Informação e
Comunicação e Crianças com
Necessidades Educativas
Especiais – Perturbações do
Espectro do Autismo
Vila Real, Maio de 2005
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Tecnologias de Informação e Comunicação e Crianças com Necessidades Educativas
Especiais - Perturbações do Espectro do Autismo
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“ Para
a maioria das pessoas, a tecnologia
torna a vida mais fácil; para a pessoa
deficiente, a tecnologia torna as coisas
possíveis”.
Retirado de SANCHES (1991, p.121 )
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CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
A E,B 1 de Vila Real nº7 tem 111 alunos matriculados, sendo 8
alunos com N.E.E., distribuídos por 6 turmas, a escola funciona
em regime normal. Os alunos com N.E.E. são apoiados por 3
professores especializados.
Trabalho efectuado por:
Maria do Carmo Guedes Martins Quinteira Professora do
Q.Z.P. Especializada em Educação Especial. Colocada na E,B 1
Vila Real nº 7, em funções de Apoio Educativo.
Filomena Alice de Jesus Morais Ribeiro, Professora do
Q.E.. Licenciada em 1º Ciclo do Ensino Básico.
INDICE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4
2. PAPEL DAS T.I.C. ..................................................................................................... 6
3. EQUIPAMENTOS / JOGOS EDUCATIVOS ......................................................... 9
4. DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................. 11
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5. DESCRIÇÃO DO SOFTWARE ............................................................................. 12
6. PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO AUTISMO.................................................. 13
6.1.O QUE É O AUTISMO? ....................................................................................... 13
6.2. O QUE CAUSA O AUTISMO? ........................................................................... 14
6.3. QUAIS SÃO OS SINAIS CARACTERÍSTICOS DO AUTISMO?................. 14
6.4. COMO SE DIAGNOSTICA O AUTISMO? ...................................................... 16
6.5. O QUE PODE FAZER PARA MELHORAR A SUA SITUAÇÃO?................ 16
7. MODELOS DE INTERVENÇÃO .......................................................................... 18
7. 1. ESTIMULAR A CRIANÇA AUTISTA ............................................................. 20
8. CASO EM ESTUDO ............................................................................................... 22
8.1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO........................................................................... 22
8.2. CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO .................................................................... 22
8.3. CARACTERIZAÇÃO EDUCATIVA ................................................................. 23
8.4. CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS................................................................ 24
8.5. PROGRAMA EDUCATIVO................................................................................ 24
9. CONCLUSÃO........................................................................................................... 25
10. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 26
1. INTRODUÇÃO
Face à emergência do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação
(T.I.C.) no processo educativo de crianças com e sem Necessidades Educativas
Especiais (N.E.E.) debruçamo-nos sobre “Tecnologias de Informação e Comunicação e
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Crianças com Necessidades Educativas Especiais - Perturbações do Espectro do
Autismo”, no sentido de partilhar com outros profissionais, hardware e software que se
pode utilizar na prática educativa.
As T.I.C. têm um papel facilitador no ensino aprendizagem. É preocupação de
todos os profissionais de educação que todas as crianças possam “viver uma escola
inclusiva”. A escola inclusiva só é para todos se a todos der resposta e as T.I.C. são a
grande alternativa à aquisição de competências por parte das crianças com N.E.E..
O presente estudo tem como base as Perturbações do Espectro do Autismo e o
uso
das T.I.C.. As crianças portadoras desta perturbação embora apresentem
dificuldades de se relacionarem e se comunicarem demonstram ter uma boa memória e
capacidade de compreender procedimentos lógicos simples. Assim as T.I.C são um
excelente recurso para
desenvolver a capacidade de expressão, de criação e de
aprendizagem de crianças autistas.
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2. PAPEL DAS T.I.C.
Assistimos hoje a uma integração da Tecnologia com os antigos métodos de
ensino. Os professores recorrem cada vez mais ao PC para apresentar as materiais de
forma aliciante e diferente.
De mãos dadas com outros recursos as T.I.C. são um valioso contributo no
processo ensino-aprendizagem de crianças com N.E.E..
O uso das T.I.C. na sala de aula traz possibilidades novas ao professor que
pretende implementar novas estratégias de ensino.
Segundo BELCHIOR et all (1993, p.13) “A utilização do computador não deve
estar dissociada do currículo que o professor pretende implementar. Para se tirar o
máximo partido do uso dos computadores é importante que as actividades feitas com o
apoio deste sejam um complemento das actividades educativas gerais.”
Deve aceitar-se este desafio e estar preparado para enfrentar o futuro da
Educação.
É necessário explorar as possibilidades que ele nos oferece, executar alguns
programas , utilizar outros já existentes, reconhecer o software e identificar o que pode
ser aplicado e qual a melhor forma de o fazer.
O educador/professor está actualmente perante novos desafios e a auto formarse. Tal como nos diz RAIBLE ( 1996, p.42) “ Talvez nunca sejamos capazes de
perceber completamente as novas auto-estradas da informação. Mas atenção: os
nossos filhos são.”
Os alunos também participam no processo de ensino-aprendizagem e em
parceria com os educadores/professores , todos aprendem fazendo, que é o que acontece
quando se trabalha com um computador.
As crianças aprendem a trabalhar com muita facilidade com o computador
devido à sua “plasticidade mental”. “... enquanto auxiliar de ensino
poderá
proporcionar simulações de actividades que de outro modo o aluno nunca teria
oportunidade de experimentar.” segundo SPRINTHALL & SPRINTHALL (1993,
p.272).
As crianças estabelecem os primeiros contactos com os computadores através de
jogos que funcionam como que uma ligação íntima com a máquina, oferecendo-lhe o
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prazer de brincar, cativando-a, advertindo-a ao mesmo tempo que aprende a mexer e
também a adquirir conceitos e regras , sem dar por isso.
Em contraste com o ensino tradicional o ensino auxiliado pelas T.I.C. é
potencialmente capaz de uma considerável adaptação, a cada aluno individualmente.
Não é alternativa ao ensino humano dentro da sala de aula, é o professor quem orienta ,
coordena as actividades a desenvolver, como faz em relação a todos os outros materiais
ao seu dispor.
Tal como nos refere BELCHIOR et all (1993, p.16) a utilização do computador
na escola deverá desenvolver as seguintes capacidades:
“Comunicar ideias e informações de formas variadas;
Aprender, armazenar, aceder, modificar e interpretar informação;
Avaliar criticamente o conteúdo e a apresentação da informação proveniente de
várias fontes;
Efectuar investigações matemáticas e explorar representações no computador
de situações imaginárias ou reais; (...) Incentivar uma aprendizagem pluridisciplinar
assente em projectos de trabalho concreto;
“Aprender a aprender” e a realizar progressivamente, actividades de
investigação.”
O computador é aquilo que nós quisermos ; pode ser quadro, caderno, manual,
livro, Enciclopédia, dicionário, lápis, borracha, caixa de cores, um meio alternativo de
comunicação,...
“ Ler, escrever e contar, os três pilares das aprendizagens fundamentais , muito
cedo mobilizaram a imaginação dos professores e conceptores de programas
informáticas” tal como refere POUTS-LAJUS & RICHÉ (1999, p.86), nascendo daí
programas especializados.
Qualquer área pode beneficiar do uso das T.I.C. usando programas específicos
ou as ferramentas mais genéricas tais como o processamento de texto, a folha de
cálculo, correio electrónico, entre outros. Torna-se assim mais fácil veicular a teoria à
prática.
O vertiginoso desenvolvimento das T.I.C. abriu aos cidadãos possibilidades , até
ao momento nunca sonhadas, de ver aumentados os seus níveis de conhecimento e a sua
qualidade de vida.
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Tal como refere RODRIGUES et all (1991, p. 112) “...o computador tende a ser
entendido como a voz, o ouvido, o movimento que a deficiência subtraiu. O “ Admirável
Mundo Novo” da informática está cheio de fantásticas promessas”.
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3. EQUIPAMENTOS / JOGOS EDUCATIVOS
As novas tecnologias deram origem ao aparecimento de equipamentos
específicos para as pessoas com N.E.E.. É o que tem vindo a acontecer, e com o apoio
de todos os Técnicos de Reabilitação, pretende-se desenvolver produtos e serviços que
possam dar resposta semelhantes a diferentes necessidades dos utilizadores.
O desenvolvimento desta área poderá originar o aparecimento de novas
facilidades que ajudem na integração desta população. Devem continuar a ser
desenvolvidos esforços no sentido da produção de novos equipamentos destinados à
melhoria de sistemas de reabilitação e de ajudas técnicas.
O sistema educativo é determinado pelo sistema social. É a sociedade que
estimula ou censura a escola, pois é nesta que se reflectem a sua riqueza e a sua miséria
. A escola tem o dever de combater estas desigualdades, ou seja, tornar mais curta e, até
onde for possível, a distância que separa os alunos. Todos eles têm direito à educação,
tal como nos refere a Declaração de Salamanca que reuniu de sete a dez de Junho de
1994, sendo seu principal objectivo proclamar a educação para “Todos”.
Então é fundamental explorar cada vez mais, o mundo das T.I.C. para benefício
de todos, em especial das crianças com N.E.E.. Tal como afirma SOUSA & ROCHA
(1996, p.44) “o computador é uma ferramenta extraordinária, que promove o
desenvolvimento das capacidades várias, como a coordenação visuo e audiomotora, a
memória visual e o desenvolvimento do raciocínio lógico”.
As T.I.C. são um grande apoio para a plena autonomia das pessoas portadoras de
deficiência, quer no que diz respeito à comunicação, quer no desempenho de inúmeras
tarefas.
A utilização de software dá ao professor a possibilidade de criar aulas mais
atractivas e as crianças adquirirem e consolidarem melhor os seus conhecimentos.
O software educativo continua a ser usado nas nossas escolas, especialmente
com alunos com N.E.E., de forma a adquirir noções “de saber-fazer, de repetição, de
treino e de memorização” segundo POUT-LAJUS & RICHÈ-MAGNIER (1999, p.97).
Este software permite vários níveis de dificuldade e dá oportunidade de escolha
das várias adaptações, rato, manípulo, écran táctil e do teclado adaptado.
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A atitude da criança face a um programa educativo verifica-se logo pela maior
motivação em aprender, pela animação, pela boa compreensão das tarefas pedidas, pelo
interesse em todas as fases do programa, pelo som, cores, imagens animadas,...
Os jogos educativos são um recurso didáctico que temos de utilizar .
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4. DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
São vastos os dispositivos e meios facilitadores da comunicação e do
desenvolvimento. Assim podemos encontrar, entre outros, equipamentos como:
•
Roamer;
•
Teclado de conceitos.
•
CheapTalk;
•
LightWriter;
•
AlphaTalker;
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5. DESCRIÇÃO DO SOFTWARE
Os jogos podem ser utilizados na sala de aula como um prolongamento da
prática habitual. Cada jogo tem um objectivo educativo concreto, mas simultaneamente
lúdico.
Da variedade de jogos educativos existente, seleccionámos alguns que
utilizamos regularmente:
•
Passo a Passo
•
Abrakadabra
•
Jogos do Ursinho
•
Continuar a Aprender Através de Jogos
•
102 Desafios
•
A Cabana do Papim
•
101 Desafios
•
Baú dos Brinquedos
•
Aprender com os Números
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6. PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO AUTISMO
6.1.O QUE É O AUTISMO?
Filmes como “Rainman” fizeram muito para que o autismo fosse conhecido pelo
grande público. O autismo está, de facto, no centro de um continuum de perturbações
que partilham todas de características comuns mas que se manifestam de maneira muito
diferente a nível individual.
O autismo é uma deficiência grave que afecta a comunicação e a interacção com
as outras pessoas mas também com o mundo. De acordo com MARQUES (2000, p.25)
“ O termo autismo (…) pode ser definido como uma condição ou estado de alguém que
aparenta estar invulgarmente absorvido em si próprio.”.
O grau de autismo varia segundo um eixo que vai de severo a ligeiro, se bem que
o efeito seja sempre grave. Uma pessoa pode ter autismo severo com graves
dificuldades de aprendizagem e ser assim extremamente deficiente ou ter autismo
ligeiro e inteligência normal ou elevada. A maioria das pessoas com autismo tem
dificuldades de aprendizagem. O desenvolvimento da linguagem é muito variável no
autismo. Certas pessoas têm linguagem desenvolvida tendo contudo limites de
compreensão e dificuldades de linguagem, enquanto grande parte daquelas que têm
autismo típico não falam. A hipersensibilidade aos barulhos, à luz e ao tacto, ao cheiro
tal como uma fraca reacção à dor são muito frequentes.
Lorna Wing (psiquiatra inglesa) após vários estudos, concluiu existir um traço
distintivo do autismo isto é uma “Tríade de Impedimentos Sociais “ que se caracteriza
por défices na interacção social, na comunicação e na imaginação, que variam ao longo
do tempo tanto no seu grau de severidade, quanto na sua forma. Ao conjunto destes três
sintomas deu-se o nome de Lorna Wing Tríade. Tal como refere JORDAN (2000,
p.12) “ É esta
tríade que define o que é comum a todas elas, consistindo em
dificuldades em três áreas do desenvolvimento mas nenhuma dessas áreas,
isoladamente e por si só, se pode assumir como reveladora de “autismo”. É a tríade,
no seu conjunto, que indica se a criança estará, ou não, a seguir um padrão de
desenvolvimento anómalo e, no caso de se registar uma deficiência numa das áreas a
penas, ela poderá radicar numa causa completamente diferente.”
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Deste modo para se classificar e definir o autismo Lorna Wing introduziu o
conceito “Espectro do Autismo”, abrangendo todos aqueles que estão diagnosticados
com autismo.
A denominação “Espectro do Autismo” inclui:
•
Autismo clássico ou síndroma de Kanner
•
Síndroma de Asperger
•
Perturbação Desintegrativa da Infância
•
Autismo atípico
•
Traços autistas
6.2. O QUE CAUSA O AUTISMO?
Ainda que as causas frequentes do Autismo não sejam inteiramente conhecidas,
sabemos que se trata de uma deficiência de origem biológica que afecta o
desenvolvimento do cérebro, de acordo com MARQUES (2000, p.59) “(…) o autismo
resulta de uma perturbação de determinadas áreas do sistema nervoso central, que
afectam a linguagem, o desenvolvimento cognitivo e intelectual e a capacidade de
estabelecer relações.” Não é possível diagnosticar o autismo à nascença porque os
comportamentos característicos não aparecem antes dos 18 a 36 meses de vida. Tendo
como base NIELSEN (1999, p.39) “Durante os primeiros meses de vida, uma criança
autista parece ser perfeitamente normal”, depois, entre os 18 meses e os 3 anos, a
criança parece retrair-se e perder competências. Hoje sabemos que os pais não são
responsáveis pelo autismo, mas sem, pelo contrário, são o maior recurso da criança.
6.3. QUAIS SÃO OS SINAIS CARACTERÍSTICOS DO AUTISMO?
Não existe uma característica que por si só possa determinar o autismo mas sim
um conjunto de dificuldades nos três domínios que caracterizam o autismo.
Os problemas de interacção social: são as características mais evidentes do
autismo. Acontece que as crianças autistas não respondem quando as chamam pelo
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nome e evitam muitas vezes o contacto ocular. Têm dificuldade em compreender as
pessoas, os gestos, o tom de voz ou a expressão facial e emoções. Parecem
inconscientes dos sentimentos dos outros nem do impacto negativo dos seus
comportamentos nos outros.
Certas pessoas com autismo têm, por vezes, tendência à agressividade sobretudo
quando estão num ambiente estranho ou perturbador, ou quando estão zangadas,
frustradas ou sob o efeito da sua hipersensibilidade aos estímulos.
Os problemas de comunicação: mais de metade das pessoas com autismo não
falarão durante toda a sua vida. As que falam começam a falar tardiamente e referem-se
a si próprias utilizando o seu nome em vez de utilizarem o “eu”.
Utilizam a linguagem de maneira pouco comum. Algumas usam apenas uma
palavra, outras repetem a mesma frase em qualquer situação. Podem falar de uma forma
cantada e monocórdica a propósito de um número restrito dos seus temas favoritos, sem
se preocuparem com o interesse da pessoa com quem falam. Independentemente da sua
capacidade de falar, todas as pessoas com autismo têm problemas em compreender o
sentido da comunicação.
Problemas de comportamento: Ainda que as pessoas com autismo tenham a
maior parte das vezes aparência física normal e bom controlo muscular, grande parte
delas tem movimentos bizarros e repetitivos tais como balançar-se, tocar nos cabelos, ou
comportamentos auto-agressivos tais como morder-se ou bater com a cabeça. Estes
comportamentos derivam muitas vezes das suas dificuldades de comunicação ou de
problemas em compreender o significado social dos comportamentos ou resultam ainda
de uma sensibilidade exagerada a certos estímulos sentidos como penosos.
A sensibilidade fora de comum ao tacto pode contribuir para a resistência às
carícias. Certas pessoas com autismo tendem a repetir as mesmas actividades sem parar.
Uma pequena mudança na rotina pode ser particularmente perturbadora. As crianças
com autismo raramente brincam ao “faz de conta” ou seja têm dificuldade no jogo
imaginativo ou no jogo simbólico.
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6.4. COMO SE DIAGNOSTICA O AUTISMO?
Como o autismo varia tanto relativamente aos sintomas com à gravidade, pode
ser reconhecido. Não há um teste único que possa ser aplicado para se efectuar o
diagnóstico. O continuum do autismo será melhor diagnosticado por uma equipa
multidisciplinar de profissionais que utilizem instrumentos validados. Contudo, a
detecção e o reconhecimento precoces são da maior importância porque a intervenção
pode trazer uma grande diferença à qualidade de vida. O nível de funcionamento
intelectual das pessoas com autismo é difícil de avaliar por causa dos défices a nível
social e de linguagem que interferem com a avaliação. A maioria funciona de facto a
nível de dificuldades de aprendizagem fracas ou moderadas. Uma minoria
impressionante conhecida como “sábios” mostra competências extraordinárias, muito
acima das competências ordinárias nos domínios da matemática, música, desenho e
memória. O termo Síndroma de Asperger é muitas vezes utilizado para descrever as
pessoas com comportamento autista mas com bom desenvolvimento da linguagem.
6.5. O QUE PODE FAZER PARA MELHORAR A SUA SITUAÇÃO?
Se bem que não haja cura para o autismo, muito pode ser feito parta apoiar o
seu desenvolvimento e melhorar a vida diária das crianças adultos com autismo. As
terapias mais bem estudadas incluem a educação e as terapias compartimentais bem
como intervenções clínicas. Há outras intervenções disponíveis mas poucas ou mesmo
nenhuma tem estudos científicos que apoiem a sua utilização.
Intervenções educacional e comportamental: Estas estratégias insistem na
aprendizagem de competências no quadro ambiental e de um emprego de tempo bem
estruturado.
O programa educativo especializado (PEI), inclui o ensino e a aprendizagem das
competências para o bem estar e o futuro da criança e pode melhorar as suas
capacidades de comunicação e de interacção com os outros, reduzindo a gravidade e a
frequência das perturbações do comportamento.
Os interesses pessoais fornecem uma grande motivação para a aprendizagem. A
educação deve começar tão breve quanto possível e não parar na adolescência ou na
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idade adulta. As pessoas que têm melhores capacidades cognitivas e conseguem
dominar as aprendizagens académicas têm necessidade de ser ajudados na organização
das tarefas e para evitar distracções.
Medicação: não há medicamentos que possam curar o autismo contudo, por
vezes, uma medicação adequada pode melhorar a atenção e reduzir os sintomas
incómodos e os comportamentos auto-agressivos.
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7. MODELOS DE INTERVENÇÃO
Tendo em conta que o autismo não tem cura é certo que a maior parte dos casos
necessitam de apoio e supervisão para toda a vida. A intervenção educacional
individualizada, encarada numa perspectiva evolutiva – adaptada às diversas fases do
ciclo de vida do individuo – é o processo de intervenção considerado essencial, podendo
diferentes modalidades terapêuticas funcionar como um complemento importante em
diversas fases da vida da pessoa autista.
O programa TEACCH (Tratamento e Educação de Crianças com Autismo e
Problemas de Comunicação Relacionados) é “(…) um modelo de intervenção
especificamente concebido para ser desenvolvido com crianças com perturbações do
espectro do autismo.” , de acordo com MARQUES (2000, p. 91).
TEACCH – é um programa que teve origem em 1996 nos Estados Unidos, na
Universidade de Carolina do Norte, mais concretamente na Divisão de Psiquiatria.
Desde então esta divisão tem servido como modelo para a estruturação de novos locais
de
atendimento
a
indivíduos
Autistas.
Abrange
áreas
como
–
avaliação,
desenvolvimento do currículo individualizado, treinamento de habilidades sociais, de
actividades vocacionais, aconselhamento para pais e formação sobre o Programa
TEACCH a profissionais de Educação Especial.
A principal orientação do programa é desenvolver a autonomia da criança com
autismo nos três grandes meios sociais da sua vida – meio familiar, meio escolar,
comunidade.
O ensino estruturado é um dos aspectos pedagógicos mais
importantes no
TEACCH, minimiza os problemas comportamentais ao fazer com que o mundo em seu
redor pareça previsível e menos confuso para a criança autista.
Centra-se nas áreas fortes das crianças autistas -
capacidades visuais,
memorização de rotinas e interesses especiais – devendo ser adaptado aos diferentes
níveis de funcionamento e às necessidades individuais de cada criança. É um sistema de
organização do espaço, dos materiais e actividades, de forma a facilitar os processos de
aprendizagem e a independência das crianças. Neste método o conceito de
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independência assume um lugar de destaque pois a independência é fundamental para a
vida da criança.
O programa TEACCH
reconhece o importante valor de preparar todas as
crianças para um funcionamento positivo na sociedade. Cada criança poderá e deverá
ser ensinada de acordo com o objectivo de ter sucesso no seu funcionamento, com as
restrições mínimas possíveis. Ninguém com autismo deverá ser restringido à
participação nas actividades educativas, mas a inclusão no meio requer um ensino
apropriado. O s locais têm que ser escolhidos de modo a que o aluno seja capaz de fazer
aprendizagens significativas e funcionais, e as actividades deverão ser baseadas numa
avaliação individual das capacidades da criança, tendo em conta as suas potencialidades
de funcionamento no meio em que se insere.
A INCLUSÃO plena deverá ser oferecida a todas as crianças com autismo que
sejam capazes de ter sucesso em meios plenamente integrados.
A INCLUSÃO parcial e as instituições ficarão na retaguarda para aqueles alunos
com autismo para os quais estes meios sejam mais significativos e apropriados às suas
necessidades.
A intervenção precoce no caso do autismo ainda é muito recente. No entanto,
continua a ser uma questão problemática uma vez que o diagnóstico precoce é difícil e
muitas vezes asa crianças só são identificadas tardiamente. Os melhores resultados com
a intervenção terapêutica ou educacional obtém-se quando e intervenção tem inicio
numa idade precoce e é também nesta fase que os pais são fundamentais.
A intervenção deverá ser centrada na família envolvendo os pais em todo o
processo de acompanhamento da criança desde o momento da avaliação inicial e ao
longo de todo o processo de intervenção, com base em id (2000, p. 107) “(…) os
modelos de intervenção com crianças incluíram os pais nos seus programas e, nalguns
casos, passaram mesmo a desenvolver programas de treino para que os pais fossem
ensinados a lidar melhor com os seus filhos (…)”.
No desenvolvimento do programa devem estar envolvidos para além dos
pais/família, os profissionais – professor do regular, professor de apoio educativo,
psicólogo, terapeutas e outros. Os profissionais devem informar os pais sobre as
diferentes modalidades do programa, orientando e aconselhando na gestão de
comportamentos e no ensino estruturado, tendo sempre presente que o programa
educativo deve ser elaborado conjuntamente por pais e profissionais.
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É de salientar que em Portugal já existem doze salas a funcionar segundo o
método TEACCH, tendo a primeira surgido em Coimbra.
7. 1. Estimular a criança autista
A seguir apresentam-se algumas dicas que servirão para estimular a criança
autista. São dicas gerais, sendo necessário adaptá-las a cada criança em particular,
levando em conta a idade e as dificuldades da criança.
1 - Brincar na frente do espelho - se puder, tenha um espelho onde a criança se possa
ver inteiro. Sente-se atrás dela e brinque de mostrar o seu cabelo, a sua boca etc.
Dependendo da criança, será necessário segurar a mão dela e ajudá-la a colocá-la nas
partes do corpo. Faça comentários do tipo, olha o ( cite o nome dele(a)) .Olha a mãe
(e/ou prof.) o ( nome da criança) abraçados etc. Este exercício ajuda a
criar
a
consciência do eu e dos outros.
2 - Rasgar papel. De início é comum
ficar atrás da criança e segurar nas suas
mãozinhas para pegar e rasgar o papel. Comece com pedaços grandes e vá diminuindo
aos poucos. Este exercício ajuda na coordenação motora. Pode-se inventar uma
brincadeira no final, tipo juntar os papelinhos e jogar do alto (chuvinha de papel!!).
3 - Brincar com massinha. Esta brincadeira auxilia a coordenação, mas normalmente os
autistas estranham muito a massinha. Será preciso insistir passando a massinha de um
recipiente para o outro com as mão ou com uma colher
4 - Pintura com as mãos - óptimo para estimular, deve ir dizendo as cores e deixar a
criança mexer à vontade. Os trabalhos realizados devem ser expostos e mostrados à
criança.
5 - Pegue em três latas de tamanhos diferentes ( pequena, média e grande) e faça um
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furo na tampa de maneira a passar uma bola pequena. Brinque com a criança de por as
bolas nas latas, reforce sempre as palavras Graaaande, mééédia, pequeeena. Depois
empilhe também as latas. As bolas podem ser de pingue pong .
6- Dançar - Dançar auxilia muito as crianças, brinque de dançar com a criança, invente
passos, mesmo que ele pareça não se interessar Ponha músicas de criança, chame os
colegas para fazer uma roda.
7 - Tente jogar à bola, se puder chame alguém para ajudar. Se a criança não participa,
peça para alguém ficar atrás dela e ajudar a pegar e jogar a bola.
8 - Um ambiente rico em estímulos pode ajudar, deixe o rádio ligado, numa altura
média, se possível numa emissora que toque boa música , e em determinados períodos
música clássica. É comum os autistas terem preferências por determinados sons, como
voz mais grave, como as de locutor .
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8. CASO EM ESTUDO
A criança que serviu de base a este estudo foi integrada nesta escola com 7 anos
de idade, no 1º ano de escolaridade. A turma é constituída por 20 alunos, pois tem na
sua constituição um aluno com N.E.E. e todos frequentam a escola pela primeira vez.
8.1. Dados de identificação
Nome – André
Data de Nascimento – 27/07/1994
Ano de escolaridade – 4º ano
•
IDENTIFICAÇÃO FAMILIAR
Nome do pai – Luís
Nome da mãe – Maria
Número de irmãos – uma (mais velha)
•
PERCURSO ESCOLAR
Frequentou o Jardim de Infância e beneficiou de apoio domiciliário
Entrou para o 1º Ciclo do ensino básico com 7 anos ( pediu adiamento de matricula)
8.2. Caracterização do aluno
Resumo dos dados de anamnese
O André desenvolveu-se normalmente até aos 14/15 meses de idade. No entanto
a falta de interacção com os outros, a ausência do jogo de faz de conta e a possível falta
de audição levou os pais a procurar um médico. Aos 17 meses foi operado aos ouvidos e
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aos 3 anos foi-lhe diagnosticado uma Perturbação do Espectro do Autismo e aos 4 anos
Epilepsia, sendo até hoje controlada com medicação.
8.3. Caracterização educativa
O André é portador de perturbações do espectro do autismo.
•
Perturbações do nível e sequência do desenvolvimento
Na área social/comportamental/emocional o André responde a tentativas dos outros
interagirem com ele, mas não inicia a interacção.
O André possui boas competências motoras, enquanto as capacidades sociais são
fracas.
•
Perturbações do nível das respostas sensoriais
Visuais – o André tem momentos em que olha fixamente para os objectos, outros
em que parece não ver, fixa a sua atenção em reflexão de luminosidade, não mantém
contacto visual directo.
Auditivos – reage a sons agudos ( queda de objectos, batimentos fortes) raramente
reage ao chamamento pelo seu nome (age como se fosse surda).
•
Perturbações da comunicação
O André sofre de dislália grave por autismo.
•
Perturbações no estabelecimento de relações sociais.
Dentro e fora da sala de aula a cooperação com os pares é feita de forma superficial.
Há falhas no jogo de faz de conta, no contacto visual e no desenvolvimento de
relações afectivas.
Ausência do uso adequado dos objectos, preferência por objectos giratórios, apego
inapropriado a objectos.
Indica necessidades através de gestos, ri sem razão aparente, tem tendência ao
isolamento
•
O André não é autónomo na sua higiene pessoal nem na alimentação e vestuário
(embora à primeira vista não haja nenhuma razão aparente para tal).
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8.4. Características associadas
•
Movimentos estereotipados e repetitivos (esfregar as mãos, batimentos com e
sem objectos)
•
Problemas de imitação
•
Ausência da noção de perigo
•
Tem hiperactividade física
8.5. Programa educativo
O programa educativo do André contempla propostas do Centro de Autismo de
Coimbra com data de Abril de 2001, abrange as seguintes áreas:
•
Imitação
•
Percepção
•
Motricidade global e fina
•
Coordenação óculo-manual
•
Realização cognitiva
•
Desempenho verbal
•
Autonomia
•
Socialização
•
Informática – (CD-ROM jogos educativos)
Ao longo deste ano lectivo reforçaram-se as áreas da autonomia (vestir, despir,
comer, lavar as mãos e a cara, calçar e descalçar por considerar serem prioritárias e
ainda não estarem assimiladas.
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9. CONCLUSÃO
De uma forma conclusiva poderemos afirmar que as T.I.C. tornam o dia a dia de
pessoas com N.E.E. mais fácil, contribuindo para a preparação e reabilitação destas
crianças. Quando estamos a trabalhar no mundo da Educação , principalmente com estas
crianças, não nos podemos esquecer da envolvente pedagógica que deverá estar sempre
presente.
É neste enquadramento que surge o computador e os materiais a ele associados
que se tornam interlocutores sempre disponíveis, desmistificados e humanizados com
um papel preponderante no processo ensino aprendizagem contribuindo para a
comunicação autonomia, a socialização, motricidade ..., estimulando o trabalho da
criança e favorecendo a sua aprendizagem.
Não se pode estabelecer uma distinção entre programas baseados na escola e
programas baseados em casa, pois, na maior parte dos casos, o ensino e a aprendizagem
têm que ter lugar em ambos os contextos para actuarem de forma eficaz na melhoria da
qualidade de vida da criança, tanto no momento presente, como no futuro. Os
professores têm que ajudar os pais a conceber programas que conduzam à aquisição de
aptidões para a vida diária, bem como as que desenvolvam as brincadeiras e as
actividades de lazer. Podem, ainda, comunicar quais as estratégias que verificaram ser
mais eficazes ao lidar com a criança em casa.
Sejam quais forem os programas adoptados, não podem limitar-se a modificar
meramente
os
comportamentos
(embora
as
técnicas
de
modificação
dos
comportamentos possam fazer parte dos programas); têm que incluir a compreensão das
dificuldades sentidas pelas crianças devido ao seu autismo, e de quaisquer outras
dificuldades adicionais de aprendizagem que tenham. Acresce que essa compreensão,
mais do que qualquer outro facto, permite ao professor centrar a atenção nos pontos
fortes e fracos da criança, e conceber programas capazes de intensificar tanto as suas
aptidões como a sua interacção social.
Não nos devemos esquecer nunca que para a criança com autismo este mundo é
tão estranho para ela, como ela nos parece a nós, e que não há receitas milagrosas
prontas a usar em qualquer situação.
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