No mês de Novembro na Lapónia, o Pai Natal mandou os duendes reunirem-se na
sala para decidirem as prendas que iriam distribuir pelas crianças. O Chavi, um dos duendes
chamou à atenção:
- Esta menina quer uma boneca e uma máquina de fazer bolachas, como as amigas
dela pediram o mesmo, podíamos dar-lhes bonecas, mas, as roupas e o cabelo seriam de
cores diferentes! O que acham?
- Hum…– reflectiu o Pai Natal – se calhar até pode ser, mas já não temos muito
tempo por isso eu e o Rock ficamos aqui a decidir o resto das prendas e os outros duendes
vão lá para baixo fazer e embrulhar as prendas! – Continuou.
Os duendes foram trabalhando e o Edi, um duende muito poético e brincalhão cantava:
- Vamos trabalhar,
Para o dia de Natal.
Presentes com amor,
É o essencial!
Na Lapónia, o Pai Natal e os duendes preparavam os presentes e ao mesmo tempo,
em Portugal, numa pequena aldeia onde vivia um menino chamado Nicolau e a sua família,
composta pela mãe, cujo nome era Natália, e o pai Gaspar, faziam o pinheiro de natal, até
que o Nicolau perguntou:
- Mãe, este ano vamos passar o Natal com a avó Maria e como avô Rodolfo?
- Sim, como todos os anos! - esclareceu a mãe.
Passado quase um mês, na Lapónia, o Pai Natal e os duendes permaneciam em
preparativos para o Natal, que ainda estavam bastante atrasados. O Ted, um dos duendes
mais tímidos, afirmou muito preocupado com o Pai Natal e com as crianças de todo o
mundo:
- Caros duendes, como os dias que faltam para o Natal são cada vez menos, temos de
nos despachar. Por exemplo, aqueles dois têm todo o direito de fazer uma pequena pausa e de
tomar o seu café com tomate ou de comer as suas bolachas de arroz e salsicha, mas, a partir
de hoje, a pausa em vez de ser de dez minutos passa a ser de cinco. Está bem? – Interrogou.
Todos os duendes responderam que sim, voltando ao trabalho. Sem ninguém se aperceber a
máquina de fazer e embrulhar presentes avariou, até deitava fumo!
- Eu vou avisar o Pai Natal desta tragédia! - proferiu Rock que, mesmo sendo
preguiçoso, se preocupou muito com isto.
Ele foi avisá-lo e, de súbito, ouviu-se a voz grossa do Pai Natal a protestar:
- Oh não! Isso é um desastre! o melhor que tenho a fazer é ligar ao mecânico e pedirlhe para vir arranjar a máquina!
O Pai Natal ligou ao mecânico, depressa soube que ele estava doente e, como não
tinha muito dinheiro, ficou muito desiludido. A seguir informou os duendes do sucedido. O
Edi como habitualmente declamou:
- A máquina avariou,
O mecânico adoeceu,
O Pai Natal ficou sem dinheiro.
E agora que faço eu?
1
- Meu Senhor, não tinha uma criança amiga em Portugal? – questionou o Chavi.
- Bem lembrado, vou-lhe mandar uma carta para pedir ajuda, de certeza que ele tem
uma boa ideia, por enquanto vão lá para baixo, embrulhar à mão o resto dos presentes.
Ted ouvindo isto como era muito obediente disse aos outros duendes:
- O Pai Natal está triste, para o animar vamos trabalhar ainda mais alegremente, assim
verá o nosso empenho e a nossa vontade de ajudar!
Concordando com o Edi todos os duendes começaram a embrulhar as prendas, mas
claro, com a máquina avariada era muito mais difícil e demorava o triplo do tempo. O Pai
Natal mandou a carta ao seu amigo, o Nicolau, onde lhe explicava o que se tinha passado.
Nicolau leu a carta e ao contar à mãe o sucedido teve uma ideia:
- Mãe, vou contar aos meus amigos e pedir-lhes para virem comigo cantar às portas
de todas as casas da aldeia. O que achas?
A mãe não respondeu de imediato, depois de muito reflectir disse que a ideia era
excelente, mas quem é que leva um saquinho para as pessoas colocarem o dinheiro? O
Nicolau falava com a mãe até ao momento em que o telefone tocou: Trim…Trim…
- Eu vou atender! Pode ser que seja um dos meus amigos! – disse o Nicolau enquanto
se deslocava para o telefone. Estou, sim, quem fala? – questionou.
Do outro lado falava um dos amigos do Nicolau, estiveram à conversa cerca de meia
hora e concluíram que, nessa mesma noite, iriam cantar perto da casa do Nicolau e, na tarde
seguinte, perto da casa da sua melhor amiga.
O Pai Natal estava muito preocupado mas, ao ver os duendes a trabalhar tão
alegremente, animou-se logo.
- Chavi, se não te importas, podes ir dar um passeio com as renas e a seguir alimentálas? – pediu o Pai Natal.
-Sim, claro.
Antes de passear com as renas, foi ao armário buscar um cachecol, umas luvas e um
gorro, tudo isto para estar sempre bem quentinho e confortável.
- Pinheirinho, Pinheirinho de ramos verdinhos… – cantavam as renas animadas.
Em Portugal, o Nicolau deslocava-se para a casa da sua avó Maria e do seu avô
Rodolfo, que estavam a preparar a ementa da ceia de Natal.
- Rodolfo, para acompanhar o polvo queres batatas cozidas? – perguntou a avó, ainda
um pouco indecisa.
- Bem, eu acho que sim, não sei é se o nosso filho vai concordar, mas, em princípio,
faz as batatas.
Os avós do Nicolau ainda estavam a decidir o que fazer, quando ele bateu à porta
muito levemente.
- Avó, o Pai Natal mandou-me uma carta a pedir para eu o ajudar e eu pensei que ele
podia vir cá passar a véspera de Natal, jantava connosco e no final eu até lhe pedia para nos
levar à sua casa e à fábrica para fazer uma visita guiada. – pedinchou Nicolau, fazendo uma
voz mais doce do que o habitual.
- Muito bem, fico orgulhosa de ti por teres sido tão simpático para o Pai Natal, mas se
calhar não é boa ideia pedires-lhe para ires à casa dele, pois as pessoas são generosas sem
esperar por uma recompensa!
Ele ficou a pensar nas palavras sinceras da avó e também achou que ela tinha razão.
Na Lapónia, os duendes continuavam a embrulhar os presentes à mão e lá fora a neve
continuava a cair torrencialmente. Ted teve o cuidado de guardar as renas dentro do curral,
onde havia muita palha e três manjedouras correspondentes ao número de renas, cujos nomes
eram Na, Ta e Al. Entre elas só existiam diferenças quanto ao pêlo e à forma de falar, pois
eram todas alegres, simpáticas e trabalhadoras.
2
- Pai Natal, Pai Natal, chegou uma carta bem pesada para si!!! – exclamou Edi na
esperança de que fosse o dinheiro.
O Pai Natal deslocou-se o mais depressa possível, mas como a sua barriga estava
cada vez maior não conseguia andar muito rápido e se tentava correr, caía logo. Quando
finalmente chegou e pegou na carta, soube de imediato que lá dentro estava o dinheiro que o
Nicolau lhe tinha mandado.
- Caros duendes acabei de receber o dinheiro para pagar os medicamentos necessários
ao tratamento do mecânico e para as ferramentas para arranjar a máquina – anunciou o Pai
Natal com um enorme sorriso no rosto.
Ouvindo as palavras do Pai Natal todos os duendes começaram a festejar, até ao
momento em que ele perguntou quem é que queria contar o dinheiro. Só o Chavi, como bom
trabalhador se ofereceu.
- Um mais dez é igual a onze, mais vinte já dá trinta e um… E assim foi a noite toda.
Na manhã seguinte, os duendes e o Pai Natal pegaram nas renas e foram à casa do
mecânico. Entregaram-lhe o dinheiro e verificaram que ainda sobrava uma boa quantia.
Todos pensaram no que fazer e tiveram a brilhante ideia de dar esse dinheiro a uma
instituição de acolhimento de crianças. Para completar este acto solidário e para agradecer ao
Nicolau iam oferecer uma visita guiada à casa e à fábrica do Pai Natal.
O Pai Natal, mais descontraído, viu que o envelope tinha uma carta a pedir para ele,
as renas e os anões irem festejar a véspera de Natal à casa do Nicolau.
Voltaram à fábrica e começaram a trabalhar.
- Finalmente, véspera de Natal!!!!! – exclamaram os duendes.
Foram para o trenó e vieram até Portugal, para a casa do Nicolau, onde jantaram e
esperaram pela meia-noite para abrir as prendas. No final, o Pai Natal voltou para a Lapónia.
No dia seguinte, pelas onze horas da manhã, começou a visita guiada. Mostraram-lhes
onde todos os presentes eram feitos e onde viviam o Pai Natal e os duendes. Foi
espectacular!
- Obrigada Pai Natal! Foi o melhor Natal que já vivemos! – agradeceram as crianças.
O mecânico melhorou e tudo o que estava estragado depressa ficava arranjado, as
crianças de todo o mundo ficaram felicíssimas por este natal cheio de alegria, o Pai Natal e os
duendes estavam contentes por todas as boas acções que fizeram. Toda a gente ficou feliz
neste Natal e esperam que para o próximo seja igual!
Carla Isabel Rodrigues, nº2
Ano/ turma:6.ºD
3
Download

2Lugar Carla Rodrigues 6D