Biomecânica do Membro Superior Papel do Ombro-Cotobelo-Mão na função do M.Sup Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior Vamos organizar em 5 partes: . Generalidades . Rev das articulações do ombro . Musculatura . Mobilidades articulares de cada articulação . Biomecânica (+funcional) Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades O MS é uma estrutura pendurada, suspensa do tronco Trabalha em descarga O Tronco está sustentado pelos membros inferiores M Sup Estrutura dependente do tronco e dos MI Estrutura dependente da adaptação da Alavanca vértebro-sacra e da Alavanca Ileo-fémoro-tibial Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades A função da extremidade superior é a “preensão” e a relação com o mundo exterior. Contra-rotaçao das cinturas escapular e pélvica de forma a Tb tem a função da marcha equilibrar a deslocação do centro de gravidade durante a marcha A característica principal é ser uma estrutura destinada à mobilidade ( a ser móvil) Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades Dentro da função da “preensão” (manipulação de objetos) do membro superior, o OMBRO tem um papel de orientação da parte final da extremidade O Ombro corresponderia à cabeça e a cabeça orientaria a ponta da língua. O nº2 seria o cotovelo porque o cotovelo regula a longitude da parte distal do MS que verdadeiramente realiza a preensão. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades A função da extremidade superior é a “preensão” e a relação com o mundo exterior. Contra-rotaçao das cinturas escapular e pélvica de forma a Tb tem a função da marcha equilibrar a deslocação do centro de gravidade durante a marcha A característica principal é ser uma estrutura destinada à mobilidade ( a ser móvil) Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades No complexo articular do ombro ? ? 4 ossos 5 articulações Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades Esterno Pto de ancoragem da clavícula A Art ECC é o ponto de relação, verdadeiramente óssea, que o complexo do ombro tem com o tronco. Toda a extremidade superior A Art ECC é o ponto que permite à clavícula (e ao complexo do ombro), pivotar nesta zona de forma a desenvolver a mobilidade ao nível do complexo do ombro. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades Dividimos o complexo do ombro em duas partes: Clavícula e escápula Escápula e úmero Clavícula e escápula Pode ser representada como um trípode, uma pirâmide. O Trípode formado pelo par clavícula-escápula, é uma pirâmide que tem a característica de ser deformável e dinâmica. A função deste trípode, é orientar a glenoide no espaço de forma que o úmero prossiga o movimento a partir de uma posição adequada, gerada por este trípode. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades Clavícula Um dos pilares, arestas do trípode É como uma biela, transmissora de mobilidade Orienta a glenoide no espaço Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades Escápula Osso plano, feito para proporcionar inserções musculares Recebe forças Osso motor Utiliza a clavícula como transmissor de mobilidade Biela Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Generalidades A clavícula, conectada com o esterno e apoiando-se sobre ele, pivota, permitindo a mobilidade do estremo distal do trípode para que a partir daí a cabeça umeral prossiga o movimento A clavícula, é um transmissor do movimento que recebe da escápula e pivotando sobre o esterno, orienta o extremo distal a uma posição ótima, para que prossiga o movimento da gleno-umeral Escápula e úmero Úmero Seria o osso em falta. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações A característica das art do complexo articular do ombro é a diversidade articular (todas são diferentes) 4 articulações verdadeiras e 1 falsa Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Sela de montar Onde encontramos no ombro? Esterno-clavicular 2 graus de liberdade Vs 3 graus de liberdade menisco Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Esterno-clavicular Pivot ligamentar Lig costo-clavicular reforçado pelo musc sub-clávio Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Acrómio-clavicular Artrodia As sup articulares são planas Estremo externo da clavícula apoia-se sobre o estremo interno do acrómio Lig córaco-claviculares .Controlam as instabilidades superiores .Controlam os movimentos de abertura e fecho do ângulo acrómio-clvicular Instabilidades inferiores da extremidade externa da clavícula, são controladas pela sup art do acrómio que sustenta a extremidade da clavícula Hugo Almeida 2015 Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Omo-serrato-torácica 2 espaços de deslizamento: Escápula e Serrato anterior Serrato anterior e a grelha costal Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Gleno-umeral A cavidade glenoideia: Relativamente plana Superfície pequena para o tamanho da cabeça umeral Ângulos de cobertura muito pequenos Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Gleno-umeral . O Que faz concordar uma sup articular pequena, com pouca cobertura e com pouca estabilidade com um volume grande? . Além disso numa articulação que é uma enartrose – muito móvel? Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Gleno-umeral 2 processos ósseos, equidistantes do centro articular: .Acrómio .Coracóide Proporcionam aumento da sup articular e aumento dos ângulos de cobertura A sup que era de 6cm3, passa a 18cm3 (triplica) Mais estabilidade à articulação Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Gleno-umeral Neoacetábulo Parte superior constituído pela abóboda acrómio-coracoideia, que é semirígida e semideformável (lg acrómio-coracoideu) Parte inferior constituída pela glenoide, ligamentos, coifa (parte mais flexível) Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Gleno-umeral A concordância entre a cavidade glenoideia, neoacetábulo e cabeça umeral está melhorada devido à fibrocartilagem sobre a cabeça umeral e que está pressionada pelas longas porções do bicípete e tricípete (amortecem a articulação). Ligamentos .Acromio-coracoideu Ponte por cima do SE e da LPB .Fascículos coracohumerais .Lig gleno-umerais Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Sub-deltoideia Falsa articulação por não se articular com os ossos . Acromio sobrepassa superiormente a grande tuberosidade . A grande tuberosidade sobrepassa externamente o acrómio Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Articulações Sub-deltoideia . O deltoide, durante a abdução (0º-60º), apoia-se sobre a grande tuberosidade É necessária uma estrtura que permita este deslizamento e proteja o músculo Bolsa Sub-deltoideia Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Músculos pertencentes ao trípode .Peitoral menor .Subclávio (proprioceptivo) .Grande dentado .Homohioideu (ombro-dgl-fonação) .Trapézio .Angular da omoplata .Rombóides .Grande dorsal Servem pra orientar o trípode e estabilizá-lo Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Músculos pertencentes ao trípode Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Músculos escápulo-umerais .Manguito rotador (coifa) . Aplanados, recobrem a cabeça como uma coifa . Função estabilizadora sendo ativos do início ao fim da abdução . Formam uma “rede” de retenção da cabeça umeral - participam na formação do neoacetábulo . Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Músculos escápulo-umerais . Supraespinhoso .Manguito rotador (coifa) . Infraespinhoso . Redondo menor . Subescapular O Supraespinhoso, funcionalmente é o par do deltoide, sendo um complento estabilizador deste. Durante a abdução, tracciona a parte superior impondo uma descida da parte infero-medial da cabeça umeral. A sua função é realizar uma centragem permanente da cabeça umeral Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Músculos escápulo-umerais . Supraespinhoso .Manguito rotador (coifa) . Infraespinhoso . Redondo menor . Subescapular O Infraespinhoso e Redondo menor, têm uma função estabilizadora mas também de rotadores externos. O Subescapular é rotador interno e colabora na estabilização anterior da cabeça umeral juntamente com os lig escápulo-umerais Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Capa Superficial O Deltoide é autónomo e apoia-se na bolsa sinovial durante a abdução Provoca uma descida infero-medial da cabeça umeral, durante a elevação lateral e rolamento da cabeça umeral 0º-60º - é autónomo 60º-90º - continua a ter esta capacidade embora não se apoie diretamente (aumenta o seu volume) Fecha superficialmente o neoacetábulo Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Músculos Capa Superficial Peitoral Maior, Redondo Maior, Grande Dorsal São adutores (aparte de outras componentes) A partir de uma certa amplitude de abdução, descendem a cabeça umeral – ajudam o supraespinhoso em certas ocasiões. Bicípete e tricípete (longas porções) São uma união mecânica entre o cotovelo e o ombro e colaboram na estabilização da cabeça umeral. Pertencem ao cotovelo. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Não existem movimentos analíticos nas articulações do ombro Ao mover o braço, tudo se move em simultâneo Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Art. Omo-serrato-torácica Movimentos: . Elevação / depressão . Abdução / Adução . Rotação externa / interna . Bascula anterior / posterior . Sagitaização / frontalização Não existem movimentos analíticos . Elevação, abdução e rot externa . Depressão, adução rot interna Hugo Almeida 2015 Marcha durante a contrarotação das cinturas Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Ao mover a escápula tb se move a acrómio-clavicular e a esterno-clavicular Art. Esterno-clavicular Movimentos opostos ao complexo do ombro Devido Pivot ligamentar a nivel proximal da art Ante-pulsão – posterioridade da extremidade interna da clavícula Retro-pulsão – anterioridade da extremidade interna da clavícula Elevação – inferioridade da extremidade interna da clavícula Depressão – superioridade da extremidade interna da clavícula Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Art. Acrómio-clavicular Pode-se simbolizar como se fosse um ângulo em “v” origina Movimentos de abertura ou fecho controlados pelos lig coraco-claviculares Abdução – fecho do ângulo Adução – abertura do ângulo Tb existem mov de rotação em ambas as art. Que permitem os mov de bascula da escápula Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Art. Escápulo-umeral Está situada num plano oblíquo O Mov de abdução /flexão pura não existe Em função da obliquidade do plano se realizará a abdução e a flexão Postura Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Art. Escápulo-umeral Durante a abd produz-se um rolamento e um delizamento da cabeça umeral Há disfunções onde a cabeça umeral se encontra superior Compressões nas estruturas localizadas entre a cabeça umeral e a abóboda acrómiocoracoideia . Longa porção bicípete . Supra-espinhoso . Busa sub-acromial Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Compromissos Mecânicos: . Troquiter – parte superior da abóboda acrónio-coracoideia (mais comum) . Troquiter – acrómio (impingment sindrom) . Triquino - coracoide . Troquiter- acrómio Fixar a clavícula e provocar abdução foçada . Troquino- coracoide Abdução e rotação interna Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Compromissos Mecânicos: . Troquiter- acrómio Fixar a clavícula e provocar abdução forçada Tendão do supraespinhoso Tendão da longa porção do bicípete Bolsa subacromial . Isométrico – diz-nos se é o tendão do supraespinhoso ou do bicípete . Bolsa subacromial - a dor aparece na prova passiva e não na ativa. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior . Mobilidades Articulares Importância da art. Esterno-clavicular na função do complexo do ombro Grande parte da mobilidade do ombro depende dela Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior O Complexo do ombro pode-se simplificar como um trípode que pivota ao nível da esterno-clavicular e por um cone constituido pelo desenvolvimento da mobilidade do úmero. Um trípode proximal, ao serviço de um cone distal Tudo pivota ao nível da esterno-clavicular Cones da Escápulo-clavicular e da escápulo-umeral Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior Pré-orientação do cone escápuloumeral Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior Conceito de impulso escapular O Complexo do ombro (trípode e braço), a nível mecânico, assemelha-se a um chicote O Movimento da escápula transmite-se até ao braço. (mov que requerem velocidade ou força) Podemos ver como o movimento parte da cintura pélvica e daí se propaga até ao ombro e daí ao braço Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior Conceito toraco-escápulo-umeral Existe uma união mecânica entre tronco, escápula e braço. A nível de biomecânica funcional, isto diz-nos que a mobilidade do braço começa na pélvis. Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior 90º de abdução Conhecida como a posição de máxima estabilidade articular Não depende exclusivamente da força muscular como seria de esperar!! O Empregado não deixa cair a garrafa porque varia a orientação da bandeja Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior 90º de abdução Fatores que contribuem para a máxima estabilidade articular: . Raio de curvatura da esfera umeral . A 90º há contato com a zona de maior raio de curvatura . Máximo contato entre as superfícies articulares . Maior tensão cápsulo-ligamentosa . Ação dos músculos da coifa As relações entre o trípode e o úmero determinam a estabilidade Hugo Almeida 2015 Biomecânica do Membro Superior Circundação Soma dos mov analíticos que se produzem em cada um dos componentes articulares do ombro A mobilidade completa dos vários componentes do ombro permite desenhar um cone irregular Predominam os mov de flexão, abdução e rotação externa (movimentos funcionais) Hugo Almeida 2015 Simbología del hombro Hugo Almeida 2015